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MANUAL MSD
Versão Saúde para a Família
Dor lombar
Por Peter J. Moley , MD, Hospital for Special Surgery
Avaliação/revisão completa nov 2020
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/distúrbios-ósseos,-articulares-e-musculares/dor-lombar-e-no-pescoço/dor-lombar 1/11
06/02/2023 16:20 Dor lombar - Distúrbios ósseos, articulares e musculares - Manual MSD Versão Saúde para a Família
Dor lombar e dor no pescoço estão entre os motivos mais frequentes para consultas médicas. A dor geralmente resulta de
problemas no sistema musculoesquelético, especialmente na coluna vertebral, incluindo os ossos da coluna vertebral
(vértebras), discos e os músculos e ligamentos que dão sustentação. Ocasionalmente, a dor lombar resulta de um distúrbio
que não envolve o sistema musculoesquelético.
A dor lombar se torna ainda mais frequente conforme as pessoas envelhecem, afetando mais da metade das pessoas com
mais de 60 anos. Ela é muito dispendiosa em termos de pagamento de planos de saúde, invalidez e dias de trabalho perdidos.
A coluna vertebral consiste de ossos da coluna (vértebras). Existem discos amortecedores entre cada uma das vértebras. Os
discos têm uma camada externa resistente de fibrocartilagem e um interior mole e gelatinoso chamado núcleo. Cada vértebra
possui duas articulações atrás do disco. As articulações são chamadas facetas articulares. As facetas de um corpo vertebral
repousam nas facetas do corpo vertebral abaixo dele, formando uma articulação. As facetas articulares e, assim, a coluna
vertebral são estabilizadas por ligamentos e músculos, que incluem os seguintes:
Dois músculos eretores da coluna vertebral, que percorrem a parte posterior da extensão da coluna vertebral
Envolta pela coluna vertebral está a medula espinhal. Ao longo da extensão da medula espinhal, os nervos espinhais emergem
nas laterais através de espaços entre as vértebras, para conectar os nervos por todo o corpo. A parte do nervo espinhal mais
próxima da medula espinhal é chamada de raiz nervosa espinhal. Por conta de sua posição, a raiz nervosa espinhal pode ser
espremida (comprimida) quando a coluna vertebral estiver lesionada, causando a dor.
A dor local ocorre em uma região específica da região lombar. É o tipo mais comum
de dor nas costas. A causa é geralmente uma pequena lesão discal, artrite na
articulação e, em casos raros, distensão e entorse muscular. A dor pode ser
constante ou latejante ou, algumas vezes, intermitente e aguda. A dor repentina
pode ser sentida quando uma lesão for a causa. A dor local pode ser agravada ou
aliviada pelas mudanças de posição. A região lombar pode ficar sensível ao toque.
Pode ocorrer espasmo muscular.
Dor irradiada é dor que sai da região lombar e desce pela perna. A dor pode ser
surda ou pode ser aguda e intensa. Ela normalmente envolve apenas a parte lateral
ou posterior da perna e pode descer até o pé ou apenas até o joelho. A dor
irradiada geralmente indica a compressão de uma raiz nervosa causada por
Coluna vertebral e medula
distúrbios, como uma hérnia de disco, ciática, osteoartrite ou estenose da coluna
espinhal
vertebral. Tossir, espirrar, se esforçar ou curvar enquanto as pernas estão retas
pode desencadear a dor. Havendo pressão na raiz nervosa, a dor pode ser
acompanhada por fraqueza muscular na perna, sensação de formigamento ou, até 3D MODEL:
mesmo, perda de sensibilidade. Raramente, as pessoas perdem o controle da
bexiga (incontinência urinária) ou o controle do intestino (incontinência fecal).
Dor referida é sentida em um local diferente da causa real da dor. Por exemplo,
algumas pessoas, quando têm ataque cardíaco, sentem dor no braço esquerdo. A
dor referida de órgãos internos para a região lombar tende a ser mais profunda e
latejante, e é difícil de apontar o local exato. Geralmente, não há piora com o
movimento, diferente da dor por doença musculoesquelética.
