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BIOCONSTRUÇÃO COM
TERRA CRUA
-Espaço Naturalmente-
www.espaconaturalmente.blogspot.com
Arquitetura também é cultura e a construção com terra é uma das mais antigas.
Há mais de 10.000 anos o homem já utilizava o barro para construir suas casas.
Terra é o material de construção mais abundante no planeta.
E trabalhar com a terra é muito simples, além de prazeroso.
BIOCONSTRUÇÃO:
Construção de ambientes sustentáveis por meio do uso de materiais de baixo impacto
ambiental ou impacto positivo, adequação da arquitetura ao clima local e tratamento de
resíduos (antes e depois da construção).
AMBIENTE SUSTENTÁVEL:
É o ambiente que satisfaz as necessidades presentes de
moradia, alimentação saudável e energia garantindo que as gerações
futuras tenham como satisfazer as mesmas necessidades.
Construção Civil:
- 1/4 da madeira extraída;
- 2/5 da energia consumida;
- 1/6 da água potável.
*Dados da cartilha “Soluções Sustentáveis – Construção Natural / Ecocentro IPEC 2007.
Princípios de Bioconstrução:
-Construção de baixo impacto ambiental ou impacto positivo;
-Observação do local em que se deseja construir;
-Isolamento nos lados mais ventosos e chuvosos (conservação de energia);
-Iluminação passiva / aberturas maiores para a face norte (face do sol);
-Habitações saudáveis (não tóxicas);
-Utilização de materiais locais;
-Autoconstrução e/ou mão de obra local;
-Mutirão – celebração - ajuda mútua;
-Tratamento adequado dos resíduos.
Curiosidades
- Construções com terra são mais suscetíveis às águas. Deve-se evitar que a água da chuva, por
exemplo, escorra pela parede. Isto pode ser evitado com telhados que tenham beirais de pelo
menos 80cm.
*Porém, uma parede com um bom reboco de terra estabilizada corretamente sofrerá pouco
com as intempéries.
- A terra ao secar sofre uma refração, que causa rachaduras. Com a evaporação da água
aparecem rachaduras.
Esta retração oscila entre 3 e 12% em técnicas com terra mais úmida, e de 0,2 a 0,4% em
técnicas com terra quase secas.
Posteriormente deve-se aplicar o reboco, que cobre estas rachaduras.
- Por ser natural, a terra não contamina o ambiente e economiza energia, utilizando apenas 1 a
5% da energia despendida em uma obra similar de concreto e tijolos cozidos.
Identificação da terra:
A terra é basicamente uma combinação de areia, argila, silte, pedras e matéria orgânica.
As camadas superficiais do solo contêm quantidades maiores de matéria orgânica e não são
apropriadas para construção.
Utilizamos o subsolo para construir.
Esterco- utiliza-se preferencialmente o esterco de vaca. No esterco fresco existe uma bactéria
que ajuda na fermentação, mas que não deixa entrar em processo de putrefação. Com o
processo de fermentação, ocorre um alinhamento das partículas de argila, que após a secagem
confere uma excelente resistência à abrasão. É considerado o cimento natural.
Testes de comportamento:
Queda de bola: analisa-se o aspecto do espalhamento das partículas em função do tipo de
terra. Toma-se um punhado de terra com umidade mínima para que se faça uma bola de 5 a 8
cm (não pode estar encharcada, plástica). Deixar a bola cair em uma superfície plana e lisa,
sem oferecer impulso, de uma altura de mais ou menos 1m.
Terras argilosas achatam, quase não apresentam fissuras, ou apenas algumas pequenas
nas laterais.
Terras arenosas espatifam e suas partículas se desprendem, ou seja, a bola desmancha.
*A direita: terra argilosa; a esquerda: terra arenosa; Neves et. al. (2005)
Retração Linear: numa fôrma alongada, de medidas similares a 40X5X5, colocar a amostra da
terra a ser analisada em estado úmido (umidade mínima para que haja coesão), comprimindo-
a para que se preencha bem a fôrma e para que fique homogeneamente distribuída. Aguardar
alguns dias, até que amostra seque completamente e observar: se houver retração
considerável e nenhuma rachadura, terra argilosa.
Se houver rachaduras, ou seja, se a amostra partir em um ou mais pontos, terra arenosa.
Teste de sedimentação:
Retira-se uma amostra do solo, coloca-se em um recipiente transparente e cilíndrico (pote de
vidro de + 500g), preenchendo 1/3 do mesmo com a amostra e completando os outros 2/3
com água. Misturar bem, sacudindo por aproximadamente 30 minutos. E depois se deixa
repousar até que a água esteja totalmente transparente. Com este teste é possível observar a
proporção de argila, areia e silte que compõe o solo. O mais pesado, a areia, é a primeira a
depositar, ou seja, as partículas maiores ficam na parte mais baixa. A argila, mais leve e menor,
fica um bom tempo em suspensão na água, é a última a depositar, e portanto, a camada de
cima.
