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► O Poeta do olhar e da negação da metafísica
Alberto Caeiro exprime e representa a visão marcadamente não-humana,
primitiva e 'pura' da Natureza e até do Homem. Despido da emoção (da
subjetividade) e anulada toda a cultura (a Razão) que o Homem foi
criando, este heterónimo faz da pura sensação e do objetivismo
(absoluto) o 'ideário' da existência e da sua escrita. Vive de impressões,
especialmente, visuais.
► Linguagem e estilo
Aparente simplicidade e natureza argumentativa do discurso poético,
visível no recurso a uma linguagem corrente e a construções causais.
• Plano do conteúdo
linguagem simples, léxico objetivo, adjetivação quase ausente,
paralelismos, assíndetos, predominância das formas verbais no presente
do indicativo, preferência pela coordenação.
• Plano formal
verso livre, métrica irregular, ritmo lento, alternância entre sons nasais e
vogais abertas e semiabertas
Ricardo Reis
• Estoicismo
• Classicismo
• Neopaganismo
• crença nos deuses antigos, cultivo da mitologia greco-latina;
• atitude perante o mundo que consiste em aceitar qualquer religião e a
existência de deuses em tudo e em todas as coisas.
Álvaro de Campos
• 1ª fase: decadentista
Esta fase surge como uma atitude estética finissecular que exprime o
old{tédio, o cansaço e a necessidade de novas sensações}. Traduz a
falta de um sentido para a vida e a necessidade de fuga à monotonia.
Um dos poemas mais exemplificativos desta fase é o 'Opiário'.
— verso longo;
— assonâncias, aliterações e onomatopeias;
_ mistura de níveis de língua;
— enumerações excessivas, exclamações, interjeições, pontuação
emotiva;
— grafismos expressivos;
— desvios sintáticos;
— construções nominais, infinitivas e gerundivas;
— estrangeirismos e neologismos;
— metáforas, oxímoros, personificações, hipérboles.