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Em vários países do hemisfério norte, é comum o uso múltiplo das florestas e da madeira, tanto
fornecendo produtos diretos (madeira serrada), como no uso indireto, aproveitando-se dos
benefícios do ambiente florestal (incremento de flora e fauna, produção de água potável e local
para atividades de lazer, turismo e educação ambiental) (Lima, 1993). Na maioria destes países
com recursos florestais abundantes, plantados e manejados, uma grande parte das habitações são
construídas em madeira e seus derivados.
Este cenário tende a mudar pouco a pouco as iniciativas, mesmo pontuais, vem marcando
presença em vários lugares, identificando oportunidades e desafios colocados para aumentar as
possibilidades de utilização da madeira de reflorestamento para habitação social. Neste sentido
identificam-se como desafios: 1) produção de madeira oriunda de manejo florestal ambiental,
social e economicamente adequados; 2) compreender a cadeia de produção de componentes de
madeira para habitação (as dificuldades e as possíveis causas para ajustar o processo e os
equipamentos de acordo com as características do material); 3) intervir no processo global da
produção, qualificando o pessoal, otimizando processos, modernizando equipamentos,
reduzindo perdas e custos de produção, de forma atingir níveis de qualidade e preços que
permitam ampliar o acesso a componentes e habitação em madeira.
Além disso, a perspectiva que se coloca é a produção de habitação em madeira, dentro de uma
abordagem integrada que leve em conta as interações recíprocas entre variáveis
socioeconômicas, tecnológicas, culturais e ambientais, em direção ao desenvolvimento mais
sustentável.
A madeira é um dos poucos materiais com possibilidades efetivas de se constituir uma reserva
de matéria-prima renovável, e no contexto em que os efeitos do aquecimento global se
manifestam claramente alterando as condições de vida da população global, tanto no meio
urbano como no meio rural, a ordem é reduzir os impactos causados pela construção civil, por
meio de uso de materiais com menor energia incorporada no processo de produção, com
mínimo de geração de resíduos, e principalmente uso de materiais preferencialmente locais.
Nesta perspectiva, podemos citar a madeira e a terra como uma das opções mais saudáveis
permitindo, no caso da madeira, além de, no seu crescimento realizar absorção do CO2
(seqüestro de carbono), purificando o ar, impedindo a desertificação, recuperando áreas
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degradadas, no final deste ciclo podemos colher para processar e utilizar para diversos fins,
como construir casas, transformar em móveis, brinquedos, enquanto em uso estaremos
contribuindo no estoque de carbono, e no final do seu ciclo de vida, quando não mais
desempenhar as funções para as quais foram destinadas, podemos, ou queimar para produzir
energia, ou deixar simplesmente apodrecer retornado à terra para alimentar novos plantios.
No caso da terra também pode ser aplicado este mesmo raciocínio de ciclo de vida “berço a
berço”.
3
COMPARAÇÃO DE CONSUMO DE ENERGIA PARA PRODUZIR 1 M DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO [Kwh/m3]
3
Gráfico 01 - Comparativo de Energia (Kwh) necessária para Produção de 1m de Materiais de Construção
Fonte: HERZOG & NATTERER,1984
Mas isso não é verdade, pois desenvolver a tecnologia da madeira significa exatamente garantir
a não devastação desnecessária, minimizar o desperdício, aumentar as possibilidades de
diversificar as espécies comerciáveis, ter programa de uso sustentável das florestas associado a
política de reflorestamento, melhorar a infra-estrutura das serrarias, introduzir programas de
treinamento de mão de obra, implantar programas de conscientização da importância do uso da
madeira, enfim abrem na realidade perspectivas de melhorar as condições de vida da população,
através da utilização correta da tecnologia.
As dificuldades e entraves para esta decisão não são poucas, há necessidade de mudança de
postura, de atitude, com relação à madeira, aumentar a compreensão de um modo geral
sobretudo das características positivas nos aspectos sócio-ambientais e construtivos. E, esta
mudança deve ter como base as políticas públicas estruturadas sobre o conhecimento técnico-
científico da cadeia de produção de habitação mais sustentável, absorvendo os conceitos nas
suas várias dimensões, ambiental, social, econômico, cultural e político.
Como exemplo, o Estado de Mato Grosso na década de 90, buscou implementar um projeto
chamado Eco-moradia, idealizado pelo prefeito de Cuiabá, o Coronel Meireles, que propunha a
produção de moradias populares utilizando rejeito das serrarias em parceria com as prefeituras
locais, utilizando os recursos das taxas de reposição florestal, criaria os viveiros de mudas
comunitárias em cada núcleo habitacional. Os beneficiários destas casas pagariam com trabalho
produzindo mudas de nativas para reflorestamento e recuperação das matas ciliares.
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Alguns dados relativos ao contexto deste projeto são alarmantes, em 1994, havia, na Federação
de Junta Comercial de Mato Grosso quase 5 mil serrarias cadastradas 1, era um número
significativo, e estas serrarias produziam em média 4m3/dia de resíduo do processo de desdobro
das toras, chamada peças curtas, são peças de comprimento menor do que 2 m. Num rápido
cálculo tem-se que os 5.000 serrarias estariam gerando um volume de “resíduo” de 20.000
m3/dia, estocado no pátio das serrarias, esperando algum destino, que em muitos casos seriam
simplesmente queimados para desocupar a área de estocagem.
As árvores tem em sua classificação botânica entre os vegetais do mais alto índice de
desenvolvimento, são classificadas na 13o divisão de Engler, as Fanerógamas. São plantas
superiores, de elevada complexidade anatômica e fisiológica. As Fanerógamas se subdividem,
em Gimnosperma e Angiospermas.
2.1.1. GIMNOSPERMAS
São conhecidas 400 espécies de coníferas, que constituem, em sua maioria, grandes florestas no
hemisfério Norete, sendo as mais empregadas na construção civil. no Brasil, há apenas duas
espécies de coníferas, o pinho-do paraná (Araucária angustifolia) e o pinho-bravo (
Podocarpus lambertii Kl.). Outras espécies são o Pinnus elliottii e o Pinus taeda da Flórida e o
Pinnus hondurensis da América Central, largamente utilizados em áreas reflorestadas no Brasil.
2.1.2. ANGIOSPERMAS
1
Dados de Fev’94, obtido a partir do trabalho realizado pelo Professor Mettelo da UFMT.
2
A média de consumo de madeira por m2 de área construída no Japão é de 0,245m3/m2, considera-se neste cálculo: a estrutura, piso,
fechamentos e o telhado, o valor considerado aqui no cálculo foi de 0,20 m3/m2.
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2.1.2.1. MONOCOTILEDÔNEAS
Entre as monocotiledôneas não existem árvores propriamente ditas, mas encontram-se as palmas
e as gramíneas. O bambu é classificado entre as gramíneas, não sendo uma madeira no sentido
usual da palavra.
2.1.2.2. DICOTILEDÔNEAS
As dicotiledôneas são também designadas como madeiras "duras"ou "hardwood". São árvores
de folhas comuns, largas ou "latifoliadas",algumas caducas. É extraordinariamente grande o
número de espécies existentes na zona tropical.
Algumas das madeiras masi comuns no Brasil são a aroeira, o cumbaru, a massaranduba, os
ipês, o pau d'arco, as cabreúvas, o guaratã, a sucupira, o pau marfim, as perobas, a caviúna, o
faveiro, os jacarandás, a taiúva, o louro, as canelas, as imbuias, o freijó, o cedro, o mogno, o
jequitibá, o guarapuvu, etc.
