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IADE-Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing

Escola Superior de Design/Escola Superior De Publicidade Marketing

13 valores Licenciatura em Design


História da Arte e da Técnica

Estruturas em Bambu
“Green  School”

Observação geral:
Autor: o trabalho focaliza um tema de inegável interesse para o Design,
revela esforço de pesquisa e está escrito numa linguagem bastante
Marta Val Neto aceitável, sendo o texto informativo do tema.
Porém:
C2
1) O texto, interessante, acaba por ser essencialmente uma
2011333 descrição, embora se registe a tentativa da autora para sistematizar
alguns aspectos; porém, a Conclusão não reproduz as ideias mais
importantes focadas ao longo do trabalho; a Introdução poderia
incluir também outros intens necessários (v. notas)...
1º ano
2) No plano dos requisitos formais básicos, embora estes sejam
1º semestre respeitados no essencial, faltam algumas referências às fontes que
a autora utilizou (cf. notas ao longo do texto). Tudo isto impede uma
classificação de «BOM». Tal como está: 13 valores
Índice

1. Introdução………………………………………………………………………pag.1

2. Introdução  ao  Bambu………………………………………………………….pag.2  

2.1. Amigo  do  Ambiente…………………………………………………………..pag.2

2.2. Fácil crescimento, manutenção e  alta  resistência……………………….pag 3

2.3. Económico…………………………………………………………………….pag.3

2.4.Versatilidade…………………………………………………………………..pag.3

3. Construções  em  Bambu  (introdução  ao  tema)…………………………….pag.5

3.1.Fundadores……………………………………………………………………pag.6

3.2.Construção……………………………………………………………………pag.7

3.4.Educação……………………………………………………………………..pag.10

4. Conclusão……………………………………………………………………..pag.12

5. Referencias  Bibliográficas…………………………………………………..pag.13  

5.1.obras impressas……………………………………………………………..pag.13

5.2.obras  consultadas  na  Web………………………………………………….pag.13

5.3.  Iconografia………………………………………….………………………..pag.14
1. Introdução:
Antes de chegar à estrutura (Green School), procurei um tema que me ensinasse
mais sobre o que posso fazer pelo ambiente dentro da área que estudo.

Depois do Bambu como material escolhido, era a vez de procurar um exemplo que
representasse a urgência e beneficio que há em optar por recursos naturais
podendo adopta-lo ao nosso estilo de vida.

Neste trabalho será dado a conhecer o bambo como alternativa à madeira,


mostrando tudo o que é possível ser feito com o material e o quanto pode ajudar no
ambiente nomeadamente na desflorestação.

O exemplo escolhido, Green School, para além de ser 99 por cento feito em bambu,
engloba uma vida e educação auto sustentáveis. Podendo vir a mudar parte da
próxima geração.
Faltaria ainda referir nesta Introdução (posto que brevemente): a) o(s)
aspecto(s) concretos que serão analisados (descritivo sintético das
secções do trabalho), por forma a que o leitor compreenda melhor
aquilo que a autora afirma pretender demonstrar; e b) quais as
principais obras de referência ou materiais que serviram de base ao
trabalho...aliás, tal como está indicado no site na secção da
metodologia...

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2. Introdução ao Bambu:

Uma planta usada, principalmente para construção de habitações, à milhares de


anos em países da Ásia e da América latina como Venezuela, Colômbia e Equador.

Como solução à grande procura, hoje em dia, por materiais mais sustentáveis e que
substituam os que correm risco de desaparecer, tem-se vindo novamente a utilizar
mais e em mais países, bambu como recurso à madeira.

Ocorreram pesquisas na construção civil para avaliar a durabilidade e resistência,


vários arquitectos depositaram a sua confiança neste material, afirmando que o
bambu é a madeira do futuro, conseguindo ser ainda mais sustentável.

2.1. Amigo do Ambiente:

O bambu é uma planta que existe em abundância em todos os continentes, excepto


na Europa. Capaz de substituir a madeira em vários aspectos, o Bambu é uma
planta auto-sustentável, que ajuda na renovação do ar, absorve rapidamente o
dióxido de carbono e liberta oxigénio para a atmosfera e é capaz de regenerar após
o corte, ela produz os seus próprios anti -bacterianos conseguindo resistir sem
insecticidas.

