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VIÇOSA
MINAS GERAIS − BRASIL
2018
Ficha catalográfica preparada pela Biblioteca Central da Universidade
Federal de Viçosa - Câmpus Viçosa
T
Dourado, Emuriela da Rocha, 1987-
D739m Microrganismos eficientes (EM) no tratamento de sementes
2018 de milho / Emuriela da Rocha Dourado. – Viçosa, MG, 2018.
ix, 51f. : il. (algumas color.) ; 29 cm.
OFEREÇO
Agradeço aos meus pais e irmãos, em primeiro lugar, pelo apoio, amor e
dedicação. Ao meu pai por me inspirar e minha mãe por me incentivar. Aos meus
irmãos, Maurício e Vitor, que eu amo e admiro cada dia mais.
Ao meu orientador, prof. João Carlos C. Galvão pela orientação, paciência, todas
as palavras amigas e ensinamentos.
iii
RESUMO
DOURADO, Emuriela da Rocha, M.Sc., Universidade Federal de Viçosa, julho de
2018. Microrganismos Eficientes (EM) no tratamento de sementes de milho.
Orientador: João Carlos Cardoso Galvão. Coorientadores: Maria Catarina Megumi
Kasuya e Olinto Liparini Pereira.
A produção de alimentos orgânicos vem crescendo nos últimos anos, entretanto, estes
sistemas requerem insumos isentos de pesticidas químicos e que possibilitem benefícios
ambientais, sociais e econômicos. A obtenção de sementes orgânicas no Brasil é um dos
principais entraves desse setor e são necessárias pesquisas que apontem insumos
adequados a este sistema de cultivo. Entre as ferramentas para a busca de sistemas mais
sustentáveis estão os microrganismos eficientes (EM). Entretanto, são escassas
literaturas sobre os mecanismos de ação deste produto e sua utilização para o tratamento
de sementes. Considerando a hipótese de que os EM podem ser utilizados para a
produção orgânica do milho (Zea mays L.), este trabalho teve como objetivo estudar os
efeitos das formulações de EM no tratamento de sementes de milho visando sua
melhoria da qualidade sanitária e fisiológica. Foram testadas EM de três origens
distintas, sendo um comercial (EMCOM) e dois de agricultores familiares, um de
Montes Claros – MG (EMCE) e outro de Viçosa – MG (EMMA). Os EM foram
filtrados, de forma a excluir os microrganismos, fazendo-se o uso apenas dos
metabólitos secundários produzidos no processo fermentativo. No primeiro experimento
os EM foram testados separadamente, onde sementes de milho foram embebidas por 30
min em quatro concentrações (1%, 2%, 5%, 100%) de EM em duas versões (filtrado e
não filtrado), além da testemunha embebidas em água destilada, totalizando nove
tratamentos dispostos em delineamento inteiramente casualizado. Após cinco dias de
incubação, foi quantificada a presença de fungos fitopatogênicos nas sementes. No
segundo experimento as sementes de milho foram embebidas por 30 min nos três EM e
suas versões filtradas, sem diluição, além do tratamento adicional fungicida Derosal
Plus e a testemunha, totalizando oito tratamentos em delineamento inteiramente
casualizado. As sementes seguiram para teste de sanidade “blotter test”, teste de
germinação e primeira contagem, teste de emergência em areia e índice de velocidade
de emergência, peso de massa fresca e seca de plântulas. No terceiro experimento, 42
fungos isolados de sementes de milho tratadas com EM foram avaliados em teste de
cultura pareada com Fusarium verticillioides, avaliando-se o diâmetros das colônias. O
experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, com em três
repetições. Menores incidências de fungos fitopatogênicos foram observadas nas
iv
concentrações sem diluição dos EM, demonstrando que o mecanismo de ação dos
microrganismos da cultura mista advém também da produção dos metabólitos
secundários que contém substancias antimicrobianas. Nos experimentos comparativos
ao fungicida, todos os EM demonstraram eficiência equivalente ao Derosal Plus, sem
prejudicar a qualidade fisiológica das sementes, não interferindo na germinação ou
emergência do milho. Entretanto, as sementes tratadas com EM apresentaram plântulas
com maiores massa fresca e seca, comparadas à testemunha e ao fungicida. Dos 42
isolados obtidos das sementes de milho, 21 mostraram capacidade de inibir do
crescimento micelial do F. verticillioides com porcentagens de inibição entre 46 e
quatro por cento. Foram observados diferentes mecanismos de antagonismo, mas
principalmente por competição e antibiose. De forma geral, todos os EM testados foram
eficientes no controle de patógenos de sementes de milho, sem prejudicar sua qualidade
fisiológica. O EM tem mecanismo de ação intimamente ligado aos metabolitos
secundários produzidos via fermentação anaeróbica e pode potencialmente substituir
produtos químicos no tratamento de sementes de milho.
v
ABSTRACT
DOURADO, Emuriela da Rocha, M.Sc., Universidade Federal de Viçosa, July, 2018.
