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FACULDADE DE CIÊNCIAS, LETRAS E EDUCAÇÃO DE

PRESIDENTE PRUDENTE
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - BACHARELADO

PRINCIPAIS ESTRUTURAS CELULARES: MORFOLOGIA E FUNÇÕES

MIRIAM CARLA BLEGGI MACEDO

Presidente Prudente – SP
2008
FACULDADE DE CIÊNCIAS, LETRAS E EDUCAÇÃO DE
PRESIDENTE PRUDENTE
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - BACHARELADO

PRINCIPAIS ESTRUTURAS CELULARES: MORFOLOGIA E FUNÇÕES

MIRIAM CARLA BLEGGI MACEDO

Trabalho de revisão apresentado à Faculdade

de Ciências, Letras e Educação de Presidente

Prudente (FACLEPP), da Universidade do

Oeste Paulista (UNOESTE), como requisito

parcial para conclusão da disciplina Biologia

Celular e Molecular, do primeiro termo do

Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas.

Professor Responsável: Dr. Antonio Fluminhan Jr.

Presidente Prudente – SP
2008
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - Esquema representativo do Núcleo Celular 6


FIGURA 2 - Poro 7
FIGURA 3 - Cromossomo 8
FIGURA 4 - Filamentos de Cromatina 9
FIGURA 5 - Outra perspectiva do Núcleo Celular 10
FIGURA 6 - Retículo Endoplasmático Rugoso e Retículo 11
Endoplasmático Liso
FIGURA 7 - Mitocôndria 12
FIGURA 8 - Lisossomos – Esquema 1 13
FIGURA 9 - Lisossomos – Esquema 2 13
FIGURA 10 - Micrografia eletrônica de 03 peroxissomos 14
FIGURA 11 - Endossomos 14
FIGURA 12 - Complexo de Golgi 15
FIGURA 13 - Esquema de Célula Vegetal – Vacúolo 16
FIGURA 14 - Cloroplastos 17
FIGURA 15 - Etioplastos 17
FIGURA 16 - Amiloplastos 17
FIGURA 17 - Membrana Celular 18
FIGURA 18 - Lâmina Basal 19
FIGURA 19 - Ribossomos 20
FIGURA 20 - Ribossomo 20
FIGURA 21 - Clatrina 21
FIGURA 22 - Esquema representando a atuação da clatrina na 22
formação das membranas
FIGURA 23 - Cílios e Flagelos 23
FIGURA 24 - Cílios e Flagelos 24
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 05

2 ESTRUTURAS CELULARES 06
2.1 Estruturas Nucleares 06
2.2 Estruturas Citoplasmáticas Membranosas 11
2.3 Estruturas Citoplasmáticas Não-Membranosas 19
2.4 Estruturas externas à célula 23

4 CONCLUSÕES 24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25
1 Introdução
A célula representa a menor porção de matéria viva, ou seja, são as unidades
estruturais e funcionais dos organismos vivos. As funções vitais de um organismo
ocorrem dentro das células.
Alguns organismos são unicelulares, ou seja, constituídos de uma única célula
(bactéria) e outros são pluricelulares, ou seja, constituídos de mais de uma célula (os
seres humanos são compostos por aproximadamente 100 trilhões de células).
Em organismos pluricelulares, as células podem ser comparadas aos tijolos de uma
casa, onde cada tijolo seria como uma célula, onde juntas formam um todo (tecido -
órgão - organismo - indivíduo).
A palavra "célula" vem do latim: cellula (quarto pequeno) e foi escolhido por Robert
Hooke em 1665.
De acordo com a organização estrutural, as células são divididas em:

• Células Procariontes: a principal característica dessas células é a ausência de


carioteca individualizando o núcleo celular, a ausência de alguns organelos
(mitocôndrias, plastídeos, complexo de Golgi, retículo endoplasmático e
sobretudo cariomembrana o que faz com que o ADN fique disperso no
citoplasma) e pelo pequeno tamanho que se acredita que se deve ao fato de não
possuírem compartimentos membranosos originados por evaginação ou
invaginação. Também possuem ADN na forma de um anel não-associado a
proteínas (diferentemente das células eucarióticas, nas quais o ADN se dispõe
em filamentos espiralados e associados à histonas).
A este grupo pertencem seres unicelulares ou coloniais:
 Bactérias
 Cianófitas (algas cianofíceas, algas azuis ou ainda Cyanobacteria)
 PPLO ("pleuro-pneumonia like organisms")

• Células Eucariontes: possuem membrana nuclear individualizada e vários tipos


de organelas, e é altamente provável que estas células tenham surgido por um
processo de aperfeiçoamento contínuo das células procariontes.
Nesse grupo encontram-se:
 Células Vegetais
 Células Animais

A Biologia Celular estuda a estrutura, funções e importância das células na


complexidade dos seres vivos, ou seja, é o estudo detalhado dos componentes da
célula.

Este trabalho de revisão tem por objetivo realizar um estudo da morfologia e fisiologia
dessas estruturas celulares.
2 Estruturas Celulares

2.1 Estruturas Nucleares

Figura 1 - Esquema representativo do Núcleo Celular

Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/ba/Diagram_human_cell_nucleus_pt.svg/462px-
Diagram_human_cell_nucleus_pt.svg.png

O núcleo é um compartimento essencial da célula eucarionte, pois é onde se localiza o


material genético, responsável pelas características que o organismo possui.
Realiza duas funções básicas: regula as reações químicas que ocorrem dentro da
célula e armazena as informações genéticas da célula. É constituído por:

2.1.1 Envoltório Nuclear (Carioteca)


Responsável por separar o conteúdo do núcleo celular (em particular o DNA) do citosol
(endoplasma). É constituído por duas membranas, uma interna e uma externa. O
folheto externo é contínuo com o retículo endoplasmático rugoso, sendo assim uma
diferenciação local do mesmo, caracterizado pela presença de poros.

2.1.2 Poros Nucleares


Constituído de grandes complexos de proteínas (nucleoporinas) que atravessam o
envoltório nuclear, com a finalidade de facilitar e regular a troca de material (como
proteínas, ribossomos e RNAm) entre o núcleo e o citoplasma.
Figura 2 - Poro

Fonte: http://www.javeriana.edu.co/Facultades/Ciencias/neurobioquimica/libros/celular/figurascap/poro.jpg

2.1.3 Nucléolo
São corpúsculos arredondados de aspecto esponjoso, sem membrana envolvente e
cheios de pequenas cavidades preenchidas por nucleoplasma ou por cromatina.
É responsável pela coordenação do processo reprodutivo das células, síntese protéica
e controle dos processos celulares básicos. É ausente em células procariota.

2.1.4 Cromossomo
Um cromossomo é uma longa sequência de DNA que contém vários genes e outras
sequências de nucleótidos (nucleotídeos) com funções específicas nas células dos
seres vivos.
Nos cromossomos dos eucariontes, o DNA encontra-se numa forma semi-ordenada
dentro do núcleo celular, agregado a proteínas estruturais, as histonas, e toma a
designação de cromatina. Os procariontes não possuem histonas nem núcleo. Na sua
forma não-condensada, o DNA pode sofrer transcrição, regulação e replicação.

2.1.4.1 Centrômero
É uma região mais condensada de cromatina em um cromossomo, e é
responsável por dividir o cromossomo em duas porções assimétricas, chamadas
de braço curto e braço longo. Está envolvido no processo de divisão celular, quer
seja a Mitose, quer seja a Meiose.
Quando o centromero se localiza no centro do cromossomo, ele é chamado
metacêntrico, e quando fica mais perto das extremidades, ele é chamado de
submatacêntrico. Quando o braço curto dos cromossomos possuem uma
pequena esfera terminal, que é chamada de satélite, ele é chamado cromossomo
do tipo acrocêntrico.

