• Deambulação e contemplação da Natureza. • Integração, comunhão e harmonia com os elementos naturais e afastamento social. • Simplicidade e felicidade primordiais. • Vivência tranquila no tempo presente. • Bucolismo como máscara poética.
Reflexão existencial: o primado das sensações
• Sensacionismo: a sensação sobrepõe-se ao pensamento. • O poeta do olhar. • Observação objetiva da realidade. • Rejeição do pensamento abstrato e da intelectualização. • «Filosofia» da antifilosofia (pensamento antipensamento).
Linguagem, estilo e estrutura
• Linguagem simples, familiar, objetiva, prosaica e oralizante. • Presença de máximas e de aforismos. • Vocabulário concreto (sobretudo do campo lexical da Natureza). • Predomínio de construções sintáticas coordenadas e subordinadas adverbiais (comparativas, causais e temporais). • Predomínio do presente do indicativo. • Verso livre e, normalmente, longo. • Irregularidade estrófica, rítmica e métrica. • Ausência de rima (versos soltos). • Recursos expressivos predominantes: comparação, metáfora, anáfora, repetição. Ricardo Reis
O Fingimento artístico: o poeta «clássico»
• Neoclassicismo: revivalismo da cultura da Antiguidade Clássica (sobretudo, a grega). • Neopaganismo: hierarquização ascendente – animais, homens, deuses e Fado que a todos preside. • Epicurismo: demanda da felicidade e do prazer relativos; indiferença perante as emoções excessivas e preferência pelo estado de ataraxia (serenidade e ausência de perturbação ou inquietação). • Estoicismo: aceitação das leis do Tempo e do Destino; resignação perante a frágil condição humana e o sofrimento; culto da autodisciplina e da abdicação voluntária de sentimentos e compromissos • Horacianismo: carpe diem (fruir o momento com moderação). • Contemplação da Natureza e desejo de com ela aprender a viver; afastamento social e rejeição da práxis (proatividade). • Classicismo como máscara poética.
Reflexão existencial: a consciência e encenação da realidade
• Consciência da efemeridade da Vida, da inexorabilidade do Tempo e da inevitabilidade da Morte. • Tragicidade da vida humana. • A vida como «encenação» da hora fatal (previsão e preparação da morte): despoja- mento de bens materiais, negação de sentimentos excessivos e de compromissos. • Intelectualização de emoções e contenção de impulsos. • Vivência moderada do momento (o presente como único tempo que nos é concedido). • Preocupação obsessiva com a passagem do Tempo e com a inelutável Morte (apesar do esforço empreendido na construção da máscara poética). Linguagem, estilo e estrutura • Linguagem culta, erudita e latinizante. • Estilo e forma complexos espelham o conteúdo. • Tom didático e moralista (conselhos expressos no imperativo ou no conjuntivo com valor exortativo). • Tom coloquial na presença de um interlocutor. • Preferência pela composição poética em ode. • Regularidade estrófica, rítmica e métrica (versos predominantemente decassilábicos e hexassilábicos). • Ausência de rima (versos soltos). • Predomínio de construções sintáticas subordinadas e com influência da sintaxe latina (alteração da ordem padrão dos constituintes sintáticos). • Privilégio do presente do indicativo e uso frequente da primeira pessoa do plural; utilização do gerúndio com valor aspetual imperfetivo. • Recursos expressivos predominantes: anástrofe, metáfora, aliteração, apóstrofe. Alberto Caeiro
É o mestre para todos os heterónimos.
Nasceu em 1889 (Lisboa) Morreu em 1915 Só tem a 1ª classe Louro sem cor, estatura media, magros e de olhos azuis. Morreu de tuberculose Escrevia mal (sabia o português básico) Viveu no campo Pais morreram cedo Vivia com a tia avo Viveu de pequenos condimentos Poeta bucólico ---- relacionado ao campo Parte da natureza --- simbiose de comunhão Deambula (andar para trás e para frente) Contemplação Sensacionismo – valoriza as sensações Prioridade são as sensações Poeta do olhar --- capta a realidade através dos sentimentos (olhos). Poeta do imediato Recusa o pensamento, porque para ele o pensamento é algo que perturba. Guardador de rebanhos guarda os sentimentos. Sempre em união com a natureza Ricardo Reis
Mais baixo do Caeiro
Moreno A sua educação foi feita num colégio de jesuítas. Nasceu em 1887 (Porto) Sabe latim (língua e cultura) Viveu no b brasil desde 1919 Era monárquico Afastou-se de Portugal pela política.