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Representação de cada uma das

etapas da Meiose através de plasticina

Resumo
Nesta atividade laboratorial conseguimos distinguir cada fase da meiose através da
representação destas em plasticina, reconhecendo, também, alguns erros
realizados durante a construção de cada uma das fases, ficando assim a conhecer as
particularidades de cada uma.

Disciplina: Biologia e Geologia Autores:


Ano: 11º Eduarda Carneiro nº8
Turma: D Laura Leal nº15
Mariana Ribeiro nº16
Data: 09/01/2023 Mónica Barros nº17

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Introdução:

A meiose é importante para garantir a manutenção do número de cromossomas de cada espécie. É


um processo de divisão celular, a partir do qual uma célula diploide (2n), origina quatro células haploides, isto
é, as células-filhas apresentam metade no número de cromossomas da célula-mãe.
Este processo caracteriza-se pela ocorrência de duas divisões celulares sucessivas, a meiose I e a
meiose II. Na divisão I um núcleo diploide origina dois núcleos haploides, esta divisão é também designada
por divisão reducional, porque ocorre a redução do número de cromossomas. Já na divisão II, ocorre a
separação de cromatídeos, obtendo-se, assim, quatro núcleos haploides (n), cujos cromossomas são
constituídos por um cromatídeo. Este processo é designado de divisão equacional, porque o número de
cromossomas mantém-se (n).
Para ocorrer a redução do número de cromossomas tem de haver a duplicação dos mesmos, por isso,
a meiose é precedida de uma interfase, na qual ocorre a replicação do DNA. A interfase compreende três
períodos: G1, S e G2 (fig.1).
Durante o período G1 ocorre, tipicamente, um acentuado crescimento cellular derivado de uma
intensa atividade de biossíntese e da produção de organelos. São produzidos moléculas de RNA, a partir da
informação do DNA nuclear, no sentido de sintetizar proteínas que, por sua vez, vão paticipar nas vias
biossintéticas de lípidos e glícidos.
O período S é caracterizado pela ocorrência da replicação semiconservativa do DNA. Cada
cromossoma passa a ser constituído por dois cromatídeos unidos por um centrómero. Não ocorre alteração
no número de cromossomas (2n), no entanto, a quantidade de DNA duplica (2Q).
O período G2 ocorre no final do período S e antes de uma nova mitose. É caracterizado pela
ocorrência de biossínteses, mas em menor grau do que no período G1.

Figura 1 - Etapas da Meiose

Tanto a meiose I (divisão I) como a meiose II (divisão II) apresentam subdivisões.


Na meiose I, temos: a profase I, a metafase I, a anafase I e a telofase I. Já na meiose II, temos: a profase
II, a metafase II, a anafase II e a telofase II.
A meiose I inicia-se pela profase I onde os cromossomas começam a condensar, tornando-se cada
vez mais grossos, curtos e visíveis. Os cromossomas homólogos emparelham, originando as díadas
cromossómicas ou bivalentes. Os genes de cada cromossoma homólogo sobrepõem-se, ocorrendo a sinapse.
Deste modo, cada bivalente passa a ser constituído por quatro cromatídeos e dois centrómeros, surgindo as
tétradas cromatídicas. Durante a sinapse podem originar-se pontos de quiasma, isto é, pontos de

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cruzamento/recombinação entre os cromossomas homólogos. Nos pontos de quiasma pode ocorrer
crossing-over, isto é, troca de segmentos entre os cromatídeos de cada par de homólogos. O crossing-over é
um dos responsáveis pela variabilidade genética, já que altera o conteúdo genético dos cromossomas
homólogos (fig.2). Forma-se o fuso acromático, a partir de microfilamentos proteicos, com origem nos
centríolos. A membrana nuclear e os nucléolos desorganizam-se.