2.1.4.2 Telômero
São estruturas constituídas por fileiras repetitivas de proteínas e DNA não
codificante que formam as extremidades dos cromossomas. Sua principal função
é manter a estabilidade estrutural do cromossoma.
Funcionam como um protetor para os cromossomos assegurando que a
informação genética (DNA) relevante seja perfeitamente copiada quando a célula
se duplica.

Figura 3 – Cromossomo
(1) Cromatídeo. Cada um dos dois braços idênticos dum cromossoma depois da fase S.
(2) Centrómero. O ponto de ligação de dois cromatídeos, onde se ligam os microtúbulos.
(3) Braço curto. (4) Braço longo.

Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/54/Chromosome.png

2.1.5 Cromatina
Numa célula eucariótica, quase todo o DNA está compactado na cromatina. DNA é
"empacotado" na cromatina para diminuir o tamanho da molécula (de DNA), e para
permitir maior controle por parte da célula de tais genes.
Grande parte da cromatina é localizada na periferia do núcleo, possivelmente pelo fato
de uma das principais proteínas associadas com a heterocromatina ligar-se a uma
proteína da membrana nuclear interna. Há dois tipos de cromatina:
• Eucromatina: consiste em DNA ativo, ou seja, que pode-se expressar como
proteinas,
• Heterocromatina: que consiste em DNA inativo e que parece ter funções
estruturais durante o ciclo celular. Podem ainda distinguir-se dois tipos de
heterocromatina:
 Heterocromatina constitutiva: que nunca se expressa como proteínas e
que se encontra localizada à volta do centrômero (contém geralmente
sequências repetitivas); e
 Heterocromatina facultativa: que, por vezes,é transcrita em outros tipos
celulares, consequentemente sua quantidade varia dependendo da atividade
transcricional da célula.

Figura 4 - Filamentos de Cromatina

Fonte: http://www.cbs.dtu.dk/staff/dave/roanoke/fig6_10.jpg
2.1.6 Nucleoplasma (cariolinfa)
É uma massa incolor, cujas propriedades são comparáveis à do hialoplasma e é
constituída principalmente de água e proteínas que preenche o núcleo celular que
contém os filamentos de cromatina e o nucléolo.

Figura 5 - Outra perspectiva do Núcleo Celular

Figura do núcleo e do retículo endoplasmático: (1) Envoltório nuclear. (2) Ribosomos.


(3) Poros nucleares. (4) Nucléolo. (5) Cromatina. (6) Núcleo. (7) Retículo
endoplasmático. (8) Nucleoplasma.

Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/13/Nucleus_ER.png/300px-Nucleus_ER.png
2.2 Estruturas citoplasmáticas membranosas

2.2.1 Retículo endoplasmático liso ou rugoso


O retículo endoplasmático é formado por canais limitados por membranas, os quais
comunicam-se com o envoltório nuclear (carioteca). É responsável pela distribuição do
material que a célula necessita, de um ponto qualquer até seu ponto de utilização,
servindo assim como canal de comunicação entre o núcleo celular e o citoplasma.
Reconhecem-se dois tipos de retículo endoplasmático, liso e rugoso.

Figura 6 – Retículo Endoplasmático Rugoso e Retículo Endoplasmático Liso

Fonte: http://professores.unisanta.br/maramagenta/Imagens/ANATOMIA/Reticulo%20-%20extr%20euita.bmp

2.2.1.1 Retículo Endoplasmático Rugoso (RER) ou Ergastoplasma: é formado


por sistemas de túbulos achatados e ribossomos aderidos a membrana, o que lhe
confere aspecto granular.
Participa da síntese de proteínas, que serão enviadas para o exterior das células.
Esse tipo de retículo é muito desenvolvido em células com função secretora. É o
caso, por exemplo, das células do pâncreas, que secretam enzimas digestivas, e
também o caso das células caliciformes da parede do intestino, que secretam
muco.

