Você está na página 1de 187

ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 1 – ANATOMIA E FISIOLOGIA

Pesquise e responda:

1. Qual espaço possui mais líquido?

2. Quais os componentes do espaço extracelular?

3. Quais são os sinais e sintomas da hipovolemia?

4. Quais são os sinais e sintomas da hipervolemia?

5. Qual o volume de sangue no corpo?

6. O que é débito cardíaco?

7. O que é pressão arterial e volume sistólico?

1
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Depois de estudar os líquidos no nosso corpo, verifique os principais eletrólitos, os


valores de normalidade, sinais e sintomas de cada excesso ou déficit de eletrólitos.

Sinais de
Sinais do déficit
Valor de normali- excesso do ele-
Eletrólito do eletrólito e Observações
dade trólito e trata-
tratamento
mento

Sódio

Potássio

Cálcio

Fósforo

Magnésio

2
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 2 – ANATOMIA E FISIOLOGIA


DIVISÕES DO CORPO HUMANO E SISTEMA TEGUMENTAR

1. Qual a diferença entre anatomia e fisiologia?

2. Preencha a tabela abaixo sobre os planos anatômicos:

Plano Divisão do corpo em:

3. Descreva a posição anatômica (memorize a foto do PDF em sua cabeça):

4. Quais as possíveis divisões do abdome?


Imagine que esta tabela abaixo é a imagem de um abdome. Coloque o nome das partes
relacionadas a cada divisão:

3
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

5. O ponto de McBurney, que é usado para fazer o teste de Blumberg, apendicite se loca-
liza em qual quadrante do abdome?

6. O sinal de Murphy que verifica a colecistite (infecção na vesícula biliar) se localiza em


qual quadrante?

7. Em qual o quadrante se localiza o sigmoide?

8. A Sociedade Brasileira de Dermatologia divide a pele em quantas e quais camadas?

9. Descreva ao lado da tabela quais as funções de cada camada e quais as suas parti-
cularidades.

10. Qual a única vitamina produzida pelo corpo e qual seu papel?

11. A epiderme tem vasos sanguíneos? Explique como ela recebe os nutrientes.

12. Quais são os receptores que temos na pele e quais os seus respectivos nomes? Des-
creva, sugiro elaborar uma tabela.

13. Que tipo de células encontramos na epiderme e qual a função de cada uma delas?

4
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

14. Quais são as camadas da epiderme?

15. Qual célula produz o colágeno e em que camada ele é mais presente?

16. Onde encontramos epitélio estratificado, simples e de transição? O que os diferencia?

17. Quais os anexos da pele?

18. Quais os tipos de glândulas, como elas se subdividem, onde podemos encontrá-las e o
que elas produzem?

19. O tecido subcutâneo pode receber a infusão de fluidos de forma contínua como soro
fisiológico? Qual o volume máximo que pode ser recebido em cada área do corpo?
(pesquise sobre hipodermóclise antes de responder)

5
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 3 – ANATOMIA E FISIOLOGIA


SISTEMA ESQUELÉTICO

1. O que são ossos?

2. Qual a função do sistema esquelético e como ele se divide?

3. Conceitue cartilagem.

4. Como acontece a irrigação óssea?

5. Diferencie osteoblasto, osteócito e osteoclastos.

6. Diferencie medula vermelha e medula amarela.

7. Classifique os ossos quanto a sua forma e, com poucas palavras, os conceitue.

8. Relacionados aos ossos longos, diferencie: diáfise, epífise e metáfise.

9. Com base na configuração interna dos ossos, o que é:

Tecido ósseo compacto:

Tecido ósseo esponjoso:

10. Qual a finalidade dos discos intervertebrais?

6
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

11. O que são articulações?

12. Diferencie periósteo e endósteo.

13. Como se recompõe um osso após a fratura? Quais as fases de cicatrização dos ossos?

14. É possível a punção intraóssea pelo enfermeiro? Temos Resolução do COFEN que
trata desse assunto?

15. Quais os locais de punção intraóssea no adulto e na criança?

16. Existe diferença de absorção no acesso endovenoso e intraósseo?

17. Pesquise o que significa as seguintes doenças ósseas: (É muito importante já ir crian-
do familiaridade com os termos da clínica médica associados aos nossos assuntos de
Anatomia e Fisiologia.)
Osteomielite:
Osteopetrose:
Osteoporose:
Osteogênese imperfeita:
Osteossarcoma:

18. Faça um esquema dos tipos de fraturas.

7
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 4 – SISTEMA MUSCULAR

Pesquise e responda.

1. O que são músculos esqueléticos, lisos e cardíacos?

2. Quais as funções dos músculos?

3. Quais são os músculos da respiração? Descreva quais são usados na inspiração e


quais são usados na expiração.

4. Quais são os músculos acessórios da respiração? Em que problemas respiratórios usa-


mos os músculos acessórios?

5. Classifique os músculos: quanto à situação, à forma, à disposição das fibras e à função.

6. Cite características específicas da musculatura cardíaca (funcionamento, nome da es-


trutura e partes destas e como funciona sua parte elétrica).

7. Como funciona a contração do músculo liso e a do músculo esquelético?

8. Nervoso com o sistema muscular? Descreva a placa motora.

9. Conceitue em poucas palavras:


a. ventre muscular.
b. tendão.
c. aponeurose.
d. bolsas sinoviais.
e. fáscia muscular.

8
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

10. Diferencie em poucas palavras endomísio, perimísio e epimísio.

11. Escreva o passo a passo da contração muscular.

12. Quais os eletrólitos envolvidos na contração muscular?

13. O que é excitabilidade aumentada (tetania)?

14. O que são os Sinais de Trousseau e Chvostek?

15. Quais os tipos de contração muscular? (Faça um esquema).

16. Faça uma tabela com os músculos nos quais pode ser feita a injeção intramuscular e
quais volumes máximos de administração.

17. Você sabe o que é síndrome de compartimento. Descreva -a ?

9
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

18. O que fazer diante de uma síndrome de compartimento?

19. Quais os sinais e sintomas na síndrome de compartimento?

20. O que é uma fasciotomia?

21. O que é a miastenia gravis?

10
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 5 – ANATOMIA E FISIOLOGIA


SISTEMA RESPIRATÓRIO

Pesquise e responda.

1. Como se divide o sistema respiratório?

2. Quais são os componentes do sistema respiratório na ordem?

3. Diferencie o processo bioquímico da respiração do processo de ventilação.

4. O que é hematose? Como ela acontece?

5. O que é hemácia e qual sua função no sistema respiratório?

6. Quais são as funções do nariz?

7. De quais sistemas a faringe faz parte?

8. Quais as partes da faringe e qual a finalidade de cada uma delas?

11
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

9. A fala é composta de duas funções mecânicas: (1) fonação, que é realizada pela laringe
e (2) articulação, que é obtida pelas estruturas da boca. Em relação à laringe, o que ela
conecta? Como é constituída? Quais as suas funções?

10. Qual é a função da epiglote?

11. Como acontece o mecanismo de deglutição? Como é chamado o termo associado ao


distúrbio da deglutição?

12. Onde fica a carina?

13. O que é o hilo pulmonar?

14. Quais estruturas entram e quais estruturas saem do hilo pulmonar?

15. Qual a função dos alvéolos?

16. Qual é o mecanismo de transporte dos gases respiratórios (O 2 e CO 2) e como funciona?

17. O que são distúrbios V/Q (ventilação/perfusão)?

12
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

18. O que é a surfactante pulmonar? Qual é a sua função?

19. Diferencie pneumócitos tipo I do tipo II.

20. Escreva sobre o espaço pleural:


Nome da pleura que reveste o pulmão:

Nome da pleura que reveste a caixa torácica:

21. Descreva a fisiologia da respiração.

22. Quais estruturas do sistema nervoso (central e periférico) controlam a respiração?

23. Qual o nervo que inerva o diafragma?

24. O que significa o termo parênquima pulmonar?

25. Quais os músculos acessórios da respiração?

26. Quais os valores de referência da frequência respiratória por faixa etária?

27. Comente sobre a capacidade e os volumes respiratórios.

28. O que é volume residual? Como ele é mantido? Qual o seu volume?

31. O que é o volume de reserva inspiratório? Qual o seu volume? Volume de Reserva Ins-
piratório (VRI):

13
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

32. O que é volume de reserva expiratório? Qual é o seu volume? Volume de Reserva Ex-
piratório (VRE):

33. O que é o volume corrente? Qual é o seu volume? Volume Corrente (VC):

34. Sobre as capacidades, descreva:


a. capacidade inspiratória:
b. capacidade residual funcional:
c. capacidade vital:
d. capacidade pulmonar total:

35. O que é espaço morto?

36. O que é espaço morto anatômico e espaço morto fisiológico?

37. Sobre o Controle Neural e Local da Musculatura Bronquiolar, responda:


a. Quais substâncias participam da broncoconstrição?
b. Quais substâncias participam da broncodilatação?

38. Conceitue termos relacionados ao sistema respiratório:


Apneia:
Broncoscopia:
Complacência:
Difusão:
Dispneia:
Estertores:
Estridor:
Frêmito:
Hemoptise:
Hipoxemia:
Hipóxia:
Ortopneia:
Respiração:
Ronco:
Saturação de oxigênio:
Sibilos:
Taquipneia:
Bradipneia:
Espirometria:
14
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

ETCO2: valor do CO2 ao final da expiração.

Atenção! Vamos precisar desse conceito no atendimento de uma PCR.


A medida do CO2 ao final da expiração ETCO2 (end tidal CO2) permite a monitorização
contínua e não invasiva do gás alveolar, indiretamente refletindo seus níveis circulantes. O
ETCO2 estima, com alguma precisão, a PaCO2 porque o CO 2 nos alvéolos e nos capilares
pulmonares está em equilíbrio. No entanto, o ETCO2 e PaCO2 não são idênticos, mesmo no
paciente normal, por causa de shunts intrapulmonares e do espaço morto, presentes mesmo
no paciente normal. Em condições normais a PaCO2 é em torno de 5 mmmHg superior ao
ETCO2. A medida do CO2 expirado traz informações sobre a perfusão pulmonar (quanto
menor o fluxo pulmonar, menos CO2 é expirado), a ventilação alveolar (quando menor a ven-
tilação pulmonar, mais alto o CO2 expirado) e até o débito cardíaco (quedas importantes na
pressão arterial cursam com baixo CO2 eliminado).
Durante o atendimento de PCR, quando o paciente está com via aérea avançada e tem
o aparelho de capnografia, é possível fazer a medida da ETCO2. Se ela permanecer abaixo
de 10 mmHg, mesmo com as manobras de RCP, isso é um indicador ruim de avaliação. Esse
parâmetro deve ser utilizado junto com outros dados para definir o momento de interromper
o esforço da reanimação.

39. Vamos fazer a conexão do sistema respiratório com as patologias?

Nessa parte vamos apenas para abordar os conceitos iniciais, trabalharemos com deta-
lhes esses termos na matriz de emergência e de clínica médica.

Conceitue:
a. Pneumotórax:
b. Hemotórax:
c. Doença pulmonar obstrutiva crônica:
d. Asma:

40. Quais doenças causam a broncoconstricção?

41. Quais medicamentos fazem a dilatação dos brônquios (broncodiladores)?

42. Faça uma tabela com os valores de frequência respiratória por faixa etária.

43. Faça uma tabela com as alterações respiratórias.


15
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 6 – SISTEMA CARDÍACO

Pesquise e responda.

1. Qual a função do sistema cardíaco e a função do coração?

2. Qual a relação do sistema linfático com o sistema cardíaco?

3. Diferencie atividade elétrica da atividade mecânica do coração.

4. Qual a artéria do corpo que carreia sangue pobre em oxigênio e quais veias carreiam
sangue rico em oxigênio?

5. Quais as camadas do coração?

6. Onde está localizado o coração?

7. Como funciona o ciclo cardíaco?

8. Qual a função das cordas tendíneas?

9. Qual a relação do tronco encefálico com o sistema cardíaco?

10. Em que momento o coração é irrigado?

11. Quais artérias são responsáveis pela irrigação cardíaca?

12. Qual a relação da artéria coronária D e E com a parte do coração irrigada e suas
subdivisões?
16
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

13. Desenhe a divisão das artérias coronárias.

14. Quais as propriedades do músculo cardíaco? (Faça uma tabela com a lista da proprie-
dade e o que ela representa)

15. Relativo ao sistema de condução, qual a importância do:


a. nódulo sinoatrial:
b. nódulo atrioventricular:
c. feixe de His:
d. fibras de Purkinje:

16. Diferencie circulação sistêmica de circulação pulmonar.

17. Quais as fases da sístole? Comente cada uma delas.

18. Quais as fases da diástole? Comente-as.

19. Conceitue:
pré-carga:
pós-carga:

20. O que é retorno venoso?

21. Quais os músculos que contribuem para o retorno venoso?

22. Quais as partes da artéria aorta?

23. Explique os termos da fórmula da pressão arterial.

24. O que é resistência vascular periférica (RVP)?

25. Quais as etapas para verificação da pressão arterial?


26. O que é o som de Korotkoff? Quais são as suas fases?

27. O que é hipertensão do jaleco branco e hipertensão mascarada?

17
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

28. Quais as alterações da PA do idoso e qual a fisiologia desses problemas?

29. Qual a relação do Eletrocardiograma com o Ciclo Cardíaco? Tente explicar a ima-
gem a seguir.

30. Qual a relação entre os sons cardíacos e o bombeamento cardíaco?

31. Quais são os neurotransmissores que aumentam e diminuem a frequência cardíaca?


(Isso é importante para entender os sintomas das intoxicações exógenas).

32. Qual é o efeito do nervo vago no coração?

33. O que a febre faz com a frequência cardíaca?

34. O que significa cada onda normal do ECG?

18
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

35. Descreva a localização dos focos de ausculta cardíaca.


Foco mitral:
Foco pulmonar:
Foco tricúspide:
Foco aórtico:

36. Quais os valores normais da PA em adultos e quais os estágios da hipertensão pela


SBC? (faça uma tabela.

37. Quais os parâmetros que são utilizados para definição do percentil da PA em crianças?

38. Quais os valores de normalidade da Frequência Cardíaca (FC.) por faixa etária? (Colo-
que em tabela.)

39. Explique a imagem:

40. O que é Complacência Vascular?

19
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 7 – SISTEMA VASCULAR

Pesquise e responda.

1. Explique como o sistema vascular trabalha para que a célula execute a respiração celu-
lar aeróbica, utilizando a glicose degradada com o oxigênio, transformando em energia
e gerando ATP.

2. Qual a função das veias?

3. Conceitue vasos sanguíneos e diferencie seus componentes.

4. Quais as camadas das artérias?

5. O que é pulso e quais são os mais palpáveis?

6. Quais as principais artérias e suas características?

7. Quais as características do sistema venoso?

8. O que é pressão coloidosmótica (Pressão oncótica ou pressão osmótica coloidal) e qual


a proteína que influencia nessa pressão?

9. Cite agentes vasoconstritores e agentes vasodilatadores.

10. Faça uma tabela com as diferenças das úlceras arteriais e venosas.

11. Cite as principais artérias do corpo e a sua localização.

12. Como funciona a circulação do fígado (sistema porta)?

20
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 8 – SISTEMA LINFÁTICO

Pesquise e responda.

1. Quais as funções do sistema linfático?

2. Quais os órgãos que participam do sistema linfático?

3. Quais as características do timo?

4. O que é linfa e qual sua composição?

5. O que são fendas capilares?

6. Como funciona o sistema de drenagem linfática?

7. O que são linfonodos e qual sua função?

8. Diferencie linfócito T de B.

9. Explique a imunidade celular e a imunidade humoral.

10. Quais os tipos de imunidade e quais as diferenças entre elas?

11. Qual a relação do sistema linfático e o transporte de gordura no corpo?

12. Conceitue:
Linfoma:
Edema:
Sinal de Godet ou cacifo:
Erisipela:
Filariose:
13. Qual a relação da mastectomia radical e o sistema linfático?

14. Porque não podemos verificar a pressão arterial no lado que a paciente fez a mastecto-
mia e nem puncionar o acesso nesse lado?

21
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 9 – SISTEMA DIGESTIVO

Pesquise e responda.

1. Diferencie digestão de nutrição.

2. Quais são os órgãos do sistema gastrointestinal?

3. Quais os órgãos acessórios do sistema digestório?

4. Onde é produzida e onde é armazenada a bile?

5. Quais as funções do pâncreas e quais hormônios são produzidos nele?

6. Quais as funções do sistema gastrointestinal?

7. Qual a função da boca e que tipo de alimento começa a ser digerido nela?

8. Qual a função das glândulas salivares? Como são divididas e subdivididas?

9. Como se divide a faringe? Quais destas partes pertencem ao sistema digestório?

10. Quais as porções do esôfago e suas localizações?

11. Quais as partes do estômago?

12. Em crianças, que válvula não é desenvolvida e por isso é comum elas terem refluxo?

13. Quais são as enzimas do suco gástrico? Quais alimentos são digeridos no estômago?

14. Qual a importância do Ângulo de Treitz?

15. Quais as funções do fígado?

16. Diferencie glicogênese, glicogenólise e gliconeogênese.

17. Qual a função da bile e onde ela atua?

18. Quais as partes do intestino delgado? Quais os dois movimentos que ele faz?

22
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

19. Qual é o papel das microvilosidades do intestino delgado?

20. Quais são os sucos digestórios lançados no intestino delgado, qual a característica de
cada um deles e como se chama o local que os recebe?

21. Qual é a função do mesentério?

22. Como é dividido o intestino grosso e quais suas principais funções?

23. Qual é a finalidade do mesocolo sigmoide?

24. Fale sobre os omentos.

25. Diferencie digestão química de digestão mecânica.

26. Quais são as partes da digestão química? Comente cada uma delas.

27. Quais as ações dos hormônios na digestão, seu local de produção, órgão alvo e a fun-
ção de cada uma delas?

28. Explique as doenças e termos relacionados ao sistema digestivo:


Diarreia:
Constipação:
Impactação fecal:
Incontinência fecal:
Gastrostomia:
Nutrição parenteral (NP):
Disfagia:
Acalasia:
Odinofagia:
Pirose:
Refluxo:
Síndrome de vagotomia:
Xerostomia:

23
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 10 –SISTEMA ENDÓCRINO

Pesquise e responda.

1. O que são os neurotransmissores?

2. Cite quem secreta:


a. proteínas e polipeptídios:
b. esteroides:
c. derivados da tirosina:

3. Qual a função do sistema endócrino?

4. O que são hormônios?

5. Quais as principais glândulas endócrinas?

6. Quais as funções do hipotálamo e que hormônios ele produz?

7. Quais os hormônios produzidos na: (especifique também a função de cada um)


a. adeno-hipófise:
b. neurohipófise:
c. tireoide:
d. paratireoide:
e. suprarrenais córtex:
f. suprarrenais medulas:

8. O pâncreas é uma glândula mista. Quais hormônios são produzidos na porção endócrina?

9. Qual a importância das ilhotas de langerhans?

10. Qual a importância da insulina e do glucagon?

11. Qual a causa da diabetes tipo 1 e do tipo 2?

12. Quais os hormônios produzidos nas gônadas masculinas e nas femininas? De quais
hormônios elas sofrem influência?

13. Como funciona o ciclo menstrual?

24
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

14. Conceitue:
Diabetes:
Pancreatite:
Hipertireoidismo:
Hipotireoidismo:
Doença de Cushing:
Doença de Prolactinoma:
Hipopituitarismo:
Adenocarcinomas
Cetoacidose diabética:
Diabetes Insipidus:

25
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 11-SISTEMA RENAL

1. Quais são os órgãos do sistema urinário?

2. Quais as características dos rins?

3. O que são:
a. néfrons:
b. hilo renal: ureter
c. uretra:

4. Quais são as funções do rim?

5. O que é a bexiga? Qual sua função?

6. O detrusor pode ser dividido em duas porções com base nas diferenças regionais de
sua inervação simpática. Como seria essa divisão?

7. Comente sobre a inervação da bexiga.

8. Diferencie a uretra feminina da masculina.

9. O que é filtração glomerular?

10. O que é a taxa de filtração glomerular?

11. Onde exatamente é reabsorvida a água filtrada no rim?

12. Como acontece a reabsorção da glicose?

13. Quais as partes do néfron?

14. Cite o percurso de formação da urina.

15. Qual a composição da urina?

16. Qual a relação do rim com o controle da pressão?

26
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

17. Descreva como funciona o sistema renina-angiotensina-aldosterona.

18. Qual a relação do rim com a eritropoietina?

19. Conceitue:
Cistite:
Uretrite:
Nefrite:
Infecção urinária:
Insuficiência renal:
Doença renal crônica:
Cálculo renal:
Incontinência urinária:
Bexiga neurogênica:

27
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO N. 12 – SISTEMA HEPÁTICO

1. O que é o fígado? Quais as suas funções?

2. O que é metabolismo?

3. Descreva com poucas palavras o sistema porta (circulação hepática).

4. Qual é a função da célula Ito? E a da Kupffer?

5. O que é o espaço de Disse?

6. Como é feito o suprimento sanguíneo do fígado?

7. Fale sobre o metabolismo da bilirrubina:

8. Conceitue:
Icterícia:
Ascite:
Esteatose hepática:
Cirrose:
Hepatite:
Insuficiência hepática aguda:

28
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 13 – EXERCÍCIO SISTEMA HEMATOLÓGICO

1. Quais os elementos figurados do sangue e onde são produzidos?

2. Cite algumas funções do sangue.

3. Qual é a composição sanguínea? Conceitue cada componente.

4. Onde encontramos medula óssea vermelha? Quais as características dessa medula e


qual a sua função?

5. Como são formadas as hemácias (eritrócitos)?

6. Cite as características das hemácias, suas funções e suas alterações.

7. Explique sobre a cascata de coagulação.

8. Qual é a função do linfócito B e do linfócito T?

9. O que é resposta primária e resposta secundária?

10. Diferencie imunização passiva da ativa.

11. Conceitue:
Anemia:
Hemofilia:
Trombose:
Tríade de Virchow:
Mieloma múltiplo:
Plaquetopenia (incluir valores):
Neutropenia:
Anemia falciforme:
Coagulação intravascular disseminada (CID):
Púrpura trobocitopênica:
Hemoglobinúria:
Hemoglobinemia:
Hemólise:
29
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 14 – SISTEMA GENITAL

Pesquise e responda.

1. Quanto ao sistema reprodutor masculino, conceitue:


a. testículo:
b. epidídimo:
c. canal deferente:
d. ducto ejaculatório:
e. uretra:
f. pênis:
g. glande:
h. bolsa escrotal:
i. sêmen:

2. Quais as glândulas anexas do sistema reprodutor masculino? Qual a função de cada uma?

3. O que é espermatogênese?

4. Como funciona a regulação hormonal?

5. O que é uma célula de Sertoli? Qual sua função?

6. Quais as partes do espermatozoide? Comente cada uma delas.

7. Onde é maturado o espermatozoide e o que podemos comentar sobre esse processo?


(formação, amadurecimento, estocagem, maturação etc.).

8. Quais as funções da testosterona?

9. O que é vasectomia?

10. Quais os órgãos femininos?

11. Como funciona o ciclo menstrual?

12. Como se desenvolvem os ovários?

30
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

13. O que é nidação?

14. Comente o desenvolvimento embrionário.

15. Conceitue:
Vulvovaginite:
Síndrome do ovário policístico:
Endometriose:
Mioma uterino:
Candidíase:
Síndrome da tensão pré-menstrual (TPM):
Osteoporose:
Uretrite:
Orquite:
Prostatite aguda:
Balanopostite:
HPV:
Herpes:
Cancro mole:
Sífilis:
Disfunção erétil:
Varicocele:

31
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO N. 15 – SISTEMA NERVOSO

1. Quais as funções do sistema nervoso?

2. Qual é o único sistema que ele não controla?

3. Como é a divisão anatômica e funcional desse sistema?

4. Quais os órgãos do sistema nervoso central?

5. Como é dividido o cérebro e que estrutura encontramos?

6. O que é tálamo e quais as suas funções?

7. Para que serve o hipotálamo?

8. Fale sobre a hipófise.

9. Como é formado o tronco encefálico e qual a função de cada uma dessas estruturas?

10. Explique o que é arco-reflexo.

11. Cite alguns nervos cranianos e suas funções.

12. Qual a função do cerebelo?

13. Quais são e qual a função de cada uma das meninges? Descreva com detalhes cada
uma delas.

14. Diferencie substância branca de substância cinza.

15. O que é líquor? E qual sua função?

16. O que são as granulações aracnoideas?

17. O que são intumescências medulares?

18. Como é dividida a coluna?

32
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

19. Quais são os tipos de nervos?

20. Quais os tipos de sinapses?

21. O que são neurônios e como é sua estrutura?

22. Com relação às células da glia: o que são, quais são, qual sua função?

23. O que é a barreira hematoencefálica?

Conceitue:
AVC:
Epilepsia:
Esclerose múltipla:
Mal de Alzheimer:
Mal de Parkinson:
Paralisia de Bell:
Neuralgia do trigêmeo (tic douloureux):
Síndrome do túnel do carpo (STC):
Síndrome de Guillain-Barré:
Doença de Lyme:

33
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

RESPOSTA DO EXERCÍCIO 1 – ANATOMIA E FISIOLOGIA

Distúrbios hidroeletrolíticos
É a temática do equilíbrio hidroeletrolítico, que é um assunto que inclui a composição
da água no corpo nos compartimentos extracelular (intravascular + interstício) e o comparti-
mento intracelular (líquido dentro das células). É importante saber nesse tópico que o líquido
dentro das células é a maior parte de água do nosso corpo.
LIC – 70% da água do nosso corpo.
A distribuição dos eletrólitos no corpo é muito importante para nossas provas.
O líquido extracelular tem grandes quantidades de sódio e cloreto e o intracelular de
fosfato e de potássio.