Figura 2 - Crossing-over

De seguida ocorre a metafase I que é caracterizada pela formação da placa equatorial. Nesta fase os
bivalentes organizam-se no plano equatorial do fuso acromático, originando a placa equatorial. O plano
equatorial é definido pelos pontos de quiasma entre os cromossomas homólogos, estando os centrómeros
voltados para os polos opostos. A orientação dos cromossomas homólogos na placa equatorial é efetuada
ao acaso, o que introduz variabilidade genética nos seres vivos que se reproduzem sexuadamente.
Na anafase I verifica-se a ascensão polar dos cromossomas homólogos. Desta forma, ocorre a
separação dos cromossomas homólogos migrando cada cromossoma para polos opostos. Cada cromossoma
é constituído por dois cromatídeos unidos por um centrómero (não ocorre clivagem dos centrómeros). Esta
etapa é responsável pela redução cromossómica existente na meiose, assim como do teor de DNA. Durante
esta fase, o número de cromossomas é reduzido para metade (passa de 2n a n), assim como a quantidade de
DNA (passa de 4Q a 2Q). O núcleo diploide origina, no final da etapa, dois núcleos haploides.
Por último na telofase I ocorre reorganização celular. Os cromossomas sofrem descondensação,
ficando novamente finos e compridos. O fuso acromático desagrega-se, os nucléolos reorganizam-se, assim
como as duas membranas nucleares. Os dois núcleos formados têm, cada um deles, metade do número inicial
de cromossomas. A citocinese pode ocorrer durante as duas últimas etapas, levando à formação de duas
células haploides.
A divisão II da meiose ocorre imediatamente, ou logo após uma interfase curta, mas não volta a
ocorrer replicação do material genético.
Na profase II a cromatina condensa, tornando os cromossomas mais curtos e grossos. Os
cromossomas individualizam-se nos seus dois cromatídeos, unidos por um centrómero. Forma-se o fuso
acromático. O nucléolo desorganiza-se, assim como a membrana nuclear.
De seguida na metafase II ocorre a formação da placa equatorial. Os cromossomas, constituídos por
dois cromatídios e um centrómero, alinham-se no plano equatorial do fuso acromático. O alinhamento é
efetuado pelos centrómeros, ficando os braços dos cromatídios voltados para os polos.
Depois a anafase II, onde ocorre a ascensão polar dos cromossomas-filhos. O centrómero sofre
clivagem e os cromatídios de cada cromossoma separam-se, originando dois cromossomas-filhos. Cada
cromossoma-filho passa a ser constituído por um centrómero e um cromatídeo. Há redução da quantidade
de DNA (passa de 2Q a Q), não existindo alteração do número de cromossomas (n).
Por último na telofase II a membrana nuclear reorganiza-se à volta de cada conjunto de cromossomas-filhos.
Os nucléolos reorganizam-se. O fuso acromático desorganiza-se. Os cromossomas tornam-se cada vez mais

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finos. A citocinese pode iniciar-se durante a anáfase II e prolongar-se pela telófase II. Após a citocinese
existem quatro células- filhas haploides. Cada etapa da meiose encontra-se representada na figura 3.

Figura 1 - Etapas da Meiose I e Mitose II

No decorrer da meiose, existe uma redução do número de cromossomas (de 2n a n) e duas reduções
da quantidade de DNA (4Q a Q). O número de cromossomas é reduzido à metade durante a anáfase l, quando
ocorre a separação dos cromossomas homólogos, originando-se dois núcleos haploides, já que cada um deles
possui apenas um cromossoma de cada par de homólogos. Os cromossomas passam de 2n a n. No decorrer
da anáfase II, não há qualquer alteração no número de cromossomas, pois, nesta fase, existe separação dos
dois cromatídeos de um cromossoma, o que origina dois cromossomas-filhos, um para cada núcleo-filho,
pelo que se mantém o número de cromossomas. A quantidade de DNA sofre duas reduções. A primeira
redução ocorre na anáfase l e a segunda redução na anáfase II. No decorrer da anáfase l, a quantidade de DNA
reduz para metade, de 40Q para 20Q, devido à separação dos cromossomas homólogos, ficando dois núcleos
com metade dos cromossomas, logo com metade dos cromatídeos e, por isso, com metade do DNA. Durante
a anáfase II, dá-se a separação dos cromatídeos e a clivagem dos centrómeros. Como cada cromossoma-filho
é constituído por apenas um cromatídeo, então possui apenas uma cadeia de DNA. Desta forma, a
quantidade de DNA passa de 2Q (dois cromatídios) para metade, ou seja, Q (um cromatídio). O valor inicial
de DNA na prófase 1 (4Q) deve-se à ocorrência de fecundação (2Q) e à replicação do DNA durante o período
S da interfase que precedeu a meiose (4Q). (Fig.4)

Figura 4 – Variação da quantidade de DNA na Meiose

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Material:

• Plasticina (verde, amarela, vermelha e roxa);


• Folha A3;
• Lápis;
• Borracha.