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Para se produzir peças de qualidade estrutural, é conveniente serrar oeças em corte radial, para
reduzir as distorções e defeitos de secagem. Como o tronco é cilíndrico, isto não é sempre
possível, motivo pelo qual deve-se decidir o que se quer obter com o corte - por exemplo vigas
ou vigotas - e serrar o resto para outro tipo de componente menos exigente em sua estabilidade
dimensional.
A água contida na madeira exerce grande influência nas suas propriedades mecânicas e no
desempenho em serviço afetando a qualidade final do produto. O teor de umidade da madeira
pode ser determinado pesando uma amostra (MU), e colocando-a em estufa a 100ºC durante 48
horas e pesando-se novamente (MO). Obtém-se o teor pela seguinte expressão:
U = |(MU - MO )/ MO | x 100
U - umidade em porcentagem
MU - massa de madeira úmida
MO - massa de madeira seca
Quando se expõem a madeira ao meio ambiente, esta começa a perder água, iniciando o
processo de secagem. No decorrer da secagem se perde primeiro a água livre - a água que se
encontra preenchendo as cavidades celulares - e depois a água de impregnação - a água
contida nas paredes celulares. Segundo o conteúdo de água na madeira, esta se classifica em
verde ou seca. Ela estará verde quando perder apenas parte da livre, e seca quando perder toda a
água livre, mais parte da água de impregnação.
• primeiro é o Ponto de Saturação das Fibras (PSF), que é o teor que possui a madeira
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quando perdeu totalmente a água livre e começa a perder a água de impregnação. O PSF
varia de 25 a 30%. Quando o teor de umidade da madeira é menor que o PSF, a madeira
sofre mudanças dimensionais e variam suas propriedades mecânicas.
• o segundo é a Umidade de Equilíbrio ao Ar, quando a madeira perde parte da água de
impregnação até alcançar um teor de equilíbrio com a umidade relativa do árvores.
2.3.2. RETRATIBILIDADE
A redução das dimensões por perda de umidade se dá diferentemente nos três planos
dimensionais da madeira, acarretando inclusive a retração volumétrica.
• a retração axial ou longitudinal é a menor de todas e ocorre segundo a direção das fibras da
madeira, está na ordem de 0,1%;
• a retração radial (r) se dá segundo a direção dos raios de uma seção transversal do tronco;
• a retração tangencial (t) é a maior, e se dá segundo a tangente dos anéis de crescimento
num plano transversal ao tronco.
R= [(Uf-Ui)/PSF] x K
R - retratibilidade (inchamento ou contração) (%)
Uf - teor de umidade final (%)
Ui - teor de umidade inicial (%)
PSF - ponto de saturação das fibras (+/-30%)
K - coeficiente de retratibilidade total (%)
2.3.3. DENSIDADE
Para a relação existente entre a massa e o volume dos corpos se utiliza o termo densidade.
Quando se usa o sistema métrico, toma-se a massa pelo peso do corpo. O peso da madeira é a
soma do peso de suas partes sólidas, mais o peso da água. O volume da madeira é constante
quando está em estado verde, diminui quando o teor de umidade é menor que o PSF, e volta a
ser constante quando o teor de umidade alcançar 0%. Como consequência deste comportamento,
distingue-se três tipos de densidade para as madeiras:
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Uma das principais vantagens da madeira é sua capacidade em absorver vibrações de ondas
sonoras. Porém é bem menos efetiva em isolar a transmissão de sons, já que esta propriedade
depende do peso do material, e a madeira é bem mais leve que outros materiais estrturais.
Outras propriedades das madeiras, além destas características, podem ser listadas, como por
exemplo: as propriedades térmicas, elétricas e acústicas. Nesta área existem estudos realizados
no LaMEM relativos à condutividade térmica, os quais reúnem diversos métodos para a
determinação desta propriedade, apresentando resultados de algumas espécies nativas e de
eucaliptos, [UCHOA, 1989; NOGUEIRA e ROCCO LAHR, 1990].
1. C ARACTERÍSTICAS DA ÁRVORE
Altura Comercial Distância entre o corte de derrubada da árvore até diâmetro de 40cm ou
aparecimento do primeiro galho.
Diâmetro DAP Diâmetro a altura do peito -1,20m/ diâmetro a altura do sapopema.
Tronco Descrição da forma do tronco, observação direta (retilíneo ou tortuosa)
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Contração radial estado de saturação das fibras até 0% de umidade, são classificadas em:
Contração volumétrica alta; média; e baixa.
Propriedades Mecânicas
Flexão Estática/ Compressão Paralela e Normal/ Dureza Janka/ Tração Paralela e Normal/ Fendilhamento
/ Cisalhamento.
4. C ARACTERÍSTICAS DE PROCESSAMENTO
Tratabilidade São classificadas em função da penetração e retenção do líquido
preservativo na amostra (Tratamento sob pressão):
muito fácil; fácil; moderadamente fácil; difícil; não tratável
Facilidade de Secagem Classificação da tendência de aparecimento de defeito na
secagem: ausente (0 -10% ); pequena (11- 30% ); moderada (31- 50%
); grande(51-100%).
Classificação por tempo de secagem (IBDF 1981): muito rápida (
< 4 dias); rápida (4 - 8 dias); moderadamente rápida (8,1-12 dias);
moderadamente lenta (12,1 - 16 dias); lenta (16,1-20 dias); muito lenta
(> 20 dias)
Trabalhabilidade Classificação por % de amostras sem defeitos nos testes
Teste de Processamento realizados com diversos equipamentos:
Teste de Acabamento muito ruim ( 0 - 19%) ruim (20 - 39%) regular (40 - 59%) bom (50 -
Teste de Superfície 79%). excelente (80 - 100%)
FONTE: IBDF/DPq - LPF, 1988
QUADRO 01- Características a serem consideradas para escolha da espécie
A partir dos critérios de classificação colocados no quadro 01, o quadro 02 apresenta as
propriedades físicas de algumas madeiras mais conhecidas; o quadro 03 apresenta as
propriedades mecânicas e o quadro 04 apresenta as características de processamento de algumas
espécies mais conhecidas.
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PROPRIEDADES MECÂNICAS
Compressão Flexão Módulo de Elasticidade
2 2 2
Espécies de Madeira (kgf/cm ) (kgf/ cm ) (kgf/ cm )
Maçaranduba 610/ Alta 1.193/ alta 150.600/ Alto
Jatobá 683/ alta 1.342/ alta 151.300/ Alto
Peroba 424/ média 899/ média 94.300/ médio
Pinho do Paraná 268/ baixa 609/ média 109.300/médio
Eucalipto Citriodora 611/ alta 1.301/ alta 168.600/ alto
Eucalipto Grandis 385/ média 894/ média 125.800/ médio
Pinus 173/ baixa 417/ baixa 54.800/ baixo
Fonte: IPT Fichas de Características da Madeira Brasileira,1989; Resultados de Ensaios do LaMEM/SET/EESC-USP
QUADRO 03- Propriedades para madeira verde: resistência à compressão paralela, flexão e módulo de
elasticidade com as respectivas classificações
CARACTERÍSTICAS DE PROCESSAMENTO
Espécies Tratabilidade Trabalhabilidade Secagem
Jatobá Cerne não tratável regular a boa na plaina e lixa rápida, usar
excelente na broca e torno programa suave
Maçaranduba Cerne não tratável Excelente em torno e broca rápida usar
programa suave
Fonte: IBDF Madeiras da Amazônia- Características de Utilização,1988
Jatobá ou Jataí Peba . resistência média a alta ao ataque de sem tratamento: assoalho; estrutura
Dialium Guianense organismos xilófagos da cobertura; elementos externos
. baixa permeabilidade
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Fontes: IPT ( 1981) – Relatório 16.277, ANEXO B Recomendações Técnicas / emprego de madeiras em edifícios
IPT (1989) – Ficha de Características das Madeiras Brasileiras
Devem ser tomados alguns cuidados para este tipo de madeira, que é quase sempre madeira de
Lei, as quais se prezam pela grande durabilidade natural, mas devem ser observadas se não há
presença de "brancal", o alburno, madeira jovem mais vulnerável aos ataques de fungos e
insetos.
