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ESTORVO, ESQUIZOFRENIA E ESQUECIMENTO

Suzi Frankl Sperber

Comunicação no Simpósio "Pós-modernidade?". DTL-IEL-UNICAMP 10.11.1995

Desde a década de 80 algumas obras da Literatura Brasileira têm


apresentado uma característica semelhante: personagens que caminham
desmemoriadas, como que soltas no espaço, sem rumo geográfico, profissional,
ideológico. Em Hotel Atlântico, de João Gilberto Noll, um homem solitário anda
por aí, perdido, partindo do Rio de Janeiro e chegando ao Rio Grande do Sul, que
percorre às tontas, ao acaso. Angustia e quase irrita o leitor (pelo menos a mim,
leitora) esta tão completa falta de referências, a circularidade absurda em que se
move a personagem, em busca de algo que se perdeu, mas que perdeu até o seu
nome. Obras do passado que apontam para este caminho são as de cunho
fantástico, como as de Murilo Rubião e J.J. Veiga. Murilo Rubião cuidadosamente
apaga referências relativas às suas personagens nas refacções de seus contos,
borrando qualquer relação entre o leitor e as personagens. J.J. Veiga constrói
uma aura de mistério, que corresponde à falta de informações sobre as ações
num mundo inóspito, agressivo. Até o poema "José", de Carlos Drummond de
Andrade já apresenta o homem sem referências. Eis que surge o livro de Chico
Buarque, Estorvo, em que a personagem é um homem feito, capaz de olhar pelo
olho mágico da porta de seu apartamento e não reconhecer alguém que
insistentemente toca a campainha de sua porta, mas assim mesmo se sentir
ameaçado. Daí em diante ele foge: do insistente e persistente tocador de
campainha, de si mesmo, dos que alguma vez parece que amou, das coisas que
toca. Tem dois portos seguros: um na imaginação e o outro na realidade. Um é a
casa da mãe, mera fantasia já que nunca consegue entrar porque ela é surda e
não ouve nem a campainha da porta, nem a do telefone; o outro é a casa da irmã.
Um refúgio perdido é a casa da ex-mulher, à qual vai para conspurcá-la. A única
relação afetiva que parece concreta é com a irmã, mas mesmo esta lhe escapa
das mãos. Até o narrador assume uma voz externa, alheada: apresenta-se como
um voyeur que apenas descreve os passos da personagem masculina. Quando
há uma espécie de enumeração caótica, ela só revela o que sobra à consciência
humana: descreve as coisas e as pessoas sem substância, realidade, de forma
extremamente simplificada, apresentando-as antes como valor de circulação. Não
interpreta os fatos que lhe sucedem. Seus devaneios dão um pouco mais de
consistência à sua ação, mas não levam a nada: nem se realizam, nem orientam
o leitor. São uma espécie de Ersatz da ação, de substituto da contextualização. E
reaparecem sempre, a cada impasse.
O ambiente fica tão carregado de estranheza, de insólito, é tão pouco
acolhedor, que expulsa permanentemente a personagem. O insólito poderia
contribuir para revelar distúrbios do ego da personagem, como esperaríamos se a
narrativa fosse somente fantástica. Mas para isto precisaríamos encontrar
parâmetros familiares, "normais" e "bons" dentro da narrativa. Em Estorvo não há
referências familiares ao leitor, nem à personagem, ou as que há são insuficientes
para revelar causas de algum distúrbio palpável e analisável. Afinal, são referidos
mãe e irmã da personagem, isto é, do homem - e só. As personagens nem nome
têm, nem mesmo a irmã. Ainda que se quisesse explicar a personagem principal
por um furioso e poderoso amor incestuoso pela irmã, os dados são insuficientes
e a hipótese se esfuma no ar antes de chegar a ser formulada. A rigor, mais do
que falta de referências contextualizadoras, noção neutra, existe uma alienação
em todos os sentidos e de todas as personagens - sem supressão do
autoritarismo das ações dos que detêm algum tipo de poder. Portanto, não existe
luta contra princípios ou situações de falta ou de injustiça. No lugar de uma utopia
- marca de obras de cunho ideológico - existe anomia: leis, normas ou regras de
organização faltam por completo, ou existem apenas como referência esfumada
na cabeça do leitor. O sujeito, que poderia ser o último baluarte do mundo,
mesmo que narcísico, como num certo momento inicial se pode esperar nesta
sociedade falsamente transparente, fragmentada pelo olhar, vai se revelando
derrotado por forças mais poderosas, porém desconhecidas. Já não soam vozes.
Não há diálogos. E não podemos presumir que o Autor não saiba construir
diálogos... O mundo se revela fundamentalmente inóspito e a sociedade
esgarçada, dilacerada pela indiferença. Sobram apenas espasmos absurdos de
poder, desprovidos de sentido e por isso violentos e arbitrários, como o poder da
polícia, ou dos invasores do sítio.
Em última instância, trata-se de um processo de estranhamento múltiplo: o
eu se estranha num outro e assim por diante. Privado de identidade e de
substância, a personagem age como que sob o efeito de violências feitas contra
ela. Por se apresentar como desdobramento de si mesmo, a personagem retorna
constantemente a situações semelhantes, repetindo os mesmos gestos, os
mesmos vícios e crimes para os quais se vê compelido, repetindo ao mesmo
tempo a mesma fuga.
Curiosamente, como o único ângulo de visão é o próprio, é o eu, o olhar
distanciado do narrador revela em abismo o autocentramento da personagem,
dominado por uma espécie de narcisismo primitivo, que se vê como objeto, capaz
de auto-observação sem critérios verdadeiros de valor. A personagem, fora de
lugar e propósito, torna-se um estorvo para os outros, visto que não discerne mais
o próprio e o alheio. O confronto com a morte é sempre agressivo, espantoso para
o leitor, mas indiferente no relato. Tanto faz fazer uma viagem num ônibus
sentado ao lado de um morto, ou observar "dois corpos [de criança] girando como
hélices diante do ônibus»1, ou ver o professor de ginástica esfaqueado e
estrangulado2, ou saber do estupro da irmã, ou assistir ao fuzilamento dos
gêmeos e do ruivo pela polícia, no sítio, ou ser agredido pessoalmente. A
indiferença é sorvida tão completamente que distancia o sujeito de si mesmo:

O sangue estancou nas minhas gengivas, mas alguns molares no lado


direito me parecem bambos. Fecho os olhos e vejo diamantes. Ouço um
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gemido rouco que não sei se é meu.

Marcas como estas pertencem à literatura pós ditadura militar. Decorrem da


ditadura de forma direta? São um sinal dos tempos? Que tempos seriam estes?
Os universos mais reveladores da narrativa são o sítio invadido e a casa da
irmã. No sítio, o caseiro recebe a personagem - dono do sítio - e conta

que os outros, os de fora, foram chegando e dominando tudo, o celeiro, a


casa de caseiro, a casa de hóspedes, e contrataram gente estranha, e
derrubaram a estrebaria e comeram os cavalos. E que os outros, os de
fora, só estão esperando ele morrer para tomar posse da casa, por isso
que ele dorme ali na despensa, e os netos espalhados na sala e pelos
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quartos.

1. Buarque, Chico. Estorvo. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p 90.
2. Buarque, 1991, p. 43/46.
3. Buarque, 1991, p. 72.
4. Buarque, 1991, p. 27. A invasão do sítio lembra Animal Farm, de George Orwell.
A casa ocupada é tema da literatura fantástica de Júlio Cortázar. No caso
de Estorvo, o sítio, única referência de um lar, de um espaço de certa forma
interno e íntimo, para a personagem, elo entre passado e presente, foi invadido,
dominado e violentado. É o resultado do abandono do espaço próprio,
aparentemente consequência, por sua vez, do abandono de si mesmo.
Assim como o sítio, sinônimo de lugar, símbolo do espoliamento e da
degradação dos bens do passado, também a mansão da irmã indicia a perda de
valor simbólico do espaço. A mansão tem formato piramidal, feita de triângulos,
símbolo da divindade – e, pois, da densidade e profundidade, capaz de simbolizar
a mediação entre céu e terra. A pirâmide - e os seus triângulos - são truncados e
transparentes, portanto vazios. Poderiam sinalizar, pela transparência simulada,
que se esconde, mais tarde, com cortinas, o simulacro do mundo que se torna
hiper-real. A árvore que há no seu centro - símbolo da interioridade e mediação
com a divindade - é arrancada. Portanto, a violência ocorre por razões banais,
porque a vida simbólica, além da vida espiritual e sócio-política, perdeu sentido. O
corpo, como o espaço, também perdeu suas dimensões simbólicas, sua
sacralidade. Não há relações de causalidade. A degradação do eu, do espaço e
dos outros são justapostos. O que o texto nos dá a perceber é que o indivíduo
atribui realidade ao imaginário, em vez de se debruçar sobre sua própria
intimidade, ou ter relações consistentes com a realidade do mundo contingente e
palpável. Este eu degradado, degrada também o outro justamente porque vê
apenas reflexos de reflexos. Não há memória, porque tanto o eu como o outro
desapareceram de si. Sobra uma espécie de cacoete: o olhar. Os olhos
pretendem abarcar o mundo que por um lado é só imaginário e por outro parece
totalmente incompreensível, desprovido de normas, também o mundo
desmemoriado. Sem memória de princípios, leis, normas, pertença, família
enquanto afeto consentido, a personagem não tem soluções para os problemas
imediatos, com os quais se confronta. A mala de roupas é abandonada, como as
joias roubadas, como a mala de cocaína, como o dinheiro que recebera da irmã.
Ele abandona-se para perder-se, tendo diante de si, como substituto da memória,
um espelho fictício, espécie de espelho d'água no qual se reflete o imaginário
porto seguro. Ele mergulha neste imaginário para aniquilar-se.
A imagem do eu neste espelho opaco é feia, decorrente da substituição do
amor pelo ódio. Este ódio a si mesmo é correlato ao ódio ao desconhecido
encontrado pela personagem principal nos novos habitantes do sítio. Estes,
desmemoriados também, ocupantes desprovidos de pessoalidade, são a rigor
amorfos, caracterizados apenas por poucos traços, quase que caricaturas de
seres humanos; são antes uma espécie de mutação uns dos outros. São
armados, fortes e têm uma ideia na cabeça: saquear, roubar, usurpar, traficar
drogas, assassinar. São inescrupulosos no seu autismo, como, aliás, a
personagem principal: nenhum deles sabe distinguir entre destruição e
autodestruição, entre coragem e covardia. São imprudentes por excelência. A
violência que praticam não tem fundamentações ideológicas de qualquer espécie.
Aparentemente, como a personagem principal, se associam à escala mais ínfima
e degradada, para atingirem a uma única conquista das escalas mais elevadas: o
dinheiro.
A razão básica do esvaziamento de toda e qualquer concepção política,
ideológica, e mesmo moral ou ética, é talvez a perda de sentido de futuro. O
tratamento do tempo dado à narrativa instaura um presente sem passado, mas
também sem futuro. A sensação que o leitor tem de autodestruição deste grupo
de pessoas decorre da perda de valor de tudo e de valores que só existem
quando de algum modo existe esperança de continuidade, não só de si e do
grupo ao qual pertence, mas de sentido no mundo voltado para o futuro. Os
fragmentos que sobram levam ao potenciamento da agressão.
A rigor, estas marcas todas correspondem ao que se entende como pós-
moderno na literatura, incluindo o olho inquieto que revela o desconforto da
situação na medida em que desnuda a falta de referências do texto, do mundo,
das personagens, acena - na memória do leitor - com um universo de valores
desaparecidos. A personagem principal não é um herói, nem um herói decaído,
ou um anti-herói. É uma sombra que vê sombras. Perdida a memória do passado
e a projeção para o futuro, a noção do próprio corpo, como do próprio espaço, a
dimensão da experiência, e mesmo a do choque, que depende da consciência e
valoração deste baluarte último - a pessoa - resta uma voz, um olhar e um
sentimento de ódio a si e a cada um que se compara a um fenômeno
contemporâneo e neste sentido pós-moderno. Refiro-me ao fenômeno da
substituição da função do Estado que deve preservar e controlar a ordem até pelo
uso da força. O poder e função do Estado são substituídos pelo uso da força
arbitrária, sem função ordenadora ou controladora, por parte de indivíduos ou
grupos anômicos que sem motivos sequer de interesses econômicos ou outros
perceptíveis, aniquilam seres humanos civis, indefesos. Lembra o que disse
Hannah Arendt via Enzensberger:
Mas o que distingue as massas modernas dos bandos [de tempos
passados] é a abnegação e o desinteresse no próprio bem-estar...
Abnegação interpretada não como uma qualidade positiva, mas como um
sentimento segundo o qual não se é afetado pelos acontecimentos e
pode-se ser substituído por outro a qualquer momento e em qualquer
lugar... Esse fenômeno de uma radical perda de si mesmo, essa
indiferença cínica ou enfastiada com que as massas se defrontavam com
a própria destruição, era completamente inesperado... As pessoas
começavam a sofrer de uma perda de senso comum normal, da
capacidade de discernimento, assim como de um fracasso não menos
radical do mais elementar instinto de autopreservação. (ARENDT, 1951,
apud ENZENSBERGER 1995, p. 22-3)