Obs: para este teste ficar o mais próximo da composição real do solo, o recipiente com a
amostra deverá ser sacudido por no mínimo 30 minutos, caso contrário pode apresentar erros,
visto que as partículas menores (argila) podem ficar “grudadas” nas partículas maiores (areia)
e assim se obtém uma amostra que não condiz com a realidade.
Evitar colocar sal para sedimentar mais rápido.
Como fazer:
Itens: solo que queremos testar, areia, água, caderno de anotações, caneta, desempenadeira
ou colher de pedreiro e um recipiente (pode ser pequeno) para servir de medida.
Escolher uma parede (que não pegue chuva diretamente) para fazer o teste.
Antes de aplicar o barro na parede, com as misturas que queremos testar, devemos molhar a
parede, para melhor aderência.
Fazer diferentes proporções de solo + areia+ água (utilizando o recipiente medidor) e aplicar
em uma pequena parcela da parede, podendo ser em uma área de aproximadamente
20x20cm e espessura de + 1 a 2cm.
Aplicar com a desempenadeira ou colher de pedreiro.
*Evite colocar muita água. O ideal é que a mistura fique em ponto de massa de pão.
*Anote também a quantidade de água que vai à mistura, para depois poder reproduzir com
precisão.
Teste 1 Teste2
ENSAIOS:
Ao realizar ensaios com um solo para reconhecer de que tipo é, aplique o maior número de
testes possíveis para obter um resultado confiável.
Recolha amostras de solo de várias partes do terreno e, em cada parte, pegue várias amostras,
variando a profundidade.
Se tiver acesso fácil a laboratórios de resistência de materiais, aproveite e leve seu solo lá para
saber suas proporções exatas e para conhecer características como plasticidade, resistência à
compressão, entre outras.
Técnicas Construtivas
Observação importante:
Logo abaixo abordaremos as diferentes técnicas de construção natural, com suas respectivas
proporções de elementos de solo (areia e argila principalmente), porém o solo é muito
variável, e apresenta diferentes tipos de reações, dependendo da região e do tipo de solo, por
isso devem ser feitos testes preliminares antes de começar a obra, certo.
ADOBE:
Blocos de terra produzidos a mão através do preenchimento de fôrmas, usualmente de
madeira, que podem apresentar diversos tamanhos e formas.
Podem ser empregados em alvenarias estruturais, de fechamento e cúpulas.
O Adobe é uma técnica que se estendeu pelos climas secos, áridos, subtropicais e temperados
do planeta.
Existem relatos de construções utilizando essa técnica a mais de 7.000 anos.
Modo de fazer:
1) Preparar a cama com a massa que deverá repousar de 2 a 4 dias;
A composição do solo ideal para fazer adobes é de 20% Areia, 70% Argila, 10% esterco fresco e
o equivalente a 10% de serragem e de2 a 3 xícaras de baba de cactos por carrinho de mão.
2) Ao final do período de cura, misturar a massa com os pés, adicionando a quantidade de
água necessária, até alcançar o ponto ótimo.
3) Após molhar e “untar” as fôrmas com areia, preenchê-las com massa, retirar os excessos e
desmoldar;
4) Após a desmoldagem, os blocos devem ser secos preferencialmente à sombra. Virar os
adobes alguns dias após o seu preparo para continuar a secagem do outro lado. Ao completar
duas semanas, pode-se empilhá-los, porém deixando espaços entre cada tijolo para que o
processo de secagem continue. Com três semanas pode-se concluir o processo de secagem
deixando-os secar ao sol por mais uma semana. Este tempo de secagem varia muito de acordo
com a época do ano e o clima local.
5) Os adobes devem ser assentados com a mesma massa utilizada para fabricá-los, podendo
assentar no máximo 1 m de altura por dia.
Muito tradicional no Brasil, a taipa de mão pode ser encontrada também por toda a América
Latina, na África e nos países centrais e ao norte da Europa.
Existem vestígios que comprovam sua aplicação antes da taipa de pilão e do adobe.
Modo de fazer:
1) Preparar a cama com a massa;
Composição do solo para a massa de taipa de mão: Predominantemente arenosa (por volta de
60%), com argila entre 10 e 15% do volume total.
O traço da massa é: para cada parte de terra, ¼ desta parte de esterco;
2) Ao final do período de cura, adicionar um volume de fibra vegetal equivalente ao volume de
terra (1:1), acrescentar a quantidade de água necessária e misturar a massa com os pés até
alcançar o ponto ótimo.
3) Aplicar a massa em uma trama de vãos entre 10 e 15 cm. O preenchimento deve atingir 2
cm de espessura além da trama.
