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ESTUDO – ANATOMIA DO SISTEMA NERVOSO

AULA 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO SISTEMA NERVOSO


Classificação anatômica

✓ SNC: processa, interpreta e armazena informações; envia ordens para


músculos, órgãos e glândulas
✓ SNP: transmite informações para e a partir do SNC
✓ Liquor: líquido cefalorraquidiano produzido pelos ventrículos laterais (cavidades
localizadas no interior do cérebro) – fornece uma barreira mecânica imunológica
que protege o SNC
Classificação embriológica
o Placa neural: espessamento do
ectoderma na linha mediana
dorsal do embrião (aprox. 20
dias de gestação)
o Sulco neural: depressão que se
forma no ectoderma neural
o Goteira neural: invaginação do
sulco
o Tubo e cristas neurais: lábios da
goteira se fundem formando o
tubo neural e de cada lado se
desenvolvem as cristas neurais
o O tubo neural é a estrutura que
dará origem ao SNC, as cristas
neurais dão origem ao SNP
Divisão embriológica

Classificação funcional
Sistema nervoso somático: controle consciente e voluntário para gerar ações
o Nervos espinais que inervam a pele, articulações e músculos
o Aferente: conduz para os centros nervosos impulsos originados em receptores
periféricos (dor, cheiro etc.) – do meio para o corpo
o Eferente: leva aos músculos o comando dos centros nervosos, resultando em
movimentos
Sistema nervoso visceral: controle automático do corpo
o Neurônios que inervam órgãos internos, vasos sanguíneos e glândulas
o Aferente: conduz os impulsos originados das vísceras ao SNC (pressão arterial,
concentração de sódio no sangue)
o Eferente: leva os impulsos originados do SNC até as vísceras (pode ser
simpático ou parassimpático)
o Simpático: desencadeia ações de atenção, de estresse
o Parassimpático: mantém o controle das funções viscerais
AULA 1.1 – DEFEITOS NO FECHAMENTO DO TN
Hidrocefalia: aumento da produção do líquor ou diminuição da absorção ou obstrução,
devido esse aumento, os ventrículos dilatam e a pressão dentro da cabeça aumenta
Espinha bífida oculta: fechamento incompleto da coluna vertebral, sendo possível
observar a presença de pelos ou uma mancha mais escura nas costas

Espinha bífida cística (meningocele): medula espinhal e o tecido nervoso não se


projetam para dentro do saco

Espinha bífida cística (meningomielocele): defeito na formação da coluna vertebral,


medula espinhal e do canal da medula
Anencefalia: bebê nasce com o cérebro subdesenvolvido e crânio incompleto

Encefalocele: protrusão do tecido nervoso e das meninges por um defeito no crânio


causado pelo fechamento incompleto da calota craniana

AULA 2 – TECIDO NERVOSO


Células da glia
o Exemplos: macróclia (astrócitos, oligodendrócitos), micróglia (microgliócitos) e
células ependimárias
o Funções: sustentação, revestimento, modulação da atividade neuronal e defesa
(auxilia o neurônio)
o Divisão por mitose
o Não processa informações
Neurônios
o Funções: receber, processar e enviar informações
o Não se dividem, exceto o bulbo olfatório e hipocampo (memória)
o Corpo celular (centro metabólico): síntese de proteínas e degradação e
renovação de constituintes celulares
o Dendritos: recebe estímulos, possui espinhas dendríticas (aparecem e
desaparecem de acordo com o estímulo) – quanto mais aprendizado, mais
espinhas dendríticas – a prática constante manifesta-se mais rapidamente no
cérebro
o Bainha de Mielina: isolante elétrico
o Nódulo de Ranvier: trechos desmielinizados de uma fibra mielinizada (propiciam
a propagação do impulso em saltos)
o Axônio: transmitem informações do neurônio para outras células
Tipos de neurônios
o Amielínico: substância cinzenta, presente no córtex cerebral, onde a informação
é melhor processada (contínua)
o Mielínico: substância branca, onde a velocidade de condução é mais rápida
(saltatório)
Formação de novos neurônios
o Durante a vida há uma diminuição do número de neurônios, exceto no
hipocampo e bulbo olfatório – perda neuronal conforme envelhecimento
o Regeneração apenas no SNP
Sinapse
o Junção entre a terminação do axônio e um neurônio, célula muscular ou célula
glandular
o local onde ocorre a passagem do impulso nervoso do neurônio pré-sináptico
para o neurônio pós-sináptico
o Interneural: neurônio com neurônio (elétrica)
o Neuroefetora: neurônio com célula muscular ou secretora (química ou elétrica) -
química utiliza neurotransmissor
o Neurotransmissores presentes nas vesículas são liberados com a chegada do
impulso nervoso
o Propagação: dendritos – corpo celular - axônio
o Diferença de íons sódio e potássio dentro e fora da célula
o É importante estimular as sinapses o mais cedo possível
Classificação dos neurônios
Prolongamentos

Funcionais
o Motores: órgãos efetores (eferentes)
o Sensoriais: recebem estímulos do organismo ou do ambiente (aferente)
o Interneurônios de associação: conexões entre outros neurônios, formando
circuitos completos
Mielinização
o Desenvolvimento é regido por fatores internos e externos (estimulação ambiental
e alimentação)
o Subst. Branca: fundamental na aprendizagem
o Crânio - caudal e próximo - distal
o Direção da mielinização: visão (occipital) e cognição (frontal)

o Cortes pré-frontal: concluída com 30 anos


o Áreas sensitivas: última parte do desenvolvimento fetal contínua - primeiro ano
pós-natal
o Comprometimento da subst. Branca: nicotina do tabaco afeta fetos e
adolescentes, esquizofrenia, alterações genéticas oligodendrócitos e outras
anormalidades
o Desmielinização: perda da função
o Autoimune, hereditária, metabólica e induzida por vírus
o Regeneração dos axônios em caso de lesão

AULA 3 – MEDULA ESPINAL


o Medula espinal: porção alongada do SNC
o Constituída internamente por substância cinzenta e externamente por
substância branca
o Limite cranial: bulbo ao nível do forame magno
o Término: 2ª vértebra lombar
o 31 nervos espinais partem da medula
o Termina afiliando-se para formar o cone medular, que continua com o filamento
terminal

Anatomia da medula
o Cauda equina: conjunto de raízes nevosas e filamentos meníngeos
o Dividida em 5 porções: cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea
o Até o 4º mês de vida intrauterina: medula e canal vertebral crescem no mesmo
ritmo e os nervos se dispõe horizontalmente
o A partir do 4º mês: coluna cresce mais que a medula e alongamento das raízes
nervosas (cauda equina)
o Com 6 meses, a medula fica ao nível da primeira vértebra sacral
o Segmento medular: onde se origina um par de nervos espinal
o Nervos espinhais: inervação sensitiva e motora do pescoço, tronco, membros e
parte sensitiva da cabeça
o Entre C2 e T10: +2 ao número do processo espinhoso (ex: C6: segmento
medular C8)
o Processos espinhosos T11 e T12: cinco segmentos lombares
o Processo espinhoso L1: cinco segmentos medulares sacrais
Secção transversal

o Substância cinzenta: contém corpos de neurônios e encontra-se na parte central


(formato H)
o Substância branca: contém os axônios
o Porção anterior: motora
o Porção posterior: sensitiva
o Funículo posterior possui fascículo grácil e cuneiforme – conduz impulsos
originados dos membros inferiores e metade inferior do tronco
o Morfologia interna não é a mesma durante todo seu trajeto – tamanho dos
membros inferiores (seguimentos lombares e sacrais – mais subst. Cinzenta,
cervicais menos e torácicas menos ainda); subst. Branca contém axônios de
neurônios, que transmitem informações entre segmentos, medula e encéfalo
(mais na cervical)
Formação dos nervos cervicais
o Formado pela união da raiz dorsal (sensitiva) e raiz ventral (motora) = nervo
misto
o Nervo espinal: ramo posterior (dorsal) e ramo anterior (ventral) - ambos possuem
fibras sensitivas e motoras
o Raiz dorsal (sensitiva): condução de estímulos aferentes (dor, frio, calor...) –
apresenta gânglios sensitivos
o Raiz ventral (motora): estímulos motores eferentes (movimento muscular
voluntário)
o Ramos posteriores (dorsal): articulações sinoviais da coluna vertebral, músculos
profundos do dorso e pele – separados e unissegmentares
o Ramos anteriores (ventral): pele da face anterior e lateral do troco e membros
superiores e inferiores
Plexo nervoso
o Ramos anteriores dos nervos cervicais, lombares e sacrais fundem-se com
ramos anteriores adjacentes formando plexos nervosos
o Emergem novo grupo de nervos periféricos multissegmentares
o Intumescências medulares: áreas em que fazem conexão com as grandes raízes
nervosas que formam o plexo braquial e lombossacral (inervação dos membros
superiores e inferiores) – maior quantidade de neurônios que entram e saem
dessas áreas
Meninges da medula espinal
o Dura-máter: espessa e resistente, saco dura espinal (envolve toda a meninge),
separada pelo espaço epidural
o Aracnoide leptomeninge: avascular, reveste o saco dural espinal, envolve raízes
dos nervos - espaço subaracnóideo (liquor)
o Pia-máter: formando o filamento terminal, passa chamar filamento da dura-máter
espinal após lig. coccígeo
o Anestesias: raquidianas (espaço subaracnóideo) e epidurais (espaço epidural)

AULA 3.1 - MEDULA: MOTRICIDADE


o Motricidade: força e amplitude de movimentos
o Neurônio motor superior: encéfalo
o Neurônio motor inferior: medula espinal
o Comunicação entre o neurônio motor superior com o inferior através das vias
eferentes somáticas (músculos estriados esqueléticos)
o Neurônio motor periférico: corno anterior de cada segmento espinal até a
unidade muscular que irá realizar o movimento
Trato corticoespinal lateral e anterior
1. Origem: córtex motor primário (neurônio 1)
2. Telencéfalo
3. Mesencéfalo
4. Base do bulbo, algumas fibras decussam
5. Fibras reúnem nos funículos lateral ou anterior na substância branca medular –
sinapse com interneurônios e neurônios motores inferiores
o Pirâmide bulbar: feixe compacto de fibras nervosas descendentes que ligam as
áreas motoras do cérebro a neurônios motores da medula (TCE)
o Decussação das pirâmides: cruzamento das fibras do TCE – contralateralidade
do controle cervical
o Fibras que decussam: trato corticoespinal lateral
o Fibras que não decussam: trato corticoespinal anterior
o Trato corticoespinal anterior (funículo anterior da medula): cruzam na comissura
branca e cruzam os neurônios motores contralateral – musculatura axial e
proximal dos membros
o Trato corticoespinal lateral (funículo lateral da medula): chegam no corno anterior
ipsilateralmente – musculatura distal dos membros (movimentos finos)
o Neurônios motores mediais: controle da musculatura axial
o Neurônios motores laterais: controle da musculatura distal

o Paralisias flácidas: síndrome do neurônio motor inferior (periférico)


o Paralisias espásticas: síndrome do neurônio motor superior (central)
Esclerose lateral amiotrófica
o Esclerose: endurecimento e cicatrização
o Lateral: funículo lateral da medula
o Amiotrófica: fraqueza nos músculos (morte dos neurônios motores)
o ELA: fraqueza muscular secundária a comprometimento dos neurônios motores

AULA 4 – TRONCO ENCEFÁLICO


Mesencéfalo, ponte e bulbo (MPB)
Bulbo
Estrutura do bulbo: face anterior
o Pirâmide bulbar: feixe compacto de fibras nervosas descendentes que ligam as
áreas motoras do cérebro a neurônios motores da medula (TCE)
o Decussação das pirâmides: cruzamento das fibras do TCE
Ponte
o Área vestibular: núcleos vestibulares do nervo vestíbulo-coclear = equilíbrio e
audição
o Locus cerúlos: rico em noradrenalina – atenção seletiva, aprendizado, memória,
humor e ansiedade

Mesencéfalo
o Colículo superior: movimento dos olhos
o Colículo inferior: audição
o Lâmina quadrigêmea: formada pelos quatro colículos
o Aqueduto cerebral: canal que permite a passagem do líquido cefalorraquidiano
Doença de Parkinson
o Lesão em neurônios da substância negra – diminui dopamina (programação e
execução de movimentos voluntários)
o Tremor de repouso
o Acinesia (pobreza de movimentos e lentidão)
o Instabilidade postural
o Marcha em bloco (rigidez)
o Passos curtos, cabeça e tronco inclinado à frente
o Antebraços e joelhos rígidos com discreta flexão
o Não há balanço dos braços
Estrutura importante na regulação da dor: substância periaquedutal

Nervos cranianos (12 pares)


1. N. olfatório (sensitivo): bulbo – impulsos olfatórios
2. N. óptico (sensitivo): impulsos visuais
3. N. oculomotor (motor): mesencéfalo – movimento da pupila e do globo ocular
4. N. troclear (motor): mesencéfalo – movimento do globo ocular
5. N. trigêmeo (misto): ponte – sensibilidade da pele e movimento da mandíbula
6. N. abducente (motor): ponte – movimento lateral do globo ocular
7. N. facial (misto): ponte – inerva a musculatura da mímica
8. N. vestíbulo-coclear (sensitivo): ponte – equilíbrio e audição
9. N. glossofaríngeo (misto): bulbo – percepção gustativa da língua e músculos da
faringe
10. N. vago (misto): bulbo – inervação sensitiva das vísceras
11. N. acessório (motor): bulbo – inerva os músculos esternocleidomastóideo e
trapézio
12. N. hipoglosso (motor): bulbo – músculos da língua
Considerações clínicas
Lesões bulbares
o Disfagia (dificuldade na deglutição) e alterações na fonação: lesão do núcleo
ambíguo (nervos glossofaríngeo, vago e acessório)
o Alterações movimento da língua: nervo hipoglosso
o Paralisias e perda da sensibilidade no tronco e nos membros: vias ascendentes
e descendentes
Lesões da ponte
o Alterações na sensibilidade da face e na motricidade da musculatura
mastigatória (nervo trigêmio)
o Alteração da motricidade do músculo reto lateral do olho (nervo abducente)
o Alteração nos músculos da mímica (nervo facial)
o Tonteira e alterações no equilíbrio (nervo vestíbulo-coclear)
Lesões do mesencéfalo
o Perda da sensibilidade (vias ascendentes)
o Impossibilidade de mover o bulbo ocular, ptose palpebral e diplopia (nervo
oculomotor)
o Hemiparesia lado oposto do corpo (lesão do TCE)
o Coma (lesão na formação reticular do mesencéfalo)

AULA 5 – CEREBELO
o Constituição: córtex (substância cinzenta) e núcleos (substância branca)
o Tenda do cerebelo: separa o cérebro do cerebelo
o Medula espinal e bulbo: pedúnculo cerebelar inferior
o Ponte: pedúnculo cerebelar médio
o Mesencéfalo: pedúnculo cerebelar superior
o 4 pares de núcleo: núcleo fastigial, núcleos globosos, núcleo emboliforme e
núcleo denteado
o Funções: manutenção do equilíbrio, tônus e postura, aprendizagem motora,
controle dos movimentos voluntários
o Lesão: ataxia (incoordenação dos movimentos)
o Cognição: linguagem, leitura e processamento sensorial
Conexões extrínsecas aferentes

Síndrome do vestíbulocerebelo
o Crianças menores de 10 anos
o Perda de equilíbrio – distasia
o Deitadas, a coordenação dos movimentos é normal
Síndrome do espinocerebelo
o Perda do equilíbrio – distasia
o Paciente anda com base alargada – disbasia
o Ataxia dos membros inferiores
o Tremor na fala
o Nistagmo: movimento oscilatório rítmico dos olhos
o Tremor terminal ao movimento
Síndrome do cérebrocerebelo
o Incoordenação motora (ataxia)
o Atraso no início do movimento
o Decomposição dos movimentos – realizados em etapas
o Disdiadococinesia: dificuldade em realizar movimentos rápidos e alternados
o Rechaço: forçar a flexão do antebraço contra uma resistência que se faz no pulso
o Tremor
o Nistagmo
Fibras olivocerebelares
o Aprendizado motor: planejamento dos movs. executados pela “via piramidal”
baseado na experiência já aprendida – aprender a esquiar (difícil no começo,
mas melhora com a prática)
AULA 6 – DIENCÉFALO
o Estrutura ímpar e mediana visível apenas na face inferior do cérebro (“miolo do
cérebro”)
o Partes: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo – todos relacionados com o
III ventrículo
o Sulco hipotalâmico: separa o tálamo do hipotálamo
Tálamo
o Maior parte do diencéfalo
o Recebe informações sensoriais de várias partes do corpo e retransmite para o
córtex, exceto o olfato (toda informação sensitiva passa pelo tálamo)
o Determina a consciência da sensação conforme o foco nessa sensação
o Aderência intertalâmica une os dois tálamos – 2 massas ovóides de subst.
cinzenta dispostas lado a lado
o Medialmente: III ventrículo
o Lateralmente: cápsula interna
o Inferiormente: hipotálamo e subtálamo
o Corpo geniculado lateral: visão
o Corpo geniculado medial: audição
o Funções: comportamento emocional (núcleo dorsomedial conexões com área
pré-frontal), sensibilidade, motricidade, memória e ativação do córtex
Hipotálamo
o Glândula hipófise: controla a função da maioria das glândulas endócrinas
o Região inferior do diencéfalo, acima do tronco encefálico
o Lâmina terminal: regulação do sistema autônomo, controle do sistema endócrino
e conexão entre o sistema nervoso central e periférico
o Estruturas: corpo mamilar, túber cinéreo, quiasma óptico, infundíbulo e hipófise
o Percorrido pelo fórnice ou fórnix – feixe de fibras brancas que percorre cada
metade do hipotálamo, terminando no corpo mamilar (conecta os corpos
mamilares ao hipocampo)
o Corpo mamilar: funções sexuais, desenvolvimento cognitivo, emoções –
memória a longo prazo e consolidação da memória
o Quiasma óptico: fibras nasais do nervo óptico decussam e continuam como
trato óptico
o Túber cinério: contém núcleos envolvidos no controle do apetite e metabolismo
o Infundíbulo: transmite sinais do hipotálamo para a hipófise para liberar
hormônios (forma de funil)
Funções:
o Comportamento emocional (sistema límbico)
o Funções reguladoras (temperatura corporal, equilíbrio hídrico, fome, sede, sono,
ritmos circadianos, sistema endócrino e resposta ao estresse – cortisol)
o Controle do SNA: anterior resposta parassimpática e posterior resposta
simpática (frequência cardíaca, pressão arterial, digestão e respiração)
o Temperatura corporal: anterior perda de calor e posterior conservação de calor
– ativa vias corticais (buscar abrigo, agasalho, local fresco)
o Comportamento sexual
Epitálamo
Glândula pineal
o Secreção de melatonina (sol inibe): regula o sono
o Inibição das gônadas
o Regulação dos ritmos circadianos
o Regulação da glicemia
o Morte celular por apoptose
o Ação antioxidante
o Mecanismo imunitário
Habênulas
o Regula dopamina
o Sistema límbico: comportamento emocional
o Resposta ao estresse
o Regulação da dor
o Centro de punição
Subtálamo
o Localizado na parte posterior do diencéfalo na transição com mesencéfalo
o Núcleo subtalâmico: motricidade somática
o Regulação do movimento e controle motor
o Lesão: hemibalismo (movimentos rápidos e involuntário em um lado do corpo)

AULA 7 – TELENCÉFALO
o Fissura longitudinal do cérebro
o Corpo caloso: separa o hemisfério direito do hemisfério esquerdo – fonte de
comunicação
o 3 polos: frontal, occipital e temporal
o 3 faces: medial, súpero-lateral/dorso lateral e inferior/base
Composição do cérebro
o Camada externa: substância cinzenta – processa informações (circuitos neurais
para memória, sensações, comportamento, aprendizagem, etc.)
o Camada interna: substância branca – conduz informações
o Fibras de projeção: ligam o córtex cerebral a centros subcorticais
o Fibras de associação: unem áreas corticais situadas em pontos diferentes do
cérebro
Lobos do encéfalo
o Frontal: motricidade somática, motricidade da fala, planejamento motor,
cognição, emoções, comportamento, memória e aprendizagem
o Parietal: sensibilidade somática e interpretação da sensibilidade, esquema
corporal, orientação espacial, operações matemáticas, musicalidade e
compreensão da fala
o Occipital: visão e interpretação da visão
o Temporal: audição, interpretação da audição e da visão, memória recente,
aprendizagem, comportamento, olfação e identificação de rostos e objetos
o Ínsula (não se relaciona com osso): sistema límbico e paladar, empatia
(lesão=psicopatas), percepção comportamental, sensação de nojo e
autoconhecimento da fisionomia
Sulcos e giros
Lobo frontal
o Sulco pré-central
o Sulco frontal superior
o Sulco frontal inferior
o Giro pré-central: motora
o Giro frontal superior
o Giro frontal médio comportamento emocional, cognição,
o Giro frontal inferior (parte orbital) memória e aprendizagem
o Giro frontal inferior (parte triangular e parte opercular): área de broca = fala
Lobo temporal
o Sulco temporal superior
o Sulco temporal inferior
o Giro temporal superior: audição + interpretação da audição
o Giro temporal médio: interpretação da visão
o Giro temporal inferior: interpretação da visão
Lobo parietal
o Sulco pós-central
o Sulco intraparietal
o Giro pós-central: sensitiva e gustação
o Lóbulo parietal superior: psíquica
o Lóbulo parietal inferior: giro supramarginal e giro angular – orientação espacial,
esquema corporal, etc.
Lobo da ínsula
o Sulco central da ínsula
o Sulco circular da ínsula
o Giros longos da ínsula (parte posterior): paladar
o Giros curtos da ínsula (parte anterior): comportamento emocional
Face medial
o Sulco do corpo caloso
o Sulco do cíngulo
o Ramo marginal
o Sulco subparietal
o Sulco paracentral
o Sulco parieto-occipital
o Sulco calcarino: visão
o Giro do cíngulo: sistema límbico
o Lóbulo paracentral anterior: motora
o Lóbulo paracentral posterior: sensibilidade dos membros inferiores
o Pré-cúneos: psíquica
o Giro frontal superior
o Cúneos: interpretação da visão
o Giro occipito-temporal medial

Face inferior
o Sulco occipito-temporal
o Sulco colateral
o Sulco rinal
o Sulco do hipocampo: consolidação da memória
o Sulco calcarino
o Sulco olfatório
o Sulcos orbitários
o Giro temporal inferior
o Giro occipito-temporal lateral
o Giro occipito-temporal medial
o Giro parahipocampal: sistema límbico
o Uncus: olfato
o Istmo do cíngulo
o Giro reto
o Giros orbitários

AULA 8 – VASCULARIZAÇÃO ENCEFÁLICA


Irrigação do encéfalo
o Artérias vertebrais – formam a artéria basilar
o Artérias carótidas internas
Polígono de Wills
o Artéria vertebral
o Artéria basilar
o Artéria cerebral posterior: irriga a face inferior do cérebro e polo occipital
o Artéria comunicante posterior – une a artéria cerebral posterior com a carótida
interna
o Artéria cerebral média: irriga a face súpero-lateral
o Artéria carótida interna
o Artéria cerebral anterior: irriga a face medial do frontal ao sulco parieto-occipital,
parte mais alta da face súpero-lateral
o Artéria comunicante anterior – une as duas artérias cerebrais anteriores

Artéria comunicante anterior

Artéria cerebral anterior: irriga face medial + parte mais alta da


face súpero-lateral
Artéria carótida interna

Artéria cerebral média: irriga a face súpero-


lateral

Artéria comunicante posterior

Artéria cerebral posterior: irriga face inferior e polo


occipital

Artéria basilar

Artéria vertebral
Sistema venoso: as veias encefálicas drenam para os seios da dura-máter, de onde o
sangue converte para veia jugular interna
Superficial (córtex cerebral e substância branca)
o Veias superficiais superiores
o Veias superficiais inferiores
Profundo (corpo estriado, cápsula interna, diencéfalo e centro branco medular)
o Veia cerebral magna (veia de Galeno)

AULA 9 – NÚCLEOS DA BASE


o Conjunto de núcleos na base do telencéfalo, na posição lateral e próximo ao
tálamo
o Agrupados em circuitos que processam diferentes tipos de informação
o Conexões entre si e participação do controle motor
o Córtex cerebral – núcleos da base – tálamo – córtex cerebral
Funções
o Função inibitória: facilitação seletiva de padrões motores desejados e ampla
inibição de outros padrões que poderiam competir com eles
o Motora: preparação de programas motores e execução automática de
programas aprendidos, gradação na amplitude e velocidade do movimento
o Processos cognitivos, emocionais e motivacionais

Núcleo caudado Neoestriado: Putâmen + Núcleo caudado


Corpo
Putâmen estriado
Núcleo lentiforme Paleoestriado: Globo pálido (pálido medial
Globo pálido dorsal
e pálido lateral
Núcleo de Meynert
Corpo estriado ventral
Núcleo de Accumbens
Claustrum
Sistema límbico
Corpo amigdalóide
Substância negra Não são considerados, porém participam nas alças de
Nucelo subtalâmico controle motor ligadas aos núcleos da base

Neoestriado (Putâmen + núcleo caudado)


o Cápsula interna os separa, mas possuem funções semelhantes
o Porta de entrada dos núcleos da base (recebe informações do córtex cerebral)
o Porta de saída de axônios que projetam aos demais núcleos da base
o Núcleo caudado: recebe aferências das áreas associadas – funções cognitivas
(tomada de decisões, aprendizado e memória)
o Putâmen: recebe aferencias do córtex sensório-motor – funções motoras
Paleoestriado (Globo pálido)
o Globo pálido: representa o estágio final do processamento das informações que
os núcleos da base realizam – funções motoras
o Do globo pálido medial partem os neurônios eferentes de saída em direção ao
tálamo
Substância negra
o Produção de dopamina: regulação do humor e controle motor
o Parte reticulada: recebe aferências do neoestriado e projeta para o tálamo
(funções motoras, cognitivas e emocionais)
o Parte compacta: neurônios dopaminérgicos que fazem sinapse com o
neoestriado (regulação do movimento) – doença de Parkinson
Conexões e circuitos: corticoestriado-talamocorticais

Motor: Córtex cerebral – Putâmen – Globo pálido – Tálamo (subst. Negra está
envolvida)
Cognição: Córtex cerebral – Núcleo caudado – Globo pálido – Tálamo
Emoção: Córtex cerebral – Estriado ventral (núcleo Accumbens) – Globo pálido –
Tálamo

Circuito motor
o Circuito direto: ativação dos núcleos da base
o Circuito indireto: inibe movimentos indesejados
o Núcleos Putâmen e Globo Pálido
o Núcleo subtalâmico e substância negra
o Início em áreas motoras e somáticas do córtex
o Função: regulação da motricidade voluntária
Circuito oculomotor
o Núcleo subtalâmico
o Início e término: campo ocular motor
o Função: movimentos oculares
Circuito pré-frontal dorsolateral
o Neoestriado: núcleo caudado e Putâmen
o Início: parte dorsolateral da área pré-frontal
o Função: executiva (estratégias comportamentais mais adequadas a situação e
capacidade de alterá-las), avaliação das consequências das ações e memória
operacional (curto-prazo)
Circuito pré-frontal orbitofrontal
o Início e término: parte orbitofrontal da área pré-frontal
o Núcleo de Accumbens
o Função: atenção, empatia e comportamento (bom senso)
Circuito límbico
o Início: área neocortical do sistema límbico (parte anterior do giro do cíngulo)
o Núcleo de Accumbens
o Função: processamento das emoções
Patologia dos núcleos da base
o Hipocinesia: inibição do tálamo pelos núcleos da base – lentidão do movimento
o Hipercinesia: reduz sinais de saída dos núcleos da base – movimentos
excessivos
Disfunções do corpo estriado
Hemibalismo
o Lesão no núcleo subtalâmico
o Movimento involuntário, grande amplitude e forte intensidade dos membros do
lado da lesão
o Áreas respondem exageradamente
Doença de Parkinson
o Tremor de repouso, rigidez por hipertonia e bradicinesia (lentidão e redução da
atividade motora)
o Lesão: substância negra – inibição dos núcleos talâmicos
Coréia de Sydenham
o Movimentos involuntários rápidos
o Hipotonia
o Distúrbios neuropsiquiátricos
o Comprometimento do circuito motor e circuitos pré-frontais
Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)
o Ativação anormal da alça córtico-estriado-tálamo-cortical
o Lesão no núcleo caudado
o Doença psiquiátrica: repetição de atos de forma compulsiva (mania de limpeza)
Síndrome de Tourette
o Comprometimento da alça córtico-estriado-tálamo-cortical
o Tiques verbais ou motores múltiplos e complexos
o Transtornos comportamentais
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
o Comprometimento dos circuitos pré-frontais
o Origem genética
o Início na infância
o Falha no mecanismo de seleção de comportamentos e na supressão de
estímulos sensoriais intrusos, dificultando manutenção do foco

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