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i

ANA TERESA TIVANA

INFLUÊNCIA DE DIFERENTES SUBSTRATOS NA GERMINAÇÃO DE


SEMENTES DE ALFACE (Lactuca sativa L.) EM BANDEJAS DE
POLIETILENO EM CONDIÇÕES EDAFO-CLIMÁTICOS DO DISTRITO
DA BEIRA

Monografia apresentada a Faculdade de


Ciências Agrárias, Departamento de
Ciências Agronômicas, como requisito
para obtenção do grau de licenciatura
em Agro-pecuária.
Supervisor: Dr. António Cardoso

Beira

2022
ii

Dedicatória
Dedico este trabalho ao meu pai Jota Tivana (em memória) que em vida dera mi um grande
ensinamento como fruto do que hoje sou, e mesma dedicatória vai para a minha mãe Rosa
Zacarias Tivana por ser esta mãe amiga e sempre presente em todos momentos da minha vida.
iii

Agradecimentos
Agradecer em primeiro lugar a Deus, pela força e por ter iluminado o meu caminho durante
toda esta caminhada. Aos meus pais, por me terem dado a vida e desde cedo me ensinaram o
abc da vida, pelo amor, pelos conselhos, pelo incentivo, que sempre depositaram em mim. O
que seria de mim sem vos!

Agradecer ao meu docente e supervisor Dr. António Cardoso, pelos seus ensinamentos, pela
disposição, pelo carinho, empenho, pela confiança, e pelo seu apoio incondicional para a
realização deste trabalho.

Agradeço ao Departamento de Ciências Agronómicas, pelo seu corpo docente pela competência
de me terem formado, pois foi através de vós que adquiri o conhecimento, e me tornei a pessoa
que sou hoje.

Agradeço a minha família, em especial aos meus irmãos pelo carinho e apoio que sempre me
deram: Isabel e Mourão. Não tenho palavras que expressem o meu apreço e amor que tenho por
vós.

Aos meus amigos, que durante esta caminhada me apoiaram, Nelma Passe, Miguel Tamera,
Lopes, Maria Inês, Furquia, Selemane, Américo.

A ti João Rodrigues pelo amor, pelo companheirismo e sobretudo pelo apoio nos momentos
difíceis da minha trajectória, o meu muitíssimo obrigado.

E, a todos que directa e indirectamente contribuíram para a realização deste trabalho vai o meu
muito obrigada.
iv

Lista de figuras
Figura 1: Croquis experimental ............................................................................................................... 8
Figura 3: Disposição dos tratamentos nas bandejas ............................................................................... xx
Figura 4: processo da sementeira .......................................................................................................... xxi
Figura 5: plântulas germinadas após 5 dias ........................................................................................... xxi
Figura 6: plântulas germinadas após 14 dias ........................................................................................ xxii
Figura 7: plântulas em fase de transplante ........................................................................................... xxii
v

Lista de Tabelas
Tabela 1: Ilustração dos tratamentos do experimento ............................................................................. 7
Tabela 2: Recomendação de adubação mineral da cultura para produção de alface (kg por hectare) .. 15
Tabela 3: Extracção de macro e micro nutrientes pela hortaliça alface ................................................ 15
Tabela 4:Principais Doenças e Pragas da Cultura da Alface................................................................. 24
Tabela 5: Altura da planta ..................................................................................................................... xiii
Tabela 6: Número de folhas/planta ....................................................................................................... xiv
Tabela 4: Índice de velocidade de germinação ..................................................................................... xvi
Tabela 5: Estabilidade do torrão.......................................................................................................... xviii
vi

Lista de gráficos
Gráfico 1: Altura da planta .................................................................................................................... 26
Gráfico 2: Número de folhas/planta ...................................................................................................... 28
Gráfico 3: Índice velocidade de germinação ......................................................................................... 29
Gráfico 4: Estabilidade de torrão .......................................................................................................... 30
vii

Lista de Abreviaturas e Siglas


Ca – Cálcio

Fe – Ferro

N – Nitrogênio

NPK – Nitrogénio, Fósforo, Potássio

P – Fósforo

S – Enxofre

DBCC – Delineamento em Blocos Completamente Casualizado

VG – Velocidade de Germinação

VE – Velocidade de Emergência

NFPP – Número de folhas por plantas

AP – Altura da planta

ET – Estabilidade do Torrão

IVG – Índice de Velocidade de Germinação

G – Germinação

Kg – Quilogramas

ha – hectares

PH – Potencial de Hidrogénio
viii

Resumo
Ana Teresa Tivana, “Influência de diferentes substratos na germinação de sementes de Alface
(Lactuca sativa l.) em bandejas de polietileno em condições edafo-climáticos do distrito da
Beira”, Faculdade de Ciências Agrárias-FCA, Universidade Licungo.

Conduziu-se este estudo com o objectivo de Avaliar o efeito de diferentes substratos


orgânicos na germinação e desenvolvimento inicial da cultura de alface (Lactuca sativa L)
var. Great Lakes-659 em condições edafo-climáticos do distrito da Beira. O delineamento
utilizado neste experimento foi de Blocos Completamente Casualizado (DBCC), com quatro
tratamentos (T1: sem substrato – testemunha, T2: esterco bovino, T3: cama de frango e T4:
sementes de rícino) e quatro repetições totalizando 16 parcelas. A distribuição normal dos
dados em cada variável foi submetida a análise de variância pelo pacote estatístico SISVAR,
para observar a existência ou não de diferenças entre as médias das variáveis analisadas, que
foram: Altura da planta, Número de folhas por plantas, Índice de velocidade de germinação
e Estabilidade do torrão. Os resultados obtidos no final do experimento constatou-se que o
tratamento T3 e T4 proporcionaram resultados mais satisfatórios em todas as variáveis
estudadas se comparado com os tratamentos T1 e T2. Na Estabilidade do torrão que tem uma
grande influência no desenvolvimento da plântula no campo definitivo onde o T4 apresentou
se com media de 3,8 aproximando-se a nota 4 de avaliação em que o torrão permanece em
mais de 90% coeso e fixo e raiz, diferentemente do T2 que é bastante usado nesta região em
que manteve com média da avaliação 2 onde o torrão não permanece coeso. Outros sim na
velocidade de germinação o T3 e T4 tiveram melhores médias com 6,7 e 7,0 respectivamente
indicando uma germinação precoce que os demais tratamentos. Posto isto, recomenda se ao
uso de outras fontes alternativas para substratos e adubos no cultivo de alface outras
hortícolas nesta região, especificamente as sementes de rícino que se encontram em
abundância, por apresentarem resultados superiores aos substratos de esterco bovino.

Palavras-chave: Lactuca sativa L; Substratos; Germinação.


ix

Abstract
Ana Teresa Tivana, "Influence of different substrates on the germination of lettuce seeds
(Lactuca sativa l.) in polyethylene trays under edafo-climatic conditions of beira district ",
Faculty of Agrarian Sciences-FCA, Licungo University.

This study was conducted to evaluate the effect of different organic substrates on germination
and initial development of lettuce (Lactuca sativa L.) var. Great Lakes-659 in edafo-climatic
conditions of the Beira district. The design used in this experiment was Completely
Randomized Blocks (DBCC), with four treatments (T1: without substrate – control, T2:
bovine manure, T3: chicken bed and T4: castor seeds) and four replications totaling 16 plots.
The normal distribution of the data in each variable was submitted to variance analysis by
the Statistical Package SISVAR, to observe the existence or not of differences between the
means of the variables analyzed, which were: Plant height, Number of leaves per plant,
Germination speed index and buck stability. The results obtained at the end of the experiment
showed that the T3 and T4 treatment provided more satisfactory results in all variables
studied when compared to treatments T1 and T2. In the stability of the lump that has a great
influence on the development of the seedling in the definitive field where t4 presented with
a mean of 3.8 approaching the evaluation score 4 where the lump remains in more than 90%
cohesive and fixed and root, unlike t2 which is widely used in this region in which it
maintained with an average of evaluation 2 where the lump does not remain cohesive. Other
than germination speed, T3 and T4 had better averages with 6.7 and 7.0, respectively,
indicating an early germination than the other treatments. Having said that, it is recommended
to use other alternative sources for substrates and fertilizers in the cultivation of lettuce other
vegetables in this region, specifically castor seeds that are in abundance, because they present
superior results to bovine manure substrates.

Keywords: Lactuca sativa L; Substrates; Germination.


x

Índice
Dedicatória .............................................................................................................................................. ii
Agradecimentos....................................................................................................................................... iii
Lista de figuras ....................................................................................................................................... iv
Lista de Tabelas....................................................................................................................................... v
Lista de gráficos ..................................................................................................................................... vi
Lista de Abreviaturas e Siglas ............................................................................................................... vii
Resumo .................................................................................................................................................. viii
Abstract ................................................................................................................................................... ix
CAPITULO I: INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 1
1.1. Justificativa....................................................................................................................................... 2
1.2. Problema de estudo .......................................................................................................................... 3
1.3. Hipóteses .......................................................................................................................................... 4
1.4. Objectivos......................................................................................................................................... 4
1.4.1. Geral... ........................................................................................................................................... 4
1.4.2. Específicos .................................................................................................................................... 4
1.5. Delimitação do tema......................................................................................................................... 5
1.5.1. Caracterização da área de estudo................................................................................................... 5
1.6. Enquadramento do tema ................................................................................................................... 5
1.7. Metodologia do trabalho .................................................................................................................. 5
1.7.1. Método Bibliográfico .................................................................................................................... 5
1.7.2. Análise experimental ..................................................................................................................... 5
1.7.3. Técnica de Observação directa ...................................................................................................... 6
1.7.4. Método de abordagem ................................................................................................................... 6
1.8. Métodos de Amostragem e Colecta de Dados .................................................................................. 6
1.9. Materiais ........................................................................................................................................... 6
1.10. Delineamento experimental ............................................................................................................ 7
1.11. Descrição dos tratamentos .............................................................................................................. 7
1.12. Escolha e discrição da variedade .................................................................................................... 8
1.13. Instalação do viveiro ...................................................................................................................... 8
1.14. Preparação do solo ......................................................................................................................... 8
1.15. Rega................................................................................................................................................ 9
1.16. Parâmetros avaliados ...................................................................................................................... 9
1.17. Pacote estatístico .......................................................................................................................... 10
xi

1.18. Relevância do tema ...................................................................................................................... 10


