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Curso Gratuito
Bioconstrução
Carga horária: 60 hs
Conteúdo Programático
Bioconstrução
Técnicas de Bioconstrução
Superadobe
Adobe
Cob
Taipa de Mão
Taipa de Pilão
Solocimento
Fardos de Palha
Ferrocimento
Saneamento Ambiental
Referências Bibliográficas
Bioconstrução
AMBIENT E SUSTENTÁVEL:
É o ambiente que satisfaz as necessidades presentes de moradia,
alimentação e energia garantindo que as gerações
futuras tenham como satisfazer as mesmas necessidades.
Uma antiga casa de pau-a-pique pode ser reutilizada! Com o barro das
paredes podemos fazer tijolos de adobe novinhos em folha. A palha do telhado
podemos usar para acelerar processos de compostagem para fazer adubo. A
madeira podemos reutilizar em uma nova construção ou para alimentar o forno
a lenha. As cinzas do forno a lenha podemos colocar no sanitário seco para
fazer composto.
composto.
Figura 6: Reaproveitamento
de uma antiga casa de taipa
de mão. Este processo é
possível graças ao uso de
materiais naturais na
construção. Materiais
convencionais não se
reintegram à natureza e às
vezes sequer podem ser
reciclados, gerando resíduos
que poluem o meio ambiente.
Figura 8: Sanitário
seco no IPEC, em
Pirenópolis: as fezes
viram adubo. Neste
foram usadas garrafas
Figura 7: Móveis feitos de garrafas de de vidro como janelas
refrigerante. Devemos consumir o mínimo de
embalagens possível. E, se consumirmos, para iluminar o interior.
reaproveitá-las da melhor forma.
Podemos tratar e reutilizar a água que sai da pia e do chuveiro para regar
a horta e o jardim.
Figura 9: A água da pia pode ser reaproveitada para regar a horta e o jardim!
Sempre que for possível devemos optar pelo uso de materiais locais, ou
seja, retirados do próprio local onde vivemos.
A terra é um material
abundante, ou seja, existe em
grande quantidade e em diferentes
locais. Pode ser usado de diversas
formas, como paredes de taipa,
adobe, entre muitas outras. As
construções de terra crua
compõem ambientes agradáveis,
pois controlam a entrada e saída
de calor e a umidade. Além disso,
têm um impacto ambiental baixíssimo Figura 10: Oficina do Assentado (Viamão/RS)
proporcionam a possibilidade de e
construções belíssimas.
PEDRA:
Há muitos locais com o solo rico
em pedras. Podemos utilizá-las para
diversos fins, como a construção de
paredes, muros, fornos... Muitas vezes,
em bioconstrução, utiliza-se a pedra
somente para a fundação da casa,
apoiando sobre ela a parede de terra.
Figura 11: Residência bioconstruída com
paredes de pedra arredondadas (Lomba Grande/RS)
Figuras 12 e 13: Fornos de cal construídos com pedra (Menorca, Espanha).
PALHA:
MADEIRA:
A madeira é um material também abundante em muitos lugares, mas
deve ser utilizado com muito cuidado. Pode ser considerado um recurso
renovável se utilizado de maneira consciente, ou seja, se houver uma
exploração adequada das matas e florestas. É um material orgânico e, para ter
durabilidade, a madeira deve ser tratada, do contrário apodrece. Há maneiras
naturais de tratar a madeira, que geram baixo impacto ambiental.
Figuras 16 e 17: Estrutura do telhado com madeira de eucalipto tratada com óleo natural (Montenegro/RS).
A Capela da Reconciliação em Berlim: exemplo da arquitetura tradicional de terra adaptada aos dias
de hoje.
Em muitos lugares somente as gerações mais antigas têm o
conhecimento das técnicas tradicionais de construção. A arquitetura tradicional
sempre construiu de acordo com o clima e com o ambiente natural, garantindo
moradias agradáveis. Com a industrialização isto vem sendo perdido. Em
alguns programas de habitação social, por exemplo, é construído o mesmo tipo
de casas no sul e no norte do Brasil, sem o mínimo respeito à cultura e às
necessidades das pessoas, e sem considerar as grandes diferenças climáticas
que temos ao longo do país. Devemos ter o cuidado de transmitir as técnicas
tradicionais às gerações futuras, do contrário esta sabedoria será perdida.
