Você está na página 1de 1

O eu lírico apresenta-se como «o

fantasma de um rei» que vagueia


constantemente por um palácio
abandonado, a imagem evocada é a de Sou o fantasma de um rei
um rei que continua a percorrer as salas
vazias do seu antigo poder, sugerindo Sou o fantasma de um rei
uma sensação de perda e solidão. Que sem cessar percorre
O eu lírico expressa uma profunda As salas de um palácio abandonado...
incerteza sobre sua própria história, não Minha história não sei...
tem conhecimento da sua identidade. A Longe em mim, fumo de eu pensá-la, morre
imagem do pensamento da sua história A ideia de que tive algum passado...
«morre» como fumaça sugere a O sujeito poético continua a
efemeridade da memória e a dificuldade Eu não sei o que sou. expressar a sua confusão e
de recordar o passado. Não sei se sou o sonho incerteza quanto à sua própria
Que alguém do outro mundo esteja tendo... identidade, questiona-se se é real
Creio talvez que estou ou se +e apenas o sonho de
Sendo um perfil casual de rei tristonho alguém do «outro mundo».
Numa história que um deus está relendo...
A referência a ser «um perfil
casual de rei tristonho» sugere
que a sua identidade é fugaz e
melancólica, e ele pode ser apena
uma personagem secundária
numa história maior que está a
ser relida por um deus, isto realça
a ideia da efemeridade da
existência e da falta de controlo
sobre a sua própria identidade

Você também pode gostar