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AVALIAÇÃO DO PLANO NACIONAL DE

AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

Regina Helena Rosa Sambuichi


Iracema Ferreira de Moura
Mário Lúcio de Ávila
Luciano Mansor de Mattos
Paulo Asafe Campos Spínola
Ana Paula Moreira da Silva
Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - PNAPO

Instituída por meio do Decreto 7.794, de agosto de 2012

“Objetivo de integrar, articular e adequar políticas, programas e ações


indutoras da transição agroecológica e da produção orgânica e de base
agroecológica, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a qualidade
de vida da população, por meio do uso sustentável dos recursos naturais e da
oferta e consumo de alimentos saudáveis.”

Principal instrumento:
Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - PLANAPO
Redes de
agroecologia
Agroecologia Agricultura
ONGs
orgânica

Movimentos MDA MAPA


Sociais
CNPORG
Camponeses
PNAPO
CONDRAF
CONSEA
MMA MDS

Segurança
Sociobiodiversidade Comunidades alimentar
tradicionais
Instâncias de gestão

CNAPO

Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica


Composta por 14 representantes do governo e 14 da sociedade civil
Visa promover a participação da sociedade na elaboração e no
acompanhamento da PNAPO e do PLANAPO

CIAPO

Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica


Composta por representantes dos dez ministérios ligados à política
Visa articular os órgãos e entidades do Poder Executivo federal para a
implementação da PNAPO e do PLANAPO
Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - PLANAPO

• Primeira edição lançada em outubro de 2013, para ser executada no


período de 2013 a 2015

• Estruturado quatro eixos: 1) produção, 2) uso e conservação de recursos


naturais, 3) conhecimento e 4) comercialização e consumo

• Apresentando seis grandes objetivos, quatorze metas e 125 iniciativas

• Recursos orçados na ordem de R$ 1,8 bilhão, acrescido de R$ 7 bilhões


em crédito rural
Disponível em
http://www.mda.gov.br/sitemda/sites/sitemda/files/user_img_19/BrasilAgroecologico_Baixar.pdf
Planapo 2016-2019
Chegou a ser lançado em maio de 2016, mas, com a mudança
de governo ainda está em reavaliação
Objetivos da pesquisa

1. Analisar o processo de construção da PNAPO e a concepção da primeira


edição do PLANAPO

Método:
Análise qualitativa baseada em análise de conteúdo das transcrições de entrevistas
semiestruturadas realizadas com integrantes da CIAPO e CNAPO.

2. Avaliar o processo de execução da primeira edição do PLANAPO (2013-2015)

Método:
Análise quantitativa e qualitativa com base no cumprimento das metas e ações
previstas, destacando os principais problemas e desafios enfrentados e propondo
estratégias para melhorar a sua execução. Foram utilizados para isso o relatório de
balanço do plano e das fichas de monitoramento preenchidas pelos gestores, além de
entrevistas semiestruturadas com gestores e participantes da CNAPO e CIAPO.
Resultados
Análise da concepção da política e do plano na
perspectiva dos participantes da CNAPO e CIAPO
Análise da concepção da PNAPO e do PLANAPO 2013-2015 na
percepção dos atores que participam da Cnapo e da Ciapo

Obs.: Número total de entrevistados = 45


Número de estratégias, iniciativas e quantidade de recursos
disponibilizados no PLANAPO 2013-2015 para cada uma das dez
categorias de prioridades mais citadas pelos atores entrevistados

Obs.: Número total de entrevistados = 45


Avaliação da execução da primeira edição do
PLANAPO (2013-2015)
Número de iniciativas previstas e executadas (meta física) em cada
eixo, objetivo e meta do Planapo 2013-2015.

Pr = Previstas, Ex = executadas, T = totalmente, Pa= parcialmente, N= não executadas, SI= sem informação
Número de iniciativas previstas e executadas (meta física) em cada
eixo, objetivo e meta do Planapo 2013-2015.

Pr = Previstas, Ex = executadas, T = totalmente, Pa= parcialmente, N= não executadas, SI= sem informação
Percentual iniciativas cumpridas em relação à meta
financeira no Planapo

Fonte: Relatório de Balanço do Planapo 2013-2015 (Brasil, 2016)


Execução financeira do plano

O total de recursos não reembolsáveis aplicados foi da ordem de


R$ 2.6 bilhões, superando portanto o valor de R$ 1,8 bilhão
anunciado inicialmente.

Os recursos disponibilizados para crédito, entretanto, apresentaram


uma execução muita baixa. No âmbito do PRONAF, por exemplo
foram aplicados apenas R$ 63,1 milhões, o que representa 2,5% dos
R$ 2,5 bilhões disponibilizados para financiar a produção
agroecológica e orgânica da agricultura familiar no plano.

Fonte: Relatório de Balanço do Planapo 2013-2015 (Brasil, 2016)


Considerações finais

• Necessidade de reavaliar as estratégias voltadas para alavancar o acesso ao


crédito. Indica-se mais investimento em ATER e capacitação

• Recomenda-se também mais investimento em iniciativas inovadoras, como o


Programa Ecoforte e os Núcleos de Agroecologia

• Observa-se que os objetivos e as metas do Planapo I, em geral, não foram


dimensionados para o período de vigência deste primeiro plano e sim
visando uma estratégia de ação continuada de longo prazo, portanto, os
resultados obtidos indicam que é necessário que haja continuidade das
ações iniciadas para possibilitar que os objetivos sejam atingidos

• É importante também que sejam definidos indicadores de impacto e que


seja planejada a implantação de um sistema de informações sobre esses
indicadores de forma a viabilizar uma futura avaliação da efetividade das
ações planejadas.
Para mais detalhes sobre o tema, acesse às
publicações:

http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/
TDs/td_2305a.pdf

http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/
livros/livros/144174_politica-nacional_WEB.PDF
Agradecemos a atenção

Contatos:
Regina H. R. Sambuichi -
regina.sambuichi@ipea.gov.br

Mário Lúcio de Ávila -


avila@unb.br

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