Effective Microrganisms (EM) on seed treatment of maize. Advisor: João Carlos
Cardoso Galvão. Co-advisors: Maria Catarina Megumi Kasuya and Olinto Liparini
Pereira.
Organic food production has been growing in recent years; however, these systems
require inputs that are free of chemical pesticides and provide environmental, social and
economic benefits. Obtaining organic seeds in Brazil is one of the main obstacles in this
sector, and research is needed that points out suitable inputs to this cropping system.
Among the tools for the search for more sustainable systems are Effective
Microorganisms (EM). However, there are few literature about mechanisms of action of
this product and its use for the treatment of seeds. Considering the hypothesis that EM
can be used for the organic production of maize (Zea mays L.), this work had the
objective of studying the effects of EM formulations in the treatment of maize seeds
with a view to improving sanitary and physiological quality. Three different sources
were tested: one commercial (EMCOM) and two from family farmers, one from Montes
Claros - MG (EMCE) and another from Viçosa - MG (EMMA). EM were filtered in
order to exclude the microorganisms, using only the secondary metabolites produced in
the fermentation process. In the first assay the EM were tested separately, where corn
seeds were soaked for 30 min in four concentrations (1%, 2%, 5%, 100%) of EM in two
versions (filtered and unfiltered), besides the embedded control in distilled water,
totaling nine treatments arranged in a completely randomized design. After five days of
incubation, the presence of phytopathogenic fungi in the seeds was quantified. In the
second experiment the maize seeds were soaked for 30 min in the three EM and their
filtered versions, without dilution, besides the additional fungicide treatment Derosal
Plus and the control, totaling eight treatments in a completely randomized design. Seeds
were followed for blotter test, germination test and first count, emergency sand test and
emergency speed index, fresh and dry weight of seedlings. In the third treatment, 42
fungi isolated from corn seeds treated with EM were evaluated in a culture test paired
with Fusarium verticillioides, evaluating the diameters of the colonies. The experiment
was conducted in a completely randomized design, with three replications. Corn seeds
with lower incidences of phytopathogenic fungi were observed at concentrations
without dilution of EM, demonstrating that the mechanism of action of mixed - culture
microorganisms also results from the production of secondary metabolites containing
antimicrobial substances. In the comparative experiments to the fungicide, all EM
vi
showed efficiency equivalent to Derosal Plus, without affecting the physiological
quality of the seeds, without interfering in the germination nor the emergence of the
corn. However, the seeds treated with EM presented seedlings with higher fresh and dry
mass, compared to the control and the fungicide. Of the 42 isolates obtained from corn
seeds, 21 showed the ability to inhibit the mycelial growth of F. verticillioides with
percentages of inhibition between 46 and four percent. Different mechanisms of
antagonism were observed, but mainly by competition and antibiosis. In general, all EM
tested were efficient in the control of maize seed pathogens and without impairing their
physiological quality. EM has a mechanism of action closely linked to secondary
metabolites produced via anaerobic fermentation and may potentially replace chemicals
in the treatment of maize.