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Além das madeiras maciças outro grande mercado é a das madeiras transformadas ou
industrializadas ou ainda também chamados de derivados de madeira. Este setor se apresenta
crescente tendo em vista um maior aproveitamento da matéria-prima. Nos países mais
avançados o consumo de chapas por habitante é maior do que o consumo de madeira bruta,
sendo que para o Brasil esta situação se inverte, ainda a grande maioria do consumo de madeira
pertence a madeira bruta destinada para carvão e lenha.3
madeira maciça
madeira modificada
compósitos em camadas
laminação paralela
• MLC - Madeira Laminada Colada
• LVL - Laminated Veneer Lumber
laminação cruzada
• chapa de compensado
• chapa mistas lâminas com chapas de partículas orientadas
• madeira reforçada
• painéis sanduíche
compósitos em fibras
• chapas isolantes
• MDF - Medium Density Fiber
• chapas duras
compósitos em partículas
• chapas de partículas
• aglomerada
• OSB- oriented strand Board
• waferboard
3
Existem dados sobre o consumo de madeira no Brasil - SBS - SOCIEDADE BRASILEIRA DE SILVICULTURA. A
sociedade brasileira e seu patrimônio florestal. São Paulo, 1990. 19p.
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As principais aplicações:
Painéis, fechamentos, piso, forro, mobiliários, uso estrutural, esquadrias e outros.
A variedade de tipo e especificação de uso das chapas de madeira coladas no mercado é grande,
exigindo dos profissionais e projetistas o conhecimento das suas principais características de
desempenho para a sua correta aplicação.
• homogeneização de características;
• obtenção de maiores áreas;
• efeito estético;
• equilíbrio de resistência e da rigidez nas duas direções;
• substituição de elementos de madeira serrada mais espessos e mais pesados;
• grande redução da retração;
• melhor aproveitamento da madeira (a partir da tora).
chapas isolantes
• densidade inferior a 400 Kg/m3;
• coloração variando do bege claro ao bege escuro;
• relativamente moles e facilmente punçáveis;
• utilização na construção civil: isolamento térmico e acústico.
chapas rígidas
• tipo normal: densidade 950 Kg/m3;
• tipo temperada densidade inferior a 1000 Kg/m3;
• superfície lisa e dura - acabamento;
• possível tratamento anti-chama;
• diversos acabamentos superficiais - revestimentos;
• chapas com pequenos orifícios ou rasgos;
• fabricação de portas (estrutura sarrafeada);
• fabricação de divisórias;
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• fabricação de "sidings";
• forros, pisos, vedações verticais e horizontais;
• evitar a utilização em locais com elevada umidade;
• evitar a utilização quando submetido a impactos mecânicos.
MDF - Medium Density Fiber, chapas formadas por fibras de madeira de média densidade (600 -
700 Kg/m3), tem como principal característica ser um produto homogêneo em toda a sua
superfície sendo lisa, plana, densa, livre de nós e granulometria constante, que permitem
operações de acabamento com qualidade e boa trabalhabilidade.
Propriedades do MDF
Chapas de partículas, mais conhecidas como aglomerados são formados por partículas de
granulometria variada, as quais são aglutinadas com adesivos sob pressão e calor, sendo na sua
maioria não resistente a ação da umidade, normalmente são utilizados como base para receber
laminados, lâminas de madeira.
Waffer Board - Chapas de flocos não orientados formados por pequenas e finas folhas de
madeira.
Propriedades do OSB
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MLC - Madeira Laminada Colada - Tábuas de madeira de pequenas dimensões, coladas para se
obterem peças estruturais.
VANTAGENS
• racionaliza o emprego da madeira utilizando espécies de reflorestamento ou mesmo espécies
nativas sub-utilizadas estruturalmente;
• construção de grandes elementos estruturais a partir de tábuas;
• redução de defeitos normais em peças maciças de maior dimensão;
• a pré-classificação das lâmina permite a utilização da madeira de menor resistência nas
regiões menos solicitadas;
• permite a pré-fabricação de elementos estruturais;
• permite a aplicação de contra-flechas durante a fabricação;
• pode ser construída peças com qualquer forma e tamanho condicionado ao espaço disponível
na fábrica e às condições de transporte.
DESVANTAGENS
• custo elevado se comparado a madeira maciça;
• custo do adesivo, necessidade de técnicas e equipamentos especiais e mão-de-obra
especializada;
• acréscimo no custo do transporte, principalmente quando se trata de grandes elementos
estruturais.
LVL - Laminated Veneer Lumber, é composto pela sobreposição de lâminas de madeira por
adesivo a prova d'água ou resistente a água, em geral os mesmos utilizados no compensado. Ao
contrário do compensado o LVL é prensado com as lâminas sempre na mesma direção. A
produção de LVL é feita com lâminas leves ou de média densidade, e em geral utiliza-se
lâminas da mesma espécie de madeira. A tabela apresenta as principais espécies utilizadas para
a produção de LVL.
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Além destas chapas existem as variações como os contraplacados que podem também ser
denominados de chapas mistas, pois normalmente são compostos de lâminas, chapas de
partículas ou chapas de fibras com miolo de madeira maciça.
PRINCÍPIO BÁSICO:
Outra variação são as chapas de madeira mineralizada, formadas por finas tiras de madeira
embebidas em cimento e posteriormente prensado em forma de placa, tem razoável
característica resistente e apresenta um bom desempenho como material isolante. No mercado
nacional o único fabricante é a ERKLIT no sul do país.
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A maioria dos usuários no Brasil possui uma série de preconceitos em relação a uso da madeira.
Entre estes é comum ouvir as seguintes frases: “a madeira apodrece” ; “a madeira pega fogo”;
“a madeira não dura”; “a madeira empena”, “..é frágil”, “...é cara”; “a casa de madeira é
quente”; “na casa de madeira escuta conversas”; “ Para cada tipo de preconceito já existe na
literatura, estudos, recomendações, técnicas que visam diminuir/eliminar estes preconceitos.
A habitação em madeira como outros tipos de materiais deve atender as exigências dos usuários
definidas pela ISO 6241 (Performance Standard in Building: principles for their preparation
and factors for inclusion). O quadro 11 apresenta as exigências dos usuários.
7 Exigência de conforto visual: aclaramento, aspecto dos espaços e das paredes, vista para o
exterior.
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Fonte: SOUZA,1984
QUADRO 11 - Exigências dos usuários segundo a ISO 6241.
Esta exigência é considerada uma das principais prioridades. Para atendê-la é necessário o
dimensionamento das peças e ligações levando em conta: a espécie; o sistema construtivo
adotado; as cargas atuantes; etc. (NBR 7190/1996 - Projeto de Estruturas de Madeira).
Se considerarmos a sua resistência mecânica em relação ao seu peso é um dos materiais mais
resistente, veja o gráfico comparativo:
2500
Compressão
2000
1500
Tração
1000
500
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Esta exigência pertence também ao grupo considerado prioritário para a segurança. No Brasil, o
estudo sobre o tema é recente, principalmente com relação à construção em madeira. O IPT
apresenta alguns trabalhos pioneiros de ensaio em protótipos de edificações, iniciado na década
de 80. Foram realizadas experiências em casas isoladas de madeira, a fim de analisar o
comportamento da ação de fogo [BERTO e LIMA/IPT, 1988]. Neste artigo estão apresentados
alguns pressupostos básicos relativos à segurança contra o fogo em habitação de madeira,
colocando duas metas: garantia da segurança dos ocupantes e a prevenção de conflagração. Este
último tem como objetivo diminuir os riscos de incêndio e a sua propagação.
