Você está na página 1de 19

Resumo TCC

ENXAQUECA CRÔNICA DEFINIÇÃO E CARACTERISTICAS

CONCEITO E PRINCIPAIS SINTOMAS DA ENXAQUECA CRÔNICA

De acordo com o Global Burden of Disease Study 2016, a enxaqueca é a segunda principal
causa de incapacidade e acarreta encargos pessoais, sociais e económicos significativos
Vost 2016 .
A enxaqueca é o segundo distúrbio neurológico mais prevalente (depois da dor de cabeça do
tipo tensional), com uma proporção de mulheres para homens de 3 1 e uma prevalência
estimada em 1 ano de aproximadamente 15% na população geral Stovner LJ 2016 .

A prevalência é maior por volta dos 35 e 39 anos e cerca de 3/4 dos pacientes com
enxaqueca relatam o início da enxaqueca antes dos 35 anos Stewart WF - 2008 .
Geralmente, a condição tende a regredir com a idade avançada, portanto, o início da
enxaqueca após os 50 anos de idade deve ser um sinal de alerta de um distúrbio de dor de
cabeça secundário.

A enxaqueca apresenta-se como três tipos principais, de acordo com a Classificação


Internacional de Cefaleias-3 ICHD 3 enxaqueca com aura, sem aura e enxaqueca crônica
CISC 2018 . A enxaqueca sem aura é uma cefaleia recorrente que apresenta crises que
duram entre 4 e 72 horas. As características habituais da cefaleia são localização unilateral,
qualidade pulsátil, intensidade moderada ou grave, agravamento pela atividade física
rotineira e associação com náusea e/ou fotofobia e fonofobia. A enxaqueca com aura é
predominantemente caracterizada por sintomas neurológicos focais transitórios que
geralmente precedem ou às vezes estão associados à dor de cabeça. Alguns pacientes
também apresentam uma fase prodrômica, horas ou dias antes da dor de cabeça e/ou uma
fase pósdrômica após a resolução da dor de cabeça. Os sintomas prodrômicos e
pósdrômicos incluem hiperatividade, hipoatividade, depressão, desejo por determinados
alimentos, bocejos repetitivos, fadiga e rigidez e/ou dor no pescoço. O terceiro tipo é
classificado como enxaqueca crônica e é descrito como uma dor de cabeça que ocorre em
15 ou mais dias/mês por mais de 3 meses e pelo menos 8 dias/mês com características de
enxaqueca.

Sugestão: Montar um tabela falando sobre o diagnóstico dos 3 tipos de enxaquecas.

Resumo TCC 1
Uma característica fundamental da enxaqueca é a sua natureza recorrente. Os pacientes
frequentemente referem-se a fatores que identificam como desencadeadores de suas crises
de enxaqueca (estresse, distúrbios do sono, determinados alimentos e falta de alimentação
Kelman L 2007 .

No entanto, as avaliações autorretrospectivas são limitadas pelo viés de recordação e pela


falsa atribuição. Num estudo que pretendia induzir ataques de enxaqueca expondo os
pacientes a gatilhos autopercebidos, apenas um número limitado de pacientes teve ataques
de enxaqueca após a exposição, indicando que o papel desses gatilhos poderia ser limitado
LIPTON RB 2014 (HOUGAARD A 2013 .

Teorias sobre o desencadeamento das crises de enxaqueca.

A enxaqueca muitas vezes pode ser reconhecida pelos seus ativadores, chamados de
gatilhos. Os fatores desencadeantes mais comuns são estresse emocional, distúrbios do
sono e fatores dietéticos. O sono e o estresse são fatores desencadeantes significativos em
pacientes com enxaqueca com aura, enquanto os fatores ambientais são fatores
desencadeantes importantes em pacientes com enxaqueca sem aura. Todos eles são fatores
desencadeantes significativos nas mulheres, contrastando substancialmente com os homens
Kelman L 2007 . As estratégias de gestão que envolvem ajustes no estilo de vida podem
ser determinadas pela susceptibilidade do paciente a factores desencadeantes específicos,
embora se esteja a tornar reconhecido que alguns factores desencadeantes aparentes
podem de facto fazer parte da fase inicial do ataque, a fase premonitória ou pródromo
KARSAN N 2021 .

Epidemiologia da enxaqueca crônica e seu impacto na qualidade de vida dos pacientes

É menos frequente que a enxaqueca episódica, com uma prevalência estimada de 1,0% a 2,4
% da população adulta mundial BUSE D 2012 NATOLI J 2009 ,11 8% do total de
enxaquecas BUSE D 2012 .

Resulta habitualmente do agravamento progressivo da enxaqueca episódica, em que as


crises se vão tornando mais frequentes e mais duradouras ao longo de meses ou anos. Esta
cronificação estima-se que ocorra ao ritmo de cerca de 2,5% ao ano, MANACK A 2001
mas num terço dos casos poderá ser rápida. À medida que as crises aumentam de
frequência vão perdendo algumas características de enxaqueca: passam a ser menos
intensas, mais duradouras, com menos náuseas ou vómitos e sem outros sintomas

Resumo TCC 2
acompanhantes. No entanto, o doente mantém intercaladas crises com características
típicas de enxaqueca.