vii
SUMÁRIO
1. Introdução Geral............................................................................................................1
Referências Bibliográficas.................................................................................................3
CAPÍTULO I.....................................................................................................................5
2. Microrganismos eficientes (EM) no tratamento de sementes visando melhoria da
sanidade.............................................................................................................................5
RESUMO..........................................................................................................................5
2.1. Introdução...................................................................................................................7
2.2. Material e Métodos.....................................................................................................8
2.2.1. Lote de sementes de milho .................................................................................. 9
2.2.2. Obtenção dos Microrganismos Eficientes (EM) ................................................. 9
2.2.3. Determinação dos tratamentos .......................................................................... 10
2.2.3.1. Concentrações de EM no tratamento de semente ...................................... 10
2.2.3.2. Filtragem .................................................................................................... 10
2.2.4. Tratamento de sementes e arranjo experimental ............................................... 11
2.3. Resultados e Discussão............................................................................................12
2.3.1. Escolha do lote ................................................................................................. .12
2.3.2. Tratamento das sementes com EM ................................................................. ..12
2.4. Conclusões................................................................................................................19
Referências bibliográficas...............................................................................................20
CAPÍTULO II .................................................................................................................23
3. Controle de Patógenos de Sementes de Milho com Microrganismos Eficientes .......23
RESUMO........................................................................................................................23
3.1. Introdução................................................................................................................25
3.2. Material e Métodos...................................................................................................27
3.2.1. Obtenção dos Microrganismos Eficientes (EM) ............................................. ..27
3.2.2. Sanidade de sementes ........................................................................................ 28
3.2.3. Germinação e primeira contagem ..................................................................... 28
3.2.4. Emergência em areia e Índice de Velocidade de Emergência (IVE) ................ 28
3.2.5. Massa seca e massa fresca de plântulas ............................................................ 29
3.2.6. Análise estatística .............................................................................................. 29
3.3. Resultados e Discussão.............................................................................................29
3.4. Conclusões................................................................................................................34
Referências bibliográficas...............................................................................................35
CAPÍTULO III................................................................................................................40
viii
4. Potencial de microrganismos isolados de sementes tratadas com Microrganismos
Eficientes (EM) no biocontrole de Fusarium verticillioides...........................................40
RESUMO........................................................................................................................40
4.1. Introdução................................................................................................................41
4.2. Material e Métodos..................................................................................................42
4.2.1. Obtenção das culturas puras dos isolados ......................................................... 42
4.2.2. Obtenção do Fusarim verticillioides ................................................................. 43
4.2.3. Ensaio de cultura pareada.................................................................................. 43
4.3. Resultados e discussão.............................................................................................44
4.4. Conclusão.................................................................................................................46
Referências Bibliográficas...............................................................................................47
5. Conclusão Geral..........................................................................................................51
ix
1. Introdução Geral
1
pelo Professor Teruo Higa da Universidade de Ryukyus em Okinawa (Japão), com o
objetivo de melhorar a utilização da matéria orgânica na produção agrícola (BONFIM et
al., 2011).
Esta pesquisa foi dividida em três capítulos em que, para cada capítulo, uma
hipótese diferente foi testada. No primeiro capítulo, foi avaliada a eficiência de
diferentes concentrações do EM no tratamento de sementes de milho, a hipótese
levantada foi que o EM é pode diminuir infestação de fungos patogênicos nas sementes
de milho. A melhor concentração, resultante do primeiro experimento, foi comparada no
segundo capítulo ao fungicida recomendado para o tratamento de sementes na cultura
do milho, a hipótese foi a de que o EM tem o efeito semelhante ao fungicida. Por fim, o
terceiro capítulo se ateve à investigação da atividade microbiana antagônica de isolados
do EM, em relação ao patógeno Fusarium verticillioides e a hipótese foi a de que os
metabólitos secundários produzidos pelos microrganismos isolados dos experimentos
tem efeito antibiótico sobre os patógenos nas sementes de milho.
2
Referências Bibliográficas
BONFIM, F. P. G; HONÓRIO, I. C. G.; REIS I. L.; PEREIRA A. J; Souza, D. B.
Caderno dos microrganismos eficientes (EM): instruções práticas sobre uso
ecológico e social do EM. Universidade Federal de Viçosa: Departamento de Fitotecnia;
2011. 32p.
MEGALI, L.; SCHLAU, B.; RASMANN, S. Soil microbial inoculation increases corn
yield and insect attack. Agronomy for Sustainable Development, v. 35, n. 4, p 1511–
1519, 2015. https://doi.org/10.1007/s13593-015-0323-0
3
OLIVEIRA, S. A. S.; STARK, E. M. L. M.; FREITAS, J. A. E.; BERBARA, R. L.;
SOUZA, S. R. Partição de nitrogênio em variedades de milho (Zea mays L.) com a
aplicação foliar de microorganismos eficazes e nitrato. Revista Universidade Rural.
Série Ciências da Vida, Seropédica, v. 31, n. 1, p. 57-69, 2011. Disponível em
https://tede.ufrrj.br/jsppui/handle/tede/241 Acesso em 17 de Julho de 2018.
PEREIRA, T. G.; SILVA, S.; MORAES, E. G.; LOPES, M. A. P.; PEREIRA, J. G.;
GONÇALVES, L. S. Utilização de Microrganismos eficientes (EM) na produção de
alimentos orgânicos. Anais da VII Semana de Ciência e Tecnologia. IFMG – Bambuí,
1994.
