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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS


CURSO DE AGROPECUÁRIA

Natércia Radames Camilo Xavier do Couto

Efeito da Cobertura Vegetal Morta no Rendimento de


Tomate (Lycopersicon esculentum Mill).

Beira

2022
Natércia Radames Camilo Xavier do Couto

Efeito da Cobertura Vegetal Morta no Rendimento de Tomate


(Lycopersicon esculentum Mill).

Monografia ser apresentada na Faculdade de


Ciências Agrarias, departamento de ciências
agronómicas para obtenção do grau de
licenciatura em Agropecuária.

Orientador: dr. Jorge António Cardoso

Beira

2022
NATÉRCIA RADAMES CAMILO XAVIER DO COUTO
UL

2022
LOMBADA
II
III

DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha família, pelo carinho e Dedicação, pelas palavras e
conselhos durante a minha jornada académica e pelas decisões tomadas.
Dedico a mim mesma por não ter perdido as esperanças e sempre ter-me esforçado para
chegar até aqui e aos meus irmãos pela confiança que depositam em mim.

Ao meu companheiro que incondicionalmente me das forças todos os dias.

Aos meus docentes por terem feito parte de um episódio muito importante em minha
vida e aos que confiaram em mim.

A minha família em geral


Que Deus os abençoe sempre
IV

DECLARAÇÃO DE HONRA
Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações
do meu supervisor, seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão
devidamente mencionadas no texto, nas notas e na Bibliografia final.

Beira, Março de 2022

______________________________

(Natércia Radamés Xavier do Couto)


V

AGRADECIMENTO
Agradecer a Deus pelo Dom da Vida e Proteção por ter chegado até aqui me dando saúde
e sabedoria para alcançar esta Vitoria.

A minha família que vem me dando forças e conselhos, palavras de sabedoria que sempre
dedicou em me apoiar e indicando qual o melhor caminho a seguir.

Agradeço a todos docentes que se dedicam e transmitiram conhecimentos e nos


prepararem para a vida profissional, Agradeço ao Meu Supervisor Dr. António Jorge
Cardoso pelo conhecimento durante a trajectória académica e o apoio incondicional para
realização deste trabalho.

Aos colegas do curso que por quatro anos pude obter a experiencia da vida académica e
que me ajudaram nessa caminhada.
VI

RESUMO

Couto, Natercia Radames Camilo Xavier (2022) Estudo do Efeito da Cobertura Vegetal
Morta no Rendimento de Tomate (Lycopersicon esculentum Mill). Com o objectivo de
avaliar o efeito de diferentes coberturas morta sobre o rendimento da cultura de Tomate,
nas condições do distrito de Mussorize, foi conduzido um ensaio no povoado, no
período compreendido entre Agosto à Novembro de 2021, usando o delineamento
experimental de blocos completos casualizados (DBCC), com tres (3) tratamentos: T1-
Sem cobertura, T2- Cerradura, T3- Casca de F. Boer (3) repetições. As variáveis
analisadas foram: número de folhas (NF), largura das folhas (LF), comprimento das
folhas (CF), massa numero de frutos por planta (NFP), Peso dos frutos(PF) e rendimento
(REND) em ton/ha. Todos os parâmetros morfologicos foram influenciados pelo uso de
cobertura do solo, as maiores medias para altura de plantas foram observadas nas
coberturas com serradura com uma media de 15 folhas. Para variavel comprimento das
folhas a serradura apresentou maiores medias com 24.150, Largura de folhas a maior
media foi de serradura com 15.625, Rendimento maiores rendimentos for a =m
encontrados nos tratamentos Serradura e Controlo com medias 14.375 e 9.350, a menor
foi na Serradura com uma media 8.200. Foi usado o pacote estatístico “Statistix 10 ”,
onde foi feita a análise de variância pelo teste F, seguido do teste de Shapiro wilk W
ou teste de normalidade de resíduos para ver seo os dados obedecem distribuição de
Gauss e teste de comparação de medias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. O
uso de cobertura do solo mostrou efeito significativo sobre todas as variáveis analisadas.
No entanto, as coberturas com serradura mostraram vantagens comparativas em relação
as demais coberturas

Palavras- chave: Tomate; Lycopersicon esculentum Mill; Cobertura; Peso do fruto e


rendimento.
VII

ABSTRACT

Couto, Natércia Radames Camilo Xavier, (2022). Effect of Dead Vegetable Cover on
Tomato (Lycopersicon esculentum Mill) Yield

Couto, Natercia Radames Camilo Xavier (2022) Study of the Effect of Dead Cover on
Tomato (Lycopersicon esculentum Mill) Yield, with the aim of evaluating the effect of
different mulch on Tomato crop yield, under the conditions of Mussorize district , a trial
was conducted in the village, from August to November 2021, using a randomized
complete block experimental design (DBCC), with four (4) treatments: T1- No cover, T2-
Cerradura, T3- Bark F. Boer (3) repetitions The analyzed variables were: number of leaves
(NF), width of leaves (LF), length of leaves (CF), mass number of fruits per plant (NFP),
Weight of fruits (PF) and yield (REND) in ton/ha. The statistical package “Statistix 10 ”
was used, where the analysis of variance was performed by the F test, and the mean
comparison test by the Tukey test at 5% probability was used. land cover showed
significant effect on t all variables analyzed. However, rice husk and sawdust coatings
showed comparative advantages compared to other coatings

Keywords: Tomato; Lycopersicon esculentum Mill; Roof; Fruit weight and yield.
VIII

Lista de Figuras

Grafico 1: : Influência do uso de cobertura do solo no número de folhas por planta.


Médias seguidas por letras diferentes, diferem significativamente (p <0.05) pelo teste de
Tukey. CV=11.79%. ....................................................................................................... 26
Grafico 2: Influência do uso de cobertura do solo no comprimento da folha por planta
........................................................................................................................................ 27
Grafico 3: : Influência do uso de cobertura do solo na largura de folhas por planta.
Médias seguidas por letras diferentes, diferem significativamente (p <0.05) pelo teste de
Tukey. CV=12.03%. ....................................................................................................... 29
Grafico 4: : Influência do uso de cobertura do solo na massa fresca da parte aérea (g) por
planta. Médias seguidas por letras diferentes, diferem significativamente (p <0.05) pelo
teste de Tukey. CV=5.54%. ............................................................................................ 30
Grafico 5: : Influência do uso de cobertura do solo na massa seca da parte aérea (g) por
planta. Médias seguidas por letras diferentes, diferem significativamente (p <0.05) pelo
teste de Tukey. CV=15.99%. .......................................................................................... 31
Grafico 6: : Influência do uso de cobertura do solo no rendimento médio ( ton/ha). Médias
seguidas por letras diferentes, diferem significativamente (p <0.05) pelo teste de Tukey.
CV=5.54%. ..................................................................................................................... 33
IX

Lista de Tabelas
Tabela 1: Composição nutricional do tomate em 100 gramas da parte comestível ....... 16
Tabela 2: Resumo da análise da variância dos parâmetros em estudo ........................... 25
X

Lista de Abreviaturas e Siglas

FAO: A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura

SDAE: Serviço Distrital das Actividades Económicas

ANOVA: Análise de variância


DBCC: Delineamento de Blocos Completamente Casualizados
CV: Coeficiente de Variação
MO: Matéria Orgânica
Engº: Engenheiro
ton: Tonelada
Dr: Doutor
T1: Tratamento
T2: Tratamento2
T3: Tratamento 3
UL: Universidade Licungo
FCA: Faculdade de Ciências Agrárias

Kpa: Kilopascual
ÍNDICE
LOMBADA ................................................................................................................................................. III
DEDICATÓRIA .......................................................................................................................................... IV
DECLARAÇÃO DE HONRA ...................................................................................................................... V
AGRADECIMENTO ................................................................................................................................... VI
RESUMO .................................................................................................................................................... VII
ABSTRACT............................................................................................................................................... VIII
Lista de Figuras ............................................................................................................................................ IX
Lista de Tabelas ........................................................................................................................................ X
Lista de Abreviaturas e Siglas .................................................................................................................. XI
CAPITULO I: INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
1.2. Justificativa ........................................................................................................................................ 3
1.3. Problematização ................................................................................................................................. 4
1.4.Hipóteses ............................................................................................................................................. 5
1.5. Objectivos .......................................................................................................................................... 5
1.5.1. Objectivo Geral ............................................................................................................................... 5
1.5.2.Objectivos Específicos ..................................................................................................................... 5
1.6. Metodologia e técnicas da pesquisa ................................................................................................... 5
1.6.1. Tipo de pesquisa ............................................................................................................................. 6
1.6.2 Pesquisa exploratória ....................................................................................................................... 6
1.6.3. Quanto aos procedimentos técnicos ................................................................................................ 6
1.6.4 Pesquisa bibliográfica ...................................................................................................................... 6
1.6.5. Pesquisa experimental ..................................................................................................................... 6
1.6.6. Pesquisa do campo .......................................................................................................................... 7
1.7. Enquadramento da pesquisa ............................................................................................................... 7
1.8. Delimitação do Tema ......................................................................................................................... 7
1.9. Relevância do Tema ........................................................................................................................... 8
1.10.1 Caracterização da variedade de tomate a ser usada para ensaio .................................................... 9
1.1.10.2. Condução do ensaio ................................................................................................................... 9
1.10.3 Preparação do solo ......................................................................................................................... 9
1.10.3. Sementeira e Transplante .............................................................................................................. 9
1.10.5. Controlo de infestantes ............................................................................................................... 10
4

1.10.6. Colecta do material vegetal ......................................................................................................... 10