Figura 21: Telhado de palha na Ilha Grande do
Paulino, Delta do Parnaíba: técnica valorizada
em grandes centros urbanos. Beleza e
conforto térmico.
PROT EGER A
CASA DO CALOR:
Nos climas muito quentes
podemos proteger a casa do
calor sombreando as
fachadas mais ensolaradas:
(Figura 23)
Podemos construir uma
varanda, conforme a Figura
23. Assim os raios de sol não
batem diretamente nas
paredes.
(Figura 24)
(Figura 25)
Outra opção é plantar uma árvore com muitas folhas (Figura 25), de modo que
sombreie a casa.
Podemos colocar, também,
uma proteção na área da
janela.
EM CLIMAS
CHUVOSOS
devemos construir casas com
telhados bem inclinados (Figura
28), assim a chuva desliza com
mais facilidade, evitando (Figura 28)
infiltrações.
EM CLIMAS MUITO
SECOS
é bom colocar vegetação ao redor
da casa. As plantas criam um
microclima de umidade, e o solo
coberto de vegetais não libera
tanta poeira.
Figura 29: Extraída do livro Biocidade de Luiz
VENTILAR A CASA:
Devemos planejar as aberturas da casa de modo que todos os ambientes
estejam sempre bem ventilados. A ventilação refresca os ambientes e renova
o ar, tornando os espaços interiores saudáveis. Conhecendo os ventos da
região, podemos colocar as aberturas de modo a aproveitar esta energia da
melhor forma possível.
Figura 33 Figura 34
A fundação deve ser um pouco mais larga que a parede a ser construída.
Por exemplo, se vamos usar sacos de 40 cm de largura, podemos fazer uma
fundação de 60 cm, deixando 10 cm para cada lado. É importante também
deixarmos a parede de terra uns 15 cm acima do nível do solo, assim ela não
absorverá umidade, mantendo a parede seca e segura.
Se tivermos um terreno muito estável (bastante pedregoso, por exemplo),
podemos construir as fundações diretamente com o superadobe. Neste caso, é
aconselhável misturar a terra com cimento e algum impermeabilizante, para dar
estabilidade e garantir a proteção contra a água.
SOBRE AS FUNDAÇÕES
Uma casa ecológica, ou qualquer outro tipo de
construção, deve ter um bom sistema de
fundação. A principal tarefa da fundação é
distribuir o peso da casa para o solo. Por isso um
projeto de fundação deve levar em consideração
o tipo de construção, a altura da casa, e também,
muito importante, o tipo de solo que temos.
Quanto mais estável é o solo, mais rasa pode ser
a fundação. Para construir as fundações,
primeiro cavamos uma vala no solo, até
encontrar um terreno estável. Logo pode ser
feita uma camada de areia bem compactada. A
vala deve estar nivelada para construirmos as
fundações, este é outro fator importante para
garantir a firmeza da casa.
Figura 35: fundação com
camada de brita e fiadas preenchidas
com uma mistura de solo e cimento.
Uma pessoa pisa na sobra de saco (Figura 37) e ao mesmo tempo segura
o balde. Outra enche bem o balde com terra, com a ajuda de um balde comum.
Figura 37
Figura 38
Logo a pessoa que está segurando o balde pode ficar de pé, desde que
continue segurando bem firme (Figura 39). Vai haver um tanto de saco vazio
entre a altura da parede e o balde. O processo de encher o saco continua. Deve
se tomar cuidado para o saco ficar bem cheio, mesmo que fique bem gordinho.
Não pode deixar espaço com ar dentro do saco!
Figura 39
À medida que a parede vai ficando mais comprida, enquanto uns se
ocupam de encher o saco, outros podem começar a comprimir a fieira com um
pilão de madeira (Figura 40). É necessário pilar até sentir que a fieira esteja bem
dura.
Figura 40
E assim seguimos erguendo as paredes. A cada duas ou três fieiras,
podemos colocar duas linhas de arame farpado, principalmente nas esquinas.
A cada cinco fieiras, mais ou menos, vamos pilando as laterais da parede,
procurando deixá-las o mais regular possível (Figura 41). Para terminar de
compactar as laterais usamos um martelo de borracha. Quanto mais regular a
parede, mais fácil será fazer o reboco!
