Você está na página 1de 28

Inflamação

Oque é inflamação
É uma Resposta orgânica de um tecido vivo vascularizado a uma lesão de forma progressiva ao
longo de um determinado período de tempo

Sinais cardeais:
Dor, calor, rubor, tumor e perda de função

Qual o objetivo da inflamação


Diluir, Isolar, Eliminar

Oque define o tempo de duração de aguda e crônica, são os tecidos que são lesados e o agente.

As resposta inflamatória são benéficas das seguintes maneiras:


 Diluição e\ou inativação de toxinas biológicas e químicas;
 Morte ou sequestro de micro-organismo, material estranho, tecido necrótico e células
neoplásicas;
 Degradação de materiais estranhos;
 Fornecimento de fatores necessários á cicatrização de feridas em superfícies ulceradas e
tecidos traumatizados;
 Restrição da movimentação de membros e articulações, dando tempo para que ocorra a
cicatrização e reparo;
 Aumento da temperatura corpórea ou local, que induz vasodilatação e inibição da
replicação de algum agente microbiano.

Se essa resposta inflamatória for excessiva ou prolongada pode ser mais danosa

Principais respostas celulares e vasculares durante a resposta inflamatória.


Inflamação Aguda

Pode se iniciar por diversas substancias exógenas e endógenas que lesam o tecido
vascularizado. A primeira resposta a essa lesão é a hiperemia ativa, que é um aumento do fluxo
sanguíneo ao tecido lesionado, ocorrendo a vasodilatação de arteríolas e capilares. Essa
resposta é responsável pelo rubor e pelo calor. Ocorre com a ajuda dos mediadores químicos
como prostaglandina, endotelina e oxido nítrico. Com vasodilatação vai baixar a velocidade do
fluxo vascular, onde vai facilitar a saída de fluidos, plasma e proteínas plasmáticas. Aumentando
o volume e a dor. As proteínas plasmáticas e o fluido que se acumulam no espaço extracelular
são chamados de transudato, ocorre no inico de uma inflamação aguda, ele se forma quando a
extravasamento de fluido, devido o aumento da pressão hidrostática ou a diminuição da pressão
osmotica Durante os primeiros estágios da resposta inflamatória aguda é formação de fendas
intracelulares entre as células endoteliais devido a sua contração. São tão pequenas quer
permitem apenas passagem de agua e eritrócitos. Caso haja um alargamento dessa fenda ou a
lesão das células endoteliais, neutrófilos e mais proteínas podem adentrar as áreas danificadas,
levado a formação de exsudato. O exsudato é um fluido opaco e geralmente viscoso. Se forma
durante a inflamação devido a maior permeabilidade vascular, pelo aumento dos espaços
interendoteliais.
O fibrinogênio é uma importante proteína plasmática encontrada no exsudato que se polimeriza
nos tecidos extravasculares formando fibrina. Os neutrófilos são os primeiros leucócitos a entrar
no exsudato, e seu acumulo após sua liquefação é chamado de pus. Os neutrófilos matam
patógenos e degradam o material estranho por dois mecanismos: 1- fagocitose e fusão com
lisossomos primários e secundário e 2- secreção de conteúdo de grânulos no exsudato. Por
liberarem enzimas, essas células contribuem para formação da lesão tissular.
A fase reparadora da resposta inflamatória aguda começa cedo e apenas termina após o
processo ou a substancia causadora da lesão ser removida. Nessa fase as células necróticas e
tecidos são substituídos por diferenciação e regeneração de células-tronco parenquimatosas e
mesenquimatosas, associadas ao preenchimento do defeito com tecido conjuntivo e ao
recobrimento de superfícies desnuda com membrana basal e reepitelialização. O processo
inflamatório termina quando a resposta inflamatória aguda foi completa na sequencia adequada e
o estimulo causador da lesão removido. Se o causador do estimulo não for removido,a inflamação
passa a ser crônica e pode formar tecido de granulação e fibrose.

Transudato: poucas proteínas, poucas células (fase inicial do processo inflamatório agudo, vai se
transformar em exsudato)
Exsudato: muitas proteínas e muitas células.
Existem duas classes de substancias, endógena e exógena, capazes de lesionar células e
tecidos e induzir a resposta inflamatória aguda. Dentre as substancias endógenas, estão aquelas
que provocam resposta inflamatória autorreativas. Dentre as substancias exógenas estão os
micro-organismos, corpos estranhos, ações mecânicas, ações físicas, substancias químicas e
ações nutritivas. Isso vai desencadear liberação de mediadores celulares que provocam uma
reação inflamatória aguda.

Fase fluida
A principal função é a diluição e a localização do agente ou da substancia iniciante, vão ocorrer:
aumento do fluxo sanguíneo ao sitio de lesão; aumento da permeabilidade de capilares e vênulas
pos-capilares ás proteínas plasmáticas e leucócitos através da liberação de mediadores
inflamatórios; migração de leucócitos na área perivascular.

Fase celular
A principal função é enviar leucócitos ao exsudato no sitio de lesão, de modo que essas células
possam internalizar agentes ou substancias através da fagocitose e se necessário mata-los e ou
degrada-los. Os neutrófilos, eosinófilo, basófilo, monócito, mastócito, linfócito, células T natural
killer, células dendriticas. Desempenham um importante papel na proteção de mucosas, pele e
outras superfícies corpóreas.

Cascata de adesão leucocitária


Faz com que ocorra a movimentação de leucócitos do lúmem dos capilares e das vênulas pós-
capilares ao tecido conjuntivo intersticial.
 Marginalização: com a vasodilatação e a redução da pressão hidrostática e da
velocidade do fluxo sanguíneo.
 Rolamento: o primeiro contato entre os leucócitos e as células endoteliais ocorre por
meio de interação transientes e fracas entre moléculas de adesão da família da
selectina e seus receptores. Durante o rolamento o leucócito se liga
temporariamente ao endotélio e então são liberados, oque os aproxima da superfície
da célula endotelial e reduz sua velocidade de transito. Ao reduzir o tempo de
transito dos leucócitos pelos capilares e vênulas pós-capilares, juntamente com a
continua proximidade dessas células ao endotélio e a constante liberação de
quimiocinas e citocinas pró-inflamatórias.
 Adesão estável: para que a adesão seja estável, os neutrófilos e as células
endoteliais devem ser ativados por diversas citocinas. Após a obtenção da adesão
estável os neutrófilos passam entre as junções das células endoteliais por meio da
migração transcelular.
 Migração transcelular: nas vênulas pós-capilares a velocidade dos neutrófilo diminui
a parada completa após a marginalização. Os leucócitos aderidos migram através
da camada endotelial passando entre as células. Diversas moléculas de adesão
leucocitária participam desse processo.
Esse processo é iniciado na fase fluida da resposta inflamatória aguda e é mediado por
quimiocinas, citocinas e substancias quimiotáticas, como fragmento do sistema
complemento.

Marginalização

Rolamento Adesão estável Migração transcelular

Células efetoras
Endoteliais:
função:
Hemostasia / Coagulação
Pressão Vascular
Angiogênese reparadora
Carcinogênese
Suporte a adesão de leucócitos
Inflamação

Mastócitos e Basófilos:
Função:
Afinidade pela IgE
Reações de hipersensibilidade
Localização
Tecido Conjuntivo
Mucosa

Neutrófilos:
Função
Eosinófilos:
Função
Recrutados da circulação
Doenças
Alérgicas
Parasitárias
Transição
entre Inflamação Aguda e Crônica

Células Natural Killer e Linfócitos T Natural Killer


Função:
Sentinelas do sistema imune
Lise células tumorais
Células infectadas por vírus

Monócitos e Macrófagos:
Função

Mediadores químicos

Entre os mediadores químicos estão a histamina, serotonina, bradiocinina e as taquiquininas.


Muitas dessas moléculas são produzidos como pré-formadas ou sintetizadas pelo fígado e por
neutrófilo, basófilo, macrófago, plaquetas, mastócitos, células endoteliais, células da musculatura
lisa, fibroblasto e a maioria das células epiteliais. Derivam do plasma, se ligam a receptores em
células-alvo e as ativam ou fazem com que secretem outros mediadores inflamatórios.

Cascata do sistema complemento


Fase reparadora

Os 4 principais resultados da inflamação aguda são os seguintes:


 Resolução

 Cicatrização por fibrose


 Formação de abcessos
 Progressão para inflamação crônica

A resolução ocorre se:


 A resposta inflamatória aguda for completa na sequencia correta
 Os macrófagos e os vasos linfáticos removerem o exsudato
 O agente ou substancia iniciante for eliminada
 O estroma do tecido acometido estiver intacto e puder sustentar a regeneração das células
epiteliais.
 As células epiteliais ulceradas ou necróticas forem substituídas por regeneração das
células epiteliais adjacentes, localizadas em membrana basal intacta.

Inflamação crônica

É aquela de longa duração, ocorre quando a inflamação aguda não consegue eliminar o estimulo
iniciante. Depois de repetidos episódios de inflamação aguda ou na resposta a característica
bioquímicas únicas e ou fatores de virulência presente no estimulo ou micro-organismos
iniciantes.

Persistência / Resistência
Infecções persistentes como o da Mycobacterium sp e Toxocara canis

Isolamento
Streptococcus e Staphylococcus não são naturalmente resistente a fagócitos, fogem das
respostas imunológicas e se escondem no pus.

Não responsividade
Material vegetal, Material de sutura são indestrutíveis e portanto não são responsivos a fagocitose
e degradação enzimática.

Autoimunidade e Defeitos Leucocitários


Alterações na regulação das respostas imunológicas adaptativas e antígenos próprios levam ao
desenvolvimento de doença autoimunes.

Não identificados
Meningoencefalite granulomatosa canina

As respostas inflamatórias crônicas são mantias por citocina, quimiocinas e outros mediadores
inflamatórios que são liberados e iniciam :

A inflamação crônica pode ser benéfica com o passar do tempo pode levar o ao retorno da
atividade normal.
A inflamação crônica pode ser maléfica também, pois os leucócitos mononucleares infiltrados na
região ocupa espaços e geralmente deslocam, substitui e ocasionalmente obliteram o tecido
original.

Linfócito: desempenham papel nas doenças autoimunes e naquelas em que há persistência do


antígeno.

Nomenclatura:
Critérios
Localização
Tipo de Exsudato
Distribuição
Duração
Gravidade

Designação do órgão + ite

Tipo de exsudato:
Seroso: extravasamento ou acumulo de fluido com baixa concentração de proteínas plasmáticas
e baixos números de leucócitos.
Catarral: a resposta tecidual é composta por secreção ou acumulo de um fluido gelatinoso
espesso, contendo abundantemente muco e mucinas de membrana mucosas.
Fibrinosa: é composta pelo acumulo de fluido com alta concentração de proteínas plasmáticas e
baixos números de leucócitos. Essa resposta é um exsudato.
Supurativo: acumulo de fluido com alta concentração de proteínas plasmáticas e altos números
de leucócito, predominantemente neutrófilos.
Distribuição:
Focal
Focalmente extensiva
Multifocal
Multifocal a coalescente
Difusa

Duração:
Aguda
Subaguda
Crônica
Crônica-ativa

Gravidade:
Leve / Discreta
Moderada
Grave / Severa
Cicatrização e anfigênese(formação de novos vasos)

Cicatrização – processo de formação da cicatriz


Regeneração – proliferação celular a fim de repor estruturas perdidas com pouca lesão no
estroma

Sinais cardeais da inflamação: dor, calor, rubor e tumor.

Cicatrização:
o Ocorre em seguida da lesão, ou seja, em tecido lesionado
o Possui 4 fases:

– formação de coágulo e quimiotaxia


– repitelização, angiogênese, tecido de granulação e matriz
provisória
– matriz de colágeno e contração da ferida

Primeira fase: Hemostasia


Ocorre imediatamente após a lesão, gera uma vasoconstrição temporária para que possa ocorrer
uma agregação plaquetária e também uma adesão ao colágeno ali presente, formando um
trombo. Assim, após o vasoespamo, ocorre o relaxamento (permitindo mais sangramento, caso a
agregação não tenha sido eficiente).
Sendo assim, as plaquetas depois de aderidas iniciam a secreção de substâncias
vasoconstritoras que possuem: a intenção de manter a vasoconstrição dos vasos rompidos, para
que se inicie a trombogênese (formação de um trombo/coágulo) e após, a cicatrização de vasos
(angiogênese).

Segunda fase: Inflamação aguda


A segunda fase é plenamente estabelecida após 24 horas, podendo durar até 96 horas ou mais.
E é nesta fase que os sinais cardeais – rubor (vermelhidão), tumor (aumento de volume), calor
(fogo que arde), dor e perda de função ocorrem.
Os neutrófilos e macrófagos, entram em ação para realizar a fagocitose e os macrófagos
secretam diversos fatores quimiotáticos e fatores de crescimento, os quais irão preparar o
ambiente para a fase de granulação.
Terceira fase: Granulação

As células basais proliferam e se dissemina, na tentativa de fechar a ferida, e algumas também


de diferenciam; no entanto, após a diferenciação, a proliferação e a migração cessam. A fase de
proliferação pode durar até três a quatro semanas ou mais, dependendo do tamanho da ferida.
Esta fase é caracterizada pela geração de um novo epitélio – angiogênese, epitélio –
epitelialização e tecido conjuntivo – fibroplasia/desmoplasia.

O mecanismo de fibrose ocorre pelo alinhamento de fibroblastos em linhas de tensão e tem seu
início com moléculas de fibrina e proteínas plasmáticas, as quais formam uma estrutura
gelatinosa e com o passar do tempo, esta matriz se torna mais dura já que os fibroblastos
iniciarão a produção de colágeno, para depois, talvez, formar o tecido de granulação.
O tecido de granulação é um tecido conjuntivo exposto formado na parte interna da cicatrização,
vascularizado por capilares frágeis. É especialmente comum em equinos. Pode ocorrer a
formação de cicatrizes hipertróficas, que ocorrem como resultado da proliferação exuberante de
fibroblastos e colágenos em feridas que não cicatrizam adequadamente. É comum em equinos,
formando uma “carne esponjosa” e também a formação de queloide – deposição excessiva de
tecido conjuntivo.
Para que ocorra a angiogênese, deve-se ter uma destruição parcial da matriz extracelular.

DEGRADAÇÃO DE COMPONENTES CELULARES E TECIDUAIS DA FERIDA:


Muitas células e moléculas precisam ser removidas antes do início da cicatrização.
- Degradação da matriz extracelular: é realizada por enzimas digestivas, as quais liberam fatores
de crescimento, inativam algumas moléculas presentes na região, destroem membranas basais e
clivam moléculas de adesão intercelulares entre células epiteliais.

Após esta destruição, ocorre a ANGIOGÊNESE. A partir da migração e organização de células


endoteliais, adesão destas células à células adjacentes e a lâmina basal, e o recrutamento de
pericitos (tipo celular presente no parede vascular).
Ocorre assim, a reepitelização – é o processo pelo qual a pele e as membranas mucosas
substituem células epiteliais danificadas ou perdidas pela injúria. As células epiteliais da borda de
uma ferida proliferam-se quase que imediatamente após a lesão, recobrindo a área desnuda.
Durante o reparo da ferida, as células epiteliais realizam um desprendimento de suas conexões
(desmossomos, e não lembro mais de outro tipo de ligação celular) para que as células consigam
se mover lateralmente através da superfície com a intenção de preencher os espaços vazios.

Quarta fase: Remodelamento

Começa três a quatro semanas após a lesão, mas apenas após o término e o sucesso das fases
acima.
As células-tronco do epitélio residem na camada basal e se agrupam em regiões específicas, já
na pele os agrupamentos estão no folículo piloso – derme – e no intestino, estão presentes no
interior das criptas intestinais. Estas células são ativadas por fatores, os quais induzem a
proliferação das células em estado quiescentes, que formarão novas estruturas.
Essa fase inclui o remodelamento de tecido de granulação por tecido conjuntivo imaturo e a sua
conversão.
Fatores que impedem a cicatrização: corpos estranhos, infecção, neoplasia, diabetes – o açúcar
deixa as proteínas glicosiladas e modifica a agregação plaquetária e o endotélio vascular; e
queimaduras.
Queimaduras Reação Cirrótica: Em graves queimaduras ou extensas abrasões de uma grande
área, o processo de cicatrização passa a ser longo. Com o tempo, essas áreas de tecido
conjuntivo se contraem e tencionam a pele normal adjacente, resultando em uma reação que
pode imobilizar a área e talvez os membros, associando-se a dor e deformação. A contração de
tais feridas é mediada por miofibroblastos, com a finalidade de aproximar a área adjacente
(normal) com suas bordas.

TIPOS DE CICATRIZAÇÃO: O processo em si de cicatrização pode ocorrer de duas formas:


primeira intenção ou segunda intenção. A cicatrização por primeira intenção na pele ocorre
quando as bordas de um sítio são diretamente apostas e reunidas rapidamente (corte com um
bisturi na linha oposta de formação da pele, ou seja nossas células são agrupadas lado a lado, e
o corte é feito “de cima pra baixo”). As feridas que não apresentam tal aposição próxima e íntima
passarão pela cicatrização de segunda intenção.
Primeira intenção:
Feridas mais simples, corte ou incisão cutânea – onde há hemorragia da vasculatura danificada e
retração e constrição de vasos sanguíneos. Na área da ferida há deposição de fibrina,
extravasamento de proteínas plasmáticas, formação de coágulo, agregação plaquetária e
infiltração neutrofílica.
É observada em feridas não sépticas.
Ocorre em dois a três dias na pele, onde a hemorragia, as proteínas plasmáticas e os debris
celulares no interior da ferida são fagocitado e removidos por macrófagos, novos vasos brotam e
crescem na lesão, preenchendo a fenda entre as bordas teciduais. Entre três a cinco dias, ocorre
a hiperplasia da camada basal da pele e após semanas, ocorre a troca das fibras da matriz por
colágeno, as quais dão força tensora quase normal após a cicatrização.
Caso o processo seja interrompido ou retardado, ele é desviado para uma cicatrização de
segunda intenção.

OBS:Mastócito libera pequenas quantidades de histamina, onde aumentam a vascularização e


caça a área a ser cicatrizada

Segunda intenção:
Ocorre em feridas contaminadas, com corpos estranhos ou bordas sem aposição ( sem
aproximação adequada). O tecido conjuntivo é sintetizado e disposto de forma aleatória –
desorganizado – como o processo de cicatrização também. A proliferação deste novo tecido
conjuntivo fibroso não apresenta anexos cutâneos, como: folículos pilosos, glândulas sebáceas e
sudoríparas. Em algum casos, o tecido conjuntivo fibroso pode formar tecido de granulação (
fibrina + vasos) , em que os fibroblastos em proliferação são dispostos perpendicularmente a
novos capilares.
Neste tipo de cicatrização, as lesões podem ulcerar também, e em alguns casos, sofrer
proliferação continua e formar uma cicatriz hiperplásica.
EX: quando um animal arranca os pontos, precisa cortar novamente para suturar, pois para que
ocorra a cicatrização precisa retirar as células mortas.
Queloide: cicatrização exagerada

Fatores que impedem a cicatrização


Corpos estranhos, infecção, neoplasia, outros como diabetes e queimaduras.

Tecido de granulação
É o tecido conjuntivo de fibras de tecido conjuntivo exposto que se forma no interior da
cicatrização. É vermelho e hemorragio e sangra facilmente quando traumatizado, é muito comum
em equinos. É chamada de carne esponjosa.

Angiogenese
É a formação de novos vasos sanguíneos à partir de vasos pre-existentes. Esse processo ocorre
após a cicatrização da ferida, já que novos vasos são necessários para suprir a lesão com
oxigênio, remoção do dióxido de carbono e outros produtos de degradação, a drenagem linfática,
e a formação de uma via vascular para as células e as células tronca na ferida. Esse mecanismo
também é aproveitado para tumores primários e células metastáticas para crescer e se dispersar
pelo corpo.

Repitelização
É o processo em que a pele e a membrana mucos substituem células epiteliais superficiais
danificadas ou perdida pela injuria.

PELE: União primária ou secundária, conforme já foi descrito acima.

OSSO:
Formação do calo ósseo: Após a quebra do osso, ocorre uma intensa proliferação do periósteo.
Isso leva a formação de uma anel, o calo ósseo, que envolve os pedaços quebrados.
Simultaneamente, os osteoclastos iniciam a remoção de células ósseas mortas e do coágulo
formado, já que na fratura há uma hemorragia considerável. O perióesteo fornece novas células
iniciadoras de osso imaturo, que une provisoriamente os pedaços separados. Com o passar do
tempo, ocorre uma remodelação do calo ósseo e, aos poucos, a estrutura óssea é refeita com a
participação de osteoclastos e osteoblastos, até que a fratura esteja consolidada.

MUSCULAR:
Células satélites: se o músculo é lesado ou estimulado a crescer, estas células satélites são
ativadas a proliferar, e sua progênie pode se fundir para reparar o músculo lesado. São
consideradas células-tronco do músculo esquelético, e normalmente mantidas em reserva em um
estado quiescente.
NERVO:
Como as células do sistema nervoso não se multiplicam, a regeneração ocorre pela neoformação
do axônio e isto só é possível quando o corpo celular não sofreu necrose. O axônio lesado
prolifera usando o caminho deixado pela fibra lesada, sendo portanto importante a preservação
do endoneuro. Inicialmente há formação de fibrina, seguida da proliferação de células endoteliais,
fibroblastos, células de Schwann e finalmente por fibras nervosas. As fibras mielinizadas
aparecem após 4-6 semanas. O preenchimento do tubo com laminina parece acelerar a
regeneração das fibras.
Neoplasias

Importância:
Aumentamos a sobrevida dos animais, então surgem vários problemas. Algumas raças tem pré-
disposição.

- Por que estudar neoplasmas?


Cães – alterações genéticas (box, tem interesse na medicina humana, pois ele é pré-disposto a
tumores)
Gatos – vacinas e fármacos que geram tumores
Bovinos – plantas tóxicas gerarem tumores
Equinos – tendência a formar neoplasma por qualquer motivo

Definições
Neoplasia X Neoplasma
Neoplasia é o processo de desenvolvimento do tumor
Neoplasma é o tumor estabelecido
Tumor - “inchaço”
Câncer - “caranguejo”: eles perceberam que o tumor tinha ramificações com uma massa central,
lembrando o formato de um caranguejo. (tumor maligno)
Oncologia – oykós = volume – estudo dos aumentos de volume

Conceitos
“Se quisermos encontrar alguém que nos diga em realidade o que são as neoplasias, não creio
que encontraríamos um só homem sobre a terra capaz de dizê-lo.” RUDOLPH VIRCHOW, 1863
Ou seja, ninguém sabe explicar.. É alguma célula que tem uma alteração no seu ciclo, seja por
erro genético ou estímulo interno e/ou externo, que inicia uma mudança comportamental –
alterando sua divisão celular, geralmente maximizando-a, antecipando seu ciclo e conforme a
célula vai crescendo, vai tomando o espaço de outra.
São células de tecidos normais que sofrem alteração
Não respondem a mecanismos de controle de crescimento, tendo assim, um crescimento
independente.
Neoplasma é o tumor em si.
Neoplasia: novo crescimento de células anormais em um tecido normal. Como ela se diferencia
das normais ela não vai responder a mecanismos de controle de crescimento.
Quando um tumor começa seu desenvolvimento as enzimas da própria célula ajuda.
Oncologia: é o estudo das neoplasias.

Características de um neoplasma

Vai crescer sem sinalização, continua crescendo mesmo com os sinais para parar de crescer, ela
pode mudar algumas proteínas de membrana, para se disfarçar em célula normal, enganando o
sistema imune, tem habilidade para formar vasos (angigênese). Pode crescer localmente mas
também podem se desprender e ir para outro órgão, através da corrente sanguínea.
O tumor benigno não invade tecidos vizinhos nem se espalha para outras localidades anatômicas
dentro do corpo. Esses tumores são geralmente curáveis e raramente são responsáveis pela
morte de seu hospedeiro. Os tumores malignos se não forem tratados invadem localmente,
podem se espalhar por meio de metástase, e por fim matam seu hospedeiro.

5. ANGIOGÊNESE - consegue emitir sinais para atrair células formadoras de novos vasos,
conseguindo assim, nutrir a célula tumoral. Então o tumor libera VEGF para a criação de vasos,
com isso o tumor libera metaloproteinase, que vai digerir e caminho que vai direto para o tumor e
as células endoteliais continuam formando o vaso ate o tumor. A partir do momento, que a célula
é nutrida, ela consegue crescer e se desenvolver, podendo também, jogar uma célula da massa
para o vaso e destinar a circulação e se disseminar pelo corpo, assim vou ter metástase, nem
todos os tumores conseguem fazer metástase.
Geralmente o tumor benigno tem pouca circulação e o maligno muita – por isso, o maligno tende
a crescer muito mais rápido e com muito mais força.
Em um tecido normal, eu possuo fatores de inibição em maior concentração do que os fatores de
ativação da angiogênese. Quando o sistema percebe que no determinado local, está ocorrendo
uma maior divisão celular, e que aquelas células precisam de mais sangue (nutrientes) do que
existe, os fatores de inibição diminuem, e os fatores de ativação geram o início da produção de
novos capilares.
Os vasos tumorais tem formato irregular e são tortuosos.

Ciclo celular
Para diferenciar os tumores malignos e benignos é através de características histológicas.

Nomenclatura
- Histogênese: ou seja, ter sua nomenclatura pelo tecido que constitui o tumor, e não ao órgão –
o qual está localizado. Exemplo: tenho um tumor epitelial no osso - eu irei chamar do que é
diferente, da célula que não deveria estar ali. Sendo de origem: ectodérmica (pele), mesodérmica
(osso, músculo) e endodérmica.
-
De acordo com seu comportamento biológico:

Benigno: Descrição tecidual + OMA

Maligno: Epitelial – descrição tecidual + CARCINOMA ou CARCINOMA + descrição tecidual


Mesenquimal – descrição tecidual + SARCOMA ou SARCOMA + descrição tecidual

Exceções: Malignos com nome de benigno: Mastocitoma, Linfoma, Melanoma.


Epônimos – nome de alguém para algum tumor.
Tumores mistos – carcinoma em tumor misto
Comportamento biológico:
Proporção de crescimento
Benigno: (diferenciado) tumor pequeno – baixa proliferação celular e baixa morte celular (ou seja,
ele tem um crescimento baixo, e como as células vão morrendo, o tumor cresce de forma lenta).
Maligno: (indiferenciado) tumor geralmente grande mas pode ser pequeno
Tumor grande: alta proliferação celular e baixa morte celular (cresce muito e morre pouco)
Tumor pequeno: alta proliferação celular e relativa morte celular (o tumor cresce mas também
morre muito, então cresce de forma mais lenta)

A proporção de crescimento tem avaliação: clínica, macroscópica e microscópica.


Obs: geralmente um tumor que ulcera, ele é maligno e possui um crescimento acelerado.

Grau de diferenciação

Bem diferenciado – semelhante ao tecido normal, geralmente são benignos, já que eu consigo
definir e delimitar o que é tumor e o que é célula normal, sendo assim, as células estão com um
ciclo celular baixo e com pouca mitose – e eu consigo classificar o tipo celular.

Indiferenciado – é pouco similar ao tecido normal, geralmente são malignos, e possui


pleomorfismo celular (formato irregular), mitoses bizarras (núcleo bem evidente, com regiões
organizadores do nucléolo bem evidentes), apoptoses. Quando é indiferenciado, acaba-se
perdendo a margem de segurança, não se encontra uma fronteira correta para delimitação, sendo
indiferenciado com o tecido
vizinho.

Padrão de crescimento
o Expansivo - para fora, crescendo e ampliando sua área
o Invasivo – sai em direção a derme e até a circulação. geralmente sarcomas, infiltrando e
emitindo ramos, tornando-os mais resistentes

Expansivo invasivo
Metástase

Hematógena – linfática: parte de um tumor que seguiu na circulação.


Transcelômica – primário: invadiu ao longo das cavidades.

Formas de escapar do sistema imune :

 Sendo células imortais: uma célula que seria lábel, passa a ter um comportamento
permanente; e isto vai proliferando, e ao se dividir, vai aumento o tempo de permanência
de sua progênie.
 Toda célula possui mecanismo de apoptose, e as células tumorais conseguem
impedir a apoptose - sendo que nem o sistema imune e nem a célula vizinha consegue
realizar o mecanismo, e ela consegue continuar crescendo.
 Capacidade de difusão no organismo - grande parte deles, consegue se desprender da
massa tumoral principal e cair na circulação venosa e linfática (principal) - acabando por
desembocar, no pulmão.
 Pode passar de benigno para maligno, e pode ser influenciado por muitos fatores -
podendo estar com o crescimento parado, e de um instante para outro, ter seu ciclo celular
reativado.
 ANGIOGÊNESE
Tratamento - Todos os quimioterápicos tem como objetivo atuar no ciclo celular, mas além de
atuar na célula tumoral, altera o ciclo de outras células. Já o sistema imune consegue
reconhecera célula tumoral, mas enquanto o sistema imune se desenvolve em progressão
aritmética, o tumor cresce em progressão geométrica. Sendo que algumas células tumorais são
não responsivas a quimioterapia, ou seja, conseguem lidar com o fator de eliminação da mesma.

Carcinogênese:
Processo de formação de um câncer
Múltiplos passos: Iniciação, Promoção, Progressão e Manifestação
Acúmulos intra e extra celular

Intracelulares: água, lipídios (degeneração gordurosa), glicogênio, pigmentos


(exógenos/endógenos), inclusões virais.

Extracelulares: lipídios (fendas de colesterol), proteínas (necrose fibrinóide / amiloidose /


degeneração hialina / gotas hialinas).

Acúmulos intracelulares:
1. Glicogênio: é comum encontrar glicogênio no fígado (hepatócitos), no tecido muscular estriado
esquelético. O glicogênio é corado em PAS, a qual vai ter afinidade por este corante – tudo o que
estiver avermelhado, será glicogênio. Posso ter problemas como: disfunção
endócrina/hipotireoidismo, desequilíbrio nutricional, o organismo pode não conseguir utilizar este
glicogênio armazenado.

2. Pigmentos: Podem ser


Exógenos: inalados ou tatuagem.
 Inalados : Antracose (carvão); poeira, as partículas não conseguem ser eliminadas;
derivados de fumaça do petróleo.
 Tatuagem : Os eosinófilos irão tentar fagocitar o processo na lesão – onde eu furo e
penetro o corante da tatuagem; com isso, eu afeto a camada basal da derme. Causando a
reação inflamatória, o pigmento fica aderida na membrana basal. A cicatrização gerada por
fibroblastos vai isolar o pigmento, e formando a tatuagem “no final”. Parte deste pigmento
possui metais pesados, portanto, as pessoas mais antigas deveriam realizar exame de
fígado para controlar a intoxicação do órgão.
Endógenos: ( lipofucsina, hemoglobina, mioglobina, bilirrubina e melanina)
 Lipofucsina : acúmulo de lipídeos parcialmente fagocitado em lisossomos; é marrom-
amarelado. Geralmente é encontrado em células com baixa taxa de mitose, sendo este,
por exemplo, células do sistema nervoso. Caso as células possuam alta taxa de mitose,
ela consegue distribuir parte deste acumulo/pigmentação e assim, é diluído. Em células
que demoram mais tempo para crescer, eu terei uma maior deposição de lipofucsina,
armazenando uma maior quantidade de pigmentos.
 Ceróide : encontrado em macrófagos após lesões teciduais ou hemorragias ou ambas; é
marrom e granular. Geralmente é encontrado em animais com desnutrição severa – falta
de vitamina E e selene. O animal para sobreviver ele se consome, e este ceróide é restos
de outras células que acabam sobrando e pigmentando a área.
Hemoglobina : (5 formas que é encontrada)
o pigmento de formol
o hemocromatose: excesso de absorção de ferro por via intestinal (localização de
pontos pretos no intestino);
o hemossiderose : está ocorrendo a quebra: hemólise, hematomas (infecciosas e
deficiências minerais – Fe), por congestão, possui muita hemossiderina e fica com o
aspecto granulado e marrom;
o hematoidina: cristais;
o metaemoglobinemia: forma de hemoglobina, não se liga ao oxigênio, esta forma é
temporária e não deve permanecer muito tempo no organismo, é uma ligação
semelhante ao monóxido de carbono, comum em ovinos que sofrem intoxicação por
cobre, acumulando metahemoglobina. ( é um distúrbio, por uma alteração
nometabolismo, fica incapaz de captar oxigênio).
o Porfiria: (doença dos vampiros) dificuldade na liberação de células sanguíneas,
defeito genético, ocorre o sequestro de células, na circulação periférica o animal
está sempre com a mucosa pálida ou cianótica, mas com baixa quantidade.
 Mioglobina: Rabdomiólise (equinos): excesso de atividade física libera miogobina na
circulação. Miopatia de captura (silvestres); para identificação faz decantação.
 Bilirrubina: pode ser reaproveitada no fígado, mas na maioria dos casos ela será
eliminada. O trajeto dela: ela vem do fígado, o fígado não produz, ela veio da degradação
da hemoglobina. Ela é eliminada por via fecal, ou também eliminada pelo rim (por causa
das bactérias que auxiliarão neste processo). Quando o animal tiver icterícia, ele possui
excesso de bilirrubina.
Hemobilirrubina: forma de transporte no sangue
Colibilirrubina: é a bilirrubina conjugada.

Primeira etapa é lembrar quem produz que é a hemoglobina, a segunda é o seu metabolismo
(enzimas, produção) no figado, e a terceira via é o catabolismo/excreção e/ou deposição que é
pelo rim e gastroinstestinal.
O sistema fagocítico vai pegar as hemoglobinas mais velhas e fagocitar, formando complexos
bilirrubina-albumina, sofrendo o metabolismo hepático e liberado no trato gastrointestinal. Parte
dele também vai sofrer ação bacteriana, e eliminação renal. Porém a maioria é gastrointestinal.
Eliminar parte em urina e parte em fezes.
A enzima heme oxigenasse vai clivar a molécula do radical heme (Hb, mioglobina e citocromos) e
vai frmar biliverdina, com a ação da biliverdina redutase vai se transformar em bilirrubina e com a
ação do glucoronil transferase vai ocorrer a conjugação formando bilirrubina conjugada.

Bilirrubina + Albumina = hemobilirrubina (vai estar no sangue)

Vou ter bilirrubina não conjugada, conforme ela vai sendo quebrada no sangue e vai pro fígado.
No fígado vou ter: bilirrubina + acido glicuronico = colebilirrubina

Dentro do fígado vou ter bilirrubina conjugada.


No rim.. colebilirrubina + bactérias = a colibilirrubina vai ser clivada pelas bactérias do intestino e
via formar urobilinogênio e essa bilirrubina conjugada vai gerar a coloração das fezes e urina.
No trato gastrointestinal vai formar urobilinogênio, e uma pequena parte dessa substancia vai
voltar pelo sistema porta e pode ser eliminado pela urina, mas a via preferencial é fezes.
Geralmente o que é muito toxico tende a ser eliminado pelas fezes, junto também com a afinidade
molecular.
A bilirrubina deve ser eliminada pelo organismo porque ela é tóxica.

EXCESSO DE BILIRRUBINA: Ictericia – amarelamento; recém-nascido; gucoronil transferase


Pode ser: pré-hepática, hepática ou pós-hepática.
No pre-hepatica o problema está no sangue. Hepatica no fígado. E Pós-hepática o problema esta
nas vias biliares – ducto biliar, vesícula biliar.

Icterícia pré-hepática: (disturbios hemolíticos) aumento da bilirrubina não conjugada, ocorrendo


assim, por causa de uma elevada destruição de hemácia. Podendo ser parasita, trauma, vários
fatores por exemplo. Assim, o fígado não consegue processar toda a substancia. Caso o quadro
não revire, o animal ficará intoxicado.
Causas: hemoparasitas – babesiose, leptospirose, anemia infecciosa equina, hemorragia interna,
reação transfusional (não é mais comum acontecer porque é realizado teste com anticorpos para
conferir a compatibilidade), acidente ofídico.

Icterícia hepática: alguma coisa esta impedindo o fígado de conjugar a bilirrubina, e ocorre um
aumento de bilirrubina não conjugada, ocorrendo um refluxo desta substancia. O fígado também
não consegue realizar sua função adequadamente, e conjuga a bilirrubina de modo errôneo.
Ocorrendo uma diminuição de bilirrubina biliar, diminuindo a produção de urobilinogênio. Esta
bilirrubina começa a intoxicar o animal, e o SNA... E o rim é o único que consegue reverter a
situação, mas podendo também ser intoxicado. E a urina fica mais escura.
Com o quadro não revertido, as fezes ficaram mais claras.
Causas: hepatite infecciosa – adenovírus canino, leptospira sp; hepatite tóxica; neoplasia.

Icterícia pós-hepática: está tudo funcionando só que a bile não consegue chegar no trato
gastrointestinal, geralmente é causada por obstrução do ducto biliar, tendo assim, sua natureza
como obstrutiva. Como eu não vou ter a vazão da bile, as fezes ficaram brancas. Vai começar a
sobrar bilirrubina conjugada, o fígado fica produzindo e vai começar refluir. E a bile é tóxica, e eu
começo a ter uma “hepatite tóxica”. E o fígado começa a destinar isto para o rim.
Causas: obstrutiva – fascíola hepática, platynosomum sp; colangite – inflamação dos ductos
biliares; cálculos; cirrose – troca de tecido/metaplasia que vira reparação conjuntiva; neoplasias;

 Melanina: os melanócitos são encontrados geralmente próximo a camada basal, e estes


melanócitos vão liberar pigmentos. Os pigmentos são formados e liberados na camada de
base, conforme as células vao se dividindo, o pigmento vai acompanhando estas células.

Metabolismo de melanina: Tirosina -> (oxigênio e tirosinase) -> dopa -> (tirosinase) <-> dopa-
quinona (reversível) -> (zinco) -> tirosina-melanina -> melanoproteína -> melanina

O melanócito vai produzir melanina em formato de grânulos.

Hiperpigmentaçao – área que precisa de proteção. Só excesso de pigmento, não faz mal. Ex:
lugar que coça muito, lugar de maior decúbito.
Incontinencia pigmentar – o pigmento sai do epitélio e fica internalizado na derme.
Hipopigmentação – pouca pigmentação, com a sua diminuição de melanina. Virtude de cicatriz
também é comum;
Só histopatológico diferencia incontinência pigmentar e hipopigmentação.
Albinismo – ausência de tirosinase: não vai formar o pigmento

Anormal:
Melanona - Tumor de melanócitos, cresce de forma desordenada.

Inclusoes virais: acúmulo de proteínas de reação viral, citoplasma – vírus RNA, núcleo – vírus
DNA ou RNA. É a REAÇÃO que o vírus ocasionou na célula.

Acumulos extracelulares:

Lipidios (fendas de colesterol).


Proteinas ( necrose fibrinóide, amiloidose, degeneração hialina, gotas hialinas).

Lipidios ( fendas de colesterol): aspecto de vidro trincado. Quando tem um aporte excessivo de
colesterol.
Degeneração hialina: aspecto homogêneo e brilhante no citoplasma.
Intracelular – corpúsculos de inclusão viral
Extracelular – trauma ou deficiência de vitamina E e selênio (comum no miocárdio)

Entrada de proteínas no citoplasma; coagulação; encontrado : túbulos contorcidos proximais


renais e vilosidades intestinais de neonatos – colostro.

Necrose fibrinóide - excesso de proteína num determinado local, é focal. As vezes é um achado,
a lesão é parecida com fibrina, sendo uma morte.

AMILOIDOSE – deposição extracelular de proteínas fibrilares em diferentes tecidos. Possuindo


dois tipos:
Primaria: discrasias plasmocitárias – linfócitos B (esse individuo produz muito anticorpo; doença
autoimune; a tendência dessa eliminação é ser renal),
Secundária: doenças inflamatórias crônicas.

Possui áreas esbranquiçadas, pega-se o rim e coloca iodo/lugol. O iodo fica dentro dos túbulos,
devido ao entupimento de proteínas. O iodo reage com amido, e evidencia-se o acumulo de
proteína. Na microscopia, o vermelho congo é o método utilizado para diagnóstico. Pode ocorrer
com qualquer individuo que tem inflamação crônica ou excesso de produção de anticorpos. Pode
ser visualizado no pâncreas também, em animais com diabetes – ilhotas de langerhans, células
alfa – glucagon, e beta – insulina.

Gotas hialinas: animais que estão em excesso de proteinúria; alguns túbulos ocluídos e outros
não.

Corporea amylacea: forma-se um cristal; encontra-se geralmente em glândulas. Geralmente é


um achado de necropsia. Glândula mamaria e próstata.
Calcificações Patológicas

Os sais de cálcio, normalmente na forma de fosfatos ou carbonatos, podem se depositar em


tecidos mortos, que estão morrendo ou normais. Este processo é conhecido como calcificação
patológica, e ocorre sobre duas formas principais: distrófica e metastática.

Controle fisiológico do cálcio:


 Vitamina D: controle da calcemia, faz a absorção do cálcio do intestino. Sem vitamina D
mais cálcios serão eliminados.
 Calcitonina: diminui a concentração de cálcio no sangue. Inibi a reabsorção óssea, causa
hipocalcemia.
 Paratormônio: aumenta a concentração de cálcio no sangue. Estimula a reabsorção óssea,
causa hipercalcemia.