1.18.1. Relevância social ....................................................................................................................... 10
1.18.2. Relevância económica ............................................................................................................... 10
1.18.3. Relevância científica ................................................................................................................. 10
CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRAFIA ....................................................................................... 11
2.1. Aspectos gerais da cultura de alface............................................................................................... 11
2.2. Valor nutricional e Importância económica de alface .................................................................... 12
2.3. Características botânicas ................................................................................................................ 12
2.4. Ciclo vegetativo ............................................................................................................................. 12
2.5. Produção de Mudas ........................................................................................................................ 13
2.5.1. Sementeira ................................................................................................................................... 13
2.5.2. Bandejas ...................................................................................................................................... 13
2.6. Exigências edafo-climáticas da cultura de alface ........................................................................... 13
2.6.1. Temperatura ................................................................................................................................ 13
2.6.2. Luminosidade .............................................................................................................................. 13
2.6.3. Humidade .................................................................................................................................... 14
2.6.4. Solo ............................................................................................................................................. 14
2.7. Exigências nutricionais da planta ................................................................................................... 14
2.7.1. Adubação de cobertura ................................................................................................................ 15
2.7.2. Nitrogénio (N) ............................................................................................................................. 15
2.8. Utilização de Substratos ................................................................................................................. 16
2.9. Tipos de substratos ......................................................................................................................... 17
2.9.1. Composto orgânico ..................................................................................................................... 17
2.9.2. Vermiculita .................................................................................................................................. 17
2.9.3. Serragem ..................................................................................................................................... 18
2.9.4. Torta de mamona ......................................................................................................................... 18
2.10. Características dos substratos ....................................................................................................... 19
2.10.1. Características biológicas .......................................................................................................... 19
2.10.2. Características físicas ................................................................................................................ 19
2.10.2.1. Densidade ............................................................................................................................... 19
2.10.2.2. Porosidade .............................................................................................................................. 20
2.10.2.3. Capacidade de retenção de água ............................................................................................. 21
2.10.3. Características químicas ............................................................................................................ 21
2.10.3.1. Potencial hidrogeniônico (PH) ............................................................................................... 21
xii

2.11. Produção de mudas de qualidade ................................................................................................. 22


2.12. Tratos Culturais ............................................................................................................................ 23
2.12.1. Sacha ......................................................................................................................................... 23
2.12.2. Irrigação em alface .................................................................................................................... 23
2.13. Pragas e doenças........................................................................................................................... 23
2.14. Colheita ........................................................................................................................................ 24
CAPITULO III: RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 25
3.1. Altura da Planta .............................................................................................................................. 26
3.2. Número de Folhas por Planta ......................................................................................................... 27
3.3. Índice de velocidade de germinação............................................................................................... 29
3.4. Estabilidade do Torrão ................................................................................................................... 30
Capítulo IV CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ......................................................................... 31
4.1. Conclusão ....................................................................................................................................... 31
4.2. Recomendações .............................................................................................................................. 32
4.3. Referências bibliográficas .............................................................................................................. 32
APÊNDICES ......................................................................................................................................... xiii
ANEXOS............................................................................................................................................... xx
1

CAPITULO I: INTRODUÇÃO
A Alface (Lactuca sativa L.) é uma planta da família Asteraceae, originária da região de clima
temperado, entre o sul da Europa e a Ásia Ocidental. É uma planta herbácea que possui um
pequeno caule a partir do qual as folhas tenras crescem ao redor. Essas folhas são a parte
comestível da planta e podem ter coloração verde (variando de claro a escuro) ou roxa, assim
como podem ser lisas ou crespas e formar ou não cabeça, (MALIA 2015). Nas últimas décadas,
diversas técnicas foram incorporadas ao cultivo de hortaliças. Dessas técnicas, destaca-se o uso
de substratos feitos a base de materiais orgânicos que é a prática pela qual se aplica, ao solo,
material orgânico como estrume de animais ou sementes plantas com propriedades de
fertilizantes (SOUZA & RESENDE, 2003).

Actualmente a alface é produzida em bandejas, método que segundo FILGUEIRA (2000)


proporciona melhor rendimento operacional em quantidade de sementes, uniformização das
mudas, manuseio no campo, controle fitossanitário, condições estas que permitem colheitas
precoces. A maioria dos substratos é uma mistura de dois ou mais componentes, feita para que
as propriedades químicas e físicas se tornem adequadas às necessidades específicas de cada
cultivo.

Para um bom desenvolvimento inicial da cultura as sementes devem ser semeadas em substrato
que atenda todas as suas necessidades iniciais. Para isso, o substrato deve possuir baixa
densidade; boa aeração; boa capacidade de retenção de água; boa drenagem; ser livre de
patógenos e ervas espontâneas ser neutro e não salino, não ser alcalino ou ácido e não conter
substâncias tóxicas (SOUZA et al., 1997).

Encontrar todas essas características num único material é praticamente impossível. Assim, é
necessária a mistura de vários materiais para conseguir um substrato próximo do ideal. Esses
componentes podem ter diversas origens: animal (esterco e húmus), vegetal (tortas, bagaços e
serragem), mineral (vermiculita, perlita e areia) e artificial (espuma fenólica e isopor). Dessa
forma, o presente trabalho objectivou avaliar o desempenho de diferentes tipos de substratos na
germinação e desenvolvimento de mudas de alface (Lactuca sativa L).

O presente trabalho é composto por quatro capítulos, sendo o primeiro a introdução constituído
de justificativa, problematização, as hipóteses, os objectivos, os métodos e técnicas de pesquisa,
determinação da amostra, o enquadramento do tema e a relevância do tema. Segundo que
corporiza a fundamentação teórica, o terceiro capítulo com os resultados e discussãoe
finalmente o último capítulo com as conclusões e recomendações.
2

1.1. Justificativa
A autora tem como justificativa da escolha do tema pela experiência obtida nas aulas práticas
durante o curso. O emprego de um substrato adequado é de grande relevância para o
desenvolvimento inicial das hortícolas, pois podem interferir de diversas formas no número e
comprimento das raízes e folhas.

A produção de mudas de qualidade é uma das etapas mais importantes no cultivo de hortícolas,
estas serão as plantas a serem colhidas no campo definitivo. A utilização de recipientes com
substratos em substituição ao uso de solo na formação de mudas, tem proporcionado aumentos
substanciais na qualidade das mesmas.

A função do substrato é de fornecer suporte a cultura, fornecendo sustentação, água, nutrientes


e oxigénio. Para que ocorra a utilização pelo produtor, os materiais devem oferecer custos mais
acessíveis, ampla disponibilidade, boa fertilidade, sendo que a eficiência do substrato esta
directamente relacionada a uma boa formação das mudas destinadas a produção vegetal.
(MACIEL, 2007)

Com o uso da técnica de produção com base em substratos, procura se trazer uma mudança
significativa na cadeia produtiva nestas zonas, visto que os produtores ao aplicar estes
substratos na produção de mudas em bandejas terão mudas com bom vigor, resistentes no
campo definitivo, além de que as mudas levadas ao campo definitivo já se mostram capazes de
desenvolver sem causar prejuízo nas perdas. A produção agrícola é altamente dependente de
muitos insumos e, nesse contexto, os substratos têm-se destacado devido à sua ampla utilização
na produção de mudas de hortícolas.

Segundo (MULLER 1991; REPKE et al. 2009) Apud NETO et al (2014), O sistema produtivo
da alface é afectado por vários factores ambientais. Dentre esses, destacam-se o fotoperíodo
longo, a alta incidência luminosa, empobrecimento dos solos, as altas temperaturas. A acção
conjunta desses factores pode causar danos fisiológicos às plantas, além de aumentar a
evaporação da água do solo e a diminuição da actividade radicular, causando,
consequentemente, perdas na produção. Em Moçambique, esses factores ambientais são
característicos durante grande parte do ano, podendo, com isso, limitar a produção de alface.

No entanto, vários são os mecanismos utilizados que buscam minimizar seus efeitos. O número
de pessoas que buscam uma alimentação mais saudável e equilibrada aumenta a cada dia. É
crescente a demanda por produtos mais saudáveis e ecologicamente correctos, e portanto o
3

consumo de alimentos orgânicos. Diante dessa necessidade de mercado e do aumento de


produtores inseridos nesse método de cultivo, verifica-se a importância do desenvolvimento de
pesquisas voltadas à implementação de novas tecnologias de produção nesse sistema. Entre
esses, destacam-se o cultivo em ambiente protegido e o uso de substratos orgânicos, visando
garantir mudas vigorosas e manter as características agronómicas desejáveis à planta.

1.2. Problema de estudo


A planta de alface (Lactuca sativa L.) é uma hortícola folhosa popular e de grande importância
na alimentação e saúde humana, destacando se como uma das hortícolas mais consumidas pelo
homem. A produção de mudas de alface em bandejas é considerado um dos métodos mais
eficientes porque confere maior uniformidade das mudas, evitando a competição entre plantas
e diminuindo o estresse das raízes durante o processo de transplante.

Nos últimos anos tem-se verificado no mundo em geral e Moçambique em particular, um


aumento constante da produção das hortícolas. Este aumento deve se à maior procura das
mesmas para o consumo a fresco, em produtos industriais e outras (RIBEIRO e RULKENS,
1999).

As zonas baixas da cidade da Beira, são os principais locais onde há maior produção de alface,
sendo o maior fornecedor deste produto aos mercados da cidade. Portanto por esta cultura ser
bastante exigente na fase inicial de crescimento, os produtores destas zonas enfrentam
problemas em garantir a produção de alface, face as perdas que ocorrem nesta fase.

Um outro problema aliado a estas perdas está a fraca assistência técnica aos produtores destas
zonas, pois a autora verificou que os produtores olham para a aquisição de sementes certificadas
como a chave única para a obtenção de uma maior produção, facto que não chega a se verificar
no campo, afinal ainda assim ocorrem perdas desta cultura principalmente ocasionadas pela
falta de implementação de técnicas melhoradas no viveiro.

Portanto a pretensão de se obter alta produção pode não ser alcançada se não forem adotadas
todos os métodos e técnicas que garantem melhor desenvolvimento das plantas em todo seu
ciclo produtivo. O desenvolvimento e a aplicação de técnicas de cultivo para melhorar a
produtividade e a sustentabilidade agrícola tem como base o uso de substratos orgânicos para a
formação de mudas de diversas culturas, pois o mesmo é quem proporcionará as condições
adequadas de germinação e desenvolvimento inicial das mudas.
4

O distrito da Beira é tem potencial na produção agrícola, principalmente em hortícolas.


Entretanto, devido a fraca adopção de práticas culturais adequadas (uso de substratos); para
além das adversidades das condições climáticas, predominantes nestes últimos anos, a
produtividade/rendimento desta cultura tende a baixar. Neste contexto, surge a seguinte
questão:

Até que ponto o uso de diferentes substratos orgânicos tem influência sobre o poder
germinativo de alface (Lactuca sativa L )?

1.3. Hipóteses
H0 (hipótese nula):

Presume se que os diferentes tipos de substratos não têm nenhum efeito significativo no
rendimento da cultura de alface.

H1 (hipótese alternativa):

Possivelmente os diferentes tipos de substratos tem um efeito significativo em pelo menos um


dos tratamento na germinação da cultura de alface.

1.4. Objectivos

1.4.1. Geral
Avaliar o efeito de diferentes tipos de substratos na germinação e crescimento inicial de mudas
da cultura de alface (Lactuca sativa L.) var, Great Lakes-659 cultivadas em bandejas de
polietileno em condições edafo-climáticos do distrito da Beira.

1.4.2. Específicos
 Identificar o substrato que mais influencia na germinação da cultura de alface.

 Analisar as diferenças existentes no desenvolvimento de mudas de alface a partir de


diferentes substratos.

