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CURSO DE EXTENSÃO
ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA
ANATOMIA DO APARELHO CÁRDIO-RESPIRATÓRIO
ROTEIRO TEÓRICO-PRÁTICO
1. INTRODUÇÃO
Figura 2. Pericárdio e suas divisões. As três túnicas do coração estão mostradas na imagem:
pericárdio, miocárdio e endocárdio (revestindo as câmaras cardíacas).
O coração é um órgão muscular oco que atua como uma bomba de pressão
durante a sístole e uma bomba de sucção durante a diástole. Está localizado na
cavidade torácica (mediastino médio), cerca de 2/3 no antímero esquerdo, formando um
ângulo de aproximadamente 450 com o plano mediano. Possui um ápice livre (com
posição anterior inferior e no antímero esquerdo) e uma base fixa pelos vasos (de
posição posterior, superior e no antímero direito). Pesa em média 300g sendo pouco
maior que o punho fechado do próprio indivíduo e apresenta volume médio de 780ml,
correspondendo a cerca de 0,4 a 0,45% do peso corporal.
O coração apresenta três túnicas: o endocárdio (revestimento endotelial liso no
interior das câmaras cardíacas e suas valvas), o miocárdio (fibras musculares estriadas
cardíaca e o esqueleto fibroso conjuntivo que sustenta e dá inserção a essa
musculatura) e pericárdio (como descrito anteriormente, com sua divisão fibrosa e
serosa, sendo essa última dividida em lâminas parietal e visceral ou epicárdio). Portanto,
o epicárdio envolve superficialmente a musculatura cardíaca (Figura 2).
O coração apresenta três faces: 1) esternocostal ou anterior (convexa) formada
principalmente pelo ventrículo direito e pequena parte do ventrículo esquerdo e aurícula
direita; 2) faces pulmonares direita (formada pelo átrio direito) e esquerda (formada
pelo ventrículo esquerdo) e; 3) diafragmática ou inferior, achatada e formada
principalmente pelo ventrículo esquerdo e parte do ventrículo direito (Figura 4).
O coração também apresenta suas margens: direita (convexa, entre as
desembocaduras das veias cavas superior e inferior e formada pelo átrio direito),
inferior (formada pelo ventrículo direito e parte do ventrículo esquerdo, se estende entre
o óstio da veia cava inferior até o ápice do coração); esquerda (formada pelo ventrículo
esquerdo e pela aurícula esquerda e; superior (interrompida pelos vasos da base, entre
os átrios e aurículas e s vasos da base) (Figura 4).
Figura 4. Localização do coração (imagem à esquerda) e suas margens e faces (imagem à direita).
Lembramos que o vaso arterial é definido como todo vaso que deixa ou sai do
coração (sempre deixando os seus ventrículos) com sentido centrífugo ao coração ou
eferente; enquanto um vaso venoso é definido como todo vaso que chega ao coração
(aos átrios), com sentido centrípeto ou aferente. Assim, a partir do coração, as artérias
se ramificam, dando origem a ramos colaterais, recorrentes e terminais, diminuindo de
calibre até chegar a nível capilar.
Já as veias, a partir da rede capilar, vão se unindo formando vênulas, veias de
pequeno, médio e grande calibre. Esses vasos venosos vão recebendo tributárias ou
afluentes de menor calibre no seu trajeto de volta ao coração. Finalmente, chegam ao
átrio direito do coração como as veias cavas superior e inferior.
As figuras 6 e 7 mostram em detalhe as câmaras cardíacas com algumas de
suas características anatômicas. Não serão descritos todos os detalhes dessas
câmaras.
Figura 6. Visão do ventrículo direito (à esquerda) e do átrio direito (à direita) indicando algumas de suas
estruturas anatômicas.
Figura 7. Visão do ventrículo esquerdo (à esquerda) e do átrio esquerdo (à direita) indicando algumas de
suas estruturas anatômicas.
O coração possui quatro valvas no seu interior: 1) valva do tronco pulmonar, 2)
valva aórtica, 3) valva atrioventricular direita ou tricúspide e 4) valva atrioventricular
esquerda ou mitral ou bicúspide.
Uma valva pode ser definida como um conjunto de válvulas ou cúspides.
Assim, a valva do tronco pulmonar (localizada na raiz desse vaso) está formada por 3
válvulas semilunares; a valva aórtica (localizada na raiz desse vaso) está formada
também por 3 válvulas semilunares; a valva atrioventricular direita ou tricúspide (entre
o átrio e o ventrículo direito) está formada por 3 cúspides; enquanto a valva
atrioventricular esquerda ou bicúspide (localizada entre o átrio e o ventrículo esquerdo)
está formada por 2 cúspides (Figura 8).
Figura 8. Valvas cardíacas e divisões do esqueleto fibroso cardíaco destacado em azul, a partir da visão
superior após remoção dos átrios. O esqueleto fibroso dá fixação às valvas cardíacas e à musculatura
cardíaca.
Figura 10. Sistema de condução do coração. O marca passo natural do coração é considerado o nó sino-
atrial.
2.2. VASOS SANGUÍNEOS
O ventrículo esquerdo é o local de origem da aorta (principal artéria do corpo
humano). Esse vaso emite ramos que se distribuem a todos os tecidos do corpo
humano. Portanto, artéria é todo vaso que deixa o coração (sentido centrífugo), ou seja,
deixa os ventrículos. Durante o seu trajeto, as artérias podem emitir ramos que são de
três tipos: 1) colaterais, 2) recorrentes e 3) terminais. Os ramos colaterais seguem
direção oblíqua ou em ângulo de 900 a partir da origem, com sangue seguindo a mesma
direção do vaso principal. Exemplo: artérias mesentéricas superior e inferior (no
abdome), artérias renais (no abdome), artéria femoral profunda (coxa), entre outros
exemplos. Outras vezes, quando o ângulo for obtuso em relação à artéria principal, o
fluxo sanguíneo terá sentido inverso ao da artéria que o originou, sendo denominado de
ramo recorrente. Como exemplos podem ser citadas as artérias recorrentes radial e
ulnar e as artérias frênicas inferiores (no abdome). Quando a artéria termina dividindo-
se em sua extremidade, ela emite ramos terminais, perde sua individualidade e sua
denominação. Por exemplo, a aorta abdominal termina se dividindo em artérias ilíacas
comuns direita e esquerda, a artéria braquial se divide em artérias radial e ulnar, entre
outros exemplos (Figura 11).
Figura 11. Exemplos de ramos arteriais colaterais, recorrentes e terminais a partir da aorta abdominal e
dos vasos do membro superior.
Figura 12. Algumas das principais artérias do corpo humano são observadas na figura.
As artérias também podem ser diferenciadas com base na sua espessura e nas
diferenças de constituição das túnicas, especialmente a túnica média. O tamanho da
artéria apresenta uma mudança gradual nas características morfológicas de um tipo
para o outro. Existem três tipos de artérias: elásticas ou de condução (grande
quantidade de fibras elásticas na túnica média, exemplos: arco aórtico, aorta torácica e
abdominal), musculares ou de distribuição (artérias de médio e pequeno calibre,
exemplos; artérias femoral, braquial, carótidas interna e externa) e as arteríolas. Essas
últimas se continuam na rede capilar, servindo como válvulas reguladoras das redes
capilares. As metarteríolas são ramos das arteríolas terminais. Nos locais de abertura
no leito capilar, são circundadas por uma camada circular de miócitos que formam
esfíncteres pré-capilares, importantes no controle do fluxo sanguíneo através dos
capilares.
Os capilares são vasos sanguíneos de paredes finas, dispostos em rede, que
permitem a troca de substâncias entre o sangue e os tecidos. São constituídos por uma
só camada de células endoteliais e uma lâmina basal.
