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Pares/Nervos Cranianos

António Guevara Lopez


a.lopez@campus.ul.pt
Ano Letivo 2019/2020
Índice
1. Introdução………………………………………………………………………..3
2. NC I……………………………………………………………………………...5
3. NC II……………………………………………………………………………..5
4. NC III…………………………………………………………………………….6
5. NC IV……………………………………………………………………………7
6. NC VI…………………………………………………………………………..10
7. NC V……………………………………………………………………………13
8. NC VII………………………………………………………………………….15
9. NC VIII…………………………………………………………………………18
10. NC IX………………………………………………………………………….20
11. NC X…………………………………………………………………………...21
12. NC XI………………………………………………………………………….23
13. NC XII…………………………………………………………………………24
14. Nervos cranianos no crânio……………………………………………………25
15. Inervação da língua…………………………………………………………….26
16. Glossário……………………………………………………………………….26

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Introdução
Os pares cranianos são nervos que se originam do Sistema Nervoso Central, atravessam os
orifícios da base do crânio e dirigem-se para os seus territórios de inervação. Apresentam 3
características comuns, que os caracterizam:

 Existem em número par e são simétricos (um à direita e outro à esquerda);

 Atingem imediatamente, ou pouco depois da sua origem, a cavidade craniana;

 Atravessam sucessivamente, ao saírem do crânio, as meninges (pia-máter, aracnóideia e


dura-máter) e ainda a parede óssea da base do crânio

Estes são ordenados de acordo com a ordem (de superior para inferior, de anterior para
posterior) em que estes nervos atravessam os orifícios osteofibrosos que permitem a sua saída
do crânio. Por conseguinte: o I par craniano é aquele que sai do crânio mais superiormente e o
XII par craniano é o que sai do crânio mais inferiormente.

A sua origem pode ser:


o Real: Núcleo ou gânglio nervoso (dentro do encéfalo) (à exceção do
nervo óptico (II) cuja origem real se encontra no globo ocular)
o Aparente: Emergência do nervo no encéfalo
Os 12 pares cranianos têm origem aparente no tronco cerebral àexceção do I e II que
estão diretamente “ligados” aos cérebro

Classificação Pares Cranianos

 Motores - contribuem para a motilidade dos músculos


 Sensitivos - contribuem para sensibilidade ao tato, dor e temperatura
 Sensoriais - relacionados com os sentidos: visão, olfato, audição, paladar, tato
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 Autonómicos/vegetativos – sempre parassimpáticos

Os neurónios que têm função motora e os que


têm função parassimpática apresentam o seu
corpo celular no tronco cerebral, nos
chamados núcleos, e a sua terminação no
músculo efector.
Os neurónios que têm função sensitiva ou
sensorial têm os seus corpos celulares nos
gânglios (fora do tronco cerebral). Do seu
corpo celular emitem um prolongamento
periférico que se destina à área de inervação e
“recebe” a informação sensitiva, e ainda um prolongamento central que se destina ao
tronco cerebral e que sinapsa com o segundo neurónio.

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NC I – Nervo Olfativo
Tipo: Sensorial
Função: Olfato
Origem aparente: Células nervosas bipolares na mucosa olfativa
Origem real: Telencéfalo

Trajeto simplificado:
 Filetes ascendem nas paredes interna e externa das fossas nasais;
 Convergem na lâmina crivosa do etmóide;
 Formam ramos cada vez maiores;
 Alcançam bulbo olfativo (face inferior)

Lesões:
 Anósmia,
 Hipósmia,
 Hiperósmia,
 Disosmia

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NC II – Nervo Oftálmico
Tipo: Sensorial
Função: Visão
Origem aparente: Células ganglionares da retina
Origem real: Diencéfalo

Trajeto simplificado
 Passa no canal óptico juntamente com a artéria oftálmica, dentro do anel de Zinn
(confluência dos tendões dos músculos extra-oculares);
 Forma o quiasma óptico, em íntima relação com a face superior do corpo do
esfenóide (assenta no sulco quiasmático, anteriormente à face superior do corpo
do esfenóide, onde assenta a hipófise)

Lesões: Cegueira/Amaurose, Hemianópsia

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NC III – Nervo Oculomotor Comum
Tipo: Motor e Parassimpático
Funções
Motora: Movimento ocular (controlo de quase todos os músculos extraoculares
– reto superior, medial, inferior, elevador da pálpebra superior, obliquo inferior),

Levantar e descair as pálpebras,


Parassimpática: Constrição da pupila (músculo constritor da pupila),
Acomodação do cristalino (= focagem) [músculo ciliar]

Origem aparente: Fossa interpeduncular


Origem real: Mesencéfalo
 Núcleo motor principal (Edinger-Westphal)
 Núcleo parassimpático acessório
 Núcleo de Perlia - núcleo impar e mediano, situado entre os núcleos de Edinger-
Westphal. Tem a função mal definida, pensa-se estar relacionado com
convergência ocular, mais recentemente descobriu-se que estava mais
relacionado com a elevação do globo ocular.