1.10.7. Pulverização ................................................................................................................................ 10
1.10.8. Adubação .................................................................................................................................... 10
1.10.9. Poda e tutoramento ..................................................................................................................... 10
1.10.11. Amostragem .............................................................................................................................. 11
1.10.12. Análise estatística.................................................................................................................... 12
2.1. A cultura de tomate .......................................................................................................................... 13
2.1.2. Aspectos botânicos e características morfológicas ....................................................................... 15
2.1.2.1. Folhas ......................................................................................................................................... 15
2.1.2.2. Inflorescência ............................................................................................................................. 15
2.1.2.3. Fruto ........................................................................................................................................... 16
2.1.2.4. Sementes .................................................................................................................................... 16
2.1.3. Produção e importância da cultura do tomate ............................................................................... 16
2.1.4. Exigências edafo-climáticas .......................................................................................................... 17
2.1.4.1. Clima .......................................................................................................................................... 17
2.1.4.2. Solos........................................................................................................................................... 17
2.1.5. Preparação do solo ........................................................................................................................ 18
2.1.6. Métodos de propagação ................................................................................................................ 18
2.1.7. Factores limitaram da produção de tomate em Moçambique ....................................................... 18
2.1.8. Principais doenças ......................................................................................................................... 18
2.2. Sistemas de produção de tomate no distrito ................................................................................ 18
2.3. Tutoramento na Cultura de Tomate (Lycopersicon esculentum Miller) .......................................... 19
2.4. Descrição do Efeito da Cobertura Morta ......................................................................................... 20
2.3.1. Efeito da cobertura morta nas propriedades físicas do solo .......................................................... 21
2.3.2. Efeito da cobertura morta na erosão do solo ........................................................................... 21
2.3.3. Efeito da cobertura morta na humidade e temperatura do solo ..................................................... 21
2.3.4. Efeitos da cobertura morta nas propriedades químicas do solo .................................................... 22
2.3.5. Efeitos da cobertura morta na aeração do solo.............................................................................. 22
2.3.6. Efeitos da cobertura morta na fertilidade do solo, nutrição das plantas e na produção. ............... 22
2.3.7. Efeitos da cobertura morta no controlo de infestantes. ........................................................... 23
2.3.8. Efeitos da cobertura sobre os organismos do solo .................................................................. 23
5

2.3.9. Efeitos da má aplicação da cobertura morta. ................................................................................ 24


III. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................................... 25
3.1 Análise de variância .......................................................................................................................... 25
* Significativo a 5% de probabilidade; Fv – Fonte de variação; Gl – Grau de liberdade; QM –
Quadrado médio. ..................................................................................................................................... 25
3.2. Número de folhas ............................................................................................................................. 25
3.3. Comprimento das Folhas ................................................................................................................. 27
3.4. Largura das Folhas ........................................................................................................................... 28
3.5. Peso dos Frutos (kg)......................................................................................................................... 29
3.6. Numero de Frutos por Planta ........................................................................................................... 31
3.7. Rendimento ...................................................................................................................................... 32
4.1. Conclusões ....................................................................................................................................... 34
4.2. Recomendações................................................................................................................................ 34
4.3. Referência Bibliográfica .................................................................................................................. 36
ANEXOS .................................................................................................................................................... 43
1

CAPITULO I: INTRODUÇÃO
O presente trabalho é uma Monografia com o tema: Efeito da cobertura vegetal morta no
rendimento de tomate (Lycopersicon esculentum Mill).
O tomate (Lycopersicon esculentum Miller), é originário da América do Sul, Peru, Bolívia e
Equador, onde-se encontram também as 7 espécies silvestres de Lycopersicon. Várias dessas
espécies silvestres potencialmente podem ser muito úteis no melhoramento do tomateiro. As
variedades antigas da América Latina, tinham o estigma exposto, facilitando assim a polinização
cruzada, enquanto nas variedades mais recentes o estigma é muito curto, predominando deste
modo a auto polinização. O tomate contém quantidades consideráveis de vitaminas A e C e é uma
das mais importantes hortícolas do mundo, pois têm-se verificado um aumento generalizado da
sua produção, devido as suas várias utilizações, tais como o consumo fresco, indústria e como
produto secundário é extraído o óleo das suas sementes, (Ribeiro e Rulkens, 1999).

Em Moçambique o tomate é produzido em maior escala nos vales dos rios Incomati e Umbeluzi
em Maputo, Limpopo em Gaza, nas regiões planalticas de Manica, Angônia em Tete, Lichinga em
Niassa, Licuari, Mugeba e Lioma na Zambézia. A sua produção pode começar de Março
prolongando-se até ao mês de Setembro - Outubro, senão todo o ano (algumas variedades),
todavia, com muitas exigências em termos de cuidados no maneio durante o período quente em
que os preços no mercado alcançam valores altos (Ecole e Vasconcelos, 2006).

De acordo com a tendência dos consumidores nestes últimos anos na compra dos produtos
hortícolas, é de pautarem pela qualidade e a aparência do produto. No caso do tomate, aspectos
como cor, brilho e principalmente o tamanho do fruto tem especial relevância. Tal fato é
confirmado pelos preços mais elevados pagos aos frutos de maior tamanho nos centros comerciais,
mercados formais e informais e nos centros de abastecimento (MINAG, 2008).

Uma das formas de melhoria da qualidade e aparência do tomate produzido é a adopção de técnicas
adequadas de gestão da cultura. As principais formas de gestão ou maneio empregues na cultura
do tomate são: tipo de tutoramento, forma de condução e espaçamento (Zambolim et al.,1989).

O tipo de tutoramento utilizado, pode alterar a distribuição da radiação solar e a ventilação em


torno das plantas influenciando a humidade relativa e a concentração de gás carbónico atmosférico
2

entre e dentro das filas. Portanto, para poder atender aquilo que é a nova tendência de novos
intervenientes e exigências dos consumidores no mercado é necessário encontrar novas técnicas
de produção buscando tecnologias que sejam viáveis e adequadas as condições dos produtores
locais como forma de tornar a concorrência mais competitiva.
Mossorize, é um distrito da região centro do país, caracterizado pelo uso de uma agricultura de
subsistência a sequeiro devido a condição económica dos camponeses que é baixa, não podendo
utilizar insumos melhorados para o cultivo desta. Neste contexto, a utilização de adubos orgânicos
têm sido uma boa opção para reduzir os custos com fertilizantes minerais, que permite obter um
produto final de melhor qualidade, pois o uso desordenado de fertilizantes minerais pode
prejudicar a saúde do consumidor, além de acarretar os custos de produção (Souza et al., 2005).

A adubação orgânica, têm sido amplamente utilizada nos últimos tempos na produção de alface,
com o objectivo de melhorar as qualidades físicas, químicas e biológicas do solo (Silva et al.,
2001), além disso, a matéria orgânica influência positivamente em diversas características do solo,
tais como: melhorar a capacidade de troca catiónica (CTC), estrutura do solo, diminui a densidade
do solo, aumenta a porosidade, infiltração, retenção de água e aeração (Souza e Resende, 2005).

A compostagem não só incrementa a produtividade, mas também proporciona a obtenção de


plantas com características qualitativas distintivas daquelas cultivadas exclusivamente sem
fertilizantes, além de preservar o meio ambiente (Franca e Sousa, 2004 citados por Sousa e
Resende, 2006).

O trabalho esta dividido em quatro capítulos sendo:


Capitulo I: Abordagem a respeito da Introdução, Justificativa, Problematização, hipóteses primária
e secundária, objetivos geral e específicos, Métodos e técnicas de pesquisa, delimitação,
enquadramento, e relevância do tema.

Capitulo II: Fundamentação teórica em torno da cultura do Tomate;

Capitulo III: Aborda a respeito dos resultados e discussões e por fim;


3

Capitulo IV: Aborda a respeito das conclusões tiradas face a realização do experimento e as
recomendações destinada aos produtores e aos pesquisadores. Também fazem parte da estrutura
do trabalho o Cronograma das actividades e referência Bibliográfica e Anexos.

1.2. Justificativa
A cobertura morta pode reter muita água o que significa que em épocas de seca haverá mais água
disponível para as plantas, durante um período mais longo, esta propriedade é particularmente
importante para os solos arenosos, pois estes retêm pouca água. A cobertura morta além de
proporcionar o controlo de determinados patógenos de solo, actua na conservação da humidade do
solo, controlo de ervas daninhas, redução na lixiviação de nutrientes, prevenção da compactação
e erosão do solo, afecta passivamente a microflora e microfauna antagonista, favorece o
desenvolvimento da planta e reduz o uso de substâncias químicas, isso quando utilizado de maneira
adequada (Housbeck et al., 1996; Galindo et al., 1984; Jones et al., 1974).

A produção e a massa média de tomate são influenciadas pela densidade de plantas e pelo número
de ramos por planta. Quanto maior a densidade nos canteiros e o número de ramos por planta,
menor será a produção total comercial, a produção de frutos grandes e a massa média dos frutos
grande e médio, e maior será a produção de frutos pequeno (Oliveira et al., 1995; Camargos, 1998).

O presente trabalho visa avaliar o efeito da cobertura morta (mulching) na cultura de tomate, de
forma a fornecer informações científicas aos produtores locais, para incrementar o seu rendimento
por área, a partir dos seus recursos locais (mulching orgânico), nas condições edafo-climáticas
locais

A cobertura vegetal morta, com base em resíduos vegetais é uma técnica que tem sido bastante
utilizada no cultivo de hortícolas no Mundo (Santos et al. 2011; Machado 2008; Júnior e Neto
2005). No entanto, o seu efeito sobre a produtividade das culturas depende do tipo de material em
uso (Quembo, 2013; Machado et al. 2008; Silva et al. 1994; Singh, 2005; Armando, 2013).
Para obter alta produtividade e máximo retorno económico, necessita-se de adubação. Dentre os
nutrientes limitantes, o nitrogénio (N) merece destaque. Quase sempre é necessário aplicar
fertilizante nitrogenado, em dose adequada, para a obtenção de plantas com cabeça de repolho
com a firmeza desejada pela aceitação comercial (Moreira e Vidigal, 2011). O conteúdo crítico
4

de N, P e K nas folhas exteriores que resultam numa redução de 50% do rendimento da cabeça é
1,3%, 0,1% e 0,3%, respectivamente (Ribeiro, 2001)

1.3. Problematização
Em Moçambique, para um bom rendimento, o Tomate requer uma boa práctica dos amanhos
culturais e uso de espaçamento de plantio óptimo nos canteiros, de modo que haja condições
óptimas na zona radicular, onde a planta obtém os nutrientes e a humidade que necessita para se
desenvolver (Alves, 1989).

Os produtores de tomate de Mussorize enfrentam diversos problemas devido, em destaque para a


maior infiltração da água dos seus solos, a evaporação dos solos, a formação de crostas e não
obediência de espaçamento de plantio nos canteiros da cultura.

Em solos arenosos, para fazer face a este problema há necessidade de haver recomendações
técnicas e científicas de cultivo de tomate para os produtores desta cultura em solos arenosos, com
disponibilidade de restos vegetais não contaminados que possam usar como cobertura morta e a
determinação de um espaçamento óptimo de plantio nos canteiros para maximizar o rendimento
nas condições edafo-climáticas locais.