Figura 41
Figura 42 Figura 43
Pilando na parte superior (Figura 42) e na lateral da parede (Figura 43). Fotos: construção da sede do IMCA
(Instituto Morro da Cutia), Montenegro/RS
JANELAS E PORTAS:
Figura 46 e 47:
Construção das
aberturas na
sede do IMCA,
em
Montenegro/RS.
A COBERTURA
Podemos apoiar a cobertura
diretamente na parede de superadobe,
sem necessidade de fazer uma cinta. A
parede é muito forte quando bem feita, e
podemos apoiar inclusive uma cobertura
bem pesada como um telhado vivo.
Figuras 48 e 49: Projeto para o IMCA (Montenegro, RS): sobre as paredes de superadobe, podemos apoiar
coberturas pesadas como o telhado vivo.
TAPAR A OBRA
Como as paredes de superadobe são de terra pura, temos que ter sempre muito
cuidado para não deixá-las expostas à chuva. É aconselhável tapar as paredes
com uma lona plástica sempre que não haja ninguém em obra! Depois de
prontas as paredes estarão bem protegidas pelo telhado e pelo reboco!
Adobe
Figura 55 Figura 56
Figura 57
Recomenda-se deixar o
tijolo secar ao sol durante 10 dias,
virando-o a cada 2 dias.
Figura 59: Foto: IPEC, Bioconstruindo 2002
COB
É uma técnica de construção com terra que permite usar muita criatividade e
liberdade, pois consiste em ir moldando a casa como se fosse uma grande escultura.
COB é uma palavra inglesa cuja tradução literal é MAÇAROCA.
É muito antiga e amplamente utilizada em diferentes lugares do mundo.
Figura 60
Figura 61 Figura 62
Técnicas de Bioconstrução
Cob:
Figuras 63 e 64: Armário e janela moldados em uma casa de COB (Ecovila Valle
de Sensaciones, Espanha).
Figura 68: As casas de COB costumam ser muito lindas, pois são feitas com muita criatividade. Neste
exemplo é misturada a técnica do COB com paredes de pedra. Foto: Gerry Thomasen.
Figura 69: A casa dos fundadores do Ecocentro IPEC - Pirenópolis-GO,
André Soares e Lucia Legan, é de cob. Fonte: www.ecocentro.org
Taipa de mão
Figura 70
Figura 72
Para que as paredes fiquem isoladas do solo e tenham mais durabilidade,
pode ser feita uma fundação de pedra ou de concreto, como ensina o arquiteto
Fernando Neves nas ilustrações abaixo (Figura 73). A fundação é executada
com uma vala onde são encaixadas as paredes de pau-a-pique.
Figura 73
PAREDES INT ERIORES. Figura 74: Vantagens da taipa de mão. DANDO DURABILIDADE A
CONST RUCAO.
Taipa de Pilão
Forma de madeira
(taipal)
Parede de terra já
compactada
Figura 75: A taipa de pilão utiliza uma
forma de madeira como molde para
levantar as paredes.
A medida que o nível da
terra atinge a parte alta do
taipal, desmontamos a caixa e
voltamos a montá-la ao alto da
parede para assim seguir
subindo.
Figura 76
Figura 77
Figura 78: Socando com pilão de Figura 79: Foto: Marcelo Parize Petazoni (fonte: dois lados.
Fonte: Manual de www.panoramio.com) Casa do Bandeirante, Butantã, São
Construção com Terra, Gernot Paulo. Construida no século XVII com paredes de taipa de pilão
Minke de 50 cm de espessura.
Solocimento
Prensa manual
Peneira com malha de 4,8 mm
Regador
Enxada
O traço, ou seja, a proporção entre solo e cimento pode variar entre 1:10,
1:12 ou 1:14. O ideal é fazer algumas amostras de cada mistura e verificar em
laboratório se têm suficiente resistência. O processo de fabricação é o mesmo
para qualquer um dos traços, vamos ver um exemplo com traço 1:10:
Enchemos dez baldes com solo e espalhamos no chão, formando uma
camada de 20 a 30 cm de altura. Enchemos um balde de cimento e espalhamos
todo o conteúdo por cima da camada de solo de modo que o cimento cubra todo
o solo.
1 2 3 4 5
1
Figura 81
Figura 82
Para verificar o ponto da umidade do solo podemos fazer uns testes bem simples:
1.Pegamos um punhado da mistura e apertamos com força entre os dedos e a palma
da mão. Ao abrir a mão o “bolo” deverá ter a marca deixada pelos dedos. Ver Figura 83.