Trajeto simplificado:
 Dirige-se anteriormente e atravessa o seio cavernoso ao nível da sua parede
lateral (num desdobramento de dura-máter), sendo o elemento mais superior.
 O nervo oculomotor vai passar entre a artéria cerebral posterior (é superior) e a
artéria cerebelosa superior (é inferior). – pinça do oculomotor
 Atinge, assim, a fissura orbitária superior (ou fenda esfenoidal.)
 A este nível divide-se em dois ramos, um superior e um inferior. Ambos vão
atravessar a fissura orbitária superior por dentro anel de Zinn.
 A partir daqui, ramifica-se para inervar os diversos músculos que são da sua
responsabilidade:
- Ramo superior – músculo reto superior e levantador da pálpebra superior
- Ramo inferior – subdivide-se em ramos para inervar o reto inferior, medial e
oblíquo inferior.

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Lesões
 Estrabismo divergente,
 Diplopia,
 Ptose,
 Midríase pupilar.

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NC IV – Nervo Troclear/Patético
Tipo: Motor
Função: Movimentar o músculo oblíquo superior
Origem aparente: Face posterior do tronco cerebral
Origem real: Mesencéfalo

Trajeto simplificado
É o único nervo que emerge da parte posterior do tronco cerebral (daí ser patético).
Logo, é o nervo oculomotor que tem o maior trajeto até ao seio cavernoso, estando
mais vulnerável a lesões no seu trajeto “pré-cavernoso”
 Após saírem do núcleo, as fibras contornam a substância cinzenta central e o
Aqueduto de Sylvius (dirigindo-se lateral e posteriormente).
 Ao alcançarem a face posterior do mesencéfalo, estas fibras decussam
totalmente ao nível do véu medular superior e abandonam o mesencéfalo ao
nível da sua face posterior.
 Vai contornar o mesencéfalo pelas suas faces laterais e anteriormente, atinge o
seio cavernoso, inferiormente ao nervo oculomotor, na parede lateral do mesmo
 Ao nível da fissura orbitária superior, vai passar por fora do anel tendinoso
comum.
 Ao atingir a cavidade orbitária, dirige-se então para o músculo oblíquo superior.

Lesão: Diplopia ao olhar para baixo (ao descer as escadas por exemplo)

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NC VI – Nervo Abducente
Tipo: Motor
Função: Inerva o músculo reto lateral, permitindo a abdução do olho
Origem aparente: Sulco bulbo protuberancial
Origem real: Ponte/protuberância

Trajeto simplificado:
 Dirige-se anteriormente, passando no seio cavernoso mas com uma diferença
importante relativamente aos outros pares.
 Ele caminha no interior do seio cavernoso propriamente dito, em íntima relação
com a artéria carótida interna. Isto significa que se houver um problema nesta
artéria como um aneurisma aqui, o primeiro nervo a ser afetado é o abducente.
 Ao nível da fissura orbitária superior, ele vai passar por dentro do anel tendinoso
comum.
 Ao atingir a cavidade orbitária, dirige-se para o músculo respetivo que inerva - o
reto lateral.
Percorre o canal de Dorello

Lesão: Estrabismo convergente

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Resumo

O Anel Tendinoso de Zinn é um tendão de inserção comum dos 4 músculos retos ao


nível do vértice da cavidade orbitária. Este anel vai permitir dividir as estruturas
vásculo-nervosas que atravessam a fissura orbitária superior, a fissura orbitária inferior
ou o canal ótico em estruturas que passam dentro ou fora do Anel Tendinoso de Zinn.
 Dentro do Anel de Zinn: nervo óptico e artéria oftálmica, nervo oculomotor,
nervo nasociliar e nervo abducente.
 Fora do Anel de Zinn: nervo troclear, nervo lacrimal (V1), nervo frontal (V1),
veias oftálmicas, nervo zigomático (V2), feixe vásculo-nervoso infraorbitário e
artéria recorrente.

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NC V – Nervo Trigémio
Tipo: Misto
Funções
Motor para músculos mastigadores (temporal, masséter, pterigoide medial e
pterigoide lateral) e outros 4 músculos (ventre anterior do digástrico, milo-
hioide, tensor véu palatino, tensor do tímpano)
Sensitivo para toda a face (exceto gónion que é inervado pelo plexo cervical).
Sensibilidade dos 2/3 anteriores da língua

É o maior nervo craniano

Origem aparente: emerge da face lateral da ponte/protuberância por uma grande raíz
sensitivia e uma pequena raíz motora.
Origem real: Ponte/protuberância
 Núcleo sensitivo principal
 Núcleo espinhal
 Núcleo mesencefálico
 Núcleo motor.

Trajeto simplificado:
O nervo trigémeo origina-se a partir de três núcleos sensoriais e um núcleo motor que se
estendem do mesencéfalo à medula.
Ao nível da ponte, os núcleos sensoriais fundem-se para formar uma raiz sensorial. O
núcleo motor continua a formar uma raiz motora. Essas raízes são análogas às raízes
dorsal e ventral da medula espinhal.

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Na fossa craniana média, a raiz sensorial expande-se para o gânglio trigémio (este está
trigémio está localizado lateralmente ao seio cavernoso, numa depressão do osso
temporal, conhecida como a caverna do trigémio).
O aspeto periférico do gânglio trigémio dá origem a 3 divisões:
 Oftálmica (V1)
- Nervo Nasociliar
- Nervo Frontal
- Nervo Lacrimal
 Maxilar (V2)
- Ramo meníngeo
- Ramo zigomático
- Nervo ptérigo-palatino
- Nervo infra-orbitário
 Mandibular (V3)
- Ramo meníngeo
- Ramo terminal anterior (Nervos têmporo-bucal, temporal profundo médio e
têmporo-massetérico)
- Ramo terminal posterior (Nervos lingual, alveolar, aurículo-temporal)
A raiz motora passa inferiormente à raiz sensorial, As suas fibras são distribuídas
apenas na divisão mandibular.
O nervo oftálmico e o nervo maxilar viajam lateralmente ao seio cavernoso que sai do
crânio pela fissura orbital superior e foramen rotundum, respetivamente. O nervo
mandibular sai pelo foramen ovale entrando na fossa infra-temporal..

Lesão: Perda de sensibilidade da face

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NC VII – Nervo Facial
Tipo: Completo
Funções
Inervação motora: os músculos da mímica, o ventre posterior do digástrico e o
músculo estilo-hioideu
Sensitivamente: parte do pavilhão auricular e meato acústico externo
Sensorialmente: paladar nos 2/3 anteriores da língua
Parassimpaticamente: glândula lacrimal e glândulas submandibular e sublingual

Origem aparente: Emerge da porção lateral do sulco bulbo-protuberancial, sendo que o


intermediário de Wrisberg encontra-se para fora do facial e para dentro do auditivo
Origem real: Ponte/protuberância
 Núcleo motor facial
 Núcleo sensitiva(Intermediário de Wrisberg - tem fibras vegetativas para as
glândulas sublingual e submaxilar)
 Núcleos parassimpáticos - núcleos lacrimale salivar superior (situados atrás e
para fora do núcleo motor)

Trajeto simplificado:
O curso do nervo facial é muito complexo. Existem muitos ramos que transmitem uma
combinação de várias fibras sensoriais, motoras e parassimpáticas.
Anatomicamente, o trajecto do nervo facial pode ser dividido em duas partes:
 Intracraniano - o curso do nervo através da cavidade craniana e o próprio crânio.
 Extracraniano - o curso do nervo fora do crânio, através da face e pescoço.

Intracraniano
O nervo emerge na ponte. Começa com 2 raízes:
 Uma grande raiz motora
 Uma pequena raiz sensorial (a parte do nervo facial que surge da raiz sensorial é
também conhecida como nervo intermediário).

As duas raízes viajam através do meato acústico interno (estando muito próximos do
ouvido interno). Ainda dentro do osso temporal, as raízes deixam o meato acústico

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interno e entram no canal facial. O canal é uma estrutura em forma de "Z". Dentro do
canal facial, três eventos importantes ocorrem:
 Em primeiro lugar, as duas raízes fundem-se para formar o nervo facial;
 Em seguida, o nervo forma o gânglio geniculado;
 Por fim, o nervo dá origem a:
o Nervo petroso maior - fibras parassimpáticas das glândulas mucosas e
lacrimal.
o Nervo estapédio - fibras motoras para o músculo estapédio do ouvido
médio.
o Corda do tímpano - fibras sensoriais especiais para os 2/3 anteriores da
língua e fibras parassimpáticas nas glândulas submandibular e
sublingual.
O nervo facial sai do canal facial (e do crânio) através do forame estilo-mastóideo. Esta
é uma saída localizada logo após o processo estilóide do osso temporal.

Extracraniano
Depois de sair do crânio, o nervo facial dirige-se para cima e cursa anteriormente ao
ouvido externo.
 O primeiro ramo extracraniano a surgir é o nervo auricular posterior (inervação
motora para alguns dos músculos ao redor da orelha. músculo digástrico e para o
músculo estilo-hióideo).
 O tronco principal do nervo, agora denominado raiz motora do nervo facial,
continua antero-inferiormente na glândula parótida (inervada pelo nervo
glossofaríngeo)
 Dentro da glândula parótida, o nervo termina dividindo-se em cinco ramos
(responsáveis por inervar os músculos da expressão facial):
o Ramo temporal
o Ramo zigomático
o Ramo bucal
o Ramo mandibular marginal
o Ramo cervical

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Lesões
 Paralisias,
 Perda de secreções lacrimais e salivares,
 Perda de paladar.

Paralisia de Bell
 Lesão periférica – paralisia total da hemiface homolateral
 Lesão central – paralisia total do quadrante inferior contralateral

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NC VIII – Nervo Vestíbulo-Coclear
Tipo: Sensorial
Funções: Audição e Equilíbrio
Origem aparente: Sulco bulbo-protuberancial
Origem real: Ponte/Protuberância
 Nervo coclear – gânglio espiral de Corti
 Nervo vestibular – gânglio vestibular de Scarpa

Trajeto simplificado
 Desde a sua origem aparente, o nervo vestíbulo-coclear dirige-se para o canal
auditivo interno (antes de entrar neste canal, o nervo relaciona-se com as
meninges e com o nervo facial);
 No canal auditivo interno, o nervo vestíbulo-coclear, subdivide-se em diversos
componentes;
 Após esta divisão, esses componentes do nervo dirigem-se até ao fundo do canal
auditivo interno, por onde se distribuem pelos diversos componentes do ouvido
interno.

Lesões
 Perda total ou parcial de audição (cóclea)
 Marcha afetada (desequilíbrio)
 Vertigens (vestíbulo)

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eato c stico Interno é um canal sseo percorrido pelo nervo vestibulococlear,
nervo facial e , cujo orif cio está situado na face p stero-
superior do rochedo.
stá dividido em 4 andares por uma crista horizontal e por uma crista vertical
 -superior/facial (F) – nervo facial e intermediário de risberg
 -superior/utricular (U) – corresponde ao vest bulo utr culo .
em orif cios de passagem de filamentos do nervo vestibular
 -inferior/coclear (C) – ocupada pela base infundibuliforme da
columela estrutura da c clea , perfurada de orif cios para passagem de ramos do
nervo coclear
 -inferior/sacular (S) – corresponde ao vest bulo sáculo , com
orif cios de passagem do nervo vestibular.

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NC IX – Nervo Glossofaríngeo
Tipo: Completo
Funções:
Invervação motora: músculo estilo-faríngeo.
Sensitivamente: dor/tato/temperatura do 1/3 posterior da língua e orofaringe;
reflexo aferente do vómito.
Sensorialmente: paladar no 1/3 posterior da língua;
Parassimpaticamente: secreção da glândula parótida.
Origem aparente: Na porção superior do sulco colateral posterior do bulbo
Origem real: Medulla oblongata/bulbo raquidiano
 Núcleo motor principal
 Núcleo parassimpático
 Núcleo sensitivo

Trajeto simplificado
 Dirige-se para a frente a para fora e sai do crânio pelo Buraco Lácero Posterior.
 Forma, então, um ângulo reto e desce
 Descreve uma curvatura côncava para cima e para a frente
 Termina na base da língua

Lesões
 Perda de paladar no 1/3 posterior da língua,
 Perda de secreções da parótida,
 Perda de sensibilidade da faringe, da trompa de Eustáquio e caixa

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NC X – Nervo Vago
Tipo: Completo
Funções: Tossir, engolir, falar, vomitar
Inervação motora: músculos da laringe, faringe e palato (e um músculo
extrínseco da língua)
Sensitivamente: ouvido externo, laringo-faringe, laringe (reflexo eferente do
vómito), vísceras torácicas e abdominais
Sensorialmente: paladar da epiglote;
Parassimpaticamente: todas as vísceras torácicas (como o coração ou os
pulmões) e abdominais (estômago, rins, intestino delgado, cólon – até aos 2/3
direitos/proximais do cólon transverso)

Origem aparente: Sulco colateral posterior do Bulbo


Origem real: Medulla oblongata/bulbo raquidiano
 Núcleo Motor Principal (núcleo ambíguo)
 Núcleo Parassimpático
 Núcleo sensitivo (núcleo do trato solitário).

Trajeto simplificado:
 Segue desde a sua origem aparente em direção à porção posterior do núcleo
amigdalóide basolateral, percorrendo a face lateral do Bulbo.
 Ao nível do pescoço constitui um dos elementos do pedículo vásculo-nervoso,
localizando-se no ângulo diedro formado pela veia jugular interna e carótida
interna (superior) e carótida comum (mais inferiormente).
 Apresenta diferentes trajetos ao nível da porção torácica, consoante à esquerda
ou direita, bem como a origem de alguns ramos colaterais também diferente (não
esquecer a origem dos laríngeos recorrentes nem principais diferenças no trajeto
à esquerda e direita).

Lesões
 Ausência de reflexo do vómito,
 Disfagia,
 Rouquidão,

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 Asfixia,
 Incapacidade de produzir sons agudos

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NC XI – Nervo Espinhal/Acessório
Tipo: Motor
Funções:
Motilidade do esternocleidomastoideo e trapézio (intervém nos mecanismos de
inspiração forçada);
Participa na inervação da laringe, sendo importante para os mecanismos de
fonação.
Origem aparente: Medulla oblongata/Bulbo raquidiano
Origem real: Medulla oblongata/Bulbo raquidiano
 Raiz bulbar – origem no núcleo ambíguo,
responsável pela inervação dos músculos
do véu do paladar (excepto músculo
tensor do véu do paladar), faringe
(excepto estilo-faríngeo) e laringe
(excepto o músculo cricotiroideu)
 Raiz medular - tem origem nos cornos
anteriores dos segmentos C1-C6 da
medula

Trajeto simplificado:
 As duas raízes: uma bulbar (sai do tronco pelo sulco colateral posterior); e uma
medular, ascendem então ao longo da medula, atravessam o foramen magnum,
e une-se à raiz bulbar.
 O nervo assim formado atravessa o forame jugular e divide-se então de novo.
Uma porção une-se ao vago e contribui para a maior parte da inervação do
palato mole, faringe e laringe, outra vai então inervar o ECM e trapézio

Lesões: implica a paralisia destes dois músculos (pessoa não consegue fazer rotação
contralateral da cabeça e do pescoço, nem consegue elevar a escápula)

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NC XII – Nervo Hipoglossso
Tipo: Motor
Funções: É o nervo motor da língua (mas não afeta o paladar). Apresenta um papel
importante nos fenómenos de mastigação, deglutição e articulação do discurso falado.
Origem aparente: Sulco pré-olivar (face
anterior do bulbo raquidiano)
Origem real: Medulla oblongata/Bulbo
raquidiano
 Núcleo do hipoglosso

Trajeto simplificado:
 As suas fibras vão ter a sua origem
aparente no sulco colateral anterior,
entre a pirâmide e a oliva
 Atravessam o buraco condiliano anterior (canal do hipoglosso)
 Entram então no espaço maxilofaríngeo, dirigindo-se para a base da língua
 Ramificando-se e inervando os seus músculos (exceto o palatoglosso).
 Providencia ramos colaterais para a região infra-hioideia, para o génio-hioideu, e
contribuição para a formação da ansa do hipoglosso
 Dá ramos terminais para os músculos da língua

Lesão: Pessoa não consegue pôr língua de fora nem falar ou mastigar como deve de ser
(porque a língua não se mexe)

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Nervos cranianos no crânio

NC I – Lâmina ciribriforme do etmoide


- V3 – Foramen ovale
NC II – Canal óptico
NC VII - Fissura orbital superior
NC III - Fissura orbital superior
NC VIII – Meato acústico interno
NC IV - Fissura orbital superior
NC IX - Meato acústico interno
NC VI - Fissura orbital superior
NC X – Foramen jugularis
NC V
NC XI – Foramen jugularis
- V1 – Fissura orbital superior
NC XII – Canal do Nervo Hipoglosso
- V2 – Foramen rotundum

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Inervação da língua

Nervo Vago (X) também providencia paladar à raíz da língua e epiglote

Glossário
Um núcleo é uma coleção de corpos celulares de neurónios no sistema nervoso central.
Um gânglio é uma coleção de corpos celulares nervosos
Enervar ≠ Inervar

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