Estudos epidemiológicos identificaram fatores de risco que aumentam a probabilidade de


cronificação LIPTON R 2007 SCHER A 2008 Tabela 2

1. frequência basal das crises, se superior a oito dias por mês;

2. utilização demasiado frequente de medicação para tratamento agudo das crises;

3. resposta insuficiente à terapêutica preventiva.

Alguns desses fatores de risco são modificáveis, tais como obesidade, sedentarismo,
perturbações do sono e abuso de cafeína; outros não o são, como por exemplo a idade ou o
género (duas a seis vezes mais frequente nas mulheres). (LIPTON R 2007 SCHER A
2008 .

A enxaqueca crónica acompanha-se de elevada percentagem de comorbidades LIPTON R


2007 . Tabela 3 que devem ser tratadas concomitantemente porque geralmente
agravam o quadro de enxaqueca. Salientam-se as perturbações do sono, as perturbações
psiquiátricas e outras dores cróni-cas BUSE D 2013 BUSE D 2010 .

O impacto económico e social da enxaqueca crónica é enorme. Comparando com as formas


episódicas, estes doentes apresentam menores rendimentos, menor probabilidade de terem
emprego a tempo inteiro, maior incapacidade, menor qualidade de vida, maiores níveis de
ansiedade depressão e recorrem mais aos cuidados de saúde. MANACK A 2011
ADAMS A 2015 SCHWEDT T 2014 .

Atingindo mais de 1% da população mundial, tem significativos custos económicos e sociais


globais. Os custos diretos 10% 20% dos custos totais) referentes ao consumo dos
cuidados de saúde é 4,4 vezes maior na enxaqueca crónica que na episódica US$7750 vs
US$1757 /ano/doente nos EUA SCHWEDT T 2014 . Os custos indiretos decorrem da
perda de produtividade: absentismo laboral ou escolar, diminuição da capacidade produtiva
(presentismo), falhas a eventos familiares e sociais e menor assistência à família que os
doentes com enxaqueca episódica BIGAL M 2008 .

Cronificação

Aproximadamente 2,5% a 3% dos pacientes com enxaqueca episódica EM evoluem para


enxaqueca crônica MC a cada ano 27 29 .

Progressão, transformação ou cronificação ocorrem quando a frequência das crises de


enxaqueca aumenta acima de 15 dias com enxaqueca por mês.28 .

Resumo TCC 3
Os perfis de sintomas associados à enxaqueca e a incapacidade relacionada à dor de cabeça
normalmente também aumentam nesse processo. A progressão clínica está frequentemente
associada à experiência de alodinia cutânea e sensibilização ao nível do trigêmeo núcleo
caudale estes são reconhecidos como sinais de progressão fisiológica para enxaqueca
crônica 29 .

Fisiopatologia da enxaqueca

Mecanismos fisiológicos e neuroquímicos envolvidos na gênese da enxaqueca

Em particular, a teoria neurovascular correlaciona a inervação dos vasos da dura-máter


pelas fibras do gânglio trigêmeo e a liberação de neuropeptídeos inflamatórios, como o
peptídeo relacionado ao gene da calcitonina CGRP , com consequente vasodilatação,
inflamação e início de dor de cabeça MOSKOWITZ MA 1984 .

O sistema trigeminovascular é considerado o substrato anatômico e fisiológico a partir do


qual se origina a transmissão nociceptiva e produz a percepção da dor da enxaqueca
ASHINA M 2019 .

O início da enxaqueca depende da ativação e sensibilização dos neurônios


trigeminovasculares de primeira ordem. As fibras aferentes desses neurônios inervam as
meninges (dura-máter) e seus vasos e se projetam para estruturas do sistema nervoso
central MOSKOWITZ MA 1984

Este processo sensibiliza e promove a ativação de neurônios de segunda ordem no tronco


cerebral, neurônios de terceira ordem no tálamo e, finalmente, impulsos nociceptivos
atingem as áreas somatossensoriais e outras áreas corticais que estão implicadas na
percepção da dor ASHINA M 2019

Os neurônios trigêmeos sensoriais primários atingem o núcleo caudal no tronco cerebral, e


de lá direto para a substância cinzenta periaquedutal, núcleos sensoriais do tálamo e córtex
somatossensorial ASHINA M 2019 (MOSKOWITZ MA 1984 . No entanto, outros
autores sugerem que uma interrupção primária das vias centrais da dor produz
sensibilização, de modo que estímulos sensoriais normalmente inócuos podem ser mal
interpretados como sinalização de dor, uma condição chamada alodinia ASHINA M 2019
(OLESEN J 2009 .

Moléculas implicadas na origem de uma crise de enxaqueca foram detectadas em modelos


clínicos de enxaqueca ASHINA M 2017 , que são vasodilatadores potentes e geralmente
distribuídos no sistema trigeminovascular, incluem CGRP, peptídeo ativador de adenilato
ciclase hipofisário PACAP 38 e óxido nítrico ASHINA M 2017 .

Resumo TCC 4
Estudos confirmaram que os ataques de enxaqueca se desenvolvem em pacientes com
enxaqueca quando são expostos a essas moléculas, enquanto pessoas saudáveis expostas de
forma semelhante referem sentir dor de cabeça leve ou nenhuma dor de cabeça ASHINA M
2017 JUHASZ G 2003 . Além disso, um estudo diferente demonstrou que pacientes
com enxaqueca crónica apresentam níveis séricos de CGRP significativamente elevados,
mesmo sem crise de enxaqueca, quando comparados com controlos saudáveis CERNUDA
MOROLLON E 2013 .