Memorize isso:
Intracelular: potássio e fosfato
Extracelular: sódio e cloro

Para entender o balanço hídrico na aula de Procedimentos de Enfermagem, temos que


lembrar que a água do nosso corpo é adquirida por meio de ingestão de líquidos, água dos
alimentos e água liberada pela oxidação dos carboidratos e que a perdemos pela urina,
fezes, respiração e suor.
Esse conhecimento também é importante para entender a desidratação, sobrecarga
volêmica e distúrbios de eletrólitos.

Funções da água:
• Regular a temperatura corporal;
• Facilitar o metabolismo e o funcionamento químico;
• Dissolver substâncias;
• Facilitar a digestão e a eliminação;
• Ser meio de transporte de nutrientes, hormônios, enzimas e plaquetas.

A água é transportada entre os meios através da membrana celular.


Principais eletrólitos no corpo humano: sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloro, fos-
fato, sulfato e bicarbonato.
Os distúrbios hidroeletrolíticos ocorrem quando a pessoa perde grandes quantida-
des de líquidos e eletrólitos, como no suor excessivo, vômitos ou diarreias.
Os sintomas dos distúrbios hidroeletrolíticos dependem do tipo e das quantidades dos
eletrólitos em falta ou em excesso. Os eletrólitos mais importantes são o sódio e o potássio.

34
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

O sódio (Na) é o cátion predominante do líquido extracelular e é fundamental para


a manutenção do equilíbrio hídrico, enquanto o potássio (K) é o cátion predominante no
líquido intracelular.
Distúrbios renais que alterem a filtração ou a reabsorção da urina também podem
levar a desequilíbrios hidroeletrolíticos, como ocorre nos casos de insuficiência renal aguda
ou crônica. A maior gravidade nesse quesito é o acúmulo de potássio. Esse eletrólito em
excesso gera arritmias e paradas cardíacas. O tipo de alteração do ECG relacionado ao
excesso de potássio é elevação da onda T e alterações do QRS (maior quantidade de K).

Memorize!
Aumento de potássio gera arritmias e altera o ECG com elevação da onda T.

Hipovolemia
A hipovolemia, também conhecida como desidratação, é um estado de diminuição do
volume intravascular, e pode ser causada por vômitos e diarreia ou por sangramento.

Sinais e sintomas da hipovolemia


Primeiros sintomas: dor de cabeça, fadiga, fraqueza, sede e tontura.
Sintomas graves: associados ao choque hipovolêmico: oligúria (redução da diurese),
hipotensão, taquicardia, mãos e pés frios, tugor da pele diminuído, ausência de lágrimas e
alteração progressiva do estado mental.
Além disso, temos uma diminuição da Pressão Venosa Central (PVC) – que é a
pressão medida no átrio direito por um cateter central.

Atenção aos conceitos:


Oligúria: diurese < 400ml/24horas. Para o Brunner esse valor é < 500ml/24h. Anúria:
diurese < 100 ml/24h.

Diagnóstico da Hipovolemia
Baixa PA, redução da perfusão periférica (enchimento capilar diminuído maior que 2
seg), pele fria, seca e pálida. PVC diminuída.
Crianças e idosos são mais propensos à desidratação grave.

Tratamento da Hipovolemia
Reposição de líquidos com solução isotônica (preferência por ringer lactato).

Reposições de SF 0,9% em excesso pode gerar acidose hiperclorêmica


(caiu na prova da banca IBFC).

35
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Controle do peso e sinais vitais.


Oxigênio conforme necessário se queda de saturação.

Hipervolemia
A hipervolemia é o aumento anormal do volume de sangue de um indivíduo. A causa
mais comum é a hidratação em excesso, transfusão de sangue com volume maior que o
paciente consegue suportar e infusão de fluidos em alta velocidade.
Os pacientes que possuem problemas de base como insuficiência cardíaca, cirrose
hepática, aumento do hormônio aldosterona, terapia com corticoide e insuficiência renal têm
mais predisposição para hipervolemia.
Estudaremos o hormônio aldosterona (hormônio produzido pela suprarrenal) no capí-
tulo do sistema endócrino, ela serve para reter água e sódio e aumentar a pressão arterial.
É produzida mediante a estimulação do Sistema Renina Angiotensina Aldosterona (SRAA).
Esse sistema é muito importante para entender a ação dos anti-hipertensivos e a resposta do
nosso corpo quando há queda da PA.

Sinais e sintomas da hipervolemia


Retenção anormal de água (edema), jugular distendida, taquicardia, pressão arterial
(PA) aumentada, peso aumentado, dispneia, débito urinário aumentado, edema agudo de
pulmão (acúmulo de água no pulmão, por retorno de sangue do coração). Além disso, temos
um aumento da Pressão Venosa Central (PVC) – que é a pressão medida no átrio direito por
um cateter central.

Tratamento da hipervolemia
Interromper infusões, uso de diuréticos (furosemida) e restrição de líquido e sódio.

Atenção!

A furosemida é um diurético potente e ajuda na hipervolemia. Esse diurético age na


alça de Henle, e é muito cobrado em provas.

Débito Cardíaco (DC)


O volume de sangue existente no corpo humano corresponde a 7% a 8% do peso cor-
poral de cada pessoa.

O DC refere-se à quantidade de sangue ejetado pelos ventrículos por unidade de tempo,


conforme a fórmula DC = VS X FC, onde DC é o Débito Cardíaco, VS é o Volume Sistólico
e FC é a Frequência Cardíaca. O volume sistólico (VS) ou volume sistólico de ejeção é o
volume de sangue bombeado pelo ventrículo cardíaco esquerdo por batimento.

36
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

É muito importante entender o débito cardíaco, pois ele é parte da fórmula da PA


e é um dos parâmetros avaliados com o cateter de Swan-ganz nos pacientes na UTI
hemodinamicamente instáveis.

DC = FC X VS

DC – débito cardíaco

FC – frequência cardíaca VS – volume sistólico


O volume sistólico é influenciado pela pré-carga (retorno venoso, tônus muscular
periférico e volemia), contratilidade cardíaca e pós-carga (resistência vascular periférica
e complacência da aorta).
A FC é variável ao longo do dia e é influenciada pelo sistema nervoso simpático
(adrenalina) e pode ser alterado por vários fatores como estresse, exercício físico febre
e uso de medicação.

A pressão arterial é a pressão exercida pelo sangue dentro da artéria, com a força
proveniente dos batimentos cardíacos. Quanto mais sangue for bombeado do coração por
minuto, maior será esse valor, que tem dois números: um máximo, ou sistólico, e um mínimo,
ou diastólico.
A PA é expresso em milímetros de mercúrio (mmHg), são correspondentes à pressão
arterial sistólica (PAS) e à pressão arterial diastólica (PAD).
A fórmula da PA = DC X RVP.

DC – débito cardíaco

RVP é a resistência vascular periférica (resistência imposta pelos vasos sanguí-


neos ao fluxo de sangue).

Veremos com detalhes no sistema cardiovascular cada item da PA e do DC.

37
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Eletrólitos Sódio Potássio Cálcio Magnésio Bicarbonato Fosfato

Representa-
Na+ K+ Ca++ Mg++ HCO3- PO4
ção

h ip er na tr e - hipercalce- hipermagne- hiperfosfa-


Excesso hiperkalemia
mia mia semia temia

hipomagne- hipofosfa-
Perda hiponatremia hipokalemia hipocalcemia
semia temia

Atividade Manter equi- Bom fun-


Função Condução Impulso Formação
enzimática líbrio cionamento

e neuroquí- neural e
elétrica elétrico ossos ácido base
mica, muscular

excitabili-
contração Coagulação
dade

muscular sangue muscular

Entrada /
contração
saída

H2 O muscular

Maior no
extra intra extra intra extra intra
meio

Valor
135 a 145 3,5 a 5,5 8,5 -10,2 1,5 a 2,5 22 a 26 2,5 a 4
normal

Obs.: O calemia está com k para ajudar na associação com o íon correto.

Cuidado com o termo HIPOCALEMIA (redução do K) para não confundir com HIPO-
CALCEMIA (redução do cálcio)

38
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Sinais do déficit do Sinais de excesso Tratamento


Tratamento déficit
eletrólito do eletrólito excesso
Mucosa seca, cefa- Manifestações neu-
leia, diminuição da Repor sódio, rológicas, inquieta- Reduzir o sódio,
PA, tugor diminu- Hidratação venosa ção, edema, hipo- SG 5%,
Sódio
ído. ou oral depen- tensão postural, NÃO usar soro
Se redução rápida dendo do grau. fraqueza muscular fisiológico.
edema cerebral. e sede.
ECG,
Parada cardíaca, Parada cardíaca,
Repor potás- restrição de potás-
fadiga, anorexia, fraqueza muscular,
sio (oral ou IV), sio, gluconato de
Potássio cãibras, disritmias, condução ventricu-
aumentar a inges- cálcio IV
força muscular lar lenta, náusea e
tão na dieta. Solução polarizante
diminuída. diarreia.
(glicose+insulina)
Constipação,
Confusão, coma, anorexia, náusea, Remover a causa,
Repor sais de
parestesia, cãibra, vômito, poliúria, corrigir desidrata-
cálcio oral, ECG,
convulsão, hipoten- polidipsia, desidra- ção com SF 0,9%,
Cálcio Usar magnésio,
são, arritmia, PCR, tação, fraqueza diuréticos,
Gluconato de cálcio
náusea, vômitos e muscular e PCR, monitorar debito
IV lento.
poliúria. insuficiência renal urinário.
aguda.
Depressor do SNC
Náuseas, sedação,
Anorexia, náusea,
hiperventilação,
vômito, parestesia, Dieta rica em mag-
acidose respirató- Suspender magné-
cãibras muscula- nésio, administrar
Magnésio ria, redução refle- sio, infundir cálcio,
res, irritabilidade, Mg IV ou oral (diar-
xos tendinosos, Hemodiálise.
tremor, ataxia e reia).
fraqueza muscular,
convulsões.
parada
respiratória.
Doenças ósseas, Infundir cálcio, SF,
Lesões muscula-
metabólicas, depó- diuréticos,
res, insuficiência Reposição suple-
Fósforo sito de fosfato de Bicarbonato (ajuda
respiratória, doen- mento.
cálcio em tecidos na excreção do P)
ças ósseas.
moles. Uso de vitamina D.

39
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Exercícios – Introdução a Anatomia e Fisiologia

1. Qual a diferença de anatomia e fisiologia?

A Anatomia estuda a localização dos órgãos.


Nessa disciplina incluem os seguintes aspectos: planos anatômicos, posição anatô-
mica, divisão dos órgãos por sistemas.
A Fisiologia envolve a interação para formar sistemas e a interação dentro desses sis-
temas para formar o corpo humano. Está relacionada com a função dos órgãos integrados.

2. Preencha a tabela abaixo sobre os planos anatômicos:

Plano Divisão do corpo em:

direita e esquerda, mas que pode


Sagital
ser igual ou diferente

Mediano direita e esquerda de forma igual

Transverso ou horizontal ou axial para cima(cefálica) ou para baixo

(caudal)

Frontal ou coronal anterior e posterior

Oblíquo mistura dos planos anteriores

3. Descreva a posição anatômica:

O corpo deve está em posição ortostática, com a face voltada para frente, olhar
dirigido para o horizonte, os membros superiores estendidos ao longo do tronco (mais
fechado, em adução), com as palmas voltadas para frente, e os membros inferiores
unidos (também em adução).

4. Quais as possíveis divisões do abdome?

Pode ser feita de duas formas: em nove ou em quatro partes.

40
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Imagine que essa tabela a seguir é o abdome. Coloque o nome das partes relacionadas
à divisão:

Hipocôndrica direita Epigástrica Hipocôndrica esquerda


Flanco direito Mesogástrica Flanco esquerdo
Fossa ilíaca direita Hipogástrica Fossa ilíaca esquerda

5. O ponto de McBurney, que é usado para fazer o teste de Blumberg (apendicite) se lo-
caliza em qual quadrante do abdome? Ponto situado entre o umbigo e a espinha ilíaca
antero-superior (quadrante inferior direito).

6. O sinal de Murphy que verifica a colecistite (infecção na vesícula biliar), se localiza em


qual quadrante?

Dor à palpação do hipocôndrio direito durante a inspiração.

7. Qual o quadrante se localiza o sigmoide?

Quadrante inferior esquerdo localizamos o sigmoide além de parte do cólon descen-


dente e o ureter esquerdo.

Exercícios do Sistema Tegumentar

8. A Sociedade Brasileira de Dermatologia divide a pele em quantas e quais camadas?

A pele é dividida em 3 camadas.

9. Descreva ao lado da tabela quais as funções de cada camada e quais as suas parti-
cularidades:

Nome da Camada daPele Particularidades: função e tipos


Barreira protetora.
Queratinócitos, melanócitos, células de Langehrans,
Epiderme
células de Merkel
Não vascularizada – recebe nutrientes por difusão.
Derme Força e elasticidade à pele.
Isolamento térmico
Hipoderme Proteção da pele contra choques mecânicos e iso-
lante térmico.

10. Qual a única vitamina produzida pelo corpo e qual seu papel?

41
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

O corpo humano produz a vitamina D, e ela é importante para absorção do cálcio,


além de estar envolvida em várias funções do sistema imunológico, digestivo, circulatório
e nervoso.

11. A epiderme tem vasos sanguíneos? Explique como ela recebe os nutrientes.

Na epiderme não há vasos sanguíneos, os nutrientes e oxigênio chegam à epiderme


por difusão a partir de vasos sanguíneos da derme.

12. Quais os receptores que temos na pele e os seus respectivos nomes? Descreva na
tabela abaixo (p. 47 do PDF 1):

Nome do receptor Função

Receptores de Krause Frio

Receptores de Ruffini Calor

Discos de Merkel Tato e pressão

Receptores de Pacini Pressão

Receptores de Meissner Tato

Terminações nervosas livres Principalmente dor

13. Que tipo de células encontramos na epiderme e qual a função de cada uma
delas?

Célula Função

Estão localizadas entre os queratinócitos, em toda a


Langerhans epiderme,
porém, são mais frequentes na camada espinhosa.
Estão presentes nas camadas basal e espinhosa, com
prolongamentos dentríticos dirigidos para a superfície
Melanócito
da epiderme. No seu interior ocorre a síntese da mela-
nina, pigmento de cor marrom escura.
Célula epidérmica modificada, localizada na camada
basal, e geralmente presentes na pele espessa.
Merkel
A base desta célula está em contato com terminações
nervosas e, por isso, é tida como mecanorreceptor.

São as células mais numerosas da epiderme.


Queratinócito
Responsável pelo processo de queratinização.

42
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

14. Quais são as camadas da epiderme?

Camadas Característica

Camada mais externa da epiderme. Células mortas, sem núcleos e acha-


Estrato córneo tadas.
Grande quantidade de queratina.
É mais evidente na pele espessa (palmas das mãos e na planta dos pés).
Estrato lúcido
Camada de células achatadas, eosinófilas e translúcidas.
Estrato Formado por camadas de células poligonais achatadas.
granuloso Vão dar origem à queratina.
Células cuboides, pouco achatadas e com núcleo central.
Apresentam projeções citoplasmáticas com filamentos de queratina
(tonofilamentos), os quais mantêm as células unidas devido à presença
dos desmossomos. Todo esse arranjo confere um aspecto espinhoso a
Estrato
esse estrato.
espinhoso

Atenção!
Existe uma doença chamada epidermólise bolhosa que ocorre quando há
lesão nesses desmossomos. É uma doença genética.
Estrato germinativo ou
Camada mais profunda da epiderme e em contato com a derme.
basal

15. Qual célula produz o colágeno e em que camada ele é mais presente?

Os fibroblastos encontrados na derme produzem o colágeno.

16. Onde encontramos epitélio estratificado, simples e de transição? O que os diferencia?

Encontramos epitélio estratificado no tecido epitelial da pele, o simples podemos encon-


trá-lo revestindo os órgãos e o de transição, em regiões como a do colo do útero.
Epitélio Simples: formado por uma única camada de células; Epitélio Estratificado:
possui mais de uma camada de células; Epitélio de Transição: a forma original das células
é cúbica, mas ficam achatadas devido ao estiramento provocado pela dilatação do órgão.

17. Quais os anexos da pele?

Pelos, glândulas e unhas.

43
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

É importante entender o epitélio do colo do útero! A parte externa do colo do útero


tem o epitélio estratificado para proteção da acidez vaginal, mas o epitélio interno do colo
(endocérvice) é simples. O encontro desses dois epitélios é chamado de junção escamo-
colunar (JEC). Nesse local é onde ocorre a maioria dos cânceres de colo do útero.

18. Quais os tipos de glândulas, como elas se subdividem, onde podemos encontrá-las e o
que elas produzem?

Glândulas sudoríparas:

1. Écrinas: dispostas por toda a superfície do corpo humano e responsáveis pela produ-
ção de suor e temperatura do corpo; e

2. Apócrinas: essas glândulas são encontradas nas axilas e próximas à área genital.
Responsáveis pelo odor causado pelo suor.

Glândulas Sebáceas: substância oleosa (sebo), que lubrifica e protege a pele. Local:
rosto e couro cabeludo.

Se liga!
Na questão abaixo falaremos sobre a HIPODERMÓCLISE, esse assunto tem sido
cada vez mais cobrado nas provas. Entender o funcionamento do tecido subcutâneo é
importante para compreensão desse procedimento de enfermagem.

19. O tecido subcutâneo pode receber a infusão de fluidos de forma contínua como soro
fisiológico? Qual o volume máximo que pode ser recebido em cada área do corpo?
(pesquise sobre hipodermóclise antes de responder)

A via subcutânea é indicada como via de segunda opção para a administração de fár-
macos de forma contínua ou intermitente nos pacientes em cuidados paliativos ou idosos
com dificuldade de acesso venoso que não podem utilizar a via oral.
Essa técnica é chamada de hipodermóclise. É segura e simples.
Pode ser administrado fármacos como: furosemida, tramadol, morfina, Ondansetrona,
escopolamina, dentre outros.
Não podem ser utilizados: Diazepam, fenitoína e eletrólitos não diluídos.

44
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Volume e velocidade de infusão limitados até 1500 ml/24h por sítio de punção. O
volume máximo depende do sítio.

<https://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2016/06/uso-da-via-subcutanea-geriatria-
cuidados-paliativos.PDF>.

Composição da hipoderme:
A hipoderme é composta, predominantemente, de tecido adiposo organizado em lóbu-
los que variam de tamanho e que são separados entre si por uma rede de septos fibrovas-
culares de tecido conjuntivo que compõem a maior parte da matriz extracelular (MEC).

45
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Absorção dos medicamentos pela via subcutânea:


A absorção de medicamentos por via SC depende dos capilares sanguíneos e linfáti-
cos presentes nos septos da hipoderme. A MEC é considerada a primeira barreira para essa
absorção e confere estrutura mecânica (força, hidratação, condutividade hídrica) ao tecido
pela presença de moléculas de colágeno. O principal componente regulador de fluidos na
MEC é o ácido hialurônico, de carga negativa. Ele limita a capacidade do tecido subcutâneo
de receber volumes de fluido e transportar moléculas para a corrente sanguínea.

Limitador de absorção: ácido hialurônico. Pode ser usada a enzima que degrada
(hialuronidase) para aumentar a velocidade de absorção de medicamentos.

Processo de transporte dos medicamentos por essa via:


O processo de transporte de um fármaco para os capilares sanguíneos é denomi-
nado difusão simples. Depende do gradiente de concentração existente entre o depósito
do fármaco (o local da injeção) e o plasma. Essa difusão é também limitada pela solubi-
lidade do líquido injetado no tecido intersticial, que é gorduroso, e favorece a difusão de
moléculas lipofílicas.

Vale notar que fatores fisiológicos individuais, como vasoconstrição, hipoperfusão e


atrofia capilar – consequências de doenças que acometem pacientes idosos e na fase final
da vida – interferem no processo de transporte do fármaco para a circulação.

O transporte de fluidos ocorre de maneira mais complexa e por via linfática. A


pressão intersticial é dependente de vários fatores: composição da MEC, densidade celular,
pressão sanguínea, metabolismo tecidual, estado de hidratação e até mesmo exercício físico.

Fatores que alteram a absorção:


– Fluxo sanguíneo no local da aplicação e a profundidade do tecido subcutâneo.
– A profundidade de inserção do cateter e a presença de atrito ou calor também modi-
ficam a absorção.
– Fatores teciduais, como a ligação do medicamento a moléculas intersticiais e o perfil
de catabolismo do tecido subcutâneo.
– Aspectos farmacotécnicos podem interferir na velocidade de absorção de partícu-
las, como alteração do pH, adição de complexo proteico e variações no tamanho da
partícula.

46
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Resposta Sistema Esquelético

1. O que são ossos?

São órgãos esbranquiçados, duros, que se unem por intermédio das articulações para
constituírem o esqueleto.

2. Qual a função do sistema esquelético e como ele se divide?

• Sustentação do organismo (apoio para o corpo).


• Proteção de estruturas vitais (a caixa torácica protege os pulmões e o coração e
crânio protege o cérebro).
• Base mecânica para o movimento.
• Armazenamento de sais (cálcio e fosfato).
• Hematopoiética: a medula óssea produz as células do sangue (suprimento contínuo
de células sanguíneas novas).

Se divide em: Esqueleto Axial, divisão composta pelos ossos da cabeça, pescoço e do
tronco, e Esqueleto Apendicular, composto pelos membros superiores e inferiores.

3. Conceitue cartilagem.

Forma elástica de tecido conectivo semirrígido que forma as articulações. A cartila-


gem não possui suprimento sanguíneo próprio, suas células obtêm oxigênio e nutrientes
por difusão. Ela é responsável pela comunicação dos ossos entre si e por não existir
atrito e desgaste ósseo.

4. Como acontece a irrigação óssea?

Canais de Volkman (perpendiculares aos Canais de Havers) e canais de Havers


(sentido longitudinal).

5. Diferencie osteoblasto, osteócito e osteoclastos.

47
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Osteoblastos: sintetizam a parte orgânica da matriz óssea, e conforme os osteo-


blastos vão sintetizando os elementos da matriz óssea, vão ficando cada vez mais envolvidos
pela matriz. Neste ponto, diminuem a sua atividade sintética e passam a ser chamados
de osteócitos.

Osteócitos: encontrados nas lacunas, sua função é agir diretamente na manuten-


ção da matriz.

Osteoclastos: os osteoclastos participam dos processos de absorção e remodela-


ção do tecido ósseo. Dilatações dos osteoclastos, através da sua ação enzimática, esca-
vam a matriz óssea, formando depressões conhecidas como lacunas de Howship.

ATENÇÃO: A matriz óssea é composta por uma parte orgânica e inorgânica. A parte
orgânica é constituída por fibras colágenas, proteoglicanos e glicoproteínas, enquanto a parte
inorgânica é composta por íons de fosfato e cálcio, além de outros íons em menor quanti-
dade, como o bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e citrato.

48
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Sintetizam a parte orgânica da matriz óssea;


Concentram fosfato de cálcio, participando da
Osteoblastos
mineralização da matriz.
Dão origem aos osteócitos.

Osteócitos Nutrição e manutenção da integridade óssea.