 Avaliar a influência do substrato, no desenvolvimento vegetativo, em relação ao


comprimento da radícula e na altura total das plântulas da alface.

 Observar a influência do substrato em relação ao tempo de germinação e o número de


sementes germinadas;
5

1.5. Delimitação do tema


O estudo foi realizado no Distrito da Beira, Província de Sofala, no Bairro de Inhamizua. O
distrito da Beira está situado no centro da costa do oceano Índico, delimitando se a Norte e a
Oeste com o distrito de Dondo, a Leste com o oceano Índico e a Sul com o distrito do Búzi
(MAE, 2014).

1.5.1. Caracterização da área de estudo


O distrito é caracterizado pela predominância de um clima tropical húmido chuvoso de savana,
com temperaturas e humidade elevadas no verão, especialmente durante Outubro a Fevereiro.
A precipitação média anual oscila entre 700 a 1000 mm.. Quanto aos solos, no distrito podem
ser encontrados solos aluvionares profundos, cinzento escuros, textura mediana, relativamente
pobres em matéria orgânica, e os sais solúveis não aparecem em quantidade suficiente para criar
limitações na sua utilização agrícola (MAE, 2014).

1.6. Enquadramento do tema


A pesquisa enquadra se especificamente nas cadeiras de Agricultura geral, Produção e
tecnologia de sementes e horticultura e fruticultura, ao estudar as condições ideais para a
germinação da semente, a importância do desenvolvimento inicial das mudas para obtenção de
plantas vigorosas. Também esta ligada a outras áreas do curso de agropecuária como a de
Culturas alimentares e indústrias, Extensão rural, Experimentação agraria, Praticas técnico
profissionalizantes, e Difusão e inovação de tecnologia na medida em que a profunda se sobre
a necessidade de disseminação de novas tecnologias na comunidade. No ensino geral enquadra
se na disciplina de Agropecuária na unidade temática sobre Horticultura.

1.7. Metodologia do trabalho

1.7.1. Método Bibliográfico


Apoiando se neste método, a autora consultou bibliografias já tornadas publica em relação ao
uso de substratos na produção de mudas de hortícolas, desde publicações avulsas, boletins,
jornais, monografias, livros, revistas, pesquisas, até meios de comunicação como rádio, filmes,
gravações, fitas magnéticas e televisão. Esta técnica permitiu obter as informações necessárias
para a conceptualização.

1.7.2. Análise experimental


Para GIL (2007), a pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de estudo,
selecionar as variáveis que seriam capazes consistem em investigações de pesquisa empírica
6

cujo objetivo principal é o teste de hipóteses que dizem respeito à relações de tipo causa-efeito.
Todos os estudos desse tipo utilizam métodos experimentais que incluem os seguintes factores:
grupos de controlo (além do experimental), seleção da amostra por técnica probabilística e
manipulação das variáveis independentes com a finalidade de controlar ao máximo as variáveis
pertinentes.

O objecto experimental deste trabalho foi a alface (Lactuca sativa), onde estudou-se a
germinação e crescimento inicial das mudas de alface (Lactuca sativa) quando utilizado os
substratos formulados a partir de material orgânico.

1.7.3. Técnica de Observação directa


Por observação directa entende-se aquela em que o pesquisador, permanecendo alheio à
comunidade, grupo ou situação que pretende estudar, observa de maneira espontânea os factos
que aí ocorrem. Neste procedimento, o pesquisador é muito mais um espectador que um actor
(GIL, 2007). A autora serviu se desta técnica para observar o comportamento do
desenvolvimento das mudas sem no entanto influenciar nos factores que determinam o
experimento.

1.7.4. Método de abordagem


O método de abordagem que se usou neste estudo é o método indutivo. Segundo GIL (2007), o
método indutivo “ (…) parte do particular e coloca a generalização como um produto posterior
do trabalho de coleta de dados particulares”, o que pressupõe que, através deste método estuda
se as vantagens da interacção na aplicação de substratos na germinação e desenvolvimento de
mudas de alface.

1.8. Métodos de Amostragem e Colecta de Dados


Para a realização do presente trabalho foram usados fundamentalmente dados de origem
primária, onde o tipo de pesquisa é quantitativa, e o método de amostragem previlegiado é o
probabilístico, especificamente a amostragem aleatória simples. Relativamente ao tamanho da
amostra, por cada parcela foram seleccionadas 8 plantas para observação.

1.9. Materiais
Sementes da Cultura de Alface;

Instrumentos de Trabalho: Enxada, Fita métrica, Estacas, Regadores, Maquina Calculadora,


bandejas de sementeira.
7

Fertelizantes: Escremento de gado bovino, serragem de cama de frango, sementes de rícino.

1.10. Delineamento experimental


O experimento foi conduzido no campo localizado na zona de Inhamizua. O experimento teve
início no dia 24 do mês de Outubro do ano 2021. O delineamento experimental utilizado foi de
Delineamento de Blocos Completamente Casualizados (DBCC), com quatro tratamento
(testemunha, esterco bovino, cama de frango e sementes de rícino) e quatro repetições 4x4
contendo 16 parcelas. Para o ensaio foi utilizada a bandeja de 242 células e a parcela
experimental foi composta por 12 plantas.

1.11. Descrição dos tratamentos


 Tratamento 1 (Testemunho): As parcelas correspondentes ao tratamento um, não foram
aplicados nenhuma material orgânico, isso significa que fez se a sementeira com solo
apenas durante todo ciclo de produção das mudas.

 Tratamento 2 (esterco bovino): as parcelas correspondentes ao tratamento dois foram


feitas sementeira misturados solo com esterco bovino.

 Tratamento 3 (cama de frango): as parcelas foram compostas por solos misturados com
cama de frango.

 Tratamento 4 (sementes de rícino): as parcelas deste tratamento foram feitas a


sementeira com solo misturado com sementes de rícino.

Tabela 1: Ilustração dos tratamentos do experimento


Tratamento-1 Testemunho

Tratamento-2 Esterco bovino

Tratamento-3 Cama de frango

Tratamento-4 Sementes de rícino

Fonte: (Autora, 2021)


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Figura 1: Croquis experimental


I BLOCO II BLOCO III BLOCO IV BLOCO

T1 T2 T2 T2

T3 T4 T4 T4

T2 T1 T3 T3
Legenda: T1: Controlo; T2:
esterco bovino; T3: cama de
T4 T3 T1 T1 frango; T4: sementes de ricino;

Figura 6: Esquema do Ensaio no Campo

1.12. Escolha e discrição da variedade


Diante à importância económica, foi escolhida para o experimento, alfaces do tipo americana.
Essa variedade foi escolhida devido a facilidade de acesso de suas sementes pelos produtores e
também por suas características de adaptação às condições edafo-climáticas do Distrito.Esta
variedade apresenta cabeça com folhas crespa, folhas com nervura salientes e imbricadas,
semelhantes ao repolho e apresenta um ciclo de 75 dias a partir da sementeira, sendo 48 a 58
dias a partir do transplante.

1.13. Instalação do viveiro


As sementes de hortícolas, de modo geral, são pequenas e exigem cuidados especiais, como
solo rico em nutrientes e regas, por isso, a sementeira passou por viveiro para produção de
mudas e só depois levou se ao campo definitivo. A sementeira fez-se em duas bandejas com o
uso de substrato, expandido em 242 célula por cada bandeja, colocando duas semente por célula
e 7 dias após a germinação fez-se um desbaste deixando uma planta por célula, para evitar a
competição entre as plantas nas células.

1.14. Preparação do solo


O preparo do solo foi realizada no dia 24 de Outubro de 2021, fez-se manualmente baseada na
selecção de solo sem impurezas, esta preparação do solo consistiu no revolvimento,
destorroamento do solo para que o sistema radicular possa ter um bom desenvolvimento além
9

de permitir um bom maneio da cultura e boa capacidade de infiltração de água. Após esta prática
seguiu-se com a construção de suporte para as bandejas.

1.15. Rega
Após a sementeira, iniciou se com a rega, com o intuito de deixar o solo húmido e para garantir
o crescimento adequado das mudas. A cultura é altamente exigente em água, portanto, as
irrigações eram frequentes e abundantes. As regas devem ser diárias, porém sem excesso de
água (SEDIYAMA et al., 2007). Na rega era usado um regador de 10 litros, e era feitas as regas
duas vezes por dia.

1.16. Parâmetros avaliados


Altura da planta (AP): foi usada uma régua, onde mediu-se desde a superfície do solo até a
ápice da folha maior, os resultados foram expresso por cm, usou se 25% como amostra, uma
razão de dez plantas por parcelas.

Número de folhas/planta (NFPP): foi obtido pela contagem das folhas uma a uma num
universo de 25% da amostra, a razão de dez plantas por parcela escolhido aleatoriamente.

Índice de velocidade germinação (IVG): Para avaliar o índice de velocidade emergência


foram contadas diariamente as plântulas emergidas até a estabilização numérica das contagens.
Os resultados foram expressos em índice de velocidade emergência, conforme Maguire (1962),
utilizando a seguinte fórmula: IVE ou IVG = (G1/N1) + (G2/N2) + ... + (Gn/Nn). Em que: N =
número de dias da semeadura a cada contagem; G = número de plântulas emergidas ou
germinadas observadas em cada contagem.

Estabilidade do torrão (ET): Para esta análise foi considerada a coesão do torrão ao retirar a
muda da célula da bandeja de poliestireno expandido. Foi realizada ao final do experimento,
avaliando-se 4 mudas por parcela. Foram atribuídas notas de 1 a 4, de acordo com a
permanência do torrão no recipiente (Gruszynski, 2002). A nota 1 corresponde ao substrato
com mais baixa estabilidade e a nota 4 àquele de melhor estabilidade, conforme descrito a
seguir:

Nota 1: Baixa estabilidade, acima de 50% do torrão fica retido no recipiente, e o torrão não
permanece coeso.

Nota 2: Entre 10% e 30% do torrão fica retido no recipiente, sendo que o torrão não permanece
coeso.
10

Nota 3: O torrão se destaca do recipiente, porém não permanece coeso.

Nota 4: Todo o torrão é destacado do recipiente e mais de 90% dele permanece coeso

1.17. Pacote estatístico


A distribuição normal dos dados em cada variável foi submetida a análise de variância pelo
pacote estatístico SISVAR (FERREIRA, 2008). Para observar a existência ou não de diferenças
entre as médias variáveis analisadas. As variáveis dos diferentes tratamentos foram avaliadas
mediante a comparação de médias, pelo teste de Tukey a nível de significância de 5% (F = 0.05)
de probabilidade sendo que, médias seguidas de letras comuns, não diferiram entre si
estatisticamente.

1.18. Relevância do tema

1.18.1. Relevância social


O sucesso do sector agrário depende da disponibilidade e acessibilidade dos insumos agrícolas,
também depende da compreensão das tecnologias disseminadas pela investigação científica,
isto é, para que os produtores obtenham maior produção é necessário que adoptem novas
técnicas de produção com êxitos, eles precisam primeiro conhece-las e aprenderem a utiliza-las
correctamente no âmbito de seu sistema de cultivo. E assim estarão criadas as condições para
que mais produtores adiram a produção agrícola para o seu desenvolvimento.