Tipos de calcificações não tão importantes:


Idiopática - Ausência de lesão tecidual ou ausência de anormalidades do metabolismo de cálcio
e fosfato. Assim, o animal tem a calcificação mas não se sabe o motivo.
Iatrogênica – Ex: Ingestão de sais de cálcio de soluções de degelo de cloreto de cálcio.

Calcificação
Sais de cálcio: depende no que esta ligado, pode estar ligado a fosforo ou carbonato.
Dois tipos: Distrófica e metastática

Tipos de calcificações importantes:


Distrófica: (irregular) não tem alteração de cálcio. Por algum estimulo do organismo vai
provocar uma deposição local geralmente em células que estão morrendo. EX: em necrose vou
ter calcificação. É uma deposição localizada, a qual ocorre em tecidos em fase terminal
(morrendo), quando a concentração de cálcio sérica é normal e não há distúrbio no metabolismo
do mineral.
Onde ocorre: em áreas de necrose, áreas que possuem falha na regulação do influxo do cálcio e
em mitocôndrias (devido ao acúmulo do mineral na organela).
Exemplos de sua apresentação: miocárdio necrosado, musculatura esquelética necrosada,
granulomas – ocorridos por tuberculose, áreas com parasitos mortos – cisto hidático (bovinos),
triquinose (suínos).
Podem ser: permanentes, inofensivos – ou seja não interfere na mecânica da região, ou indica
lesão prévia. Explicação: geralmente o cálcio está ali e não tende a causar nenhum problema,
porém se o acúmulo do mineral estiver em algum lugar como: articulações, pulmões, aorta – além
de dificultar o desenvolvimento da ação normal, pode lesionar tecidos adjacentes.
Macroscopia: áreas esbranquiçadas, com uma sensação arenosa na pele (tuberculose – em
virtude do processo inflamatório crônico).
Microscopia: Coloração azulada (H-E), grânulos amorfos, agregados ou não, intracelular e/ou
extracelular, coloração auxiliar: Von Kossa–afinidade por fosfatos de carbonatos.

Calcinose :calcificação da pele ou do subcutâneo; possui dois tipos: a calcinose cutânea – que
pode ocorrer por calcificação idiopática ou distrófica, hiperadrenocorticismo e gera a deposição de
cálcio no colágeno, mineralizando-o. Já a calcinose circunscrita – ocorre por calcificação distrófica
e é gerada por um traumatismo repetitivo, geralmente em dígitos, tendões e ligamentos.

Metastática: tem problema metabólico, a deposição de cálcio vai ser em tecidos normais. É
também uma deposição localizada, mas ocorre em tecidos normais devido ao aumento de cálcio
secundário com presença de distúrbio no metabolismo do cálcio, como exemplo: um tumor pode
estar afetando o metabolismo e gerando tal calcificação.
Onde ocorre: tecidos normais, secundário a hipercalcemia, devido ao influxo excessivo de cálcio.
Causas principais: insuficiência renal crônica, intoxicação por vitamina D, paratormônio (PTH)
[hiperparatiroidismo secundário - rim elimina muito cálcio, e acaba sobrando fósforo, e então, ele
começa a retirar cálcio dos ossos para compensar], lise óssea – neoplasias primarias,
metástases, osteopatia [animal perde cálcio, perde dentes, forma mandíbula de borracha].
Concreções e litíases

São cálculos, sendo estruturas solidas que estão ligados a deposição endógena ou exógena.
Massa esferoidais, ovoides ou facetadas, solidas, concretas e compactas, de consistência
argilosa a pétrea. Ocorre em lugares com espaço como órgãos cavitarios, ductos glandulares e
vias excretoras.
Este material se deposita por precipitações sucessivas de sais inorgânicos ao redor de um núcleo
orgânico(pelos, fibras, vegetais, fosfato, carbonatos, oxalatos, pigmentos entre outros).

Nomenclatura: utiliza-se o termo designativo do local de formação ou origem, acrescido do sufixo


LITIASE para denominar a ocorrência do problema, e do sufixo LITO para denominar o calculo.

Tipos de concreções:
Coprólitos:(são fecalomas, estruturas cilíndricas, firme, coloração acinzentada e com odor
fétido). É constituído de restos alimentares, fezes ressecadas, ossos. Causam constipação,
obstrução e gagrena.

Piloconcreções: são bezoares, egagrópilos, esferoidas, leves, de tamanhos variados, eriçados


ou lisos, causado por pelos ingeridos. Se localizam no pre-estomago em ruminantes e no
estomago em suínos, equinos e cães.

Fitoconcreções: são esferoidais, pesadas, de consistência mole, coloração esverdeada e de


tamanho variável. É formado por fibras vegetais e restos alimentares. Se localisa no pre-
estomago nos ruminantes e no intestino grosso em equinos.

Cálculos: são litíases(pedras), é formado apartir do metabolismo animal, através de proteínas,


lipídeos e minerais. Pode ser constituídos por silicatos, carbonatos, oxalatos, amônia, uratos,
xantina, cistina, colesterol, pigmentos, cálcio entre outros. Esse calculo se localiza em órgãos
cavitários, ductos excretores glandulares, vias urinarias, vias biliares, trato gastrointestinal.

Fatores etiológicos:

Urólito

Fatores predisponentes:
Ph urinário, bactérias, plantas em oxalato deficiência de vitamina A e C, ingestão reduzido de
água.

Consequências:
Necrose e ulceração da mucosa, estase urinaria, cistite, pielonefrite, disúria, hematúria.
Colélito:

Ocorre em bovinos e suínos, é causado pela deficiência de vitamina A, é composto por colóides,
bilirrubina e sais de cálcio. Causa oclusão, icterícia e inflamação.

Sialólito:

Glândulas salivares, é composto por debris celulares, sementes e palha. Constituído por fosfato
de magnésio, fosfato de cálcio, potássio e sódio., causa atrofia e cistos das glândulas salivares.

Enterólito:
Ocorre em equino, no ceco e cólon, esta associada com a alimentação com farelo ou aveia,
causa ulceras, obstruções intestinais, cólicas e ruptura intestinal

Pancreólito:
Ocorre em bovinos, composto por fosfato e oxalato de cálcio, causa dilatação e fibrose ductal,
emagrecimento e caquexia.

Você também pode gostar