Função de absorção e remodelação do tecido ósseo.


São células gigantes e multinucleadas.
Osteoclastos
Derivadas de monócitos que atravessam os capilares
sanguíneos.

6. Diferencie medula vermelha e medula amarela.

Medula Vermelha: formadora de células do sangue e plaquetas (tecido reticular ou


hematopoiético), constituída por células reticulares associadas a fibras reticulares.

Medula Amarela: constituída por tecido adiposo (não produz células do sangue).

ATENÇÃO: No recém-nascido, toda a medula óssea é vermelha. Já no adulto, a


medula vermelha fica restrita aos ossos chatos do corpo (costelas, ossos do crânio), às
vértebras e às epífises do fêmur e do úmero (ossos longos). Com o passar dos anos, a
medula óssea vermelha presente no fêmur e no úmero se transforma em amarela.

7. Classifique os ossos quanto a sua forma e os conceitue, com poucas palavras.

Longo: Tem o comprimento maior que a largura. Ex.: fêmur.

Curto: seus comprimentos são praticamente iguais às suas larguras. Ex.: ossos do carpo.

Plano: finos e compostos por duas lâminas paralelas de tecido ósseo compacto. Ex.: frontal e parietal.

Alongado: São ossos longos, porém achatados e não apresentam canal central. Ex.: costelas.

Pneumático: ossos ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas por mucosa. Ex.: esfenoide (face).

Irregular: formas complexas e não podem ser agrupadas em nenhuma das categorias prévias. Ex.: vértebras.

Sesamoide: presentes no interior de alguns tendões em que há considerável fricção, tensão e estresse físico.
Ex.: patela.

Sutural: pequenos ossos localizados dentro de articulações. Ex.: crânio, entre os ossos maiores.

49
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Atenção! O osso Pneumático fornece leveza ao crânio, o osso longo produz as


células do sangue.

8. Relacionados aos ossos longos, diferencie: diáfise, epífise e metáfise.

Parte Localização Característica

Extremidades alargadas de um
osso longo. Articula, ou une,
a um segundo osso, em uma
Epífise Extremidade do osso
articulação. Consiste de uma fina
camada de osso compacto que
reveste o osso esponjoso.

É a haste longa do osso, cons-


tituída principalmente por tecido
Diáfise Meio do osso ósseo compacto, proporcionando,
considerável resistência ao osso
longo.

Faz a ligação entre a epífise e a


Parte dilatada da diáfise mais pró-
Metáfise diáfise. É a parte dilatada da diá-
xima da epífise.
fise mais próxima da epífise.

9. Com base na configuração interna dos ossos, o que é:

Tecido ósseo compacto: Contém poucos espaços em seus componentes rígidos. Dá proteção e suporte e
resiste às forças produzidas pelo peso e movimento. Encontrados geralmente nas diáfises.
Tecido ósseo esponjoso: Constitui a maior parte do tecido ósseo dos ossos curtos, chatos e irregulares.
A maior parte é encontrada nas epífises.

10. Qual a finalidade dos discos intervertebrais?

50
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Fundamental na sustentação da coluna vertebral, tendo como função primária a absor-


ção de impactos e distribuição de cargas. O disco também tem como função manter as
vértebras unidas, fazendo assim a função de um ligamento.

Atenção!
Quando o disco é deslocado para o espaço medular e comprime as raízes nervo-
sas, chamamos de hérnia de disco, o que gera dor no trajeto do nervo atingido. É muito
comum ocorrer nos espaços lombares, causando dor no trajeto do nervo ciático.

11. O que são articulações?

São responsáveis por muitos movimentos que realizamos. Elas conectam os


ossos do esqueleto aos outros ossos e cartilagens. Ex.: joelhos, cotovelos, punhos,
tornozelos, ombros.

51
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

A articulação é o ponto de encontro entre os ossos, possibilitando os movimen-


tos do corpo.

12. Diferencie periósteo e endósteo.

Periósteo é uma membrana fina que reveste o osso.

Endósteo é um fino revestimento que envolve a cavidade medular.

13. Como se recompõe um osso após a fratura? Quais as fases de cicatrização dos ossos?
Quando o osso quebra, ocorre um vazamento de sangue, tanto dessa peça do esque-
leto como do tecido ao redor, formando um hematoma. Esse sangue traz substâncias infla-
matórias que estimulam as células que trabalharão na regeneração óssea. A consolidação de
fratura é um processo que resulta na reconstituição do tecido lesado em outro semelhante à
sua forma original, e ocorre em quatro fases intimamente integradas e sequenciais:

1) hematoma – coagulação sanguínea para cessar o sangramento inicial;

2) inflamatória – durante a qual o tecido necrótico é removido;

3) reparatória – quando há rápida síntese de nova matriz; e

4) remodelação – na qual a desorganizada matriz da fase de reparo sofre processo de maturação, transfor-
mando-se em estrutura compacta e funcionalmente eficiente.

14. É possível a punção intraóssea pelo enfermeiro? Temos Resolução do COFEN que
trata desse assunto?

52
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

No âmbito da equipe de enfermagem, é privativo do Enfermeiro a realização da punção


intraóssea, em situações de urgência e emergência, na impossibilidade de obtenção do
acesso venoso periférico.

Resolução COFEN N. 648/2020.

15. Quais os locais de punção intraóssea no adulto e na criança?

No adulto, existem mais opções de sítios anatômicos de punção, como, por exemplo,
a tíbia proximal e distal, a cabeça do úmero e o esterno.

Na criança, o sítio anatômico preferido para a punção intraóssea é a tíbia proximal,


abaixo da tuberosidade da tíbia.

Obs.: Outras localizações, como crista ilíaca e fêmur distal, são descritos na literatura; contudo,
os sítios anatômicos mais comumente utilizados são os descritos acima, cujos dispositi-
vos e agulhas são específicos para cada local escolhido e idade do paciente.

16. Existe diferença de absorção no acesso endovenoso e intraósseo?

Em geral, não existe diferença entre a absorção óssea e venosa. Tendo a mesma bio-
disponibilidade dos medicamentos, ou seja, utiliza-se a mesma dose das medicações da
via endovenosa. Todos os medicamentos usados nas emergências podem ser feitos pela
via intraóssea.
Essa é uma via de emergência como 2ª opção, quando o acesso venoso não é possível,
pode ser usada para coletar exame de sangue e para administrar fluidos e medicamentos.

17. Pesquise o que significa as seguintes doenças ósseas:


É muito importante já ir criando familiaridade com os termos da clínica médica
associada aos nossos assuntos de anatomia e fisiologia.

Osteomielite: infecção óssea geralmente causada por bactérias, micobactérias


ou fungos.

53
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Osteopetrose: recebe o nome de osso de pedra. É "doença esquelética marmórea",


um termo descritivo que se refere a um grupo de doenças hereditárias raras do esqueleto
caracterizadas por densidade óssea aumentada na radiografia.
Osteoporose: caracterizada pela diminuição progressiva da densidade óssea e
aumento do risco de fraturas. Muito comum em idosos, principalmente mulheres após
a menopausa.
Osteogênese imperfeita: recebe o nome de ossos de vidro, doenças hereditárias
caracterizadas por ossos frágeis que se quebram com facilidade. A osteogênese imperfeita
é causada por genes defeituosos que afetam o modo como o corpo produz colágeno, uma
proteína que ajuda a fortalecer os ossos.
Osteossarcoma: Tipo de câncer ósseo que começa nas células formadoras dos
ossos. O osteossarcoma costuma ocorrer nos ossos longos que compõem os braços e as
pernas, embora possa se desenvolver em qualquer osso. Tende a ocorrer em crianças e
adultos jovens.
Os sintomas incluem dor e inchaço ósseos localizados.
O tratamento normalmente envolve cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

18. Faça um esquema dos tipos de fraturas:

54
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

RESPOSTA DO EXERCÍCIO 4 – SISTEMA MUSCULAR

1. O que são músculos esqueléticos, lisos e cardíacos?

Forma de ação: voluntária (músculos esqueléticos- membros superiores, inferiores);


involuntária (músculos lisos: vasos sanguíneos fazendo vasodilatação e vasoconstrição,
movimentos peristálticos da digestão).
Músculos esqueléticos: São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais
articulações e, pela sua contração, são capazes de transmitir-lhes movimento.

O músculo possui células especializadas denominadas fibras musculares, cuja ener-


gia latente é controlada pelo sistema nervoso. Para que ocorra o movimento, o cérebro pre-
cisa ter enviado a informação para o músculo por meio do neurônio. Assim, há interrelação
do sistema nervoso, tanto somático quanto o visceral autônomo, que vai atuar por meio dos
sistemas simpático e parassimpático de maneira involuntária.
Atenção, para que ocorra contração muscular, é necessário informação do sistema ner-
voso na placa motora.
Os músculos são capazes de transformar energia química (do ATP) em
energia mecânica.
O músculo cardíaco é diferente de todos os outros, pois é autoexcitável, involuntário
e estriado.

Músculo esquelético Músculo liso Músculo cardíaco

Imagem

Controle nervoso (mobi-


lização voluntária, Voluntário Involuntário Involuntário
Involuntária)?
Tipo de contração Rápida Lenta Rápida
Por todo o corpo atraves-
sando cada articulação, Vísceras, vasos Sanguí-
Somente no Coração
Onde se localizam representando cerca neos, vagina, esfíncter
(Miocárdio)
de 40% da composição interno, pupila
corporal

Tipo de fibra
Estriada Fusiforme Estriada
muscular

Forma da fibra Alongada ou


Cônica Ramificada
muscular cilíndrica

55
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Revestimento Túnica
Fáscia musculares Pericárdio
externo adventícia

Nome do Flexão/extensão
peristaltismo Sístole/diástole
movimento Adução/ abdução

2. Quais as funções dos músculos?

a. Produção dos movimentos corporais.


b. Estabilização das posições corporais.
c. Regulação do volume dos órgãos.
d. Movimento de substâncias dentro do corpo.
e. Produção de calor e manutenção da temperatura corporal.

3. Quais os músculos da respiração? Descreva quais são usados na inspiração e quais


são usados na expiração.

Para que esses movimentos ocorram, é fundamental a participação dos músculos in-
tercostais, que interligam as costelas, e do diafragma.

Expiração: a expiração em condições de repouso é passiva. Ocorre o relaxamento do


diafragma. Na expiração forçada é necessário o trabalho muscular dos Intercostais Inter-
nos e dos Músculos Abdominais.
Na inspiração: diafragma e intercostais externos.

Como os músculos inspiratórios aumentam o volume da caixa torácica, os pulmões se


expandem e a pressão em seu interior diminui, ficando menor do que a pressão atmosférica,
e o ar entra nos pulmões. Na inspiração, os pulmões apresentam pressão negativa (menor
do que a pressão atmosférica) e o ar ambiente apresenta pressão positiva (maior do que a
pressão intrapulmonar). Por isso o ar consegue entrar nos pulmões.

4. Quais são os músculos acessórios da respiração? Em que problemas respiratórios usa-


mos os músculos acessórios?

Músculos Acessórios: músculos auxiliares da respiração, utilizados somente em


inspirações forçadas ou quando a pessoa está em sofrimento respiratório. (DPOC, asma,
insuficiência respiratória).
Os músculos acessórios principais são o Esternocleidomastóideo, os Escalenos
(Anterior, Médio e Posterior), o Peitoral Menor e o Serrátil Anterior. Estes músculos ficam
inseridos no esterno (no caso do esternocleidomastóideo) ou nas costelas superiores (esca-

56
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

lenos, elevam a caixa torácica, gerando um aumento significativo do volume peitoral menor
e serrátil anterior) e durante o esforço respiratório apical dos pulmões.

5. Classifique os músculos: quanto à situação, à forma, à disposição das fibras e à função.

Quanto à Situação:

I. Superficiais: estão logo abaixo da pele. Estão localizados na cabeça (crânio e face),
no pescoço e na mão.

II. Profundos: estão localizados abaixo da fáscia superficial. Na maioria das vezes, inse-
rem-se em ossos.

Quanto à Forma:

I. Longos: são encontrados especialmente nos membros. Os mais superficiais são os


mais longos, podendo passar duas ou mais articulações.

II. Largos: caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas paredes das gran-
des cavidades (tórax e abdome).

III. Curtos: encontram-se nas articulações cujos movimentos tem pouca amplitude.

Quanto à Disposição da Fibra

I. Reto: paralelo à linha média.

II. Transverso: perpendicular à linha média.

III. Oblíquo: diagonal à linha média.

Quanto à Função: É a classificação que mais aparece em prova.

I. Agonistas: são os músculos responsáveis pelo movimento. Fazem o movimento de


forma principal.

II. Antagonistas: fazem o movimento contrário. Para que consiga fazer o movimento, os
antagonistas precisam estar relaxados.

III. Sinergistas: auxiliam o movimento principal.


57
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

IV. Fixadores: estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais eficien-
temente. Estabilizam a parte proximal do membro quando se move a parte distal.

6. Cite características específicas da musculatura cardíaca (funcionamento, nome da es-


trutura e partes destas, como funciona sua parte elétrica).

Apresenta miócitos estriados. Esse tecido ocorre apenas no coração e apresenta


contração independente da vontade do indivíduo (contração involuntária). No músculo car-
díaco, essa contração é vigorosa e rítmica. Essas células musculares são menores e rami-
ficadas, intimamente unidas entre si por estruturas especializadas e típicas da muscu-
latura cardíaca: os discos intercalares, que fazem a conexão elétrica entre todas as células
do coração. Assim, se uma célula recebe um estímulo suficientemente forte, ele é transmitido
a todas as outras células e o coração como um todo se contrai. A descarga elétrica se inicia
antes de cada batimento cardíaco e origina-se no marcapasso natural do coração, chamado
de nó sinusal ou sinoatrial, situado na parede do átrio direito.
A frequência da descarga elétrica é influenciada pelos impulsos nervosos e pelos níveis
de hormônios que circulam na corrente sanguínea.

Camadas do coração:

1. Epicárdio é a camada externa do coração, uma delgada lâmina de tecido seroso, contí-
nuo, a partir da base do coração, com o revestimento interno do pericárdio, denominado
camada visceral do pericárdio seroso.

58
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

2. Miocárdio é a camada média e a mais espessa do coração, composto de músculo es-


triado cardíaco.

3. Endocárdio que é a camada mais interna do coração, é uma fina camada de tecido
composto por epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de tecido conjuntivo. A
superfície lisa e brilhante permite que o sangue corra facilmente sobre ela. O endocár-
dio também reveste as valvas.

7. Como funciona a contração do músculo liso e a do músculo esquelético?

Músculo esquelético: Cada fibra muscular possui um filamento de actina (fino) e outro
de miosina (grosso). A fibra de actina desliza sobre a fibra de miosina para proporcionar a
contração. A contração é esse deslizamento entre as fibras de actina sobre a miosina, esti-
mulados pelo nervo motor que liberou a acetilcolina. Além disso, a contração depende do
potencial de ação que é gerado pela movimentação do cálcio.

Para provas de concursos, você precisa saber que a contração do músculo liso e esque-
lético é diferente, mas para sua curiosidade, verifique o porquê dessas diferenças.
Isso foi cobrado na prova do CESPE!

Considerações do Guyton sobre a contração os músculos lisos:


O arranjo físico interno das fibras musculares lisas é diferente. Os músculos lisos podem
ser divididos em dois grandes tipos:

1. Músculo liso multiunitário: fibras musculares separadas. Cada fibra opera indepen-
dentemente das outras e, com frequência, é inervada por uma só terminação nervosa,
como ocorre com as fibras musculares esqueléticas. Cada fibra se contrai independen-
temente das outras, e o controle é exercido principalmente por sinais nervosos.

59
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Ex.: músculo ciliar do olho, o músculo da íris do olho e os músculos piloeretores que
causam a ereção dos pelos quando estimulados pelo sistema nervoso simpático.

2. Músculo liso unitário (ou de unidade única): chamado de músculo liso sincicial ou
músculo liso visceral. Unitário significa massa de centenas a milhares de fibras muscu-
lares lisas que se contraem ao mesmo tempo, como uma só unidade. A força gerada
em uma fibra muscular pode ser transmitida à seguinte. Além disso, as membranas
celulares são ligadas por muitas junções comunicantes pelas quais os íons podem fluir
livremente de uma célula para a seguinte, de forma que os potenciais de ação ou o sim-
ples fluxo de íons, sem potenciais de ação, podem passar de uma fibra para a seguinte
e fazer com que se contraiam em conjunto. Ex.: paredes da maioria das vísceras do
corpo, incluindo o trato gastrointestinal, os duetos biliares, os ureteres, o útero e muitos
vasos sanguíneos.

(Caiu na prova se a contração do músculo liso era igual ao do músculo esquelético –


resposta falsa)
O músculo liso contém filamentos de actina e de miosina, com características quími-
cas semelhantes às dos filamentos de actina e miosina do músculo esquelético, mas não
contém o complexo de troponina normal que é necessário para o controle da contração do
músculo esquelético.

60
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

61
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

8. Qual a relação do sistema nervoso com o sistema muscular? Descreva a placa motora.

Baixa energia necessária para manter a contração do músculo liso.


Lentidão do início da contração e do relaxamento do tecido muscular liso total.
A força máxima da contração geralmente é maior no músculo liso
do que no músculo esquelético.

O sistema nervoso central não estimula o início do batimento cardíaco, mas pode
aumentar ou diminuir as vezes que o coração bate (ou seja, a frequência cardíaca por meio
do sistema parassimpático (nervo vago) ou estimulação simpática (noradrenalina)).
Placa motora: Essa placa é a interrelação entre o axônio do neurônio e as fibras mus-
culares esqueléticas. O axônio libera acetilcolina, que é um neurotransmissor que fará a
liberação do cálcio nos retículos sarcoplasmáticos, gerando o movimento da actina sobre a
miosina. Assim, o sistema nervoso controla os movimentos voluntários por meio da libera-
ção da acetilcolina, que virá pelo neurônio até seu axônio (final do neurônio) para que ocorra
a contração muscular.
Inervação dos músculos lisos: Os axônios que inervam as fibras musculares lisas
não apresentam a ramificação típica e as terminações do tipo que ocorrem na placa motora
nas fibras musculares esqueléticas. Nas fibras lisas, a maioria dos terminais axonais finos
apresenta múltiplas varicosidades, distribuídas ao longo de seus eixos. Nesses pontos, as
células de Schwann que envelopam os axônios são interrompidas para que a substância
transmissora possa ser secretada através das paredes das varicosidades.

62
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

9. Conceitue em poucas palavras:


a. ventre muscular: é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras muscula-
res que se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção carnosa).
b. tendão: é um elemento de tecido conjuntivo, ricos em fibras colágenas e que serve
para fixação do ventre no ossos e em cápsulas articulares.
c. aponeurose: é uma estrutura formada por tecido conjuntivo. Membrana que envolve
grupos musculares.
d. bolsas sinoviais: São encontradas entre os músculos ou entre um músculo e um
osso. São pequenas bolsas forradas por uma membrana serosa que possibilitam o
deslizamento muscular.
e. fáscia muscular: É o tecido de revestimento do músculo, aumenta a resistência
do músculo.

10. Diferencie em poucas palavras endomísio, perimísio e epimísio:

• Epimísio é a camada mais externa de tecido conjuntivo, circunda todo o músculo.


• Perimísio circunda grupos de 10 a 100 ou mais fibras musculares individuais, sepa-
rando-as em feixes chamados fascículos.
• Endomísio é um fino revestimento de tecido conjuntivo que penetra no interior de
cada fascículo e separa as fibras musculares individuais de seus vizinhos.

11. Escreva o passo a passo da contração muscular.

O músculo esquelético precisa de estímulo do sistema nervoso, especialmente do sis-


tema nervoso somático. Portanto, a placa motora recebe estímulo motor a partir da liberação,
pelo neurônio motor, da acetilcolina (neurotransmissor) em vesículas. A acetilcolina, que está
dentro das vesículas e será liberada na placa motora, abre os canais de cálcio. O cálcio esti-
mula o potencial de ação, que é a diferença elétrica dentro e fora da célula para gerar a con-
tração muscular. As fibras de actina irão deslizar sobre as fibras de miosina, que fica parada.

63
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Então, quando libera o cálcio do retículo sarcoplasmático dentro da fibra muscular e


esse cálcio estimula a atividade da actina sobre a miosina, acontece esse deslizamento
e a contração muscular. Quando o cálcio sai completamente do retículo sarcoplasmático
(acabou a ação dele no retículo), cessa a contração. Cada fibra muscular possui um fila-
mento de actina (fino) e outro de miosina (grosso). A fibra de actina desliza sobre a fibra de
miosina para proporcionar a contração.

A contração é esse deslizamento entre as fibras de actina sobre a miosina, estimulados


pelo nervo motor que liberou a acetilcolina. Além disso, a contração depende do potencial
de ação que é gerado pela movimentação do cálcio.

12. Quais os eletrólitos envolvidos na contração muscular?

Íons de cálcio (proporciona o deslizamento da actina sobre a miosina), magnésio


(conduz a acetilcolina) e potássio.
O potássio influencia as atividades tanto de músculos esqueléticos quanto do mús-
culo cardíaco. Por exemplo, as alterações em sua concentração modificam o ritmo e a
irritabilidade miocárdicos.

13. O que é excitabilidade aumentada (tetania)?

A tetania é um estado de hiperexcitabilidade dos sistemas nervosos central e peri-


férico que resulta de concentrações anormalmente reduzidas de íons cálcio e magnésio
(Ca2+, Mg2+).

14. O que são Sinais de Trousseau e Chvostek?

Chvostek: é pesquisado pela percussão do nervo facial em seu trajeto anteriormente


ao pavilhão auricular, sendo que, nos casos de hipocalcemia, observa-se uma contração dos
músculos perilabiais do mesmo lado.

64
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

SINAL DE CHVOSTEK

Trousseau é mais específico e consiste na observação de uma contração generalizada


dos músculos do antebraço com flexão do punho, ou sinal de mão de parteiro, após a apli-
cação do esfigmomanômetro de pressão cerca de 20 mmHg acima da pressão sistólica por
3 minutos.

SINAL DE TROSSEAU

21. Quais os tipos de contração muscular? (Faça um esquema)


Contração Concêntrica: o músculo se encurta e traciona outra estrutura, como
um tendão.
Contração Excêntrica: quando aumenta o comprimento total do músculo durante
a contração.

65
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Contração Isométrica: serve para estabilizar as articulações enquanto outras são


movidas. Gera tensão muscular sem realizar movimentos. É responsável pela postura e sus-
tentação de objetos em posição fixa.

Obs.: Lembre-se de que alguns músculos são mais cobrados e por isso merecem uma
atenção especial (deltoide, músculos da respiração, fossa poplítea, bíceps, vasto
lateral da coxa, dentre outros).

66
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Músculo O que pode ser cobrado

Deltoide É utilizado para injeções intramusculares em volumes pequenos.


Diafragma É o principal músculo da respiração e separa o tórax do abdome.

Fossa poplítea É a entrada na parte posterior do joelho.

Gastrocnêmio Ajuda na bomba de contração muscular e no retorno venoso.

Bíceps braquial Membro superior.

Bíceps femoral Parte posterior da coxa.

Importante. Quando a criança nasce, ela não tem desenvolvido ainda o músculo glúteo,
Vasto lateral da de forma que não é permitido fazer injeção intramuscular no glúteo da criança, assim
coxa como no deltoide. A literatura recomenda fazer injeções intramusculares em crianças
menores de 2 anos somente no músculo vasto lateral da coxa.
Esternocleido- O músculo do pescoço auxilia não só os movimentos, mas a musculatura acessória da
mastóideo respiração.
Serão vistos nas classificações o oblíquo externo com as fibras oblíquas, que usa o nome
Abdominais
por conta da disposição das fibras.

Vamos fazer uma conexão dos músculos com os procedimentos de enfermagem?

22. Faça uma tabela com os músculos nos quais pode ser feita a injeção intramuscular e
quais volumes máximos de administração:

Músculo Volume
Região Contraindicação Como localizar
envolvidos máximo

É localizado ao se traçar uma linha ima-


ginária através da axila e outra ao nível
da borda inferior do acrômio, entre três e
Braço del- sete centímetros do acrômio. As bordas
Deltoide 1,0 ml Menores de 6 anos.
toide laterais do retângulo são linhas verticais
paralelas localizadas entre o terço ante-
rior e o médio e entre o terço posterior e
o médio da face lateral do braço.
Prematuros, neona-
tos e lactentes. Desenhando-se uma linha imaginária
A O.M.S. não reco- que vai da espinha ilíaca póstero-supe-
Glúteo menda a utilização rior até o trocânter maior do fêmur. A inje-
Dorsoglúteo 4,0 ml
máximo deste local para ção deve ser aplicada em qualquer ponto
imunizações devido entre essa linha imaginária e a curva da
ao risco de lesão do crista ilíaca.
nervo ciático.