1.18.2. Relevância económica


Todo o investimento feito na produção de uma cultura visa obter lucros cada vez maiores com
o crescimento da colheita. Portanto com a implementação desta pesquisa trará aos produtores
uma alternativa sustentável para garantir uma maior produção e desse modo o rendimento
econômico será maior, para além de estimular uma maior participação das comunidades na
produção agrícola e assim a região começa a ganhar um desenvolvimento cada vez mais
acentuado.

1.18.3. Relevância científica


A procura por tomate de alta qualidade e com maior tempo de prateleira vem sendo observado
como principais exigências no mercado, e com isso cresce também a necessidade de se
implementar técnicas que garantem o maior aproveitamento da produção. Para além de que o
presente trabalho poderá servir como guião de consulta.
11

CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRAFIA

2.1. Aspectos gerais da cultura de alface


A alface (Lactuca sativa L.) é a hortaliça folhosa mais consumida e é uma das hortaliças mais
cultivadas em todo mundo, pertence à família Asteracea e é originária de clima temperado. No
caule se prendem as folhas que geralmente são grandes, lisas ou crespas, fechando-se ou não
na forma de uma “cabeça”. Sua coloração varia de verde-amarelado ao verde-escuro, sendo que
algumas variedades apresentam as margens arroxeadas (FILGUEIRA, 2000). Originou-se de
espécies silvestres, ainda actualmente encontradas em regiões de clima temperado, no sul da
Europa e na Ásia Ocidental, conforme (FILGUEIRAS 2002) apud (SILVA 2005). Segundo
Maluf (2011), a alface e classificada em cincos grupos distintos, de acordo com o aspecto das
folhas e o facto de as mesmas reunirem-se ou não para a formação de uma cabeça repolhuda,
conforme a seguir:

TIPO ROMANA: apresentam folhas, alongadas, duras, com nervuras claras e protuberantes,
não formando cabeças imbricadas, mas fofas. Ex.: Romana Branca de Paris, Romana Balão e
Gallega de Inverno.
ALFACE DE FOLHAS LISAS: as folhas são lisas, mais ou menos delicadas, não formando
cabeça repolhuda, mas uma roseta de folhas. Ex.: Baba de verão, Monalisa AG-819, Regina
2000 e Lidia.
ALFACE DE FOLHAS CRESPA: as folhas são crespas, soltas, consistentes, não formando
cabeça repolhuda, mas com uma roseta de folhas. Ex.: Grand Rapids, Slow Bolting, Verónica,
vera, Vanessa, Brisa e Marisa AG-216 e Mariane;
VARIEDADE LISA OU REPOLHUDA MANTEIGA: apresenta cabeça com folhas tenrra,
lisas de cor verde clara e com aspecto oleoso. Ex. White Boston, Brasil 48, Brasil 303, Carolina
AG-576, Elisa, Aurélia, Floresta, Gloria e Vivi;
REPOLHUDA CRESPA OU ALFACE AMERICANA (Crisphead lettuce): apresenta cabeça
com folhas crespa, folhas com nervura salientes e imbricadas, semelhantes ao repolho. Ex.:
Great Lakes, Mesa 659, Salina Taina, Iara, Medona AG-605, Lucy Brown, Lorca, Legacy,
Laurel, Raider e Seminis, e apresenta um ciclo de 75 dias a partir da sementeira, sendo 48 a 58
dias a partir do transplante. O tamanho da planta e médio e grande, com massa media variando
entre 700 a 1200 g. As folhas são duras e de coloração verde clara.
Possuem cabeça de tamanho médio a grande, com óptima compacidade, peso e uma boa
tolerância ao pendoamento precoce.
12

2.2. Valor nutricional e Importância económica de alface


Segundo RESENDE et al. (2007); SALA & COSTA (2012), o seu largo consumo se dá
principalmente in natura, em saladas, em função de suas características nutricionais, pois é rica
em vitaminas A, B1, B2 e C, além de apresentar boas concentrações de Fe, Ca e P; e ter o preço
de compra reduzido ao consumidor. É uma das hortaliças de maior importância comercial e
maior consumo em todo o mundo. Devido à alta procura por esta hortaliça, ocorre o estímulo
para o desenvolvimento de novas técnicas de cultivo, aumento da produtividade e redução no
custo de produção, bem como produto de maior qualidade e menor preço (SILVA, 2015).

2.3. Características botânicas


A planta é herbácea, delicada, com caule diminuto, ao qual se prendem as folhas. Estas são
amplas e crescem em roseta, em volta do caule, podendo ser lisas ou crespas, formando ou não
uma cabeça, com coloração em vários tons de verde, ou roxa, conforme a variedade, (LIMA
2007).A raiz é pivotante e quando cultivada a campo pode atingir até 60 cm, e infiltrando-se de
15 a 20 cm no perfil do solo (GOTO; TIVELLI, 1998). Segundo FILGUEIRA (2000), diz que
as raízes podem atingir 0,60 m de profundidade quando em semeadura directa, porém,
apresentam ramificações delicadas, finas e curtas, explorando apenas os primeiros 0,25m de
solo.

2.4. Ciclo vegetativo


BORREGO (1995), Do ponto de vista agronómico, no ciclo de cultivo de maior parte das
alfaces se distinguem as seguintes fases:

 Fase de formação de uma roseta de folhas;

 Fase de formação de cabeça e a

 Fase de reprodução de emissão de um pendão floral.

A planta é anual florescendo sob dias longos e temperaturas elevadas. Dias curtos e
temperaturas amenas ou baixas favorecem a etapa vegetativa do ciclo, constatando-se que todas
as variedades produzem melhor sob tais condições(FILGUEIRA, 2002).Quando apresenta
estádio vegetativo avançado, a cabeça ou as folhas centrais se abrem e surge um talo cilíndrico
e ramificado com folhas e flores amarelas em cachos,(CARVALHO 2013)
13

2.5. Produção de Mudas


No cultivo da alface é importante que se faça a produção das mudas para posterior plantio em
canteiro definitivo. As mudas podem ser produzidas em sementeiras ou em bandejas.

2.5.1. Sementeira
O canteiro (sementeira) para a produção de mudas é constituído de 1 parte de terra de barranco
e 1 parte de composto orgânico. A sementeira é feita na profundidade de, no máximo, 0,5 cm.
Posteriormente ao plantio, é feita a cobertura com capim seco, para o solo não ficar compactado
com a irrigação e atrapalhar a germinação das sementes. Depois de 5 a 7 dias, tempo necessário
para a germinação, a cobertura de capim é retirada. As mudas estão prontas para o transplante
quando tiverem com 4 a 6folhas definitivas, (CARVALHO, 2011). Para o plantio de hortas
caseiras este sistema de produção de mudas pode ser utilizado. Mas, no caso de sistemas de
cultivo comercial, recomenda-se que as mudas sejam produzidas em bandejas.

2.5.2. Bandejas
Neste método as mudas são produzidas em bandejas de isopor com o uso de substrato próprio.
Neste tipo de produção, é necessária a utilização de uma estufa (casa de vegetação), onde as
bandejas são colocadas, (CARVALHO, 2011).

2.6. Exigências edafo-climáticas da cultura de alface

2.6.1. Temperatura
Alface é bastante sensível a condições adversas de temperatura, produzindo melhor nas épocas
mais frias do ano (OLIVEIRA et al 2004). A faixa ideal de temperatura para o crescimento da
alface deve ser de 18 a 23ºC, com humidade relativa do ar entre 60 e 75% (GOTO; TIVELLI,
1998) apud (Cavalheiro 2015).

Conforme WHITAKER & RYDER (1974) apud RESENDE (2008), diz que a temperatura é o
factor ambiental que mais influencia na formação da cabeça pois está relacionada com o
florescimento. De acordo com SANDERS (1999), a alface americana se adaptada às condições
de temperatura amena, tendo como óptima a faixa entre 15,5 e18,3ºC. Entre 21,1 e 26,6ºC, a
planta floresce e produz sementes. No entanto, pode tolerar alguns dias com temperaturas de
26,6 a 29,4ºC, desde que as temperaturas nocturnas sejam baixas.

2.6.2. Luminosidade
Alface precisa de boa luminosidade, preferencialmente com luz solar directa, mas é tolerante a
sombra parcial. Assim em regiões de clima quente a alface pode se beneficiar-se plantada de
14

forma a receber sombra parcial durante as horas mais quentes do dia. Quando se conduz a
cultura dentro de uma variação óptica de luminosidade com outros factores favoráveis, a
fotossíntese é elevada, a respiração é normal e a quantidade de matéria seca acumulada é alta
(KLEEMANN, 2004).

2.6.3. Humidade
A humidade relativa mais adequada ao bom desenvolvimento da alface vária de60 a 80%, mas
em determinadas fases do seu ciclo apresenta melhor desempenho com valores inferiores a
60%. Humidade muito elevada favorece a ocorrência de doenças, facto que constitui um dos
problemas da cultura produzida em estufa plástica (RAIDIN et al 2004)

2.6.4. Solo
O local de transplante deve ter solo leve, bem arejado e bem drenado. Fazer um bom prepara
do terreno para facilitar a construção de canteiros bem destorroados. A incorporação dos
fertilizantes deve ser feita com pouca profundidade, pois o sistema radicular da alface é
superficial e ramificado. Da mesma forma, não há necessidade de aração profunda. Em terrenos
com declividade superior a 5%, adoptar práticas de conservação do solo, principalmente a
construção de canteiros, seguindo as curvas em nível, (CARVALHO et al 2011).

2.7. Exigências nutricionais da planta


A expressão exigências nutricionais, refere-se as quantidades de macro e micronutriente que a
planta tira do solo, do adubo e dor ar (caso de fixação biológica do N), para atender as
necessidades, crescer e produzir adequadamente. A extracção pelas plantas dos nutrientes no
solo, não se faz nas mesmas quantidades durante seus vários estágios de crescimento, tanto nas
culturas anuais quanto perenes, (FAQUIM e ANDRADE 2004).

A alface, embora apresente um ciclo relativamente curto (2 a 3 meses), consome uma grande
quantidade de adubo. E é extremamente crítico cumprir o requerimento nutricional da planta
em período tão curto de tempo. Assim sendo, é importante que se tome a decisão da quantidade
e do tipo de adubo a ser utilizado, amparado numa análise de solo. As plantas de alface têm
sistema radicular muito sensível e superficial, que requer adequada adubação de solo, para a
obtenção de alta produtividade, (YURI 2016).
15

Tabela 2: Recomendação de adubação mineral da cultura para produção de alface (kg


por hectare)
Kg/ha

P20 K20 N

50-350 50-100 50

Fonte: (SEBRAE, 2011)

Tabela 3: Extracção de macro e micro nutrientes pela hortaliça alface


Macronutrientes Kg/ha Micronutrientes Kg/ha

N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn

Alface 45 10 97 15 5 2 82 19 646 336 424

Fonte: (CASTELLANE, 1991)

2.7.1. Adubação de cobertura


Na adubação em cobertura, os fertilizantes mais utilizados para as hortaliças folhosas são os
nitrogenados (SOBREIRA FILHO, 2012). Normalmente, a adubação de cobertura na cultura
da alface é realizada em três aplicações. A primeira aplicação é feita logo após o pegamento
das mudas; a segunda, na fase de formação de novas folhas; e a terceira, no início de formação
das cabeças (ou no máximo do desenvolvimento vegetativo, próximo da fase de colheita
(CARVALHO; SILVEIRA,2011).