Procedimento:

1. Na folha, a lápis, esquematize a membrana plasmática, o invólucro nuclear e os nucléolos de uma célula;
2. Molde a plasticina de modo a representar os cromossomas, centrómeros e centrossomas de acordo com
cada uma das etapas;
3. Ao fim de cada etapa fotografar e analisar os resultados;
4. Período G1:
4.1. Represente dois cromatídeos roxos, em forma de cromatina, com tamanhos diferentes.
De seguida represente dois cromatídeos verdes, também em cromatina, tendo cada um
destes o mesmo tamanho e espessura de um dos anteriores. Por último, molde um
centrossoma com a plasticina amarela e um centrómero para cada cromatídeo com plasticina
vermelha;
4.2. Coloque os cromatídeos, com o seu respetivo centrómero, espalhados dentro do
invólucro nuclear, anteriormente representado, e o centrossoma no citoplasma.
5. Período G2:
5.1. Represente e emparelhe um cromatídeo igual a cada um dos que foram representados
previamente, ligando os dois pelo centrómero;
5.2. Disponha os pares de cromatídeos dentro do invólucro nuclear.
6. Profase I:
6.1. Represente os cromossomas condensados, mais espessos e menores. Molde mais um
centrossoma;
6.2. Una os pares de cromossomas com o mesmo tamanho (cromossomas homólogos),
através da sobreposição dos cromatídeos no centro destes (pontos de quiasma) . Represente
o crossing-over mudando a posição dos segmentos ligados aos pontos de quiasma entre os
cromatídeos de cromossomas homólogos;
6.3. Represente o núcleo a desagregar-se, apagando algumas partes do invólucro nuclear;
6.4. Disponha as díadas cromossómicas dentro do invólucro nuclear e os centrossomas no
citoplasma, à volta dos centrossomas represente o fuso acromático a ser formado.
7. Metafase I:
7.1. Apague por completo o invólucro nuclear e represente os centrossomas nos polos da
célula. Ligado aos centrossomas desenhe o fuso acromático;
7.2. Disponha os díadas cromossómicas alinhadas pelos pontos de quiasma na placa
equatorial de forma aleatória e ligadas pelos centrómeros às fibras do fuso acromático.

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8. Anafase I:
8.1. Separe os cromossomas homólogos;
8.2. Represente o seu afastamento para os polos e por consequência, o encurtamento das
fibras do fuso.
9. Telofase I:
9.1. Represente, também, a célula a dividir se em duas. Em cada polo da célula, à volta dos
cromossomas, desenhe o início da diferenciação dos invólucros nucleares e dos nucléolos.
Coloque também um centrossoma, com algumas fibras do fuso acromático, em cada célula
que se está a formar.
10. Profase II:
10.1. Molde mais dois centrossomas, ficando assim, dois em cada célula;
10.2. Desenhe duas células, cada uma com um invólucro nuclear a desagregar-se, e com
nucléolos dentro do mesmo. Represente, também os à volta dos centrossomas o fuso
acromático a ser formado;
10.3. Por fim, coloque os cromossomas que estavam no polo da direita na célula que está
agora representada desse lado, fazendo o mesmo procedimento para os cromossomas da
esquerda.
11. Metafase II:
11.1. Apague todos os elementos a lápis, menos a membrana celular;
11.2. Em cada uma das células coloque um centrossoma em cada polo, e desenhe o fuso
acromático de cada uma delas;
11.3. Alinhe os cromossomas das respetivas células de maneira aleatória na placa equatorial
através do centrómero, e ligue este ao fuso acromático.
12. Anafase II:
12.1. Separe todos os pares de cromatídeos, molde quatro centrómeros e coloque um em
cada cromatídeo que não o tem;
12.2. Em cada célula desenhe o afastamento dos cromatídeos para os polos e coloque cada
cromatídeo, ligado pelo centrómero, na fibra do fuso acromático que lhe corresponde.
13. Telofase II:
13.1. Represente as células a dividirem-se. Em cada polo destas desenhe o invólucro nuclear
a começar a diferenciar-se e desenhe também nucléolos. Coloque também um centrossoma,
com algumas fibras do fuso acromático, em cada célula que se está a formar.

