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Vamos agora apresentar dois vídeos: um que fala um bocado acerca deste conceito e
outro que nos dá alguns exemplos de como pode ser realizada a aprendizagem, tendo
em conta a zona de desenvolvimento proximal.
2. Mediação
Uma criança, por exemplo, não precisa de pôr a mão na chama de uma vela para
saber que ela queima. Esse conhecimento pode ser adquirido, por exemplo, com o
conselho dos pais.
Temos aqui um vídeo que explica exatamente este conceito e ainda outro, que é o
conceito de internalização.
Agora vamos apresentar um vídeo que vai explicar um pouco da teoria de Vygotsky em
geral, para terem uma noção inicial. Depois vamos voltar a explicar.
Posto isto:
Vygotsky trabalha com teses dentro das suas obras nas quais é possível descrever uma
relação entre o indivíduo e a sociedade, em que afirma que as características humanas
não estão presentes desde o nascimento, nem são simplesmente resultados das
pressões do meio externo.
Desde o nascimento, a criança emerge num mundo social, onde todas as atividades
humanas são mediadas pela linguagem, o que a leva a tentar interagir gradativamente
com o mundo. Deste modo vai se apropriando da linguagem nas suas relações, quer
seja, com objetos ou com os outros seres humanos.
Vygotsky, ao perceber que os primatas usam expressões faciais, gritos e urros para se
comunicar - algo que chamou de “pensamento pré-verbal” -, decidiu analisar crianças.
2. Linguagem egocêntrica
A fala egocêntrica é o que se diz quando nos referimos a “falar sozinho”, esta é
essencial ao desenvolvimento da criança uma vez que permite uma organização de
ideias e planejamento das ações.
3. Linguagem interior
Ao nascer a criança apenas tem funções psicológicas elementares (comuns aos animais
e aos humanos) e a partir da aprendizagem da cultura, estas funções transformam-se
em funções psicológicas superiores (especificamente vinculadas nos humanos), sendo
estas o controle consciente do comportamento, a ação intencional e a liberdade do
indivíduo.
A criança utiliza o choro e o riso, por exemplo, como função de alívio emocional,
mas também como meio de contacto social e de comunicação. Ao longo do tempo
ela começa a demonstrar a capacidade de resolução de problemas práticos, muitas
vezes através da utilização de instrumentos e meios para atingir os objetivos. Este
estágio do desenvolvimento pode ser enquadrado na fase pré-verbal do
pensamento. Por exemplo, a criança é capaz de dar a volta ao sofá para agarrar um
brinquedo que caiu atrás dele e que não está à vista, apresentando uma
inteligência primária, que se caracteriza pela existência de um conhecimento
prático.
A criança passa a ser capaz de utilizar a lógica para resolver problemas, para
planejar o futuro e ver o mundo ao seu redor, deste modo, esta começa a criar
uma personalidade, com base nos conhecimentos que adquiriu, resultante da
interação sujeito/cultura.
No entanto, não é pelo simples facto da criança frequentar a escola que ela estará a
aprender e a desenvolver-se. Isso dependerá de todo o contexto, quer seja político,
económico, mas principalmente no que diz respeito aos métodos de ensino. Vou agora
mostrar um vídeo que mostra e explica o facto de Vygotsky não apresentar um
método de ensino concreto, mas valorizar uma forma de ensinar.
Aulas onde o aluno se limita a ouvir e memorizar a nova informação, não é suficiente
para que a aprendizagem do indivíduo seja realmente adquirida. Assim, e por este
motivo, o trabalho pedagógico deve estar associado à capacidade de avanços no
desenvolvimento da criança, valorizando o desenvolvimento potencial e a zona de
desenvolvimento proximal. A escola deve estar atenta ao aluno, valorizar os seus
conhecimentos prévios, trabalhar a partir deles, estimular as potencialidades dando a
possibilidade de este aluno superar as suas capacidades e ir além do seu
desenvolvimento. Para que o professor possa fazer um bom trabalho ele precisa de
conhecer concretamente o seu aluno, desenvolvendo diálogo e criando situações onde
este possa expor os seus conhecimentos.
Daí a importância da interação social, pois o contexto da sala de aula não se restringe
ao professor. Os colegas presentes podem ser importantes mediadores entre o
indivíduo e o objeto do conhecimento.
Nas suas teorias Vygotsky deu um grande contributo para o ensino não só de crianças
ditas “normais”, mas também para crianças com deficiências.
Olhando para essas crianças sem as desvalorizar, pois, para ele, se existem problemas,
existem também possibilidades.
Por exemplo, indivíduos com deficiências auditivas, visuais, entre outras, podem
alcançar o mesmo desenvolvimento de uma criança dita “normal”, só que de modo
diferente, ou seja, por uma outra via, a lei da compensação (criar processos
adaptativos com o intuito de superar os impedimentos e as dificuldades que
encontram).
Concluindo: