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Sinonímia:
Tinea nigra, Tinha negra palmar
Agente etiológico:
Hortaea werneckii (Cladosporium werneckii)
Hábitat:
Diversos ambientes com elevada concentração de sal, água do
mar, frutos do mar, areia da praia.
Aspectos clínicos:
Máculas indolores bem delimitadas
Lesões únicas, não descamativas e planas
Localização das lesões: palma das mãos e ocasionalmente na
planta dos pés
Cor das lesões: hiperpigmentadas de cor marrom a cinza
pigmentação mais intensa nas bordas
Epidemiologia:
Maior frequência em países de clima tropical e subtropical (Brasil,
Venezuela, Colômbia)
Mais comum em mulheres (5x mais)
Ocorre em crianças, adultos e idosos ( + em jovens 20 anos)
Diagnóstico Diferencial:
Melanoma maligno
Dermatite de Contato
Nevus
Melanose pós inflamatória
Mancha por produtos químicos
Diagnóstico Laboratorial:
Amostra: raspado das bordas das lesões da pele
-Exame microscópico direto:
-recolher as descamações sobre uma lâmina de microscopia
-clarificar com KOH 10 ou 20%
-cobrir com lamínula e aquecer levemente
-observar ao microscópio
1.DERMATOFITOSES
São infecções causadas por fungos dermatófitos, que invadem a
queratina morta. São fungos filamentosos, hialinos, septados, algumas
vezes artroconidiados e queratinofílicos.
Agentes etiológicos:
Pertencem aos gêneros Microsporum, Epidermophyton e
Trichophyton.
Hábitat:
Em relação ao seu habitat podem ser divididos em:
geofílicos- vivem em solos
zoofílicos – vivem em animais
antropofílicos – vivem no homem
Antropofílicos: Zoofílicos:
E. floccosum M.canis
T. rubrum T. mentagrophytes var mentagrophytes
T. mentagrophytes var interdigitale T. verrucosum
T. shoenleinii T. equinum
T. tonsurans M. gallinae
T. violaceum T. simii
T. audouinii
Geofílicos:
M. gypseum M. fulvum
T. ajelloi T. terrestre
M. nanum M. cookei
M. persicolor
Patogênese:
Tinea capitis
Tinea corporis
Tinea cruris
Tinea pedis
Tinea manum
Tinea favosa
Tinea imbricata
Tinea unguium
Tinea barbae
Lesão microspórica:
número diminuto de lesões, uma ou duas placas de alopécia,
fluorescentes à lâmpada de Wood. Gênero Microsporum.
Lesão tricofítica:
lesão alopécica múltipla, muito descamativa, não fluorescente à
lâmpada de Wood. Gênero Trichophyton.
Agentes etiológicos:
T. mentagrophytes lesões com secreção purulenta
T. rubrum formas disseminadas
M. canis lesões evoluem para cura espontânea
E. floccosum
T. verrucosum
Tipos de lesões:
Eritemato vésico-crostosa (herpes circinada)
Foliculite (pústulas ao redor dos pêlos)
Placa de querion
Granulomatosa profunda
Tinea imbricata
Agente etiológico:
Trychopyton concentricum
Tipos de lesões:
Lesões caracterizam-se pela formação de círculos concêntricos
de descamação que atingem grandes áreas do corpo.
Tinea cruris ou inguinal
Localização:
Virilha, períneo, região genital
Agentes etiológicos:
T. rubrum, E. floccosum, T. mentagrophytes
Tipos de lesões:
arciformes (eczema marginado de Hebra)
placas eritematosa úmidas com bordos descolados
Fatores:
transpiração, umidade, maceração da pele, obesidade
Tinea unguium
Tipos Clínicos:
Dermatofitose sub-ungueal invasiva: início nos bordos livres ou
laterais. Unhas ficam opacas, esbranquiçadas e espessas.
Leuconiquia micótica: invasão restrita a superfície da unha
tornado-se opaca com manchas brancas e posteriormente
amareladas. Não há resposta inflamatória.
Agentes etiológicos:
T. rubrum, T. mentagrophytes, E. floccosum
Tinea barbae
Agentes etiológicos:
T. mentagrophytes e T. verrucosum (zoofílicos)
T. rubrum e T. schoenleinii (objetos de barbearias)
Tipos de lesões:
Tinha circinada
Foliculite
Placa de quérion
Tinea manum
Agentes etiológicos:
T. rubrum, T. mentagrophytes, E.floccosum
Tipos de lesões:
-desidróticas: vesículas duras (rompimento libera líq. amarelado)
-eczematóides: placas eritematoescamosas
Tinea pedis
Agentes etiológicos:
T. mentagrophytes, T. rubrum e E. floccosum
Tipos de lesões:
Intertriginosa crônica (maceração e fissuras, “pé-de-atleta”)
Hiperqueratose plantar (placas eritematoescamosas)
Vesiculosa ou Disidrosiforme (semelhante a vesículas purulentas)
Diagnóstico laboratorial das Dermatofitoses:
Amostra:
pele e unhas raspar as lesões
pêlos retirá-los com pinça das bordas das lesões
Tratar o material com KOH 20% para pele e pêlo e 40% para unha
clarificação
KOH digestão do material
desagregação do material
A B
Microsporum spp.
A-muitos macroconídios
B-poucos microconídios
A Trichophyton spp.
A-poucos macroconídios
B-muitos microconídios
B
A
Epidermophyton sp.
A-apenas macroconídios
-Cultivo:
Microsporum canis
Macroscópico: Crescimento rápido de 6-10 dias.
Textura algodonosa de tonalidade branca. O reverso apresenta-se
alaranjado brilhante
Microsporum gypseum
Macroscópico: Crescimento rápido de 3-5 dias.
Textura pulverulenta com pigmentação amarelo-acastanhado.
O reverso apresenta-se cor creme
Epidermophyton floccosum
Macroscópico: Crescimento rápido de 7-10 dias.
Textura algodonosa coloração dos bordos e do verso é amarelo-
esverdeada.
Trichophyton rubrum
Macroscópico: Crescimento em 12-16 dias.
Textura algodonosa, apresentam tonalidade branca que, com o passar do
tempo, pode tornar-se avermelhada e reverso avermelhado. Urease negativa
Prova da
Urease
Couro cabeludo:
-Remoção mecânica dos pêlos parasitados no local da lesão
-Remoção por uso de antifúngicos tópicos e queratolíticos
(derivados imidazólicos tópicos))
-Tratamento sistêmico (griseofulvina e derivados imidazólicos)
Lesões de pele:
-Antifúngicos tópicos (soluções de iodo 1 a 2% + iodeto de
potássio + solução alcoólica a 60°)
-Derivados imidazólicos (clotrimazol, miconazol,
cetoconazol.....)
Unhas:
“Tratamento difícil”
-tópico: esmalte fungicida de ciclopirox 8%
-tratamento tópico deve ser associado ao sistêmico
(itraconazol 400 mg/dia, p/uma semana, a cada mês, durante 3
meses)