Resultados obtidos:

Legenda das imagens:


• plasticina amarela = centrossomas
• plasticina vermelha = centrómeros
• plasticina roxa = cromossomas (indivíduo 1)
• plasticina verde = cromossomas (indivíduo 2)

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Figura 5 – Período G1

Figura 6 – Período G2

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Figura 7 – Profase I

Figura 8 – Metafase I

8
Figura 9 – Anafase I

Figura 10 –Telofase I

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Figura 11 – Profase II

Figura 12 – Metafase II

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Figura 13 – Anafase II

Figura 14 – Telofase II

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Discussão:

Analisando os resultados obtidos observamos que na fig.5 está representado o período G1, pois os
cromossomas estão em forma de cromatina e ainda não ocorreu a replicação do DNA. Já na fig.6 está
representado o período G2, pois os cromossomas continuam na forma de cromatina porém já ocorreu a
replicação do DNA. No entanto, nestas duas figuras observamos também um erro experimental, pois não
representamos os nucléolos. (Não representamos o período S, porque neste decorre um processo em que o
resultado final se observa no período G2, ou seja, este está subentendido no período G2).
Depois, na fig.7, observamos a profase I, onde representamos os cromossomas mais condensados,
as díadas cromossómicas, o fenómeno de crossing-over, fenómeno esse que irá fazer com que os
descendentes apresentassem variabilidade genética, a divisão dos centrossomas e também a formação do
fuso acromático.
Na fig.8, observamos a metafase I, onde representamos os cromossomas homólogos de cada
bivalente dispostos aleatoriamente e alinhados no plano equatorial pelos pontos de quiasma. No par
pequeno representamos corretamente os centrómeros ligados ao fuso, porém no par maior não ligamos os
centrómeros corretamente ao fuso acromático.
Já na fig.9, observamos a anafase I, onde representamos o encurtamento das fibras do fuso
acromático e os conjuntos cromossómicos a afastar-se para os polos.
Como última etapa da meiose I, temos a fig.10 onde observamos a telofase I, pois temos
representado a formação do sulco de clivagem (divisão do citoplasma), a diferenciação dos nucléolos e das
membranas nucleares, que irá dar origem a dois núcleos haploides.
A divisão II da meiose ocorre imediatamente, ou logo após uma interfase curta, mas não volta a ocorrer
replicação do material genético.
Inicia-se então a meiose II com a profase II que está representada na fig. 11. Nesta fase representamos
a formação do fuso acromático, dois cromossomas em cada célula e a duplicação dos centrossomas.
Depois na fig. 12 observamos a metafase II, onde representamos os cromossomas dispostos na placa
equatorial e presos pelo centrómero às fibras do fuso.
Na fig. 13 observamos a anafase II, onde representamos a divisão dos centrómeros e cada um dos
cromatídeos a ascender para os polos e o encurtamento das fibras do fuso acromático.
Por fim, na fig.14 observamos a telofase II, onde representamos a desorganização do fuso acromático
e começando por diferenciar os nucléolos e as membranas nucleares, formando-se assim dois núcleos
haploides em cada célula-filha.

Conclusão:

Com esta atividade, podemos concluir que as várias etapas da mitose têm características que as
diferenciam e que são importantes para a reprodução dos seres vivos. Percebemos que o crossing-over e a
disposição aleatória dos cromossomas na Metafase I e na Metafase II, o que conduz à recombinação de genes,
conferem uma maior variabilidade genética aos descendentes. Este facto é fundamental para a sobrevivência
e evolução das espécies.
A nossa atividade realizou-se sem problemas, apesar de terem sido cometidos alguns erros, porque
conseguimos cumprir com o objetivo da atividade, percebendo assim a meiose e as particularidades de cada
uma das suas etapas.

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Bibliografia/Webgrafia:

Matias, O.; Martins, P. BioFoco 11, 1ª edição. Areal Editores. 2022. ISBN 978-989-767-717-5
https://www.biologianet.com/biologia-celular/meiose.htm 22/12/2022
https://pt.wikipedia.org/wiki/Meiose 22/12/2022
https://colegiovascodagama.pt/ciencias3c/onze/biologiaunidade6variabilidade.html 22/12/2022

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Índice:

1. Capa-------------------------------------------------------------------------------------(pág.1)
2. Resumo---------------------------------------------------------------------------------(pág.1)
3. Introdução------------------------------------------------------------------------------(pág.2)
4. Material---------------------------------------------------------------------------------(pág.5)
5. Procedimento--------------------------------------------------------------------------(pág.5)
6. Resultados obtidos--------------------------------------------------------------------(pág.6)
7. Discussão------------------------------------------------------------------------------(pág.12)
8. Conclusão-----------------------------------------------------------------------------(pág.12)
9. Bibliografia/Webgrafia--------------------------------------------------------------(pág.13)

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