67
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Localizado colocando-se a palma da mão na


porção lateral do glúteo e o dedo médio esten-
Ventroglú- Glúteo Prematuros,
dendo-se até a crista ilíaca. A injeção é aplicada
teo Região de médio e 4,0 ml neonatos e
no centro do V formado pelos dedos indicador e
Hochestetter mínimo lactentes.
médio, direcionando-se a agulha discretamente
para cima, na direção da crista ilíaca.
Vasto lateral
Na região anterolateral da coxa, não se evi-
Coxa compõe o
4,0 ml denciando nessa região/área grandes nervos e
Vasto lateral quadríceps
vasos sanguíneos.
femoral.

Obs.: os dados da tabela foram retirados do Coren São Paulo/2010.

Vamos fazer uma conexão da anatomia com a patologia?

23. Você sabe o que é síndrome de compartimento?

A síndrome compartimental consiste na pressão aumentada do tecido dentro de um


compartimento fascial apertado, o que resulta em isquemia do tecido por compressão do
nervo e do vaso sanguíneo.

24. O que fazer diante de uma síndrome de compartimento?

O tratamento inicial da síndrome compartimental é a remoção de qualquer estrutura


constritiva (p. ex.: gesso ou tala) em volta do membro, analgesia e administração de suple-
mentação de oxigênio, como necessário.
Se não melhorar, a solução é fazer uma fasciotomia de urgência. A fasciotomia deve ser
feita através de grandes incisões na pele para abrir todos os compartimentos da fáscia no
membro e, assim, aliviar a pressão. Deve-se inspecionar cuidadosamente todos os músculos
em termos de viabilidade, e qualquer tecido não viável deve ser desbridado. A amputação é
indicada se a necrose for extensa.

25. Quais os sinais e sintomas na síndrome de compartimento?

A dor é um sintoma inicial da isquemia do tecido. É seguida de outros 4: parestesia,


paralisia, palidez e pulso ausente. Os compartimentos podem estar tensos à palpação.

68
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

26. O que é uma fasciotomia?

Fasciotomia é um procedimento cirúrgico no qual a fáscia é cortada para aliviar


a pressão.

27. O que é a miastenia gravis?

A miastenia gravis é uma doença autoimune que atinge as chamadas junções neu-
romusculares, que são regiões espalhadas pelo corpo todo, onde os neurônios entram em
contato com os músculos. É nesses locais que os estímulos nervosos se convertem em
contrações dos músculos, através da acetilcolina. Com essa área afetada, o corpo deixa de
ter controle sobre certas regiões. Cada caso varia, mas olhos, boca, braços, pernas e até
pulmões podem ser afetados. Essa perda do controle muscular também está por trás de fra-
queza e cansaço.

RESPOSTA DO EXERCÍCIO 5 – SISTEMA


RESPIRATÓRIO

Pesquise e responda

1. Como se divide o sistema respiratório?

Via aérea superior (nariz, faringe, laringe e traqueia superior) e via aérea inferior (tra-
queia inferior, brônquios e pulmões).

2. Quais são os componentes do sistema respiratório na ordem?

Nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos.

3. Diferencie processo bioquímico da respiração do processo de ventilação.

O processo de ventilação consiste na entrada e saída de ar do sistema respiratório, já


o processo bioquímico envolve a troca gasosa, que é a respiração em si.

4. O que é hematose? Como ela acontece?

69
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

A hematose consiste na troca de gases respiratórios. A hematose ocorre quando o ar,


rico em oxigênio, proveniente da respiração, chega aos alvéolos pulmonares. Ao chegar aos
alvéolos, o oxigênio difunde-se para o sangue dos capilares, enquanto o gás carbônico, pre-
sente no sangue dos capilares, difunde-se para o interior dos alvéolos.
Assim, a hematose ocorre devido à difusão do gás oxigênio do ar dos alvéolos para o
sangue dos capilares. E o mesmo ocorre com o gás carbônico, porém, no sentido inverso.
Quando o gás oxigênio passa para o sangue, ele penetra nas hemácias, onde liga-se com a
hemoglobina e forma a oxi-hemoglobina. Nesta forma, o gás oxigênio passa por todo o corpo
e chega aos capilares sanguíneos dos tecidos. Nos tecidos, o O 2 dissocia-se da oxi-hemo-
globina e difunde-se no fluido que banha as células.

5. O que é hemácia e qual sua função no sistema respiratório?

A hemácia é uma célula que não tem núcleo, é produzida pela medula óssea por meio
da diferenciação daquele tecido, tem a função de ajudar no transporte de gases por meio do
seu componente, a hemoglobina.

Se liga!
É importante lembrar que a medula é estimulada a produzir hemácia quando há diminuição
da concentração de O2, nesse sentido, o rim produz eritropoietina que estimula a produção
da hemácia.

6. Quais são as funções do nariz?

Filtra, aquece e umidifica o ar. No nariz também temos os receptores para o olfato.

70
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

7. quais são os sistemas que a faringe faz parte?

Sistema digestivo e respiratório.

8. Quais as partes da faringe e qual finalidade de cada uma delas?

Nasofaringe: comunica o ar no sistema respiratório.


Orofaringe: situa-se atrás da cavidade oral e estende-se do palato mole até o nível do
hioide. A parte da orofaringe tem comunicação com a boca e serve de passagem tanto para
o ar como para o alimento.
Laringofaringe: estende-se para baixo a partir do osso hioide, conecta-se com o esô-
fago e anteriormente com a laringe. Como a parte oral da faringe, é uma via respiratória e
também uma via digestiva.

9. A fala é composta de duas funções mecânicas: (1) fonação, que é realizada pela laringe
e (2) articulação, que é obtida pelas estruturas da boca. Em relação à laringe, o que ela
conecta, como é constituída, quais suas funções?

• Conecta a faringe à traqueia;


• Função respiratória;
• Fonação;
• Impede a entrada de partículas estranhas nas estruturas respiratórias.

Possui nove peças cartilaginosas: cartilagem tireóidea, epiglote e cartilagem cricoide;


e as cartilagens cuneiforme, corniculada e aritenoide, a cartilagem tireóidea, conhecida vul-
garmente como “pomo de Adão”, é formada de cartilagem hialina. Fixada a ela, e também
ao osso hioide, está a epiglote. Esta funciona como uma espécie de “tampa”, evitando que
substâncias líquidas e sólidas sejam encaminhadas para os pulmões. Abaixo da tireoide, e
antes da traqueia, está a cartilagem elástica cricoide, ligada a esta primeira por uma mem-
brana. As cartilagens aritenoides são móveis, possuem formato piramidal e estão articula-
das à cricoide. Nestas se localizam as inserções das cordas vocais, influenciando a tensão
destas, e de alguns músculos da glote. Já as cartilagens corniculada e cuneiforme estão
unidas entre si, deslizando-se de acordo com as movimentações dos músculos da laringe.
Essa última cartilagem, ainda, liga as aritenoides à epiglote.

71
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

10. Qual a função da epiglote?

Serve para fechar a ligação da faringe com a glote, evitando assim que o sistema res-
piratório se ligue ao sistema digestivo. Ela funciona como uma espécie de válvula da laringe,
evitando que alimentos e bebidas entrem na via respiratória.

11. Como acontece o mecanismo de deglutição? Como é chamado o termo associado ao


distúrbio da deglutição?

Deglutição é o ato de deslocar o alimento da boca até o estômago. A deglutição começa


quando o alimento é colocado na boca, onde é mastigado e sofre a ação da saliva, formando
o que chamamos de bolo alimentar (alimento pronto para ser deglutido). A língua pressiona
esse bolo contra o palato duro (“céu da boca”), empurrando-o para trás, provocando a deglu-
tição. A fase seguinte ocorre independentemente da nossa vontade e muito rapidamente,
fazendo com que diversas ações aconteçam como o fechamento entre a boca e o nariz.
Nesta fase a laringe (órgão que contém as nossas pregas vocais) se eleva e vai para frente.
Assim, o bolo alimentar pode ser levado com segurança até o esôfago pelos músculos da
faringe (“garganta”) e depois para o estômago para ser digerido.

Disfagia orofaríngea é um distúrbio de deglutição, que ocorre quando algo de errado


acontece enquanto nós engolimos, fazendo com que o bolo alimentar tenha dificuldades de
chegar seguro até o estômago. Quando isso acontece, o alimento pode cair nos pulmões.
O indivíduo pode ter pneumonia por broncoaspiração.

12. Onde fica a carina?

Fica na parte inferior da junção dos brônquios principais, formando uma saliência ante-
roposterior, que recebe o nome de carina da traqueia, e serve para acentuar a separação dos
2 brônquios.

13. O que é o hilo pulmonar?

São os orifícios localizados nas porções internas dos pulmões. A região do hilo localiza-
-se na face mediastinal de cada pulmão, sendo formado pelas estruturas que chegam e saem
dele. É onde ficam: os brônquios principais, artérias pulmonares, veias pulmonares, artérias
e veias bronquiais e vasos linfáticos.

72
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

14. Quais estruturas entram e quais estruturas saem do hilo pulmonar?

Entram: brônquios principais, artérias pulmonares. Saem: veias pulmonares, artérias e


veias bronquiais.

15. Qual a função dos alvéolos?

São minúsculos sacos de ar que constituem o final das vias respiratórias, sua função é
trocar O2 e CO2 (dióxido de carbono) através da membrana capilar alvéolo-pulmonar.
É formado por células pneumócito tipo I e possui pneumócito tipo II (esse
produz surfactante).

16. Qual o mecanismo de transporte dos gases respiratórios (O2e CO 2) e como funciona?

O transporte ocorre por difusão.

17. O que são distúrbios V/Q (ventilação/ perfusão)?

São representados por alvéolos ventilados, mas não perfundidos (espaço morto) e pela
situação oposta, alvéolos não ventilados, mas perfundidos adequadamente (shunt).

18. O que é a surfactante pulmonar? Qual a sua função?

Mistura lipoproteica com propriedades tensoativas, produzida pelos pneumócitos II. As


proteínas e lipídios desta mistura reduzem a tensão superficial na interface entre o líquido
presente na cavidade alveolar e o ar.
Funções: Aumentar a complacência pulmonar e consequentemente diminuir o esforço
respiratório, evitar atelectasia (colapso do parênquima pulmonar) no fim da expiração e faci-
litar o recrutamento do parênquima colapsado.

Se liga!
A falta dessa substância no recém-nascido prematuro pode gerar a síndrome do descon-
forto respiratório (SDR).

O bebê recém-nascido precisa receber surfactante para evitar esse problema.

73
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

19. Diferencie pneumócitos tipo I do tipo II.

Tipo I: Também denominada célula alveolar pavimentosa, com núcleo achatado,


fazendo uma discreta saliência para o interior do alvéolo. O citoplasma desta célula é extenso,
fazendo com que os núcleos fiquem muito separados um dos outros; há a presença de des-
mossomos, ligando as células vizinhas, e também zonas de oclusão, impedindo a passagem
de fluídos intersticiais para o alvéolo. Sua principal função consiste na formação de uma
barreira para possibilitar as trocas gasosas e, ao mesmo tempo, impedir a passagem
de líquido.

Tipo II: denominadas células septais, estão localizadas entre os pneumócitos I, for-
mando desmossomos e junções que unem estas células. São células arredondadas que
ficam sobre a membrana basal do epitélio alveolar. Possuem um núcleo maior e mais vesicu-
loso em relação às outras células; o citoplasma não se adelgaça, possuem retículo plasmá-
tico rugoso. Sintetizam substâncias liberadas pela porção apical dos pneumócitos II. São os
corpos lamelares que produzem a substância presente na superfície alveolar, formando uma
camada extracelular nos alvéolos, chamada de surfactante pulmonar.

Decore!
Pneumócito tipo I: forma a membrana do alvéolo.
Pneumócito tipo II: produz surfactante.

20. Escreva sobre o espaço pleural.

Pleura parietal: reveste a caixa torácica.


Pleura visceral: reveste os pulmões.
Espaço pleural: espaço entre as duas pleuras. Possui líquido lubrificante, o
líquido pleural.
O líquido mantém os pulmões abertos na ventilação para as trocas gasosas, pois
mantém a pressão negativa da cavidade pleural, evitando um colapso pulmonar. É graças à
presença do líquido pleural que os pulmões conseguem deslizar suavemente sobre a caixa
torácica durante os movimentos da ventilação, prevenindo atritos que poderiam ocasionar
inflamações e outras lesões pulmonares.

74
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

21. Nome da pleura que reveste o pulmão: visceral

22. Nome da pleura que reveste a caixa torácica: parietal

23. Descreva a fisiologia da respiração.

A inspiração promove a entrada de ar nos pulmões, que se dá pela contração da mus-


culatura do diafragma e dos músculos intercostais externos. O diafragma abaixa e as cos-
telas elevam-se, promovendo o aumento da caixa torácica, com consequente redução da
pressão interna (em relação à externa), forçando o ar a entrar nos pulmões.
A expiração, que acontece através do relaxamento do diafragma e dos músculos
intercostais internos, proporciona a saída de ar do organismo.

Músculos Acessórios são músculos auxiliares da respiração, utilizados somente em ins-


pirações forçadas ou quando a pessoa está em sofrimento respiratório.
Os músculos acessórios principais são o Esternocleidomastóideo, os Escalenos (Ante-
rior, Médio e Posterior), o Peitoral Menor e o Serrátil Anterior.

24. Quais estruturas do sistema nervoso (central e periférico) controlam a respiração?

O sistema automático regula a ventilação, mantendo a homeostasia do meio interno.


Os centros respiratórios automáticos localizam-se no bulbo (tronco cerebral), e são respon-
sáveis pela origem e duração dos ciclos respiratórios.
O sistema voluntário (tálamo e córtex cerebral) coordena a respiração, relativamente
várias atividades motoras complexas, que utilizam os pulmões e a parede torácica. As suas
fibras eferentes deslocam-se nos feixes extrapiramidais e fazem sinapse com os neurônios
motores dos músculos da respiração.

75
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

O nervo frênico controla o diafragma, sendo a parte do sistema nervoso periférico que
participa da respiração.

25. Qual o nervo que inerva o diafragma?

A inervação motora do diafragma vem dos nervos frênicos (C3-C5). A inervação sen-
sitiva (dor e propriocepção) na parte tendinosa central provém dos nervos frênicos, enquanto
as porções musculares periféricas são inervadas pelos nervos intercostais.

26. O que significa o termo parênquima pulmonar?

Parênquima é o conjunto de células que são responsáveis pela função de um determi-


nado órgão. O tecido que constitui o pulmão é chamado de parênquima pulmonar formado
por alvéolos.

27. Quais os músculos acessórios da respiração? (vimos isso na aula do sistema muscular,
aqui podemos revisar)

Os músculos acessórios principais são o Esternocleidomastóideo, os Escalenos (Ante-


rior, Médio e Posterior), o Peitoral Menor e o Serrátil Anterior.

28. Quais os valores de referência da frequência respiratória por faixa etária?

Faixa etária frequência

Recém-nascidos 30-60 rpm

Lactentes 30-50 rpm

Crianças (até 2 anos) 25-32 rpm

Criança 20-30 rpm

Adolescentes 16-20 rpm

Adultos 12-20 rpm

Valores do Potter 2013


Segue os valores de referência do Ministério da Saúde no Caderno de Atenção Básica 33.

76
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

29. Comente sobre a capacidade e os volumes respiratório:

Volumes respiratórios:
– Volume corrente (VC),
– Volume de reserva inspiratório (VRI),
– Volume de reserva expiratório (VRE) e
– Volume residual (VR).

Capacidade Representa a soma de dois ou mais volumes pulmonares, e são para


detectar doenças obstrutivas e/ou restritivas do sistema respiratório.

30. O que é volume residual? Como ele é mantido? Qual o seu volume?

Volume Residual (VR): é a quantidade de ar que permanece no interior dos pulmões,


mesmo após uma expiração forçada máxima. O VR é de cerca de 1200 ml.

31. O que é o volume de reserva inspiratório? Qual o seu volume? Volume de Reserva Ins-
piratório (VRI): é a quantidade de ar que pode entrar nos pulmões após uma inspiração
corrente, e em uma inspiração máxima o VRI pode chegar a 3000 ml.

32. O que é volume de reserva expiratório? Qual seu volume? Volume de Reserva Expi-
ratório (VRE): é a quantidade de ar que pode sair dos pulmões após uma expiração
corrente, e em uma expiração máxima o VRE pode chegar a 1.100 ml.

33. O que é o volume corrente? Qual é o seu volume?

Volume Corrente (VC): é a quantidade de ar que entra e sai dos pulmões durante um
ciclo ventilatório (inspiração e expiração) e corresponde a cerca de 500 ml.

34. Sobre as capacidades, descreva:

a. capacidade inspiratória: (CI) é a soma do VC e do VRI;


b. capacidade residual funcional: (CRF) é a soma do VRE e do VR;
c. capacidade vital: (CV) é a soma do VC, do VRI e do VRE;
d. capacidade pulmonar total: (CPT) é a soma de todos os volumes pulmonares (VC,
VRI, VRE e VR) e em condições normais é de cerca de 5800 ml.

77
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

35. O que é espaço morto?

É uma parte das vias aéreas em que a troca gasosa não acontece

36. O que é espaço morto anatômico e espaço morto fisiológico?

O espaço morto anatômico corresponde ao volume (espaço) das vias aéreas condu-
toras em que não há trocas gasosas, ou seja, é o espaço que conduz o ar até o alvéolo e não
ocorre troca gasosa.

A parte que se espera que ocorra a troca gasosa é o alvéolo, porém alguns alvéolos
não conseguem fazer a troca gasosa. Dessa forma, esse espaço também é chamado de
espaço morto.

78
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Alvéolos não perfundidos – alguns dos próprios alvéolos podem ser não funcionantes ou par-
cialmente funcionantes por causa da ausência ou redução do fluxo sanguíneo pelos capilares
pulmonares adjacentes. Assim, do ponto de vista funcional, esses alvéolos também devem
ser considerados como parte do espaço morto. Quando o espaço morto alveolar é incluído
na medida total do espaço morto, ele é chamado espaço morto fisiológico, em contraposição
ao espaço morto anatômico.
Fonte: Guyton

Na pessoa normal, os espaços mortos anatômico e fisiológico são quase iguais porque
todos os alvéolos são funcionantes no pulmão normal; mas, em pessoa com alvéolos não
funcionantes ou parcialmente funcionantes, em algumas partes dos pulmões, o espaço morto
fisiológico pode ser até 10 vezes o volume do espaço morto anatômico, ou 1 a 2 litros.

Espaço morto fisiológico na pessoa sem doenças é igual ao espaço morto anatômico.

Volume Normal do Espaço Morto: 150 ml.

37. Sobre o Controle Neural e Local da Musculatura Bronquiolar responda:

a. Quais substâncias participam da broncoconstrição? Quando em contato com o


pulmão, os alergênicos ou microrganismos despertam a ação das plaquetas (célu-
las de defesa do organismo), que começam a liberar substâncias mediadoras dos
mastócitos, dependente da imunoglobulina E (IgE). Esses mediadores, que consis-
tem em histamina, triptase, leucotrienos e prostaglandinas, contraem diretamente
as vias respiratórias.

A acetilcolina causa broncoconstricção. Constrição Parassimpática dos Bronquíolos. Umas


poucas fibras parassimpáticas, derivadas do nervo vago, penetram no parênquima pulmonar.
Esses nervos secretam acetilcolina e, quando ativados, causam constrição leve a moderada
dos bronquíolos.
Fonte: Guyton

b. Quais substâncias participam da broncodilatação?


Broncodilatação é quando há dilatação das paredes musculares dos brônquios, que
aumentam o seu diâmetro interno para permitir um maior fluxo de ar.

79
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

No nosso corpo, temos os neurotransmissores que fazem a broncodilatação: norepine-


frina e epinefrina, liberadas na corrente sanguínea pela estimulação simpática da medula
da glândula adrenal. Ambos os hormônios, especialmente a epinefrina, por causa de sua
maior estimulação dos receptores betadrenérgicos, causam dilatação da árvore brônquica.

Os estimulantes dos receptores beta-2 são usados para causar este efeito. Ex.
sabutamol (aerolim ®) e fenoterol (Berotec®).

38. Conceitue termos relacionados ao sistema respiratório:

Apneia: completa obstrução do fluxo de ar para os pulmões Broncoscopia: é


um exame que permite a visualização das vias aéreas com auxílio de um instrumento
chamado broncoscópio.
Complacência: medida da força necessária para expandir ou inflar os pulmões.
Difusão: é um tipo de transporte passivo de gases através da membrana celular.
Dispneia: dificuldade de respirar, muitas vezes acompanhada de opressão torácica e
mal-estar.
Estertores: são ruídos anormais que podem ser ouvidos tanto no início da inspiração
quanto na expiração com o estetoscópio durante uma auscultação pulmonar. Decorrem da
passagem do ar por brônquios e bronquíolos cheios de secreções.
Estridor: o estridor é um som ofegante durante a inalação, resultante de uma obstru-
ção parcial da garganta (faringe), caixa de voz (laringe) ou traqueia. O estridor geralmente é
suficientemente alto para ser ouvido de certa distância.
Frêmito: vibrações da fala percebidas como tremores sobre a parede torácica durante
a palpação.
Hemoptise: é uma expectoração com presença de sangue, resultante de uma hemor-
ragia na árvore respiratória.
Hipoxemia: é a baixa concentração de oxigênio no sangue arterial.
Hipóxia: é a baixa disponibilidade de oxigênio para determinado órgão.
Ortopneia: é a dificuldade respiratória (dispneia) que ocorre quando a pessoa
está deitada.
Respiração: processo pelo qual um organismo vivo troca oxigênio e dióxido de carbono
com o seu meio ambiente.
Ronco: é um ruído provocado por estreitamento ou obstrução nas vias respiratórias
superiores durante o sono. Esse estreitamento dificulta a passagem do ar e provoca a vibra-
ção dessas estruturas.
Saturação de oxigênio: é uma medida da quantidade de hemoglobina que é ligada ao
oxigênio molecular.

80
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Sibilos: são sons altos, semelhantes a um assobio, que ocorrem durante a respiração
quando há bloqueio parcial das vias aéreas.
Taquipneia: é o aumento do número de incursões respiratórias por unidade de tempo,
de forma anormal.
Bradipneia: respiração mais lenta que o normal.
Espirometria: exame que avalia as capacidades respiratórias, quanto de ar a pessoa
inspira e expira. Serve para identificar doenças como a asma.

ETCO2: valor do CO2 ao final da expiração.


Atenção! Vamos precisar desse conceito no atendimento de uma PCR. A medida do CO 2
ao final da expiração ETCO2 (end tidal CO2) permite a monitorização contínua e não inva-
siva do gás alveolar, indiretamente refletindo seus níveis circulantes. O ETCO2 estima com
alguma precisão a PaCO2, porque o CO2 nos alvéolos e nos capilares pulmonares está em
equilíbrio. No entanto, o ETO2 e PaCO2 não são idênticos, mesmo no paciente normal, por
causa de shunts intrapulmonares e do espaço morto, presentes mesmo no paciente normal.
Em condições normais, a PaCO2 é em torno de 5mmmHg superior ao ETCO2. A medida do
CO2 expirado traz informações sobre a perfusão pulmonar (quanto menor o fluxo pulmonar,
menos CO2 é expirado), a ventilação alveolar (quando menor a ventilação pulmonar, mais
alto o CO2 expirado) e até o débito cardíaco (quedas importantes na pressão arterial cursam
com baixo CO2 eliminado).
Durante o atendimento de PCR, quando o paciente está com via aérea avançada e tem
o aparelho de capnografia, é possível fazer a medida da ETCO2, e se ela permanecer abaixo
de 10 mmHg, mesmo com as manobras de RCP, é um indicador ruim de avaliação. Esse
parâmetro deve ser utilizado junto com outros dados para definir o momento de interromper
o esforço da reanimação.

39. Vamos fazer a conexão do sistema respiratório com as patologias?

Nessa parte é apenas para abordar os conceitos iniciais, trabalharemos com detalhes
esses termos na matriz de emergência e de clínica médica.