2.7.2. Nitrogénio (N)


O nitrogénio é o nutriente exigido em maior quantidade pela maioria das culturas, e os solos
necessitam de adições regulares desse elemento, por apresentar acentuado dinamismo no solo
havendo diversas transformações químicas e biológicas (MALAVOLTA, 1980; LANGE,
2002).

Devido à cultura ser composta basicamente de folhas, a mesma responde bem ao fornecimento
de N, nutriente que requer um manejo especial quanto à adubação, por ser de fácil lixiviação e
pelo fato de a planta absorver maior quantidade na fase final do ciclo. Sendo que sua deficiência
retarda o crescimento da planta e induz a má- -formação da cabeça da alface, (ALMEIDA et
al., 2011).
16

2.8. Utilização de Substratos


Na horticultura o termo substrato aplica-se a materiais de origem sólida, distintos de solo
natural, residual, mineral ou orgânico que é colocado em um recipiente, em sua forma pura ou
misturado, permitindo assim, a fixação do sistema radicular, exercendo um papel de suporte
para as plantas (CADAHIA, 1998).

Os substratos são produtos utilizados para o crescimento e desenvolvimento de plantas. É o


principal insumo utilizados na produção de mudas em bandejas, desempenhando o papel do
solo, oferecendo as plantas sustentação, nutrientes, água e oxigênio. LIMA et al. (2009), afirma
que o uso de substratos é uma das alternativas que mais proporciona rendimentos, quando
comparados aos métodos de uso tradicionais, devido induzir menor possibilidade de
contaminação por fitopatógenos, precocidade, menor gasto de sementes, além de possibilitar
condições favoráveis no desenvolvimento do sistema radicular das plântulas.

Estes podem ser desenvolvidos através de matérias-primas de origem orgânica, mineral e


sintética, podendo ser composto de apenas um tipo de material ou da mistura de diversos, sendo
que alguns podem não apresentar as características desejáveis de qualidade (KANASHIRO,
1999).

O aproveitamento de resíduos naturais seja eles de origem animal ou vegetal, para a produção
de substratos orgânicos, vêm se tornando uma prática agroecológica de grande relevância. A
simplicidade e facilidade de se obter os resíduos faz com que os produtores os utilizem na
produção e desenvolvimento de hortaliças.

De acordo com FILGUEIRA (2000) para ser considerado um bom substrato o mesmo não deve
conter solo, por causa da presença de fitopatógenos, sementes de plantas espontâneas e além
disso o substrato com a presença de solo dificulta a retirada da muda com torrão durante o
transplantio. Os substratos para serem apropriados para o crescimento das raízes e parte aérea
precisam apresentar características físicas, químicas e biológicas apropriadas (SETUBAL;
AFONSO NETO, 2000).

As sementes germinam através de influência do substrato, devido aos fatores como estrutura,
aeração, retenção de água, infestação por patógenos, entre outros, variando de acordo com o
material utilizado, prejudicando ou favorecendo o processo fisiológico durante a germinação.

É considerado ideal o substrato que tenha uma fácil disponibilidade de aquisição e transporte,
ausência de plantas espontâneas e patógenos, alta riqueza de nutrientes, pH adequado, boa
17

estrutura e textura (SILVA et al., 2001), mantendo assim uma boa proporção da disponibilidade
de aeração e água.

2.9. Tipos de substratos


Existem muitos tipos de substratos, e isso pode variar em função de uma infinidade de
combinações possíveis entre os materiais; então, é possível a obtenção de um substrato sem a
utilização de solo. A turfa de origem vegetal e a vermiculita de origem mineral são muito
utilizadas. Em substituição a esses materiais, há vários tipos de resíduos orgânicos, e, entre eles,
podem-se citar o esterco de aves e bovino, a torta de filtro, o lodo de esgoto, a casca de arroz
carbonizada, a fibra de coco, torta de mamona, a casca de pinus e o carvão (HIGASHIKAWA,
2009).

2.9.1. Composto orgânico


Composto orgânico é um material formado a partir da decomposição de restos vegetais e/ou
animais. O processo de compostagem consiste em amontoar esses resíduos e, por meio de
tratamentos químicos ou não, acelerar sua decomposição, adotando o controle sistemático da
temperatura e da umidade (REZENDE, 2010).

O uso de compostos orgânicos é muito vantajoso, pois apresentam propriedades biológicas


interessantes para o substrato. Alguns estudos mostram que eles podem estimular a proliferação
de antagonistas a fitopatógenos e auxiliar no controle de algumas doenças do sistema radicular
(LEAL et al., 2007).

2.9.2. Vermiculita
A vermiculita é um mineral na forma de mica, que se expande quando aquecida a temperaturas
acima de 1000 °C, resultando em um material leve, macio e estéril, com uma quantidade
interessante de magnésio e potássio, pH em água ≥ 6,5, capacidade de troca catiônica (109
mmolc dm-3) e 160 Kg.m-3de densidade (KRATZ, 2015).

Ela pode ser encontrada em diferentes tipos granulométricos (extrafina, fina, média e grossa),
sendo considerada um bom agente de melhoria das condições físicas e também químicas
(DUTRA et al., 2017). A expansão através do processo térmico forma espaços vazios que
aumentam a capacidade de absorção para quatro a cinco vezes o seu próprio peso em água
(LUZ, 2004)
18

2.9.3. Serragem
O crescimento do setor florestal brasileiro teve como consequência a geração de um grande
volume de subprodutos, dentre os quais se destaca a serragem gerada pela indústria madeireira
(DUTRA et al, 2017). A serragem, mesmo sendo utilizada como fonte energética e também na
fabricação do MDF, não é totalmente aproveitada devido à grande quantidade gerada nos
processos de serraria. Sua queima é uma prática comum, trazendo o problema da emissão de
gases tóxicos na atmosfera, agravando o problema ambiental (MASSAD et al., 2015).

A qualidade da serragem depende de vários fatores, como o tipo da madeira, o tempo e a


condição de armazenamento. Os substratos com alto percentual de serragem em sua
composição podem apresentar inconvenientes, como retenção de umidade em excesso. Para
solucionar esse problema, podem ser realizadas misturas com materiais de maior diâmetro para
otimizar a drenagem (LUZ et al., 2013).

Muitos estudos vêm utilizando esse resíduo na formulação de substratos alternativos para
produção de mudas, isoladamente ou misturado a outros materiais, como: cama de frango, casca
de arroz carbonizada e casca de café decomposta (MARCON, 2017). Esta alternativa tem se
mostrado viável, pois é capaz de melhorar a estrutura física do substrato, como o aumento da
aeração e a diminuição da densidade (DUTRA et al., 2017).

2.9.4. Torta de mamona


Segundo Fernandes et al. (2011), a torta de mamona é resultante do esmagamento da semente
de mamona para extração do óleo, sendo utilizada como adubo orgânico, pois apresenta
elevados teores de N, P e K. De acordo com Severino (2005), para cada tonelada de semente de
mamona processada são gerados 530 kg de torta de mamona. Essa torta corresponde cerca de
55% do peso das sementes, com variação de acordo o teor de óleo das sementes e do
processamento para extração do óleo (AZEVEDO e LIMA, 2001).

A torta de mamona, por ser um material com elevado teor de N, pode ser usado como fonte de
N no processo de compostagem, substituindo os estercos de origem animais comumente
utilizados. Leal et al. (2013) produziram adubos orgânicos estabilizados e com elevados teores
de N por meio da compostagem da mistura de capim-elefante com torta de mamona, sem a
necessidade de se utilizar qualquer inoculante ou aditivo.
19

2.10. Características dos substratos

2.10.1. Características biológicas


O substrato orgânico pode ser um local onde se encontram microrganismos patogênicos,
agentes supressivos de patógenos ou populações fúngicas simbiontes das hortaliças, podendo
haver também a presença de fitotoxinas que podem ser prejudiciais às plantas (WATHIER,
2014).

As características biológicas podem estar relacionadas também à presença de sementes ou


propágulos de plantas daninhas, e, neste sentido, é necessário que o substrato seja isento de
pragas e plantas daninhas, já que a produção de mudas sadias e livres de patógenos constitui
um dos mais importantes métodos para produção de mudas de qualidade (BOARO, 2013).

2.10.2. Características físicas


A principal característica que difere o cultivo em substratos do cultivo em solo é o espaço
limitado para o desenvolvimento das raízes. Essa limitação impõe que o substrato seja capaz de
manter a água facilmente disponível à planta sem comprometer a oxigenação no meio
(MILANI, 2012).

A fase sólida do substrato deve garantir a manutenção mecânica do sistema radicular,


permitindo um balanço correto de água e ar. Na fase líquida, deve garantir o suprimento de
água e nutrientes, e, na fase gasosa, o fornecimento de oxigênio e o transporte de dióxido de
carbono entre as raízes e o ar externo (CAMPANHARO et al., 2006).

Sendo assim, para que a produção agrícola seja eficiente, torna-se necessário o conhecimento
das propriedades físicas do substrato, como densidade, porosidade e capacidade de retenção de
água, entre outras, para que se possa realizar um manejo mais adequado, adaptando as
condições do meio às limitações e aos aspectos positivos do substrato.

2.10.2.1. Densidade
É a relação entre a massa e o volume do substrato expressa em quilograma por metro cúbico
(Kg/m3). Altas densidades dificultam o cultivo em recipientes, seja por limitações no
crescimento das plantas (substratos muito densos prejudicam a aeração, a distribuição de água
e o crescimento das raízes) ou pela dificuldade no transporte dos vasos ou bandejas (MILANI,
2012).
20

A densidade é afetada pela origem dos materiais presentes na composição do substrato, ou seja,
quanto maior o nível de matéria orgânica, menor a densidade se comparada à de materiais
minerais. Juntamente com a origem, a proporção dos materiais também pode aumentar ou
diminuir a densidade de um substrato formulado (KRATZ, 2011).

Fatores como pressão aplicada ao substrato no momento do preenchimento do recipiente,


umidade e peso das partículas e até mesmo o efeito da irrigação podem alterar o valor da
densidade (KRATZ, 2015; ZORZETO, 2011), e isso pode prejudicar o crescimento das raízes
por meio do impedimento mecânico (KRATZ, 2015).

Não é desejável que substratos agrícolas apresentem densidades muito baixas ou muito altas. A
densidade baixa pode acarretar o tombamento de recipientes, além de conferir pouco contato
entre a semente ou a raiz da planta com o meio, o que dificulta a fixação e o desenvolvimento
do sistema radicular. Já densidades muito elevadas prejudicam a penetração e o
desenvolvimento do sistema radicular e reduzem o espaço poroso e o volume de poros ocupados
por ar (KLEIN et al., 2000). De acordo com Fermino (2003), de maneira geral, considera-se
como referência de valores entre 400 e 500 Kg/m3 de densidade seca.

2.10.2.2. Porosidade
A porosidade total é definida como a diferença entre o volume total e o volume de sólidos de
uma amostra. É uma característica que tende a sofrer modificações ao longo do cultivo pela
acomodação das partículas. O valor de 85% (0,85 m3. m-3) para a porosidade total tornou-se
referencial (De BOODT e VERDONCK, 1972 apud FERMINO, 2003) e está diretamente
relacionado com a estrutura do substrato, influenciando, principalmente, a aeração e a retenção
de água (MILANI, 2012).

A eficiência das trocas gasosas está diretamente ligada à porosidade de um substrato, o qual
deve apresentar sua porosidade dentro de um nível aceitável, para que ocorra, de forma
satisfatória, a oxigenação do sistema radicular e para que haja atividade dos microrganismos no
meio (CONCEIÇÃO, 2013).

Firmino (2003) descreve sobre a importância do espaço poroso total, destacando que o tamanho
e a forma dos poros são ainda mais importantes. Além disso, o volume de água e ar presente no
substrato também é de grande relevância, sendo que a relação água/ar é determinada pelo
tamanho e pela forma destes poros e de como eles se interligam.
21

Uma maior proporção de partículas grossas em relação a partículas finas favorece um maior
espaço de aeração, enquanto uma menor proporção facilita a retenção de água, podendo
acarretar falta de oxigenação para as plantas (CONCEIÇÃO, 2013).

Firmino (2003) classifica esses poros em macro e microporos. Os microporos, ou poros


capilares, são aqueles de diâmetro inferior a 30 µm e que permanecem com água; os macroporos
são os que apresentam diâmetro acima de 30 µm e estão ocupados por ar, na capacidade de
recipiente. Os macroporos são responsáveis pela infiltração e drenagem da água e pela aeração
do meio, e os microporos, como espaços responsáveis pela retenção de água.

A porosidade ideal de um substrato deve estar acima de 85%; o espaço de aeração, entre 10 e
30%; e o teor de água, facilmente disponível de 20 a 30% (CARRIJO; LIZ; MAKISHIMA,
2002 e MILANI, 2012).

2.10.2.3. Capacidade de retenção de água


A capacidade de retenção de água, ou capacidade de recipiente, diz respeito ao volume de água
que permanece retido no substrato após a sua saturação e livre drenagem, sem sofrer evaporação
(FIRMINO, 2003).

Em um substrato, a capacidade de retenção de água desejável deve estar entre 20 e 30% do seu
volume. Quando o substrato apresenta baixa capacidade de retenção de água, é necessária uma
maior aplicação em cada irrigação ou o aumento da frequência. No caso de uma maior
capacidade de retenção de água, a irrigação deve ser feita de maneira mais rigorosa, para evitar
encharcamento do substrato (KRATZ 2011).

2.10.3. Características químicas


As características químicas se relacionam com a capacidade do substrato de fornecer nutrientes
às plantas. A caracterização química, tanto dos substratos quanto de suas matérias-primas, é
fundamental para o conhecimento da formulação, da recomendação e do monitoramento de
adubações, contribuindo para a qualidade dos substratos (SANTOS et al., 2014).

2.10.3.1. Potencial hidrogeniônico (PH)


Os diferentes materiais usados na composição de substratos apresentam muitas variações de
pH, em uma escala que vai de 1 a 14, podendo ser baixos, como no caso das turfas, até altos, a
exemplo da vermiculita. Diante disso, é importante que se realize a correção do pH do substrato
de cultivo, seja para elevá-lo ou para reduzi-lo, o que pode ser feito por meio de calcário,
22

fertilizantes ácidos ou básicos, enxofre elementar ou condicionadores específicos (BOARO,


2013).

O pH possui papel fundamental, principalmente no crescimento da planta, devido ao seu efeito


na disponibilidade de nutrientes, em especial de micronutrientes (GRUZINSKI 2002).
Conforme Lacerda et al., (2006), em substratos onde ocorre a predominância de matéria
orgânica, a faixa de pH considerada ideal é de 5,0 a 5,8, e, quando for de base mineral, entre
6,0 e 6,5.

Em substratos com pH abaixo de 5,0, podem ser observados sintomas de deficiência de N, K,


Ca, Mg e B; enquanto naqueles com pH acima de 6,5, podem ocorrer problemas com a
disponibilidade de P, Fe, Mn, Zn e Cu. Entretanto, cada cultura tem suas particularidades e seus
valores ideais de pH, e as respostas serão dependentes da cultura implantada (LUDWIG;
GUERRERO; FERNANDES, 2014).

As particularidades de cada componente utilizado na formulação de um substrato podem fazer


com que o pH seja alto ou baixo, justificando a mistura entre os componentes para a obtenção
de um pH adequado (SANTOS et al., 2014).

2.11. Produção de mudas de qualidade


O sucesso de qualquer produção comercial de hortaliças inicia-se com a produção de mudas.
Portanto a produção de mudas é uma das etapas mais importantes do sistema produtivo, pois
dela depende o desempenho final das plantas nos canteiros de produção, tanto do ponto de vista
nutricional, quanto do tempo necessário à produção e, consequentemente, do número de ciclos
produtivos por ano (CARMELLO, 1995).

Mudas vigorosas contribuem para dar resistência contra os danos mecânicos no momento do
transplante, boa capacidade de adaptação ao novo ambiente, reduz o ciclo de produção e
aumenta a resistência a doenças (TRANI et al., 2004). As mudas podem ser obtidas com a
semeadura em bandejas multicelulares de poliesterino expandido e posterior transplante para
canteiro, quando estas apresentarem quatro folhas definitivas. Esta é a tecnologia que mais tem
sido usada pelos olerícultores no mundo (FILGUEIRA, 2012; MARQUES et al., 2003).

O sistema de produção de mudas em bandejas de isopor começou a ser utilizado no Brasil a


partir de 1984, o que proporcionou principalmente a produção de mudas mais uniformes
(MINAMI, 1995). Na obtenção de maior número de mudas por unidade de área e melhor
controlo fitossanitário, resultando em mudas de melhor qualidade, os substratos precisam ser
23

devidamente caracterizados para que se façam as correções e adubações necessárias. O


manuseio e a utilização de misturas requerem cuidados especiais. A umidade, a aeração e a
disponibilidade de nutrientes são fatores que atuam diretamente na percentagem de germinação
e o desenvolvimento das mudas e, consequentemente na qualidade das plantas produzidas
(SILVA et al., 2008). Portanto para a obtenção de mudas de boa qualidade é necessário um
substrato com as características adequadas as necessidades hídricas e a nutrição mineral das
plântulas.

2.12. Tratos Culturais

2.12.1. Sacha
Segundo CARVALHO et al (2011), durante o desenvolvimento das plantas, faz-se uma ou duas
sachas. Se o solo do canteiro estiver endurecido, realizar o afofamento ou a escarificação. O
uso de cobertura morta nos canteiros com bagaço de cana-de-açúcar ou o uso de filmes plásticos
é uma prática recomendável, porque, além de evitar as capinas, conserva a humidade do solo e
melhora a qualidade da alface.

2.12.2. Irrigação em alface


A principal finalidade da irrigação, isto é, da aplicação de água no solo, é proporcionar
humidade adequada para o crescimento e desenvolvimento de plantas visando aumentar a
produtividade e superar os efeitos de estiagens (GHEYI et al., 1999). A cultura é altamente
exigente em água, portanto, as irrigações devem ser frequentes e abundantes, devido a ampla
área foliar e à evapotranspiração intensiva, bem como ao sistema radicular delicado e superficial
e à elevada capacidade de produção (FILGUEIRA, 2002). As regas devem ser diárias, porém
sem excesso de água (SEDIYAMA et al., 2007). O fornecimento de água, desde a sementeira,
deve ser criterioso para evitar perdas ou formação de mudas de baixa qualidade. Excesso de
água prejudica o enraizamento, provoca aumento de doenças de solo que causam murchamento
ou tombamento das mudas e aumenta a incidência de doenças foliares, pela elevada humidade
relativa do ar. A falta de água provoca a murcha (que pode ser permanente) e reduz a
fotossíntese, causando subdesenvolvimento das mudas (SOUZA et al., 2007).

2.13. Pragas e doenças


A cultura da alface está sujeita ao ataque de várias doenças e pragas, fazendo com que o
produtor normalmente necessite lançar mão do controle químico que, embora garanta uma boa
aparência do produto, pode acumular-se como resíduos nas folhas e comprometer a saúde do
consumidor. Cerca de 75 doenças transmissíveis, ou seja, causadas por factores bióticos como
24

bactérias, fungos, nematóides e vírus, já foram relatadas em alface no mundo, (EMBRAPA


1998). É importante que se considere que os sintomas de doenças podem variar de acordo com
a cultivar e com as condições climáticas locais, muitas vezes necessitando de exames
laboratoriais para complementara diagnose visual. Nesses casos, é necessário consultar um
especialista.

Tabela 4:Principais Doenças e Pragas da Cultura da Alface


DOENÇAS E PRAGAS CONDIÇÕES FAVORÁVEIS

Podridão de esclerotínia Alta humidade


(Sclerotinia sclerotiorum)

Mancha Bacteriana Alta humidade, temperatura 22ºC a 26ºC


(Xanthomonas axonopodis)

Míldio (Bremia lactucae) Alta umidade e temperaturas amena

Queima da saia ou Rizoctoniose Alta umidade, temperatura 15 a


(Rhizoctonia solani) 25ºC,solos mal drenados e contaminado

Septoriose (Septoria Alta umidade e temperatura 20 a 25ºC


lycopersici)

Mosaico da Alface (Potyvirus) Alta temperatura e presença do vector

Nematóide das galhas Solos arenosos e alta humidade


(Meloidogyne spp)

Lesmas e caracóis Alta humidade


(Stylommatophora)

Pulgão (Capitophorus braggii) Alta temperatura e baixa pluviosidade

Fonte: (SEBREA, 2011)

2.14. Colheita
A alface deve ser colhida fresca, com folhas tenras e atractivas. Por ser um vegetal altamente
perecível e frágil, necessita de ser manipulada com cuidado. O ponto de colheita depende da
variedade tipo de alface assim como da época do ano. Geralmente, no verão as plantas de alface
são maiores do que aquelas cultivadas em clima frio. Caso haja demora em se fazer a colheita,
25

ocorre alteração no sabor e na textura das alfaces, tornando-as mais amargas e mais rígidas,
(EMBRAPA 2014).

A colheita deve ser feita no momento em que as plantas apresentarem cabeças firmes, bem
formadas, folhas tenras e com tamanho normal dependendo da variedade. Geralmente isto
ocorre aos 60 a 90 dias após a sementeira. Fazer a colheita sempre nas horas mais frescas do
dia; cortar as raízes, eliminando as folhas velhas e danificadas. Lavar com água limpa, retirando
as impurezas. A produtividade média da cultura é de 90.000 cabeças ou 25.000 kg por hectare
ou a produtividade pode variar entre 20 e40 t/ha, (CARVALHO et al 2011).