Sem dúvida, esta é uma análise simplista, mas indica a potencialidade deste material sob a ação
do fogo. Nos países europeus, a Norma exige que o dimensionamento das partes destinadas à
estrutura das construções de madeira seja feita considerando o risco de incêndio, especificando
as seções maiores.
O combate contra a ação do fogo deve receber um tratamento global, desde os cuidados de
detalhes construtivos até a implantação das unidades, passando pelas conscientização dos
usuários, ou seja, este assunto merece um estudo mais global e detalhado.
Comparando a sua resistência ao fogo com outros materiais como metal, apresenta um
desempenho superior e pode-se dizer que é único material que se dimensiona contra fogo
aumentando dimensão da seção resistente, conferindo assim uma segurança maior para que a
estrutura permaneça intacta sem entrar em colapso.
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Uma das precauções a serem tomadas para o projeto de madeira ser resistente ao fogo é a
utilização das peças principais resistentes com dimensões maior do que 5 cm, a menor face. Na
implantação da edificação no lote, deve ser vista o recuo existente entre outra unidade, para que
não ocorra a transferência da chama via aberturas, no caso de incêndio. Nos países com a
tradição construtiva em madeira existem Normas bem definidas que orientam as implantações
de conjuntos habitacionais com casas de madeira. A melhor forma para combater o surgimento
do foco de incêndio é a conscientização dos moradores quanto ao uso de casa de madeira.
5.2.4. DURABILIDADE
Os princípios básicos:
1. Soluções de projeto
2. Tratamento preventivo
3. Manutenção.
Para garantir a durabilidade da madeira, além de entender a cadeia produtiva para intervir em
todas as etapas, é necessário compreender o processo de deterioração. Quais e em que condições
a deterioração pode ocorrer. A madeira como material proveniente da natureza biológica
apodrece, queima, envelhece sob a ação dos agentes físico-químico e biológicos. No quadro 11
estão apresentados os danos causados pela ação dos agentes biológicos e físico-químico na
madeira.
MICROORGANISMO
bactérias e bolores atacam a madeira verde e abrem caminhos para a colonização dos fungos
existe para madeira verde e seca, causa estrago na sua estética e provoca
fungos apodrecedores queda de resistência mecânica e peso.
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INSETOS
BROCAS MARINHAS
Os fungos são agentes biológicos que necessitam de determinadas condições para a sua
colonização e desenvolvimento. Eliminada uma destas condições, este cessa a sua ação
biológica. No quadro 14 estão apresentadas as quatro condições básicas para o desenvolvimento
dos fungos.
Dentro destas condições, podem ser controladas as duas variáveis: a umidade na madeira e a
oferta de alimentos. Ou seja, pode-se evitar o ataque dos fungos, deixando sempre a madeira no
estado seco ou envenenado com aplicação de produtos fungicidas.
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No transporte os cuidados devem ser para não remover a casca, para manter protegido da
incidência direta do sol e do contato ar com o ar. Nas regiões de grande incidência de insetos
xilófagos, a aplicação de inseticida em toda a extensão da tora é recomendada.
Segundo os estudos realizados por Jankowsky & Aguiar (1986), a segunda maneira de
armazenamento reduz as tensões de crescimento, sendo interessante método de armazenamento
para toras destinadas ao desdobro ou à laminação. Portanto, para a madeira ro liça fica
recomendada a primeira forma de armazenamento.
Algumas das soluções caseiras são bastante eficientes, por exemplo o tratamento de Banho
Quente- Frio para os moirões de E.saligna apresentou excelentes resultados alcançando uma
durabilidade de 17-19 anos [MAINIERI e GHILARDI, 1974]. Ótimo resultado foi alcançado
com a técnica de remoção mecânica do alburno, praticamente equivalente ao resultado do
tratamento com banho quente- frio, [CAVALCANTE e MILANO, 1984].
Tratamento de difusão por transpiração radial também apresenta bons resultados. Entretanto a
sua aplicação por ser feita em madeira verde, sem casca, deve ser compatibilizada com os
cuidados recomendados na etapa da derrubada e retirada da árvore.
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Um dos fatores que influem na eficiência da proteção, a ser conferida com a aplicação de
tratamento preservativo, é o grau de toxidez de fungicida ou de inseticida. Quanto mais tóxico, a
proteção alcançada contra os ataques dos insetos e de fungos é melhor, mas por outro lado deve-
se ter cuidados em relação à saúde do ser humano, durante o seu manuseio e na sua utilização.
Com este enfoque, foram montados os Quadros 14A e 14B, indicando os tipos de preservativos
mais utilizados com respectivas toxidez e eficiência.
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Desta forma, neste item ficam apenas indicações de alguns cuidados necessários para uma
escolha adequada de processo de tratamento e o tipo de preservativo.
OLEOSSOLÚVEIS
creosoto
óleo de cor escura, odor forte, da destilação de alcatrão de hulha, combate fungos, insetos e
perfuradores marinhos; apresenta problemas de "exsudação" causando irritação dermatológica
ao seu contato; muito usado em preservação de postes, moirões, dormentes e peças estruturais
sem necessidade de acabamento e contato direto com o ser humano.
carbolineum
destilado de alcatrão de hulha, destina-se mais a aplicação doméstica a pincel, pulverização e
imersão. tem ação fungicida e inseticida.
pentaclorofenol (pcf)
muito tóxico à mamíferos, provoca danos ao meio ambiente, é excelente inseticida e fungicida,
apresenta problemas de exsudação e os cristais expostos provocam irritações à pele.
naftenatos
são ácidos naftênicos, subprodutos da refinação de petróleo, boa ação fungicida, custo alto, são
usados na manutenção de postes.
soluções de óxido de
estanho tribu-tílico tratamento da madeira fora de contato do solo, baixa toxidez aos mamíferos, tem marcante ação
(tbto) fungicida, bactericida e resiste aos ataques de perfuradores marinhos, tem boa compatibilidade
com acabamentos, são caros.
quelatos de cobre
(quinolinolato de usado para tratamento "profilático", protege a madeira verde contra ataques de fungos
cobre-8) manchadores e bolor, baixa toxidade à mamíferos, usado para preservar embalagens
alimentícias.
HIDROSSOLUVEIS
(cca) arseniato de
cobre amoniacal sais de cobre arsênico numa solução amoniacal, usado para preservação das madeiras em
contato com o solo, muito empregado nos EUA e Canadá
(cca)arseniato de
cobre cromatado ação fungicida e inseticida, reage com a madeira tornando-se insolúvel, tratamento somente com
processo industrial em autoclaves sob pressão, mundialmente consagrado para o uso em postes,
estacas, pilastras, dormentes, decks, cruzetas, para fins estruturais de responsabilidade.
(ccb) borato de cobre
cromatado fungicida e inseticida, mas no brasil a sua proteção não tem sido satisfatória, devido à
solubilidade do boro, sofrendo o processo de lixiviação. tratamento realizado sob pressão, para
postes e moirões.
composto de boro
os boratos possuem propriedades fungicidas, inseticidas e ignífugas, com base no princípio de
difusão do composto de boro, o processo de tratamento por difusão utilizando madeira verde,
recém-abatida, apresenta bons resultados.
Fonte: MONTANA QUÍMICA S.A. (1991), LEPAGE et al, (1986)
Além destas medidas preventivas de tratamentos preservativos, deve ser prevista na proposta a
possibilidade de manutenção e substituição das peças principais, garantindo desta forma, a
conservação das qualidades resistentes do edifício.