Conceitue:
a. Pneumotórax: é ar na cavidade pleural, acarretando colapso pulmonar parcial ou
completo. O pneumotórax pode ocorrer de modo espontâneo ou em virtude de pneu-
mopatia subjacente, trauma ou procedimentos médicos (ex.: passagem de cateteres).
b. Hemotórax: é o acúmulo de sangue no espaço pleural.
c. Doença pulmonar obstrutiva crônica: é a limitação do fluxo de ar provocada por
resposta inflamatória a toxinas inalatórias, frequentemente fumaça de cigarro.

81
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

d. Asma: doença caracterizada por inflamação difusa das vias respiratórias, desenca-
deada por diversos estímulos deflagradores, que resulta em broncoconstrição par-
cial ou total.

40. Quais as doenças causam a broncoconstricção?

DPOC. Asma. Doenças pulmonares.

41. Quais medicamentos fazem a dilatação dos brônquios (broncodiladores)?

Broncodiladores de ação curta também são chamados de broncodiladores de ação


rápida”. Esses aliviam os sintomas agudos de asma ou ataques, muito rapidamente, abrindo
as vias aéreas. A ação dos broncodiladores inalatórios começa dentro de minutos após a ina-
lação e tem a duração de duas a quatro horas. Também são usados antes do exercício para
prevenir a asma induzida pelo exercício.
Os broncodiladores de longa duração são usados para fornecer o controle da
asma. Deve ser usado em conjunto com esteroides para controle em longo prazo dos sinto-
mas da asma.

Tipo de bronco- Via de adminis- Duração do efeito


Nome genérico
dilador tração broncodilador
Anticolinérgico de
Brometo de ipratrópio Inalatória 4 a 6 horas
curta duração
Anticolinérgico de
Brometo de tiotrópio Inalatória 24 horas
longa duração
Beta-agonista de Fenoterol, Salbutamol
Inalatória ou oral 4 a 6 horas
curta duração ou Terbutalina
Beta-agonista de Formoterol ou
Inalatória 12 horas
longa duração Salmeterol
Xantinas de curta
Aminofilina ou Teofilina Oral ou venosa 6 a 8 horas
duração
Xantinas de longa
Bamifilina Oral 12 a 24 horas
duração

82
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Vamos estudar fazendo tabelas?

Faça uma tabela-resumo com os volumes e capacidades pulmonares:

de reserva de reserva
Volume residual corrente
inspiratório expiratório

Representação VR VRI VRE VC

Quantidade de ar
É a quantidade de É a quantidade
que permanece no É a quantidade de
ar que pode entrar de ar que entra e
interior dos pul- ar que pode sair dos
Conceito nos pulmões após sai dos pulmões
mões, mesmo após pulmões após uma
uma inspiração durante um ciclo
uma expiração for- expiração corrente
corrente ventilatório
çada máxima
Uma Uma expiração
É de cerca de inspiração máxima máxima o VRE Cerca de
Capacidade
1200ml o VRI pode chegar pode chegar a 500ml
a 3000ml 1100ml

Capacidade Representação Conceito Resultado

É a soma do VC
inspiratória CI 3500ml
e do VRI
É a soma do VRE
residual funcional CRF 2300ml
e do VR
É a soma do VC,
vital CV 4700ml
do VRI e do VRE
É a soma de todos os Em condições normais, é
pulmonar total CPT
volumes pulmonares de cerca de 5800ml

Faça uma tabela com os valores de frequência respiratória por faixa etária:

83
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Faça uma tabela com as alterações respiratórias:

Conceito Possíveis causas

Algumas síndromes restritivas pulmo-


Aumento do número de incursões respi-
nares, derrames pleurais, as doenças
Taquipneia ratórias em relação à unidade de tempo.
intersticiais e o edema pulmonar, bem
FR ACIMA DE 20 IRMP
como febre, ansiedade, dentre outros.

Elevação da ventilação alveolar secun-


dária não apenas ao aumento da frequ-
Acidose metabólica, febre, crises de
Hiperpneia ência respiratória, mas também decor-
ansiedade, dentre outros.
rente do aumento da amplitude dos
movimentos respiratórios.
Interrupção dos movimentos respiratórios Síndrome da apneia/hipopneia obstru-
Apneia
por um período de tempo prolongado. tiva do sono (SAHOS).
Manifesta-se, em geral, em indiví-
Presença de inspirações profundas, duos com distúrbios psicológicos ou,
Dispneia suspirosa esporádicas, em meio a um ritmo respi- de maneira mais corriqueira, devido a
ratório normal. um eventual quadro emocional ou de
mudança de humor mais agudo.
Casos de cetoacidose diabética e de
Caracterizado pelo aumento da ampli-
insuficiência renal. No entanto, vale lem-
tude dos movimentos respiratórios, de
Ritmo de Cantini brar que, à medida que ocorre o agrava-
modo regular e secundário à presença
mento da acidose metabólica, pode haver
de acidose metabólica.
o surgimento do ritmo de Kussmaul.
Composta por quatro fases. A primeira é
Vigência de acidose, com destaque para
caracterizada por inspirações ruidosas,
Respiração de a acidose diabética, complicação possí-
a segunda por apneia em inspiração, a
Kussmaul vel da Diabetes Melitus, principalmente
terceira por expiração ruidosa e, final-
do tipo I (DM1).
mente, a quarta, apneia em expiração.
Caracterizado por uma completa irregu- Caracterizado por uma completa irregu-
laridade no que se refere à amplitude laridade no que se refere à amplitude
Ritmo de Biot
das incursões respiratórias e à frequên- das incursões respiratórias e à frequên-
cia delas. cia delas.

Caracterizado pela alternância de perío- Pacientes portadores de insuficiência


dos de apneia, seguidos por hiperpneia cardíaca congestiva grave, mas pode
Ritmo de Cheyne-
crescente e decrescente, que se mantém também estar presente em vigência de
-Stokes
até a instalação de nova apneia, e assim lesões do sistema nervoso central e de
sucessivamente. hipertensão intracraniana.

84
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

RESPOSTA EXERCÍCIO 6
ANATOMIA E FISIOLOGIA – SISTEMA CARDIOVASCULAR

1. Qual a função do sistema cardíaco e a função do coração?

A função do coração é bombear sangue para todo o corpo.


O sistema cardíaco é responsável pela circulação do sangue, de modo a transportar
os nutrientes e o oxigênio para o corpo.

2. Qual a relação do sistema linfático com o sistema cardíaco?

O sistema linfático tem uma relação com o sistema cardiovascular. A função de reabsor-
ver o líquido intersticial (líquido do terceiro espaço – entre os vasos e as células), por meio
da linfa, para que este retorne à circulação. Lembre-se da diferença dos 2 sistemas: o sistema
cardíaco tem todos os vasos ligados e o sistema linfático os vasos possuem fundo cego.

85
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

3. Diferencie atividade elétrica da atividade mecânica do coração.

A Atividade mecânica representa a contração e o relaxamento muscular (sístole e diás-


tole). A parte elétrica está relacionada à condução do impulso elétrico. O coração é o único
órgão autoexcitável. O impulso é gerado no nó sinusal e vai em direção às fibras de Purking
(nos ventrículos). A atividade elétrica ocorre primeiro e na sequência ocorre a atividade
mecânica (batimento).

4. Qual a artéria do corpo que carreia sangue pobre em oxigênio e quais as veias carreiam
sangue rico em oxigênio?
Esse item cai demais em provas! Guarde no coração essa informação!

As artérias pulmonares são as únicas que carreiam sangue pobre em O2. As veias pul-
monares são as únicas que carreiam sangue rico em O2.

5. Quais as camadas do coração? Pericárdio fibroso - saco fibroso Epicárdio ou peri-


cárdio seroso – revestimento externo
Miocárdio – músculo.
Endocárdio – revestimento interno.

6. Onde está localizado o coração?

86
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, no medias-
tino e entre os pulmões.
Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam à esquerda da linha média do corpo.

7. Como funciona o ciclo cardíaco?

O ciclo cardíaco é o conjunto dos eventos cardíacos que ocorre entre o


início de um batimento e o início do próximo.

Início – potencial de ação no nodo sinusal. Relaxamento – Diástole – coração se enche


de sangue. Contração – Sístole.
Quando a frequência cardíaca aumenta, a duração de cada ciclo cardíaco diminui,
incluindo as fases de contração e relaxamento.
A sístole e a diástole possuem etapas e elas precisam ser entendidas:

Fases da sístole:

Contração isovolumétrica: o ventrículo está cheio de sangue e se contrai para aumen-


tar a pressão. Fecha as válvulas AV. A contração ocorre com mais força para aumentar a
pressão para vencer a resistência da válvula aórtica.
Expulsão rápida: abre a válvula aórtica e o sangue sai com alta velocidade.
Expulsão lenta: reduz a diferença de pressão entre o ventrículo e a aorta, sangue sai
com baixa velocidade.
Protodiástole: separa a sístole da diástole e fecha a válvula aórtica e pulmonar.

Fases da diástole:

Relaxamento ventricular isovolumétrico: fechamento das válvulas semilunares (aór-


tica e pulmonar) até a abertura das válvulas atrioventriculares (mitral e tricúspide).

87
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Enchimento ventricular rápido: sangue dos átrios vão para o ventrículo.


Enchimento ventricular lento: velocidade de sangue vai mais lenta.
Sístole atrial: ejeção de sangue com contração do átrio para finalizar a diástole.

Cuidado com o termo Sístole atrial.

8. Qual é a função das cordas tendíneas?


Fixar as válvulas.

9. Qual a relação do tronco encefálico com o sistema cardíaco?

O tronco encefálico possui três partes: mesencéfalo, ponte e bulbo. O bulbo é a estru-
tura do tronco que controla os batimentos cardíacos.

Regulação da FC pelo sistema nervoso autônomo (SNA)

Dentro da medula oblonga (bulbo) está um grupo de neurônios, o centro cardiovascular. As


fibras simpáticas pré-ganglionares partem deste centro, fazendo trajeto pela medula espi-
nhal, e, nos gânglios do tronco simpático, fazem sinapse com as fibras pós-ganglionares, que
são os nervos aceleradores cardíacos, os quais inervam o sistema condutor, os átrios e os
ventrículos. Quando esta parte do centro cardiovascular é estimulada, o resultado é a libe-
ração de noradrenalina (norepinefrina) pelos nervos aceleradores cardíacos, o que aumenta
a frequência dos batimentos cardíacos e a força das contrações. Também se originam do
centro cardiovascular as fibras parassimpáticas do nervo vago (X par craniano), que inervam
o sistema condutor e os átrios. Quando esta parte do centro cardiovascular é estimulada,
estas fibras parassimpáticas liberam acetilcolina, o que diminui a frequência dos batimentos
cardíacos e a força das contrações.

88
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

10. Em que momento o coração é irrigado?


Único órgão que é irrigado em diástole.

11. Quais artérias são responsáveis pela irrigação cardíaca?


Artéria coronária esquerda e direita

89
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

12. Qual a relação da artéria coronária D e E com a parte do coração irrigada e suas
subdivisões?

A artéria coronária esquerda, na grande maioria dos casos, é subdividida em dois ramos:
a artéria descendente anterior (DA) e artéria circunflexa (CX), ramos diagonais e ramos
marginais. A artéria coronária direita também se subdivide em ramos, porém de menor mag-
nitude que os ramos da coronária esquerda.
A coronária direita irriga o lado direito do coração juntamente com a descendente poste-
rior, irrigando a parte posterior do coração e a coronária esquerda, com a descendente ante-
rior e a artéria circunflexa sendo dividida com relação à coronária esquerda.

13. Desenhe a divisão das artérias coronárias:

14. Quais as propriedades do músculo cardíaco? (faça uma tabela com a lista da proprie-
dade e o que ela representa)

Capacidade de gerar seus próprios estímulos elétricos independente de


Elétricas Automatismo
influências extrínsecas do órgão.
Capacidade de reagir/responder quando estimulado, reação que se
Excitabilidade
estende por todo órgão.
Condução do processo de ativação elétrica por todo miocárdio, numa
Condutividade
sequência sistemática estabelecida de uma célula para outra.
Capacidade de relaxamento global, cessada sua estimulação elétrica e
Mecânicas Distensibilidade
terminado o processo de contração diástole.
Ritmicidade Capacidade de repetir o ciclo com regularidade.
Contratilidade Propriedade de se contrair ativamente como um todo único, sístole.

90
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

15. Relativo ao sistema de condução, qual a importância do:

Nódulo sinoatrial: marca-passo principal do coração, localizado no átrio direito.


Nódulo atrioventricular: marca-passo secundário do coração, localizado na parede
atrial direita próximo à valva tricúspide.
Feixe de his: é uma estrutura de bifurcação que leva estímulos específicos para
cada ventrículo.
Fibras de purkinje: é uma ponta de condução que entra em contato com a
célula miocárdica.

16. Diferencie circulação sistêmica de circulação pulmonar.

91
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Na circulação sistêmica, o sangue é levado do coração para os tecidos e, depois, é


levado novamente para o coração. Essa circulação inicia-se quando o sangue sai do ventrí-
culo esquerdo pela artéria aorta. Dessa artéria partem ramos que irrigam o corpo todo. Nos
capilares sanguíneos, o sangue faz trocas gasosas com as células do tecido e torna-se rico
em gás carbônico. Após as trocas gasosas, o sangue é coletado pelas vênulas, que levam o
sangue até as veias cavas superior e inferior. As veias cavas levam o sangue para o coração,
desembocando no átrio direito.
Na circulação pulmonar, o sangue é levado do coração até o pulmão e, posterior-
mente, volta ao coração. Essa circulação inicia-se quando o sangue sai do ventrículo direito
pela artéria pulmonar em direção aos pulmões. A artéria pulmonar ramifica-se e segue cada
uma para um pulmão.

17. Quais as fases da sístole? Comente cada uma delas.

Falamos disso no ciclo cardíaco, revise agora:


No momento da contração do coração ocorre a sístole ventricular e atrial, que se divi-
dem nas seguintes fases:
Contração isovolumétrica: é o momento inicial da contração ventricular, resultando no
aumento da pressão atrial e no fechamento das válvulas atrioventriculares. O volume ventri-
cular é constante nesta fase pois as válvulas semilunares ainda estão fechadas.
Ejeção ventricular rápida: consiste no momento que as válvulas semilunares se
abrem, ocasionando o aumento da pressão ventricular. É quando o sangue é ejetado dos
ventrículos de maneira abrupta.
Ejeção ventricular lenta: é quando o sangue começa a ser ejetado, diminuindo assim
o volume do fluxo sanguíneo.

92
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

18. Quais as fases da diástole? Comente-as.

No relaxamento do músculo cardíaco ocorre a diástole ventricular e atrial, que se divi-


dem nas seguintes fases:
Relaxamento ventricular isovolumétrico: é o movimento inicial, onde tem-se o fecha-
mento das válvulas semilunares e que se estendem até a abertura das válvulas atrioventriculares.
Fase de enchimento ventricular rápido: é quando acontece a drenagem do sangue
pelas câmaras ventriculares. Nesta fase, o sangue que estava represado nos átrios chega de
forma muito rápida aos ventrículos.
Fase de enchimento ventricular lento: este é o momento em que a velocidade de
enchimento diminui, aumentando assim a pressão dentro dos ventrículos.
Fase da contração atrial: nesta fase, há um reforço no enchimento ventricular, fazendo
que o volume dos ventrículos aumente aproximadamente 25% e eleve a pressão diastólica.

93
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

19. Conceitue:

pré-carga: ao se encher, o ventrículo se distende por causa do volume de sangue que


recebe. Essa distensão é a pré-carga e ela pode variar conforme o volume que o ventrículo
abrigar – retorno venoso.
pós-carga: está relacionada à tensão na parede do ventrículo durante a sístole, ou
seja, é força conte a qual o ventrículo tem de se contrair ao ejetar o sangue. Quanto maior for
a pós-carga, maior deverá ser a força que o miocárdio deverá exercer para vencê-la.

20. O que é retorno venoso?


Quantidade de sangue que retorna ao coração pela circulação venosa.

21. Quais os músculos que contribuem para o retorno venoso?


Músculos esqueléticos.

22. Quais as partes da artéria aorta?

94
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

A aorta é dividida em três porções: ascendente, arco aórtico e descendente.


Arco aórtico apresenta três ramificações: a primeira e maior delas é a artéria tronco bra-
quiocefálico, que se divide, formando a artéria subclávia direita; a segunda é a artéria caró-
tida comum esquerda; e a terceira é a artéria subclávia esquerda.

23. Explique os termos da fórmula da pressão arterial:

PA = Débito Cardíaco X Resistência Vascular Periférica


DC = é o volume de sangue bombeado pelo coração por min.
Resistência Vascular periférica = oposição dos vasos sanguíneos. DC= FC x VSE
FC sofre influência do SNA; VSE sofre influência da pré e pós-carga e da contratilidade

24. O que é resistência vascular periférica (RVP)?

Resistência periférica total é o somatório das resistências que todos os pequenos vasos
do sistema circulatório opõem ao fluxo sanguíneo.
Vamos fazer uma conexão do sistema cardíaco com procedimentos de enfermagem e
clínica médica? Pesquise as respostas na 7ª Diretriz de HAS, no link abaixo:
<http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.PDF>.

25. Quais as etapas para verificação da pressão arterial?


Guarde esses números da medida da PA no seu caderno dos números.

Preparo do paciente:

I. Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso de 5 minutos em ambiente


calmo. Deve ser instruído a não conversar durante a medição. Possíveis dúvidas de-
vem ser esclarecidas antes ou depois do procedimento.

II. Certificar-se de que o paciente NÃO:


– Está com a bexiga cheia;
– Praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos;
– Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos;
– Fumou nos 30 minutos anteriores.

95
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

III. Posicionamento:
– O paciente deve estar sentado, com pernas descruzadas, pés apoiados no chão,
dorso recostado na cadeira e relaxado;
– O braço deve estar na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para
cima e as roupas não devem garrotear o membro.

IV. Medir a PA na posição de pé, após 3 minutos, nos diabéticos, idosos e em outras situ-
ações em que a hipotensão ortostática possa ser frequente ou suspeitada.

Hipotensão Ortostática – PAS > 20 mmHg nas duas posições ou PAD > 10 mmHg.
Caiu na prova VUNESP e outras bancas esses valores.

Etapas para a realização da medição:

I. Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre acrômio e olécrano;

II. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço;

III. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital;

IV. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial;

V. Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial (fase palpatória);

VI. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido
pela palpação;

VII. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo);

VIII. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, após, aumentar
ligeiramente a velocidade de deflação*;

IX. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff)*;

X. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desapare-
cimento e depois proceder à deflação rápida e completa;

XI. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no abafamento dos
sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD/zero;

96
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

XII. Realizar pelo menos duas medições, com intervalo em torno de um minuto. Medições
adicionais deverão ser realizadas se as duas primeiras forem muito diferentes.

26. O que é o som de Korotkoff? Quais são as suas fases?


Os sons de Korotkov ou sons de Korotkoff são os sons ouvidos durante a aferição da
pressão arterial através de meios não-invasivos.

Sons de Korotkoff:

Fase I: surgimento dos primeiros sons (pequena intensidade e alta frequência).

Fase II: sons suaves e prolongados. Podem ser inaudíveis (hiato auscultatório).

Fase III: sons mais intensos e nítidos (hiato auscultatório).

Fase IV: sons de baixa intensidade e abafados (níveis de pressão da bolsa discretamente > pressão diastó-
lica).

Fase V: desaparecimento dos sons.

27. O que é hipertensão do jaleco branco e hipertensão mascarada? Hipertensão masca-


rada: é caracterizada por valores normais da PA no consultório, porém com PA elevada
pela MAPA ou pelas medidas residenciais (MRPA).

Hipertensão do jaleco branco é a situação clínica caracterizada por valores anormais


da PA no consultório, porém com valores considerados normais pela MAPA ou MRPA.
Se ligue! Caiu na prova do CESPE essa diferença de HAS mascarada e do jaleco branco.

28. Quais as alterações da PA do idoso e qual a fisiologia desses problemas?

Maior frequência do hiato auscultatório, que consiste no desaparecimento dos sons


durante a deflação do manguito, resultando em valores falsamente baixos para a PAS ou
falsamente altos para a PAD.

Pseudo-hipertensão, que está associada ao processo aterosclerótico, pode ser


detectada pela manobra de Osler, ou seja, a artéria radial permanece ainda palpável após a
insuflação do manguito pelo menos 30 mmHg acima do desaparecimento do pulso radial.

97
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

29. Qual a relação do Eletrocardiograma com o Ciclo Cardíaco? Tente explicar a ima-
gem abaixo:

O gráfico acima mostra a relação entre o trançado eletrográfico e a fisiologia do cora-


ção, relacionando o que acontece no coração com o traçado do eletro.

A onda P do ECG é conectada com a contração atrial, o QRS está conectado com a
contração ventricular e a onda T com a ejeção do ventrículo.

98
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

30. Qual a relação entre os sons cardíacos e o bombeamento cardíaco? (caiu na prova da
VUNESP 2X) Qual a válvula que se fecha no primeiro e no segundo som cardíaco?

O primeiro som cardíaco, ou B1, é causado por um bloqueio súbito do fluxo reverso
do sangue devido ao fechamento das valvas atrioventriculares, valva mitral e valva tricús-
pide, no início da contração ventricular, ou sístole.
O segundo som cardíaco, ou B2, é causado pelo bloqueio súbito do fluxo reverso do
sangue devido ao fechamento da valva aórtica e valva pulmonar no final da sístole ventri-
cular, ou seja, início da diástole ventricular.

31. Quais são os neurotransmissores que aumentam e que diminuem a frequência cardía-
ca? (isso é importante para entender os sintomas das intoxicações exógenas).

A noradrenalina torna a membrana da célula marca-passo mais permeável ao potás-


sio. Com uma saída mais rápida de potássio, a célula retorna ao seu potencial de repouso
mais rapidamente, tornando-a apta a desencadear um novo potencial de ação. Este pro-
cesso acelera os batimentos cardíacos.
A acetilcolina, por sua vez, vai reduzir ainda mais a permeabilidade da membrana da
célula marca-passo ao potássio, fazendo com que leve mais tempo para que a célula retorne
ao seu potencial de repouso e consequentemente demore mais tempo a desencadear um
novo potencial o que reduz a frequência cardíaca.

32. Qual o efeito do nervo vago no coração?


Diminui a frequência cardíaca.

33. O que a febre faz com a frequência cardíaca?

A febre acelera os batimentos cardíacos (para cada grau elevado há aumento de 15


batimentos por minuto).

99
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

30. O que significa cada onda normal do ECG?


P: representa a despolarização atrial.
QRS: corresponde à despolarização ventricular.
T: corresponde à repolarização ventricular (ejeção ventricular).
U: ondas U proeminentes e positivas são encontradas nas bradicardias, na hipopo-
tassemia, nas manifestações cerebrovasculares, na hipertrofia ventricular esquerda, na sín-
drome do QT longo congênito e no hipertireoidismo. Ondas U negativas podem ser vistas na
isquemia miocárdica, nas sobrecargas de ambas as câmaras ventriculares e como manifes-
tação da síndrome do QT longo.

35. Descreva a localização dos focos de ausculta cardíaca.

100
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Foco mitral: 5 EI, LHC ( no ápice cardíaco).


Foco pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo, linha paraesternal.
Foco tricúspide: 4º espaço intercostal direito. Próximo ao apêndice xifoide.
Foco aórtico: 2º espaço intercostal, à direita do esterno.

36. Quais os valores normais da PA em adultos e quais os estágios da hipertensão pela


SBC? (faça uma tabela)

Classificação PAS (mm Hg) PAD (mm Hg)

Ótima < 120 < 80

Normal 121 a 129 81-84

Pré-hipertensão 130-139 85-89

Hipertensão estágio 1 140 – 159 90 – 99

Hipertensão estágio 2 160 – 179 100 - 109

Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110

Fonte: 8ª Diretriz de HAS, SBC,2020.

37. Quais os parâmetros que são utilizados para definição do percentil da PA em crianças?

Sexo (a tabela é diferente para meninas e meninos), altura, valor da PAS e PAD. Con-
sulte a tabela no caderno de atenção básica n. 33.

38. Quais os valores de normalidade da Frequência Cardíaca (FC) por faixa etária? (colo-
que em tabela)

39. Explique a imagem:

101
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

O gráfico descreve os valores de normalidade da pressão arterial em cada tipo de vaso


sanguíneo. As artérias guardam pouco sangue e sob alta pressão; nas veias guardamos
muito sangue (vasos de capacitância) e sob baixa pressão. Observe que, onde ocorre as
trocas gasosas (capilares), o sangue passa bem devagar (baixa pressão), para dar tempo de
ocorrer essas trocas.