4
CAPÍTULO I
RESUMO
Os Microrganismos Eficientes (Effective Microrganisms – EM) consiste em culturas
mistas de microrganismos benéficos existentes na natureza, e que são capturados e
utilizados como inoculantes para incrementar a diversidade microbiana no solo e nas
plantas. As aplicações com altas diluições de EM são empregadas visando a melhoria da
qualidade dos solos e em áreas de cultivo e podem contribuir para um ganho de
qualidade nos cultivos de cereais de grande valor econômico e social, como é o caso do
milho. Este cereal tem papel importante na cadeia de produtos orgânicos e é
componente básico na produção para autoconsumo para os agricultores familiares em
função do seu alto valor energético. Há a necessidade de se desenvolver produtos que
atendam as demandas de sistemas orgânicos e agroecológicos, que necessitam de
insumos adequados às suas demandas, que não sejam poluentes e apresentem resultados
consistentes em campo. Na literatura é possível encontrar resultados satisfatórios
empregando-se as culturas mistas para melhorar a qualidade dos solos, mas são escassas
as informações referentes ao uso do EM para tratamento de sementes, bem como de
informações que elucidem os mecanismos de ação dessas formulações. Objetivou-se
com este trabalho determinar a melhor concentração de EM que pode ser utilizado na
melhoria da qualidade sanitária de sementes de milho e identificar ao que se associa seu
efeito. Foram testados três EM de origens distintas, sendo um comercial e dois de
agricultores familiares de Montes Claros (MG) e Viçosa (MG). Além disto, estes EM
foram também filtrados, de forma a excluir os microrganismos, mantendo-se compostos
produzidos no processo fermentativo. Cada EM foi testado separadamente. Desse modo,
para cada teste, duzentas sementes foram embebidas por 30 minutos em quatro
concentrações (1%, 2%, 5%, 100%) de EM em duas versões (filtrado e não filtrado),
além da testemunha, água destilada esterilizada, totalizando 9 tratamentos dispostos em
delineamento inteiramente casualizado. As sementes inoculadas seguiram apara o teste
de sanidade tipo “blotter”, permanecendo incubadas por cinco dias. Após o período de
incubação, foi quantificada a presença de fungos fitopatogênicos nas sementes pelo teste
de sanidade. Todos os EM sem diluição foram eficientes, independentemente da sua
5
origem, na redução da incidência dos fungos fitopatogênicos avaliados, promovendo um
decréscimo entre 67% e 21%, incluindo os resultados referentes às versões filtradas. Os
metabólitos provenientes da fermentação anaeróbica tem íntima relação com os
resultados obtidos para os testes realizados. Os Microrganismos Eficientes podem
auxiliar na melhoria da qualidade sanitária das sementes de milho, reduzindo a
incidência de fungos causadores de doenças nas sementes.
6
2.1. Introdução
7
Na Agricultura Natural os microrganismos eficientes são utilizados para
promover a decomposição da matéria orgânica e tornarem os nutrientes e os minerais do
solo disponíveis para a planta. É possível encontrar na literatura uma vasta gama de
dosagens recomendadas para o uso do produto. Em aplicações foliares em milho, foi
utilizado um volume equivalente a 20 mL por planta em duas aplicações intervaladas e
constatou aumento nos teores de proteína bruta dos grãos (OLIVEIRA et al. (2011).
Aplicações de EM (10 L ha-1) em áreas de plantio de milho doce ocasionaram o
aumento significativo do peso de espigas, sem alterar o número de espigas em relação à
testemunha (DALY e STEWART, 1999). Em plantio de milho com adubação orgânica,
foi aplicado EM (0,1% (v/v)) por seis vezes nas plantas, da época de implantação ao
estádio R4, e verificaram o aumento do peso das espigas de milho, em comparação com
o controle (TEIXEIRA et al. 2017)
8
2.2.1. Lote de sementes de milho
9
2.2.3. Determinação dos tratamentos
2.2.3.2. Filtragem
10
instaladas em aparato apropriado composto por kitassato estéril conectado à bomba de
sucção vácuo à pressão de 500 mm Hg. Após a filtragem, o composto foi armazenado a
-20 ºC e utilizado mediante demanda, ao longo do experimento. Uma amostra de 0,1
mL de cada EM filtrado foi retirada e plaqueada, com três repetições, em placas de Petri
contendo meio de cultura BDA (batata-dextrose-ágar) enriquecido de 1% de Extrato de
Levedura e incubada em BOD a 25±2 °C para análise da efetividade da filtragem.
11
2.3. Resultados e Discussão
Tabela 2. Incidência geral de fungos observados em sementes tratadas com três EM, sob
diferentes concentrações.