2.2.1.2 Retículo Endoplasmático Liso (REL): é formado por sistemas de túbulos


cilíndricos e sem ribossomos aderidos à membrana.
Participa principalmente da síntese de esteróides, fosfolipídios e outros
medicamentos ingeridos pelo organismo, como antibióticos e barbitúricos
(substâncias anestésicas). Desta forma, tem como uma de suas funções a
desintoxicação do organismo. Esse tipo de retículo é abundante principalmente em
células do fígado e das gônadas.
2.2.3 Mitocôndria
É responsável pela respiração celular, processando substâncias orgânicas como
oxigênio e ácido pirúvico (sintetizado no citoplasma através da glicólise) e as
convertendo em energia na forma de ATP (energia). Se faz excessivamente presente
em células do sistema nervoso e no coração, uma vez que estes apresentam uma
demanda maior de energia.
Apresenta duas membranas fosfolipídicas, uma externa lisa e outra interna que se
dobra formando vilosidades, chamadas cristas. A região limitada pela membrana
interna é conhecida como matriz mitocondrial, onde existem proteínas, ribossomos e
DNA que codifica proteínas necessárias à respiração celular.
Estudos revelam que a origem desta organela se teve a partir de endossimbiose em
uma célula primitiva, a qual englobou por fagocitose uma arqueo-bactéria especializada
em realizar o ciclo do ácido cítrico (respiração celular). Várias evidências indicam isso,
dentre elas o fato de a mitocôndria possuir DNA próprio e membrana dupla (cujas
propriedades se assemelham à membrana plasmática), de produzir proteínas e
ribossomos, e realizar auto-duplicação.

Figura 7 – Mitocôndria

Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c9/Diagram_of_a_human_mitochondrion_pt.svg/562px-Diagram_of_a_human_mitochondrion_pt.svg.png

2.2.4 Lisossomas
São pequenas bolsas com revestimento membranoso que contém enzimas hidrolíticas
responsáveis pela digestão de materiais advindos do meio extra-celular nas células
(englobados através de fagocitose ou pinocitose) ou resíduos da própria célula
(autofagia).
Estas enzimas são sintetizadas no Retículo Endoplasmático Granular, que migram para
o Complexo de Golgi, onde se acumulam e soltam-se (brotamento vesicular),
originando assim os lisossomos.

Figura 8 – Lisossomos – Esquema 1

Fonte: http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/lisossomos/imagens/lisossomos-vacuolos-peroxisssomos1.gif

Figura 9 – Lisossomos – Esquema 2

Fonte: http://bp2.blogger.com/_seXpqen0aQo/Rkt1_XbgozI/AAAAAAAAABM/i_1nIDsA5qk/s320/lisossomo+e+digest%C3%A3o.bmp

2.2.5 Peroxissomas
Apresentam um corpo granuloso envolto por membrana, sendo responsáveis pelo
armazenamento das enzimas (cerca de 40 enzimas oxidativas produzidas pelos
poliribossomos) responsáveis pelo catabolismo de ácidos graxos de cadeia longa
(beta-oxidação), formando Acetil-CoA e H2O2, e pelo metabolismo do peróxido de
hidrogênio (substância altamente tóxica para a célula, transformando-os em
compostos menos tóxicos), detoxifica agentes nocivos como o etanol e mata certos
microorganismos.Realizam ainda a oxidação de urato e de D-aminoácidos.
Todas as células animais possuem de 60 a 70 peroxissomas, sendo que
hepatócitos, neutrófilos e macrófagos e células renais possuem maior número deles.

Figura 10 – Micrografia eletrônica de 03 peroxissomos

Fonte: http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/lisossomos/imagens/lisossomos-vacuolos-
peroxisssomos4.jpg

2.2.6 Endossomos
São compartimentos de forma variada, localizados entre o complexo de Golgi e a
membrana plasmática, sendo responsáveis pelo transporte e digestão de partículas e
grandes moléculas que são captadas pela célula através de fagocitose e pinocitose.
Grande parte desse material é encaminhada para os lisossomos, porém muitas são
despejadas no citosol e outras são devolvidas para a superfície celular.