A agricultura é a principal actividade da população Moçambicana, mais de 80 % das famílias


vivendo na zona rural depende inteiramente desta actividade. A agricultura em Moçambique é
caracterizada por baixa produtividade e baixa renda, tendo como a fraca disponibilidade de
insumos, falta de tecnologias melhoradas e limitado acesso aos serviços financeiros e outros
factores que contribuem para tal. Na Província de Manica em particular no distrito de Mussorize
onde as condições agro-climáticas para produção de hortícolas são das melhores quando
comparado com outras regiões do pais, o periodo de produção de tomate é reduzido devido as
práticas culturais inadequadas e a falta de tecnologias melhoradas, incidência de pragas e doenças,
faz com que não estenda o período de produção do tomate e a redução da qualidade do produto.

O aumento do custo dos fertilizantes minerais e a crescente poluição ambiental fazem do uso de
resíduos orgânicos na agricultura uma opção atractiva do ponto de vista económico no distrito de
Mussorize, face a esta contraposição torna-se imperioso buscar alternativas viáveis e sustentáveis
para manter o ciclo de produção, em razão da reciclagem do carbono e nutrientes. Para as culturas
frutuosas como é o caso do tomate, problemas sérios podem acontecer no cultivo convencional,
5

pois o uso de altas doses de adubos solúveis, principalmente o nitrogénio, aliado à intensa
aplicação de agrotóxicos, pode levar a produção de alimentos de qualidade contestada, que pode
prejudicar a saúde pública e levar a um alto custo de produção. O uso de adubos orgânicos em
detrimento dos adubos químicos, insere-se na perspectiva da agricultura orgânica, que é o cultivo
de plantas sem o uso de produtos inorgânicos. Segundo Vidigal et al. (1995), os adubos orgânicos
devem ser de fácil acesso, e fácil uso em quantidades não industriais.

Levando em consideração as constatações atrás mencionadas levanta-se a seguinte questão:

 Qual é o efeito de cobertura de vegetal morta ( serradura de madeira, vagens secas de feijão
bóer ) no rendimento da Cultura de tomate?

1.4.Hipóteses
H1: O efeito de cobertura vegetal morta pode contribuir para baixo rendimento da cultura de
tomate no Posto Administrativo de Dacata;
H0: O efeito de cobertura vegetal morta pode contribuir para alto rendimento da Cultura de tomate
no Posto Administrativo de Dacata;

1.5. Objectivos

1.5.1. Objectivo Geral


 Avaliar o efeito da cobertura vegetal morta sobre o rendimento da cultura de tomate.

1.5.2.Objectivos Específicos

 Descrever o efeito da cobertura morta nos canteiros na cultura de tomate para, a altura de
planta, e Diâmetro do Caule por planta e rendimento
 Caracterizar o número de frutos por planta em cada tratamento;
 Determinar o peso e rendimento dos frutos nos tratamentos.

1.6. Metodologia e técnicas da pesquisa


Segundo HEGEMBERG (1976:115), citado por LAKATOs e MARCONI é “o caminho pelo qual
se chega a um determinado resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão
de modo reflectido e deliberado”.
6

A presente monografia debateu-se sobre o tema: Efeito da Cobertura Vegetal Morta no


Rendimento de Tomate (Lycopersicon esculentum Mill). Como forma de conclusão de nível de
Licenciatura na Universidade Licungo – Extensão da Beira, em Agro-pecuária com Habilidade em
Extensão Rural, onde dentre várias metodologias e técnicas usadas para a efectivação da pesquisa,
destacou-se as seguintes:

1.6.1. Tipo de pesquisa

1.6.2 Pesquisa exploratória


Esta é uma pesquisa aplicada, uma vez que, a finalidade é gerar conhecimentos para aplicação
prática e dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais. O
estudo foi desenvolvido de acordo com o delineamento de uma pesquisa bibliográfica e de campo
ou experimental com abordagem qualitativa e quantitativa.

Quanto aos objectivos esta pesquisa tem como objectivo proporcionar maior familiaridade com o
problema, com vistas a torná-lo mais explícito. Envolveu levantamento bibliográfico, entrevistas
com pessoas experientes no problema pesquisado. Geralmente, assume a forma de pesquisa
bibliográfica e estudo de caso (GIL, 2002).

1.6.3. Quanto aos procedimentos técnicos

1.6.4 Pesquisa bibliográfica


Segundo GIL (2002), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros, artigos científicos, teses e dissertações. A principal vantagem
deste tipo de pesquisa reside no facto de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de
fenómenos muito ampla do que aquela do que poderia ser pesquisada directamente.

Consistiu na leitura de diversas obras bibliográficas que abordam directamente sobre a pesquisa
ou que apresentem abordagens a ela relacionadas que se mostrem relevantes para a pesquisa e a
posterior relacionar com os resultados colhidos.

1.6.5. Pesquisa experimental


Foi utilizado o delineamento experimental em blocos completos casualizados (DBCC), com quatro
tratamentos e quatro repetições; cada bloco com quatro parcelas de 4,48 m2 (2,8x1,60) com um
total de dezasseis parcelas em toda área do campo, tendo uma área total de 187,48 m2 e com uma
7

área útil de 112,18 m2, usado espaçamento de 0,70 x 0,40 entre linhas e plantas. Cada parcela com
16 plantas, totalizando 256 plantas em toda área útil do ensaio, a bordadura foi de 1 m.

1.6.6. Pesquisa do campo


A Pesquisa de Campo caracterizou-se pelas investigações em que além da pesquisa bibliográfica
e/ou documental, se colectam dados junto a pessoas utilizando diversos tipos de pesquisa (pesquisa
ex-post-facto, pesquisa acção, pesquisa participante, etc.) (FONSECA, 2002).

Para a realização desta pesquisa foram aplicados basicamente os seguintes procedimentos


metodológicos: pesquisa bibliográfica a partir dos registos disponíveis, orientada por um
experimento no campo com vista a buscar um suporte prático para o estudo.

1.7. Enquadramento da pesquisa


O tema se enquadra na cadeira de agricultura geral, A disciplina de Agricultura Geral tem como
um dos seus objectivos a interligação do conhecimento adquirido em várias disciplinas lecionadas
anteriormente, que podem ser como: Botânica geral, Agrometeorologia, Ciência do Solo,
Mecanização Agrícola, Fisiologia Vegetal, Rega e Drenagem, Fertilidade do Solo e servindo como
base para a adequada compreensão de disciplinas como: Experimentação Agraria, Produção de
sementes,pragas e Controlo de Infestantes, Economia Agraria, Extensão Rural. Também se
enquadra no ensino geral na disciplina de agropecuária .

1.8. Delimitação do Tema


O ensaio foi realizado entre 09 de junho a 16 de Outubro no campo experimental da região do
Posto Administrativo de Dacata, do distrito de Mussorise. Tem limite a Norte com Distrito de
Sussundenga, a Oeste com Zimbabwe, a sul com Distrito de Machaze e a Nordeste com Distrito
de Chibabava da Província de Sofala.

1.8.1. Localização geográfica do local de estudo


O Distrito de Mossorize situa-se na Província Central de Manica Em Moçambique Entre os
Paralelos 19° E 20° de Latitude Sul e 33° e 34°de Longitude Leste, A Uma Altitude de Cerca de
620m. O Distrito é Limitado ao Norte Pelos Distritos de Gondola e Manica, A Oeste Pela
República de Zimbabué, ao Sul Pelo Distrito de Mossurize e A Leste Pelo Distrito de Buzi. A Área
Total do Distrito é de 7,057 Km² (FAMBA, 2011).
1.8.2. Clima, hidrografia e relevo
8

Segundo MAE (2005), o clima do Distrito é predominantemente tropical chuvoso de Savana AW,
segundo a classificação de Koppen, com duas estações distintas, a chuvosa e a seca. A
época chuvosa começa em Outubro e termina em Março, e a estação seca se estende de Abril a
Setembro, a temperatura mínima média é de 9.5°C no mês de Julho e a temperatura máxima
média é de 29.1°C no mês de Janeiro, a distribuição da temperatura e da precipitação mostra que
a estação húmida é quente e a estação seca é fria. A precipitação média anual é de 1155mm e a
evapotranspiração anual é de 1386mm. O Distrito de Mossorize possui quatro rios principais:
Revué, Munhinga, Mussapa e Lucite.

1.9. Relevância do Tema


1.9.1. Social

Devido a falta de conhecimentos de tecnicas melhoradas por parte dos produtores tem trazido no
final da campanha baixos rendimentos Sendo o tomate é uma das culturas com maior apreciação
Global, devidas as suas composições nutricionais e na melhoria da saúde humana, existe todavia
um interesse por parte das entidades envolvidas no processo produtivo, nomeadamente os
extensionistas e produtores em aumentar os níveis de rendimento e produtividade. Para tal, os
estudos de alternativas sustententaveis e de todos instrumentos técnicos científicos que levem ao
aumento desta produtividade devem ser tomados em consideração em todo processo produtivo.

1.9.2. Económica

O Tomate destaca-se por sua importância económica, sendo uma das leguminosas mais cultivadas
em África como para Moçambique sendo segunda maior cultura e primeira Horticula praticada
pelo sector familiar Pelo facto das variedades melhoradas terem altos rendimentos e alta
capacidade de adaptabilidade espera-se minimizar os custos e maximizar a produção e
consequentemente aumento da sua fonte de alimento e de renda nessa comunidade e em geral.

1.9.3. Cientifico

O conhecimento de alternativas viáveis ao invés de usar produtos químicos ou inorgânicos, para


amenizar os efeitos de baixa produtividade, é importante e necessário para a libertação das
coberturas sustentaveis contribuindo para a melhor recomendação. O presente trabalho levanta
9

questões que podem levar a descoberta e potencialização de alternativas sustentáveis no processo


de produção do tomate.

1.10. Delineamento do experimento

O delineamento experimental foi adoptado em blocos causalizados (DBCC), com três réplicas e
quatro tratamentos. Cada parcela teve 15m2, quatro linhas de 3 m conduzidas num compasso de
1.0m x 0.5m constituída de 24 planta, o experimento foi constituído por 12 parcelas, o
espaçamento entre bloco será de 1,0m e entre parcela de 0.5 m. A área útil do ensaio foi de 4m2.
Os tratamentos consistiram de cobertura vegetal morta do solo usando as seguintes fontes de
resíduos vegetais: serradura de madeira, vagens secas de feijão bóer e controlo (solo descoberto)
que foram aplicados a 5 cm do solo.

