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1º Teste – 11ºB

Biologia e Geologia - 2023/2024

Grupo I

Para desencadear uma resposta imunitária, muitas vacinas colocam um agente patogénico atenuado ou
inativo no organismo de um indivíduo. No entanto, no caso das vacinas de mRNA, estas induzem o
sistema imunitário a produzir defesas, sem ser necessário inocular o vírus, ainda que enfraquecido, nem
as suas proteínas. Neste caso, será o próprio organismo a produzir proteínas específicas do vírus, que
desencadeiam uma reação imunitária.
Nas vacinas contra o SARS-CoV-2, a informação inserida laboratorialmente em moléculas de mRNA
contém o código para ensinar o organismo a produzir uma das proteínas do vírus, a proteína spike, que
compõe os espigões que servem de chave para o coronavírus entrar nas células do corpo humano.
Individualmente, a proteína spike não é prejudicial ao organismo, mas, devido à sua especificidade, é
suficiente para ser detetada como intrusa.
Quando a vacina é administrada, o mRNA precisa de estar envolvido numa cápsula lipídica para conseguir
entrar nas células. Depois de entrar, essa membrana degrada-se e os ribossomas começam a produzir a
proteína spike (figura 1). Quando ela é detetada pelo organismo, são gerados anticorpos, que alertam o
sistema imunitário para eliminar a ameaça. Posteriormente, o
mRNA é destruído pelas células humanas.
A rapidez com que as vacinas de mRNA podem ser
desenvolvidas é uma das suas principais vantagens. O RNA
pode ser facilmente replicado em laboratório pelo que, perante
mutações do vírus, é muito fácil adaptar a vacina e voltar a
garantir uma imunização eficaz. Além disso, o sistema imunitário
responde de forma mais forte quando é injetado RNA do que
quando são administradas proteínas do vírus, o que pode
resultar numa maior proteção.

1. A molécula de mRNA sintético é produzida em laboratório a


partir da _________ do material genético viral, ocorrendo a sua
progressiva polimerização no sentido _________.

(A) transcrição … 3’ 5’ (C) tradução … 5’ 3’


(B) transcrição … 5’ 3’ (D) tradução … 3’ 5’
Figura 1

2. As afirmações seguintes dizem respeito ao processo de vacinação contra o SARS-CoV-2.


I – O mRNA administrado nas vacinas encontra-se envolvido numa cápsula constituída por compostos
quaternários.
II – A proteína spike é responsável por causar lesões nos tecidos humanos.
III – Após a produção de proteínas spike pelas células humanas, o mRNA viral é eliminado.

(A) I e II são falsas; III é verdadeira.


(B) I e III são falsas; II é verdadeira.
(C) I é falsa; II e III são verdadeiras.
(D) II e III são falsas; I é verdadeira.
3. A produção de vacina de mRNA contra o SARS-CoV-2 apresenta como vantagem o facto de
(A) utilizar organismos vivos ou culturas de células geneticamente modificadas.
(B) o RNA poder ser facilmente replicado em laboratório, permitindo readaptações da vacina.
(C) produzir laboratorialmente as proteínas do vírus, que são administradas à população.
(D) garantir uma imunização eficaz, embora com menor taxa de proteção contra a infeção por coronavírus.

4. O facto de o mRNA contido na vacina conduzir à formação, em células humanas, de proteínas spike
características do SARS-CoV-2, é possível devido ao facto de o código genético ser
(A) universal. (B) redundante.
(C) não ambíguo. (D) degenerescente.

5. Os aminoácidos que compõem a proteína spike são codificados por


(A) anticodões que são transportados pelo tRNA.
(B) codogenes que compõem o rRNA.
(C) intrões que fazem parte do DNA.
(D) codões presentes no mRNA.

6. Os aminoácidos da proteína spike estão unidos por ligações _________, enquanto os nucleótidos de
mRNA estabelecem entre si ligações _________.
(A) peptídicas … fosfodiéster (B) peptídicas … éster
(C) de hidrogénio … fosfodiéster (D) de hidrogénio … éster

7. A sequência de nucleótidos de RNA viral que serviu de molde para o fragmento de mRNA sintético
representado na figura 1 foi
(A) 5’ CGU ACG AUC UGA 3’ (B) 5’ CGT ACG ATC TGA 3’
(C) 3’ GCA TGC TAG ACT 5’ (D) 3’ GCA UGC UAG ACU 5’

8. O tRNA difere do mRNA pois


(A) o primeiro participa na constituição dos ribossomas.
(B) o primeiro apresenta regiões da cadeia dobradas devido à complementaridade de bases.
(C) o segundo transporta aminoácidos para os ribossomas.
(D) o segundo apresenta a base nitrogenada uracilo na sua constituição.

9. Ordena as afirmações identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a etapa da síntese


proteica representada na figura 1.
A – Dissociação das duas subunidades do ribossoma.
B – Fixação da subunidade menor do ribossoma ao mRNA, na região AUG.
C – Reconhecimento do tripleto de finalização UGA.
D – O ribossoma avança três bases nitrogenadas.
E – Ligação do aminoácido metionina ao ponto de iniciação do mRNA.

10. Traduz a sequência de RNAm representada na figura 1, utilizando o código genético da figura 2.
Grupo II Síntese proteica

1. Se um mRNA possui um codão UAG, o anticodão complementar será…


(A) TUC. (B) ATC.
(C) AUC. (D) CAC.

2. Relativamente à expressão génica, é possível afirmar que…


(A) … todos os genes são expressos simultaneamente para sintetizar proteínas.
(B) … visa sempre a produção de proteínas.
(C) … só um conjunto de genes é expresso num determinado tipo de célula.
(D) … não está relacionada com a diferenciação celular.

3. Nos seres eucariontes…


(A) … os intrões do pré-mRNA são removidos no núcleo.
(B) … não ocorre transporte do mRNA para o citoplasma.
(C) … não ocorre processamento do pré-mRNA.
(D) … a transcrição e a tradução são quase simultâneas.

4. As moléculas de DNA e RNA apresentam diferenças, sendo que a primeira


(A) possui como pentose a ribose.
(B) é quimicamente mais estável.
(C) pode ser temporária, existindo por curtos períodos.
(D) exibe uma razão adenina-uracilo não variável.

5. A expressão de um gene para a síntese de enzimas implica


(A) tradução do mRNA no retículo endoplasmático rugoso.
(B) transcrição do DNA para moléculas de RNA pré-mensageiro.
(C) transcrição do DNA para moléculas de desoxirribonucleótidos.
(D) tradução da sequência de codões do RNA por ribossomas.

6. As mutações que ocorrem numa sequência de nucleótidos que codifica uma proteína
(A) podem causar modificações na estrutura dos aminoácidos.
(B) causam alterações nos mecanismos de tradução.
(C) causam alterações nos mecanismos de transcrição.
(D) podem levar à formação de diferentes proteínas

7. Bactérias cultivadas durante várias gerações num meio de cultura contendo o isótopo 15N foram
transferidas para um meio contendo o isótopo 14N. Ao fim de duas gerações neste meio, o DNA
bacteriano
será constituído por

(A) 25% de moléculas de DNA híbridas. (B) 50% de moléculas só com o isótopo 14N.
(C) 100% de moléculas só com o isótopo 14N. (D) 75% de moléculas de DNA híbridas.

8. Na transcrição de um gene,
(A) a DNA polimerase liga-se a uma sequência específica da molécula de DNA.
(B) a cadeia molde de DNA que vai ser transcrita é lida na direção 5' para 3'.
(C) o mRNA transcrito apresenta adenina, por complementaridade com o uracilo.
(D) o mRNA transcrito possui uma cadeia antiparalela à cadeia molde de DNA
9. Faz corresponder cada uma das descrições relativas à síntese de proteínas, expressas na coluna A, à
respetiva molécula, que conta na coluna B.

10. A sequência de nucleótidos


3’… TACTTTCACTCGATATAA…5’
corresponde ao fragmento inicial de um
gene. O diagrama da figura representa
o código genético.

10.1. Considera que no 15º


desoxirribonucleótido do fragmento do
gene, a base nitrogenada é substituída
por citosina.

Prevê as consequências dessa


substituição no péptido formado.