Figura 11 - Endossomos

Fonte: http://www.ufmt.br/bionet/conteudos/15.11.04/endo1.jpg

2.2.7 Complexo de Golgi


É formado por sacos achatados e vesículas, sendo sua função o processamento de
proteínas ribossomáticas e a sua distribuição por entre essas vesículas.
Funciona, portanto, como uma espécie de sistema central de distribuição na célula,
atuando como centro de armazenamento, transformação, empacotamento e remessa
de substâncias na célula.
É responsável também pela formação dos lisossomos, da lamela média dos vegetais e
do acrossomo do espermatozóide e está ligado à sintese de polissacarídeos.
Acredita-se, ainda, que o complexo de Golgi seja responsável por alguns processos pós
traducionais, tais como adicionar sinalizadores às proteínas, que as direcionam para os
locais da célula onde atuarão.
A maior parte das vesículas transportadoras que saem do retículo endoplasmático, e
em particular do retículo endoplasmático rugoso (RER), são transportadas até o
complexo de Golgi, onde são modificadas, ordenadas e enviadas na direção dos seus
destinos finais.

Figura 12 – Complexo de Golgi


Retículo endoplasmático e Aparelho de Golgi - (1) Membrana nuclear, (2) Poro nuclear, (3) Retículo endoplasmático
rugoso (RER), (4) Retículo endoplasmático liso (SER), (5) Ribossoma no RER, (6) Proteínas que são transportadas, (7)
Vesícula transportadora, (8) Aparelho de Golgi ou complexo lameloso (9) Cisterna do AG, (10) Transmembrana do AG,
(11) Cisterna do AG, (12) Vesícula secretora, (13) Membrana plasmática, (14) Proteína secretada, (15) Citoplasma, (16)
Espaço extracelular.

Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/81/Nucleus_ER_golgi_ex.jpg

2.2.8 Vacúolos
Muito abundantes nas células vegetais, de forma mais ou menos esféricas ou ovular,
geradas pela própria célula ao criar uma membrana fechada que isola um certo volume
celular do resto do citoplasma. Seu conteúdo é fluido, armazenam produtos de nutrição
ou de refugo, podendo conter enzimas lisosômicas ou até mesmo pigmentos, caso em
que tomam o nome de vacúolos de suco celular.
Nas células animais os vacúolos são raros e não têm nenhum nome específico.
Contudo, as células do tecido adiposo (os adipócitos) possuem vacúolos repletos de
gordura, que servem como reserva energética.

Figura 13 – Esquema de Célula Vegetal - Vacúolo

Fonte: http://www.herbario.com.br/cie/universi/aula3fig1.jpg

2.2.9 Plastos
Específicas de células vegetais, desenvolvem-se a partir de proplastídeos, que são
organelas pequenas presentes nas células imaturas dos meristemas vegetais e
desenvolvem-se de acordo com as necessidades da célula, surgindo diferentes tipos de
plastos como: os cromoplastos (que contêm pigmentos), os leucoplastos (sem
pigmento), etioplastos (que se desenvolvem na ausência de luz), amiloplastos (que
acumulam amido como substância de reserva), proteoplastos (que armazenam
proteína) e os oleoplastos (acumulam lipídeos).

Figura 14 – Cloroplastos
Fonte: http://www.ufmt.br/bionet/conteudos/15.01.05/clorop2.jpg

Figura 15 – Etioplastos Figura 16 – Amiloplastos

Fonte: http://www.ufmt.br/bionet/conteudos/15.01.05/clorop4.jpg
Fonte: http://www.ufmt.br/bionet/conteudos/15.01.05/clorop3.jpg

Os cloroplastos são um tipo de cromoplastos que contém pigmento chamado clorofila,


que são capazes de absorver a energia eletromagnética da luz solar e a convertem em
energia química por um processo chamado fotossíntese.