1.10.1 Caracterização da variedade de tomate a ser usada para ensaio


Tomate (Variedade Roma VFN) é uma variedade de crescimento determinado, época de
sementeira: Janeiro a Agosto é uma variedade de polinização aberta, é resistente a Verticillium,
Fusarium e Nemátodos, com maturação entre os 75-100 dias, peso médio do fruto 75- 85 gramas
com forma de pêra e apresenta um rendimento de 30 a 40 t/ha, serve para consumo fresco e para
processamento nas indústrias (Rulkens e Ribeiro, 1996; Mathai, 1988).

Segundo Ribeiro e Rulkens (1996), as inflorescências podem assumir a forma de cachos simples,
bifurcados ou ramificados. A ramificação do cacho é estimulada em condições de baixas
temperaturas durante a iniciação da floração, assim, são desenvolvidas mais oito flores por cacho
com temperaturas de 13 grus em comparação com temperaturas de 18 graus

1.1.10.2. Condução do ensaio

1.10.3 Preparação do solo


A preparação do solo foi manual: a lavoura foi realizada no dia 15 de Junho de 2021. A demarcação
do campo e a formação de blocos foi no dia 17 de Junho do ano em curso.

1.10.3. Sementeira e Transplante


A sementeira foi realizada no dia 20 de Junho de 2021 e o transplante foi no dia 17 de Julho de
2021, 30 dias depois da sementeira, quando as plantas possuíam 6 a 7 folhas definitivas. O solo
10

foi regado antes e depois do transplante para reduzir o stress das plantas as condições adversas do
campo definitivo.

1.10.4. Rega

A rega foi manual realizada através de regadores 10 litros, efectuada de manha e no final do dia,
duas vezes por dia, sempre que foi necessário, para suprir as necessidades hídricas da cultura
durante todo ciclo.

1.10.5. Controlo de infestantes


Para o controlo efetuou-se sachas aos 15, 30 e 45 dias depois do transplante, até as plantas
atingirem um nível de crescimento que por si próprias já podiam competir contra as infestantes. O
objectivo era reduzir a competição das plantas com infestantes no que tange a luz, água e nutriente.

1.10.6. Colecta do material vegetal


O material vegetal foi colectado localmente no Distrito de Dacata, com espessura de 6cm da
cobertura vegetal morta em todas parcelas.

1.10.7. Pulverização
Foi realizada a pulverização com cypermetrina EC 25%, aos 35 dias após a sementeira, para
prevenção de infestante de afídeos. foi utilizado 6 ml de princípio activo para cada 16 litros de
água, com intervalo de aplicação de 15 em 15 dias até ao final do ciclo da cultura para evitar o
reaparecimento das pragas.

1.10.8. Adubação
O solo antes da sementeira foi estrumado com excremento bovino já curtido na razão de 13 t/ha
(Lopes et al, 2016) para reforçar o desenvolvimento das mudas, uma vez que a cultura necessita
de quantidades significativas de macronutrientes.

1.10.9. Poda e tutoramento


Foi removido alguns ramos reduzidas flores para permitir maior qualidade de frutos. Para evitar o
contacto directo dos frutos com solo, o que propicia ao ataque de pragas e doenças, e para permitir
maior circulação do ar foi realizada a tutoragem (Heuvelink, 2005). Desta forma o tutoramento foi
feito usando tutores verticais individuais de bambu de 1.4 m de altura.
11

1.10.11. Amostragem
Os parâmetros analisados para estudar o rendimento da cultura de tomate baseado em cobertura
vegetal morta, foram avaliados os seguintes parâmetros:

a) Altura da planta (cm)

Para mensurar esta variável foi utilizado uma fita métrica como ponto de partida a superfície do
solo até o ápice do caule. Em cada parcela foram selecionadas oito plantas para amostragem
eliminando-se as plantas das bordaduras. Este parâmetro foi efectuado na fase intermédia da
floração com 90% de plantas no estágio de reprodução

Diâmetro do caule (cm)

Foi utilizado oito plantas da área amostral em cada tratamento nos três blocos em 12 parcelas,
aplicado o diâmetro do caule com auxilio dum paquímetro digital em cm. Para este parâmetro será
mensurado na fase intermédia de reprodução.

b) Número de fruto por planta:

Para a determinação de número de fruto foi feito contagem manual obedecendo o mesmo padrão
de amostragem de oito plantas centrais por cada tratamento e durante todo ciclo foi efectuada uma
contagem aos 75 dias depois de transplante.

c) Peso de fruto:

Para determinação do peso dos frutos foram consideradas as oito plantas centrais como amostra
por tratamento, e com ajuda de uma balança electrónica pesaram-se os frutos de modo a
determinar-se o peso médio para o cálculo do rendimento em t/ha foi baseada no mesmo padrão
de amostragem (oito plantas centrais excluindo as de bordadura), com os dados referente as três
colheitas

d) Rendimento do grão (t/ha-1): para a obtenção do rendimento, foram colhidas e


debulhadas todas as vagens por cada parcela. O grão obtido foi pesado e o rendimento em
gramas por parcela convertido para toneladas por hectare (t/ha-1), de acordo com a seguinte
fórmula (LIMA, 2008).
12

Peso do grão(kg)∗10000m2 (1ha)


Rendimento do grão em ton/ha-1 = Área util ∗100(kg)

1.10.12. Análise estatística


Os dados foram submetidos ao pacote Statistix 10 trial e com auxílio de Excel para construir
tabelas. Foram submetidos a testes de homogeneidade de variância. Como os dados que
apresentarem variâncias homogéneas, procedeu análise de variância (ANOVA), e foram
comparados pelo teste de Tukey um nível de significância de 5%. Segundo o mesmo pacote
estatístico referenciado anterior, as médias dos tratamentos que apresentarem mesmas letras
revelam que não há diferenças significativas quando comparados entre si. Para as médias dos
tratamentos que apresentaram letras diferentes, quer dizer que há diferenças estatisticamente
significativa. (Queiroga, 2010)
13

CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. A cultura de tomate

2.1.1. Origem, Taxonomia e distribuição do tomate


Desde que o tomateiro foi introduzido na Europa, no século XVI, os primeiros botânicos
reconheceram sua estreita relação com o gênero Solanum e o identificaram como Solanum
pomiferum. Anguillara, (1561), citado por Keiko Takahashi, (2014), identificou o recentemente
introduzido tomateiro como uma planta chamada Lycopersicum, que significa pêssego dos lobos,
pelo naturalista grego Galen quatorze séculos atrás. Entretanto, a planta descrita por Galen é
desconhecida, e certamente não se refere a nenhuma forma de tomate porque todas as espécies de
tomate não são nativas do Velho Mundo. Tounerfort, (1694), citado por Keiko Takahashi, (2014),
foi o primeiro a considerar os tomateiros cultivados dentro de um género distinto sob o nome
anterior Lycopersicum. Ele utilizou o caráter multilocular do fruto como critério para diferenciar
Lycopersicum de Solanum. Linnaeus, (1753), citado por Keiko Takahashi,(2014), classificou os
tomates no género Solanum, e sob o nome específico de Solanum lycopersicum agrupou todas as
formas multiloculares cultivadas que Tounerfort descreveu como espécies separadas. Por outro
lado, Miller,(1754), citado por Peralta et al.,(2006), reconsiderou a classificação feita por
Tounerfort e descreveu formalmente o género Lycopersicum.

Esta classificação dos tomateiros no género Lycopersicum continuou como tratamento


prevalecente para muitos autores clássicos e modernos. Mais recentemente, as relações
filogenéticas dentro da família Solanaceae foram examinadas com dados moleculares por
(Spooner et al., 2005).

Esses estudos provaram que o tomateiro está firmemente interligado no género Solanum. Baseado
nesses resultados, uma nova classificação filogenética transferiu o tomateiro para o género
Solanum (Peralta e Spooner, 2007).

O tomateiro tem como centro de origem a região andina, desde o Equador, Colômbia, Peru,
Bolívia, até o norte do Chile (Alvarenga, 2004).

Duas hipóteses têm sido levantadas para o local de domesticação do tomateiro, uma peruana e
outra mexicana. Apesar de provas precisas da época e do local de domesticação serem escassas, o
14

México é tido como o local mais provável, com o Peru como o centro de diversidade de parentes
selvagens (Robertson e Labate, 2007).

O ancestral mais provável do tomateiro cultivado é o tomate cereja selvagem, usualmente


conhecido como S. lycopersicum var. Cerasiforme, baseado na sua ampla presença na América
Central e por apresentar um estilete mais curto na flor, (Cox, 2000).

Porém, pesquisas genéticas recentes têm demonstrado que as plantas conhecidas como
Cerasiforme são uma mistura de tomates selvagens e cultivados em vez de serem ancestrais dos
tomates cultivados (Nesbitt e Tanksley, 2002).

Os espanhóis e portugueses difundiram o tomate pelo mundo através de suas colônias ultramarinas.
Inicialmente, o tomate foi cultivado como ornamental devido à beleza de seus frutos e também
pela associação feita a outro fruto da mesma família das solanáceas, a mandrágora, que é
extremamente venenosa. A primeira referência da aceitação do tomate na alimentação humana foi
feita em 1544 pelo veneziano Matthiolus, que ressalta que a espécie inicialmente introduzida na
Itália era de fruto amarelo. Em Moçambique foi introduzido pelos imigrantes europeus no final do
século XVI (Alvarenga, 2004).

 Reino: Plantae

 Divisão: Magnoliophyta

 Classe: Magnoliopsida

 Ordem: Solanales

 Família: Solanaceae

 Género: Solanum

 Espécie: Solanum lycopersicum Miller

Fonte:https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20120729140710AA5PGyL.acesso as
12:18 pm.2014.
15

2.1.2. Aspectos botânicos e características morfológicas


O tomateiro é uma planta dicotiledônea pertencente à família das solanáceas. Os membros desta
família apresentam flores com simetria radial, cinco estames, ovário súpero, bicarpelar, contêm
numerosos primórdios seminais, produzindo frutos polispérmicos. Com a domesticação e cultivo,
é frequente observar flores com maior número de pétalas e sépalas, assim como ovários
multiloculares (Esquinas e Nuez, 1995).

É uma planta perene, de porte arbustivo, sendo cultivada anualmente. Possui sistema radicular
constituído de raíz principal ou pivotante, raízes secundárias e raízes adventícias. A raíz pivotante
pode alcançar 1,5 m de profundidade, desde que não haja interrupções, como ocorre em mudas
transplantadas. Nesse caso, as raízes secundárias se desenvolvem rapidamente, tornando-se mais
ramificadas e superficiais, podendo-se estender até um diâmetro de 1,5 m e alcançar uma
profundidade superior a 0,50 m. Geralmente 70 % das raízes localizam-se a menos de 20 cm da
superfície (Alvarenga, 2004).