A situação é essa. Mas não é mera literatura. Nem esta pós-modernidade é


meramente ficcional. Afinal, Chico Buarque deixa um Rio violento, em que a
agressividade revela exatamente a perda de instinto de autopreservação de uns e
a agressão sofrida por outros, que já não têm como proteger-se, nem quem os
proteja. Não se sentindo acolhido em sua cidade, refugia-se em Paris para
escrever, registrando isto que representa o horror dos tempos atuais. Sua escrita
apanha o fenômeno social do Rio de Janeiro. A pós-modernidade de sua
linguagem, caracterização de personagens e mundo, tão desconfortáveis para o
leitor, que duvida até da qualidade do livro, poderia parecer mero maneirismo
literário. Mas corresponde a um fenômeno que, ainda mais exacerbado, pipoca
em outras partes do mundo, em agressões sem causa, com vítimas sem culpa,
aleatoriamente. Esta agressão feita por mero gosto de ver careta, não existe em
Estorvo. Em Estorvo, como nas metrópoles brasileiras, o sujeito é expulso por si e
pelos outros, porque perdeu-se o sentido de pessoalidade. O sujeito foi
transformado em instrumento de uso e de circulação. Neste momento, o que não
tem mais valor de uso estorva. A expulsão - gesto de agressão - apresenta-se
como consequência, e não como causa. A luta de classes transformou-se em
guerra civil, mas perdeu o seu sentido ideológico e social. E com isto o seu
sentido histórico.
Neste mundo falta o acolhimento, para sempre inalcançável, que
permanece como mera imagem fantasiosa, esquizofrênica5. Perdida a capacidade