Em continuidade com a rede capilar arterial, os capilares venosos convergem
para a formação de vênulas que se reúnem para formar vasos cada vez mais
calibrosos. Esses vasos terminam como troncos venosos que então chegam ao átrio
direito do coração (vasos com sentido centrípeto). As vênulas correspondem às
arteríolas, as veias (classificadas como de grande, médio e pequeno calibre) às
artérias musculares e os troncos venosos (veias cavas superior e inferior) às grandes
artérias elásticas que saem do coração (aorta e tronco pulmonar).
As principais veias do corpo humano podem ser observadas nas figuras 13 e 14.
Figura 13. Veias da cabeça e do tronco. Observar na imagem à direita, o sistema ázigos
(conectando as veias cavas superior e inferior) e o sistema porta-hepático.
Figura 14. Plexo venoso superficial no membro inferior, destacando as duas veias principais: v. safena
magna e v. safena parva e algumas veias tributárias da veia cava inferior, assim como da pelve e a v.
femoral (profunda no membro inferior).
Figura 16. Função das válvulas venosas em veias dos membros inferiores. Observar a formação de colunas
venosas que auxiliam no retorno venoso por ação principalmente da contração da musculatura adjacente.
2.3. SISTEMA LINFÁTICO
O Sistema linfático tem função importante, auxiliando sistema venoso na coleta
do líquido intersticial encontrado entre as células. Assim, esse líquido com gás carbônico
e catabólitos celulares, atingem a corrente capilar venosa (é chamado de plasma
sanguíneo) e a corrente capilar linfática (é chamado de linfa).
O início do sistema linfático ocorre a partir de capilares em fundo cego que se
reúnem em vasos linfáticos, em troncos linfáticos (de maior calibre) e finalmente em dois
grandes ductos linfáticos: 1) o ducto linfático direito e o 2) ducto torácico. Assim, ao
contrário dos vasos artérias e venosos que estão em continuidade através da rede
capilar e possuem pressão por meio do bombeamento cardíaco; o sistema linfático não
apresenta uma bomba propulsora, tendo início com pressão zero a partir dos seus
capilares em fundo cego, ao redor das células. É importante ressaltar que no trajeto dos
vasos linfáticos, são observadas dilatações denominadas linfonodos, com importância
na filtragem da linfa, combatendo infecções (Figura 17).
Os dois ductos do sistema linfático, terminam lançando a linfa na corrente
sanguínea venosa, em veias de grande calibre localizadas próximas ao coração: na
confluência ou junção da veia jugular interna (pescoço) com a veia subclávia (membro
superior) direita e esquerda, nos chamados ângulos júgulo-subclávios ou ângulos
de Pirogoff (Figura 18).
Figura 17. Organização do sistema linfático a partir da rede capilar em fundo cego que se origina junto às
células e é responsável pela coleta do líquido intersticial juntamente com a rede capilar venosa. Os
linfonodos estão no trajeto dos vasos linfáticos.
Figura 18. Ductos linfático direito e torácico terminando nos ângulos júgulos-subclávios ou de Pirogoff
(imagem A): veia cava superior (CS), veias braquiocefálicas direita (BD) e esquerda (BE), veias jugulares
internas direita (JID) e esquerda (JIE), cisterna do quilo (C), ducto torácico (T), troncos jugulares (J), troncos
subclávios (S) e troncos broncomediastinais (B). Observar parte do trajeto do ducto torácico no mediastino
posterior (imagem B) e o território de drenagem venosa dos dois ductos (imagem C).
Figura 19. Baço na posição anatômica (hipocôndrio esquerdo da cavidade abdominal) e peça anatômica
com visão da sua face diafragmática (FD) e visceral (FV). O hilo esplênico ou lienal está indicado pelas
setas pretas nessa imagem.
Figura 20. Medula óssea e timo. Observar a presença de medula óssea no interior do canal medular e das
epífises. O timo tem sua localização sobre o coração e pericárdio e sobre os vasos supra-órticos.
Figura 21. Tonsilas e sua localização formando o anel linfático de Waldeyer na faringe:
3. ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
Figura 24. A cavidade nasal e suas divisões. O septo nasal ósseo (imagem superior à direita)
está formado pelo vômer (cor verde) e pela lâmina perpendicular do osso etmóide (cor rosa). A
parte anterior (em cinza) representa a cartilagem do septo nasal.
Nas paredes laterais das cavidades nasais observamos três projeções ósseas
irregulares e papiráceas, as conchas nasais superiores, médias e inferiores. As
conchas nasais superiores e médias são parte do osso etmóide, enquanto as conchas
nasais inferiores são ossos isolados do viscerocrânio.
As conchas nasais aumentam a área de superfície da mucosa nasal, permitindo
melhor aquecimento e umedecimento do ar inspirado através das cavidades nasais, e
assim tornando o ar mais bem condicionado para a hematose.
As conchas nasais recobrem espaços denominados meatos nasais. Assim, as
conchas nasais superiores revestem pequenos espaços denominados meatos nasais
superiores; as conchas nasais médias recobrem os meatos nasais médios e as conchas
nasais inferiores os meatos nasais inferiores. Nestes meatos, se abrem os óstios dos
seios paranasais, com exceção do seio esfenoidal que se abre acima das conchas
nasais superiores, no recesso esfeno-etmoidal (portanto, entre estes dois ossos) (Figura
25).
Figura 25. Conchas nasais superior (CNS), média (CNM) e inferior (CNI) e meatos nasais. O
recesso esfeno-etmoidal se encontra acima das conchas nasais superiores.
Figura 26. Seios paranasais. Todos possuem abertura nas cavidades nasais. Note a relação dos
seios maxilares com as raízes dos dentes molares superiores (imagem C) e a relação do seio
esfenoidal com a fossa hipofisária (imagem A).
Os seios paranasais estão no interior dos seguintes ossos: frontal, maxilares, (os
maiores), etmóide e esfenóide. No interior do osso etmóide, representam pequenos
espaços denominados células etmoidais. Os demais seios paranasais possuem
septações que o dividem parcialmente ou totalmente, com muitas variações também na
sua forma e tamanho. Os seios maxilares estão localizados lateralmente às cavidades
nasais e inferiormente ao assoalho da órbita. Também possuem relação com o teto da
cavidade oral (palato duro). Já o seio ou os seios frontais estão localizados
superiormente às cavidades nasais e apresentando relação com a fossa crânica
anterior. O seio esfenoidal situa-se póstero superiormente às cavidades nasais e logo
abaixo da sela túrcica do esfenóide, sua principal relação (Figura 26).
A faringe é um órgão muscular de aproximadamente 12 cm de comprimento
localizado entre a base do crânio (superiormente) e as vértebras C1 a C6
(inferiormente), estando anteriormente a essas vértebras.
É dividida em três porções de acordo com suas relações anteriores: 1)
nasofaringe (entre as coanas e a margem inferior do palato mole) está posteriormente
às cavidades nasais; 2) orofaringe ou bucofaringe (entre a margem inferior do palato
mole e a margem superior da cartilagem epiglote da laringe) está posteriormente à
cavidade oral separada dela pelo istmo das fauces ou da garganta; e 3) laringofaringe
(está localizada entre a margem superior da epiglote e a margem inferior da cartilagem
cricóide) está posteriormente à laringe separada dela pelo adito à laringe,
Das 3 divisões, apenas a nasofaringe está relacionada exclusivamente à
respiração; enquanto a bucofaringe e laringofaringe estão relacionadas aos sistemas
respiratório e digestório. A faringe se continua abaixo de C6 como esôfago. Nela são
encontrados pequenos grupamentos de tecido linfático, as tonsilas, descritas
anteriormente no sistema circulatório. Elas representam uma defesa do organismo
contra infecções que entram pelas cavidades nasais ou oral (Figura 27).
Figura 27. Faringe: relações anteriores e respectivas divisões. Uma das tonsilas está
indicada no teto da nasofaringe (tonsila faríngea ou adenóide).
Figura 29. Divisões da laringe em visão a partir de corte coronal e de um corte mediano: cavidade
oral (CO), nasofaringe (N), orofaringe (O), laringofaringe (L), tonsila lingual (TL), cartilagem
epiglote (seta preta), tireóide (T) e cricóide (Cr), vestíbulo da laringe (*), prega vestibular (Ve),
prega vocal (Vo), cavidade infraglótica (I) e traquéia (Tr).
Inferiormente à laringe, a partir da margem inferior da cartilagem cricóide está a
traquéia, órgão tubular com comprimento entre 15 e 18 cm localizado na região cervical
e torácica anteriormente ao esôfago. Possui função apenas como órgão que permite a
passagem de ar durante a inspiração e expiração. Está formada por semianéis de
cartilagem e posteriormente por musculatura lisa. Os seus 15 a 20 semianéis são
intercalados aos ligamentos anulares de tecido conjuntivo, que dá flexibilidade ao órgão.
Termina se dividindo no interior da cavidade torácica em brônquios principais direito e
esquerdo a partir de uma projeção da sua última cartilagem, a carina da traquéia (Figura
30).
Os brônquios principais direito (BPD) e esquerdo (BPE) são dois órgãos
tubulares formados a partir da divisão da traquéia, de posição extra-pulmonar e que
possuem as mesmas características da traquéia: semi-anéis de cartilagem e ligamentos
anulares. O BPD possui apenas 2,5cm de comprimento, mas com maior diâmetro que
o esquerdo e menor angulação ou desvio do plano mediano. Já o BPE tem maior
comprimento (5cm), menor diâmetro e maior desvio do plano mediano (Figura 30).
Figura 30. Traquéia e brônquios principais. Notar os semianéis de cartilagem com musculatura
lisa posteriormente.
Figura 31. Ramificação dos brônquios lobares e segmentares no interior dos pulmões (árvore
brônquica). Observar os brônquios segmentares em cores diferentes. Os brônquios principais
direito (BPD) e esquerdo (BPE) são extra-pulmonares.
Figura 32. Porção respiratória destacada na imagem à esquerda e ampliada na imagem à direita.
Identificar os bronquíolos respiratórios de 1ª, 2ª e 3ª ordem, um ducto alveolar, sacos alveolares
e suas paredes formadas pelos alvéolos que se comunicam entre si pelos poros alveolares.
Os pulmões são duas vísceras maciças ou parenquimatosas localizadas no
interior das respectivas cavidades pleuro-pulmonares direita e esquerda no interior da
cavidade torácica. Os dois pulmões apresentam algumas diferenças quanto à sua
forma: a altura (esquerdo mais alto que o direito) e largura (direito mais largo) pela
presença do fígado no antímero direito e do ápice do coração no antímero esquerdo.
Os pulmões possuem uma base (repousa indiretamente no músculo diafragma)
e um ápice (está cerca de 3cm acima da abertura superior do tórax). Cada pulmão
possui também três faces: diafragmática (côncava e inferior), costal (convexa e anterior,
lateral e posterior) e mediastinal (medial, voltada para o mediastino). Nessa última face
é encontrada uma abertura denominada hilo pulmonar, que permite a passagem dos
elementos que formam o pedículo pulmonar: artéria pulmonar, veias pulmonares e
brônquio principal, além de vasos linfáticos, linfonodos, fibras nervosas autônomas e os
vasos brônquicos.
O pulmão direito é dividido em três lobos: superior, médio e inferior, separados
por duas fissuras: horizontal e oblíqua. Já o pulmão esquerdo possui apenas dois lobos:
superior e inferior, separados pela fissura oblíqua. No lobo superior do pulmão esquerdo
observamos uma projeção alongada denominada língula (Figuras 33, 34 e 35).
Figura 33. Posição anatômica dos pulmões (imagem A) e lobos e fissuras dos pulmões (em B): lobo
superior direito (LSD), lobo médio (LM), lobo inferior direito (LID), lobo superior esquerdo (LSE) e lobo
inferior esquerdo (LIE). No pulmão direito e esquerdo a fissura oblíqua está indicada pelas setas pretas e a
fissura horizontal no pulmão direito pela seta branca.
Figura 34. Pulmão direito e esquerdo com indicação de seus lobos, fissuras e faces. Impressões
são observadas principalmente na face mediastinal dos dois pulmões, como por exemplo da
aorta, esôfago e ápice do coração. Lobo superior (LS), lobo médio (LM), lobo inferior (LI), face
costal (1), mediastinal (2) e diafragmática (3).
Figura 35. Origem das artérias brônquicas (que irrigam o parênquima pulmonar) e posição das estruturas
nos pedículos pulmonares direito e esquerdo. Brônquio principal direito (BPD) e esquerdo (BPE), artéria
pulmonar direita (APD) e esquerda (APE).
Os pulmões são envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura, a
pleura visceral ou pulmonar. As cavidades pleuro-pulmonares por sua vez, também são
envolvidas pela pleura parietal que recebe denominações diferentes pelas suas
relações (costal, cervical, diafragmática e mediastinal) e entre elas encontramos uma
cavidade denominada cavidade pleural, normalmente virtual (Figura 36). Porém, em
alguns locais esta cavidade pleural é ampla, permitindo a expansão pulmonar durante
a inspiração: os recessos pleurais (costomediastinal e costodiafragmático) (Figura 37).
Figura 36. Pleura visceral ou pulmonar, cavidade pleural e divisões da pleura parietal.
Figura 37. Recessos pleurais: costomediastinal e costodiafragmático (espaço entre as pleuras visceral e
parietal).
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ROTEIRO PRÁTICO
Sistema Circulatório:
➢ Pericárdio fibroso, epicárdio e cavidade pericárdica;
➢ Os vasos da base do coração: veias cavas superior e inferior, tronco pulmonar
e artérias pulmonares direita e esquerda, aorta e veias pulmonares;
➢ As aurículas direita e esquerda;
➢ No átrio direito: os músculos pectinados ou pectíneos e o óstio do seio coronário.
➢ No ventrículo direito e esquerdo: as trabéculas cárneas e seu tipo principal: os
músculos papilares e as cordas tendíneas;
➢ A valva AVD = tricúspide; a valva AVE = bicúspide = mitral; a valva do tronco
pulmonar e a valva aórtica;
➢ As artérias coronárias direita e esquerda;
➢ O seio coronário;
➢ Septo interatrial e interventricular;
➢ Alguns ramos arteriais: arco aórtico (ramos: tronco braquiocefálico e artérias
subclávia direita e carótida comum direita); aorta torácica e abdominal; as
artérias ilíacas comuns direita e esquerda;
➢ Artéria subclávia, axilar e braquial (artéria radial e ulnar);
➢ Artéria ilíaca externa e interna e a artéria femoral;
➢ Artéria carótida interna e externa;
➢ Algumas veias: veia cava inferior e veia cava superior, veia porta;
➢ Veias braquiocefálicas direita e esquerda, veias ilíacas comuns direita e
esquerda, veia femoral;
➢ Algumas veias superficiais: no membro inferior (veia safena parva e veia safena
magna);
➢ Órgãos hematopoiéticos: linfonodo, baço, timo e uma das tonsilas (palatinas.
lingual);
➢ O ducto torácico e a cisterna do quilo.
Sistema respiratório:
QUESTÃO 3. R. Alternativa C.
QUESTÃO 4. R. Lobo superior direito (LSD), lobo médio (LM), lobo inferior direito
(LID), lobo superior esquerdo (LSE), lobo inferior esquerdo (LIE), face
diafragmática (FD), traquéia (T), brônquios principais direito (D) e esquerdo (E),
fissura oblíqua (seta branca curta), fissura horizontal (seta branca longa), língula
(*) e hilo pulmonar (contorno pontilhado). Esse contorno representa o local ou
abertura natural do pulmão onde passam as estruturas do seu pedículo ou raiz
(brônquio principal, artéria pulmonar, veias pulmonares, vasos brônquicos, vasos
linfáticos e linfonodos e a inervação autônoma).