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A coluna vertebral possui discos de estruturas cartilaginosas.

Os discos são estruturas cartilaginosas de pouca vascularização (circulação sanguínea).


Eles variam de tamanho, de espessura e de formato; ou seja, suas características variam
de acordo com o segmento vertebral.

É a estrutura mais afetada da coluna vertebral e a que tem provocado grandes prejuízos
para o homem moderno. Os 23 discos estão localizados entre as vértebras. Eles se
conectam com as vértebras por meio das placas terminais. Essas placas têm um papel
fundamental com o envelhecimento e o desgaste dos discos e vértebras.

Os discos formam cerca de 25% do comprimento total da coluna. Por isso, o


envelhecimento e a desidratação dessas estruturas anatômicas irão provocar diminuição
na estatura dos idosos.

O disco é constituído na sua periferia por um anel fibroso e, na sua parte interna, por
uma estrutura ”gelatinosa” chamada de núcleo pulposo.

Sabemos que a coluna vertebral e seus discos têm como função primária proteger a
medula espinhal e suas raízes. Desgastes na região poderão levar a compressões e atritos
nessa estrutura neurológica provocando dores e incapacidades indesejadas.

A medula espinal (ou medula espinhal)


A medula é uma estrutura cilíndrica que fica dentro do canal vertebral. Ela é a porção
alongada do nosso encéfalo. O seu início ocorre entre o crânio e a primeira vértebra
cervical e se estende até a primeira ou segunda vértebra lombar.

Na sequência ou depois da segunda vértebra lombar, ela se ramifica – essas


ramificações são chamadas de cauda equina.

Você também vai observar que a medula dá origem a vários pares de nervos, que são no
total de 31. Esses nervos saem da coluna vertebral por meio dos orifícios formados entre
uma vértebra e outra, também chamados de orifício de conjugação.

Por intermédio desses nervos, a medula conduz os impulsos nervosos e exerce funções
importantes sobre os músculos, proporcionando os movimentos.

A medula é envolvida por três membranas que também protegem o encéfalo. São elas:
dura-máter, aracnoide e pia-máter, também chamada de meninges.
Dentro dessas membranas encontramos líquido cefalorraquidiano, que banha todo o
sistema nervoso. Por meio desse líquido, alguns diagnósticos poderão ser efetuados
como: meningite, tumores etc.

Os ligamentos

Vamos entender agora outra função da coluna vertebral – a de estabilizar.

Os ligamentos são pequenas estruturas formadas de tecido fibroso que unem um ou


mais ossos, dando segurança e estabilidade. Na coluna, eles unem uma vértebra com a
outra fazendo parte do conjunto de estruturas que dão estabilidade.

Essas estruturas são estáticas; elas não se contraem ou se movimentam de forma


voluntária. Os ligamentos não têm a capacidade de se contrair partindo de um comando
nosso, assim como fazemos com os músculos. Ao contrário, eles têm função de ligar os
ossos uns aos outros e resistir à movimentações.

Principais ligamentos da coluna


 Ligamento longitudinal anterior
 Ligamento longitudinal posterior
o Ligamento amarelo
o Ligamento intertransversário
o Ligamento supraespinhoso
o Ligamento interespinhoso
o Ligamento nucal
Músculos

Para entendermos os movimentos que a coluna vertebral realiza, devemos entender a


participação dos músculos, como eles se comportam durante o nosso dia a dia e,
principalmente, durante as lesões e as dores.

Nós temos dois tipos de músculos, basicamente, que agem sobre a coluna vertebral, os
mais profundos e os mais superficiais, como também os mais distantes da coluna, que
também têm influência na estabilidade.

Pesquisas e suas evidências pontuam o fortalecimento muscular como um dos principais


caminhos para manter uma coluna saudável.

É preciso que você entenda que, quando existe ou existiu dor na coluna, ali também se
inicia ou se iniciou um processo de atrofia e fraqueza muscular.

Essa atrofia ou perda de força não se recupera com a melhora da dor ou dos sintomas.
Ou seja, uma vez iniciados os sintomas de dores nas costas, por exemplo,
consequentemente começarão as atrofias e as fraquezas musculares.
Os músculos mais profundos, também chamados de multífidos, são os responsáveis por
boa parte da estabilidade da coluna. As suas características, os formatos e
principalmente a sua fisiologia propiciam uma boa fixação e amarração da coluna
vertebral.

Esses músculos são curtos, realizam em média um ou dois movimentos ao mesmo


tempo e as suas fibras musculares são mistas – ou seja, têm mais de uma função.

Elas podem realizar movimentos rápidos e forçados e, ao mesmo tempo, são muito
resistentes. Outra característica importante é que essas fibras demoram a se fadigar.

Esses pequenos músculos nos ajudam na manutenção da postura por longos períodos.
Além de promover a extensão do tronco, esse músculo proporciona estabilidade
posterior para coluna vertebral, ajuda a nos manter na posição de pé e é importante para
realizar a flexão de tronco.

Outros músculos profundos, como os intertransversais, interespinhais, rotadores,


paravertebrais e eretores, contribuem com a geração de suporte para a coluna vertebral,
mantêm a rigidez e produzem movimentos mais finos no segmento móvel.

O importante é que você saiba que existem esses músculos nas partes mais profundas da
coluna e que eles devem ser trabalhados e fortalecidos, assim como os músculos
externos que nós podemos ver e palpar.

Além disso, você precisa compreender que, quando os músculos profundos se atrofiam,
o corpo solicita que outros músculos entrem em ação para suprir a deficiência dos que
ficaram fracos.

Aí, entram os músculos superficiais, também chamados de dinâmicos. São músculos


longos e largos, tendo como função principal realizar os movimentos do nosso corpo.
Ao contrário dos músculos profundos, eles se fadigam e se cansam com facilidade.

Portanto, podemos concluir rapidamente que os músculos da dinâmica não poderão


substituir os músculos estáticos (profundos), e, quando isso ocorre, provavelmente
teremos dores nas costas. Se os músculos dinâmicos (longos e superficiais) tentam
substituir os estáticos (curtos e profundos) e não conseguem, por ficarem fadigados, isso
significa que eles ficarão em espasmo, tensos, endurecidos, com pouca circulação
sanguínea, em estado de tensão e dor.
É preciso deixar claro que as consequências desses músculos trabalhando
constantemente em espasmos e contrações involuntárias poderão gerar dores intensas.

Já é possível observar que a parte interna da coluna é muito rica de tecido nervoso, de
cartilagem, de tecido fibroso, de ligamentos e músculos.

Porém, não conseguimos ver nem palpar. Também podemos perceber que as
articulações da coluna são diferentes das outras, principalmente das grandes como
ombro, joelho, tornozelo etc. Primeiro, são vários ossos empilhados. Depois,
encontramos várias “juntas”, com possibilidade de movimentos associados e variados
que são guiados e executados por um emaranhado de cápsula, ligamentos, tendões e
músculos.

Portanto, temos que ser imperativos no que diz respeito ao fortalecimento dos músculos
das costas: devemos fortalecer os músculos profundos e próximos da coluna, como
também os externos.

Sendo assim, temos duas frentes de trabalho: uma mais simples, que é fortalecer os
grandes músculos externos, que facilmente são trabalhados nas salas de musculação e
pilates.
Outra grande questão é a segunda frente de trabalho, ou melhor, a técnica para fortalecer
os músculos mais internos. É preciso a pessoa passar por uma escala de aprendizado,
realizar algumas sessões de treinamento individual para primeiro identificar esses
músculos, conseguir senti-los, perceber como são ativados e, em seguida, aprender a
fortalecê-los.

Dependendo da posição ou do aparelho em que executamos determinados exercícios, a


ação muscular será compressiva, ela poderá fazer uma aproximação de uma vértebra
contra a outra, gerando, assim, pressões nos discos e articulações. Isso acontece quando
não estamos bem posturados para fazer algum exercício físico ou mesmo para
realizarmos tarefas do nosso dia a dia.

O que queremos mostrar é que existe na coluna vertebral uma série de compartimentos e
de músculos que obrigatoriamente temos de reabilitar e fortalecer de forma específica
para termos uma coluna saudável.

Para isso, os músculos exigem um grau de cuidado especial. Só assim eles poderão dar
uma boa resposta para o que queremos. É preciso ter muito critério na escolha da
academia, do estúdio de pilates, empresa ou profissional que irá realizar o diagnóstico, a
avaliação ou orientação dos seus exercícios.

Tratamento conservador do ITC Vertebral


Oferecemos um programa de fisioterapia completo para as mais diferentes patologias da
coluna, onde o objetivo é aliviar a dor na coluna e outros sintomas, melhorar a
mobilidade e restaurar o funcionamento normal das articulações para que você tenha
mais qualidade de vida.

Os especialistas do ITC Vertebral utilizam abordagens que respeitam os sinais e


sintomas do paciente para seguir com os critérios de tratamento.

O tratamento pode envolver:


Osteopatia
Técnica de tratamento fisioterapêutico que se baseia no diagnóstico diferencial e tem
como ênfase principal a integridade estrutural e funcional do corpo.
Fisioterapia manual
O objetivo das técnicas manuais é devolver a funcionalidade e a biomecânica das
estruturas sem causar danos ao paciente, restaurando o movimento máximo e indolor do
sistema musculoesquelético no equilíbrio postural.
McKenzie
Técnica que encontra a preferência de movimento do paciente.

Ela analisa o quadro e ajuda a reconhecer os exercícios específicos que mais ajudam no
alívio das dores.

Isso acontece com a participação ativa do paciente, que aprende comportamentos para o
dia a dia.

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