Estas medidas, em conjunto com os cuidados previstos, desde a produção da madeira na floresta
até a sua aplicação na obra, garantirão a durabilidade do conjunto.
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5.2.6. ESTÉTICA
Estética é uma das exigências a ser considerada, e torna-se importante para prevenir o usuário
contra preconceitos nativos em relação à casa de madeira. Ou seja, para a adoção da alternativa
de construção utilizando madeira, além da viabilidade técnica deve ser garantida também a sua
viabilização pela aceitação dos usuários.
Sendo visual o primeiro contato com a proposta, esta deve apresentar aspectos que promovam a
simpatia do usuário. Entretanto, definir exatamente a estética a ser incorporada ão projeto é uma
tarefa difícil pois, dependendo de cada grupo social, as expectativas são bastantes diferentes.
Desta forma, para atender esta exigência, adotou-se como requisito a qualidade de acabamento
que transmita uma aparência segura e uma imagem diferente das construções provisórias. E
quanto ao critério, não será definido para a sua avaliação.
3. Manutenção
Conscientizar o usuário quanto aos cuidados que devem ser
tomados por ser madeira (fogo, água, infiltração, etc.)
TÉCNICA DE TRATAMENTO
autoclave
imersão
substituição da seiva
pincelamento
4
TIPOS DE PRESERVATIVO
Preservativos oleossolúveis:
4
Ino, A. p.49 e 50, Tese de Doutorado, EPUSP,1992. Manual de preservação IPT,1987
Catálogos de Montana Química
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4. As partes salientes em madeira nos panos verticais, na medida do possível proteger com
pingadeira.
6. Prover um bom escoamento das águas de chuva, colocando as canaletas e rufos na cobertura e
no seu entorno uma canalização de águas pluviais.
7. Não esquecer o tratamento fungicida e inseticida, nos locais expostos às intempéries, nos
locais úmidos. Dependendo da região, mesmo nas partes secas proteger por pincelamento
utilizando produto inseticida.
12. Sempre que possível introduzir no processo construtivo a pré-fabricação, isto é, um pré-
corte e montagem na oficina dos componentes, onde pode-se ter maior controle de qualidade,
obtendo desta forma a precisão necessária na usinagem e processamento das peças de madeira e
consequentemente um melhor desempenho e acabamento mais adequado.
13. As etapas construtivas devem ser planejadas de maneira que a madeira fique menor tempo
exposta à ação de intempéries.(por ex: primeiro cobrir para depois trabalhar o fechamento)
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14. Todos os pontos críticos, até agora citados devem ser cuidadosamente detalhados e
especificados no projeto.
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A seguir são propostas etapas e sub- etapas para a produção em escala de casas de madeira de
reflorestamento, tendo em vista garantir a qualidade do processo e do produto final,
considerando que a madeira possui especificidades diferentes de outros materiais.
principalmente quanto ao fenômeno de secagem e tratamento.
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São diversos os sistemas construtivos existentes para habitação. E também, são diversos os
critérios para classificá-los. Para facilitar a visualização desse panorama geral na literatura,
adotou-se alguns critérios para agrupar os sistemas existentes de construção em madeira.
Existem várias publicações sobre este assunto, inclusive nacionais. SABBATINI (1989),
na sua tese de doutoramento faz o levantamento de autores nacionais e internacionais,
apresentando as respectivas classificações.
Critério Classificação
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Classificação Exemplos
Walter Bohe (1969) usou como critério os métodos de pré-fabricação, agrupando as construções
em quatro tipos (Quadro 19). Esta classificação segundo o critério de pré- fabricação poderá
ser utilizada diretamente aos sistemas em madeira.
Existem vários índices para definir o grau de industrialização de uma solução construtiva.
Entretanto SALAS (1987), pesquisador espanhol afirma que qualquer coeficiente numérico
para definir o grau de industrialização "...está longe de ter uma objetividade absoluta".
SABBATINI (1989) confirma também a imprecisão dos critérios de quantificação para
determinar o grau de industrialização de cada processo, pois, segundo ele, não basta apenas
classificar o processo de produção. Este deve ser considerado no seu todo, assim como o
grau de racionalização existente em cada etapa, desde o projeto até a execução.
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Sendo assim, cada país apresenta uma classificação baseada em diferentes critérios, e
muitas vezes sem um critério definido, agrupando simplesmente as diversas formas de
construção em madeira existentes no mercado.
O sistema mais conhecido nos Estados Unidos é o sistema entramado, constituído por
peças serradas de seção padronizada, unidas por pregação, processo este desenvolvido para
simplificar a construção tradicional. Apresenta-se em duas versões: "Platform" e "Balloon
Frame" (Fig.04 e Fig.05), [ANDERSON, 1978].
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I. ENFOQUE ESTRUTURAL
Sistema Pilar e Viga (Fig. 07)
Sistema Entramado . Plataforma (Platform fig 03)
.Global ou Integral (Balloon Frame-fig 04)
I. ENFOQUE PRODUTIVO
S. C. Não Industrializado (Vernacular e habilitado)
S. C. Semi-Industrializado (Sistema de pré-corte)
S. C. Industrializado (Pré-fabricação Parcial e Total)
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Atualmente no Japão 80% do seu estoque de habitação foi construído pelo Sistema
Convencional "ZAIRAI KOHO" construção tradicional japonesa. Esta designação é
bastante ampla, pois engloba desde as habitações mais tradicionais, até aquelas construídas
recentemente, as quais empregam tanto os novos materiais produzidos pela indústria
quanto as ligações da estrutura principal em entalhes bastante simplificados. Para
diferenciá-las, foi incorporada na classificação uma subdivisão no primeiro grupo:
Convencional Tradicional (Fig.08), e Convencional Tradicional Simplificado, (Fig.09),
[INO, 1986].
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O segundo grupo, constituído pelo Sistema 2"x 4" ou sistema americano de construção
habitacional "Platform", é classificado isoladamente por ser uma tecnologia estrangeira.
Foi introduzido na década de 70 no mercado japonês, recebendo a aprovação do Ministério
da Construção, com a emissão de um Certificado de Conformidade. O sistema possui
normas de cálculo e execução específicas, elaboradas pelo órgão financiador de habitação
[HOUSING LOAN COOPERATION JAPAN]
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A literatura alemã apresenta uma classificação em dois grandes grupos: ossatura de madeira e
construção em painéis. Para o primeiro grupo é apresentada uma divisão bastante minuciosa,
com enfoque dado aos nós, detalhando a forma de encontro das peças estruturais (verticais e
horizontais), [GOTZ, 1987]. A construção em painéis, segundo HOOR (1987), é dividido da
seguinte forma: Pequenos Painéis Portantes; Grandes Painéis Portantes; Elementos Espaciais; e
Painéis não Portantes.
I.Ossatura em Madeira
Pilar-Viga (peças Simples) .Viga Contínua Apoiada nos Pilares
.1 pavimento (Fig. 13)
.2 pavimentos (Fig. 14)
. Pilar Contínuo (Fig. 15)
Pilar-Viga (peças múltiplas) .Pilar Contínuo-vigas abraçam o pilar (Fig. 16)
.Viga Contínua-pilares abraçam a viga (Fig. 17)
NERVURAS "Baloon Frame" (Fig. 05)
"Platform" (Fig. 04)
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Fig.15 - Viga contínua vigas apoiadas (2 pavs) Fig. 16 - Pilar contínuo, ligação de topo
Figura 17 - Pilar contínuo vigas duplas Figura 18 - Viga contínua, pilares duplos
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A classificação das famílias tecnológicas dos sistemas construtivos em madeira, feita por
franceses, segue os critérios de grau de industrialização, considerando o método de
montagem na obra. Segundo os estudos realizados pelo Centre Scientifique et Technique
du Batiment [BROSSY e FONTAN, 1985], as soluções construtivas em madeira foram
divididas em cinco sistemas (Quadro 23).