2.2.10 Membrana celular


É responsável pela recepção de nutrientes e sinais químicos do meio extracelular,
mantendo assim o equilíbrio do meio intracelular.
Para o funcionamento normal e regular das células, deve haver a seleção das
substâncias que entram e o impedimento da entrada de partículas indesejáveis, ou
ainda, a eliminação das que se encontram no citoplasma. Por ser o componente celular
mais externo e possuir receptores específicos, a membrana tem a capacidade de
reconhecer outras células e diversos tipos de moléculas.
As membranas celulares possuem mecanismos de adesão, de vedação do espaço
intercelular e de comunicação entre as células. As microvilosidades são muito
freqüentes e aumentam a superfície celular.
A membrana celular é uma camada fina e altamente estruturada de moléculas de
lípidos e proteínas, organizadas de forma a manter o potencial elétrico da célula e a
controlar o que entra e sai da célula (permeabilidade seletiva da membrana) e, muitas
vezes, esta membrana contém proteínas receptoras de moléculas específicas
(receptores de membrana), que regularizam o comportamento da célula e, nos
organismos multicelulares, a sua organização em tecidos.
Sua constituição é feita predominantemente por fosfolipídeos e proteínas em
proporções variáveis e uma pequena fração de açúcares, na forma de
oligossacarídeos, tendo ainda nas células animais o colesterol, e exteriormente uma
camada de glicocálice, e nas células vegetais outros esteróis, importantes para o
controle da fluidez das membranas.

Figura 17 – Membrana Celular

Fonte: http://www.portalbiologia.com.br/arquivos/imagens_conteudo/F8C_membrana.gif
2.3 Estruturas citoplasmáticas não-membranosas

2.3.1 Lâmina Basal


É uma treliça de macromoléculas, importante para a função da célula, também separa o
tecido epitelial com o tecido conjuntivo subjacente. Trata-se de uma matriz rica em
proteínas e polissacarídeos. Apresenta 5 componentes principais: colagénio, laminina,
fibronectina, entactina e heparansulfato.

Figura 18 – Lâmina Basal

Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/65/Basal_lamina.jpg/300px-Basal_lamina.jpg

2.3.2 Ribossomos
O ribossomo é formado principalmente (mais ou menos 60% da massa total) por flagelo
ribossomático e cerca de 50 tipos diferentes de proteínas. Tem uma grande e uma
pequena subunidade, sendo a grande formada de 49 proteínas + 3 NA s e a pequena
por 33 proteínas + 1 trA.
As proteínas produzidas pelos polirribossomas geralmente permanecem dentro da
célula para uso interno, já as enzimas que serão expelidas, são produzidas pelos
ribossomas aderidos à parede do retículo endoplasmático. As enzimas são inseridas
dentro dele, armazenadas em vesículas que são transportadas para o complexo de
Golgi, onde são "empacotadas" e enviadas para fora da célula.
Os ribossomos são produzidos no nucléolo, e podem ser encontrados espalhados no
citoplasma, presos uns aos outros por um fita de RNAm formando polissomas (também
chamados de polirribossomas), ou grudados nas membranas do retículo
endoplasmático (formando assim o retículo endoplasmático rugoso ou granular).

Figura 19 – Ribossomos
Fonte: http://www.icb.ufmg.br/prodabi/grupo6/rib1.gif

Figura 20 – Ribossomo

Fonte: http://www.icb.ufmg.br/prodabi/grupo6/rib2.gif

2.3.3 Clatrina
É uma proteína composta por 6 subunidades (3 cadeias pesadas, de 91 kDa, e 3
cadeias leves, de 23-27 kDa) que desempenha um importante papel no processo de
formação de vesículas membranares no interior das células eucariontes. Esta proteína
forma uma rede poliédrica (que lembra a forma de uma bola de futebol), composta por
muitas moléculas, que reveste a vesícula a medida que ela se forma. Além de ajudar na
biogênese de vesículas, a clatrina parece estar envolvida também no processo de
endereçamento destas vesículas.