5. A personagem de Estorvo também é esquizofrênica. Diz Baudrillard: "El esquizofrénico queda


privado de toda escena, abierto a todo a pesar de sí mismo, viviendo en la mayor confusión. El
mismo es obsceno, la obscena presa de la obscenidad del mundo. Lo que le caracteriza no es tanto
la pérdida de lo real, los años luz de separación de lo real, el pathos de distancia y separación
radical, como suele decirse, sino, muy al contrario, la proximidad absoluta, la instantaneidad total de
las cosas, la sensación de que no hay defensa ni posible retirada. Es el fin de la interioridad y la
intimidad, la excesiva exposición y transparencia del mundo lo que le atraviesa sin obstáculo. Ya no
puede producir los límites de su propio ser, ya no puede escenificarse ni producirse como espejo.
de reter o passado de valores e de luta, perdido o valor da luta por causas
coletivas, vemos um sistema que, no dizer de Jameson:

O pós-modernismo, contudo, só pode mostrar isto em relação a um único


tema principal: o desaparecimento de um sentido da história, a forma em
que todo nosso sistema social contemporâneo começou pouco a pouco a
perder sua capacidade de reter seu próprio passado, começou a viver em
um presente perpétuo e numa perpétua mudança que arrasa tradições do
tipo que todas as formações sociais anteriores tiveram que preservar de
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um modo ou de outro.

Tudo isso que é verdade para o conceito de pós-modernidade e para as


obras que apresentam seus traços, começa a tomar maior vulto na sociedade
posterior à Segunda Guerra Mundial, marcada pelo autismo dos combatentes.
Mas já há traços anteriores do que se chama de pós-modernidade, convivendo
com esforços de solidariedade e consciência. Todo esforço de tomada de
consciência encontrável nos produtos culturais configura passos importantes na
busca de ações que revertam os mecanismos perversos descritos, encontráveis
no mundo do romance estudado. Não bastam, mas é um passo necessário. A
literatura - a ficção - tem o mérito e a força de ser capaz de incomodar. Não só
desperta a consciência. Estorvo incomoda, estorva, perturba, turva, como consta
da epígrafe, esperando suspender o torpor - o maior perigo de nossas
consciências na nossa sociedade. Estorvo parece existir para sacudir este
estupor. Afinal, se não tomarmos tento, aquilo que é denunciado por
Enzensberger7 na sua análise da guerra civil quotidiana, intempestiva e
imprevisível que ronda todas as sociedades, desenvolvidas ou não, poderá tomar
conta de nossa sociedade e pelo menos parcialmente de nós mesmos. Afinal, o
que caracteriza esta guerra civil é a sua falta de razões ideológicas. É difícil lutar
contra a anomia do desconhecido. Como combater o anônimo, caracterizado por
total ausência de convicções? Só pela tomada de consciência própria. Este é o
papel da literatura, que usa dos recursos estéticos para criar uma linguagem e
situações que nos pesem como chumbo, despertando-nos.

REFERÊNCIAS

Ahora es sólo una pura pantalla, un centro de distribución para todas las redes de influencia.
(Baudrillard, Jean. "El éxtasis de la comunicación". In La posmodernidad. Selección y prólogo de
Hal Foster. Barcelona: Kairós, 1985, p. 196).
6. Jameson, Frederic. "Posmodernismo y sociedad de consumo". In La posmodernidad. Selección y
prólogo de Hal Foster. Barcelona: Kairós, 1985, p. 185.
7. Enzensberger, Hans Magnus. Guerra Civil. Trad. Marcos Branda Lacerda e Sérgio Flaksman.
São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
BAUDRILLARD, Jean. "El éxtasis de la comunicación". In La posmodernidad.
Selección y prólogo de Hal Foster. Barcelona: Kairós, 1985, pp.187-198.
BUARQUE, Chico. Estorvo. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.
ENZENSBERGER, Hans Magnus. Guerra Civil. Trad. Marcos Branda Lacerda e
Sérgio Flaksman. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
FOSTER, Hal (org.). La posmodernidad. Selección y prólogo de Hal Foster.
Barcelona: Kairós, 1985.
JAMESON, Frederic. "Posmodernismo y sociedad de consumo". In La
posmodernidad. Selección y prólogo de Hal Foster. Barcelona: Kairós, 1985,
pp.165-186.

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