Painéis Estreitos: são formados por painéis pré-fabricados com largura menor que 2,40m,
normalmente estruturados por montantes espaçados de 0,60m, recebendo amarração horizontal
na base e no topo. Estes painéis podem ser de altura simples ou de altura dupla, isto é,
correspondem respectivamente a uma edificação térrea ou assobradada, (Fig. 23 e Fig. 24).
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Figura 23- Painéis estreitos altura simples Figura 24- Painéis estreitos altura dupla
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A partir das classificações levantadas pode-se observar, do ponto de vista estrutural, dois grupos
nitidamente diferentes: os sistemas que apresentam estrutura independente de vedação,
normalmente denominados como "pilar e viga"; e os sistemas que apresentam como estrutura
resistente a parede, chamados de "painéis".
São painéis compostos por sarrafos coladas formando formando grandes superfícies que podem
ser utilizadas como parede estrutural ou como painel de cobertura.
ossatura
Variáveis nervurados pilar- viga Painéis portantes
transmissão dos distribuído no plano concentrado nos pilares distribuído no plano das
esforços das paredes e vigas paredes
parede estrutural parede não estrutural parede estrutural
independência entre não sim não
sistema estrutural e
sistema de vedação
seção transversal de pequena grande pequena
peças
processo de produção peças pré-cortadas peças pré-cortadas componentes/ elementos
pré-fabricados
grau de médio/ baixo baixo/ médio alto
industrialização
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A figura 28, ilustra os pontos mais críticos de início de deterioração em uma edificação de
madeira de dois pavimentos sujeita as intempéries.
O quadro 25 apresenta propostas de medidas preventivas para diferentes áreas críticas de uma
edificação em madeira sujeita às ações das intempéries e a presença de insetos. Além das
medidas preventivas que devem ser consideradas no detalhamento dos projetos, é necessário
tratamentos preservativos e a possibilidade de manutenção e substituição das peças principais,
garantindo desta forma, a conservação das qualidades resistentes do edifício, aumentando a
durabilidade.
elementos estruturais dos pisos térreos utilizar fundações de concreto tipo sapata corrida, com o piso elevado
das edificações do solo, prevendo drenagem superficial ao redor da edificação
locais enclausurados, úmidos e mal propiciar ventilação do espaço entre barroteamento e o solo, com o
arejados. Ex: espaço entre envenenamento do solo. (figura 28a)
barroteamento
canalizações de água e esgoto fixado propiciar o acesso fácil a rede de água/ esgoto. Não deixar a madeira
na madeira em contato com a umidade,,colocando uma interface de material
impermeável
batente de portas e janelas em contato impermeabilização, emprego de espécies mais resistentes e proteção
com paredes úmidas de pintura a óleo
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peças de madeira em peças úmidas recebaer revestimentos impermeáveis, tinta esmalte, tinta óleo,
como cozinha e banheiros tomando-se cuidado nas extremidades das peças
peças de telhados, próximas a rufos, devem receber atenção especial no seu detalhamento e as peças que
calhas e telhas ficarão em contato direto com as telhas deverão receber tratamento
químico, além de facilitar a substituição das mesmas.
os topos expostos das peças de detalhes construtivos para proteger estas extremidades; cortes em
madeira de cobertura (caibros, terças) ângulo reto das extremidades dos caibros, colocação de peças como
absorvem umidade com maior testeira que evitam a exposição direta das extremidades, e ganha-se
maior rigidez do beiral
facilidade
fendas, juntas e áreas ao redor de além do desenho poderá fazer uso de borracha, espaçadores de
conectores como parafusos e prego, maneira não permitir a permanência de água
etc
soleira inferior do diafragma e os topos necesitam de cuidados em relação à umidade do solo. Os usuários
inferiores dos montantes verticais devem receber uma orientação prática de limpeza - interna da
edificação, não lavar o piso por exemplo. Caso o piso for cerâmico,
rodapé deve ser do mesmo material cerâmico
(+/- 10 cm)
QUADRO 25 - Medidas preventivas para pontos crítico de uma edificação em madeira sujeita às
ações das intempéries e a presença de insetos
detalhe da colocação da última tábua do assoalho pilar com dispositivo metálico de interface com a fundação
interno deixando espaço com a parede de concreto
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vista geral de uma parede de alvenaria com os montantes vista geral de uma parede com os lambris fixados e sobre
de fixação de lambris estes a mata-junta
detalhe da fixação dos montantes, deve se ter o cuidado corte transversal mostrando o lambri e mata-junta, deve se
de garantir a distância entre o montante e a parede, ter o cuidado para garantir a extremidade inclinada da
inclusive na sua extremidade mata-junta e o lambri trabalhando como pingadeira
detalhe da fixação dos montantes junto à parede, sempre detalhe do canto com a proteção de topo dos lambris
deve manter o espaço para ventilação
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detalhe do corte em angulo reto da extremidade dos detalhe de proteção da extremidade dos caibros com o
caibros, é comum verificar o destopo no prumo, expondo uso de testeira
mais à ação de intempéries
ligações de peças estruturais expostas a chuvas devem pilaretes expostos a chuvas devem estar ventilados na
receber soluções de arruela que garantem a não sua extremidade e ainda com detalhe de pingadeira no
permanência de água encaixe do dispositivo metálico
extremidades de vigas expostas devem receber detalhes emendas de lambris expostas devem receber proteção de
de corte ou proteção mata-junta ou então deixar um espaço suficiente para
ventilação (distância menor do que uma gota d'água)
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fixações de parafuso ou prego expostas devem receber desenhos especiais para lambris externos que garantem o
cuidados especiais, peças galvanizadas de fixação de escoamento rápido d'água
lambris são as mais adequadas
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A literatura relativa à tecnologia de construção em madeira, a nível nacional, ainda são bastante
dispersas e muito limitadas em relação às de construção em alvenaria ou em concreto. Soma-se
a esta realidade a inexistência de uma estrutura de pesquisa eficiente e a dificuldade de
divulgação destas técnicas, gerando um quadro precário de tecnologia construtiva em madeira
no país.
Neste sentido, tendo em vista esta lacuna, todo e qualquer esforço para compilar as informações
relativas à habitação de madeira tem a sua importância.
Na pesquisa realizada por PICARELLI (1985), foi levantada uma série de sistemas construtivos
destinados à habitação, incluindo também os de madeira, mas não foi apresentado um
tratamento específico para esse tipo de construção.
O universo pesquisado, no presente trabalho, para o levantamento das informações relativas à
construção em madeira, abrange os registros acadêmicos de dissertações e teses, as publicações
e revistas técnicas e os relatórios de pesquisa.
O acervo das informações técnicas e construtivas reunido para esta pesquisa, foi organizado
com base em critério estrutural, dividido em dois grupos básicos: PILAR E VIGA e PAINÉIS.
No primeiro grupo pilar e viga podem ser considerados os sistemas com elementos estruturais
independentes de vedação. As cargas são transmitidas através das vigas ligadas aos pilares e em
seguida para a fundação. O contraventamento pode ser realizado através de reforços com
diagonais, colocadas nos planos verticais e nos planos horizontais. Ainda neste grupo, podem
ser consideradas as estruturas entramadas, as quais ganham rigidez e estabilidade após a
colocação da vedação.
No segundo grupo - sistema de painéis- as cargas do telhado são distribuídas e transmitidas ao
longo das paredes. Estas por sua vez, são transferidas de forma distribuída para a fundação. As
paredes têm função tanto estrutural quanto de vedação. As solicitações horizontais são
absorvidas através de elementos perpendiculares às fachadas (paredes e pisos), as quais dão o
enrijecimento necessário ao conjunto.