Papel do sistema nervoso central e periférico na enxaqueca crônica.

A fisiopatologia da enxaqueca ainda não foi completamente elucidada. As principais


estruturas envolvidas parecem ser o sistema nervoso central (córtex e tronco cerebral).

Está abordado na parte de mecanismos fisiológicos e neuro químicos)

Tratamento da enxaqueca crônica

Abordagens terapêuticas tradicionais para o tratamento da enxaqueca crônica

Tratamento da enxaqueca crônica no Brasil


No Brasil não há um protocolo clínico para a profilaxia da enxaqueca crônica. Segundo o
Consenso da Sociedade Brasileira de Cefaleia, os fármacos utilizados para o tratamento:
bloqueadores dos canais de cálcio, antiepilépticos e miscelânea (antiagregantes
plaquetários, cofatores do metabolismo da serotonina (riboflavina) e toxina botulínica,
dopaminérgicos e anticoagulantes), betabloqueadores, antagonistas da serotonina e
antidepressivos Rosa & Siega, 2022 .

Resumo TCC 5
Desses fármacos, os únicos que foram estudados em protocolos duplo-cego com resultados
favoráveis foram a toxina botulínica e a riboflavina, Porém, todos esses medicamentos
foram desenvolvidos originalmente para o tratamento de outras enfermidades e contém
várias interações, podem ter diversos efeitos no paciente com o uso prolongado Anvisa,
2019 .

O tratamento da enxaqueca crónica é difícil, multifatorial, desafiante e necessariamente


persistente. O objetivo é reduzir a frequência e intensidade das crises, e melhorar a
qualidade de vida.Assenta em quatro pilares: 1 identificação e controlo dos fatores de
cronificação; 2 prevenção ou tratamento do uso excessivo de analgésicos; 3 tratamento
das comorbidades; 4 terapêutica preventiva precoce e agressiva de modo a evitar o
agravamento e permitir a conversão para enxaqueca episódica. É necessário gerir as
expectativas dos doentes e fazer um acompanhamento frequente. Deve ser explicada a na-
tureza da sua doença, bem como o mecanismo que leva ao aparecimento da cefaleia por
uso excessivo de medica-ção, e a absoluta necessidade da terapêutica preventiva.
Aconselhar sobre o estilo de vida, com prática de exercício físico, dieta saudável, horários
regulares de sono e evitar o abuso de cafeína.

O tratamento não farmacológico deve ser oferecido a todos os doentes, nomeadamente


técnicas cognitivo-com-portamentais, de biofeedback, e treinos de relaxamento para
controle do stress, com evidência de eficácia para as duas primeiras(CHO S 2017 . O
tratamento das comorbidades e fatores de cronificação é fundamental. Poderá ser
necessário o acompanha-mento psicológico ou psiquiátrico. Estas medidas, embora
importantes, não serão sufi-cientes na maioria dos doentes, que terão indicação para
realização de terapêutica preventiva. Dos vários fármacos que se utilizam eficazmente na
en-xaqueca episódica SILBERSTEIN 2012 tais como anti epiléticos (valproato, topiramato),
amitriptilina, propranolol e flunarizina, apenas o topiramato e o valproato foram ensaiados
especificamente na enxaqueca crónica com resultados positivos. Os estudos com beta-
bloqueantes foram negativos. O valproato, no entanto, foi testado apenas num ensaio
clínico com 29 doentes YUREKI V 2008 O topiramato evidenciou resultados positivos em
dois ensaios clínicos randomizado e duplamente cegos com doses médias de 100 mg
DIENER H 2007 SILBERSTEIN S 2007 .

É um fármaco neuromodelador, eficaz na redução do número de dias por mês com


enxaqueca, com melhoria da qualidade de vida. Tem a desvantagem de, em cerca de 30%
dos doentes, desenvolver efeitos secundários: sonolência, lentificação psicomotora, defeito
de memória verbal, irritabilidade, parestesias, ano-rexia, litíase renal entre outros. Ao fim de
um ano, apenas 20% dos doentes mantém a terapêutica profilática(HEPP Z 2015 . Nos
casos que não respondem ao topiramato ou outros fármacos profiláticos, está indicado o

Resumo TCC 6
tratamento com toxi-na botulínica do tipo A. A sua eficácia foi estabelecida em dois ensaios
clínicos, onde foram incluídos mais de 1300 doentes( AUROSA S 2011 .

Este tratamento consiste na aplicação, a cada três meses, de 5 U de toxina botulínica por via
subcutânea, em 31 locais do couro cabeludo previamente definidos (segundo o protocolo
PREEMPT . É bem tolerado, com ligeiros efeitos secundários: desconforto mínimo na
aplicação, ptose palpebral, rigidez ou dor cervical. Reduz o número de dias de enxaqueca, o
número de dias de cefaleia intensa, o consumo de analgésicos, idas ao serviço de urgência e
incapacidade resultante.