A estrutura da planta é um simpódio. A haste principal forma de 6 a 12 folhas, que crescem


lateralmente com uma filotaxia de 2/5, antes que a gema principal se transforme em uma
inflorescência. O crescimento subsequente se dá a partir da gema axilar da última folha, de onde
se desenvolve uma haste secundária que cresce como uma prolongação da primária. Os sucessivos
segmentos da haste se desenvolvem de forma similar, produzindo uma inflorescência a cada três
folhas. Uma haste típica de tomateiro possui de 2 a 4 cm de diâmetro na base e é recoberta por
pêlos glandulares (Lapuerta, 1995).

2.1.2.1. Folhas
São impar e compostas, uma folha típica de tomateiro cultivado tem aproximadamente 0,5 m de
comprimento e pouco menos de largura, um grande folíolo terminal e até oito folíolos grandes
laterais que podem, também, ser compostos. As folhas são recobertas por pêlos do mesmo tipo que
das hastes (Lapuerta, 1995).

2.1.2.2. Inflorescência
Apresenta número variável de flores, é do tipo racimo (cachos), com flores pequenas e amarelas.
As flores são hermafroditas, conferindo à planta autogamia, com frequência de polinização
cruzada de até 5 % (Alvarenga, 2004).
16

2.1.2.3. Fruto
É uma baga, carnosa e suculenta com aspecto, tamanho e peso variados, conforme a cultivar. Na
maioria delas, os frutos são de coloração vermelho intenso, quando maduros, resultante da
combinação da cor da polpa com a película amarela (Figueira, 2008).

2.1.2.4. Sementes
São reniformes, pequenas, apresenta minúsculos pêlos e coloração marrom clara. O embrião fica
disposto internamente em forma de espiral (Alvarenga, 2004).

2.1.3. Produção e importância da cultura do tomate


As principais áreas do cultivo de tomate localizam-se na Ásia Tropical (Índia, Malásia, Indonésia
e Filipinas); Centro, Este e Oeste africano; América Tropical e Caraíbas; e outras zonas tropicais
(Tindall, 1983).

Tabela 1: Composição nutricional do tomate em 100 gramas da parte comestível

NUTRIENTE VALOR
ÁGUA (G) 94
PROTEÍNA (G) 0.7
CARBONATOS (G) 4
CÁLCIO (MG) 12
FÓSFORO (MG) 24
FERRO (MG) 0.4
POTÁSSIO (MG) 222
VITAMINA A (U.I) 822
TIAMINA (MG) 0.05
RIFLAVINA (MG) 0.04
NIACINA (MG) 0.7
ÁCIDO ASCÓRBICO (MG) 21
VALOR ENERGÉTICO (CAL) 19
Fonte: (Villareal, 1980).

O tomate tem uma quantidade considerável de β-caroteno que e transformado em vitamina A no


corpo humano e, vitamina C, (Villareal, 1980).
17

O rendimento do tomate pode variar em função da variedade, podendo obter-se até 50 toneladas
por hectare em variedades de polinização aberta e até 90 ton.ha-1 em variedades híbridas, (Ribeiro
e Rulkens, 1999).

2.1.4. Exigências edafo-climáticas

2.1.4.1. Clima
Atendendo as origens do tomateiro, (Fazio, 1981 e Dusi et al., 1993) referem que este cresce bem
em climas tropicais de altitude e subtropicais, frescos e secos, com bastante luminosidade. A
temperatura favorável para a germinação vária de 20 a 25 oC. Para um bom desenvolvimento
vegetativo a temperatura deve variar de 18 a 25 oC.

No período de frutificação é importante que a temperatura varie de 18 a 25 oC, no período diurno


e de 13 a 24 oC, no período nocturno. Se as temperaturas permanecem acima de 28 oC, prejudicam
a firmeza e a coloração dos frutos, que tendem a ficar amarelados devido a inibição da síntese do
licopeno e de outros pigmentos que lhes dão a coloração vermelha. Temperaturas superiores a 34
o
C podem causar distúrbios respiratórios, (Messiaen, 1992).

Além da temperatura, a humidade é outro factor de clima importante para a cultura de tomate. A
humidade condiciona muito o aparecimento de doenças provocadas por fungos. Humidade elevada
cria condição de aparecimento de doenças fungicas quando associada principalmente com
temperaturas elevadas, (Messiaen, 1992).

Ribeiro e Rulkens (1999), consideram o tomate semeado entre Julho e Agosto como da época
quente. Os alfobres feitos entre Julho e Agosto são melhores porque pode se evitar que a cultura
coincida com os períodos de temperaturas e humidade mais elevadas (Janeiro e Fevereiro) e
consequentemente elevadas densidades das pragas.

2.1.4.2. Solos
O tomate dá melhores rendimentos em solos com boa textura e estrutura, leves, ricos em matéria
orgânica, índice baixo de acidez e alta fertilidade. Os solos pesados podem criar condições de
alagamento e consequente asfixiacção das raízes além do risco de ataque por fungos e bactérias
do solo (Messiaen, 1992; Ribeiro e Rulkens, 1999).

O pH que varia de 6 a 6.8 e considerado o óptimo, (Castaner e Castaner, 1984).


18

2.1.5. Preparação do solo


A preparação do solo consiste no revolvimento, destorroamento e nivelamento do solo para que o
sistema radicular possa ter um bom desenvolvimento além de permitir um bom maneio da cultura
como a rega, (Ribeiro e Rulkens, 1999; Villareal, 1980).

2.1.6. Métodos de propagação


A propagação do tomateiro é por semente podendo ser uma sementeira directa ou em alfobres,
(Ribeiro e Rulkens, 1999). Esta última e mais comum em Moçambique. A germinação da semente
pode durar 7 a 10 dias, dependendo das condições climáticas e da variedade.

Depois da sementeira, na altura em que as plântulas tiverem os seguintes parâmetros: 15 a 18 cm


de altura, diâmetro do caule do tamanho dum lápis, 4 a 5 folhas verdadeiras, boa quantidade de
raízes e livres de doenças e pragas (cerca de 30 dias após a sementeira), faz se o transplante. O
transplante pode ser feito a um compasso variável (90-200 cm x 12-50 cm), dependendo do
equipamento a usar nas práticas culturais, (Ribeiro e Rulkens, 1999;Purseglove, 1991).

2.1.7. Factores limitaram da produção de tomate em Moçambique


Vários são os factores limitastes da produção de tomate em Moçambique, sendo as pragas e
doenças os que mais danos causam na cultura. Em Moçambique, segundo (Ribeiro e Rulkens,
1999) e (Segeren et al., 1994), o tomate tem como principais pragas: nematodo de galha
(Meloidogyne spp.), rosca (Agrotis spp.), ácaro vermelho (Tetranychus evansi), acaro ferruginoso
(Aculops lycopersici), larva mineira (Liriomyza sp.), lagarta americana (Helicoverpa armigera),
falsa-lagarta-mede-palmos (Plusia acuta), afideos (Aphis gossypii), Trips (Thrips tabaci) e mosca
branca (Bemisia tabaci).

2.1.8. Principais doenças


Damping-off, mancha concêntrica, míldio ou queima do frio, murcha do Fusarium, murcha de
Verticillium, Xanthomonas campestris, mancha bacteriana, mosaico, defeitos fisiológicos, seca
apical, fendilhamento, deformação apical, escaldão e fruto oco, (Segeren et al., 1994).

2.2. Sistemas de produção de tomate no distrito


A produção da hortícolas em particular cultura tomate, no distrito de Mocuba é praticada pelos
pequenos produtores, nas margens das dos rios (Licungo, Lugela, Nagogolone), e outras parte
19

altas, locais em consorciação com outras hortícolas em destaque para alface (Lactuca sativa L),
couve (Brassica oleirácea var.) cenoura (Dacus carota L), (Mae, 2005).

A cultura de tomate, apenas é praticada no período fresco, devido a variabilidade do clima, nesta
altura, o que constitui uma actividade de rendimento e reduz o sedentarismo da comunidade, apesar
de baixos rendimentos devido a não observância de tratos culturais, sistemas de rega rudimentares
e qualidade de água de rega (uso de regador, sulcos e ou água salubre), não observância das datas
de sementeira, má adubação (doses inadequadas e/ou adubos não bem curtidos) baixo controlo
fitossanitário, sistemas de cultivos, (Mae, 2005).

2.3. Tutoramento na Cultura de Tomate (Lycopersicon esculentum Miller)


Uma das formas de melhoria da qualidade e aparência do tomate produzido é a adopção de técnicas
adequadas de manejo da cultura. As principais formas de maneio empregadas na cultura do
tomateiro são: tipos de tutoramento, forma de condução e espaçamento. O tipo de tutoramento
utilizado, pode alterar a distribuição da radiação solar e a ventilação em torno das plantas
(Andriolo, 1999), influenciando a humidade relactiva a concentração de gás carbônico atmosférico
entre e dentro das fileiras (Geisenberg e Stewart, 1986).

O tipo de tutoramento também pode influenciar na maior eficiência de controlo de pragas (Picanço
et al., 1998) e doenças (Boff et al., 1992). O tutoramento mais frequentemente utilizado pelos
agricultores Moçambicanos em particular agricultores de Mocuba são o método tradicional ou “V”
invertido. Olhando para as disvatengens nesse tutoramento ocorre a formação de uma câmara
húmida e aquecida sob o “V” invertido, sendo esta, cria um ambiente favorável ao
desenvolvimento de fungos, que ainda ficam livres da acção dos agrotóxicos que são aplicados na
parte externa das plantas, (SDAE, 2014).

Tentando solucionar este problema, propôs-se o tutoramento triangular. Este sistema teoricamente
reúne as vantagens do método tradicional (estabilidade e não dependência de mãode-obra
especializada) e evita a formação da câmara húmida e aquecida sob o “V” invertido. Outro método
utilizado na cultura do tomateiro é o tutoramento vertical, que permite melhorar a distribuição da
radiação solar e a ventilação, reduzindo o período de em que-se molha a área foliar e, por
conseguinte, a severidade das doenças, (Zambolim et al., 1989).
20

Outras vantagens a presentadas por este método são a redução da mão-de-obra. E também o facto
de que o custo de fitilho por hectare é mais barato do que o de bambu. A maioria dos métodos de
tutoramento tradicionalmente adoptados pelos agricultores usa o bambu como tutor. O bambu,
além de ser um material cada vez mais escasso, acaba sendo um vector de patógeno, devido a sua
reutilização nos ciclos subsequente cultural, podendo carregar nematóides, esporos de fungos,
bactérias além de alguns insectos. De acordo com, (Lopes e Stripari, 1998). É uma alternativa ao
bambu e a condução no sistema vertical usando fitilhos de polietileno.