40. O que é Complacência Vascular?

A Complacência Vascular é o aumento absoluto do volume a partir de aplicada uma


determinada pressão, ou seja, quanto um vaso pode acomodar de volume a depender do
aumento da pressão. As veias são vasos de alta capacitância, pois guardam 80% do volume
de sangue do corpo.

RESPOSTA DO EXERCÍCIO 7 – SISTEMA VASCULAR

1. Explique como o sistema vascular trabalha para que a célula execute a respiração celu-
lar aeróbica, utilizando a glicose degradada com o oxigênio transformando em energia
e gerando ATP.

102
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

É preciso entender que temos 2 tipos de respiração: anaeróbica e aeróbica (precisa do


O2). As células do nosso corpo são dependentes de O2 e de glicose para ter energia. Na falta
do O2, as nossas células fazem a respiração anaeróbica, o que gera pouca energia e acu-
mula ácido láctico (lactato) produzido pelos músculos.
A respiração serve para produzir ATP (energia). Quando quebramos a glicose prove-
niente dos alimentos junto com o O2, esse processo produz energia para o funcionamento
celular do nosso curso.
O paciente com sepse vai ter pouco oxigênio e vai fazer a respiração anaeróbica,
aumentando o valor do lactato (ácido láctico), que é um importante marcador de sepse, pois
mostra a disfunção de órgãos por falta de perfusão sanguínea.
Vamos revisar rapidamente as etapas da respiração aeróbica: ela ocorre dentro das
mitocôndrias e em tem 3 etapas:

1. Glicólise: quebra da glicose, fase anaeróbica, saldo de 2 ATP e produz ácido pirúvico.

2. Ciclo de Krebs: inicia com o ácido pirúvico nas mitocôndrias.

3. fosforilação oxidativa: usa água e libera energia.

103
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

2. Qual a função das veias?


- Retornar sangue ao coração. São vasos de capacitância (acumula 80% do volume de
sangue do corpo). As veias levam sangue pobre em oxigênio, exceto as veias pulmonares,
que trazem o sangue rico em oxigênio do pulmão para o átrio E.

3. Conceitue vasos sanguíneos e diferencie seus componentes.

COMPOSIÇÃO FUNÇÃO

Garantem a condução do sangue


Veias dos tecidos periféricos para o
coração. Têm válvula.

Garantem que o sangue seja


Artérias levado do coração para outras
partes do corpo.

Regulam principalmente a resis-


tência ao fluxo sanguíneo, e,
Arteríolas
portanto, a pressão sanguínea
periférica.

104
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

É neles que ocorre a troca gasosa


entre o sangue e as células do
Capilares corpo, bem como a entrega de
nutrientes e a captação de excre-
tas do metabolismo.

4. Quais as camadas das artérias?

Túnica íntima, túnica média e túnica adventícia.

5. O que é pulso e quais são os mais palpáveis?

É o impacto do sangue contra a parede arterial produzido pela contração ventricular e


recebem o nome de acordo com a artéria palpada. Os pulsos mais palpáveis são: Carotídeo,
braquial, radial, femoral, dorsal do pé e tibial posterior.

6. Quais as principais artérias e suas características?


Artéria aorta: é a maior artéria do nosso corpo. Essa artéria parte do coração, mais
precisamente do ventrículo esquerdo, e ramifica-se em várias outras artérias.
Artérias Subclávias: ramificam-se em outras artérias que distribuem o sangue para a
cabeça, pescoço e membros superiores.
Artéria pulmonar: parte do coração em direção ao pulmão e bifurca-se em artéria pul-
monar direita e artéria pulmonar esquerda.
Artérias femorais: são prolongamentos da artéria aorta, havendo uma artéria femoral
em cada perna. Além disso, são as principais responsáveis pela chegada de sangue oxige-
nado para os membros inferiores.

105
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Artérias renais: cada rim recebe sangue por meio de uma artéria renal.
Artérias carótidas: artérias, localizadas em cada lado do pescoço, que se estendem
da aorta e garantem que o sangue chegue até o cérebro.
Polígonos de Willis: irriga o cérebro, formado pelas artérias cerebral anterior, artérias
vertebrais (que se unem para formar a artéria basilar) e artéria cerebral posterior.
O Polígono de Willis cai bastante em provas.

106
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

107
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

1. Quais as características do sistema venoso?

• Reservatório de sangue no organismo;


• Grande complacência;
• Baixa resistência;
• Válvulas;
• Bombas auxiliares.

2. O que é pressão coloidosmótica (Pressão oncótica ou pressão osmótica coloidal) e qual


a proteína que influencia nessa pressão?

É a pressão que mantém o líquido dentro do vaso sanguíneo. Essa pressão é formada
pela albumina.

Para entendermos melhor, segue um quadro autoexplicativo:

108
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

3. Cite agente vasoconstritores e agentes vasodilatadores.

VASODILATADORES VASOCONSTRITORES

Óxido Nítrico Endotelina

Bradicinina Norepinefrina

Histamina Epinefrina

Óxido Nítrico: Um vasodilatador liberado por células endoteliais saudáveis.


Endotelina: Um poderoso vasoconstritor liberado pelo endotélio danificado.
Norepinefrina: é hormônio vasoconstritor especialmente potente.
A epinefrina é menos potente, e em alguns tecidos causa até mesmo vasodilatação leve.
Norepinefrina: A substância transmissora da vasoconstrição simpática.
Bradicinina: Diversas substâncias chamadas cininas provocam intensa vasodilatação
quando formadas no sangue e nos líquidos teciduais de alguns órgãos.
A bradicinina provoca intensa dilatação arteriolar e aumento da permeabilidade capilar.

Fazendo uma conexão com farmacologia, existem as medicações vasodilatadoras que têm
efeito anti-hipertensivo (nitroprussiato de sódio – nipride)
e vasoconstrictores (vasoativa – noradrenalina).

4. Faça uma tabela com as diferenças das úlceras arteriais e venosas.

ARTERIAL VENOSA

Trombose venosa profunda, fle-


Causa Doença vascular periférica
bite, veias varicosas
Pele brilhante, fria ao toque, pálida à Coloração marrom, veias varico-
Coloração da pele
elevação e azulada quando pendente sas, eczema, quente

Geralmente profunda, com envolvi-


Aparência Margens rasas, tecidos profundos não afetados
mento de tendões ou músculos
Pode ser em artelhos, pés, calcâneos
Localização Sobre/ Próximo maléolo medial
ou região lateral da perna
Veias varicosas
Doença cardíaca Quadros anteriores de trombose venosa profunda na
Historial de AVC ou de acidente isquê- perna afetada
mico transitório Flebite na perna afetada, fratura, trauma ou cirurgia
Fator de
Diabetes mellitus anterior
risco
Doença arterial periférica incluindo clau- Histórico familiar de doenças venosas
dicação intermitente Sintomas de insuficiência venosa: dor na perna, sen-
Obesidade e sedentarismo sação de pernas pesadas, pernas doridas, comichão,
inchaço, lesões na pele, pigmentação e eczema

109
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Melhorar a circulação com cirurgia


Tratamento Elevação da perna, uso de meias compressivas
(cirurgião vascular)

Quantidade
Grau de exsudação de moderado a intenso
de secreção

5. Cite as principais artérias do corpo e a sua localização.

110
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Imagem do atlas básico de anatomia-terminologia anatômica atualizada.

6. Como funciona a circulação do fígado (sistema porta)?

As veias do baço e do TGI se unem para formar a veia porta, que entra no fígado e leva
sangue em grande quantidade para ser metabolizado. Após o metabolismo, o sangue sai
pela veia hepática para a veia cava inferior, devolvendo o sangue para a circulação sistêmica.
O fígado é nutrido pela artéria hepática, que leva o sangue arterial.

111
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

É importante ressaltar que a veia porta do fígado drena sangue para o fígado, e
não do fígado.

Obs.: As doenças arteriais estão relacionadas a diferentes fatores que envolvem o estilo
de vida das pessoas.
Por esse motivo, destaca-se a aterosclerose, que se tornou um dos problemas que
mais mata pessoas nos países desenvolvidos.
Ela representa as artérias entupidas que resultam do acúmulo de placas de gordura
(chamadas de ateromas), interferindo na circulação normal do sangue.
A formação dos ateromas leva à inflamação das artérias, que se chama aterosclerose.

112
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

RESPOSTA DO EXERCÍCIO 8 – SISTEMA LINFÁTICO

.
1. Quais as funções do sistema linfático?

2. Quais os órgãos que participam do sistema linfático?

113
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

3. Quais as características do timo?

Consiste de dois lobos laterais mantidos em estreito contato por meio de tecido con-
juntivo. Ele limita-se superiormente pela traqueia, a veia jugular interna e a artéria carótida
comum, lateralmente pelos pulmões e inferior e posteriormente pelo coração. Os dois lobos
geralmente variam em tamanho e forma, o direito geralmente se sobrepõe ao esquerdo.
Ele apresenta uma coloração cinzenta rosada, mole e lobulado, medindo aproximada-
mente 5 cm de comprimento, 4 cm de largura e 6mm de espessura. É considerado um órgão
linfático por ser composto por um grande número de linfócitos e por sua função de ativar os
linfócitos. Órgão linfático mais desenvolvido no período pré-natal, involui desde o nascimento
até a puberdade; no idoso é substituído por tecido adiposo.

4. O que é linfa e qual sua composição?

A linfa é um líquido transparente e alcalino semelhante ao sangue e que circula pelos


vasos linfáticos. Porém, ele não possui hemácias. Responsável pela eliminação das impurezas.

5. O que são fendas capilares?

São espaços entre as células, que são abertos em alguns órgãos, que servem para per-
mitir a troca de várias substâncias e em alguns as fendas são bem fechadas (cérebro) onde
só há passagem de oxigênio e gás carbônico.

6. Como funciona o sistema de drenagem linfática?

Todos os canais linfáticos têm válvulas, os espaços entre as válvulas funcionam como
bombas individuais que se contraem para empurrar a linfa pelo sistema linfático. No ducto
torácico, a pressão pode chegar de 50 a 100 mmHg.
Fatores que influenciam na drenagem linfática: contração muscular, movimentos do
corpo, pulsação das artérias adjacentes.

7. O que são linfonodos e qual sua função?

São encapsulados constituídos por tecido linfoide e que aparecem espalhados pelo
corpo sempre no trajeto de vasos linfáticos.
São arredondados, no qual entram artérias e saem veias e vasos linfáticos eferentes. A
linfa entra por vasos linfáticos aferentes na superfície superior. A cápsula de tecido conjuntivo
que envolve o linfonodo envia septos ou trabéculas para seu interior, dividindo o parênquima
em compartimentos incompletos.

114
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

8. Diferencie linfócito T de B.

Linfócito T Linfócito B

Faz parte da resposta imune celular. • Responsável pela imunidade humoral (atacam a
• São ativados e diferenciados no timo. bactéria ou vírus fora da célula).
• T auxiliar (Ta) e T supressor • Diferencia-se em plasmócito
(Ts), T citotóxicos/reguladores (Tc/Treg). (anticorpos – receptores específicos de antígenos).
• Após a ativação antígeno – específica, as células Ta
secretam citocinas, que ativam as células Tc, macrófa-
gos e células natural killer (NK), que produzem outras
citocinas, como o Fator de Necrose Tumoral (TNF),
que tem ação lítica direta sobre as células do tumor;
linfócitos T maduros: CD4+, CD8+ e vários outros.
• Nessa etapa, deixam o timo, entram na circulação e
migram para os órgãos linfoides periféricos (linfono-
dos e pele, entre outros).

9. Explique a imunidade celular e a imunidade humoral.

Imunidade humoral: depende do reconhecimento dos antígenos, através dos


linfócitos B.
Imunidade celular: mecanismo de defesa mediado por células, através dos linfócitos T.

10. Quais os tipos de imunidade e quais as diferenças entre elas?

Imunidade Imunidade
inespecífica específica

Se desenvolve ao longo da vida


Forma como adquirimos Ao nascimento
humana – produção anticorpos

115
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Reconhece as substâncias
Se manifesta de maneira igual
estranhas (antígenos) e gera
Como se manifesta contra diferentes agressores do
células que fabricam proteínas
organismo.
contra elas (anticorpos).
Fagocitose dos macrófagos e
Mecanismo de defesa Linfócitos
Neutrófilos.
pela placenta e
Natural doença
amamentação.
Artificial Soro – anticorpos. Vacina – antígenos atenuados.

11. Qual a relação entre o sistema linfático e o transporte de gordura no corpo?

Entre a cisterna do quilo e o ducto torácico, a linfa tem uma tonalidade mais esbranqui-
çada e leitosa pela presença das gorduras que serão absorvidas nesta região, armazenadas
na cisterna do quilo e posteriormente serão conduzidas à corrente sanguínea por meio do
ducto torácico. Devemos deixar claro que somente nesta região temos a presença de gor-
dura no sistema linfático, pois nas regiões periféricas predomina a presença de linfa clara e
sem gordura.

Vamos fazer uma conexão com as doenças do sistema linfático?

Doenças do sistema linfático envolvem um ou mais do seguinte:


• Obstrução
• Infecção ou inflamação
• Câncer

Obstrução leva ao acúmulo de líquido linfático nos tecidos (linfedema) e geralmente


é secundária a cirurgia, radioterapia, lesão ou, em países tropicais, filariose linfática. Em
casos raros, a causa é uma doença congênita.
Infecção pode causar aumento reacional de linfonodos (linfadenopatia) ou os próprios
linfonodos podem se tornar infectados (linfadenite) por organismos distribuídos ao longo do
sistema linfático a partir do local primário de infecção. Ex.: sífilis e HIV aumentam o volume
dos linfonodos.
Vários cânceres podem se metastizar nos nódulos linfáticos regionais ou locais. Rara-
mente, um câncer primário (p. ex., linfangiossarcoma) se desenvolve no sistema linfático.

116
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

12. Conceitue:
Linfoma: acontece quando os linfócitos e seus precursores, que deveriam nos proteger
contra as bactérias, vírus, dentre outros perigos, se transformam em malignos, crescendo de
forma descontrolada e “contaminando” o sistema linfático.
São divididos em 2 tipos: linfoma de Hodgkin (LH) e linfoma não Hodgkin (LNH).
O LH é caracterizado pela presença de células grandes e facilmente identificáveis no linfo-
nodo acometido, conhecidas como células de Reed-Sternberg. Já o LNH não tem um tipo
celular característico.
Edema: é o intumescimento de partes moles decorrente do aumento de líquido intersticial.
O líquido predominante é água, mas pode haver acúmulo de líquido rico em células e proteínas,
se houver infecção ou obstrução linfática. O edema pode ser generalizado ou local.
Sinal de Godet ou cacifo: sinal clínico avaliado por meio da pressão digital sobre a
pele, por pelo menos 5 segundos, a fim de se evidenciar edema.

Erisipela: ocorre quando uma lesão da pele acomete os vasos linfáticos, causando
uma celulite. Bactérias mais comuns: Streptococcus pyogenes ou Haemophilus influenzae
tipo B. A bactéria migra pela circulação, disseminando-se nos vasos linfáticos, no tecido celu-
lar subcutâneo e na própria pele, causando uma infecção. Por este motivo, a erisipela – cujo
nome vem de um termo grego para “pele vermelha” – é chamada também de linfangite.
Filariose (elefantíase): doença causada pelo parasita Wuchereria bancrofti que obstrui
a circulação linfática.

13. Qual a relação da mastectomia radical e o sistema linfático?


O sistema linfático origina-se nos espaços teciduais do corpo e consistem de capilares,
vasos e ductos linfáticos e respectivos linfonodos, possuindo órgãos relacionados, que são
o baço, as tonsilas e o timo. Exerce função protetora contra microorganismos patogênicos,
acumula as funções de conservação das proteínas plasmáticas extravasadas dos capilares
e absorção de lipídio pelos linfáticos intestinais. Um terço das mulheres submetidas à mas-
tectomia em decorrência à neoplasia de mama cursa com linfedema do membro superior
ipsilateral (mesmo lado da mastectomia).
<https://www.portalnepas.org.br/amabc/article/view/223/219>.

117
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

14. Porque não podemos verificar a pressão arterial no lado que a paciente fez a mastecto-
mia e nem puncionar o acesso nesse lado?

O sistema de vasos linfáticos ajuda a proteger o organismo de infecções e corpos estra-


nhos. As pacientes submetidas ao esvaziamento axilar não têm mais o sistema linfático do
braço do lado operado tão eficiente. Portanto, evite tomar injeções ou vacinas, retirar sangue
e verificar a pressão arterial neste braço.
<https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//cuidados-apos-cirurgia-de-
mama-com-esvaziamento-axilar-2012.PDF>.

RESPOST DO EXERCÍCIO 9 – SISTEMA DIGESTIVO

1. Diferencie digestão de nutrição.

Digestão: conjunto de transformações fisioquímicas ou físico-químicas que os ali-


mentos orgânicos sofrem para se transformarem em moléculas menores, hidrossolúveis
e absorvíveis.
Nutrição: incorporação de novos materiais estruturais e energéticos ao patrimônio
celular e orgânico do indivíduo. É mais ampla que o processo de digestão.

2. Quais os órgãos do sistema gastrointestinal?

a. Boca.
b. Faringe.
c. Esôfago.
d. Estômago.
e. Intestino delgado.
f. Intestino grosso.
g. Reto.
h. Ânus.

118
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

3. Quais os órgãos acessórios do sistema digestório?

a. Dentes.
b. Língua.
c. Glândulas salivares.
d. Fígado.
e. Vesícula biliar.
f. Pâncreas.

4. Onde é produzida e onde é armazenada a bile?

O fígado produz a bile, e a vesícula biliar a armazena.

5. Quais as funções do pâncreas e quais hormônios são produzidos nele?

É responsável pela produção de hormônios e enzimas digestivas. Produção do suco


pancreático, insulina e glucagon.

6. Quais as funções do sistema gastrointestinal?

Responsável por garantir a ingestão do alimento, sua digestão, absorção dos nutrientes
e a eliminação do que não é necessário para o corpo.

7. Qual a função da boca e que tipo de alimento começa a ser digerido nela?

Ingestão do alimento.
• Mastigação do alimento.
• Lubrificação do alimento.
• Deglutição do alimento.
• Ocorre a primeira etapa da digestão química através da amilase salivar, quebrando
os carboidratos.

119
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

8. Qual a função das glândulas salivares, como são divididas e subdivididas?

Produção de saliva,
Formadas por: Um par de parótidas, um par de sublinguais, um par de submandibulares.

9. Como se divide a faringe? Quais destas partes pertencem ao sistema digestório?

Fazem parte do sistema digestório a orofaringe e a laringofaringe.

120
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

10. Quais são as porções do esôfago e suas localizações?

O esôfago é formado por três porções: porção cervical: porção que está em contato
íntimo com a traqueia; porção torácica: é a porção mais importante, passa por trás do brôn-
quio esquerdo (mediastino superior, entre a traqueia e a coluna vertebral); e porção abdomi-
nal: repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado, formando nele a impressão esofágica.

11. Quais as partes do estômago?

Cárdia, fundo, corpo, antro e piloro.

121
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

12. Em crianças, que válvula não é desenvolvida e por isso é comum elas terem refluxo?

A cárdia.

13. Quais são as enzimas do suco gástrico? Quais alimentos são digeridos no estômago?

O suco gástrico contém água, enzimas (pepsina), sais inorgânicos, ácido clorídrico
e uma quantidade mínima de ácido láctico. A sua função é atuar sobre o quimo, proporcio-
nando a digestão gástrica dos alimentos, principalmente das proteínas.

14. Qual a importância do Ângulo de Treitz?

O ligamento de Treitz: ligamento suspensor do duodeno; marco anatômico importante


utilizado para dividir o trato gastrintestinal em uma porção superior e outra inferior.

122
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

É importante no momento de definir se uma hemorragia do sistema gastrointestinal


é alta ou baixa.

15. Quais as funções do fígado?

• Secretar a bile
• Armazenar glicose
• Produzir proteínas nobres, como globulina e albumina
• Desintoxicar o organismo
• Sintetizar o colesterol
• Filtrar micro-organismos
• Transformar amônia em ureia
• Metabolizar drogas e medicamentos

16. Diferencie glicogênese, glicogenólise e gliconeogênese.

Glicogênese: síntese de glicogênio com a união de glicose.


Glicogenólise: quebra do glicogênio para liberar glicose.
Gliconeogênese: formação da glicose pela quebra de proteína e lipídio. Glicogenólise
e gliconeogênese são respostas adaptativas para combater a hipoglicemia.

123
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

17. Qual a função da bile e onde ela atua?

Tem a função de emulsionar lipídios, facilitando a atuação das lipases; atua no duo-
deno, é liberada pelo canal colédoco na ampola de Vater e é formada pela união do ducto
pancreático com o ducto colédoco (biliar comum).

18. Quais as partes do intestino delgado? E quais os dois movimentos que ele faz?

Duodeno, jejuno e íleo.


Movimento de peristalse (muito importante), em relação à compressão, mas há, também,
o movimento de segmentação (mistura).

19. Qual o papel das microvilosidades do intestino delgado?

Finalidade de aumentar a superfície de absorção de nutrientes.

20. Quais são os sucos digestórios lançados no intestino delgado, qual a característica de
cada um deles e como se chama o local que os recebe?

SUCO LOCAL QUE OS RECEBE PRODUZIDO CARACTERÍSTICA

Não contém enzimas digestivas; mas os


Canal colédoco em dire- Fígado / armazenada na sais biliares separam as gorduras em
Bile
ção ao intestino delgado vesícula biliar partículas microscópicas, funcionando
de modo semelhante a um detergente.
Rico em enzimas e com pH em torno de
Suco 9,0; atua na digestão de proteínas, car-
pancreá- Intestino delgado Pâncreas boidratos e lipídios.
tico Rico em bicarbonato de sódio, que neu-
traliza a acidez do quimo.
Possui enzimas que atuam na transfor-
mação, entre outras substâncias, das
Suco proteínas e dos carboidratos.
Mucosa intestinal
entérico Também conhecido como suco intestinal
pH; 7,0; Sua produção é estimulada pelo
hormônio denominado Secretina.

21. Qual função do mesentério?

Une o intestino com a parede do abdômen e permite que ele se mantenha no lugar.

124
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

22. Como é dividido o intestino grosso e quais suas principais funções?

Dividido em 4 partes principais: ceco, cólon (ascendente, transverso, descendente e


sigmoide), reto e ânus.
Principais funções: Reabsorção de água e sais minerais; síntese das vitaminas K e B2
por ação microbiana.
Caiu na prova FGV – válvula íleo-cecal – divisão do intestino delgado e intestino grosso.

23. Qual a finalidade do mesocolo sigmoide?

Mantém o cólon sigmoide em conexão com a parede pélvica.

24. Fale sobre os omentos.

O Peritônio apresenta dois omentos: o maior e o menor.


O Omento Maior é um delgado avental que pende sobre o cólon transverso e as alças
do intestino delgado. Está inserido ao longo da curvatura maior do estômago e da primeira
porção do duodeno.
O Omento Menor estende-se da curvatura menor do estômago e da porção inicial do
duodeno até o fígado.

25. Diferencie digestão química de digestão mecânica.

A digestão mecânica ocorre na boca pelos dentes. A digestão química que atua em todo
o tubo digestório é realizada pelos sucos digestórios e pela amilase salivar.

26. Quais as partes da digestão química? Comente cada uma delas.

No estômago os movimentos peristálticos misturam o bolo alimentar ao suco gástrico,


produzido pelas glândulas da mucosa gástrica. Esse suco contém o ácido clorídrico, que
mantém a acidez estomacal, dando condição favorável ao trabalho das enzimas na digestão.
A pepsina, a principal enzima do estômago, atua na transformação das proteínas, inten-
sificando a digestão química. O hormônio gastrina (produzido no estômago quando o ali-
mento entra em contato com suas paredes) regula a ação da pepsina, que transforma molé-
culas grandes (polipeptídeos) em moléculas menores (dipeptídeos).
O suco alimentar, resultado da digestão química, é chamado de quimo. A passagem do
quimo para o intestino é controlada através da válvula denominada piloro.
No intestino delgado ocorre a maior parte da digestão e assimilação dos nutrientes.
No término do processo realizado no duodeno, o conjunto das substâncias forma um
líquido viscoso de cor branca, denominado quilo, que segue para o jejuno-íleo.

