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TRABALHO 3 – INFLAMAÇÃO AGUDA E INFLAMAÇÃO CRÔNICA

Inflamação Aguda

A inflamação aguda é um processo de curta duração, durando de minutos a semanas, tendo como objetivo
indicar e eliminar qualquer tipo de invasor e agressão aos nossos tecidos. É caracterizada por eventos
vasculares e eventos celulares, o primeiro evento vascular é a vasodilatação, que propicia um aumento de
calibre do vaso sanguíneo e gera um acúmulo de células (leucócitos) e proteinas, já o segundo evento
vascular é o aumento da permeabilidade capilar, que como consequência forma canais no endotélio
permitindo a migração dos leucócitos e das proteinas e juntamente com elas ocorre a saída de líquido dos
vasos para os tecidos, causando um edema.
Os eventos celulares são determinados pelas seguintes etapas: marginação, rolamento, adesão, migração,
quimiotaxia e ativação. Os leucócitos vão para a margem do vaso sanguíneo e começam a rolar pelo
endotélio, isso devido a proteinas de fraca adesão que estão presente na parede do vaso (selectinas), porém
para que ele execute sua função na inflamação ele precisa para de rolar e fixar-se no endotélio, para isso
tanto o leucócito quanto o vaso irão produzir proteinas de forte adesão (integrinas). Após fixar-se, irá ocorrer
a migração dos leucócitos e das proteinas para o tecido conjuntivo por diapedese, proteinas da família das
imunoglobulinas irão auxiliar esse processo, já presente no tecido, o leucócito será atraído para o local da
agressão por quimiotaxia e ao chegar no local ele será ativado e realizará fagocitose ou degranulação e assim
eliminará o agente invasor.
A inflamação aguda pode se apresentar como inflamação serosa, onde ocorre derramamento de fluidos,
inflamação fibrinosa ocasionada pelo aumento excessivo na permeabilidade do vaso, fazendo com que
proteinas grandes como o fibrinogênio saia do vaso, inflamação supurativa quando há formação de pus e
formação de úlceras. As inflamações agudas podem ser causadas por diversos motivos, como infecções,
necrose, corpos estranhos e reações imunes, entre outros.
Os leucócitos que são as principais células responsáveis pela inflamação, podem apresentar alguns defeitos,
como por exemplo defeitos na adesão leucocitária, deficiência de fatores quimiotáticos, defeitos na
fagocitose e defeitos na degranulação, esses fatores contribuem para um maior tempo de reparo tecidual
em algumas pessoas.

Inflamação Crônica

A inflamação crônica é um processo de duração prolongada, tem como causa infecções persistentes,
doenças autoimunes e exposição prolongada a agentes tóxicos. É caracterizada por infiltração de células
mononucleadas, destruição tecidual e pela tentativa de cura por substituição tecidual. Quando ocorre a
migração dos leucócitos do vaso para o tecido, temos a transformação do monócito em macrófago, que é o
responsável pela fagocitose, neste processo o macrófago libera espécies reativas de oxigênio, proteases,
citocinas para digerir e eliminar o agente, mas como consequência causa uma injuria tecidual e por isso ele
também libera o fator de crescimento do fibroblasto que tem como função substituir o tecido que foi lesado,
fazendo a construção de um tecido novo. Em alguns casos muito difíceis de serem combatidos, pode ocorrer
uma inflamação granulomatosa, com a formação de granulomas, onde ocorre a ativação de linfócitos T, que
irão ativar os macrófagos e eles irão se acumular no local da inflamação, existem dois tipos de granulomas,
o imunogênico causado pela presença de um agente que causa reação imunológica e o de corpo estranho,
quando temos algum objeto externo causando a inflamação.

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