Este método consiste em tutorar as plantas, enrolando-as a um arame horizontal sustentando por
dois mourões de 0.15 m a 0.20 m de diâmetro e 2.30 m de comprimento enterrado no solo, na
profundidade de 0.40 m, a intervalo de 4.00 a 5.00 m, ao longo da linha de plantio (Silva et al.,
2003). Com isso, evita a inoculação de patógeno na área uma vez que a cada ciclo cultural são
utilizados fitilhos novos.

2.4. Descrição do Efeito da Cobertura Morta


Em Moçambique, a cobertura morta orgânica é formada por diversos tipos de material vegetal que
se colocam sobre o solo para manter a humidade e melhorar as condições do mesmo, é uma das
melhores prácticas que dá bons rendimentos no tomateiro. Diferentes substratos não contaminados
(serragem, papel, cinza de madeira, casca e cavacos, capim seco, entre outros restos vegetais) são
usados como cobertura morta orgânica que contém carbono orgânico, eles podem dar diferentes
efeitos sobre a cultura de tomate, (Stratton & Richcilgl, 1988).

A serragem de madeira é considerada como o produto de madeira mais utilizado como cobertura,
proporciona um aumento na produção de frutos e de raízes, (Patten, 1988 citado por Stratton &
Richcilgl, 1988). Quando algumas culturas são plantadas imediatamente após a incorporação de
serragem, deve-se fazer a adição de N, devido o N disponível no solo se tornar imóvel (Stratton et
al., 1998). Inclusive produtos de madeira que possuem alta relação C:N, através de sua
decomposição podem induzir a exaustão de N disponível no solo para N imóvel (Streck, 1996
citado por Stratton & Richcilgl, 1988). A casca de árvore é muito utilizada como cobertura e um
de seus efeitos é a retenção de humidade, além da melhora na infiltração de água (Sponer, 1970).
A casca tem efeitos nematicidas, seja pela liberação de produtos químicos ou por intermédio da
umidade do solo.Oliveira (1993); Diez et al., (1995), citados por Stratton & Richcilgl (1998),
21

dizem que a cinza de madeira não pode ser considerada como adubo orgânico, pois não aumenta,
diretamente, a quantidade de matéria orgânica no solo, mas ela pode fornecer Ca, K e Mg.

2.3.1. Efeito da cobertura morta nas propriedades físicas do solo


A cobertura proporciona efeitos na infiltração e retenção de água, estabilização de temperaturas,
controle de erosão (Housbeck et al., 1996; Stratton & Richcilgl, 1988; Galindo et al, 1983; Jones
et al, 1974;).

Alguns efeitos proporcionados pela cobertura na estrutura do solo parecem ser devido a
decomposição da cobertura. Segundo Pinamonti (1998) relatou que a chegada de nutrientes na
planta é mais influenciada pelas condições físicas do solo, do que pela disponibilidade de nutriente
no solo.

2.3.2. Efeito da cobertura morta na erosão do solo


O principal factor que permite a redução da erosão é a protecção contra os impactos causados pelas
gotas de água (chuva ou irrigação) na superfície do solo. A cobertura morta reduz a velocidade de
escoamento superficial da água (runoff) (Housbeck et al.,; Galindo et al., 1984; Manrique, 1995).

Manrique (1995), demonstrou que a melhor protecção contra erosão foi quando se utilizou
cobertura com grama e casca de arroz. Cobertura com palha de trigo a uma altura de 5 cm reduziu
o escoamento superficial “runoff” em 43% e a perda de N reduziu de 230 kg/ha sem cobertura para
33 kg/ha com cobertura e de P de 215 kg/ha sem cobertura para 18 kg/ha com cobertura (Shock et
al., 1997).

2.3.3. Efeito da cobertura morta na humidade e temperatura do solo


A cobertura morta aumenta a humidade que propicia à decorrência da diminuição da evaporação
de água da superfície do solo e do aumento da quantidade de água infiltrada. Solos com cobertura
morta conservam mais humidade no período de seca, e entre chuvas do que solos descobertos
(Stratton & Richcilgl, 1988).

Alguns problemas de excesso de humidade podem ocorrer com cobertura, principalmente em solos
de péssima drenagem, o que pode causar anaerobiose e perda de N (Sterck et al., 1998; Stratton &
Richcilgl, 1988). Em áreas com altos índices pluviométricos, camada grossa de cobertura pode
levar ao desenvolvimento de condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento de doença
(Manrique, 1995). Além disso, solos com alta humidade podem ser condutivos para determinados
22

patógenos como, Phytophthora cactorium em macieira (Malus sieversii), onde o controlo da


humidade é um factor importante para o controlo de doenças incitadas por esse patógenos (Utkhede
& Smith, 1996).

A temperatura do solo é afetada pela cobertura principalmente em regiões quentes onde o seu uso
resulta em solos com temperaturas mais amenas, inclusive reduz a flutuação da temperatura do
solo.

O desenvolvimento de doenças causadas por Rhizoctonia solani esta muitas vezes associada com
baixas temperaturas do solo (Haji et al, 2005). Para Stratton & Richcilgl (1998) descreve que
alguns autores demonstraram que a melhoria da temperatura favorece o aumento na quantidade de
raízes.

2.3.4. Efeitos da cobertura morta nas propriedades químicas do solo


O excesso da cobertura morta pode afeitar as propriedades químicas do solo mediante a inibição
da troca de gases, retenção humidade e influência de ácidos orgânicos produzidos pela
decomposição da cobertura, constitui nutrientes para as plantas (Le et al., 1987).

2.3.5. Efeitos da cobertura morta na aeração do solo


A dedução de oxigênio para as raízes estimula o desenvolvimento de doenças nas plantas e também
a desnitrificação pode ocorrer em solos com cobertura. A respiração do solo pode depender
principalmente da quantidade e da viabilidade de K e N presentes no substrato e no solo (Croteau
& Zibilske, 1998). Conforme esses mesmos autores o solo tratado com resíduo de fábrica de papel
tem um aumento na concentração de CO2 e na imobilização de nitrogênio.

Todos estes efeitos são dependentes das condições do local em questão, do clima, das propriedades
físicas do solo e do tipo de cobertura.

2.3.6. Efeitos da cobertura morta na fertilidade do solo, nutrição das plantas e na


produção.
É sabido que o pH do solo influencia na disponibilidade de vários nutrientes para as plantas, e
como a cobertura afeta o pH do solo, consequentemente afeta a disponibilidade de nutriente, um
exemplo é a utilização de restos de árvores como cobertura para aumentar a disponibilidade de
Mn, outro já relativo ao aumento de nutriente, ocorre com cobertura de macadamia (Macadamia
integrifólia), a qual proporciona um aumento no teor de K, Ca e P no solo. Nos trópicos a cobertura
23

contribui muito para aumentar N, P e K no solo, porém a cobertura deve ser reposta com mais
frequência, devido a sua rápida decomposição (Stratton & Rechcigl, 1998). Outros autores relatam
que a cobertura do solo além de aumentar o teor de matéria orgânica no solo, aumenta a
disponibilidade de P e K trocável (Pinamonti, 1998) e o teor de C orgânico e Mg (Cadavid et al.,
1998).

Tilander & Bonzi (1997), relatam um aumento na produção de sorgo (Sorghum vulgare Pers) com
o uso de cobertura de folhas de neem (Azadirachta indica) e folhas de neem + composto, assim
bem como uma significativa influência na conservação de água no solo e redução na temperatura.
A utilização de polietileno como cobertura em melancia, (Citrullus lanatus) proporcionou um
aumento na produção, que foi devido a melhoria da disponibilidade e chegada de N (Backer &
Earhart, 1998)

De acordo com Blevins & Thomas (1997) e Borraz et al., (1991), citados por (Stratton & Rechcigl,
1998), relataram uma maior produção em áreas de plantio direto do que em áreas de plantio
convencional e esse aumento foi atribuído ao aumento na infiltração de água e decréscimo na
evaporação.

A cobertura favorece a nutrição de plantas devido a mesma proporcionar um aumento na produção


de raízes e inclusive pelos radiculares (Stratton & Rechcigl, 1998). A utilização de grama (Zoysia
japonica) como cobertura na cultura da mandioca proporcionou um aumento na produção de raízes
e biomassa e uma redução de HCN na raiz (Cadavid et al., 1998).

2.3.7. Efeitos da cobertura morta no controlo de infestantes.


Segundo Stratton & Rechcigl (1998) para alguns autores a cobertura morta muitas vezes é mais
eficiente do que herbicidas e que a cobertura inorgânica (plástico preto) é mais eficiente no
controlo de plantas infestantes do que cobertura orgânica. Para Manrique (1995) a eficiência no
controlo das plantas infestantes, depende do material que esta sendo utilizado como cobertura.

2.3.8. Efeitos da cobertura sobre os organismos do solo


A cobertura morta exerce grandes efeitos sobre a microflora e microfauna habitantes do solo. O
tipo de material utilizado para cobertura tem efeito significativo sobre o decréscimo ou aumento
de incidência ou severidade de doenças em plantas (Stratton & Rechcigl, 1998).
24

A utilização de cobertura e o pH do solo tem influência sobre a microflora antagonista a R. solani


como, Aphelenchus avenae e Falsomia fimetria no patossistema R. solani X batata (Bowen,et al,
1995).

2.3.9. Efeitos da má aplicação da cobertura morta.


A má aplicação de cobertura pode trazer efeitos negativos, tanto para a planta quanto para o solo
e esses efeitos podem afeitar direta ou indiretamente na produção (Cadavid et al., 1998).
25

III. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Análise de variância


Os pressupostos de análise de variância foram satisfeitos (Anexo w). Os resultados da
análise de variância mostram que houve diferenças estatisticamente significativas, para todos os
parâmetros analisados (tabela 2).

Tabela 2: Resumo da análise da variância dos parâmetros em estudo

FV GL NF LF CF NFP PF REND

Bloco 3 1.66 4.14 3.63 192.4 27.27 1.92

Trat. 3 12.17* 48.67* 48.67* 3932.5* 242.63* 39.33*

Erro 9 2.72 2.38 2.38 40.28 15.03 0.40

Média ___ 14.0 13.74 21.40 114.54 24.23 11.45


geral

CV (%) ___ 11.79 12.03 7.22 5.51 15.99 5.54

* Significativo a 5% de probabilidade; Fv – Fonte de variação; Gl – Grau de liberdade; QM – Quadrado


médio.