125
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

No jejuno-íleo, grande parte dos nutrientes, resultantes do processo da digestão, é absor-


vida pelo sangue e conduzida para todas as células do organismo. O que não é absorvido – a
água e a massa alimentar, formada principalmente de fibras – passa para o intestino grosso.
O intestino grosso absorve a água e os sais minerais que o intestino delgado não assi-
milou na digestão. O material que não foi digerido forma as fezes, que são acumuladas no
reto (parte final do intestino grosso) e posteriormente empurradas por movimentos peristálti-
cos para fora, através do canal do ânus.

Resumo:

ÓRGÃO SUBSTRATO ENZIMA

Boca Amido Amilase salivar ou ptialina


Proteína Pepsina
Estômago
Lipídio Lipase
Amido Amilase pancreática
Pâncreas Polipeptídios Tripsina
Lipídio Lipase pancreática
Dipeptídeo Erepsina
Intestino delgado Lactose Lactase
Sacarose Sacarase

27. Quais as ações dos hormônios na digestão, seu local de produção, órgão alvo e a fun-
ção de cada uma delas?

São a gastrina, a secretina e colecistocinina.


– A gastrina (produzida pela mucosa gástrica) faz com que o estômago produza o
ácido que dissolve e digere alguns alimentos.
– A secretina (produzida pelo duodeno) faz com que o pâncreas secrete um suco
digestivo rico em bicarbonato. Estimula o estômago a produzir pepsina, uma enzima
que digere as proteínas, e o fígado para que produza bile.

28. A colecistocinina (produzida no duodeno) faz com que o pâncreas se desenvolva e


produza as enzimas do suco pancreático. Também faz com que a vesícula biliar se es-
vazie. Explique as doenças e termos relacionados ao sistema digestivo:

Diarreia: resulta do movimento rápido de material fecal pelo intestino grosso.


Constipação: movimento lento das fezes pelo intestino grosso; frequentemente está
associada à grande quantidade de fezes ressecadas e endurecidas.

126
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Impactação fecal: Fezes endurecidas que ficam presas no reto ou cólon inferior devido
à constipação crônica.
Incontinência fecal: perda involuntária de fezes (líquidas ou sólidas).
Gastrostomia: procedimento cirúrgico que estabelece o acesso à luz do estômago
através da parede abdominal.
Nutrição enteral: é uma forma de alimentação para pacientes que não devem ou con-
seguem se alimentar por via oral.
Nutrição parenteral (NP): alimentos pela via endovenosa. Serve para complementar
ou substituir a alimentação normal, pela via enteral.
Disfagia: dificuldade de deglutição. Existem dois tipos básicos de disfagia, que se dife-
rem quanto à localização e quanto aos mecanismos fisiopatológicos. São elas: disfagia oro-
faríngea, também chamada de disfagia de transferência ou disfagia alta, e a disfagia esofa-
giana, também intitulada disfagia de transporte.
Acalasia: é um distúrbio no qual as contrações rítmicas do esôfago (os denomina-
dos movimentos peristálticos) estão ausentes ou comprometidas, o esfíncter esofágico
inferior não relaxa normalmente e ocorre um aumento na pressão de repouso do esfíncter
esofágico inferior.
Odinofagia: é o termo utilizado para designar a sensação de dor ao engolir alimentos,
ou seja, a dor ao deglutir. O significado de odinofagia vem do grego, sendo que “odyn” é dor
e “phagia” é comer.
Pirose: Queimação ou desconforto nas regiões superior ou média do peito, possivel-
mente envolvendo o pescoço e a garganta, que pode se agravar ao deitar.
Refluxo: Doença digestiva em que o ácido do estômago ou a bile voltam pelo esôfago,
causando irritação na mucosa do tubo alimentar.
Síndrome de vagotomia: síndrome do esvaziamento rápido (dumping): Síndrome
de Dumping.
A Síndrome de Dumping é ocasionada pela passagem rápida do estômago para o intes-
tino, de alimentos com grandes concentrações de gordura e/ou açúcares, em pacientes sub-
metidos a cirurgias gástricas, como a bariátrica e metabólica, como resultado da alteração
anatômica do estômago.
Ela ocorre após a ingestão de alimentos ricos em gordura (óleos vegetais e carnes gor-
durosas) ou em carboidratos simples (doces, leite condensado, mel, chocolates, geleias e
refrigerantes), levando a sintomas como: cefaleia, taquicardia, sudorese, náuseas, fraqueza
e diarreia. Estes sinais podem ser precoces (de 30 a 60 minutos após a refeição) ou tardios
(de 1 a 3 horas após a refeição).
<https://www.einstein.br/doencas-sintomas/sindrome-dumping>.

Xerostomia: sensação de boca seca provocada por fatores diversos, como desidrata-
ção, ronco, hábito de respirar pela boca, cigarro, álcool, má higiene bucal.

127
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Estomatite ou mucosite (esse tema cai muito em provas): Úlceras e inflamações bucais,
conhecidas como estomatites, podem ser leves e localizadas ou graves e disseminadas. São
invariavelmente dolorosas.
A estomatite pode ser causada por infecção local, doença sistêmica, irritantes físicos ou
químicos ou reação alérgica; muitos casos são idiopáticos. Como o fluxo salivar normal pro-
tege a mucosa de muitos distúrbios, a xerostomia predispõe a boca a manifestar estomatite
de qualquer causa.

Estomatite por herpes

CLINICA CLAROS/SCIENCE PHOTO LIBRARY

128
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Estomatite por Candida

IMAGEM FORNECIDA POR JONATHAN A. SHIP, DMD.

As origens específicas mais comuns no geral incluem:


• Estomatite recorrente (EAR) – também chamadas úlceras aftosas recorrentes (UAR)
• Infecções virais, particularmente herpes simples e herpes zoster
• Outros agentes infecciosos (Candida albicans e bactérias)
• Trauma
• Tabaco, alimentos ou substâncias químicas irritantes
• Quimio e radioterapia

Sialadenite: é a inflamação e aumento de uma ou mais glândulas salivares maiores.


Afeta mais comumente as glândulas parótidas e submandibulares.

Obs.: importante lembrar que o mesentério virou órgão em 2017.

Obs.: lembrar de ter na mente a imagem dos órgãos, pois algumas bancas costumam
cobrar essas localizações.

129
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Obs.: importante lembrar também que o fundo do estômago é responsável pelo fator intrín-
seco, que permite a absorção da vitamina B12 no intestino delgado. Pessoas que
se submetem a uma cirurgia bariátrica perdem essa função do fator intrínseco, logo,
precisam fazer o uso de vitamina B12.

Obs.: memorizar a imagem do estômago, pois algumas questões cobram as partes dele
com relação a outros órgãos.

Obs.: cuidado para não confundir o local em que ocorre a reabsorção da vitamina B12, pois
é no intestino delgado. No intestino grosso ocorre a reabsorção da vitamina B2. Essa
é uma pegadinha recorrente em provas.

Relembrando:

ENZIMA DIGESTÓRIA LOCAL DE PRODUÇÃO SUBSTÂNCIA- ALVO AÇÃO

ptialina glândulas salivares amido Decompõe amido em maltoses


Decompõe proteínas em fragmen-
pepsina estômago proteínas
tos menores
Decompõe a sacarose em glicose
sacarase intestino delgado sacarose
e frutose
Decompõe a lactose em glicose e
lactase intestino delgado lactose
galactose
Decompõe lipídios em ácidos
lipase pâncreas lipídios
graxos e gliceróis
Decompõe proteínas em fragmen-
tripsina pâncreas proteínas
tos menores
amilase pancreática pâncreas amido Decompõe amido em maltoses
Decompõe maltose em glicoses
maltase intestino delgado maltoses
livres
fragmentos de Decompõe os fragmentos protei-
peptidase intestino delgado
proteínas cos em aminoácidos

130
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

RESPOSTA EXERCÍCIO DE ANATOMIA E FISIOLOGIA N. 10


SISTEMA ENDÓCRINO

1. O que são os neurotransmissores?

São definidos como mensageiros químicos que transportam, estimulam e equilibram


os sinais entre os neurônios, ou células nervosas e outras células do corpo. Esses mensagei-
ros químicos podem afetar uma ampla variedade de funções físicas e psicológicas, incluindo
frequência cardíaca, sono, apetite, humor e medo.

2. Cite quem secreta:

a. proteínas e polipeptídios: hormônios formados por proteínas. Ex.: produzidos na


medula da adrenal, hipófise anterior e posterior, pâncreas e paratireoide.
b. esteroides: córtex adrenal, ovários, testículos e placenta.
c. derivados da tirosina: tireoide e medula adrenal.

Lembre-se de que a tirosina é um aminoácido que ligado às moléculas de iodo


e formam os hormônios tireoidiano (T3 – ligado a 3 moléculas de iodo) e T4 (tirosina
ligada a 4 moléculas de iodo).

3. Qual a função do sistema endócrino?

Controlar as atividades metabólicas do organismo, atuando por sinais químicos, através


dos hormônios.

4. O que são hormônios?

São substâncias químicas produzidas pelas glândulas, tecidos especializados e neurô-


nios, que equilibram as funções biológicas do corpo.

5. Quais as principais glândulas endócrinas?

Hipotálamo, hipófise, paratireoides, tireoide, adrenais, pâncreas, ovários e testículos.

131
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

6. Quais as funções do hipotálamo e que hormônios ele produz?

A principal função do hipotálamo é manter a homeostase, produzir a ocitocina e o


ADH (antidiurético).

132
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Libera fatores que regulam a atividade da adenohipofise. Auxilia na regulação da tem-


peratura corporal, sensação de fome, sede, estresse emocional e comportamento sexual, e
é indutor dos ritmos biológicos (ciclos circadianos).

7. Quais os hormônios produzidos na: (especifique também a função de cada um)

a. adeno-hipófise;
b. neurohipófise;
c. tireoide;
d. paratireoide;
e. suprarrenais córtex;
f. suprarrenais medulas.

O hipotálamo é uma estrutura do SNC que produz hormônios que estimulam a hipófise,
que por sua vez estimula as glândulas do nosso corpo. É importante fazer essa relação de
hormônios nesses três processos para entender que qualquer problema nessa correlação vai
gerar doenças.

133
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

A hipófise tem 2 partes. Na parte anterior, os hormônios são produzidos pelo estímulo
do hipotálamo; na parte posterior, ela apenas armazena os dois hormônios produzidos no
hipotálamo (ADHe ocitocina).

Tipos celulares da hipófise:

• somatotrofos – GH
• lactotrofos – Prolactina
• tireotrofos – TSH
• corticotrofos – ACTH
• gonadotrofos – FSH e LH

134
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

135
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Hormônio Função
TRH (tireotrofina) CRH
Hipotálamo Estimulam a hipófise.
GNRH GHRH PRH
GH: Atua nos ossos e no metabolismo e crescimento.
Prolactina: proteína que atua na produção de leite pelas
glândulas mamárias.
Hormônio do crescimento
ACTH: polipeptídeo que estimula o córtex da suprarrenal
(GH) Prolactina Adenocor-
para produzir cortisol.
ticotropina (ACTH)
TSH: estimula a tireoide para sintetizar e liberar T3 e o T4.
Adenohipófise Hormônio estimulador da
FSH: estimula o amadurecimento dos folículos, regula o cres-
tireoide (TSH) Gonadotro-
cimento, desenvolvimento, puberdade, reprodução e secre-
finas (folículo estimulante
ção de hormônios sexuais pelos testículos e ovários. Nos
(FSH) e luteinizante)
homens: FSH espermatogênese Luteinizante: nas mulhe-
res: amadurecimento dos folículos, ovulação e produção de
progesterona. LH no homem: produção de testosterona.
NÃO produz hormônio. Oxitocina: contrações uterinas e liberação do leite.
Neurohipófise Armazena e libera o ADH ADH: Responsável pela reabsorção de água nos rins, redu-
(antidiurético) e aoxitocina zindo o volume da urina e perda excessiva de água.
Regulação de cálcio e fósforo no sangue e aumento da
absorção de vitamina D. Em uma concentração mais baixa,
Paratireoide Paratormônio tal hormônio retira o cálcio dos ossos, enviando à corrente
sanguínea, e aumenta a absorção deste no intestino e sua
reabsorção nos túbulos renais.
Cortisol: estimula a formação de carboidratos a partir de pro-
teínas e outras substâncias, processo chamado de gliconeo-
gênese. Esse hormônio também diminui a utilização de gli-
Suprarrenais cose pelas células, aumenta o armazenamento de glicogênio
Cortisol Aldosterona
córtex pelo fígado, mobiliza ácidos graxos que serão úteis na produ-
ção de glicose e impede o desenvolvimento de inflamações.
Aldosterona: auxilia na retenção de sódio, agindo no equi-
líbrio dos líquidos.
Adrenalina: tem efeito contrário ao da insulina, sendo libe-
rada quando o nível de glicose no sangue está baixo. Ela
também atua como um neurotransmissor, sendo liberada
Suprarrenais
Adrenalina Noradrenalina quando há estresse físico ou mental.
medulas
Noradrenalina: esse hormônio acelera os batimentos car-
díacos e mantém a tonicidade muscular nos vasos sanguí-
neos, controlando a pressão sanguínea.
Controla a velocidade do metabolismo celular, manutenção
Tireoide Tiroxina
do peso, calor corporal, crescimento e ritmo cardíaco.

136
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

8. O pâncreas é uma glândula mista. Quais hormônios são produzidos na porção endócrina?

Função endócrina, responsável pela produção de insulina e de glucagon, e a função exó-


crina, responsável pela produção de enzimas envolvidas na digestão e absorção dos alimentos.

9. Qual a importância das ilhotas de langerhans?

Distinguem-se quatro tipos de células de ilhotas, são elas:

Células alfa (A): secretam glucagon.

Células beta (B): secretam insulina e amilina.

Células delta (D): sintetizam somatostatina (são produzidas pelo hipotálamo e


pelo pâncreas).

10. Qual a importância da insulina e do glucagon?

Insulina: metabolismo da glicose, gordura e proteína.

Glucagon: antagonista da insulina, aumentando os níveis plasmáticos de glicose.

137
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

11. Qual a causa da diabetes tipo 1 e do tipo 2?

Diabetes tipo 1: autoimune, na qual os anticorpos do próprio paciente atacam e des-


troem parte do pâncreas, especificamente as células produtoras de insulina, conhecidas
como células beta das ilhotas de Langerhans.

DM2 é um tipo de diabetes que ocorre por uma insuficiente ação da insulina na circula-
ção sanguínea. O pâncreas produz insulina, mas os tecidos não reconhecem sua presença,
impedindo que a glicose possa entrar para dentro das células, um processo conhecido como
resistência à insulina.

12. Quais os hormônios produzidos nas gônadas masculinas e nas femininas? De quais
hormônios elas sofrem influência?

Testículos (homem): localizados no interior da bolsa escrotal.

Sofre influência dos hormônios FSH e LH produzidos pela adenohipófise.

Os espermatozoides são armazenados no epidídimo; na hora da ejaculação, os esper-


matozoides migram pelo ducto deferente.

Aparecimento das características sexuais secundárias masculinas (barba, pêlos pubia-


nos, engrossamento da voz, desenvolvimento da musculatura etc.).

Amadurecimento dos órgãos genitais. Libido sexual.

FSH → induz a produção de espermatozoides (também depende do estímulo das célu-


las de Sertoli).

LH → induz a produção de testosterona por meio das células de Leydig.

Ovários (mulher): localizados no interior da cavidade pélvica.

Hormônios produzidos: estrógeno e progesterona.

Sofrem influência dos hormônios FSH e LH produzidos pela adenohipófise.

138
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

13. Como funciona o ciclo menstrual?

O hormônio primário, que vem do hipotálamo, é um neuro-hormônio denominado GnRH


(hormônio liberador de gonadotrofina), que estimula a hipófise a produzir LH e FSH. Esses
hormônios serão levados da hipófise anterior até as gônadas. No ovário já se encontra for-
mado o folículo primário, que mediante FSH começa a crescer na denominada fase folicular.
Quando o folículo está em desenvolvimento, já ocorre um aumento nos níveis de estrógeno,
com objetivo de formar uma camada no útero para se preparar para receber a fecundação.
O auge do desenvolvimento folicular é a liberação do óvulo, que culmina com o pico do LH.
O óvulo sai do ovário e vai para a trompa. Mediante o resto folicular, ele vira o corpo lúteo
que dá início à produção de progesterona, que tem por função trazer vasos e circulação para
o endométrio, nutrindo-o. O corpo amarelo murcha até virar um corpo branco, desaparece e
deixa de produzir progesterona. Se não ocorrer fecundação, todo o tecido montado no útero
começa a descamar, dando início a um novo ciclo menstrual.

14. Conceitue:

Diabetes: é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue
empregar adequadamente a insulina que produz.
Pancreatite: é uma inflamação do pâncreas, que pode ser aguda ou crônica.
Hipertireoidismo: é a produção em excesso do hormônio tiroxina. Pode acelerar
o metabolismo.
Hipotireoidismo: Condição na qual a glândula tireoide não produz a quantidade sufi-
ciente de hormônio da tireoide.
Doença de Cushing: ocorre quando o organismo é exposto a altos níveis de corti-
coide, seja por meio de medicações (corticóides são usados em alergias, asma, doenças
reumatológicas e outras) ou pela produção excessiva do hormônio cortisol, produzido nas
glândulas suprarrenais.

139
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Doença de Addison: glândulas adrenais não produzem hormônios suficientes (insu-


ficiência adrenal primária), pode ser causada por reação autoimune, câncer ou infecção. A
pessoa com doença de Addison sente fraqueza, cansaço e tontura ao se levantar após estar
sentada ou deitada e pode apresentar manchas escuras na pele.

Acromegalia: Distúrbio em adultos em que a glândula pituitária produz hormônio de


crescimento em excesso.

A acromegalia geralmente é causada por um tumor benigno. Adultos de meia idade são
os mais afetados. Os sintomas incluem o alargamento do rosto, das mãos e dos pés.

Prolactinoma: Um tumor secretor de hormônio na glândula pituitária.

A glândula produtora de hormônios no cérebro (glândula pituitária) produz prolactina em


excesso, diminuindo os níveis de alguns hormônios sexuais. Isso é causado por um tumor
benigno na glândula.

140
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Os sintomas mais comuns incluem secreção na mama e períodos menstruais irregula-


res nas mulheres. Os homens podem ter diminuição do desejo sexual e aumento da mama.
O prolactinoma pode causar problemas de visão e infertilidade.

Hipopituitarismo: é a diminuição da atividade da hipófise que resulta em deficiência de


um ou mais hormônios hipofisários.

Pode ser causado por inúmeros fatores, inclusive determinados distúrbios inflamató-
rios, um tumor da hipófise ou um suprimento insuficiente de sangue para a hipófise.

Adenocarcinomas: O tipo mais comum de câncer de pâncreas é o adenocarcinoma.


Costumam ser tumores agressivos, pois muitas vezes crescem sem provocar sintomas e,
quando descobertos, encontram-se em estágios avançados.

Cetoacidose diabética: Complicação grave do diabetes que ocorre quando o corpo


produz ácidos sanguíneos (cetonas) em excesso.

Esse problema ocorre quando não há insulina suficiente no corpo. Pode ser desenca-
deado por uma infecção ou outras doenças.

Os sintomas incluem sede, micção frequente, náuseas, dor abdominal, fraqueza, hálito
cetônico (odor característico, similar ao de frutas envelhecidas) e confusão mental.

Diabetes Insipidus: deficiência de ADH e causa produção exagerada de urina.

141
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

RESPOSTA DO EXERCÍCIO ANATOMIA E FISIOLOGIA


N. 11 SISTEMA RENAL

1. Quais são os órgãos do sistema urinário?

Órgão secretor: dois rins


Órgãos excretores: dois ureteres, uma bexiga, uma uretra.

2. Quais as características dos rins?

Órgãos de cor marrom-avermelhada, com cerca de 10 cm de comprimento.

Parte externa córtex (néfrons).

Parte interna medula (alça de Henle, vasos, ductos coletores, pirâmides renais, cálices
e pelve renal).

Recebe 20% a 25% do débito cardíaco. Irrigado pela artéria renal (aorta abdominal).
Parte externa: córtex.

Parte interna: medula.

142
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

3. O que são:

a. néfrons: unidades funcionais que são responsáveis pela filtração do sangue e forma-
ção da urina.
b. hilo renal: local em que entra a artéria renal e sai a veia renal e a pelve renal.
c. ureter: longos tubos fibromusculares que conectam cada rim à bexiga. Medem, apro-
ximadamente, 24 a 30 cm de comprimento.
A urina formada nos rins, por meio dos néfrons, flui para dentro da pelve renal e, em
seguida, para dentro dos ureteres.
d. uretra: é o canal que conduz a urina do interior da bexiga para fora do corpo. Ela ter-
mina no pênis ou na vulva.
Anatomicamente a uretra feminina e a masculina são diferentes, a feminina é mais cur-
ta, por isso as mulheres têm mais infecção urinária.

4. Quais são as funções do rim?

a. Formação da urina (excreção de produtos residuais);


b. Regulação da composição iônica do sangue (eletrólitos);
c. Manutenção da osmolaridade do sangue (retendo ou liberando sódio);
d. Regulação do volume sanguíneo (balanço hídrico);
e. Regulação da pressão arterial (produz renina);
f. Regulação do pH do sangue (equilíbrio acidobásico);
g. Liberação de hormônios (eritropoietina – Regulação da produção de eritrócitos);
h. Regulação do nível de glicose no sangue;
i. Metabolismo da vitamina D;
j. Regulação do equilíbrio do cálcio e do fósforo;
k. Ativação do hormônio do crescimento.

5. O que é a bexiga? Qual é a sua função?

Um músculo oco, liso e elástico, que funciona como reservatório, armazena a urina
até esta ser eliminada.

6. O detrusor pode ser dividido em duas porções com base nas diferenças regionais de
sua inervação simpática, como seria essa divisão?

A porção localizada acima dos orifícios ureterais, denominada corpo vesical, que com-
preende sua maior parte; e a base, que incorpora o trígono e o colo vesical.

143
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

7. Comente sobre a inervação da bexiga.

A inervação da bexiga é feita através do plexo hipogástrico, oriundo de T10 a L4,


contendo apenas fibra simpáticas, e o plexo pélvico oriundo de S2 a S4, contendo fibras sim-
páticas (plexo hipogástrico) e parassimpáticas. Esses sistemas autonômicos promovem
a liberação de neurotransmissores (noradrenalina e acetilcolina) que estimulam os neurore-
ceptores: muscarínicos (sobretudo M3), beta-adrenérgicos e alfa-adrenérgicos e nicotítini-
cos, existentes nas paredes da bexiga, colo vesical e uretra.

O controle da micção é feito no centro pontino da micção (tronco encefálico no SNC) e


pelo envio das informações pelas partes medulares citadas acima.

8. Diferencie a uretra feminina da masculina.

A uretra feminina é mais simples que a masculina: localiza-se logo atrás do púbis e
antes da vagina. Na mulher, a uretra é mais curta com certa de 5 cm de comprimento e 8 mm
de diâmetro. Enquanto a uretra masculina é mais complexa e tem cerca de 16 cm e de 8 e
10 mm de diâmetro, desde a bexiga até o final do pênis.

144
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

A uretra masculina tem três partes: prostática, membranosa e esponjosa. A primeira


inicia-se logo após a saída do colo vesical até a extremidade inferior da próstata, atraves-
sando a glândula prostática. A segunda está envolvida por uma densa camada de músculo
esquelético, que constitui o esfíncter externo uretral (o esfíncter voluntário), e vai desde a
próstata até a raiz do pênis. A terceira é a mais longa, segue o corpo esponjoso do pênis e
termina no meato da glande.

9. O que é filtração glomerular?

A filtração renal é a primeira etapa, que ocorre quando o sangue passa pelo rim, mais
especificamente no glomérulo. A diferença de pressão faz com que as substâncias saiam
dos vasos do glomérulo e passem para a cápsula de Bowman, formando o filtrado glomeru-
lar. Esse processo não é seletivo, passando todas as moléculas e substâncias pequenas e
ficando retidas as macromoléculas.

10. O que é a taxa de filtração glomerular?

(TFG) é o volume de líquido que é filtrado para dentro da cápsula de Bowman, locali-
zada no glomérulo, por unidade de tempo e é influenciada pela pressão de filtração, pressão
hidrostática criada pela cápsula de Bowman e o coeficiente de filtração glomerular, além da
regulação do fluxo sanguíneo das arteríolas glomerulares. Quando é mantida a pressão arte-
rial média entre 80 mmHg e 180 mmHg, a TFG normal é maior que 90 nos exames laborato-
riais. Essa taxa serve para classificar os estágios da insuficiência renal crônica.