CAPITULO III: RESULTADOS E DISCUSSÃO


A pós o processamento e análises comparativas dos dados de experimento, pelo teste de Tukey
a 5% de nível de significância, permitiu chegar-se a seguintes resultado e sua respectiva
discussão, na qual foi dividida em parâmetros de crescimento (Índice de velocidade de
26

Germinação, Velocidade de Germinação, Estabilidade do torrão, Altura da planta, Número de


folhas) da cultura estudada.

3.1.Altura da Planta
Na análise comparativa das médias do parâmetro altura de planta o gráfico 1 mostrou existir
estatisticamente diferença significativa entre os tratamentos, sendo que o tratamento com
sementes de rícino teve maior valor com uma média de 8.885 cm e o tratamento testemunho
teve menor valor com 4.865 cm. Quanto a esta variável altura da planta, ela apresentou um
desenvolvimento lento na variedade nos primeiros dias ate que chegou a fase de formação das
folhas, isto nos tratamentos com cama de frango e sementes de rícino, factores que também
pode ter influenciado e pode ser um factor genético e ter feito que esses tratamentos não
apresentasse diferenças significativas.

Gráfico 1: Altura da planta

Altura da planta
10
8
6
Fonte:
4 (Autora, 2021)
2
Em0 experimento com Alface crespa, Trani et all. (2004), igualmente observaram resultados
T1 T2 T3 T4
semelhantes ao avaliar substratos orgânicos para produção de mudas, observaram que a altura
Tratamentos
das plantas era em média de 7,9 cm para substrato com cama de frango e 8,6 cm com substratos
comercial de Plantmax.

Gonçalves et all. (2013) ao avaliarem a altura média de plantas em seu trabalho, observaram
que o uso de composto orgânico apresentou melhor resultado para as mudas de alface (8,14
cm), valor semelhante ao encontrado neste estudo.

Aos 15 dias, mudas cultivadas em sementes de rícino atingiram altura superior a 5 cm, mínima
necessária para o transplante aos 20-25 dias. Após 10 dias, confirmou se a interferência do
substrato no número de folhas, tal que aos 20 dias este proporcionou maior número de folhas
(4 folhas) do que os demais substratos.
27

De acordo com Silva (1999), fazendo sua pesquisa com uso de substratos comerciais e
orgânicos a base de compostagem, constatou-se que os substratos orgânicos influenciaram
grandemente no desenvolvimento inicial das mudas, com alturas variando de 7,4 a 9,1 cm após
15 dias da sementeira.

Alves (2011) avaliando a qualidade de diferentes substratos alternativos observou que o esterco
bovino + húmus de minhoca e esterco bovino + esterco de galinha proporcionaram melhor
produção de mudas de alface, em relação às variáveis: altura de plantas, índice de velocidade
de emergência, peso seco e emergência de plântulas.

Por outro lado, Silva et all. (2017), ao avaliarem mudas de alface em diferentes substratos,
observaram que o substrato cama de frango proporcionou melhores resultados com altura em
torno de 13,2 cm após 15 dias de sementeira. O substrato deve apresentar características físicas,
químicas e biológicas apropriadas para que permita pleno crescimento das raízes e da parte
aérea (SETUBAL; AFONSO NETO, 2000). Hartmannet al. (1990) mencionam que os
principais efeitos dos substratos se manifestam sobre as raízes podendo influenciar o
crescimento da parte aérea.

3.2.Número de Folhas por Planta


Quanto ao número de folhas por planta, os resultados mostram que estatisticamente não houve
diferença significativa entre os tratamentos, mas em termos de valores absoluto nota-se que o
tratamento T4 teve maior valor com a média 4.46 folhas e o tratamento T1 teve menor valor
com 3.5425 folhas.

Resultados similares foram encontrados por SANTOS et al., (2015), ao estudar a influência do
substrato Guano na produção da alface verónica, não observou diferença significativa para as
variáveis analisadas, onde em valores absolutos ele observou maior número de folhas em
tratamento em que o substrato foi a base de Guano com 5 folhas e o tratamento sem substrato
(testemunha) com menor número de folhas 3 por plantas.

Estes resultados são concordantes em parte com os encontrados por Brito (2000) que observou
que a cultivar Babá-de-verão, apesar de não diferir estatisticamente de 'Monalisa' e 'Elisa',
produziu maior número de folhas por planta, em relação às demais cultivares avaliadas.

O substrato de ricino proporcionou maior número de folhas, superando os demais substratos.


Estes resultados são semelhantes aos de Barros Júnior (2001), que constatou superioridade dos
orgânicos ao comercial em relação ao número de folhas e comprimento da raiz da alface. Apesar
28

dos teores de matéria orgânica do substrato comercial Plantmax® serem superiores aos teores
dos demais substratos, os resultados indicam que o composto orgânico pode substituir com
sucesso os substratos comerciais na produção de mudas de alface, com maior eficiência e
menores custos.

Gráfico 2: Número de folhas/planta

Número de folhas/planta
5

2 Fonte: (Autora, 2021)

1
De igual modo Trani et al.
0
T1 T2 T3 T4 (2004), avaliando diversos
Tratamentos substratos comerciais, dentre
eles Plantmax e Golden Mix, na
produção de mudas de alface cultivar Vera, obtiveram desenvolvimento superior em altura, área
foliar e número de folhas das mudas quando usaram substrato PLX. Estes autores e também
Silveira et al. (2002) verificaram ainda que o substrato GMIX possibilitou excelente emergência
das plântulas, porém não se revelou um bom substrato quanto ao desenvolvimento das plantas
em altura, número de folhas e massas fresca e seca, o que foi atribuído à nutrição,
principalmente pela deficiência de nitrogênio, embora tenham sido adotadas as recomendações
de fertirrigação indicadas pelo fabricante.

Resultados obtidos não vão de acordo aos encontrados por CARVALHO et al. (2005) apud
SANTOS (2015) que observou diferença significativa entre o tratamento testemunha (sem
substrato) com os demais substratos que foram esterco caprino, guano, esterco de coelho e
serradura e em relação a numero de folha sendo 2 folha/planta na testemunha e demais
tratamentos oscilando entre 4 e 5 folhas/planta. Resultados deste trabalho possivelmente podem
ter sido influenciados pela variedade de substratos, pois Costa et al. (2009), trabalhando com
29

pepino afirmou que os melhores resultados obtidos para os substratos podem estar relacionados
com a mistura de materiais, pois de acordo com Minami (1995), a utilização de dois ou mais
componentes se mostra, geralmente, superior à utilização de um único material como substrato.

3.3.Índice de velocidade de germinação


Para o presente estudo, o índice de velocidade de germinação para as plântulas de alface ocorreu
entre quatro e seis dias após a sementeira, conforme a variedade e o tipo de substrato. Houve
emergência de 100% no quarto dia após a semeadura com os substratos de rícino e cama de
frango.

Para o índice de velocidade de emergência (IVE), o substrato sementes de rícino proporcionou


o melhor desenvolvimento, com um índice final de 23,53, sendo que o substrato cama de frango
apenas começou a aumentar seu índice de germinação após o quinto dia, obtendo uma média
22,66 de IVE ao final de 15 dias de avaliação, como ilustra o gráfico 3, mesmo estatisticamente
o resultado não se configurou diferente segundo a análise de variância. Provavelmente o T4
favoreceu IVE por reunir características ideais à germinação e emergência, como menor
densidade e espaço de aeração adequado; o espaço de aeração é obtido a uma tensão de 10hPa,
e os valores considerados satisfatórios para substratos ficam entre 20% e 40% (FERMINO,
2003).

Gráfico 3: Índice velocidade de germinação

Índice de velocidade de germinação


25

20

15

10
Fonte:
5 (Autora, 2021)
0
Resultado T1semelhante foi
T2 observadoT3por CARVALHO
T4 et al. (2005) que também não
verificaram diferença no IVG de Alface, variedade Regina 2000, cultivadas com substratos de
Tratamentos

esterco bovino, guano e vermicomposto. Em estudo realizado por Silva et al. (2008) o índice
de velocidade de emergência (IVE), teve melhor resultado com o substrato composto por areia
30

+ sementes de rícino, do que os outros tratamentos com esterco bovino e húmus de minhoca,
resultado semelhante ao encontrado neste experimento.

COSTA et al. (2007), estudando o desenvolvimento de Alface em substratos comerciais e


alternativos, destacam melhor desempenho dos substratos comerciais em razão de suas
melhores características de retenção de água, aeração e teores de nutrientes. Assim os substratos
Estabilidade do torrão
utilizados neste estudo (sementes de rícino e cama de frango) proporcionam resultados
4
semelhantes
3,5 aos alcançados por estes autores quando utilizaram o substrato comercial
3
Plantmax.
2,5
2
Segundo
1,5 Hergaty (1977) e Giorgi (1992), a utilização de resíduos orgânicos na composição de
1
substratos
0,5 para o cultivo de mudas contribui sensivelmente com a aeração, capacidade de
0
armazenamento de humidade e formação de uma adequada estrutura física ao desenvolvimento
T1 T2 T3 T4
das raízes, além de fornecerem alguns micro e macro elementos essenciais à planta como
Tratamentos
resultado da intensa actividade microbiana enzimática.

No entanto, para Giorgi (1992) a presença de matéria orgânica (esterco bovino e húmus de
minhoca) nos substratos avaliados, não contribuiu para aumentar o índice velocidade de
germinação (IVG) das plântulas, quando comparados com os substratos compostos por
materiais inertes, tal como a areia. Provavelmente, a estrutura física do substrato areia +
Plantmax®, contribuiu significativamente para que as plântulas tivessem condições de
emergirem mais rápido.

3.4.Estabilidade do Torrão
O T4 (sementes de rícino) foi o tratamento que apresentou maior estabilidade do torrão (gráfico
4), ou seja, o substrato que proporcionou maior índice de escala de nota 3 (melhor coesão
raiz/substrato). Resultados semelhantes para coesão com este substrato na produção de mudas
de couve-folha foram encontrados por Schmidt et al. (2009), provavelmente devido às
características físicas e químicas do substrato serem mais equilibradas, do que os substratos dos
outros tratamentos.

Sendo que o T3 foi o segundo tratamento com melhor estabilidade de torrão. Provavelmente
este substrato também foi que propiciou as características físicas adequadas para maior
agregação e coesão das partículas.

Gráfico 4: Estabilidade de torrão


31

Fonte: (Autora, 2021)

Observa-se, nos três tratamentos testados, que não houve diferença significativa entre os
substratos formulados com composto orgânico, mas estes apresentaram maior estabilidade que
o testemunho. Isso indica que o uso do composto na formulação de substratos beneficia a
estabilidade do torrão no ato da retirada das mudas, facilitando o processo de transplantio e o
“pegamento” das mudas, favorecendo a produção.