3.2. Número de folhas


O uso de cobertura do solo influenciou significativamente o número médio de folhas por
planta (Gráfico 1). Assim, as maiores médias foram observados quando se aplicou a cobertura de
serradura, com uma média de 15 folhas, respectivamente. No entanto, as médias mais baixas foi
observado no tratamento sem cobertura, com uma média de 11 folhas, não diferindo
significativamente da cobertura com casca de feijao boer. Estes resultados podem ser, pelo menos
em parte, devido ao maior regulação da temperatura providenciada pelas coberturas com
serradura. No entanto, o uso da cobertura do solo com casca de feijão bóer até certo ponto pode
ter criado um micro-clima não favoravél para as plantas submetidas a este tratamento.
26

16 A A

14 AB

B
12

10
Nº de folhas

0
Sem cobertura PVC
Casca de Casca de arroz Serradura
Serradura
F.Boer

Grafico 1: : Influência do uso de cobertura do solo no número de folhas por planta.


Médias seguidas por letras
diferentes, diferem significativamente (p <0.05) pelo teste de Tukey. CV=11.79%.

Resultados similares foram encontrados por Zizaset al., (2002), estudando a interacção de
cultivares e cobertura do solo na produção e qualidade de Tomate, observaram que a cobertura do
solo com plasticos provocaram aumento consideravel da temperatura do solo, quando comparado
com as restantes cobertura. Resultados contraditórios foram obtidos por Neto et al. (2014),
estudando o desempenho agronómico da Tomate em diferentes quantidades e tempos de
decomposição de jitirana verde, observou que a cobertura não influencia no número de folhas.
Porém, diferenças no material usado para cobertura do solo na presente pesquisa pode ser a
provavel justificativa para estas diferenças encontradas nos estudos em questão.
Peixoto et al. (2013), ao avaliar a produtividade de Tomate com doses de estercos de aves
e bovinos constatou que a maior produção de números de folha por planta foram observadas nas
parcelas onde foram aplicadas esterco de aves semelhantes aos obtidos com fertilizantes minerais
e seguido do esterco bovino. Por sua vez, Oliveira et al. (2008), sustenta que as hortícolas folhosas
respondem muito bem à adubação orgânica e a utilização de adubos minerais promove uma
redução na actividade biológica do solo podendo afectar o desempenho produtivo das culturas.
27

3.3. Comprimento das Folhas


No Gráfico 2 é apresentada a influência do uso de diferentes coberturas do solo sobre o
comprimento das folhas. Na mesma pode-se constatar que as maiores médias foram observadas
quando se aplicou a cobertura de serradura, com 24.43cm, respectivamente. No entanto, a menor
média de comprimento das folhas foi observado no tratamento sem cobertura, com uma média de
17.25 cm. Porém, esta não diferiu significativamente da cobertura com casca de feijão bóer (19.80
cm). Estes resultados podem ser, pelo menos em parte, devido ao maior regulação da temperatura
providenciada pelas coberturas com serradura, que garantiu um maior expansão foliar.

Grafico 2: Influência do uso de cobertura do solo no comprimento da folha por planta

Médias seguidas por letras diferentes, diferem significativamente (p <0.05) pelo teste de Tukey.
CV=7.22%.

Resultados similares foram obtidos por Muller (1991) no seu estudo sobre comportamento
térmico do solo e do ar em Tomate (Lactuca sativa L.) para diferentes tipos de cobertura do solo,
em que a cobertura com plastico foi a que apresentou menor comprimento de folhas quando
comparado com as restantes coberturas. Provavelmente o plástico tenha contribuído para aumentar
a temperatura do solo a níveis que afectou o metabolismo da planta, interferindo desta forma no
seu crescimento e desenvolvimento. Segundo Goto (1998), o uso de cobertura com plástico em
28

Tomate depende da região e a época de cultivo, e o aumento na temperatura do solo pode afectar
o desenvolvimento de raízes, e, por conseguinte, absorção dos nutrientes impactando no
crescimento e desenvolmento da planta.

3.4. Largura das Folhas


O resultado da influência do uso de diferentes coberturas de solo sobre a largura das folhas
é apresentado no Gráfico 3. Na mesma pode-se constatar que as maiores médias foram observadas
quando se aplicou a cobertura de serradura, com 16.25cm, respetivamente. No entanto, a menor
média de comprimento das folhas foi observado no tratamento sem cobertura, com uma média de
11.00 cm. Porém, esta não diferiu significativamente da cobertura com casca de feijão bóer (12.07
cm). Estes resultados podem ser, pelo menos em parte, devido ao maior regulação da temperatura
providenciada pelas coberturas com serradura, que garantiu um maior expansão foliar.

De acordo com Souza e Resende (2003), o esterco de aves normalmente apresenta maiores
teores de nitrogénio e de fósforo do que o esterco bovino além disso, o esterco de aves é mais
pobre em celulose e possui menor relação C/N do que o esterco bovino, o que leva a uma
decomposição mais rápida. A diferença no tempo de decomposição dos estercos influência na
disponibilidade de nutrientes no solo consequentemente na planta, assim, o esterco de galinha
favoreceu o desenvolvimento das folhas tendo em conta que a Tomate é uma cultura de ciclo curto
(Souto, 2005). Não obstante, a maior largura das folhas observada neste estudo, não diferiu tanto
à largura obtida por Mota et al. (2003), usando esterco de galinha na Tomate americana cultivar
Legacy, que obtiveram uma largura média das folhas de 14,3 cm/planta.
29

20

AB A

15
Largura da folha (cm)

BC
C
10

0
Sem cobertura Casca
PVCde Casca de arroz
Serradura Serradura
Bóer

Gráfico 3: Influência do uso de cobertura do solo na largura de folhas por planta. Médias seguidas por
letras diferentes, diferem significativamente (p <0.05) pelo teste de Tukey. CV=12.03%. 3.5. Peso dos
Frutos (kg)

O resultado da influencia do uso de diferentes cobertura de solo sobre o peso de frutos é


apresentado na figura 4. Na mesma pode-se constatar que as maiores médias foram observadas
quando se aplicou a cobertura de serradura, com 138.9 g, respectivamente. No entanto, a menor
média de peso de frutos foi observado no cobertura com casca de feijão bóer com uma média de
82.00 g . Porém, esta não diferiu significativamente do tratamento sem cobertura (93.50 g). Estes
resultados podem ser, pelo menos em parte, devido ao maior regulação da temperatura
providenciada pelas coberturas com serradura, que garantiu um maior expansão foliar e maior
acumulo da biomassa.
30

Gráfico 4: : Influência do uso de cobertura do solo na massa fresca da parte aérea (g) por planta. Médias
seguidas por letras diferentes, diferem significativamente (p <0.05) pelo teste de Tukey. CV=5.54%.

As temperaturas elevadas constituem um dos potenciais limitantes de melhores


rendimentos nesta cultura, para além de outros limitantes como a tecnologia empregue, o
ambiente, cultivar entre outros (Grangeiroet al., 2006).

Resultado semelhante foi obtido por Andrade et al, (2005), estudando o uso de diferentes
cobertura no cultivo de Tomate, verificaram que a cobertura morta com casca de arroz resultou
na produção de plantas com maior peso, em relação ao solo sem cobertura. Provavelmente o
maior peso que se destacou na cobertura com casca de arroz deve-se ao facto desta cobertura
condicionar temperatura e humidade óptima em relação as outras coberturas contribuindo assim
para o aumento do peso que os outros tratamentos.
Casca de Serradura
Bóer
31

Pereira et al., (2000), no seu estudo sobre o efeito da cobertura do solo na produtividade
da Tomate, tiveram resultados diferente a este estudo, ao constataram que o plástico preto
proporcionou maior peso da cabeça. Essa diferença pode ser atribuída a ausência da competição
da Tomate com as plantas invasoras que, e ter conduzido o seu estudo na época fresca.

3.6. Numero de Frutos por Planta


O resultado da influencia do uso de diferentes cobertura de solo sobre o numero de frutos
por planta é apresentado na figura 5. Na mesma pode-se constatar que as maiores médias foram
observados quando se aplicou a serradura, com e 26.5, respectivamente. No entanto, a menor
média de números de frutos por plantas foi observado no cobertura com casca de feijão bóer, com
uma média de 15.47 . Porém, esta não diferiu significativamente do tratamento sem cobertura
(21.25).. Estes resultados podem ser, pelo menos em parte, devido ao maior regulação da
temperatura providenciada pela cobertura com serradura, que garantiu um maior expansão foliar
e maior acumulo de biomassa.

50
aérea (g)

40
por Planta

A
da parte

30
AB
de Frutos

BC
Seca

20
C
Numero
Massa

10

0
Sem cobertura PVC
Casca de F. Casca de arroz Serradura
Serradura
bóer

Médias seguidas por


Grafico 5: : Influência do uso de cobertura do solo na massa seca da parte aérea (g) por planta.
letras diferentes, diferem significativamente (p <0.05) pelo teste de Tukey. CV=15.99%.
32

Caronet al. (2004), encontraram valores de peso seco da Tomate baixos aos observados neste
estudo, e que variaram entre 4,24-14g e 5,31-10,03 g/planta de Tomate no Inverno e Primavera,
respectivamente. Dum lado, pode se apontar que a diferença advém do ambiente em que foram
realizados os ensaios, mas também a questão da utilização do adubo pelas plantas é um grande e
importante factor da diferença dos resultados.

Segundo Filgueira (2005), experimentalmente se comprova que há um aumento na


intensidade luminosa corresponde uma elevação na atividade fotossintética, dentro de certos
limites, resultando em maior produção de matéria seca nas plantas, mas o excesso de luz reduz a
fotossíntese líquida, degrada pigmentos: Clorofila e Beta-caroteno (LARCHER, 2004).