Ocasionalmente, a dor nas costas é devido a distúrbios fora da coluna, como câncer, distúrbios ginecológicos (por exemplo,
síndrome pré‑menstrual), distúrbios renais (por exemplo, cálculos renais) e urinários (por exemplo, infecções nos rins, bexiga
e glândula prostática) e do trato digestivo (por exemplo, diverticulite), além de distúrbios em grandes artérias próximas da
coluna.
Causas comuns
Outras causas comuns de dor lombar incluem
Osteoartrite
Espondilolistese
Fibromialgia
Lesões podem ocorrer durante as atividades de rotina (por exemplo, levantamento de peso, exercícios, movimentar-se de
forma inesperada) ou podem resultar de trauma como uma queda ou acidente de carro. Frequentemente, nenhuma estrutura
específica lesionada é identificada nos exames de imagem, mas os médicos pressupõem que alguns músculos e/ou ligamentos
foram afetados.
Osteoartrite (artrite degenerativa) faz com que a cartilagem entre as facetas articulares se desgaste, levando à formação de
esporões (osteófitos) nos ossos. A doença ocorre em parte devido ao desgaste dos anos de uso. Pessoas que tensionam
repetidamente uma articulação ou grupo de articulações estão mais propensas a desenvolver osteoartrite nessa área. Os
discos entre as vértebras se deterioram, e os espaços entre as vértebras se estreitam, aumentando a pressão sobre as facetas
articulares, que inflamam (artrite) e formam esporões nos ossos nas aberturas para as raízes nervosas. Com a degeneração
grave e perda da altura do disco, osteófitos na abertura podem comprimir as raízes do nervo espinhal. Todas estas mudanças
podem originar a dor na região lombar, bem como a rigidez.
Fraturas vertebrais por compressão (esmagamento)(fraturas vertebrais) se desenvolvem comumente quando a densidade
óssea diminui devido à osteoporose, que geralmente se desenvolve conforme as pessoas envelhecem. As vértebras são
especialmente suscetíveis aos efeitos da osteoporose. Fraturas vertebrais por compressão (que, às vezes, causam dor
repentina e intensa nas costas) podem ser acompanhadas de compressão das raízes nervosas espinhais (que podem causar
dor crônica nas costas). Porém, a maioria das fraturas originadas por osteoporose ocorre na região superior e média das
costas, e causam dor nestas regiões, ao invés da região lombar.
Um disco rompido ou herniado pode causar dor lombar. O disco possui uma camada externa resistente e um interior macio
e gelatinoso. Se um disco é repetidamente sobrecarregado pela vértebra acima e abaixo dele (como quando a pessoa se
inclina para frente, particularmente ao levantar um objeto pesado), a camada externa pode se dilacerar (romper), causando
dor. O interior do disco pode ser espremido através da laceração, de modo que a parte do interior crie uma protuberância
para fora (hérnia). Esta protuberância pode comprimir, irritar e, até mesmo, lesionar uma raiz nervosa espinhal próxima a ela,
causando ainda mais dor e sintomas que são sentidos em uma ou ambas as pernas. Um disco rompido ou herniado na coluna
lombar que afete os nervos comumente causa ciática. No entanto, estudos de imagem, como ressonância magnética (RM),
frequentemente mostram os discos protuberantes em pessoas sem sintomas ou problemas.
A estenose lombar da coluna vertebralé o estreitamento do canal medular, que percorre o centro da coluna vertebral e
contém a medula espinhal e o feixe de nervos que se estende para baixo a partir da extremidade inferior da medula espinhal
na região lombar. É a causa comum da dor na região lombar em idosos. A estenose da coluna vertebral também se
desenvolve em pessoas de meia-idade, que nasceram com um canal medular estreito. A estenose da coluna vertebral é
causada por diversas doenças, como osteoartrite, espondilolistese, espondilite anquilosante e doença de Paget do osso.
A estenose da coluna vertebral pode causar ciática, bem como dor lombar.
Espondilolistese é o deslocamento parcial de uma vértebra na região lombar. Um tipo geralmente ocorre durante a
adolescência ou juventude (comum em atletas) e é causado por uma lesão que fratura uma parte da vértebra. Se os dois lados
da vértebra estiverem envolvidos a vértebra pode então deslizar para a frente sobre a vértebra abaixo dela Espondilolistese
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da vértebra estiverem envolvidos, a vértebra pode então deslizar para a frente sobre a vértebra abaixo dela. Espondilolistese
também pode ocorrer em adultos mais velhos, mas, principalmente, como resultado de uma doença degenerativa. Adultos
que desenvolvem espondilolistese correm o risco de desenvolver estenose lombar da coluna vertebral.
Fibromialgia é uma causa comum de dor que afeta muitas partes do corpo, às vezes incluindo a região lombar. Esta doença
causa a dor crônica e generalizada (difusa) nos músculos e em outros tecidos moles em áreas distintas da região lombar.
Fibromialgia também é caracterizada por sono de qualidade ruim e fadiga.
Alguns distúrbios do trato urinário, como infecções renais, cálculos renais e infecções na próstata
Alguns distúrbios envolvendo a pelve, como gravidez ectópica, doença inflamatória pélvica e câncer dos ovários ou
outros órgãos reprodutivos
Doenças inflamatórias ou infiltrativas no espaço atrás da cavidade abdominal (retroperitônio), como cicatrizes,
sangramento, linfonodos aumentados e doenças relacionadas à imunoglobulina G4 (IgG4-RD)
Distúrbios musculares inflamatórios, como polimiosite e outras miopatias inflamatórias e polimialgia reumática
Sinais de alerta
Em pessoas com dor na região lombar, certos sintomas e características são motivos de preocupação. Incluem
Um histórico de câncer
Quadros clínicos que aumentam o risco de infecção: uso de medicamentos que suprimem o sistema imunológico,
infecção pelo HIV ou AIDS, uso de drogas injetáveis, cirurgia recente ou uma ferida
Dormência, fraqueza em uma ou ambas as pernas, dificuldade para esvaziar a bexiga (retenção urinária) ou perda do
controle da bexiga ou intestino (incontinência urinária ou incontinência fecal) são sintomas que sugerem lesão nervosa
ou compressão da medula espinhal
Febre
Perda de peso
Dor abdominal, dor torácica ou sensação de pulsação na parte superior do abdômen – sintomas que sugerem um
aneurisma da aorta abdominal
Sintomas que sugerem um distúrbio digestivo: vômito, dor abdominal intensa ou excremento preto ou com sangue
Sintomas que sugerem distúrbio do trato urinário: dificuldade em urinar, sangue na urina ou cãibra intensa em um lado,
irradiando para a virilha
Como é a dor?
Qual a intensidade?
Geralmente, a dor local é a dor em uma área sensível ao toque e que piora pelas alterações de posição ou carregamento
de peso.
A dor que se irradia para a perna, como a ciática, é geralmente causada pela compressão de uma raiz nervosa espinhal.
Dor que não é afetada por mudanças na posição das costas e não é acompanhada por sensibilidade pode ser dor
referida.
A dor constante, intensa, que piora progressivamente, e não diminui com o repousar, especialmente se ela mantém a
pessoa desperta durante a noite, pode ser uma hérnia de disco ou pode indicar câncer ou uma infecção.
O exame físico foca na coluna vertebral e na avaliação dos nervos da virilha e pernas, em busca por sinais de compressão da
raiz nervosa. Os sinais de compressão da raiz nervosa dependem das raízes nervosas envolvidas e incluem fraqueza de um
dos grupos de músculos na perna, reflexos anormais (testados ao bater levemente nos tendões abaixo do joelho e atrás do
tornozelo), diminuição da sensibilidade em uma região da perna e, muito raramente, retenção de urina e incontinência
urinária ou de fezes (incontinência fecal).
Os médicos podem pedir que a pessoa se movimente de certas maneiras, para determinar o tipo de dor. Os médicos
geralmente pedem à pessoa que se incline para a frente e para trás. Eles podem pedir que a pessoa se deite e, em seguida,
levante a perna sem dobrar o joelho para ver se isso causa dor, o que sugeriria uma hérnia de disco. Os médicos também
podem inspecionar o abdômen da pessoa, procurando por locais sensíveis ou uma massa ou pulsos, especialmente em
pessoas acima de 55 anos, que podem ter um aneurisma da aorta. Eles podem examinar a próstata nos homens ao realizar
um exame de toque retal, e os órgãos reprodutivos internos da mulher ao realizarem um exame pélvico.
Com informações acerca da dor, o histórico clínico da pessoa e os resultados do exame físico, os médicos podem ser capazes
de determinar uma possível causa.
Exames
Geralmente, nenhum exame é necessário, pois a maioria das dores nas costas resulta de osteoartrite, distensões ou entorses
ou outras doenças musculoesqueléticas pouco importantes e melhoram dentro de 6 semanas. Exames por imagem
frequentemente são necessários se:
A radiografia da região lombar exibe apenas os ossos. Ela pode ajudar a detectar alterações degenerativas devido à
osteoartrite, fraturas vertebrais por compressão, espondilolistese e espondilite anquilosante. No entanto, a ressonância
magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC) oferece imagens mais nítidas dos ossos e a RM, em especial, pode
mostrar os tecidos moles (incluindo discos e alguns nervos). Geralmente, a RM ou TC é necessária quando os médicos estão
procurando distúrbios que causam mudanças sutis no osso ou distúrbios do tecido mole. Por exemplo, a RM ou TC pode
confirmar ou descartar o diagnóstico de hérnia de disco, estenose da coluna vertebral, câncer e, geralmente, infecção. Estes
exames também indicam se os nervos estão sendo comprimidos.
Se houver suspeita da compressão da medula espinhal, a RM é feita imediatamente. Raramente, quando os resultados da RM
são incertos, torna-se necessária a mielografia com TC. Em raras vezes, se houver suspeita de câncer ou infecção, a remoção
do tecido (biópsia) é necessária. Ocasionalmente, a eletromiografia e os estudos da condução nervosa são feitos para
confirmar a presença, localização e, em alguns casos, a duração e gravidade da compressão da raiz nervosa.
Exercitar-se
Exercícios aeróbicos, como nadar ou andar, melhoram a forma física como um todo e fortalecem os músculos em geral.
Exercícios específicos para fortalecer e alongar os músculos do abdômen, nádegas e costas (músculos do tronco) podem
ajudar a estabilizar a coluna vertebral e diminuir a tensão sobre os discos que amortecem a coluna vertebral e os ligamentos
que a mantêm no lugar.
Exercícios de fortalecimento muscular incluem inclinações pélvicas e exercícios abdominais. Exercícios de alongamento
incluem o alongamento joelho-tórax. Os exercícios de alongamento podem aumentar a dor nas costas em algumas pessoas e,
portanto, devem ser feitos com cautela. Como uma regra geral, qualquer exercício que cause ou aumente a dor nas costas
deve ser interrompido. Os exercícios devem ser repetidos até que se sinta os músculos levemente, mas não completamente,
fatigados. A respiração durante cada exercício é importante. As pessoas que sentem dores nas costas devem consultar um
médico antes de começarem a se exercitar.
Inclinações pélvicas
Exercícios abdominais
Alongamento joelho-tórax
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O exercício também pode ajudar as pessoas a manterem o peso ideal. Exercícios de levantamento de peso podem ajudar as
pessoas a manterem a densidade óssea. Além disso, o exercício pode reduzir o risco de desenvolver dois quadros clínicos que
podem causar a dor na região lombar – obesidade e osteoporose.
Manter uma boa postura ao ficar em pé e ao sentar reduz o estresse das costas. Deve-se evitar andar desengonçado. Os
assentos de cadeira podem ser ajustados para ficar em uma altura que permita que os pés fiquem retos no chão, com os
joelhos dobrados levemente e a região lombar ereta no encosto da cadeira. Se a cadeira não oferece suporte para a região
lombar, pode ser utilizado um travesseiro. É aconselhado sentar com os pés no chão ao invés de cruzar as pernas. As pessoas
devem evitar ficar em pé ou sentadas por longos períodos. Se ficar em pé ou sentado por longos períodos for inevitável,
mudar de posição frequentemente pode reduzir o estresse das costas.
Aprender a levantar peso corretamente ajuda a prevenir lesões nas costas. Os quadris devem ficar alinhados com os ombros
(não devem ficar rotacionados para nenhum dos lados). As pessoas não devem se curvar com as pernas quase completamente
retas e esticar os braços para pegar um objeto. Ao invés disso, devem se curvar com os quadris e joelhos. Curvar-se assim
mantém as costas eretas e ao esticar os braços em direção ao objeto, os cotovelos ficam na lateral do corpo. Por fim,
mantendo o objeto próximo ao corpo, devem levantar o objeto esticando as pernas. Desta forma, as pernas, e não as costas,
levantam o objeto. Elevar um objeto acima da cabeça ou se virar enquanto levanta este objeto aumenta o risco de lesões nas
costas.
Modificar atividades
Paracetamol é geralmente recomendado para alívio da dor, a menos que haja inflamação presente. Anti-inflamatórios não
esteroides (AINEs) com ou sem prescrição médica podem aliviar a dor e diminuir a inflamação. Se o paracetamol ou AINEs não
fornecerem alívio suficiente para a dor, analgésicos opioides são ocasionalmente receitados; mas, se forem, eles devem ser
usados apenas por um curto período de tempo, pois o uso prolongado pode, na verdade, aumentar a sensibilidade à dor,
causar efeitos colaterais e o risco de desenvolver um transtorno relacionado ao uso de substâncias.
Relaxantes musculares, como carisoprodol, ciclobenzaprina, diazepam, metaxalona ou metocarbamol, são em alguns casos
administrados para diminuir os espasmos musculares, mas sua utilidade é controversa. Esses medicamentos não são
recomendados para idosos, que estão mais propensos a apresentar efeitos colaterais como sonolência e confusão. Os
médicos tentam não receitar relaxantes musculares a menos que as pessoas tenham espasmos musculares visíveis e
palpáveis. Se receitados, relaxantes musculares não devem ser usados por mais do que 72 horas. Às vezes, os médicos
orientam as pessoas para tomá-los apenas na hora de dormir.
A aplicação local de calor ou frio pode ajudar ( Home.Heading & Page Tratamento da dor e inflamação). Geralmente, fonte de
frio é melhor do que fonte de calor durante os primeiros 2 dias após uma lesão Bolsas de gelo e água gelada não devem ser
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frio é melhor do que fonte de calor durante os primeiros 2 dias após uma lesão. Bolsas de gelo e água gelada não devem ser
aplicadas diretamente na pele. A bolsa de gelo deve estar envolvida (por exemplo, em plástico) e colocada sobre uma toalha
ou pano. O gelo deve ser removido após 20 minutos, depois reaplicado por mais 20 minutos num período de 60 a 90 minutos.
Pode-se repetir este procedimento durante as primeiras 24h. O calor, utilizando uma bolsa, pode ser aplicado nos mesmos
períodos de tempo. Como a pele das costas pode estar sensível ao calor, as bolsas de calor devem ser utilizadas
cuidadosamente para prevenir queimaduras. As pessoas não devem utilizar uma bolsa de calor na hora de dormir para evitar
o risco de pegar no sono com a bolsa ainda nas costas.
Massagem pode fornecer algum alívio temporário da dor lombar. Alguns estudos sugerem que a acupuntura pode
proporcionar benefícios similares, mas outros sugerem pouco ou nenhum benefício. A manipulação da coluna, realizada por
um quiroprático ou alguns outros médicos (como médicos osteopatas), também pode proporcionar alívio quando combinada
a um programa de exercícios. No entanto, a manipulação da coluna pode aumentar o risco de lesão adicional e deve ser
evitada em pessoas com artrite inflamatória, problemas no pescoço que causem instabilidade das vértebras cervicais ou uma
hérnia de disco.
Após a diminuição da dor, atividade leve, conforme recomendado por um médico ou fisioterapeuta, pode acelerar o processo
de cura e recuperação. Em alguns casos, um curso de tratamento com um fisioterapeuta pode ajudar. Exercícios específicos
para fortalecer e alongar as costas e os músculos do tronco são, geralmente, recomendados para auxiliar a prevenir a dor na
região lombar de se tornar algo crônico ou recorrente.
É recomendado dormir em uma posição confortável, em um colchão mediano. Pessoas que dormem de costas podem colocar
um travesseiro embaixo dos joelhos. Pessoas que dormem de lado devem utilizar um travesseiro para apoiar a cabeça em
uma posição neutra (sem inclinar para baixo em direção à cama ou para cima em direção ao teto). Devem colocar outro
travesseiro entre os joelhos com os quadris e joelhos levemente dobrados se isso aliviar a dor nas costas. As pessoas podem
continuar a dormir de bruços se for confortável para elas.
Outras medidas preventivas (manter uma boa postura, levantar peso corretamente)
devem ser continuadas ou iniciadas. Em resposta a estas medidas, a maioria dos
Posições para dormir quando se
episódios de dor nas costas são resolvidas entre alguns dias e 2 semanas.
tem dor nas costas
Independente do tratamento, 80 a 90% de tais episódios são resolvidos em até 6
semanas.
Discectomia
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Laminectomia lombar
A coluna espinhal de uma pessoa consiste de 33 vértebras que abrigam e protegem a medula.
Essas vértebras são separadas e amortecidas por discos intervertebrais.
Quando ocorre a compressão de um disco, ele pode herniar, se romper ou comprimir um nervo
no local em que ele emerge da medula. Isto pode resultar em dor moderada a grave. Além disso,
crescimentos ósseos adicionados conhecidos como “esporões”, podem comprimir um nervo. Se
houver a formação de um esporão ósseo no canal central da vértebra, a medula também é
comprimida.
Um procedimento cirúrgico chamado laminectomia lombar pode aliviar a pressão sobre um nervo
lesionado e a medula espinhal. Durante a laminectomia lombar, é feita uma pequena incisão na
pele seguindo as vértebras lombares. Os músculos são separados e o osso fica exposto. A porção
da “lâmina” da vértebra é lenta e cuidadosamente removida, tirando a pressão do nervo
comprimido e da medula. O nervo é então puxado suavemente para o lado e a porção herniada
do disco é removida. Assim, o nervo é aliviado de toda pressão e dor. Os músculos são então
retornados para seu lugar e a incisão é fechada.
Existem várias complicações potenciais associadas a este procedimento que devem ser discutidas
com um médico antes da cirurgia.
Em casos graves, esses discos são removidos e substituídos por enxertos ósseos da pélvis. A isso,
dá-se o nome de fusão vertebral. Muitos médicos optam por aproximar os discos comprometidos
a partir da parte dianteira, primeiramente retraindo o intestino e outros órgãos para revelar a
coluna vertebral. O disco comprometido é, então, removido. As aberturas ligeiramente mais
largas do que o disco removido são perfuradas na vértebra circundante. Pinos de titânio, ou
malhas, são preenchidos com o enxerto ósseo da região pélvica e inseridos nos orifícios. Células
especializadas chamadas osteócitos dentro desse osso produzem um novo osso e ajudam na
cicatrização do local. As aberturas nessas malhas permitem que o osso cresça ao redor delas.
Além disso, esses pinos fornecem apoio e estrutura enquanto o osso está cicatrizando.
Radiografias repetidas da coluna vertebral devem ser realizadas após 6 semanas, 3 meses, 6
meses 1 ano e 2 anos para garantir que o novo osso está cicatrizando adequadamente
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meses, 1 ano e 2 anos para garantir que o novo osso está cicatrizando adequadamente.
Existe duas opções cirúrgicas disponíveis caso a dor não seja adequadamente controlada:
Cifoplastia: um balão é inserido no osso fraturado para criar espaço. O balão é, então, preenchido com cimento.
Contudo, estudos recentes mostraram que, em longo prazo, esses procedimentos cirúrgicos não são mais eficazes do que as
opções não cirúrgicas.
A dor na região lombar é muito comum e geralmente causada por um distúrbio musculoesquelético da coluna
vertebral e a soma de outros fatores, como a fadiga, obesidade e falta de exercício.
Em pessoas jovens, a dor na região lombar é raramente grave, e o exame é geralmente desnecessário, a menos
que os sintomas persistam por semanas.
Pessoas com sinais de alerta ou mais de 55 anos de idade devem consultar um médico sem demora.
O fortalecimento dos músculos abdominais e das costas com exercícios específicos pode ajudar a prevenir os
tipos mais comuns de dor na região lombar.
Para a maioria das dores na região lombar, evitar atividades que estressam as costas, tomar analgésicos e, em
alguns casos, aplicar fonte de frio ou calor são tratamento suficiente.
Em casos graves, por exemplo, quando pessoas apresentam sensibilidade anormal e fraqueza nas pernas, pode
ser necessária uma cirurgia.
Fraturas vertebrais por compressão podem ser tratadas de forma conservadora (com coletes ortopédicos,
analgésicos e spray nasal de calcitonina) ou, ocasionalmente, de forma mais agressiva com cirurgia.
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