Figura 21 – Clatrina

Fonte: http://www.ub.es/biocel/wbc/images/clatrina/nature03079-f2-2-peq150.jpg
http://www.ub.es/biocel/wbc/images/clatrina/nature03079-f1.2.jpg

Figura 22 – Esquema representando a atuação da clatrina na formação das membranas


Fonte: http://www.ufmt.br/bionet/conteudos/15.11.04/ves_trans.jpg

2.3.4 Glicocálix
É uma camada externa à membrana presente em células animais, formada por uma
“rede frouxa” de carboidratos que recobre a membrana plasmática, cuja função é
proteger a célula contra agressões físicas e químicas, reter nutrientes e enzimas e
participar do reconhecimento intercelular, uma vez que diferentes células possuem
diferentes glicocálix e diferentes glicídios.

Possui dois tipos de constituintes:

• Variáveis: como as glicoproteínas e as glicosaminoglicanas, que são


primeiramente secretadas pela membrana plasmática e depois aderidas
por ela;
• Constantes: como a porção glicídica de glicoproteínas e glicolipídeos.
Suas principais funções são de proteção, barreira de difusão, enzimática,
antigênica – só a porção constante – adesiva, inibição por contato,
reconhecimento celular e definição de um ambiente especial, com pH,
força iônica e carga elétrica próprios.

O glicocálix pode atuar como proteção contra certos tipos de vírus. Esta se daria por
repulsão eletrostática porque tanto alguns vírus quanto o ácido siálico ou N-acetil-
neuramínico (presente em certos glicocálix) possuem carga negativa.
2.4 Estruturas externas à celula

2.4.1 Microvilosidade
São desdobramentos regulares da membrana plasmática e o material citoplasmático
contém feixes de microfilamentos de actina dispostos paralelamente, que auxiliam na
sua estruturação. Por exemplo, as microvilosidades estão presentes na superfície
apical (domínio apical) das células que compõe o epitélio do intestino delgado humano
e servem para aumentar a superfície de absorção dos alimentos.

2.4.2 Cílios
São apêndices das células eucarióticas com movimento constante numa única direção.
Possuem uma proteína motora, a dineína, associada aos microtúbulos periféricos.
Os cílios são estruturalmente idênticos aos flagelos e, por essa razão, estes termos são
muitas vezes usados para as mesmas estruturas. No entanto, geralmente usa-se o
termo cílios nos casos em que eles são numerosos e curtos.
Cada cílio é formado por uma membrana que protege uma matriz de nove microtúbulos
que rodeia um núcleo central de dois microtúbulos. Normalmente chama-se a este tipo
de organização uma estrutura 9 + 2.

Figura 23 – Cílios e Flagelos

Fonte: http://www.expoente.com.br/revistadovestiba/vestibular/puc2002/biologia/bioq07.jpg

2.4.3 Flagelos
São apêndices das células vivas, em forma de filamentos, que servem para a sua
locomoção (no caso de organismos unicelulares - flagelados) ou para promover o
movimento da água ou outros fluidos no interior do organismo, quer no processo da
alimentação, quer na excreção.

2.4.2.1 Axonema
É a estrutura contrátil dos flagelos e cílios, formada por dez pares de
microtúbulos, dos quais um é axial e os outros nove estão dispostos em coroa.
3 Conclusões
Este trabalho apresentou um estudo sobre a célula e algumas de suas mais
importantes estruturas, no que diz respeito à fisiologia e morfologia.
É através dessas estruturas que as células desempenham as funções vitais dos
organismos, garantindo assim sua manutenção.
No geral, as estruturas abordadas compreendem as organelas nucleares, as organelas
membranosas, as organelas não-membranosas e externas às células, as quais foram
descritas e estudadas neste trabalho de revisão.

Figura 24 – Célula

Fonte: http://curlygirl.naturlink.pt/celula1.jpg
Bibliografia

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