3.7. Rendimento
O resultado da influência do uso de diferentes coberturas de solo sobre rendimento médio
da cultura de Tomate em ton.ha-1é apresentado na figura 6. Na mesma pode-se constatar que as
maiores médias foram observadas quando se aplicou a cobertura de serradura, com 13.92 ton.ha-1,
respectivamente. No entanto, o rendimento mais baixo foi observado quando se aplicou casca de
feijão bóer como cobertura, com uma média de 8.2 ton.ha-1. Porém, esta não diferiu
significativamente do tratamento sem cobertura (9.35 ton.ha-1). Estes resultados podem ser, pelo
menos em parte, devido ao maior regulação da temperatura providenciada pelas coberturas com
serradura, influenciando positivamente o metabolismo da planta, garantindo maior crescimento e
desenvolvimento da planta e consequentemente maior rendimento médio.
Resultados similares foram encontrados por Chaves et al. (2003), no seu estudo sobre o
Rendimento de Tomate em função da cobertura do solo e frequência de irrigação, os quais
relataram o efeito do plástico em aumentar a temperatura do solo a níveis de afectar o metabolismo
da planta, interferindo no seu crescimento e desenvolvimento. Já Neto et al., (2002), estudando a
influência de diferentes coberturas do solo sobre o desenvolvimento da cultura da Tomate, obteve
melhores resultados com cobertura de palha de arroz em relação ao uso de plástico. Neto et al.
(2014) e Resende et al. (2005), afirmam que o uso desses materiais, como a casca de arroz e
serradura, favorece a brotação e o crescimento das plantas por não imobilizar quantidades
significativas de nitrogénio devido sua lenta decomposição, além de melhorar as condições de
humidade e de temperatura do solo para as plantas, minimizando assim os efeitos causados pelas
altas temperaturas, aumentando, consequentemente, a produção.
33

20

15 A
A
Rendimento (ton/ha)

10 B
B

0
Sem cobertura PVCde
Casca Casca de arroz Serradura
Serradura
Bóer

Médias seguidas por letras


Figura 6: : Influência do uso de cobertura do solo no rendimento médio ( ton/ha).
diferentes, diferem significativamente (p <0.05) pelo teste de Tukey. CV=5.54%.

Os valores de rendimentos médios encontrados neste ensaio diferem dos encontrados por
Silva et al. (2000) quando avaliavam a produção de Tomate sob diferentes sistemas de cultivo,
onde encontraram valores médios de 18 ton/ha e 24,35ton/ha, mínimos e máximos,
respectivamente, que são superiores aos encontrados no presente estudo. Branco et al., (2010),
estudando o cultivo orgânico sequencial de hortaliças com dois sistemas de irrigação e duas
coberturas de solo constataram que o uso de plástico resultou em maiores produtividades em
relação ao uso de cobertura morta do solo, onde concluíram que, independente do tipo de cobertura
morta, esta é eficaz no controle de plantas esponneas resultando em maior produtividade da cultura
devido à menor competição por água, nutrientes e luz.
34

IV. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

4.1. Conclusões
Com base os resultados observados no presente estudo, conclui-se que:

A 5% e 1% de nível de significância o de cobertura morta, e de espaçamento nos canteiros e a sua


interacção, não tem uma diferença significativa em todos os seus tratamentos pelo teste F,
apresentou maior Numero de Folhas foi o tratamento a base de Serradura (com media de 15 F/P).

O Comprimento das folhas varia em função da cobertura morta a 5% de nível de significância pelo
teste de Fisher, e com o teste de DMS, os diferentes níveis de cobertura dentro dos canteiros
mostraram diferenças significativas, com uma diferença media superior para serradura com de
24,43cm.

Numero de Frutos maiores médias foram observados quando se aplicou a serradura, com e 26.5 g,
respectivamente. No entanto, a menor média de números de frutos por plantas foi observado no
cobertura com casca de feijão bóer, com uma média de 15.47 g .

Peso dos Frutos as maiores médias foram observadas quando se aplicou a cobertura de serradura,
com 138.9 g, respectivamente. No entanto, a menor média de peso de frutos foi observado no
cobertura com casca de feijão bóer com uma média de 82.00 g

Para Largura de folhas a maior media foi de serradura com 15.625ab seguido de casca de feijao
boer com uma media de 12.075bc e a menor foi no tratamento control com 11c

Rendimento maiores rendimentos for a =m encontrados nos tratamentos Serradura e Controlo com
medias 14.375 e 9.350, a menor foi na Serradura com uma media 8.200

4.2. Recomendações
Aos agricultores:

Recomenda-se o uso das coberturas do solo com base na Cerradura porque de acordo com o estudo
proporcionou melhores rendimentos.

Aos investigadores:
35

Recomenda-se que repitam a mesma pesquisa em diferentes regiões e épocas para avaliar o seu
efeito, assim como divulgação dos resultados, pois existe pouca informação disponível referente
ao uso de cobertura morta na base de casca de feijão bóer e Cerradura.
36

4.3. Referência Bibliográfica

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43

ANEXOS
xi

ANEXOS

Anexo1: Orçamento

Item Quantidade Unidade P/U (MT) Valor (MT)

Sementes 4 Pacotes G 90,00 360,00

NPK 2 Kg 40,00 80,00

Regadores 2 Un 300,00 600,00

Enxadas 2 u.n 120,00 240,00

Ancinhos 2 u.n 250,00 500,00

Insecticida (Cipemetrina) 0.5 L 250,00 250,00

Corda 60 Metros 15,00 900,00

Pulverizador 1 Litros 1350,00 1350,00

Galochas 2 u.n 250,00 500,00

Calculadora 1 u.n 500,00 500,00

Fungicida (Macozeb) 1 L 250,00 250,00

Sub total 5530,00

Outros custos (17%) 940,10

Total 6 470.10

Fonte: Autota, 2022


xii

Anexo 2: Layout do Ensaio

Fonte: Autota, 2022


xiii

Anexo 1: Teste de normalidade de Shapiro-Wilk


Shapiro-Wilk Normality Test

Variable N W P

NF 16 0.9754 0.9172

CF 16 0.9683 0.8111

LF 16 0.9752 0.9146

MF 16 0.8889 0.0535

MS 16 0.9717 0.8648

Rend 16 0.8889 0.0535

Anexo 2: ANOVA para Número de Folhas


Randomized Complete Block AOV Table for NF

Source DF SS MS F P

bloco 3 5.0000 1.6667

Trat 3 36.5000 12.1667 4.47 0.0349

Error 9 24.5000 2.7222

Total 15 66.0000

Grand Mean 14.000

CV 11.79

Tukey's 1 Degree of Freedom Test for Nonadditivity

Source DF SS MS F P

Nonadditivity 1 3.2890 3.28904 1.24 0.2977

Remainder 8 21.2110 2.65137


xiv

Relative Efficiency, RCB 0.89

Means of NF for Trat

Trat Mean

1 11.750

2 13.500

3 15.500

Observations per Mean 4

Standard Error of a Mean 0.8250

Std Error (Diff of 2 Means) 1.1667

Anexo 3: ANOVA para comprimento de folha

Randomized Complete Block AOV Table for CF

Source DF SS MS F P

bloco 3 10.902 3.6340

Trat 3 145.982 48.6606 20.36 0.0002

Error 9 21.506 2.3895

Total 15 178.389

Grand Mean 21.406

CV 7.22

Tukey's 1 Degree of Freedom Test for Nonadditivity

Source DF SS MS F P

Nonadditivity 1 0.0057 0.00568 0.00 0.9645

Remainder 8 21.4999 2.68749


xv

Relative Efficiency, RCB 1.06

Means of CF for Trat

Trat Mean

1 17.250

2 19.800

3 24.150

Observations per Mean 4

Standard Error of a Mean 0.7729

Std Error (Diff of 2 Means) 1.0930

Anexo 4: ANOVA para Largura das folhas

Randomized Complete Block AOV Table for LF

Source DF SS MS F P

bloco 3 12.433 4.1442

Trat 3 80.532 26.8442 9.83 0.0034

Error 9 24.573 2.7303

Total 15 117.537

Grand Mean 13.738

CV 12.03

Tukey's 1 Degree of Freedom Test for Nonadditivity


xvi

Source DF SS MS F P

Nonadditivity 1 3.4490 3.44898 1.31 0.2861

Remainder 8 21.1235 2.64044

Relative Efficiency, RCB 1.06

Means of LF for Trat

Trat Mean

1 11.000

2 12.075

3 15.625

Observations per Mean 4

Standard Error of a Mean 0.8262

Std Error (Diff of 2 Means) 1.1684

Anexo 5: ANOVA para rendimento

Randomized Complete Block AOV Table for Rend

Source DF SS MS F P

bloco 3 5.771 1.9236

Trat 3 117.975 39.3251 97.63 0.0000

Error 9 3.625 0.4028

Total 15 127.372

Grand Mean 11.454

CV 5.54
xvii

Tukey's 1 Degree of Freedom Test for Nonadditivity

Source DF SS MS F P

Nonadditivity 1 0.02370 0.02370 0.05 0.8243

Remainder 8 3.60156 0.45019

Relative Efficiency, RCB 1.69

Means of Rend for Trat

Trat Mean

1 9.350

2 8.200

3 14.375

Observations per Mean 4

Standard Error of a Mean 0.3173

Std Error (Diff of 2 Means) 0.4488

Anexo 6: Teste de comparação para Número de folhas

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of NF for Trat

Trat Mean Homogeneous Groups

3 15.500 A

2 13.500 AB

1 11.750 B

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 1.1667

Critical Q Value 4.418 Critical Value for Comparison 3.6447

There are 2 groups (A and B) in which the means


xviii

are not significantly different from one another.

Anexo 7: Teste de comparação para comprimento de folha

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of CF for Trat

Trat Mean Homogeneous Groups

3 24.150 A

2 19.800 B

1 17.250 B

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 1.0930

Critical Q Value 4.418 Critical Value for Comparison 3.4147

There are 2 groups (A and B) in which the means

are not significantly different from one another.

Anexo 8: Teste de comparação para largura de folhas

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of LF for Trat

Trat Mean Homogeneous Groups

3 15.625 A

2 12.075 BC

1 11.000 C

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 1.1684

Critical Q Value 4.418 Critical Value for Comparison 3.6501

There are 3 groups (A, B, etc.) in which the means

are not significantly different from one another.


xix

Anexo 9: Teste de comparação para rendimento de folhas


Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of Rend for Trat

Trat Mean Homogeneous Groups

3 14.375 A

1 9.350 B

2 8.200 B

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 0.4488

Critical Q Value 4.418 Critical Value for Comparison 1.4020

There are 2 groups (A and B) in which the means

are not significantly different from one another.


xx

Anexo 10: Fotos do Ensaio

A B

C
D
xxi

E F

I
H
G
xxii

J
xxiii

Legenda:

A- Parcelas do ensaio

B- Ilustração das coberturas

C- Índice de Maturação Fisiológica

D- Colheita de Frutos

E- Ilustração das parcelas no estágio vegetativo

F- Plântulas em alfobres

G- Analise dos Frutos

H- Número de Frutos por Planta

I- Período medio de Floração

J- Ilustração do ensaio

K- Ilustração do ensaio depois da rega

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