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PRESIDENTE PRUDENTE
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - BACHARELADO
Presidente Prudente – SP
2008
FACULDADE DE CIÊNCIAS, LETRAS E EDUCAÇÃO DE
PRESIDENTE PRUDENTE
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - BACHARELADO
Presidente Prudente – SP
2008
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO 05
2 ESTRUTURAS CELULARES 06
2.1 Estruturas Nucleares 06
2.2 Estruturas Citoplasmáticas Membranosas 11
2.3 Estruturas Citoplasmáticas Não-Membranosas 19
2.4 Estruturas externas à célula 23
4 CONCLUSÕES 24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25
1 Introdução
A célula representa a menor porção de matéria viva, ou seja, são as unidades
estruturais e funcionais dos organismos vivos. As funções vitais de um organismo
ocorrem dentro das células.
Alguns organismos são unicelulares, ou seja, constituídos de uma única célula
(bactéria) e outros são pluricelulares, ou seja, constituídos de mais de uma célula (os
seres humanos são compostos por aproximadamente 100 trilhões de células).
Em organismos pluricelulares, as células podem ser comparadas aos tijolos de uma
casa, onde cada tijolo seria como uma célula, onde juntas formam um todo (tecido -
órgão - organismo - indivíduo).
A palavra "célula" vem do latim: cellula (quarto pequeno) e foi escolhido por Robert
Hooke em 1665.
De acordo com a organização estrutural, as células são divididas em:
Este trabalho de revisão tem por objetivo realizar um estudo da morfologia e fisiologia
dessas estruturas celulares.
2 Estruturas Celulares
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/ba/Diagram_human_cell_nucleus_pt.svg/462px-
Diagram_human_cell_nucleus_pt.svg.png
Fonte: http://www.javeriana.edu.co/Facultades/Ciencias/neurobioquimica/libros/celular/figurascap/poro.jpg
2.1.3 Nucléolo
São corpúsculos arredondados de aspecto esponjoso, sem membrana envolvente e
cheios de pequenas cavidades preenchidas por nucleoplasma ou por cromatina.
É responsável pela coordenação do processo reprodutivo das células, síntese protéica
e controle dos processos celulares básicos. É ausente em células procariota.
2.1.4 Cromossomo
Um cromossomo é uma longa sequência de DNA que contém vários genes e outras
sequências de nucleótidos (nucleotídeos) com funções específicas nas células dos
seres vivos.
Nos cromossomos dos eucariontes, o DNA encontra-se numa forma semi-ordenada
dentro do núcleo celular, agregado a proteínas estruturais, as histonas, e toma a
designação de cromatina. Os procariontes não possuem histonas nem núcleo. Na sua
forma não-condensada, o DNA pode sofrer transcrição, regulação e replicação.
2.1.4.1 Centrômero
É uma região mais condensada de cromatina em um cromossomo, e é
responsável por dividir o cromossomo em duas porções assimétricas, chamadas
de braço curto e braço longo. Está envolvido no processo de divisão celular, quer
seja a Mitose, quer seja a Meiose.
Quando o centromero se localiza no centro do cromossomo, ele é chamado
metacêntrico, e quando fica mais perto das extremidades, ele é chamado de
submatacêntrico. Quando o braço curto dos cromossomos possuem uma
pequena esfera terminal, que é chamada de satélite, ele é chamado cromossomo
do tipo acrocêntrico.
2.1.4.2 Telômero
São estruturas constituídas por fileiras repetitivas de proteínas e DNA não
codificante que formam as extremidades dos cromossomas. Sua principal função
é manter a estabilidade estrutural do cromossoma.
Funcionam como um protetor para os cromossomos assegurando que a
informação genética (DNA) relevante seja perfeitamente copiada quando a célula
se duplica.
Figura 3 – Cromossomo
(1) Cromatídeo. Cada um dos dois braços idênticos dum cromossoma depois da fase S.
(2) Centrómero. O ponto de ligação de dois cromatídeos, onde se ligam os microtúbulos.
(3) Braço curto. (4) Braço longo.
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/54/Chromosome.png
2.1.5 Cromatina
Numa célula eucariótica, quase todo o DNA está compactado na cromatina. DNA é
"empacotado" na cromatina para diminuir o tamanho da molécula (de DNA), e para
permitir maior controle por parte da célula de tais genes.
Grande parte da cromatina é localizada na periferia do núcleo, possivelmente pelo fato
de uma das principais proteínas associadas com a heterocromatina ligar-se a uma
proteína da membrana nuclear interna. Há dois tipos de cromatina:
• Eucromatina: consiste em DNA ativo, ou seja, que pode-se expressar como
proteinas,
• Heterocromatina: que consiste em DNA inativo e que parece ter funções
estruturais durante o ciclo celular. Podem ainda distinguir-se dois tipos de
heterocromatina:
Heterocromatina constitutiva: que nunca se expressa como proteínas e
que se encontra localizada à volta do centrômero (contém geralmente
sequências repetitivas); e
Heterocromatina facultativa: que, por vezes,é transcrita em outros tipos
celulares, consequentemente sua quantidade varia dependendo da atividade
transcricional da célula.
Fonte: http://www.cbs.dtu.dk/staff/dave/roanoke/fig6_10.jpg
2.1.6 Nucleoplasma (cariolinfa)
É uma massa incolor, cujas propriedades são comparáveis à do hialoplasma e é
constituída principalmente de água e proteínas que preenche o núcleo celular que
contém os filamentos de cromatina e o nucléolo.
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/13/Nucleus_ER.png/300px-Nucleus_ER.png
2.2 Estruturas citoplasmáticas membranosas
Fonte: http://professores.unisanta.br/maramagenta/Imagens/ANATOMIA/Reticulo%20-%20extr%20euita.bmp
Figura 7 – Mitocôndria
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c9/Diagram_of_a_human_mitochondrion_pt.svg/562px-Diagram_of_a_human_mitochondrion_pt.svg.png
2.2.4 Lisossomas
São pequenas bolsas com revestimento membranoso que contém enzimas hidrolíticas
responsáveis pela digestão de materiais advindos do meio extra-celular nas células
(englobados através de fagocitose ou pinocitose) ou resíduos da própria célula
(autofagia).
Estas enzimas são sintetizadas no Retículo Endoplasmático Granular, que migram para
o Complexo de Golgi, onde se acumulam e soltam-se (brotamento vesicular),
originando assim os lisossomos.
Fonte: http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/lisossomos/imagens/lisossomos-vacuolos-peroxisssomos1.gif
Fonte: http://bp2.blogger.com/_seXpqen0aQo/Rkt1_XbgozI/AAAAAAAAABM/i_1nIDsA5qk/s320/lisossomo+e+digest%C3%A3o.bmp
2.2.5 Peroxissomas
Apresentam um corpo granuloso envolto por membrana, sendo responsáveis pelo
armazenamento das enzimas (cerca de 40 enzimas oxidativas produzidas pelos
poliribossomos) responsáveis pelo catabolismo de ácidos graxos de cadeia longa
(beta-oxidação), formando Acetil-CoA e H2O2, e pelo metabolismo do peróxido de
hidrogênio (substância altamente tóxica para a célula, transformando-os em
compostos menos tóxicos), detoxifica agentes nocivos como o etanol e mata certos
microorganismos.Realizam ainda a oxidação de urato e de D-aminoácidos.
Todas as células animais possuem de 60 a 70 peroxissomas, sendo que
hepatócitos, neutrófilos e macrófagos e células renais possuem maior número deles.
Fonte: http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/lisossomos/imagens/lisossomos-vacuolos-
peroxisssomos4.jpg
2.2.6 Endossomos
São compartimentos de forma variada, localizados entre o complexo de Golgi e a
membrana plasmática, sendo responsáveis pelo transporte e digestão de partículas e
grandes moléculas que são captadas pela célula através de fagocitose e pinocitose.
Grande parte desse material é encaminhada para os lisossomos, porém muitas são
despejadas no citosol e outras são devolvidas para a superfície celular.
Figura 11 - Endossomos
Fonte: http://www.ufmt.br/bionet/conteudos/15.11.04/endo1.jpg
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/81/Nucleus_ER_golgi_ex.jpg
2.2.8 Vacúolos
Muito abundantes nas células vegetais, de forma mais ou menos esféricas ou ovular,
geradas pela própria célula ao criar uma membrana fechada que isola um certo volume
celular do resto do citoplasma. Seu conteúdo é fluido, armazenam produtos de nutrição
ou de refugo, podendo conter enzimas lisosômicas ou até mesmo pigmentos, caso em
que tomam o nome de vacúolos de suco celular.
Nas células animais os vacúolos são raros e não têm nenhum nome específico.
Contudo, as células do tecido adiposo (os adipócitos) possuem vacúolos repletos de
gordura, que servem como reserva energética.
Fonte: http://www.herbario.com.br/cie/universi/aula3fig1.jpg
2.2.9 Plastos
Específicas de células vegetais, desenvolvem-se a partir de proplastídeos, que são
organelas pequenas presentes nas células imaturas dos meristemas vegetais e
desenvolvem-se de acordo com as necessidades da célula, surgindo diferentes tipos de
plastos como: os cromoplastos (que contêm pigmentos), os leucoplastos (sem
pigmento), etioplastos (que se desenvolvem na ausência de luz), amiloplastos (que
acumulam amido como substância de reserva), proteoplastos (que armazenam
proteína) e os oleoplastos (acumulam lipídeos).
Figura 14 – Cloroplastos
Fonte: http://www.ufmt.br/bionet/conteudos/15.01.05/clorop2.jpg
Fonte: http://www.ufmt.br/bionet/conteudos/15.01.05/clorop4.jpg
Fonte: http://www.ufmt.br/bionet/conteudos/15.01.05/clorop3.jpg
Fonte: http://www.portalbiologia.com.br/arquivos/imagens_conteudo/F8C_membrana.gif
2.3 Estruturas citoplasmáticas não-membranosas
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/65/Basal_lamina.jpg/300px-Basal_lamina.jpg
2.3.2 Ribossomos
O ribossomo é formado principalmente (mais ou menos 60% da massa total) por flagelo
ribossomático e cerca de 50 tipos diferentes de proteínas. Tem uma grande e uma
pequena subunidade, sendo a grande formada de 49 proteínas + 3 NA s e a pequena
por 33 proteínas + 1 trA.