Figura 2

GRUPO III
O estudo do ciclo celular tem implicações práticas no campo da saúde humana. O cancro, por exemplo, é
uma doença que resulta, entre outros aspetos, do facto de a célula perder o controlo da sua divisão.
As células possuem diversos mecanismos de regulação e de controlo do ciclo celular. A Figura 3 representa
esquematicamente um ciclo celular, cujos mecanismos de regulação estão relacionados com determinados
genes e com complexos proteicos citoplasmáticos, formados pela ligação de dois tipos de proteínas: as CDK
e as ciclinas. Em todas as células eucarióticas, a progressão do ciclo celular é controlada pelas sucessivas
ativação e inativação de diferentes complexos ciclina-CDK. A ativação e a inativação destes complexos
estão dependentes da transcrição e da proteólise (lise proteica), respetivamente.
Figura 3
1. No ciclo representado, se a quantidade de DNA na fase X for Q, então as quantidades de DNA no núcleo
da célula, na fase Z, e no núcleo de cada uma das células, no final da fase mitótica, serão, respetivamente,
(A) Q e 2Q. (B) Q/2 e Q.
(C) 2Q e Q. (D) Q e Q/2.

2. Refira a fase da mitose em que se encontra cada uma das células identificadas com os números 1, 2 e 3
na
Figura 3.

3. Na fase assinalada com a letra


(A) Z, ocorre a replicação conservativa do DNA.
(B) Z, ocorre a replicação semiconservativa do DNA.
(C) Y, ocorre a replicação conservativa do DNA.
(D) Y, ocorre a replicação semiconservativa do DNA.

4. As ciclinas são proteínas que determinam a progressão do ciclo celular. A ciclina B promove o
desenvolvimento da fase mitótica, nomeadamente a desorganização do invólucro nuclear e a condensação
dos cromossomas. Caso a proteólise da ciclina B de determinada célula não aconteça, é de prever que

(A) a célula não consiga completar a mitose.


(B) se verifique uma paragem do ciclo celular no período S.
(C) não se formem complexos ciclina-CDK indutores de mitose.
(D) ocorra a reorganização do invólucro nuclear.

5. Relativamente à célula 2 representada na figura podemos afirmar:


I – O núcleo está individualizado pelo invólucro nuclear.
II – Os cromossomas possuem apenas um cromatídio.
III – As fibras do fuso acromático encurtam.

(A) I e II verdadeiras e III falsa. (B) I e III verdadeiras e II falsa.


(C) II e III verdadeiras e I falsa. (D) II e III falsas e II verdadeira.
6. Explica de que modo a exposição a determinados tipos de radiação, como os raios UV, pode contribuir
para o aumento da possibilidade de desenvolver cancro, considerando que algumas proteínas contribuem
para o controlo do ciclo celular.

7. Faz corresponder as letras dos termos da coluna I aos números das afirmações da coluna II.
Coluna I Coluna II
A. Fase S. 1. Cromossomas com dois cromatídeos no máximo de encurtamento.
B. Fase G2 2. Divisão do centrómero.
C. Citocinese. 3. Etapa de crescimento celular e duplicação de organelos.
D. Anáfase. 4. Fenómeno que acontece no final da telófase.
E. Profase. 5. Formação do fuso mitótico.
F. Metafase. 6. Duplicação da quantidade de DNA.
G. Fase G1 7. Etapa em que a célula verifica a integridade do seu DNA.

8. A divisão mitótica é uma das fases do ciclo celular. O gráfico I representa a variação da quantidade de
DNA ao longo de um ciclo completo. Os esquemas A, B, C, D e E da figura 4 mostram diferentes fases da
célula durante esse ciclo.

Gráfico I Figura 4

8.1 Faz corresponder a cada uma das letras das células representadas na figura 4, um número que a
localize no gráfico a quantidade de DNA respetiva.

9. Um biólogo estava a estudar um embrião ao


microscópio. Ele contou 2500 células nesse embrião Etapa do ciclo celular Nº de células
e tomou nota, na tabela I, da quantidade de células Prófase 125
nos diferentes estádios do ciclo celular. Metáfase 50
Anáfase 50
Telófase 25
9.1. Explica os resultados obtidos na tabela I.
Interfase 2250
Total 2500

Tabela I – Quantidade de células em cada etapa do ciclo celular

Grupo I Grupo II Grupo III


1a8 9 11 1a8 9 10 1 2 1 2 3a5 6 7 8 9,1 Total
40 5 5 40 10 10 5 6 5 6 15 15 15 8 15 200
Bom trabalho
Profª Suzana Dos Santos Leão

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