Recentemente, foi desenvolvido um grupo de fármacos inovadores para prevenção de


enxaqueca que atuam sobre o CGRP, neuropeptideo implicado na patogénese da enxa-
queca. O CGRP aumenta durante a crise de enxaqueca, e a sua administração desencadeia
uma crise Edvinsson L 2018 .Os níveis sé-ricos de CGRP estão também aumentados na
enxaqueca crónica(CERNUDA MOROLLON 2013 .
Estes fármacos, desenvolvidos especificamente para a profilaxia da enxaqueca, são
anticorpos monoclonais Edvinsson L 2018 TEPPER S. 2018 .

TOXINA BOTULÍNICA ENXAQUECA CRÔNICA

Mecanismo de ação da toxina botulínica no sistema neuromuscular.

A toxina botulínica tipo A TBA é uma substância de extrema importância no campo do


rejuvenescimento facial. Com sua capacidade de atuar sobre os neurotransmissores, ela se
tornou uma técnica não invasiva relevante nos tempos atuais(FUGITA 2019 . TBA é
produzida pela bactéria gram-positiva e anaeróbica Clostridium botulinum, é provocada a
inibição da liberação exocitótica da acetilcolina nos terminais nervosos motores, resultando
na redução da contração muscular GOUVEIA 2020 .

A toxina botulínica tipo A atua bloqueando a transmissão neuromuscular. Ela se liga aos
receptores terminais dos nervos motores, penetra no nervo terminal e inibe a liberação de
acetilcolina. Quando administrada por via intramuscular em doses terapêuticas, a toxina
promove uma denervação química parcial do músculo, resultando na redução localizada da
atividade muscular PAULO 2018 .

Resumo TCC 7
É importante ressaltar que a ação da TBA é temporária, uma vez que o organismo possui a
capacidade de regenerar os terminais nervosos e restaurar a função muscular. Como
resultado, os efeitos da TBA são transitórios e requerem reaplicações periódicas para
manter os resultados desejados FRANCISCO FILHO 2023 . É inicialmente sintetizada
como uma proteína de 150 kDa, que posteriormente sofre uma modificação pós-
translacional, resultando em uma cadeia pesada de 100 kDa e uma cadeia leve de 50 kDa,
unidas por uma ponte dissulfeto. A cadeia pesada tem a função de se ligar aos neurônios
pré-sinápticos na junção neuromuscular, facilitando a entrada da cadeia leve no citoplasma
celular. Dentro da célula, a cadeia leve de cada tipo de toxina botulínica tem como alvo um
componente do receptor de proteína de ligação do fator sensível ao meio N-etilmaleimida
solúvel SNARE , ao qual ela se liga e inativa, interrompendo assim a função do SNARE
complexo GART 2016 .

Ela é internalizada por meio da endocitose, sendo transportada para o endossomo e,


posteriormente, para o citossoma. Esse processo de internalização da TBA parece estar
relacionado a um sensor de pH, que é ativado quando o pH é igual ou inferior a 5,5. Essa
ativação auxilia na mudança da configuração da molécula da toxina botulínica
GOUVEIA 2021 .

A duração do efeito da toxina botulínica é temporária, variando de 6 semanas a 6 meses.


Essa duração pode ser influenciada por fatores como sexo, idade, patologia associada e até
mesmo a formação de anticorpos. Geralmente, os melhores resultados são observados
entre 2 a 3 meses após a aplicação da toxina GOUVEIA 2021 TBA aprovadas pela ANVISA
incluem Botox, Xeomin, Prosigne, Dysport, Botulift, Botolim e Nabota ANVISA 2023 .

Introdução à toxina botulínica e suas principais características.

O Clostridium botulinum é uma bactéria Gram-positiva, esporulada e anaeróbia, a qual


causa o botulismo, essa bactéria geralmente é encontrada em solo ou em ambientes
marinhos, essa bactéria causa uma paralisia muscular, afetando principalmente os músculos
respiratórios, resultando em um quadro de asfixia, podendo levar o paciente a óbito
SILBERSTEIN, 2016

Uso da toxina botulínica como aliada no tratamento da enxaqueca crônica

Resumo TCC 8
Mecanismos propostos pelos quais a toxina botulínica pode atenuar as crises de
enxaqueca

Um dos principais pontos do tratamento feito com a OnabotulinumtoxinA é a diminuição da


intensidade da dor, já que uma pessoa acometida pela enxaqueca crônica sente que
diversos setores da sua vida são afetados por esse distúrbio, portanto as práticas
corriqueiras do dia-a-dia, como passeios e o próprio trabalho são acometidos e acabam por
tornar-se um dilema de vida, onde o paciente relata que possui uma grande dificuldade em
executar ações mais simples do cotidiano, devido à dor sentida BENDTSEN, 2018 .

O tratamento para enxaqueca crônica utilizando a OnabotulinumtoxinA é preventivo, e


como dito anteriormente, possui o objetivo de diminuir o número de dias de cefaleia,
contudo, conforme alguns estudos foram surgindo, foi percebido que um efeito secundário
a este tratamento foi a diminuição da intensidade da dor sentida pelo paciente FERRUS,
2020 .

