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Alberto Caeiro

➔ Utiliza os 5 sentidos para fazer a sua poesia


➔ Só teve ensino na primária
➔ Comunhão com a natureza

O sentido mais utilizado é a visão.

Fonte de conhecimento:

1. Visão
2. Audição
3. Tato
4. Olfato
5. Paladar

O sentido das coisas reduz-se à perceção da cor, da forma, da existência.

Poeta bucólico ou poeta do campo, Alberto Caeiro é chamado de poeta bucólico pela sua
exaltação à natureza, simplicidade e contemplação do mundo rural.

➔ Contemplação da Natureza
➔ Integração, comunhão e harmonia com os elementos naturais (paganismo) e
afastamento social
➔ Simplicidade e felicidade primordiais
➔ Existência tranquila no tempo presente
➔ O sensacionismo: a sensação sobrepõe-se ao pensamento
➔ O poeta do olhar
➔ Observação objetiva da realidade/objetivismo
➔ Anti metafisico
➔ Rejeição do pensamento abstrato, da análise e a intelectualização
➔ Filosofia da antifilosofia

PENSAMENTOS = SENSAÇÕES

Deambular: andar sem um destino; utiliza o ato de deambular como forma de apreender o real
e utilização dos 5 sentidos para o absorver.

O primado das sensações

• Sensacionismo: primazia das sensações no conhecimento do mundo


• Importância da visão («a ciência de ver»)
• Recusa do pensamento
• Postura antimetafisica (rejeição do que ultrapassa a apreensão imediata do real)
• Defesa do objetivismo
• Negação de atitudes de análise e interpretação

Atitude face à vida

• Caeiro não tem uma postura de aprendizagem face à vida, não advoga qualquer
processo no modo de lidar com ela, aparentemente, limitando-se a ser feliz num
mundo natural de que faz parte, mas de que nem sequer é parte determinante.
Perceção e representação da morte

• Há um certo determinismo no modo como encara a morte, mas com uma ausência de
referências metafísicas, pois para Caeiro não há qualquer perceção desagradável, nem
processo de preparação

Marcas da passagem do tempo

• O tempo é marcado pela passagem das estações


• O tempo surge como circular- o ciclo da natureza, onde a morte de um indivíduo não
tem qualquer influência

Relação com a natureza

• Para Caeiro não há uma necessidade de aprendizagem, de recorrer a um tom didático


para estabelecer a relação com a natureza- a sua tranquilidade não resulta de uma
aprendizagem de contemplação e contacto com a natureza, mas da aceitação de que
tudo tem o seu tempo
• Bucolismo e vida campestre
• Integração na natureza
• Identificação com os elementos naturais, os ritmos e ciclos da natureza
• Valorização do presente
• Paganismo (presença da divindade no mundo natural)
• Deambulação e contacto com a natureza

O estatuto de «mestre»

• Desvalorização da intelectualização
• Valorização das sensações
• Apologia da vida simples e natural

A teoria e a prática poéticas

• Defesa da naturalidade
• Aparente simplicidade
• Contradição da «filosofia do não pensar»
• Poesia pensada e trabalhada
Estilo da poesia de Alberto Caeiro

• Frases simples em que domina a coordenação (parataxe)


• Vocabulário familiar, do quotidiano, evitando o léxico sofisticado
• Domínio do campo lexical da Natureza
• Simplicidade dos recursos retóricos: comparações, metáforas e imagens simples
• Marcas do discurso da oralidade e da prosa
• Adjetivação objetiva
• Predomínio do presente do indicativo
• Verso solto (não rimado) e, frequentemente, longo
• Irregularidade ao nível da estrutura estrófica e da métrica

Contradições de Alberto Caeiro

• Caeiro diz desvalorizar ou recusar o pensamento, mas os seus poemas são reflexões e
não tanto descrições da Natureza
• Analisa e reflete sobre as sensações, não se limita a captar impressões
• Afirma-se contra a filosofia, mas expõe a sua “doutrina” nos seus poemas

Alberto Caeiro, heterónimo criado por Fernando Pessoa, personifica a simplicidade e a pureza
na sua poesia. Os seus versos revelam uma visão bucólica da natureza, onde a contemplação
dos elementos naturais é o cerne da sua filosofia. A sua poesia é desprovida de subjetivismos e
abstracionismos, priorizando a objetividade e a clareza, características marcantes do seu olhar
(realçando a visão como o sentido mais utilizado) ingénuo e direto.

Alberto Caeiro é apelidado como "o mestre" devido à sua poesia que desvaloriza a
intelectualização, valoriza as sensações e apologista da vida simples e natural.

Caeiro rejeita os conceitos metafísicos e as idealizações, focando-se na perceção sensorial


imediata, valorizando a simplicidade do mundo ao seu redor. A sua linguagem é simples, mas
carregada de profundidade, buscando transmitir a verdade que visualiza na natureza sem
adornos literários.

Através da sua poesia, Caeiro convida a abandonar as complexidades da vida moderna e a


encontrar a beleza na simplicidade dos momentos. Nas sua obras exalta a harmonia entre o
Homem e a natureza.

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