Concentração Filtragem EMCE EMMA EMCOM
0% (Testemunha) 87a 92a 95a
F 90a 96a 94a
1%
NF 88a 97a 89ab
F 85a 85a 98a
2%
NF 92a 92a 90a
F 89a 92a 97a
5%
NF 80a 90a 86ab
F 20b* 43b* 74b*
100%
NF 26b* 33b* 39c*
CV(%) 12,9 10,5 11,9
1
As médias seguidas de * na coluna são diferentes a 5% de probabilidade pelo teste de
Dunnett em comparação com a testemunha água destilada esterilizada.
2
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não se diferem entre si estatisticamente pelo teste
de Tukey a 5% de probabilidade.
3
Considera-se “F” para EM filtrado e “NF” para EM não filtrado.
Não houve diferença entre os tratamentos que sofreram diluição e a testemunha
pelo teste de Dunnett (Tabela 2). O EMCE promoveu uma significativa diminuição da
12
incidência dos patógenos nas sementes e este resultado foi observado no composto
filtrado e o não filtrado. O mesmo ocorreu nos tratamentos com EMMA e EMCOM.
Figura 1. Sementes de milho tratadas com EMCE e avaliadas após período de incubação em
câmara tipo BOD. (A) Sementes embebidas apenas em água destilada esterilizada. (B) Sementes
embebidas no EMCE filtrado sem diluição. (C) Sementes embebidas em EMCE não filtrado e a
5% de diluição. (D) Sementes embebidas em EMCE não filtrado e sem diluição
13
Para os três EM empregados foi observado o efeito significativo na inibição do
Fusarium spp., seguindo a tendência da incidência geral e analisado pelo teste de
Dunnett (Tabela 3). O melhor tratamento foi o EMCE filtrado e sem diluição, que
reduziu a incidência do patógeno em 67%, em relação à testemunha sem, contudo,
diferir da versão não filtrada. O crescimento dos fungos pode ter sido afetado pela
presença dos microrganismos provenientes do EM assim como pela influência de seus
metabólitos. MELLONI et al. (1995) observaram menor crescimento de Fusarium spp.
em meio de cultura conforme aumentou-se a concentração do produto comercial em
experimento in vitro. FLORES et al. (2012), comprovou que o EM inoculado
juntamente com o Trichoderma spp. demonstrou ser eficiente na diminuição da
incidência dos patógenos Sclerotium rolfsii e Fusarium spp. em plantas de pimentão.
Tabela 3. Incidência de Fusarium spp. em sementes tratadas com EM, sob diferentes
concentrações.
Concentração Filtragem EMCE EMMA EMCOM
0% (Testemunha) - 81a 61a 64ab
F 83a 64a 64ab
1%
NF 75a 50ab 60abc
F 82a 32bc* 80a
2%
NF 87a 32bc* 61abc
F 83a 66a 72ab
5%
NF 72a 56a 52bc
F 14b* 32bc* 36cd*
100%
NF 23b* 22bc* 23d*
CV(%) 17,7 28,5 30,0
1
As médias seguidas de * na coluna são diferentes a 5% de probabilidade pelo teste de
Dunnett em comparação com a testemunha água destilada esterilizada.
2
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não se diferem entre si estatisticamente pelo teste
de Tukey a 5% de probabilidade.
3
Considera-se “F” para EM filtrado e “NF” para EM não filtrado.
14
decorrência da variedade de microrganismos encontrada nos EM, uma vez que cada
formulação é composta por diferentes grupos (HIGA e PARR, 1994).
15
Tabela 5. Fungos fitopatogênicos observados e sua incidência em porcentagem nas
sementes de milho tratadas com EMCE, sob diferentes concentrações.
Penicillium Trichoderma Aspergillus Acremonium Cladospporium
Conc. Filtragem
spp. spp. spp. spp. spp.
0% - 85 ±8,7 7 ±4,7 2 ±2,1 2 ±3,0 1 ±1,4
F 80 ±13,8 8 ±7,4 1 ±1,4 0 ±0,0 0 ±0,0
1%
NF 82 ±15,3 16 ±13,1 2 ±2,1 2 ±5,7 0 ±0,0
F 79 ±8,8 9 ±3,3 2 ±3,0 0 ±0,0 1 ±1,4
2%
NF 86 ±11,7 8 ±8,3 9 ±7,2 1 ±1,4 0 ±0,0
F 87 ±9,5 5 ±9,7 1 ±1,4 1 ±1,9 0 ±0,0
5%
NF 78 ±17,0 16 ±13,3 3 ±4,2 1 ±1,4 1 ±1,4
F 6 ±6,8 12 ±14,5 0 ±0,0 3 ±4,8 0 ±0,0
100%
NF 7 ±6,7 13 ±17,2 0 ±0,0 1 ±1,9 0 ±0,0
1
Média±desvio padrão.