A pesquisa demonstrou como resultado, por meio de uma amostra clínica, que além da
redução da frequência dos dias de cefaleia a Onabotulinumtoxina tem como efeito
secundário uma redução na intensidade da dor, comprovando a sua capacidade de reduzir a
intensidade da enxaqueca durante os seis meses de estudo. Ademais, foi demonstrado
reduções no uso de medicamentos orais para dor de cabeça nos pacientes que faziam a sua
utilização para controlar a dor de cabeça FERRUS, 2020 .O estudo foi realizado em 8 ciclos
de tratamento em um período de 6 meses, onde durante o segundo ciclo foi possível
perceber uma ligeira diferença significativa na frequência e na intensidade da dor, como
esperado de estudos anteriores. Por conseguinte, no 2 ciclo houveram achados relevantes
atestando a premissa da redução na intensidade da dor:A redução da intensidade da dor de
cabeça foi classificada como 50% em 35,8% 141/395 dos pacientes e a ingestão de
analgésicos foi reduzida pela metade em 60,4% 239/395 dos pacientes, 52,9% 209/395
dos pacientes melhoraram e mudaram de enxaqueca crônica para episódica e 37,5%
148/395 pararam de usar medicamentos para dor de cabeça aguda TORRES FERRUS,
2020.

A OnabotulinumtoxinA tem se mostrado bem aceita pelos pacientes e seu comportamento


tem sido eficaz, seguro e que possui uma alta tolerância, contudo, ainda são necessárias
mais pesquisas acerca da utilização da toxina ao longo prazo, para uma maior observação

Resumo TCC 9
acerca dos efeitos deste tipo de tratamento, seja ele associado com medicamentos ou
sendo apenas a aplicação da toxina BENDTSEN, 2018 .

Recomendações e diretrizes de uso da toxina botulínica para pacientes com enxaqueca


crônica

No tratamento da enxaqueca crônica, essas diretrizes foram realizadas por um grupo de


profissionais com experiências clínicas no tratamento da enxaqueca com o uso da toxina na
Europa, contudo, ainda não existe um consenso sobre quando se iniciar o tratamento,
porém: “Eles descobriram que a toxina botulínica A foi igualmente eficaz em pacientes que
já haviam recebido um, dois, três ou mais tratamentos preventivosˮ NICE, 2012;
BENDTSEN, 2018 .

Países já adeptos à terapia com OnabotulinumtoxinA, recomendam que o paciente tenha


realizado dois ou três tratamentos profiláticos antes do uso da BT A, porém nesse mesmo
estudo eles afirmam que existem contra indicações ao tratamento utilizando o BT A, se
tratando de comorbidades de característica crônica, por exemplo, contudo eles declaram
que não existem razões para a não utilização da toxina e que o público-alvo destinado ao
tratamento com o BT A é aquele possui uma enxaqueca persistente ao longo de dois anos
ou mais BENDTSEN, 2018 .

Dosagem correta do BT A, Após a descoberta do mecanismo de ação do Clostridium


botulinum, por volta dos anos 70, foi descoberto que sua cuja principal característica é a
paralisia muscular, o seu uso nas mais diversas áreas vem crescendo consideravelmente
bem e, a BT A é muito utilizada para o tratamento do estrabismo e na estética também,
para redução das rugas, além de seu uso ser implementado no tratamento da espasticidade
e em distúrbios autonômicos, com efeito, ao longo dos anos, o seu uso tem sido cada vez
mais explorado, contudo a utilização dessa toxina ainda enfrenta alguns percalços: A
onabotulinumtoxina está sendo cada vez mais usada no tratamento da enxaqueca crônica
MC . O tratamento com onabotulinumtoxina apresenta desafios em comparação com a
terapia tradicional com preventivos administrados por via oral. A European Headache
Federation identificou um grupo de especialistas que foi solicitado a desenvolver a presente
diretriz para fornecer recomendações para o uso de onabotulinumtoxinA em CM
(BENDTSEN, et al, 2018 .

Resumo TCC 10
Segundo o estudo PREEMPI, publicado em 2010, mostrou que a toxina botulínica é capaz de
tratar a enxaqueca crônica, onde foram analisados 1389 pacientes durante seis meses após
aplicação da toxina ao longo do crânio.

Revista Diálogos Acadêmico: 10, n. 01 | jan./jun, 2021ISSN 2448 1270 pontos, nas regiões
frontal, temporal, occipital, para espinhal e trapézio. Mostrando que mais de 600 pacientes
apresentaram melhora no último mês, reduzindo a quantidade de crises, de 15 dias a 8 dias
no mês e a intensidade da dor reduzindo pela metade SARMENTO, 2010 .

Estudo esse que foi base para outras pesquisas e embasamento para novas técnicas e
aplicações, como Santoro et al.2017 que realizou um estudo prospectivo avaliando a
aplicação da toxina botulínica A por 18 meses, seis ciclos trimestrais, prolongando o estudo
PREEMPT que foi de 6 a 12 meses, observando que após administração repetida, a eficácia
da terapia aumenta significativamente os resultados e a qualidade de vida dos pacientes
com enxaqueca.

Outra vantagem da toxina botulínica, após aplicação para tratamento da enxaqueca é a


redução do uso de medicamentos. No qual o estudo de Colhado etal. 2009 também observa
uma menor quantidade de medicamentos e doses diárias pelos pacientes.

De acordo com o estudo de Peres et al. 2019 a enxaqueca fica em segundo lugar na
prevalência entre as doenças não transmissíveis DNTs) com a maior causa de incapacidade
entre os adultos no Brasil, um total estimado de 5,5 milhões de pessoas que precisa de
terapia preventiva. Desse modo, a enxaqueca é um problema de saúde pública que precisa
de melhores terapias preventivas.

Analisando o custo-efetividade da toxina botulínica A no tratamento preventivo da migrânea


no sistema privado de saúde do Brasil, a terapia proporciona redução de 54% a 60% nos
custos com visitas médicas e hospitalização, atenuando também os dias de dores
enxaquecas em 52,42%, Corroborando no menor consumo de medicamentos e promovendo
melhor tratamento aos pacientes PIOVESAN, 2017 .

Todavia a enxaqueca crônica tem efeito prejudicial na vida diária dos doentes, Com base no
estudo de Diener et al, 2015 os indivíduos com enxaqueca perdem três vezes mais as

Resumo TCC 11
atividades familiares e relatam diminuição na produtividade das tarefas domésticas. Visto
também por Stewart et al. 2010 onde avaliaram o impacto na atividade profissional e
concluíram que 1 em cada 5 doentes apresentaram limitações no trabalho.

A toxina botulínica é efetiva na profilaxia de vários tipos de cefaleias, e principalmente, a


migrânea. Na cefaleia migrânea, acredita-se que o mecanismo de ação da toxina seja pelo
relaxamento da musculatura infiltrada e em consequência, há diminuição da pressão sobre
as raízes do nervo trigêmeo. Esta teoria se confirma pelo fato de pacientes com migrânea
apresentarem hipertrofia do músculo corrugador, o qual comprime os ramos trigeminais
COLHADO OCG, et al., 2009 . O papel principal no tratamento com a toxina é o bloqueio da
liberação de peptídeos vasoativos das terminações trigeminovasculares, assim como outros
mecanismos que afetam as terminações trigeminais periféricas e/ou neurônios localizados
centralmente MARTINELLI D, et al., 2020 .

A ação da toxina botulínica do tipo A BoNT/A ocorre pela inibição da acetilcolina (ACh) nas
terminações nervosas colinérgicas dos nervos motores, fazendo com que as vesículas de
acetilcolina sejam impedidas de se ligarem à membrana para que ocorra a liberação do
conteúdo e posteriormente ligação aos receptores na membrana pós-sináptica. Esse tipo de
bloqueio leva ao efeito estético e terapêutico desejado, pois ocorre um enfraquecimento
dos músculos por um período de três a quatro meses. Atualmente, o uso do
tratamentoterapêutico vem se expandindo de maneira exponencial, inclusive em
tratamentos de condições dolorosas crônicas, com intuito de melhorar a compreensão de
seus mecanismos de ação, pela eficácia e segurança do tratamento. A toxina botulínica
BoNT é segura e bem tolerada quando comparada às terapias farmacológicas
convencionais para dor crônica, principalmente devido aos efeitos adversos produzidos
pelos fármacos ROMERO JGA, et al., 2020 .

REFERÊNCIAS

Edvinsson L, Haanes K, Warfvinge K, Krause D. CGRP as the target of new migraine


therapies — successful translation from bench to clinic.

Nat Rev Neurol. 2018;14 338 50.

Resumo TCC 12
Cernuda-Morollon E, Larrosa D, Moris G, Ramon C, Pascual J. Increased levels of
CGRP in peripheral blood in women with chronic migraine: a reliable biological
marker. J Headache Pain. 2013;14 P104.

Tepper S. History and review of anti-calcitonin gene-related peptide CGRP therapies:


from translational research to treatment. Headache. 2018;58 S217 97.

Cho S, Song T, Chu M. Treatment update of chronic migraine. Curr Pain Headache Rep.
2017;21 26.

Silberstein S, Holland S, Freitag F, Dodick D, Argoff C, Ashaman E, et al. Evidence-


based guideline update: pharmacologic treatment for episodic migraine prevention
in adults: report of the quality standards subcommittee of the American Academy of
Neurology and the American Headache Society. Neurology. 2012;78 1337 45.

Yurekli V, Akhan G, Kutluhan S, Uzar E, Koyuncuoglu H, Gultekin F. The effect of


sodium valproate on chronic daily headache and its subgroups. J Headache Pain.
2008;9 37 41.

Diener H, Bussone G, Van Oene J, Lahaye M, Schwalen S, Goadsby P. Topiramate reduces


headache days in chronic migraine: a randomized, double-blind, placebo-controlled study.
Cephalalgia. 2007;27 814 23.

Silberstein S, Lipton R, Dodick D, Freitag F, Ramadan N, Mathew N, et al. Topiramate


Chronic Migraine Study Group. Efficacy and safety of topiramate for the treatment
of chronic migraine: a randomized, doubleblind, placebo-controlled trial. Headache.
2007;47 1398 408.

Hepp Z, Dodick D, Varon S, Gillard P, Hansen R, Devine E. Adherence to oral


migraine-preventive medications among patients with chronic migraine.
Cephalalgia. 2015;35 478 88.

Aurora S, Winner P, Freeman M, Spierings E, Heiring J, DeGryse R, et al.

Onabotulinumtoxin A for treatment of chronic migraine: pooled analyses of the 56-


week PREEMPT clinical program. Headache. 2011;51 1358 7.

Resumo TCC 13
Vos T, Abajobir AA, Abate KH, eovner LJ, Nichols E, Steiner TJ, et al. Carga global,
regional e nacional de enxaqueca e cefaleia tensional, 1990 2016 uma análise
sistemática para o estudo da carga global de doenças 2016. Lancet Neurol.
2018;17 954 76

Stovner LJ, Nichols E, Steiner TJ, et al. Carga global, regional e nacional de enxaqueca
e cefaleia tensional, 1990 2016 uma análise sistemática para o estudo da carga
global de doenças 2016. Lancet Neurol. 2018;17 954 76

Stewart WF, Wood C, Reed ML, Roy J, Lipton RB. Incidência cumulativa de enxaqueca
ao longo da vida em mulheres e homens. Cefaléia. 2008;28 1170 8.

Steiner TJ, Jensen R, Katsarava Z, et al. Auxílios ao tratamento das cefaleias nos
cuidados primários 2ª edição): em nome da federação europeia das cefaleias e
levantamento do fardo: a campanha global contra as cefaleias. J Dor de cabeça.
2019;20 57.

Comitê de Classificação de Cefaléia da Sociedade Internacional de Cefaléia IHS A


Classificação Internacional de Transtornos de Cefaléia, 3ª edição. Cefaléia. 2018
janeiro;38 1 1 211.

Kelman L. Os gatilhos ou precipitantes do ataque agudo de enxaqueca. Cefaléia.


2007;27 394 402.

Karsan N, Bose P, Newman J, Goadsby PJ. Alguns desencadeadores de enxaqueca


percebidos pelo paciente são simplesmente manifestações precoces do ataque? J
Neurol. 2021;268 5 1885 93.https://doi.org/10.1007/s00415 020 10344 1.

Kelman L. Os gatilhos ou precipitantes do ataque agudo de enxaqueca.


Cefaléia. 2007;27 394 402.

Kelman L. Os gatilhos ou precipitantes do ataque agudo de enxaqueca. Cefaléia.


2007;27 394 402.13.

Lipton RB, Pavlovic JM, Haut SR, Grosberg BM, Buse DC. Questões metodológicas no
estudo dos fatores desencadeantes e características premonitórias da enxaqueca.
Dor de cabeça. 2014;54 1661 9.14.

Resumo TCC 14
Hougaard A, Amin FM, Hauge AW, Ashina M, Olesen J. Provocação de enxaqueca com
aura usando fatores desencadeantes naturais. Neurologia. 2013;80 428 31.

Buse D, Manack A, Fanning K, Serrano D, Reed M, Turkel C, et al. Chronic migraine


prevalence, disability, and sociodemographic factors: results from the American
Migraine Prevalence and Prevention Study. Headache. 2012;52 1456 70.

Lipton R, Bigal M, Diamond M, Freitag F, Reed M, Stewart W, et al. Migraine


prevalence, disease burden, and the need for preventive therapy. Neurology.
2007;68 343 9.

Scher A, Stewart W, Ricci J, Lipton R. Factors associated with the onset and remission
of chronic daily headache in a population-based study. Pain. 2003;106 81 9.

Buse D, Silberstein S, Manack A, Papapetropoulos S, Lipton R.


Psychiatric comorbidities of episodic and chronic migraine. J Neurol.
2013;260 1960 9.

Buse D, Manack A, Serrano D, Turkel C, Lipton R. Sociodemographic and comorbidity


profiles of chronic migraine and episodic migraine sufferers. J Neurol Neurosurg
Psychiatry. 2010;81 428 32.

Scher A, Midgette L, Lipton R. Risk factors for headache chronification. Headache.


2008;48 16 25.

Manack A, Buse D, Lipton R. Chronic migraine: epidemiology and disease burden. Curr
Pain Headache Rep. 2011;15 70 8

Adams A, Serrano D, Buse D, Reed M, Marske V, Fanning KM, et al The impact of


chronic migraine: The Chronic Migraine Epidemiology and Outcomes CaMEO Study
methods and baseline results. Cephalalgia. 2015;35 563 78.

Schwedt T. Chronic migraine. BMJ. 2014;24;348.

Bigal M, Serrano D, Reed M, Lipton R. Chronic migraine in the population: burden,


diagnosis, and satisfaction with treatment. Neurology. 2008;71 559 66.

Resumo TCC 15
Buse D, Manack A, Fanning K, Serrano D, Reed M, Turkel C, et al. Chronic migraine
prevalence, disability, and sociodemographic factors: results from the American
Migraine Prevalence and Prevention Study. Headache. 2012;52 1456 70.

Natoli J, Manack A, Dean B, Butler Q, Turkel C, Stovner L, et al. Global prevalence of


chronic migraine: a systematic review. Cephalalgia. 2009;30 599 609.

Moskowitz MA. A neurobiologia da dor de cabeça vascular. Ana Neurol.


1984;16 157 68.

Ashina M, Hansen JM, Do TP, MeloCarrillo A, Burstein R, Moskowitz MA.


Enxaqueca e sistema trigeminovascular 40 anos e contando.
Lanceta Neurol. 2019;18 795 804.

Olesen J, Burstein R, Ashina M, TfeltHansen P. Origem da dor na enxaqueca: evidência


de sensibilização periférica. Lanceta Neurol. 2009;8 679 90

Ashina M, Hansen JM, Dunga ÁB, BO, Olesen J. Modelos humanos de enxaqueca – dor
de curto prazo para ganho de longo prazo. Nat Ver Neurol. 2017;13 713 24

Juhasz G, Zsombok T, Modos EA, et al. Ataque de enxaqueca induzido por NO


forte.Aumento na concentração plasmática do peptídeo relacionado ao gene da
calcitonina CGRP e correlação negativa com a liberação de serotonina nas
plaquetas. Dor. 2003;106 461 70.

