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Alberto Caeiro

O fingimento artístico: o poeta «bucólico»


• Deambulação e contemplação da Natureza.
• Integração, comunhão e harmonia com os elementos naturais e afastamento
social.
• Simplicidade e felicidade primordiais.
• Vivência tranquila no tempo presente.
• Bucolismo como máscara poética.

Reflexão existencial: o primado das sensações


• Sensacionismo: a sensação sobrepõe-se ao pensamento.
• O poeta do olhar.
• Observação objetiva da realidade.
• Rejeição do pensamento abstrato e da intelectualização.
• «Filosofia» da antifilosofia (pensamento antipensamento).

Linguagem, estilo e estrutura


• Linguagem simples, familiar, objetiva, prosaica e oralizante.
• Presença de máximas e de aforismos.
• Vocabulário concreto (sobretudo do campo lexical da Natureza).
• Predomínio de construções sintáticas coordenadas e subordinadas adverbiais
(comparativas, causais e temporais).
• Predomínio do presente do indicativo.
• Verso livre e, normalmente, longo.
• Irregularidade estrófica, rítmica e métrica.
• Ausência de rima (versos soltos).
• Recursos expressivos predominantes: comparação, metáfora, anáfora, repetição.
Ricardo Reis

O Fingimento artístico: o poeta «clássico»


• Neoclassicismo: revivalismo da cultura da Antiguidade Clássica (sobretudo, a grega).
• Neopaganismo: hierarquização ascendente – animais, homens, deuses e Fado que a
todos preside.
• Epicurismo: demanda da felicidade e do prazer relativos; indiferença perante as
emoções excessivas e preferência pelo estado de ataraxia (serenidade e ausência de
perturbação ou inquietação).
• Estoicismo: aceitação das leis do Tempo e do Destino; resignação perante a frágil
condição humana e o sofrimento; culto da autodisciplina e da abdicação voluntária
de sentimentos e compromissos
• Horacianismo: carpe diem (fruir o momento com moderação).
• Contemplação da Natureza e desejo de com ela aprender a viver; afastamento social
e rejeição da práxis (proatividade).
• Classicismo como máscara poética.

Reflexão existencial: a consciência e encenação da realidade


• Consciência da efemeridade da Vida, da inexorabilidade do Tempo e da
inevitabilidade da Morte.
• Tragicidade da vida humana.
• A vida como «encenação» da hora fatal (previsão e preparação da morte): despoja-
mento de bens materiais, negação de sentimentos excessivos e de compromissos.
• Intelectualização de emoções e contenção de impulsos.
• Vivência moderada do momento (o presente como único tempo que nos é concedido).
• Preocupação obsessiva com a passagem do Tempo e com a inelutável Morte (apesar
do esforço empreendido na construção da máscara poética).
Linguagem, estilo e estrutura
• Linguagem culta, erudita e latinizante.
• Estilo e forma complexos espelham o conteúdo.
• Tom didático e moralista (conselhos expressos no imperativo ou no conjuntivo com
valor exortativo).
• Tom coloquial na presença de um interlocutor.
• Preferência pela composição poética em ode.
• Regularidade estrófica, rítmica e métrica (versos predominantemente decassilábicos
e hexassilábicos).
• Ausência de rima (versos soltos).
• Predomínio de construções sintáticas subordinadas e com influência da sintaxe
latina (alteração da ordem padrão dos constituintes sintáticos).
• Privilégio do presente do indicativo e uso frequente da primeira pessoa do plural;
utilização do gerúndio com valor aspetual imperfetivo.
• Recursos expressivos predominantes: anástrofe, metáfora, aliteração, apóstrofe.
Alberto Caeiro

 É o mestre para todos os heterónimos.


 Nasceu em 1889 (Lisboa)
 Morreu em 1915
 Só tem a 1ª classe
 Louro sem cor, estatura media, magros e de olhos azuis.
 Morreu de tuberculose
 Escrevia mal (sabia o português básico)
 Viveu no campo
 Pais morreram cedo
 Vivia com a tia avo
 Viveu de pequenos condimentos
 Poeta bucólico ---- relacionado ao campo
 Parte da natureza --- simbiose de comunhão
 Deambula (andar para trás e para frente)
 Contemplação
 Sensacionismo – valoriza as sensações
 Prioridade são as sensações
 Poeta do olhar --- capta a realidade através dos sentimentos (olhos).
 Poeta do imediato
 Recusa o pensamento, porque para ele o pensamento é algo que perturba.
 Guardador de rebanhos guarda os sentimentos.
 Sempre em união com a natureza
Ricardo Reis

 Mais baixo do Caeiro


 Moreno
 A sua educação foi feita num colégio de jesuítas.
 Nasceu em 1887 (Porto)
 Sabe latim (língua e cultura)
 Viveu no b brasil desde 1919
 Era monárquico
 Afastou-se de Portugal pela política.

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