Figura 83
2. Deixamos cair o “bolo” de uma altura aproximada de 1 m (mais ou menos da altura
da cintura), sobre uma superfície dura (Figura 84). O bolo deverá esfarelar-se ao
chocar-se com a superfície; se isto
não acontecer, a mistura está muito
úmida.
Figura 84
Peneiramos a mistura umedecida e está
pronta para ser colocada na máquina para a
produção dos tijolos (Figura 85). É importante
peneirar para que não sobre nenhum torrão de terra.
Assim o cimento poderá ficar em contato com toda a
parte de solo, o que é importante pois é o cimento
que dá a dureza ao tijolo. O tempo máximo para o
uso de cada mistura é de uma hora, para não
endurecer demais, uma vez que o cimento fica duro
quando entra em contato com a água.
Depois de bem mesclada e
peneirada, a mistura pode ir para
a prensa e os tijolos estarão
feitos.
2.Misturar água aos poucos até que comece a grudar na colher de pedreiro.
3.Colocar o solo em uma caixa conforme a Figura 89, sem compactar. A caixa deve estar
lubrificada com algum óleo.
5.Depois deste tempo o solo haverá sofrido uma retração. Se esta não passar de 2 cm,
somando os dois lados, o solo pode ser utilizado. Caso contrário, adiciona-se areia para
obter o solo desejado.
haverá retração
nas laterais
Figura 89
máx 2cm
Fardos de Palha
A alvenaria com fardos de palha é uma técnica cada vez mais utilizada e
que tem várias vantagens.
Uma parede de fardos de palha deve ter uma boa fundação, que deixe a
palha afastada da umidade do solo.
Figura 90: Pode ser feita uma fundação de Figura 91: A fundação pode ser de
superadobe com impermeabilizante. Neste concreto. Neste caso podemos concretar
caso podemos deixar tubos entre as duas ferros para logo fincar os fardos.
últimas fiadas da fundação por onde passe
o arame na hora de costurar os fardos - um
cano para cada fardo.
Outra opção é fazer uma fundação de
PNEUS USADOS recheados com pedras e
argila. Podemos fincar bambus neste recheio,
que servirão para estruturar as paredes.
Os fardos vão sendo fincados uns nos outros com a ajuda de varas de
ferro ou bambu, como na Figura 95. Além disso vão sendo amarrados uns aos
outros
com arame. Figura 96:
Costurando os fardos.
Fonte: Ecocentro IPEC
- Instituto de
Permacultura e
Figura 95
Ecovilas do
Cerrado - www.ecocentro.org
A alvenaria de fardos
pode ser construída em
meio à estrutura de
madeira. As aberturas
devem ser bem
planejadas para garantir
uma boa ventilação.
Figura 97:
Figura 98: Casa das cores em Alicante, Espanha. Figura 99: Casa em Girona, Espanha. Fonte: Un
Fonte: Un recorrido por casas de paja en la península recorrido por casas de paja en la península de
Rikki de Rikki Nitzkin. Nitzkin.
Figura 100: Casa em Granada, Espanha. Fonte: Un
recorrido por casas de paja en la península de Rikki Nitzkin.
Ferrocimento
Torquês
Chapas metálicas
Alicate
Esponjas
Colher de pedreiro
Pá e enxada
20cm
diametro da base
Altura da cisterna
Figura 104
Figura 105:
Cortamos uma tela redonda do tamanho da base. Dobramos a parede
para emendar as telas do fundo e a das paredes. Amarramos bem firme com o
arame e a torquês. A estrutura estará armada e pode ser movida. Cobrimos a
base com mistura de cimento e areia 1:4.
1 1 2
Figura 109: Enquanto um
segura a placa metálica, outro
aplica a massa.
AGUA
Figura 114
Figura 113
doce
2,59%
salgada
97,41%
Desta água doce, a maioria está nas geleiras ou em lençóis que estão a mais
ou menos 800 m de profundidade. Somente uma parte bem pequena de água
doce está acessível ao consumo humano.
A água que usamos deve ser tratada antes de voltar ao meio ambiente, do
contrário estaremos poluindo o lugar onde vivemos. Se jogamos a água usada
diretamente no meio ambiente, seja numa lagoa ou num rio, estamos poluindo.