4) Proteger a parede da incidência direta do sol para que a secagem seja lenta, pois minimiza a
retração e o aparecimento de fissuras.
Esta técnica é considerada como a mais primitiva, pois não requer nenhuma ferramenta.
Inicialmente utilizadas na África e na Ásia, foi posteriormente incorporada na Inglaterra (Cob) e
na França (Bauge), nos séculos XV a XIX.
Modo de fazer:
1) Preparar a cama com a massa;
Composição do solo para a massa: Predominantemente arenosa (por volta de 60%), com argila
entre 10 e 15% do volume total.
O traço da massa é: para cada parte de terra, ¼ desta parte de esterco;
2) Adicionar um volume de fibra vegetal equivalente ao volume de terra (1:1), acrescentar a
quantidade de água necessária e misturar a massa com os pés até alcançar o ponto ótimo.
3) Aplicar a massa em bolas ou diretamente sobre a base impermeável até alcançar a altura ou
forma desejada, com a possibilidade de regularizar a superfície ao final. A massa deve ser
empilhada no máximo 80 cm por dia.
4) Proteger a parede da incidência direta do sol para que a secagem seja lenta, pois minimiza a
retração e o aparecimento de fissuras.
TAIPA DE PILÃO:
Esta técnica consiste em prensar ou comprimir camadas de terra quase seca dentro de formas,
geralmente feitas com madeiras (a forma deve ser reforçada).
Pode ser empregada em paredes estruturais e de fechamento.
Encontrado em todos os continentes, seu registro mais antigo pode ser encontrado na Assíria,
datada de 5000 anos a.C.. A obra mais significativa com o uso desta técnica é a Muralha da
China, construída no ano 220 a.C..
Modo de fazer:
1) Montar os taipais (fôrmas) cuidando para que os mesmos estejam bem fixos e estáveis.
2) Preparar a massa com terra peneirada podendo a mesma ser estabilizada com cimento ou
cal.
O solo ideal para esta técnica é com 35% de areia e o restante de argila.
Umedecer ligeiramente a massa até que se atinja um mínimo de coesão entre as partículas da
terra.
3) Colocar a massa dentro dos taipais, em camadas de 10 a 15cm no máximo, de cada vez.
Apiloar até que a massa não se deforme mais com os golpes.
Serão atingidas fiadas de 50 a 80 cm, dependendo do tamanho da fôrma.
4) Ao final de cada fiada, desmontar a fôrma com cuidado para não danificar a parede.
Remontar os taipais logo acima para dar seqüência à construção.
*O volume da terra reduz em 40% na compressão.
A taipa ensacada ganhou popularidade quando, na década de oitenta, rendeu a Nader Khalili
(1936 – 2008) o prêmio em um concurso oferecido pela NASA, que consistia em desenvolver
uma técnica de construção que fosse viável para a construção de uma base na lua.
Modo de fazer:
1) A taipa ensacada não exige mistura específica de areia/argila sendo adaptável até mesmo a
regiões com solo extremamente arenoso. Portanto a massa pode ser proveniente de qualquer
solo, bastando umedecê-la ligeiramente até que se atinja um mínimo de coesão entre as
partículas da terra.
Porém o ideal é utilizar um solo com 20 a 30% de areia.
Dependendo da função desejada deve-se adicionar cimento à massa na proporção de 1:10.
2) Cortar um pedaço do saco de polipropileno no comprimento desejado e preenchê-lo com
terra.
Assim vão sendo formadas as “fiadas” que devem ser apiloadas e cobertas por outra fiada,
sucessivamente, até a parede ser completamente erguida.
3) Deve-se aplicar arame farpado a cada 3 fiadas para conter um possível deslocamento.
PNEU
Nesta técnica utilizam-se pneus como se fossem grandes tijolos. Cada pneu é preenchido com
solo, preferencialmente com terra argilosa levemente umedecida, e vai sendo socado com
marretas de borracha ou socador. À medida que a parede vai subindo, devemos ir costurando
como se faz com os tijolos convencionais.
Coloca-se arame farpado entre algumas fiadas de pneus, com a função de fazer um melhor
travamento.
Também pode ser utilizado apenas na fundação, com excelentes resultados e baixo custo.
Michael Reynolds, arquiteto americano, foi um dos pioneiros a utilizar os pneus como material
construtivo.
A espessura que fica a parede de pneu oferece grande conforto térmico e acústico para a
habitação, além de dar um fim excelente para um resíduo abundante da sociedade moderna.
Modo de fazer:
1) Destorroar e peneirar o solo seco (deve passar por uma malha da ordem de 5 mm ou
destorroador mecânico);
Adiciona-se ao solo preparado, cimento na proporção previamente estabelecida (1:10 ou
1:12).