Cernuda-Morollon E, Larrosa D, Ramon C, Veja J, Martinez-Camblor P, Pascual J.


Aumento interictal dos níveis de CGRP no sangue periférico como biomarcador para
enxaqueca crônica. Neurologia. 2013;81 1191 6.

MARTINELLI D, et al. Chronic migraine and Botulinum Toxin Type A: where do Paths
cross? Toxicon, 2020; 178: 69-76

ROMERO JGA, et al. Botulinum toxin in pain management of trigeminal


Neuralgia: literature review. Brazilian Journal Of Pain, 2020; 3(3): 366-373.

1. FUJITA, Rita Lilian Rodrigues et al. Aspectos relevantes do uso datoxina


Botulínicano tratamento estético e seusdiversosmecanismosde açãdo uso
Datoxina botulínicano tratamento estético e seusdiversosmecanismosde

Resumo TCC 16
Ação.
Saber Cientifico, Porto Velho, v. 8, n. 1, p. 120-133, 2019. Disponível em:
http://periodicos.saolucas.edu.br/index.php/resc/article/view/1269/1108.
Acesso Em: 25 jun. 2023.

GOUVEIA, Beatriz Nunes et al. O uso da toxina botulínica em procedimentos


Estéticos. Revista Brasileira Militar de Ciências, [S.L.], v. 6, n. 16, p. 56-63, 3
Dez. 2020. Fundacao Tiradentes. http://dx.doi.org/10.36414/rbmc.v6i16.72.

PAULO, Elton Vicente de et al. Avaliação e sugestão de protocolo estético


Para aplicação de toxina botulínica do tipo a em pacientes adultos. Revista
Uningá, [S.L.], v. 55, n. 4, p. 158-167, 17 dez. 2018. Editora UNINGA.

FRANCISCO FILHO, Manoel Lesser et al. Mecanismos de ação e indicações

Da Toxina Botulínica. Research, Society And Development, [S.L.], v. 12, n. 6,


p. 1-7, 16 jun. 2023. Research, Society and Development.

GOUVEIA, Beatriz Nunes et al. O uso da toxina botulínica e Procedimentos estéticos: uma
revisão da literatura. 2021. 17 f. TCC (Graduação) – Curso de Biomedicina, Pontifícia
Universidade Católica de Goiás, Goias, 2021.

GART, Michael S. et al. Overview of Botulinum Toxins for Aesthetic Uses.Clinics In Plastic
Surgery, [S.L.], v. 43, n. 3, p. 459-471, jul. 2016. Elsevier BV.

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária Disponível


em:https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/q/?substancia=25381. Acesso em: 23
jun. 2023.

Bendtsen, L., et al. Diretriz sobre o uso de onabotulinumtoxinA na enxaqueca Crônica:


umaDeclaração de consenso da European Headache Federation. J Headache Pain 19,
91(2018).

Resumo TCC 17
Torres-Ferrus, M., et al (2020). Influence of headache pain intensity andFrequency on
migraine-Related disability in chronic migraine patients treated with OnabotulinumtoxinA.
The journal ofHeadache and pain, 21(1), 88. https://doi.org/10.1186/s10194-020-01157-8

Bendtsen, L., et al. Diretriz sobre o uso de onabotulinumtoxinA na enxaqueca Crônica:


umaDeclaração de consenso da European Headache Federation. J Headache Pain 19,
9(2018).https://doi.org/10.1186/s10194-018-0921-8.

STEWART, Walter F. et al. Na international study to assess reliability of theMigraine


DisabilityAssessment (MIDAS) score. Neurology, v. 53, n. 5, p. 988-988, 2010.=.

SARMENTO, E. M,; BRITO, C. M. Onabotulinotoxina A para o Tratamento da Migrânea


Crônica. BoletimNeuro Atual, v. 2, n.5,2010.

PIOVESAN, E.; CADECARO, P; PEPE, C. Análise de custo-efetividade da toxina Onabotulínica A


no tratamento preventivo da migrânea crônica sob a Perspectiva do sistema privado de
saúde do Brasil. J.bras. econ. Saúde, v. 9. Supl.1, p. 71-80, 2017.

DIENER, H.-C. et al. Integrated care for chronic migraine patients: Epidemiology, burden,
diagnosis and treatment options. Clinical Medicine, v. 15, n. 4, p. 344, 2015.

PERES, M. F. P. et al. Migraine: a major debilitating chronic non-communicable Disease in


Brazil, evidence from two national surveys. The journal of headache And pain, v. 20, n. 1, p.
85, 2019.

COLHADO, O. C. G.; BOEING, M.; ORTEGA, L. B. Toxina botulínica no tratamento Da dor. Ver
Bras Anestesiol, v. 59, n. 3, p. 366-381, 2009.

Resumo TCC 18
SANTORO, A. et al. Quarterly repeat cycles of onabotulinumtoxinA in chronic Migraine
patients: the benefits of the prolonged treatment on the continuous Responders and
quality-of-life conversion rate in a real-life setting. Neurological Sciences, v. 38, n. 10, p.
1779-1789, 2017.

Resumo TCC 19

Você também pode gostar