Do ponto de vista da possibilidade de pré-fabricação, em geral o segundo grupo é considerado
como aquele que apresenta maior facilidade para programar as atividades da fábrica,
diminuindo o trabalho no canteiro, ou seja, é possível alcançar maior nível de industrialização.
Pode ser considerada, neste grupo, a maioria das casas pré-fabricadas existentes no mercado.
Foram compilados 24 exemplos de construção utilizando a madeira como estrutura principal.
Nos Quadros 27 e 28 está apresentada a lista das experiências levantadas, do sistema pilar e
viga, e do sistema painel, respectivamente, com descrição resumida da solução construtiva
adotada, do tipo de experiência e da fonte bibliográfica.
Os dois quadros dão uma primeira aproximação do panorama geral dos processos mais
comumente empregados na construção de madeira no país. Estão apresentadas na forma de
fichas individuais, com os respectivos detalhes e a descrição mais minuciosa para cada
experiência levantada. Estas fichas e os trabalhos completos encontram-se disponíveis na
biblioteca do LaMEM- EESC- USP.
Com este levantamento preliminar pode-se observar que existem vários exemplos e
propostas de construção em madeira, entretanto dispersos, e normalmente com as mesmas
soluções construtivas. Os quadros-resumo apresentados baseiam-se num dos resultados
alcançados no trabalho de Iniciação Científica [KOBAYASHI, 1990]. A maioria dos
exemplos construtivos listados emprega a madeira nativa ou a madeira de reflorestamento
de pinus. A utilização do eucalipto na construção habitacional ainda é restrita.
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A seguir, estão apresentadas as seguintes experiências do Ghab (1993-2000) e HABIS (2000 -):
• Construção de uma edificação (Casa do Horto da UFSCar, de São Carlos, 1996), utilizando
sistema estrutural modular em eucalipto roliço; painéis de vedação composto de ossatura de
eucalipto serrado, chapas de compensado e lambris de pinus; esquadria, assoalho e forros em
eucalipto. Hoje utilizado como escritório da CEMA – Coordenadoria do Meio Ambiente da
Universidade Federal de são Carlos.
• Construção de uma edificação (Sede do Parque dos Mananciais, Campos do Jordão, SP,
1998), utilizando sistema estrutural pilar-viga em pinus e vedação em lambri de pinus tratado
em dupla face, pisos elevados em assoalho de pinus.
• Construção de duas edificações 001 e 002 (Sede do HABIS, Campus USP, São Carlos, SP,
1998), utilizando sistema estrutural pilar viga em eucalipto serrado e vedações em, terra-
palha, taipa de mão, chapas de aglomerados revestidos com tábua/ mata-junta e réguas de
pinus tratado.
• Projeto Inovarural – “Habitação rural com inovações no processo, gestão e produto: participação,
geração de renda e sistemas construtivos com recursos locais e renováveis” Construção de 42
unidades habitacionais no Assentamento Rural Pirituba II, Itapeva-SP (2004-2007)
• Projeto Sepé Tiaraju – “Moradia rural com transição agro-ecológico” – Construção de 77 unidades
habitacionais no Assentamento Rural Sepé Tiaraju – Serra Azul-SP (2006 - )
Sede do Grupo HABIS (esquerda) vista externa apos a reforma do telhado realizada em 2001,
a direita interior da edificação com bloco de terra-palha a vista no pavimento superior
foto: 2009
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FOTO 1: Madeira de rejeito comercial FOTO 2: Unidade de beneficiamento: FOTO 3: Armazenamento das peças
entabicada no pátio de uma serraria usinagem na tupia (Marcelândia-MT) usinadas (INDEA/Cuiabá-MT)
(Marcelândia-MT)
FOTO 4: Pré-fabricação de componente: FOTO 5: Armazenamento das tesouras pré- FOTO 6: Transporte dos componentes
painel ventilação (INDEA/Cuiabá-MT) fabricadas (INDEA/Cuiabá-MT) tesoura: INDEA para canteiro (Cuiabá-MT)
FOTO 7: Colocação dos esteios com FOTO 8: Levantamento do componente: FOTO 9: Montagem dos painéis com as 4
travamento provisório no Canteiro Pedra 90 tesoura fechada no Canteiro Pedra 90 tesouras já posicionadas no Canteiro
(Cuiabá-MT) Pedra 90
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FOTO 1: fundação tipo sapata isolada - execução do furo FOTO 5: Cobertura - colocação das telhas onduladas de
50x50x80 cm; do lastro de concreto (5cm) e do pilarete em fibrocimento de 4 mm (50x244 cm) e pregação com
alvenaria (5x10x20 cm) pregos de telheiro
FOTO 2: Pré-fabricação dos componentes do pórtico sobre FOTO 6: Fechamento - colocação dos lambris de parede
bancada, sem gabarito - execução da viga superior; tratados sob pressão CCA (2,2x 10 cm)
posicionamento de duas peças (3,5x12x300 cm) e
enchimentos e pregação
FOTO3: Montagem dos pórticos - posicionamento dos pilares FOTO 7: Colocação das esquadrias - colocação dos
do pórtico; verificação de nível prumo, posicionamento e batentes e esquadrias, verificação de nível, prumo e
pregação das mãos- francesas fixação
FOTO 4: Piso - colocação dos barrotes (3,5x 10 cm) a cada 60 FOTO 8: Acabamentos - colocação de vidros, calhas e
cm sobre vigas do piso; execução do assoalho (cortes em 45º rufos, execução de pintura (interna e externa: Stain
para piso contínuo e cortes de topo sobre as paredes) Osmocolor)
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FOTO 1: finalização da colocação dos barrotes do 1º FOTO 5: barreamento no interior da grelha de madeira
pavimento
FOTO 2: Estrutura principal (pilares, vigas e barrotes) e a FOTO 6: Aspecto exterior da grelha preenchida por terra
grelha de pinus, pré-fabricado em vão único fixado crua no 1º pavimento, vista externa
FOTO3: Grelha em madeira de pinus (sem o barro) e a FOTO 7: Execução da cobertura curva em viga laminada
direita, painel de colchão de ar com chapa intermediária colada utilizando ripas e a grelha totalmente preenchida
o
(1 . pavimento)
FOTO 4: Fechamento em sarrafos ou réguas de pinus FOTO 8: Vista geral da unidade (colocação da estrutura
tratado (vedação do 1º pavimento) de cobertura )
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Fixação dos painéis pré- Fixação entramado taipa de Fechamento externo em deck
fabricados mão – Bloco de Serviço horizontal – Bloco Servido
Detalhe união pilar e viga Fixação dos assoalhos no Vigas curvas laminado colado
piso superior – Bloco de Serviço
Detalhe dos “deck horizontais” Painel de taipa de mão barreado Bloco de Serviço em taipa
externas Bloco de serviço revestido em argamassa de solo
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Fixação dos painéis- ossatura Blocos de terra palha pré- Painéis de terra palha e painéis
pré-fabricada fabricada colchão de ar
Colocação do revestimento Vista Frontal Bloco Servido já Vista Posterior Bloco de Serviço
tábua e mata-junta com pintura stain em taipa de mão
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O controle de qualidade no processo de casas de madeira deve ser garantida em todas as etapas
da cadeia produtiva: floresta, serraria, secagem, beneficiamento, tratamento, fabricação,
montagem, e também no uso/manutenção. O quadro 29 apresenta uma visão global da cadeia de
produção das casas de madeira, dando a idéia do ciclo fechado incluindo o desmonte/demolição
da edificação.
usinas de recilagem/
reciclagem reaproveitamento
Cada uma destas etapas apresentam problemas específicos que se não cuidados e controlados
podem afetar a qualidade final do produto, aumentando os preconceitos quanto ao uso da
madeira na construção de habitações.