O substrato formulado com sementes de rícino apresentou desempenho ligeiramente superior


aos demais substratos na produção de mudas. Este resultado provavelmente está relacionado
com a menor granulometria deste composto, em comparação aos demais. Devido ao
peneiramento do composto antes da sua utilização para produção de substrato, o composto com
menor granulometria resultou em substrato mais rico em nutrientes, e provavelmente, mais
humificado (SSCHMIDT et al., 2009).

Os resultados obtidos nos experimentos de mudas demonstram que os substratos formulados a


base de composto do solo com sementes de rícino são superiores ao substrato comercial e
podem ser utilizados para a produção de mudas de hortaliças (Menezes Junior et al., 2000).
Monteiro et. al (2013) observaram que houve uma redução sequencial da variável ET conforme
a diminuição da percentagem de composto orgânico no substrato. Segundo o autor isto pode ter
ocorrido pelo facto do composto orgânico ter uma melhor estrutura protegendo o sistema
radicular dos impactos das gotículas de água.

Capítulo IV CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

4.1. Conclusão
Nas condições em que as mudas foram desenvolvidas pode-se concluir que:
32

1 - É possível produzir mudas de qualidade de alface a partir das misturas de solo 50% e
sementes de rícino 50%, com resultados produtivos iguais ou superiores aos demais substratos
utilizados pelos agricultores.

2 - Mudas produzidas a partir de sementes de rícino apresentam resposta superiores as


produzidas a partir de esterco bovino que é o mais utilizado pelos agricultores na produção de
alface.

3 – Os substratos formulados com sementes de rícino e cama de frango são capazes de nutrir
adequadamente as mudas de alface.

4 - O uso de resíduos orgânicos na composição de substratos é uma alternativa viável para a


sua reciclagem e redução do descarte no ambiente.

5 - O composto orgânico obtido a partir da mistura do solo e sementes de rícino pode substituir
o esterco bovino na adubação de base de alface produzidos em sistema orgânico de produção.

De forma geral, pôde-se verificar que os substratos com sementes de rícino (T4) e como cama
de frango (T3) apresentaram características físicas que os fizeram se destacar em relação aos
demais e mostrar resultados semelhantes aos substratos comerciais, frente às variáveis
relacionadas ao processo de germinação das mudas, demonstrando que essas misturas
apresentam potencial para serem usados na produção de mudas de alface.

4.2.Recomendações
Promover no seio dos produtores a prática do uso de substratos orgânicos, com matérias de fácil
disponibilidade em grandes quantidades com menores custos de aquisição tal como é o caso
das sementes de rícino.

Que realize mais estudos semelhantes para que sejam comprovados os benefícios do uso da
semente de rícino na adubação dos solos no desenvolvimento e no rendimento da cultura da
alface em cultivo a céu aberto.

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APÊNDICES
Altura da muda
Delineamento em Blocos Completamente Casualizado (Altura)
Blocos (n) T1 T2 T3 T4 Total Bloco Média Bloco

B1 4.88 8.82 6.79 8.88 29.37 7.3425

B2 4.87 8.81 6.79 8.88 29.35 7.3375

B3 4.86 8.82 6.8 8.89 27.37 7.3425

B4 4.85 8.82 6.78 8.89 29.34 7.335

Total Tratamento 19.46 35.27 27.16 35.54 117.43 ////////////

Médias Tratamento 4.86 8.82 6.79 8.89 /////////// 29.36

Tabela 5: Altura da planta


Tratamentos Médias Média Geral
Testemunha 4.865000 a1
esterco de bovino 6.790000 a2 7.3393750
Cama de frango 8.817500 a3
semente de rícino 8.885000 a4
CV 0.12

Médias seguidas de letras comuns na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a nível de
significância de 5% ( F= 0.05)

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )


--------------------------------------------------------------------------------
Tabela 11: ANOVA-ALTURA TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRATAMENTO 3 43.992619 14.664206 186871.301 0.0000
BLOCOS 3 0.000169 0.000056 0.717 0.5664
erro 9 0.000706 0.000078
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 15 43.993494
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 0.12
Média geral: 7.3393750 Número de observações: 16
--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRATAMENTO
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 0,0195623264834479 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 4
Erro padrão: 0,00442922742197266
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
xiv

testemunha 4.865000 a1
esterco de bovino 6.790000 a2
esterco de galinha 8.817500 a3
semente de ricino 8.885000 a4
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV BLOCOS
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 0,0195623264834479 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 4
Erro padrão: 0,00442922742197266
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
4 7.335000 a1
2 7.337500 a1
1 7.342500 a1
3 7.342500 a1
--------------------------------------------------------------------------------

Número de folhas
Delineamento em Blocos Completamente Casualizado (Número de Folhas)

Blocos (n) T1 T2 T3 T4 Total Bloco Média Bloco

B1 3.5 4.83 4.5 4.67 17.5 4.375

B2 3.83 4.17 4.16 4.5 16.66 4.165

B3 3.17 3.33 3.5 4.5 14.5 3.625

B4 3.67 4 4 4.17 16.37 4.0925

Total Tratamento 14.17 16.33 16.16 17.84 64.5 /////////

Médias Tratamento 3.5425 4.0825 4.04 4.46 ////////// 16.125

Tabela 6: Número de folhas/planta


Tratamentos Médias Média Geral

Testemunha 3.542500 a1 4.0312500

Esterco de bovino 4.040000 a1 a2

Cama de frango 4.082500 a1 a2

Semente de rícino 4.460000 a2

CV 7.42

Médias seguidas de letras comuns na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a nível de
significância de 5% ( F= 0.05)
xv

Variável analisada: NUMERO_DE_FOLHAS

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )


--------------------------------------------------------------------------------
Tabela 13: ANOVA-NÚMERO DE FOLHAS TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRATAMENTO 3 1.701625 0.567208 6.342 0.0134
BLOCOS 3 1.224675 0.408225 4.565 0.0331
erro 9 0.804875 0.089431
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 15 3.731175
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 7.42
Média geral: 4.0312500 Número de observações: 16
--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRATAMENTO
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 0,660397607737893 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 4
Erro padrão: 0,149524709960892
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
testemunha 3.542500 a1
esterco de bovino 4.040000 a1 a2
cama de frango 4.082500 a1 a2
semente de ricino 4.460000 a2
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV BLOCOS
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 0,660397607737893 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 4
Erro padrão: 0,149524709960892
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
3 3.625000 a1
4 3.960000 a1 a2
2 4.165000 a1 a2
1 4.375000 a2
--------------------------------------------------------------------------------

Índice de velocidade de germinação


Delineamento em Blocos Completamente Casualizado (IVG)
--------------------------------------------------------------------------------
Variável analisada: IVG

Opção de transformação: Variável sem transformação (Y)


--------------------------------------------------------------------------------

Tabela 15: ANOVA-IVG TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRATAMENTO 3 99.856225 33.285408 17.595 0.0004
BLOCOS 3 4.116225 1.372075 0.725 0.5620
erro 9 17.025325 1.891703
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 15 120.997775
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 6.56
Média geral: 20.9562500 Número de observações: 16
--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRATAMENTO
xvi

--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 3,03730900564222 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 4
Erro padrão: 0,687695931676526
--------------------------------------------------------------------------------

Tratamentos Médias Resultados do teste


--------------------------------------------------------------------------------
testemunha 17.055000 a1
esterco de bovino 20.565000 a2
cama de frango 22.667500 a2
semente de ricino 23.537500 a2
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV BLOCOS
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 3,03730900564222 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 4
Erro padrão: 0,687695931676526
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
3 20.507500 a1
4 20.650000 a1
2 20.860000 a1
1 21.807500 a1
--------------------------------------------------------------------------------

Tabela 4: Índice de velocidade de germinação

Blocos (n) T1 T2 T3 T4 Total Bloco Média Bloco

B1 18.46 23.45 22.63 22.69 87.23 21.8075

B2 16.76 21.55 21.75 23.38 83.44 20.86

B3 16.07 22.68 18.11 25.17 82.03 20.5075

B4 16.93 22.99 19.77 22.91 82.6 20.65

Total Tratamento 68.22 90.67 82.26 94.15 335.3

Médias Tratamento 17.055 22.667 20.565 23.537 83.825

Tratamentos Médias Média Geral

Testemunha 17.055 a1 20.96

esterco de bovino 20.565 a2

cama de frango 22.6675 a2

semente de rícino 23.5375 a2

CV 6.56
xvii

Estabilidade do torrão
Delineamento em Blocos Completamente Causalizado (ET)

Blocos (n) T1 T2 T3 T4 Total Bloco Média Bloco

B1 7.05 6.94 7 7.01 28 7

B2 5.7 7.02 6.93 6.9 26.55 6.6375

B3 7.19 6.96 7.18 6.81 28.14 7.035

B4 7.15 6.86 7.09 6.81 27.91 6.9775

Total Tratamento 27.09 27.78 28.2 27.53 110.6 ////

Médias Tratamento 6.7725 6.945 7.05 6.8825 //////// 27.65

--------------------------------------------------------------------------------
Variável analisada:ET

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------
Tabela 17: ANOVA-ET TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

---------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRATAMENTO 3 0.161850 0.053950 0.401 0.7555
BLOCOS 3 0.410050 0.136683 1.017 0.4296
erro 9 1.209600 0.134400
----------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 15 1.781500
----------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 4.30
Média geral: 6.9125000 Número de observações: 16
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRATAMENTO
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 0,809584456513757 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 4
Erro padrão: 0,183303027798234
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
xviii

--------------------------------------------------------------------------------
testemunha 2.21000 a1
semente de ricino 3.85000 a1
cama de frango
Tratamentos Médias Média Geral 3.35000 a1
esterco de bovino
2.60000 a1
-----------------------------------------
Testemunha 2.25 a1 ---------------------------------------
-----------------------------------------
---------------------------------------
esterco de bovino 2.6 a1 Teste Tukey para a FV BLOCOS
-----------------------------------------
---------------------------------------
DMS: 0,809584456513757 NMS: 0,05
cama de frango 3.35 a1 3.0 -----------------------------------------
---------------------------------------
Média harmonica do número de repetições
semente de rícino 3.8 a1 (r): 4
Erro padrão: 0,183303027798234
-----------------------------------------
---------------------------------------
CV 4.3 Tratamentos
Médias Resultados do teste
-----------------------------------------
---------------------------------------
2 6.637500 a1
4 6.977500 a1
1 7.000000 a1
3 7.035000 a1

Tabela 5: Estabilidade do torrão

Médias seguidas de letras comuns na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a nível de
significância de 5% ( F= 0.05)
xix
xx

ANEXOS

Figura 2: Preparação dos estratos

Fonte: (Autora, 2021)

Figura 3: Disposição dos tratamentos nas bandejas

Fonte: (Autora, 2021)


xxi

Figura 4: processo da sementeira

Fonte: (Autora, 2021)

Figura 5: plântulas germinadas após 5 dias

Fonte: (Autora, 2021)


xxii

Figura 6: plântulas germinadas após 14 dias


Fonte: (Autora, 2021)

Figura 7: plântulas em fase de transplante

Fonte: (Autora, 2021)

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