Quando a quantidade é pequena não nos damos conta, mas pouco a pouco a
natureza vai sendo prejudicada. Por isso devemos cuidar do ambiente de
maneira preventiva, para evitar ter que solucionar mais tarde, problemas
causados por falta de cuidado inicial. Devemos buscar soluções locais para
cuidar da nossa água, e assim cuidaremos da nossa saúde e da saúde do meio
ambiente.
Figura 118: exemplo do funcionamento de um círculo de bananeiras, forma simples e eficaz de tratar a
água cinza.
ABASTECIMENTO DE AGUA:
fossa
Figura 120
sumidouro
Figura 121
Outra maneira de coletar água é usar o telhado para juntar a água da
chuva. Podemos fazer um “caminho” de canos para que a água que cai no
telhado vá para um reservatório (Figura 122). Assim, toda a água que cai do
céu no período de chuvas poderá ser guardada para usarmos no período de
seca. Podemos fazer grandes
reservatórios sem gastar muito e
usando pouquinho material, com a
técnica do ferrocimento.
Figura 122
Também podemos aproveitar a água da chuva fazendo com que ela fique
no terreno. Às vezes cai tanta água ao mesmo tempo que a terra não tem tempo
de absorver. Podemos construir alguns “canais de infiltração” (Figura 123).
Assim, a água tem tempo de entrar no terreno. Podemos cavar um canal antes
de uma horta, por exemplo, assim a terra se manterá úmida por mais tempo.
As plantas agradecem.
Figura 123
TRATAMENTO DA AGUA
Nas cidades, normalmente a água das casas vai para a rede pública de
esgoto, depois para grandes estações de tratamento, onde são colocados
produtos químicos para que ela se torne novamente boa para o uso doméstico.
Porém, muita gente, principalmente a parte pobre da população, não tem nem
rede de esgoto no seu bairro, ou seja, os dejetos humanos não são tratados.
Quando o esgoto fica a céu aberto, sem tratamento, microorganismos
prejudiciais à saúde se proliferam causando doenças.
Nos assentamentos rurais, ter bastante água é um privilegio que
devemos ter cuidado para manter. Se vamos deixando o esgoto diretamente
no solo, pouco a pouco vamos poluindo a terra, e com o tempo esta poluição
pode chegar aos lençóis subterrâneos que alimentam nossos poços.
CAIXA DE GORDURA
- Deve estar bem fechada para evitar que cheguem insetos e outros
animais;
- Deve ter uma boa distância entre a entrada e a saída da água, para
evitar que a gordura saia com o resto da água;
RECICLAGEM DA AGUA
Depois que sai da caixa de gordura, o resíduo deve passar por um filtro
(Figura 125). Este pode ser, por exemplo, um filtro de areia. Depois de filtrada,
a água pode ser direcionada para a horta ou para o jardim.
Figura 125
entrada da
água cinza
saída da
água
filtrada
caixa de gordura filtro
Figura 126
Figura 127:
Sanitário seco
incorporado ao
edifício em projeto
para o alojamento
Instituto Educar,
Pontão/RS.
Figura 129:
Funcionamento do
sanitário seco.
entram dejetos
Figura 130: Sanitário do tipo Bason. Fonte: Manual do Arquiteto Descalço, Johan Van Lengen
Reciclagem do barro Reciclagem do barro da casa antiga. Enchendo os sacos com o barro da casa antiga.
reciclado, para a produção de Superadobe.
Fabricação dos tijolos de adobe. Fundação da casa - Trabalho em regime de mutirão para Técnica de
Superadobe: construção da fundação da casa.
Pilando os sacos.
Trabalho em regime de mutirão para Atividade pedagógica em campo. Atividade pedagógica em campo.
construção da fundação da casa.
Atividade pedagógica em campo. Construção das paredes externas. Construção da estrutura do telhado.
Casa edificada ainda sem o reboco. Instalação de portas e janelas. Colocação do reboco externo.
Horta da casa. Vista lateral da casa com reboco concluído. Vista frontal da casa com reboco concluído.
Paredes internas de Adobe, ainda sem Vista interna da casa com reboco e pintura. Vista do Box para banho.
reboco e pintura.
Vista posterior do sanitário seco. Vista lateral do sanitário seco. Vista lateral do sanitário seco.