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O quadro 30 apresenta problemas que ocorrem nas várias etapas da produção (floresta, serraria,
secagem) e suas consequências e algumas recomendações.
1. FLORESTA
possíveis causas problemas consequências recomendações
prioridade dada à indústria as florestas plantadas madeira com defeitos reflorestamento com
de papel e celulose existentes não foram (rachaduras, manejo para múltiplos usos
manejadas para fins de empenamnetos,etc)
construção
2. SERRARIA
possíveis causas problemas consequências recomendações
• equipamento inadequado desbitolamento da madeira • defeitos de secagem em • especificação correta no
• tensões de crescimento serrada função da dificuladade de projeto dos componentes
(caso de eucaliptos) padronização no • seleção dos fornecedores
entabicamento e • controle de recebimento
uniformidade de secagem (planilha de seleção de
• maior trabalho no madeira serrada)
processamento
secundário
• aumento do rejeito
(cavacos e peças
rejeitadas)
• imprecisão dimensional na
montagem
• maior trabalho em canteiro
• toras de floresta não defeitos na madeira serrada • aumento de rejeito/
manejadas para serrarias (presença de nós, resíduo
• tensões de crescimento encurvamentos, • afeta a qualidade dos
• falta de critérios na arquamentos, esmoados, componentes na
seleção na serraria etc.) edificação
3. SECAGEM
possíveis causas problemas consequências recomendações
falta de recursos técnicos e utilização de madeiras • maior custo de transporte • adquirir madeira seca com
econômicos para verdes • maior probabilidade de teor de umidade entre
implantação de sistemas de aparecimento de agentes 12% e 18%
secagem biológicos deterioradores • planejamento de obra
baixo nível de • surgimento de defeitos da (prever tempo para
conscientização madeira em serviço aquisição da madeira)
(frestas, falta de esquadro, • controle de recebimento
prumo, e deformações) • elaboração de contrato de
• inadequação da madeira compra
aos acabamentos
externos e colagens
• falta de estabilidade
dimensional (contrações e
inchamentos)
• baixa rsistência mecânica
• aumento de gastos de
manutenção e correção
• diminuição da durabilidade
da edificação
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COMO GARANTIR QUE A MADEIRA NÃO EMPENE, QUE NÃO APRESENTE DEFEITOS
Uma boa secagem confere à madeira uma estabilidade dimensional adequada diminuindo estes
problemas frequentes. As vantagens que podem ser alcançadas com o processo de secagem
adequada para cada tipo de madeira são:
USINAGEM/PRÉ-FABRICAÇÃO
possíveis causas problemas consequências recomendações
• equipamento obsoleto do falta de precisão dos • mais trabalho na • controle na aceitação dos
parque industrial componentes montagem em canteiro componentes
• mão de obra com baixo • maiores custos da • qualificação da mão de
nível técnico edificação obra na usinagem e pr-e-
fabricação
TRATAMENTO PRESERVATIVO
possíveis causas problemas consequências recomendações
• tecnologia inadequada toxidez dos produtos • danos à saúde dos • estudos sobre alternativas
químicos trabalhadores e ao meio de tratamento
ambiente
CANTEIRO
possíveis causas problemas consequências recomendações
• pouca importância ao ausência de planejamento • desperdício de materiais e • qualidade no projeto
palnejamento da execução de mão de obra • planejamento global da
• projeto do produto • retrabalho execução
incompleto baixa caqpacitação das • atraso no cronograma • gestão com controle de
• baixa oferta de empresas construtoras • aumento noscustos qualdiade
profissionais capacitados • capacitaçào dos
profissionais
USO/ MANUTENÇÃO
possíveis causas problemas consequências recomendações
• usuários desinformados uso inadequado • diminuição da durabilidade • manual do usuário
ausência de manutenção
periódica
DEMOLIÇÃO / RECICLAGEM
possíveis causas problemas consequências recomendações
• desconhecimento das baixo aproveitamento da • danos ao meio ambiente • estudo de alternativa de
possibilidades de madeira pós-uso • desperdício de matéria reaproveitamento e
reaproveitamento e prima reciclagem
reciclagem
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Cada empresa deve elaborar seus formulários/ fichas para controle de qualidade, em função de
sua realidade, das necessidades de seus clientes, dos fatores relativos a custos, segurança e
características da mão de obra.
Souza (1995, 1996) apresenta sugestões de modelos para os seguintes formulários/ fichas:
A finalidade da ficha EIM é especificar claramente o produto que será adquirido, definir os
critérios para a sua inspeção quando da entrega/ recebimento do material e deverá conter:
formação de lotes no recebimento em obra, verificações e ensaios de recebimento, critérios de
aceitação e orientações para armazenamento.
A ficha FVM é o documento que deve ser preenchido no ato de recebimento do material na
usinagem/ pré-fabricação/ canteiro. É o registro que fornece informações para a
retroalimentação do sistema de aquisição, podendo ser útil também quando se deseja rastrear
algum produto utilizado. A ficha FVM pode conter: nome da obra, descrição do material, nome
do responsável pelo recebimento, local de uso onde o material será aplicado, nome do fabricante
ou fornecedor, número da nota fiscal, data de entrega, tipos de verificações e ensaios a serem
realizados, resultados obtidos e o atendimento aos critérios de aceitação propostos na EIM e
observações e ações corretivas em caso de não conformidade.
A ficha PES (Procedimento de Execução de Serviço) deve conter: tipo de serviço; documentos
de referência, materiais, equipamentos e ferramentas necessárias e o método de execução com
todas as etapas e procedimentos necessários à execução do serviço.
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A ficha PIS (Procedimento de Inspeção de Serviço) deve conter: tipo de serviço, a verificação, o
ensaio ou teste a ser realizado em obra e o método de critério de avaliação, incluindo limitesde
tolerância, critérios de aceitação e rejeição e ações corretivas.
A ficha FVS (Ficha de Verificação de Serviço) deve ser preenchida com os dados de aprovação
ou rejeição das condições para o início do serviço e das verificações de rotinas definidas na PIS
correspondente.
Como resultado global para a empresa, a gestão da qualidade em todo o processo deve propiciar
a redução de custos gerados pela má qualidade de materiais e de fornecedores, e ao mesmo
tempo, alcançar a satisfação dos usuários pelo atendimento as suas necessidades e exigências.
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referência bibliográfica
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Polytechniques Romandes.
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BRASILEIRO EM MADEIRAS E ESTRUTURAS DE MADEIRA. São Carlos. anais.v.5, p.70-100.
INO, A. (1992). Sistema estrutural em Eucalipto roliço para habitação. São Paulo, Tese (doutorado),
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São Carlos. (Relatório de Iniciação Científica apresentado pelo LaMEM/EESC/USP ao CNPq).
LIMA, G. L. (1990) Tecnologia de construção em madeira de reflorestamento de pinus spp para habitação
de interesse social. São Paulo, Dissertação de mestrado. FAU/USP.
MAINIERE, C.; CHIMELO, J. P. (1989) Fichas de características das madeiras brasileiras. São Paulo: IPT.
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PICARELLI, M. (1985) Tecnologia da habitação. São Paulo. Relatório final de projeto de pesquisa
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SOUZA, R. (1995) Sistema de gestão da qualidade para empresas construtoras. São Paulo: Pini.
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SOUZA, R.; MEKBEKIAN, G. (1996) Qualidade na aquisição de materiais e execução deobras. São
Paulo: Pini.
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anexos
6. OBSERVAÇÕES
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RESPONSÁVEL DATA
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ETAPA
SUB ETAPA
SERVIÇO
DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO
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EQUIPE: DATA:
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referência bibliográfica
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