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Alberto Caeiro
Caeiro é o Mestre dos heterónimos, até mesmo de Pessoa. “Nasceu em Lisboa, em 16 de abril
de 1889. Viveu quase toda a vida no campo; órfão de pai e mãe desde muito cedo, viveu de
pequenos rendimentos, com uma tia-avó; não teve profissão nem educação literária para além da
quarta classe. De estatura média, era louro e tinha olhos azuis.” - Elementos retirados da Carta a
Adolfo Casais Monteiro, 1935- Alberto Caeiro é o poeta da simplicidade completa e clareza total.
Temas De Caeiro
Predomínio das sensações, sobretudo visuais- sensacionalista
Poesia deambulatória (passeios pelo campo)
Atenção à variedade e “eterna novidade do mundo”
Integração e comunhão com a Natureza
Paganismo / Panteísmo - Crença na Natureza e divinização do que é natural. Busca de
harmonia entre o natural e o humano.
Linguagem e estilo
Vocabulário e imagística do campo semântico da Natureza
Linguagem simples, familiar, carregada de tautologias (linguagem próxima da infantil -
“uma borboleta é apenas borboleta/ e a flor é apenas flor”)
Simetria, paralelismo de construções
Verso livre
Métrica irregular
Predomíno da comparação
Fingimento artístico
O poeta «bucólico», em contacto com a Natureza, como se fosse um «guardador de
rebanhos». implica o processo de criação artística, este nega a intelectualização de emoções e
liberta-se da excessiva introspeção, da dor de pensar. Caeiro vive em plena sintonia com os
elementos da Natureza, sendo para ele essencial a ausência de pessoas para a criação do
ambiente de paz. Este é parte da harmonia universal da Natureza, vivendo tranquila e
alegremente no seio da mãe Terra e abolindo o pensamento.
Reflexão existencial
Em Caeiro, imagina-se o encontro e a descoberta da “eterna novidade do mundo”, numa attitude
de “pasmo essencial”, num presente absoluto: a visão em que se vê tudo sempre da primeira vez,
em que não há reencontros, mas encontros sempre novos e puros. Os sentidos (o tato, a visão, a
audição, o paladar, o olfato) e as sensações opõem-se ao conhecimento intelectual. O poeta das
sensações - As perceções sensoriais assumem um papel crucial, pois a realidade é percecionada
pelo sujeito poético através dos cinco sentidos, tomando, dessa forma, conhecimento do mundo
que o rodeia.
Ricardo Reis
Ricardo Reis é o poeta pagão e clássico, ou neopagão e neoclássico. Acredita que é na
Antiguidade Clássica que estão os alicerces da nossa civilização ocidental, tendo adotado
esta cultura como uma filosofia de vida. O Cristianismo, para Reis, surgiu apenas como triste
fruto da decadência do Império Romano, sendo a cultura pagã muito superior à cristã.
Para este heterónimo, a Natureza é fonte de contemplação. Recebeu uma lição do Mestre
Caeiro e acredita que se, se impregnar de Natureza, absorverá a sua calma e tranquilidade e,
assim, terá uma vivência menos dolorosa. É visível, na poesia de Reis, a sua tristeza na forma
como apresenta uma filosofia de vida tão disciplinada e apenas aparentemente livre. Frederico
Reis, uma personalidade literária inventada por Pessoa, disse que “Ricardo Reis é um
epicurista triste.”.
A vida deve ser vivida de forma a aceitarmos a ordem natural das coisas, evitando o máximo
de emoções e dores.
Valor modal
Atos de Fala
Coesão Gramatical
Frásica
Interfrásica
Referencial
Temporal
Coesão Lexical
Sinónimia – “O poeta estava feliz e contente.”
Antonímia – Ainda que estivesse triste ficou alegre com a sua chegada.
Reiteração – Ela está tão feliz, mas tão feliz.
Hipéronimia/ hiponima – Animal» Cão, gato, burro
Holonimia/ meroninia – mão»dedo, unha, cutícula