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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Economia e Gestão


Curso de Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

O Impacto das Condições de Trabalho na Satisfação dos Colaboradores do Comando


Provincial da Zambezia

Discente: Glória Luís António Lopes


Código do Estudante: 71210559
:

Quelimane, Agosto de 2022

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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED
Faculdade de Economia e Gestão
Curso de Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

O Impacto das Condições de Trabalho na Satisfação dos Colaboradores do Comando


Provincial da Zambeze

Trabalho de Campo de Psicologia do


Trabalho a ser submetido na Coordenação
do Curso de Licenciatura em Gestão de
Recursos Humanos da UNISCED.

Quelimane, Agosto de 2022

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Índice
Resumo ....................................................................................................................................... 1
I. Nota introdutória ................................................................................................................. 2
II. RESULTADOS OBTIDOS NO CAMPO ........................................................................... 3
2.1. As Condições de Trabalho na Instituição ............................................................................ 3
2.2. Satisfação no trabalho causas da satisfação......................................................................... 4
2.3. Organização ......................................................................................................................... 4
2.4. Motivação no seio dos Trabalhadores ................................................................................. 5
III. Nota conclusiva ................................................................................................................... 6
IV. Referências bibliográficas ................................................................................................... 7

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Resumo
Este estudo busca trazer contribuições para a administração, em especial na área que trata dos
estudos organizacionais, a partir do levantamento dos estudos que já foram feitos e trazendo
lacunas que possibilitem a ampliação do debate sobre motivação, satisfação e desempenho
dos colaboradores no ambiente organizacional. O Estudo foi realizado com os funcionários do
Comando Provincial da PRM - Zambézia, agrupamos e decidimos organizar em forma de
subtítulos que respondem a itens específicos que são levantados em forma de questão.assim,
podemos compreender o seguinte das conversas tidas com (03) participantes daquela
instituição.

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I. Nota introdutória
Num ambiente globalizado, em que todos conseguem ter acesso a informação,
conteúdos, produtos e serviços de forma rápida e eficaz, a competitividade tem se agravado
dentro do mundo dos negócios criando nas organizações de segundo setor uma necessidade de
obter maior lucro, a partir de uma melhor compreensão de seus funcionários e de seus clientes
(FERREL; HARTLINE, 2006).
Assim, quanto mais a empresa tiver compreensão do ambiente organizacional como
um todo e, principalmente, do que pensam seus funcionários quanto à motivação e satisfação
dentro dela, melhor preparada ela estará para adotar estratégias que favoreçam o aumento da
produtividade e, consequentemente a maior obtenção de lucro.
Dessa forma, de maneira prática, a partir deste trabalho de pesquisa os gestores de
organizações privadas poderão ter um direcionamento quanto a trabalhos que foram
produzidos analisando o ambiente organizacional e tratando da influência que investimentos
estruturais ou pessoais podem exercer no desempenho dos seus colaboradores e no bom
funcionamento da organização como um todo. Estudos como o de Andrade, Pereira e
Ckagnazafoor (2007) apontam para a relevância de teorias como a de Herzberg para a prática
de gestão e ressaltam a necessidade de se aprofundar, na literatura, pesquisas que abordem as
questões de satisfação e motivação dentro do ambiente organizacional.

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II. RESULTADOS OBTIDOS NO CAMPO
A compreensão da motivação e satisfação no ambiente do trabalho é importante para o bom
funcionamento da organização e, por isso, os estudos nesta área apresentam grande
relevância. Correia et al. (2018) afirmam que quando o funcionário está motivado é razoável
esperar que suas ações convirjam em direção a alcançar seus objetivos privados e
organizacionais. Em outras palavras, quando uma pessoa está satisfeita e envolvida com o seu
trabalho, ela estará motivada a realizá-lo. Estes dois estudos continuam tendo notoriedade até
hoje, sendo amplamente utilizados nas aulas de graduação, no mercado e nas pesquisas
acadêmicas.
Robbins (2005, p. 342) define a motivação como “a disposição de exercer um nível
elevado e permanente de esforço em favor das metas da organização, sob a condição de que o
esforço seja capaz de satisfazer alguma necessidade individual”.
Quanto à satisfação, Martins (1984) afirmou que poucos autores se preocuparam em
definir este termo, tendo ele conceituado a satisfação no trabalho como um estado emocional
agradável ou positivo. Nesse pensamento, após constarem que, mesmo depois de mais de
cinco décadas de estudos, ainda não existia um acordo na literatura sobre as causas e
componentes da satisfação dentro do ambiente organizacional, Martins e Santos (2006, p.
196) definiram a satisfação no trabalho como “uma variável de natureza efetiva que se
constitui num processo mental de avaliação das experiências no trabalho que resulta num
estado agradável ou desagradável”.
Dos resultados obtidos com os funcionários do Comando Provincial da PRM -
Zambézia, agrupamos e decidimos organizar em forma de subtítulos que respondem a itens
específicos que são levantados em forma de questão.assim, podemos compreender o seguinte
das conversas tidas com (03) participantes daquela instituição:

2.1.As Condições de Trabalho na Instituição


Com vista a compreender quais são as condições de trabalho, em conversa com os três
funcionários participantes do trabalho levantou-se a seguinte questão: Quais são as condições
de trabalho oferecidas pela instituição? O que em uníssono os participantes responderam: as
condições de trabalho são boas porque não tem intrigas, todos são pessoas sociais, não
existem murmurações embora tenham dificuldades de papeis, tinteiros (tonners) para as
impressoras não obstante as exigências demandadas pelo trabalho.

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2.2.Satisfação no trabalho causas da satisfação
Neste item, buscamos entender o grau de satisfação e quais as causas que espoletam tal
satisfação. Neste sentido levantou-se a seguinte questão: Sente-se satisfeito com o trabalho
que exerce na instituição? Das respostas obtidas, todos manifestaram determinada satisfação
pois, gostam do trabalho que realizam, sente-se úteis na sociedade e na instituição a que se
encontram servindo o estado, embora haja muito por melhorar dentro da instituição a que se
encontram em termo de ergonomia. Porem, a maior causa de satisfação unânime a todos os
participantes é o privilegio de servir ao estado independentemente da situação adversa a que
possam passar. A satisfação no trabalho é condição necessária para levar o indivíduo a fazer
opção para a realização da tarefa, que acontece através dos fatores motivadores. Em termos
práticos, sugere Herzberg (1968), para que aconteça a motivação é necessário o
enriquecimento do trabalho.
Nesta senda de idéias, o autor ainda afiança que a Satisfação é algo que sacia a
necessidade do trabalhador. Neste caso, usando o salário como exemplo prático, pode-se
argumentar se este tem a possibilidade de satisfazer as necessidades do indivíduo, o que é
diferente de produzir motivação. A percepção individual de satisfação produzida pelo
aumento de salário tende, com o passar do tempo, a desaparecer. Seguindo este raciocínio, a
satisfação completa é um estágio que não pode ser alcançado. Sempre existirão necessidades
não satisfeitas que conformarão novas condutas de motivação, que exigirão a busca de
patamares mais elevados a serem atingidos.

2.3.Organização
No que respeita a PRM, constatamos uma complexibilidade na hierarquia de
organização um tanto desafiadora e em algum momento polemica pois, quando perguntados
“Qual é o critério de organização do Pessoal dentro da instituição?” os participantes
revelaram que a Policia esta organizada em hierarquias demarcadas or um sistema de patentes
e postos que por sua vez divide-se em 3 Classes: guardas, Sargentos e Oficiais em que esta
ultima classe possui suas subclasses que são: Oficiais Subalternos, Oficiais Superiores e
Oficiais Generais. De acordo o apurado dos participantes, a primeira e a segunda classe, que é
a dos guardas e sargentos correspondem a postos, devendo necessariamente o sistema de
patentes começar pela classe dos oficiais subalternos. Ainda nesta senda, os participantes
afirmam que isto gera muita competitividade, bem como é o motivo de grande discórdia entre
os membros.

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2.4.Motivação no seio dos Trabalhadores
Motivação diz respeito a incentivos e em conversa com os participantes, levantamos a
seguinte questão: Quais são os critérios de motivação usuais pelos gestores na instituição?
Em resposta os participantes revelaram que a PRM como uma instituição tem tido muitas
formas de incentivos como: progressões por patentes, cargos de chefia e confiança como
forma de reconhecimento, condecorações entre outras formas de incentivos que criam muita
competitividade no seio da corporação. Para Herzberg (1968), apesar de ser indevidamente
empregado para identificar qualquer esforço de humanização do trabalho, o enriquecimento
da labuta ocorre somente com a incorporação de motivadores adicionais à tarefa para torná-la
mais recompensadora. É “um deliberado aumento da responsabilidade, da amplitude e do
desafio do trabalho” (Hersey; Blanchard, 1986, p.77)

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III. Nota conclusiva
Não existe uma fórmula infalível para conquistar, ou mesmo reconquistar, a
disposição dos trabalhadores para a execução das tarefas. A percepção do indivíduo dos
pontos favoráveis e desfavoráveis em seu ambiente de trabalho produza idéia de QVT, que
tem estreita ligação com a motivação. A Teoria dos dois factores é particularmente
interessante na direção de apontar elementos efetivos que produzem satisfação e insatisfação.
Muitas das alternativas empregadas modernamente pelas organizações na direção da QV dos
trabalhadores estão ligadas aos fatores de manutenção, o que produz apenas movimento.
Atingir os níveis mais elevados de motivação, necessários à QVT, para Herzberg (1968), é
possível com o enriquecimento e ampliação do trabalho. Enriquecer e ampliar são
possibilidades que as organizações têm. Não sempre ações nessa direção são possíveis ou
mesmo desejáveis. Em muitos casos, as possibilidades efetivas das organizações estão muito
aquém de sua realidade. A idéia de possibilidade-limite perspectiva o limite superior das
possibilidades de uma organização no avanço de ações que produzem QVT. O limite é um
tipo ideal, algo inexistente na realidade concreta. O emprego do conceito, numa perspectiva
metodológica, é possível com a contrastação do modelo idealizado com a realidade ou através
da construção de hipóteses explicativas. Não obstante, quando algo é subjetivo, e QVT o é,
tudo é relativo.

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IV. Referências bibliográficas
HERSEY, Paul; BLANCHARD, Kenneth H. 1986. Psicologia para administradores: a
teoria e as técnicas da liderança situacional. São Paulo: EPU. HERZBERG, Frederick I. 1968.
“One more time: how do you motivate employees?” Harvard Business Review, Boston, v. 46,
n. 1, p. 53-62, jan./fev. 1968

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