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4. Por que razão o Padre Para o Padre Bartolomeu voar seria a materialização
Bartolomeu afirma ter voado sem
o ter feito? do sonho humano, pelo que acredita na capacidade
de o homem progredir através do conhecimento. Ter
feito subir um balão é como se subisse também, logo
cumpriu uma etapa do desenvolvimento humano
(ll.52-53)
5. Como explica a crença no A necessidade e a capacidade de o homem
progresso humano inventar. (ll.80-85)
3
Cap. VI _ p.295 manual
6. Razão da advertência de Voar é um perigo porque o santo Ofício considera
Baltazar «uma arte subtil» e. como tal, será castigada.
4
Memorial do Convento: cap. X _ Relação entre as personagens
forma alienada.
sensualidade.
• Trabalha nas obras do convento de Inquisição.
Domenico
Scarlatti
Cap. XV
p.194
«Deite-nos a sua bênção, As suas dúvidas revelam-se
padre, Não posso, não sei frequentemente e a sua fé está cada
em nome de que Deus a vez mais abalada.
deitaria,…»
CAP. XVI - Medo da Inquisiçao
p.197 - 1º voo da passarola
- Procissão pelo surgimento do Espírito Santo.
Cap. XVI
Voo da passarola poema
Pedra Filosofal
Simbologia da passarola
Simbologia:
Face Heróica
Nesta obra aparece-nos o fantástico com uma função marcadamente simbólica.
De facto, não é por acaso que o que faz subir a passarola são as vontades dos
homens e das mulheres. Estas vontades recolhidas por Blimunda poderão significar
que a vontade(s) dos homens, unidas por uma mesma causa ou num mesmo sonho,
serão capazes de vencer a ignorância, o fanatismo, a intolerância, libertando o
homem para uma nova “idade”, abrindo-lhe perspetivas de um mundo diferente.
O próprio voo da passarola poderá representar o poder que o homem tem
quando é capaz de sonhar e não desiste dos seus sonhos. Como a passarola, o
homem libertar-se-á das amarras que o prendem às limitações do quotidiano, à
mesquinhez do dia a dia, capaz de olhar o mundo com lucidez, tornando-se mais livre
e mais senhor de si.
Face Dramática
Mas o simbolismo tem uma face trágica. A busca de vontades quase matará
Blimunda depois de a ter feito sofrer cruelmente, e a concretização do sonho levará
o Padre Bartolomeu à loucura.
Assim, a história fantástica da construção da passarola representa a força
criadora que revoluciona o mundo, a esperança num mundo livre e diferente e o
sofrimento que a sua conquista acarreta para quem se atreve a lutar por ele.
A Matéria e o Sonho
Ao longo de todo o romance facilmente se constata a
importância da matéria e do sonho, intimamente
relacionados.
Com efeito, tanto o convento de Mafra como a passarola
(a matéria) são resultado de um sonho humano, da vontade
que o homem manifestou em ultrapassar os seus acanhados
limites de mortal, aproximar-se de Deus, através de criações
que não só mostrem o seu talento e engenho como dêem
provas da sua superioridade no universo.
No fundo, “são os sonhos que seguram o mundo na sua
órbita” (Cap. XI). E quantas vezes o mesmo sonho é
partilhado por várias almas! É o caso de Bartolomeu, Baltasar
e Blimunda que “em tantas noites passadas, uma terá havido,
pelo menos, em que sonharam o mesmo sonho, viram a
máquina a voar batendo as asas, …» (Cap. XI).
O sonho potencia a criação, liberta o homem dos seus
limites de Prometeu agrilhoado e torna possível aquilo que
era utópico, considerado impossível (“é para isto que sobem
os sonhos alto”, Cap. XVII).
Conjugação dos Saberes
Baltasar
Bartolomeu
(O saber artesanal)
(O saber científico)
Blimunda Scarlatti
(O saber sobrenatural) (O saber artístico)
Bartolomeu Lourenço