2
Considera-se “F” para EM filtrado e “NF” para EM não filtrado.
Nas sementes tratadas com EM sem diluição e não filtrado foram observadas
colônias microbianas em suas superfícies. Estas estruturas (Figura 2) que se formaram
apresentavam diferentes características morfológicas e sua incidência está apresentada
na Tabela 7. A presença desses organismos pode estar associada ao controle de
patógenos nas sementes, além da evidência da ação substâncias antagonistas presentes
nos EM. Não foi o objetivo desta pesquisa a identificação dos microrganismos
mencionados, mas sim de estudar a eficiência da cultura mista no controle dos fungos
fitopatogênicos.
16
Tabela 7. Estruturas microbianas observadas e sua incidência em porcentagem nas
sementes de milho tratadas com EM de origens diferentes.
Conc. Filtragem EMCE EMMA EMCOM
0% - 0 ±0 0 ±0 0 ±0
F 0,5 ±1,4 0 ±0 0 ±0
1%
NF 0,5 ±1,4 0 ±0 0 ±0
F 0,5 ±1,4 0 ±0 0 ±0
2%
NF 0,5 ±1,4 0 ±0 0 ±0
F 0 ±0 0 ±0 0,5 ±1,4
5%
NF 1 ±1,9 0 ±0 0 ±0
F 41 ±34,4 0 ±0 6 ±6,8
100%
NF 47 ±11,1 84 ±12,8 1,5 ±2,1
1
Média±desvio padrão.
2
Considera-se “F” para EM filtrado e “NF” para EM não filtrado.
17
Figura 2. Sementes de milho tratadas com EM sem diluição e não filtrado cobertas por colônias
microbianas (setas) em sua superfície.
18
2.4. Conclusões
19
Referências bibliográficas
BARBA, J. T. Bipolaris sorokiniana (Cochliobolus sativus) em sementes de cevada:
detecção, transmissão e controle. 2001. 196 f. Dissertação (Mestrado em
Agronomia/Fitopatologia). Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, RS, 2001.
BORGEN, A. Effect of seed treatments with E.M. in control of commom bunt (Tilletia
tritici) in wheat. In: International Conference On Kyusei Nature Farming, 5, 1997,
Bangkok. Proceedings... Bangkok: APNAN, p. 201-206, 1999.
ELANGO, F.; TABORA, P.; VEGA, J. M.; LAS MERCEDES, G.; RICA, C. Control of
Black Sigatoka Disease (Mycospphaerella fijiensis) Using Effective Microorganisms.
In: Proceedings of the 5th International Conference on Kyusei Nature Farming,
APNAN, Thailand, p. 226-232, 1999.
20
Campus Cojedes. (2012). Disponível em: http://www.sertox.com.Ar/retel/default.htm.
Acesso em 16 de Julho de 2018.
HUANG, T. Y., LI, Q. T., WANG, Z. X., HU, Y. L., FENG, M., LIU, B. Y.
Experimental control of plum red spot disease by a biobacterial agent. China fruits, v.4,
p. 30, 1998. In: CAB Abstracts, 1999 (Abstract 991001897).
21
South Africa. 2008. Disponível em https://core.ac.uk/download/pdf/145043267.pdf
Acesso em 5 de julho de 2018.
NEERGAARD, P. Seed pathology. 2.ed. London: MacMillan Press, v.2, 1979. 1191p.
22
CAPÍTULO II
RESUMO
23
EM podem utilizar as sementes substrato e nutriente, quando não há matéria orgânica a
ser decomposta na areia, acarretando um estresse para o embrião na formação da
plântula, ainda que isso não tenha interferido na germinação.
24
3.1. Introdução
Essas toxinas, além de prejudiciais à planta, podem causar doenças nos seres
humanos e animais que consumirem o milho contaminado. Devido aos problemas
acarretados por esta classe de toxina, órgãos internacionais como o FDA (Food and
Drug Administration - EUA) e União Européia estabeleceram limites máximos de
concentração de fumonisinas no milho destinado a produção de alimentos e rações
(BUTRÓN et al., 2006). No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
25
(ANVISA) estabeleceu limites máximos permitidos de concentração de fumonisinas em
milho de pipoca e para alimentos, a base de milho, destinados à alimentação infantil
(BRASIL, 2011). Nos últimos anos as agroindústrias tem adotado, como padrão de
qualidade, o limite máximo de tolerância de 6% de grãos ardidos em lotes comerciais de
milho (MENEGAZZO et al., 2001).