2) Misturar os materiais secos até obter uma coloração uniforme e adicionar água aos poucos
até que se atinja a umidade adequada para sua prensagem.
3) Coloca-se a mistura no equipamento e procede-se à prensagem e à extração do BTC,
acomodando-o em uma superfície plana e lisa, em área protegida do sol do vento e da chuva.
4) Após 6 horas de moldados e durante os 7 primeiros dias, os BTC’s devem ser umedecidos
periodicamente, podendo ser acomodados em pilhas de até 1,5 m de altura, cobertos com
lona plástica para manter a umidade.
5) O processo construtivo é semelhante ao da alvenaria convencional.
Rebocos Naturais:
Lembre-se que uma parede de terra não pode receber um emboço/revestimento
convencional.
O revestimento a ser aplicado não deve impedir que a parede de terra respire.
Revestimentos e pinturas convencionais selam/vedam os poros da parede fazendo com que a
mesma não possa mais absorver e liberar umidade, o que resulta em fissuras, pintura
descascada, etc.
Depois que a parede secar, é comum aparecerem rachaduras. A argila quando úmida aumenta
de tamanho e ao secar volta ao tamanho anterior. Essa diminuição das partículas de argila é
que causam as rachaduras.
Como acabamento, fazemos o reboco.
Antes da aplicação deve-se umedecer a parede que receberá o reboco.
Convém peneirar (usar peneira fina) a terra e a areia antes de fazer a massa do reboco.
Modo de fazer:
-Após a secagem completa da parede aplicamos o reboco grosso ( 3 a 5 cm de espessura).
Massa: 1 argila + 1 areia + 1 palha, variável dependendo do tipo de solo.
Dicas:
*Para um acabamento ainda mais liso, após passar a esponja, alisar a superfície da parede com
uma colher ou pedra bem lisa. Aumenta em muito a impermeabilidade da parede, ideal para
locais que fiquem perto de pias etc. O inconveniente é que esta técnica é bastante trabalhosa.
*O esterco é conhecido como o cimento natural, aumentando em muito a resistência do barro,
depois de seco.
*Para rebocos externos colocamos uma pequena porcentagem de óleo vegetal (reciclado ou
de linhaça), com a função de aumentar a impermeabilidade do reboco.
Ou aplicar algumas demãos de óleo vegetal, com pincel ou trincha, após a secagem da parede.
Pinturas Naturais:
Cal + terra: preparar a cal conforme indica o fabricante e adicionar a terra conforme o tom
desejado. Adicionar sal para fixar a cor. Diferentes cores de argila criam diferentes cores de
tintas.
Baba de cactus palma + terra: para preparar a baba do cactus, cortar uma orelha de cactus
palma em pedaços pequenos, colocar em um recipiente na proporção de um quarto de cactus
e completar o resto com água. Deixar descansar por 4 ou 5 dias, até a baba ficar bem viscosa.
Adicionar a terra conforme o tom desejado.
Para tons diferentes, ao invés de terra, pode-se adotar o Pó Xadrez, que não anula as
propriedades da parede de terra e não é tóxico.
Importante:
Nunca se esqueça que a terra não resiste à água por muito tempo, por isso:
- Fazer fundação alta, de pelo menos 40 cm de altura, aplicando material impermeabilizante
para proteger da água que respinga e para bloquear a umidade por capilaridade (aquela que
sobe do solo).
- Prever beirais grandes, de no mínimo 80 cm, para proteger as paredes das chuvas, afastar a
água que escorre do telhado e distanciar a água que respinga quando cai do telhado no chão.
Dica:
A ajuda de uma lona resistente de aproximadamente 4x4m facilita em muito o preparo da
massa de barro.
Com a lona conseguimos “jogar” a massa para um lado e depois o outro, sucessivamente, de
modo a se obter uma boa mistura dos elementos com maior agilidade, e ainda dispensa o uso
de ferramentas como enxada e pá, visto que estaremos de “pés descalços”, evitando assim
possíveis acidentes.
Passo a passo:
-Primeiro mistura-se a terra com a areia, depois vai lentamente adicionando a água com o
sumo de cactos.
-Desmanchar bem os torrões de terra com os pés.
-Depois que a mistura da terra + areia + água já apresenta uma textura de “massa de pão”, ir
adicionando a palha.
-A palha deverá ser bem espalhada de modo a não deixar feixes paralelos.
-Joga-se a palha e vai pisando para incorporar na massa. Vira-se a massa (com a ajuda da lona)
e adiciona do outro lado. Nesta virada da massa a parte que estava em cima vai para baixo e
vice-versa.
A massa pronta tem que ter uma textura semelhante a massa de pão.
Cuidar para não adicionar muita água.
*Importante: a terra deverá estar limpa de pedras cortantes, lixo e principalmente cacos de
vidro, pois a massa será misturada com os pés.
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Bibliografia: