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Os estudos que Mendel desenvolveu sobre a transmissão das características hereditárias foram
realizados em ervilheiras (Pisum sativum). Mendel escolheu estas plantas porque elas reuniam
um conjunto de características que se adequavam ao trabalho que ele pretendia desenvolver:
Mendel teve o cuidado de utilizar linhas puras, isto é, plantas que, quando são
autopolinizadas, originam uma descendência igual entre si e igual aos seus progenitores
(relativamente a uma determinada característica).
Para obter linhas puras, Mendel cruzava as ervilheiras idênticas em relação a uma determinada
característica, durante várias gerações e eliminava sucessivamente aquelas que surgiam com
uma variação a essa característica.
Após a obtenção de linhas puras, Mendel efetuou cruzamentos parentais, isto é, cruzamentos
entre indivíduos de linhas puras mas em que cada individuo, envolvido no cruzamento,
apresentava uma forma antagónica (oposta) para a característica em estudo.
Mendel começou por cruzar indivíduos de uma geração parental (geração P), que eram linhas
puras, mas detentoras de características antagónicas (corola púrpura vs. corola branca)-
cruzamentos parentais. Estes cruzamentos foram realizados de forma controlada, recorrendo à
polinização cruzada. Desta forma, Mendel garantiu que a autopolinização não ocorria.
Existem dois fatores alternativos (ou variantes) que informam para cada característica
Para cada característica, um organismo herda dois fatores, um de cada progenitor
Se os dois fatores são antagónicos, um é dominante e é totalmente responsável pelo
aspeto manifestado, enquanto que o outro, chamado recessivo, não interfere na
aparência do individuo
Durante a formação de gâmetas, os fatores separam-se, de tal forma que cada gâmeta
contém apenas um fator de cada par- Lei da segregação fatorial ou Lei da pureza dos
gâmetas, ou Primeira lei de Mendel.
Genes alelos: genes que apresentam formas alternativas (exemplo: uma pessoa tem um gene
que determina a cor castanha nos olhos, mas outro gene que determina aa cor azul nos olhos).
NOTAS IMPORTANTES
Na geração F2, podem surgir dois indivíduos com o mesmo fenótipo (corola purpura), mas que
podem ter dois genótipos diferentes (PP ou Pp).
Logo:
Nas situações consideradas, os indivíduos linhas puras recessivos apenas produze gâmetas
portadores do alelo recessivo p. Contudo, os progenitores que apresentam corola púrpura
tanto podem ser homozigóticos (PP) ou heterozigóticos (Pp).
Cada individuo da geração parental possui dois pares de alelos AALL ou aall, sendo um par
(AA ou aa) responsável pela cor da semente e o outro par (LL ou ll) responsável pela forma da
semente. Por serem linhas puras, cada individuo da geração parental só pode produzir um tipo
de gâmetas (AL no caso dos indivíduos com sementes amarelas e lisas) ou (al no caso dos
indivíduos com sementes veres e rugosas).
Resultado esperado: que só existam dois tipo de gâmetas AL e al. Admitindo esta hipótese,
será de prever que a proporção fenotípica da geração F2 seja de 3:1.
Resultado esperado: que se formem quatro tipos de gâmetas AL, Al, aL e al. Admitindo esta
hipótese, existirão quatro classes de alelos masculinos para se combinarem com quatro classes
de alelos femininos, isto é, existem 16 possibilidades de combinação dos alelos na geração F2.
Estas combinações produziriam quatro fenótipos com a proporção 9:3:3:1
Os resultados obtidos por Mendel aproximaram-se dos valores esperados segundo a hipótese
de haver segregação independente.
Mendel repetiu estas experiências com diversas combinações diíbridas das sete características
estudadas, obtendo sempre uma proporção fenotípica próxima de 9:3:3:1. Assim, pode
concluir-se que; nos cruzamentos de diibridismo, se verifica segregação independente dos
alelos.
Lei da Segregação Fatorial (1ª Lei de Mendel): Quando um organismo produz gâmetas,
os alelos são segregados de tal forma que cada gâmeta recebe apenas um dos
elementos de cada par de alelos
Lei da Segregação Independente (2ª Lei de Mendel): Durante a formação dos gâmetas,
alelos de diferentes genes são segregados de forma independente da segregação dos
alelos de outro gene.
Codominância: Há codominância quando alelos do mesmo gene que se encontram num ser
heterozigótico originam um fenótipo em geral intermediário entre os dos dois homozigóticos
respetivos. (quando se observa de perto). Exemplo: grupo sanguíneo ABO
Alelos múltiplos: quando existem três ou mais alelos que podem ocupar o locus
correspondente de um par de homólogos.
Alelos letais: Quando em espécies existem determinados alelos que quando se reúnem em
homozigotia podem conduzir à morte do seu portador.
Epistasia: dois ou mais genes não alélicos interatuam para produzir uma determinada
característica fenotípica, isto é, um gene de um determinado locus altera a expressão
fenotípica de um gene de um segundo locus. Exemplo: cor dos cães dos labradores
Este tipo de resultados levou Morgan a concluir que o gene responsável pela cor dos olhos
estaria localizado num cromossoma para o qual não existia um verdadeiro homólogo. Esta
situação verifica-se no par de cromossomas sexuais. De facto, emboras as fêmeas possuam
dois cromossomas X (verdadeiros homólogos), os machos possuem um cromossoma X e um
cromossoma Y, que não possuem genes correspondentes (não são verdadeiros homólogos).
ALBINISMO
O albinismo resulta da presença de um alelo mutante que não é capaz de codificar uma enzima
necessária para a produção da melanina.
POLIDACTILIA
HEMOFILIA
Doença que resulta da presença de um gene mutante responsável pela síntese de uma
proteína necessária para que a coagulação sanguínea ocorra. A ausência desta proteína leva a
que uma pequena hemorragia possa leva várias horas podendo, em alguns casos, conduzir à
morte.
Atualmente, conhece-se mais do que um tipo de hemofilia. Contudo, as duas formas mais
frequentes resultam de genes recessivos localizados no cromossoma X. Considere-se a
seguinte simbologia: h- gene responsável pela hemofilia; H- gene normal. Dado que estão
localizados no cromossoma X, a representação deverá ser Xh e XH, respetivamente.
Os indivíduos que manifestam esta anomalia não são capazes de distinguir determinadas cores.
Esta anomalia resulta da expressão de alelos recessivos. Nos indivíduos do sexo feminino, a
doença só ocorre quando ambos os cromossomas X possuem o alelo responsável pelo
daltonismo. Os indivíduos do sexo masculino manifestam diretamente o alelo que possuem no
seu cromossoma X, dado que o Y não possui genes equivalentes.