27
para a “ativação”, utilizando-se para tal, o melaço enviado pela empresa juntamente
com o produto e, para o tratamento de sementes, preconizadas as instruções de uso.
Pelo método do teste de papel filtro “blotter test” (BRASIL, 2009), foram
utilizadas 200 sementes de cada tratamento, divididas em oito repetições de 25
sementes, colocadas em caixas "gerbox" previamente sanitizadas, contendo duas folhas
de papel filtro esterilizado e umedecido com água, seguindo-se ao congelamento, e
após, com incubação em câmara a 25±2 °C, com regime de 12 h de luz, durante 24 h e
posterior transferência para a câmara a -16 °C por 24 h, a fim de evitar a germinação
das sementes. Decorrido esse período, as sementes retornaram às condições iniciais de
incubação, permanecendo por cinco dias, sendo, então, avaliada a ocorrência de fungos
(NEERGAARD, 1979). O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente
casualizado (DIC), totalizando oito tratamentos com 200 sementes cada, em oito
repetições, totalizando 64 parcelas experimentais.
28
de água correspondente a 60% da capacidade de retenção, com regulação diária da
umidade.
29
porém, todos os tratamentos diferiram da testemunha pelo teste de Dunnett a 5% de
probabilidade.
Tabela 1. Incidência geral (%) e incidência de Fusarium spp. (%) em sementes de milho
tratadas com três tipos de EM, fungicida (DEROSAL PLUS®) e a testemunha.
Tratamentos Incidência Geral Incidência Fusarium spp.
Água destilada 86a 78a
Fungicida 4d* 3c*
F 15cd* 9c*
EMCE
NF 13cd* 12c*
F 17cd* 6c*
EMMA
NF 18cd* 15c*
F 41b* 38b*
EMCOM
NF 20c* 8c*
CV(%) 34,6 38,3
1
As médias seguidas na coluna pelo * se diferenciam a 5% de probabilidade pelo teste de
Dunnett em comparação com a testemunha água destilada esterilizada.
2
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não se diferem entre si estatisticamente pelo teste
de Tukey a 5% de probabilidade.
3
Considera-se “F” para filtrado e “NF” para não filtrado.
30
significativamente decrescida e todos os tratamentos, excetuando-se o EMCOM
filtrado, não se diferenciam do fungicida. O efeito mais pronunciado da diminuição da
incidência foi para o EMMA filtrado, que promoveu uma redução de 72% na
incidência. RITT et al. (2018) observaram a diminuição em 38% na incidência de
Fusarium spp. em sementes de milho tratadas com EM na dose de 200 mL/100kg de
sementes, diferindo significativamente da testemunha.
A B
C D
Figura 1. Sementes tratadas com EM, com fungicida e com água destilada esterilizada. (A)
Sementes tratadas com fungicida+corante; (B) Sementes tratadas com água destilada
esterilizada; (C) Sementes tratadas com EMMA não filtrado; (D) Sementes tratadas com EMCE
não filtrado.
31
Tabela 2. Fungos fitopatogênicos observados e sua incidência em porcentagem nas
sementes de milho tratadas com EMCOM, sob diferentes concentrações.
Tratamentos Penicillium spp. Trichoderma spp. Aspergillus spp. Acremonium spp.
Água destilada 87 ±12,8 10 ±7,7 2 ±4,3 2 ±3,0
Fungicida 2 ±3,7 0 ±0,0 1 ±1,4 1 ±1,4
F 3 ±4,7 19 ±17,6 0 ±0,0 6 ±7,1
EMCE
NF 8 ±10,0 0 ±0,0 2 ±2,1 1 ±1,9
F 4 ±4,0 9 ±14,0 0 ±0,0 4 ±3,3
EMMA
NF 4 ±4,3 3 ±7,1 2 ±3,0 2 ±4,3
F 33 ±15,4 18 ±13,0 1 ±1,9 0 ±0,0
EMCOM
NF 3 ±4,2 31 ±9,5 2 ±3,0 7 ±5,2
1
Média±desvio padrão.
2
Considera-se “F” para filtrado e “NF” para não filtrado.
Tabela 3. Valores de primeira contagem (PC), germinação (G), emergência (E), índice
de velocidade de emergência (IVE), massa fresca (MF) e massa seca (MS) de sementes
de milho tratadas com três EM distintos.
PC G E IVE MF MS
Tratamentos
---------------------(%)--------------------- --------(mg)--------
ns ns
Água destilada 63 80 ab 93 20,1 ab 561ab 11,2ab
Fungicida 67 74 b 92 20,4 a 580a 11,60a
F 59 82 a 93 21,3 a 455c 9,11c
EMCE
NF 59 81 ab 90 18,7 abc 447c 8,94c
F 62 84 a 90 20,1 ab 441c 8,83c
EMMA
NF 59 81 ab 88 17,6 bc 468c 9,37c
F 62 82 ab 88 16,8 c 507abc 10,15abc
EMCOM
NF 59 84 a 91 19,5 ab 487bc 9,74bc
CV(%) 9,7 4,1 3,1 5,8 6,6 6,6
1
Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%.
2
Considera-se “F” para filtrado e “NF” para não filtrado.
ns
Não significativo para o teste de Tukey a 5%.
32
Na avaliação de primeira contagem (PC; Tabela 3), não houve diferença
significativa entre os tratamentos. Segundo BHERING et al. (2003), a primeira
contagem do teste de germinação pode ser utilizada como um teste de vigor, uma vez
que, à medida que a deterioração da semente avança, a velocidade de germinação é
reduzida. O resultado da primeira contagem, face aos tratamentos testados, mostra que o
EM não promove deterioração da semente. De acordo com LUDWIG et al. (2009), a
emergência rápida e uniforme das plântulas é de extrema importância para a cultura do
milho, justificando o uso de sementes de qualidade e, conforme os resultados para
emergência (E; Tabela 3), não houve diferença entre a testemunha e os tratamentos, o
que pode indicar que o EM não interfere, negativamente ou positivamente, na
emergência das plântulas de milho em substrato estéril.
33
As sementes vigorosas proporcionam maior transferência de massa seca de seus
tecidos de reserva para o eixo embrionário, na fase de germinação, originando plântulas
com maior peso, em função do maior acúmulo de matéria (NAKAGAWA, 1999). Os
tratamentos com maior peso médio de massa fresca foram a testemunha e o fungicida
(Tabela 3), que não diferiram do EMCOM filtrado. Os outros tratamentos (MF; Tabela
3) apresentaram decréscimo no peso das plântulas avaliadas, sem diferenciar do
EMCOM filtrado e essa tendência permaneceu para os resultados de peso de massa seca
(Tabela 3). Na condição de semeadura das sementes de milho, para este teste em areia
estéril, a pressão microbiana pode vir a recair sobre a semente enquanto substrato e
fonte de nutriente. Esse estresse pode propiciar a diminuição da transferência de massa
de seus tecidos de reserva para o eixo embrionário, influenciando na peso de massa
seca, ainda que isso não comprometa a germinação e a emergência (Tabela 3).
3.4. Conclusões
34
Referências bibliográficas
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36
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http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/37598/1/circ-19.pdf Acesso em 23
de julho de 2018.
38
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p. 456-458, 2004. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-41582004000400018.
39
CAPÍTULO III
RESUMO
40
4.1. Introdução
41
cultivo que trabalham com manejo agroecológicos e objetivam redesenhar
agroescossistemas mais sustentáveis (ALTIERI, 1999).
44
Tabela 1. Porcentagem de inibição crescimento micelial de Fusarium verticillioides em
função do isolado testado no ensaio de cultura pareada.
A B C
Figura 1. Competição in vitro por substrato entre alguns isolados (à direita na placa) e o
fitopatógenos (à esquerda na placa/seta). (A) MANF11 x F. verticillioides; (B) MANF8 x F.
verticillioides; (C) MANF9 x F. verticillioides.
45
Em alguns casos, foi verificada a capacidade dos isolados exercerem antibiose
(Figura 2). A especificidade de um isolado para exercer antibiose ocorre mediante à
produção de metabólitos pertencentes a uma variedade de classes de compostos
químicos, que podem sugerir diferentes mecanismos de ação, e esta capacidade de
produzir metabólitos tóxicos com efeito fungicida ou fungistático pode variar entre
espécies e entre isolados da mesma espécie (VINALE et al., 2008). A antibiose pode ser
associada à inibição do desenvolvimento e crescimento do fitopatógeno pelo isolado.
A B C
4.4. Conclusão
47
DENNIS, C; WEBSTER, J. Antagonistic properties of sppecies-groups of Trichoderma.
I. Production of non-volatile antibiotics. Transactions of the British Mycological
Society, v. 57, n. 1, p. 25-39, 1971. https://doi.org/10.1016/S0007-1536(71)80077-3
48
(Tass.) Goid. “in vitro”. Fitopatologia Brasileira, v. 1, n. 2, p. 57-66, 1976.
http://dx.doi.org/10.1590/S1983-40632013000400014
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49
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232-240, 2015. http://dx.doi.org/10.14601/Phytopathol_Mediterr-15226.
50
5. Conclusão Geral
51