Todas as partes da planta têm utilização (mesmo antes de ficarem maduras), seja
para fabrico de papel, alimentação, construção ou combustível(carvão natural).

“A  versatilidade,  possibilidades,  estratégias  e  soluções  convencionais  em  diversos  

segmentos que o bambu tem criado em todo o mundo, tornam-se factores de

integração social que não agridem o meio ambiente, consolidando cada vez mais a

sua capacidade de reduzir as desigualdades sociais. As características do bambu

enquanto planta, suas notáveis propriedades como material e suas actuais

aplicações no mundo indicam uma gama de utilização com potencial para atender a

um desenvolvimento que proporcione maior equidade social, melhoria ao meio

ambiente, aumento de qualidade de vida com geração de renda. Sendo assim

2
Esta obra não
concluí-se que o uso do bambu pode ser bastante eficaz no desenvolvimento parece figurar
na
sustentável.”  (Kanela  Bambu,  Desenvolvimento  Sustentável,  S.Paulo, pag.14) Bibliografia...

2.2. Fácil crescimento, manutenção e alta resistência:

A sua manutenção é quase nula, por irrigação, sem precisar de aplicação de


produtos. Já a sua colheita fortalece o bambual com possibilidade de ser feita com
instrumentos manuais.

O crescimento (vertical) do bambu dá-se entre cada nó, nas paredes dos entre nós
que alonga a partir da base e quando chega ao nó de cima, começa o crescimento
do outro. Cada entre nó é isolado, ou seja, é possível cortar a planta sem que isso a
mate, continuará sempre a crescer.

É por estes e mais alguns factores que o Bambu tem sido usado cada vez mais
como matéria-prima de varias estruturas em alguns países, como Colômbia, China,
Japão, Peru, Indonésia e mais recentemente Brasil (devido aos enormes bambuzais
que possuem), é um material super resistente (27 mais que a madeira e o aço) e
económico( a fabricação de um tubo de aço consome 50 vezes mais energia que um
tubo de bambu com as mesmas proporções).

Os produtos feitos em bambu são mais resistentes à humidade do que as madeiras


mais comuns como o carvalho e a cerejeira.

2.3. Económico:

A média de produção num Bambual é de 10 toneladas por hectare por ano,


diminuindo assim o impacto ambiental através da desflorestação. Após o terceiro
ano, o bambu está maduro o suficiente para ser cortado e utilizado para construção,

2.4. Versatilidade:

Aos 30 dias na moita, o colmo, verde e frágil, pode ser usado como alimento, entre
os 6 meses e um ano, já pode ser usado para fazer cestas, cercas ou painéis de
parede.

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Só aos três ou mais anos de idade é que o bambu está maduro e pronto para ser
usado em estruturas. Para cortar o colmo em talas, por exemplo, convêm que seja
um pouco antes da planta amadurecer (dois anos de idade), nesta altura a planta,
ainda verde, é mais fácil de trabalhar, tendo sempre que passar por um processo de
secagem.

Aqui e nas páginas seguintes - onde estão as


referências às fontes de onde todos estes dados
factuais e históricos foram extraídos pelos autores
do trabalho? Para corrigir esta deficiência séria, cf.
site da cadeira, secção Normas e Metodologia =>
item «Requisitos formais» => botões «Fontes»,
«Bibliografia» => exemplos gráficos

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3. Construções em Bambu
“Green School”
A green school é uma escola que existe no centro-sul da Ilha de Bali na Indonésia,
construída em 2008 por construtores Balinenses. A escola é integralmente feita em
bambu num terreno de nove hectares coberto de jardins naturais, rasgado por um
rio(Ayung) e com um edifício considerado por alguns, o mais belo do mundo,
projectado pelos próprios fundadores, que tomaram a responsabilidade de o
desenhar assim que receberam a primeira proposta dos arquitectos, perceberam
que se não fossem eles a desenhar o que idealizaram, a escola não passaria de
uma escola em blocos como tantas outras.

Em alguns meses ficou pronta e abriu portas com cem alunos, onde fincaram o
objectivo de criar uma geração verde, onde para além de todas as disciplinas
indispensáveis no curriculum escolar, as crianças aprendem agricultura orgânica,
têm aulas praticas de construção de bambu, aprendem a ser criativas e
preocupadas com o ambiente.

Nasce então, uma comunidade pedagógica sustentável que vem a crescer com o
tempo e que ensina os seus alunos a ser curiosos e apaixonados pela natureza.

1A escola à noite iluminada por velas

2Green School

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3.1. Fundadores:

3Cynthia e John Hardy, fundadores

Os fundadores deste projecto são John e Cynthia Hardy. John nasceu no Canadá e
conta que quando era criança foi-lhe diagnosticada dislexia e chorava todos os dias
quando ia para a escola, fugiu para o Bali quando tinha 25 anos construindo a sua
vida na ilha e aprendendo todas as técnicas artesanais. Mais tarde conheceu
Cynthia, Americana, e juntos formaram um negocio de sucesso de joalharia que
durou imensos anos. Em 2008, já com filhos e com o objectivo de lhes dar a melhor
educação, criaram a green school onde puderam implementar a educação e
formação que consideram importante incutir na geração de hoje em dia e seguintes.

Este projecto nasce também de dois projectos anteriores também criados pelo casal,
a Meranggi Foundation, que fazem plantação de bambu com agricultores Balinenses
e a PT Bambo, que consiste em promover a construção em bambo como solução à
diminuição de desflorestação de florestas tropicais. Esta fundação é sem fins
lucrativos.

Os fundadores acusam o filme “ an  inconvenient  truth”,de  Al  Gore, pela ideia do


projecto, John pensou que se parte daquela historia fosse verdade, os seus filhos
não teriam a vida que ele teve. A partir dessa altura tomou como missão passar o
resto da vida a fazer o possível para melhorar o futuro dos seus filhos. Para eles, as
crianças devem ter noção que o mundo não é indestrutível.

John formou três mandamentos para caracterizar os objectivos da instituição, «be


local, let the enviroment lead and think about your children migth build» (Hardy, J.,
pag.13)

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3.2. Construção:

O edifício e o terreno em si, foram projectados com o fim de se tornar um campus


auto-suficiente. Inclui salas de aula, casas de banho, salas de reuniões, ginásio,
habitações para estudantes e cafés, isto tudo é alimentado por uma serie de
energias alternativas.

A obra foi executada por construtores Balinenses que com dificuldade em ler as
plantas dos arquitectos, tiveram que seguir uma serie de maquetes feitas pelos
engenheiros para facilitar a leitura. Os construtores usaram técnicas tradicionais,
principalmente no método artesanal. Em quatro meses existia chão e tecto.

As casas de banho não têm descarga, são de composto para que haja um maior
aproveitamento de água já que começa a ser pouca.

Fig. 4instalação sanitaria da escola sem descarga

Foi criada uma turbina redemoinho como energia alternativa que foi instalada na
queda de água de 2,5 m do rio, isto produz cerca de oito mil watts de electricidade
por dia.

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Fig. 5turbina redomoinho

Os materiais usados na construção são apenas argila, tijolo e bambu. Todos os


materiais foram estudados para que o petróleo não fizesse parte deles. Para o
pavimento foram usadas pedras vulcânicas colocadas à mão, a calçada é feita de
cascalho e as cercas com raiz de tapioca.

Os jardins foram mantidos originalmente alcançando a beira das salas de aula que
não têm paredes com objectivo de aproveitar ao máximo a luz natural. Quando o
clima não está apropriado para a aula ser dada ao ar livre, as crianças fazem bolhas
feitas de algodão natural e borracha de seringueira e a sua aula é dada dentro dessa
bolha.

Fig. 6 Bolha de algodão natural e borracha de Seringueira

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Fig.7 Campo de futebol com balizas feitas em Bambu

Fig.8 Maquete da escola

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3.3. Educação:

Na escola, é dada uma educação holística e verde que tem como objectivo
desenvolver hábitos responsáveis com o ambiente que se mantenham para toda a
vida. 20 por cento dos discentes são naturais de Bali, pais de todo o mundo viajaram
horas para Bali depois de ouvirem falar da escola para que os seus filhos
estudassem na Green School e marcarem a diferença no futuro.

O corpo docente da escola é composto por professores de toda a parte do mundo,


incluindo voluntariados. Juntos educam as criança desde o jardim de infância até ao
secundário, em varias áreas desde as disciplinas tradicionais a fazer uma plantação
de arroz em que tem que cuidar dela todos os dias e a estudar a bio vida à volta das
águas no rio. Tudo é pensado para que a aprendizagem venha principalmente do
que se vê em vez do que se lê, eles aprendem também a fazer sabão, carvão e
cadeiras a partir de recursos naturais, comem o que plantam, os alunos avaliaram os
produtos de forma diferente, conscientes do valor energético, monetário, nutritivo e
quanto custou e demorou a ser feito.

A escola pretende ser o modelo numero um de sustentabilidade na educação no


mundo, dando liberdade aos seus alunos de serem criativos ao aproveitar o que foi
criado pela terra, deixando assim de viver num sistema educacional que produz a
mesma maneira de pensar e agir.

Fig.9 Interior da sala de aula

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Fig.10 As salas de aula espalhadas pelo terreno no meio de jardins e florestas de bambu

Fig.11 Interior da sala de aula

Fig.12 sala do 1º ciclo

Os alunos aprendem como construir em bambu enquanto são preparados para


exames tradicionais das escolas britânicas, ficam preparados para entrar em
qualquer instituto de ensino académico.

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4. Conclusão
Aprendi com este trabalho que ainda estamos a tempo de fazer um pouco pelo
nosso ambiente ao sermos mais verdes. deu-me imenso prazer em fazer o trabalho
e principalmente a pesquisa, quanto mais descobria sobre as variedades de coisas
que podemos fazer com o bambu e a instituição mais vontade tinha de o fazer.

Todo o processo da estrutura é interessante, desde a ideia passando pela


construção e fim pedagógico. Uma escola com bons ideais e valores que
transformará parte de uma geração que aí vem responsável por grandes diferenças
no mundo.

Os aspectos focados são essencialmente de cunho descritivo (acontecimentos


históricos e biográficos) e não há praticamente análise de aspecto nenhum
concreto. Teria valido a pena, focalizar um ou dois aspectos concretos, mais
directamente relacionados com o design, conseguindo, assim, uma análise
objectiva que permitiria obter algumas conclusões...

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5. Bibliografia consultada
5.1. obras impressas:
HIDALGO-LÓPEZ, Oscar(2003), BAMBOO, the gift of Gods, Colombia :Oscar
Hidalgo-López, 553pp.

5.2. Obras consultadas via web:

Informação sobre o bambu enquanto material de construção:


http://www.kanelabambu.com.br/desenvolvimento-sustentavel.html
(26.12.2011)

bamboo enquanto recurso energético:


http://www.sitiodamata.com.br/index.php?option=com_content&view=article&i
d=67&Itemid=102 (30.11.2011)

outro exemplo de construção em bambu:


http://www.pelanatureza.com/construcao-sustentavel/noticias/fabrica-de-
chocolates-e-o-maior-edificio-comercial-de-bambu-do-mundo-
46264626(03.01.2012)

a experiência de um individuo que passou um dia na escola de Bali:


http://busk.com/news/a-day-at-the-green-school-in-
bali?period=month&q=hoje (03.01.2012)

o site oficial da escola


http://greenschool.org (30.11.2011)

vídeo de John Hardy no programa TED


http://www.ted.com/talks/john_hardy_my_green_school_dream.html
(03.01.2011)

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5.3. Iconografia:
Fig.1 http://www.weblo.com/product/JAMU_Bali_Spa_To_Go_325495/
(04.01.2012)

Fig.2 e 4 http://canwelivehere.wordpress.com/2011/09/30/green-school-bali/
(29.12.2011)

Fig.3 e 11 http://www.thesourceasia.com/index.php/mind/227-cynthia-and-
john-hardys-green-school (09.01.2012)

Fig.5 http://www.redbubble.com/people/garycollier/works/2927100-the-vortex-
green-school-bali (05.01.2012)

Fig.6 http://greenbyname.com/tag/bali./ (10.01.2012)

Fig.7 http://manojpkvga.blogspot.com/2011/09/green-school-in-bali.html
(10.01.2012)

Fig.8, http://www.seforum.sg/2010/06/13/green-school-bali-an-ode-to-
bamboo-the-world%E2%80%99s-future/ (28.12.2011)

Fig.9
http://blogues.cienciahoje.pt/index.php/panteaogama/2011/03/07/classroom-1-
interiors_0-jpg (10.01.2012)

Fig.10 e 12 http://blog.ted.com/2011/05/31/a-day-at-the-green-school-in-bali/
(10.01.2012)

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