As proteínas produzidas pelos polirribossomas geralmente permanecem dentro da
célula para uso interno, já as enzimas que serão expelidas, são produzidas pelos
ribossomas aderidos à parede do retículo endoplasmático. As enzimas são inseridas
dentro dele, armazenadas em vesículas que são transportadas para o complexo de
Golgi, onde são "empacotadas" e enviadas para fora da célula.
Os ribossomos são produzidos no nucléolo, e podem ser encontrados espalhados no
citoplasma, presos uns aos outros por um fita de RNAm formando polissomas (também
chamados de polirribossomas), ou grudados nas membranas do retículo
endoplasmático (formando assim o retículo endoplasmático rugoso ou granular).
Figura 19 – Ribossomos
Fonte: http://www.icb.ufmg.br/prodabi/grupo6/rib1.gif
Figura 20 – Ribossomo
Fonte: http://www.icb.ufmg.br/prodabi/grupo6/rib2.gif
2.3.3 Clatrina
É uma proteína composta por 6 subunidades (3 cadeias pesadas, de 91 kDa, e 3
cadeias leves, de 23-27 kDa) que desempenha um importante papel no processo de
formação de vesículas membranares no interior das células eucariontes. Esta proteína
forma uma rede poliédrica (que lembra a forma de uma bola de futebol), composta por
muitas moléculas, que reveste a vesícula a medida que ela se forma. Além de ajudar na
biogênese de vesículas, a clatrina parece estar envolvida também no processo de
endereçamento destas vesículas.
Figura 21 – Clatrina
Fonte: http://www.ub.es/biocel/wbc/images/clatrina/nature03079-f2-2-peq150.jpg
http://www.ub.es/biocel/wbc/images/clatrina/nature03079-f1.2.jpg
2.3.4 Glicocálix
É uma camada externa à membrana presente em células animais, formada por uma
“rede frouxa” de carboidratos que recobre a membrana plasmática, cuja função é
proteger a célula contra agressões físicas e químicas, reter nutrientes e enzimas e
participar do reconhecimento intercelular, uma vez que diferentes células possuem
diferentes glicocálix e diferentes glicídios.
O glicocálix pode atuar como proteção contra certos tipos de vírus. Esta se daria por
repulsão eletrostática porque tanto alguns vírus quanto o ácido siálico ou N-acetil-
neuramínico (presente em certos glicocálix) possuem carga negativa.
2.4 Estruturas externas à celula
2.4.1 Microvilosidade
São desdobramentos regulares da membrana plasmática e o material citoplasmático
contém feixes de microfilamentos de actina dispostos paralelamente, que auxiliam na
sua estruturação. Por exemplo, as microvilosidades estão presentes na superfície
apical (domínio apical) das células que compõe o epitélio do intestino delgado humano
e servem para aumentar a superfície de absorção dos alimentos.
2.4.2 Cílios
São apêndices das células eucarióticas com movimento constante numa única direção.
Possuem uma proteína motora, a dineína, associada aos microtúbulos periféricos.
Os cílios são estruturalmente idênticos aos flagelos e, por essa razão, estes termos são
muitas vezes usados para as mesmas estruturas. No entanto, geralmente usa-se o
termo cílios nos casos em que eles são numerosos e curtos.
Cada cílio é formado por uma membrana que protege uma matriz de nove microtúbulos
que rodeia um núcleo central de dois microtúbulos. Normalmente chama-se a este tipo
de organização uma estrutura 9 + 2.
Fonte: http://www.expoente.com.br/revistadovestiba/vestibular/puc2002/biologia/bioq07.jpg
2.4.3 Flagelos
São apêndices das células vivas, em forma de filamentos, que servem para a sua
locomoção (no caso de organismos unicelulares - flagelados) ou para promover o
movimento da água ou outros fluidos no interior do organismo, quer no processo da
alimentação, quer na excreção.
2.4.2.1 Axonema
É a estrutura contrátil dos flagelos e cílios, formada por dez pares de
microtúbulos, dos quais um é axial e os outros nove estão dispostos em coroa.
3 Conclusões
Este trabalho apresentou um estudo sobre a célula e algumas de suas mais
importantes estruturas, no que diz respeito à fisiologia e morfologia.
É através dessas estruturas que as células desempenham as funções vitais dos
organismos, garantindo assim sua manutenção.
No geral, as estruturas abordadas compreendem as organelas nucleares, as organelas
membranosas, as organelas não-membranosas e externas às células, as quais foram
descritas e estudadas neste trabalho de revisão.
Figura 24 – Célula
Fonte: http://curlygirl.naturlink.pt/celula1.jpg
Bibliografia