145
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

11. Onde exatamente é reabsorvida a água filtrada no rim?

12. Como acontece a reabsorção da glicose?

O túbulo contorcido proximal é o maior responsável pela reabsorção da glicose. Já as


demais estruturas (ramo ascendente da alça de Henle, túbulo contorcido distal, túbulos cole-
tores) atuam na síntese, armazenamento e oxidação desse combustível energético.

Atualmente temos uma medicação antidiabética nova que atua impedindo essa reab-
sorção da glicose nesse túbulo contorcido proximal e acaba liberando o excesso de glicose
na urina. São os medicamentos inibidores de receptores da SGLT2.

Ex. empagliflozina (Jardiance ®) e dapagliflozina (Forxiga®).

146
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

13. Quais as partes do néfron?

Corpúsculo renal: em uma das extremidades do néfron, localiza-se a cápsula renal


ou glomerular, onde em seu interior encontra-se o glomérulo capilar.

A cápsula renal é uma camada de células epiteliais que envolve o glomérulo. O glo-
mérulo capilar é um novelo de capilares sanguíneos. O conjunto da cápsula renal e glomérulo
formam o corpúsculo renal.

Túbulo néfrico: a cápsula renal liga-se ao tubo néfrico. Este apresenta três regiões
distintas: o túbulo contorcido proximal, a alça néfrica ou de Henle e o túbulo contorcido
distal, que desembocam no ducto coletor.

Ducto Coletor: responsável por conduzir a urina produzida até o ureter.

147
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

14. Cite o percurso de formação da urina.

1. Qual a composição da urina?

95% de água e 2% de ureia. Nos 3% restantes, podemos encontrar hormônios fosfato,


sulfato, amônia, magnésio, cálcio, ácido úrico, creatina, sódio, potássio e outros elementos.

2. Qual a relação do rim com o controle da pressão?

Se a pressão aumenta, os rins aumentam a excreção de sal e água, o que reduz o


volume sanguíneo e faz a pressão retornar ao normal.

Se a pressão cai, os rins diminuem a excreção de sal e água e, consequentemente, o


volume sanguíneo aumenta e a pressão retorna ao normal.

A queda da pressão ativa o SRAA, descrito abaixo.

3. Descreva como funciona o sistema renina-angiotensina-aldosterona.

O angiotensinogênio do fígado é transformado em angiotensina 1 pela ação da renina


(produzida no rim). A angiotensina I é transformada em angiotensina II pela enzima ECA 9,
enzima conversora de angiotensina (produzida no pulmão). A angiotensina II é vasocontraic-
tora e aumenta a pressão, bem como estimula o córtex da suprarrenal para produzir aldoste-
rona que retém sódio e água.

4. Qual a relação do rim com a eritropoietina?

148
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Eritropoetina ou EPO é um hormônio que controla a eritropoiese, ou a produção de


células vermelhas do sangue. Ela é produzida no rim. O estímulo para produção da EPO é a
baixa concentração de oxigênio.

A baixa da pressão parcial em oxigênio, a diminuição do O2 no sangue.

5. Conceitue:

Cistite: é uma inflamação ou infecção causada por bactérias que atingem a bexiga. A
maior parte das ITU são causadas pela bactéria Escherichia coli.
Uretrite: infecções que acometem a uretra, têm diversas causas, entre elas a bactéria
Nesseria gonorrheae, a mesma que causa gonorreia.
Nefrite: é uma síndrome que provoca inflamação do rim. Pode afetar tanto homens
quanto mulheres.
Infecção urinária: infecção em alguma parte do sistema urinário, nos rins, na bexiga
ou na uretra.
Insuficiência renal: é a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar suas
funções básicas, entre elas a de filtrar o sangue para eliminar substâncias nocivas ao orga-
nismo e a manutenção do equilíbrio de eletrólitos no corpo. Pode ser aguda por hipovole-
mia, produtos tóxicos que lesionam os rins ou por obstrução ao fluxo urinário. Pode
acontecer de forma progressiva e crônica, após três meses de redução da função uri-
nária sem recuperação é classificado em DRC.
Doença renal crônica: (DRC) é a deterioração da função renal de longa duração
e progressiva.
Cálculo renal: Massa sólida que se forma nos rins, criando pequenos cristais que cos-
tumam provocar dor intensa ao se movimentarem.
Incontinência urinária: Perda de controle da bexiga, variando de uma ligeira perda de
urina após espirrar, tossir ou rir até a total incapacidade de controlar a micção. É importante
conhecer os tipos de incontinência urinária. No caderno de atenção básica n. 19 tem
uma tabela resumo bem interessante e que é muito cobrada em provas por todas as
bancas, principalmente a VUNESP e Sarah.
Bexiga neurogênica: é a disfunção da bexiga (flácida ou espástica) causada por lesão
neurológica (cerebral ou medular). Os sintomas podem incluir incontinência por transborda-
mento, frequência, urgência, incontinência e retenção.

149
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

RESPOSTA DO EXERCÍCIO N. 12 – SISTEMA HEPÁTICO

1. O que é o fígado? Quais as suas funções?

Órgão do sistema metabólico maciço, com aproximadamente 20 cm de diâmetro, 17 cm


de altura e peso médio de 1,4 kg, localizado no quadrante superior direito da cavidade abdo-
minal, logo abaixo do diafragma.

Funções:
• Metabolismo de nutrientes: gorduras, proteínas e glicose;
• Transforma amônia (produto da degradação de proteína) em ureia (ciclo da ornitina);
• Armazena ferro, vitaminas (A, D, E, K e B12);
• Produz angiotensinogênio, fibrinogênio, albumina e protrombina;
• Participa da defesa com as células de Kupffer;
• Síntese do colesterol;
• Produz a bile; e
• Participa da eliminação da bilirrubina.

2. O que é metabolismo?

Metabolismo é a soma de processos químicos e físicos que ocorrem dentro de um


organismo vivo.

Tipos de metabolismo

a. Catabolismo → quebra de uma substância para obter energia.


b. Anabolismo → capacidade que o organismo possui de transformar uma substância
em outra que sirva para seu desenvolvimento e reparação.

3. Descreva com poucas palavras o sistema porta (circulação hepática).

Veia porta é uma veia que entra em um órgão. Sua função é levar o sangue do sistema
digestivo para ser processado e metabolizado no fígado. O sangue do sistema digestivo
drena em uma circulação venosa especial chamada circulação porta. Isto é porque contém

150
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

todos os nutrientes e toxinas que são absorvidos ao longo do trato digestivo da comida inge-
rida. Antes de essas substâncias irem para a circulação sistêmica, elas devem ser filtradas
primeiro para remover ou desintoxicá-las.

O sangue passa dentro dos ácinos hepáticos, que é a unidade funcional do fígado. As
células estão dispostas em zonas concêntricas que cercam os vasos aferentes terminais.

Microscopicamente, o sangue circula pelo fígado por uma série de sinusóides, cavida-
des de baixa resistência, que recebem o sangue oriundo dos pequenos ramos da veia porta
e da artéria hepática.

No meio de cada lóbulo há a veia central, que junta o sangue para enviar para a veia
hepática, onde o sangue volta para a circulação sistêmica para a veia cava.

Analise a imagem abaixo para diferenciar lóbulo (poliédrico), ácino (triângulo que formam
o poliedro). Dentro de cada ácino vamos ter as zonas que recebem sangue de forma diferente.

151
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

4. Qual é a função da célula Ito? E a da Kupffer?

Células de Kupffer: fagocitar substâncias estranhas presentes no sangue dos


seios hepáticos.

As células Ito: são as células de depósito de gordura quebradas ou os lipócitos do


fígado, são um tipo de célula localizada no espaço perisinusoidal de Disse.

5. O que é o espaço de Disse?

Espaço de Disse é o espaço que existe entre os capilares sinusóides (onde estão pre-
sentes as células de kupffer) e os hepatócitos.

6. Como é feito o suprimento sanguíneo do fígado?

Pela artéria hepática.

7. Fale sobre o metabolismo da bilirrubina.

152
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

A bilirrubina é um produto da hemácia que, quando quebrada no baço, libera a bilir-


rubina na circulação. A bilirrubina é carreada para o fígado, que a converte em uma forma
solúvel e envia para a vesícula biliar junto com a bile para ser liberada no intestino delgado
e liberada nas fezes. Um pouco de bilirrubina é reabsorvida no intestino e levada ao rim para
ser liberada pela urina.

8. Conceitue:

Icterícia: é uma coloração amarela da pele e/ou olhos causada por um aumento na
concentração de bilirrubina na corrente sanguínea (hiperbilirrubinemia). Pode ocorrer por
insuficiência hepática para processar a bilirrubina ou por exagero na quebra das hemácias
(hemólise), por exemplo na transfusão de sangue incompatível ou eritroblastose fetal.

Ascite: acúmulo de líquido no peritônio, cavidade abdominal. A causa pode ser a insu-
ficiência hepática ou insuficiência cardíaca.

153
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Esteatose hepática: é um distúrbio que se caracteriza pelo acúmulo de gordura no


interior das células do fígado.

Cirrose: é uma doença crônica do fígado que se caracteriza por fibrose e formação de
nódulos que bloqueiam a circulação sanguínea. Pode ser causada por infecções ou inflama-
ção crônica. A causa mais comum é a cirrose alcoólica, mas pode ocorrer por excesso de
gordura (esteatose hepática).

Hepatite: infecções virais que ocorrem pela contaminação por vírus de diversos tipos
(A e E – transmissão fecal oral, B, D e C, transmissão parenteral).

Insuficiência hepática aguda: ocorre grave deterioração da função do fígado, com-


prometendo a função do fígado em todas as funções. Pode ocorrer secundário a infecções
graves, cirroses avançadas e outras causas.

Terminamos as principais partes relacionadas ao sistema hepático. Na aula de clínica


médica sobre o sistema hepático vamos precisar desses termos aqui trabalhados. Siga firme
e forte rumo a sua aprovação.

RESPOSTA DO EXERCÍCIO 13 – SISTEMA HEMATOLÓGICO

1. Quais os elementos figurados do sangue e onde são produzidos?


• Glóbulos vermelhos (hemácias);
• Glóbulos brancos (leucócitos);
• Plaquetas.

2. Cite algumas funções do sangue.

Transporte:
• Nutrientes e gases.
• Produtos do metabolismo.
• Metabólitos.
• Hormônios e outras moléculas sinalizadoras.
• Eletrólitos (sais).

154
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Outras funções:
• Nutrição e eliminação de metabólitos.
• Hormonal (gls. endócrinas).
• Regulação térmica.
• Trocas gasosas (O2 e CO2).
• Defesa imunológica (LEUCÓCITOS)

3. Qual a composição sanguínea? Conceitue cada componente.

O sangue é uma mistura de células e plasma. O plasma é a parte líquida em que ficam
dissolvidos íons e algumas substâncias. As células estão na parte sólida do sangue, sendo
as hemácias mais pesadas; portanto, descem ao serem centrifugadas. Os leucócitos ficam
em uma camada intermediária, entre o plasma e as hemácias, após a centrifugação.

As células vermelhas são chamadas de eritrócitos ou hemácias; contudo, os reticulóci-


tos (células de hemácias imaturas) também estão presentes na corrente sanguínea.

As plaquetas são pedaços de megacariócitos que atuam para fechar e formar o tampão
inicial da cascata de coagulação antes da fibrina.

As células brancas são formadas por leucócitos que, a depender da presença de alguns
grãos, serão chamados de granulócitos ou, caso não haja a presença de grãos, serão cha-
mados de agranulócitos.

155
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

4. Onde encontramos medula óssea vermelha, quais as características dessa medula e


sua função?

A medula óssea é um tecido gelatinoso encontrado no interior dos ossos, sendo


essa estrutura responsável pela produção dos componentes figurados do sangue. A
medula óssea vermelha é formada basicamente pelas células sanguíneas e suas precur-
soras. Ao nascer, observa-se que toda a medula óssea tem a coloração vermelha devido à
grande quantidade de hemácias, aos poucos, no entanto, percebe-se uma redução da produ-
ção de células sanguíneas e verifica-se que a medula vai sendo infiltrada por tecido adiposo.

5. Como são formadas as hemácias (eritrócitos)?

A medula óssea é o cerne da eritropoiese que se realiza pela diferenciação das células-
-tronco em reticulócito, que é liberado na circulação. Após o período de um ou dois dias, o
reticulócito perde o retículo e torna-se um eritrócito.

6. Cite as características das hemácias, suas funções e suas alterações:

156
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Característica Funções
Microcitose: diminuição do tama-
nho dos eritrócitos associada à
Discos bicôncavos 120 dias
deficiência de ferro e talassemias.
de vida Transporte de O2 e
Hemácias Macrocitose: o aumento de tama-
Flexíveis Hemoglobina CO2
nho das hemácias deficiência de
Contém água, hemoglobina, (HEMOGLOBINA).
vitamina B12, folatos, em quimio-
íon, enzimas e glicose
terapias, doenças hepáticas, hipo-
tireoidismo e mieloma.
Neutrofilia: aumento no número de
neutrófilos
Neutropenia: consiste na redução
da contagem de neutrófilos no
sangue.
Neutrófilos: Eosinofilia: Nível elevado de glóbu-
• Polimorfonucleares: los brancos que combatem doen-
2-5 lóbulos. ças, conhecido como eosinófilos
• Granulócitos. Funções dos neutrófi- no sangue.
• Células brancas. los: Eosinopenia: Um número reduzido
Fagócitos ávidos. de eosinófilos no sangue, pode
• Grânulos
• Defesa ocorrer na síndrome de Cushing,
Eosinófilos:
imunocelular contra em infecções da corrente sanguí-
• Polimorfonuclear:
bactérias. Funções nea (sepse) e no tratamento com
2-3 lóbulos.
dos eosinófilos: corticosteroides
• Muitos grânulos eosinofíli-
• Defesa contra parasi- Linfocitopenia: é um número anor-
cos (ácidos). toses. malmente baixo de linfócito. Muitos
Linfócitos: Diferenciação: • Participa dos proces- distúrbios podem reduzir o número
• Linfócito B: Plasmócitos de linfócitos no sangue, mas infec-
sos alérgicos.
(Ac), Célula B de memória. ções virais (incluindo AIDS) e des-
Linfócitos
• Linfócito T: Célula T
• T: faz parte da nutrição são os mais comuns.
auxiliar, Célula T supressora, Leucocitose: pode ser definida
defesa celular.
Célula T citotóxica. • B: humoral (atua fora como um
Monócitos: da célula na produção aumento, acima dos valores de
• Microvilosidades e de anticorpos específi- referência, da quantidade de gló-
vesículas. cos). bulos brancos em nosso sangue.:
• Monócitos → Macrófagos. Monócitos: fagoci- Monocitopenia: A redução do
Núcleo irregular e retorcido. tose número de monócitos no sangue
Basófilos: Basófilo: resposta pode ser causada por qualquer
• Grânulos específicos inten- alérgica coisa que diminua a contagem
samente basófilos (HISTA- geral de glóbulos brancos, como
MINA e HEPARINA). infecção da corrente sanguínea,
• Receptores para IgE. quimioterapia ou um distúrbio da
medula óssea.
Basofilia: O aumento dos basófilos
no sangue, ocorre em casos de:
Colite ulcerativa (inflamação do
intestino), asma, sinusite e rinite.

157
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Característica Funções
• São fragmentos de mega-
cariócitos (células da medula
óssea). Trombocitopenia (ou plaquetope-
• Fragmentos do citoplasma nia): é a diminuição do número de
(150.000 a 400.000/ml). adesão eagregação plaquetas no sangue
Plaquetas
• Anucleadas. plaquetária → forma o → Ocasiona sangramentos.
• Vida média: dez dias reti- coágulo. Trombocitose (ou plaquetose): é o
rada pelo baço e destruída. aumento do número de plaquetas
Participam da ativação do no sangue → formam trombos.
plasminogênio endotelial para
a formação da fibrina.

7. Explique sobre a cascata de coagulação.

A cascata de coagulação serve para interromper o sangramento. Ela tem 2 etapas:


agregação plaquetária e a outra que transforma fibrinogênio em fibrina.

158
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

8. Qual a função do linfócito B e do linfócito T?

Linfócito B – Imunidade humoral. Linfócito T – imunidade celular

9. O que é a resposta primária e a resposta secundária?

Resposta primária – menos efetiva, mais demorada, primeiro contato do organismo


com o antígeno (partes do agente etiológico).

Resposta secundária – imunidade de memória, mais rápida.

Nos dois tipos de resposta, primária e secundária, há a produção de imunoglobulina


(anticorpos) IgM e IgG. Na resposta primária, IgM é a principal Ig e a produção de IgG é
menor e mais tardia.

159
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Na resposta secundária, a IgG é a imunoglobulina predominante. Nas duas respostas,


a concentração de IgM sérica diminui rapidamente de maneira que, após uma ou duas sema-
nas, observa-se queda acentuada, enquanto a produção de IgG é persistente (anticorpo
de memória).

9. Diferencie imunização passiva da ativa.

Ativa – duradoura. Natural (doenças) e artificial (vacinas). Passiva – temporária. Natural


(aleitamento) e artificial (soros).

160
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

9. Conceitue:

Anemia: é uma redução na quantidade de hemoglobina.


Hemofilia: é uma doença genético-hereditária que se caracteriza por desordem no
mecanismo de coagulação do sangue – hemofilia A, causada por deficiência de fator de coa-
gulação VIII, e hemofilia B, causada por deficiência de fator de coagulação IX.
Trombose: é a formação de um trombo no interior do coração ou de um vaso sanguíneo.
Tríade de Virchow: é composta por três categorias de fatores que contribuem para a
trombose venosa e trombose arterial[1]: Lesão ao endotélio vascular; Estase venosa (Dimi-
nuição no fluxo sanguíneo).
Alterações na constituição do sangue (hipercoagulabilidade).
Mieloma múltiplo: No momento em que os linfócitos B se diferenciam e se tornam
plasmócitos, ocorre então uma mutação, ou seja, um erro em um ou mais de seus genes,
que, devido a esse erro, passam a produzir plasmócitos anormais.
Plaquetopenia (incluir valores): Contagem baixa de plaquetas é definida como um
valor de plaquetas abaixo do limite inferior do normal (ou seja, <150 000 / mm3 para adultos).
Os graus de trombocitopenia podem ser subdivididos em leve (contagem de plaquetas de
100.000 a 150.000 / mm3), moderado (50.000 a 99.000 / mm3) e grave (<50.000 / mm3). A
plaquetopenia ocorre por diminuição da produção de plaquetas na medula óssea; destruição
de plaquetas periféricas por anticorpos; consumo de trombos; diluição e aprisionamento de
plaquetas no baço.
Neutropenia: redução da contagem de neutrófilos no sangue. Se for grave, há aumento
no risco e na gravidade de infecções causadas por bactérias e fungos. A gravidade da neu-
tropenia está relacionada com o risco relativo de infecção, sendo classificada como: Leve
(1.000 a 1.500/μl); Moderada (500 a 1.000/μl); Grave (< 500/μL).
Anemia falciforme: é uma doença hereditária caracterizada pela alteração dos gló-
bulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice. Essas células têm sua
membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia.
Coagulação intravascular disseminada (CID): envolve geração anormal e excessiva
de trombina e fibrina no sangue circulante. Durante o processo, ocorre aumento da agrega-
ção plaquetária e consumo de fatores de coagulação. CID que se desenvolve lentamente
(por semanas ou meses) causa manifestações primariamente trombótica venosa e embólica;
CID que se desenvolve rápido (em horas ou dias) ocasiona primariamente sangramento.
Púrpura trobocitopênica: é uma doença hemorrágica, de origem autoimune, caracte-
rizada pela redução da quantidade de plaquetas (trombócitos) presentes no sangue.
Hemoglobinúria: é um sintoma caracterizado pela presença de hemoglobina na urina
em concentrações anormalmente altas.
Hemoglobinemia: Presença de hemoglobina no plasma, por destruição dos glóbulos
vermelhos. A hemoglobinemia pode provocar hemoglobinúria.

161
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Hemólise: é uma destruição prematura das hemácias (glóbulos vermelhos) por rompi-
mento da membrana plasmática, resultando na liberação de hemoglobina.

10. Registre os valores de referência do exame de hemograma e leucograma de cada cé-


lula em forma de tabela (se possível assista a aula de procedimentos de enfermagem
– exames laboratoriais).

(Esses valores variam muito a depender da literatura)

Exame Normalidade
Hemograma
Hemácia M -4,0 – 5,6 H 4,5 – 6.5
Hemoglobina M 12 – 16 H -13 -18
Hematócrito M -36-45% , H 40 -54%
Leucograma
Leucócitos totais 5.000 – 10.000
Neutrófilo 3.000 – 7.000
Bastonetes 0 a 3% dos segmentados
Básofilo 1 -2%
Linfócito 1.500 a 4000 ( 18-34%)
Monócito 100 a 500
Plaquetas 150.000 a 450.000

Faça a análise comparativa das leucemias com os linfomas:


Linfomas: câncer do sistema linfático (linfonodos)
Eles são divididos em 2 tipos: linfoma de Hodgkin (LH) e linfoma não Hodgkin (LNH).
Leucemias: Um câncer que ocorre na formação das células sanguíneas, dificultando a
capacidade do organismo de combater infecções. Pode atingir as células de origem mieloide (neu-
trófilos, monócitos, eosinófilos e basófilos) e de origem linfoide (linfocítica – linfócitos T, B e NK).

162
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Tipo de leucemias

163
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

RESPOSTA ANATOMIA E FISIOLOGIA


EXERCÍCIO 14 – SISTEMA GENITAL – TIPOS DE LEUCEMIAS

1. Quanto ao sistema reprodutor masculino, conceitue:

Testículo: são as glândulas sexuais (gônadas) masculinas e fazem parte do sistema


reprodutor do homem.
Epidídimo: consiste em um delgado ducto, com aproximadamente 4 a 6 m de com-
primento, altamente contorcido, dobrado em um espaço de somente 7 cm de comprimento,
responsável pela coleta e armazenamento dos espermatozoides.
Canal deferente: é um canal que leva os espermatozoides para a uretra e
sua exteriorização.
Ducto ejaculatório: é um fino tubo, par, que penetra pela face posterior da próstata
atravessando seu parênquima para ir se abrir, por um pequeno orifício, no colículo seminal
da uretra prostática, ao lado do forame do utrículo prostático.
Uretra: no interior do pênis, é pela uretra que sairão tanto a ejaculação quanto a urina.
Pênis: órgão de cópula.
Glande: região do pênis que possui grande sensibilidade à estimulação sexual.
Bolsa escrotal: é uma saculação pendente da junção entre o períneo e a região abdo-
minal inferior. Sua função é conter os testículos fora da cavidade corporal, cuja temperatura
ideal é ótima para a manutenção dos espermatozoides.
Sêmen: constituído por líquido do canal deferente, das vesículas seminais, da próstata
e das glândulas mucosas.
pH: 7,5.
Volume: 3,5 ml.
Número de espermatozoides: 120 milhões/ml (400 milhões no total).

2. Quais as glândulas anexas do sistema reprodutor masculino? Qual a função de cada uma?

a. Próstata: produz a secreção prostática (alcalina) que reduz a acidez da vagina, favo-
recendo a sobrevivência dos espermatozoides.
b. Glândula bulbouretral: produz uma secreção que lubrifica o canal da uretra e facilita
a motilidade dos espermatozoides.
c. Vesículas seminais: produz o líquido seminal, o qual contém substâncias nutritivas,
principalmente frutose, que irá nutrir o espermatozoide fora do organismo masculino.

164
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

3. O que é espermatogênese?

Processo no qual ocorre a formação dos gametas masculinos, os espermatozoides.

4. Como funciona a regulação hormonal?

Os hormônios produzidos pela adenohipófise, hormônio folículo estimulante (FSH) e


hormônio luteinizante (LH), estimulam as gônadas masculinas, que são os testículos, promo-
vendo o seu funcionamento e desenvolvimento. Esses hormônios também são chamados de
gonadotrofinas, porque influenciam o desenvolvimento das gônadas.
FSH: estimula a formação dos espermatozoides. LH: estimula a produção de testosterona.

5. O que é uma célula de Sertoli? Qual sua função?

É uma célula somática de grandes dimensões do interior do testículo, relacionada com


diversas células germinativas no túbulo seminífero. Tem funções no controle da maturação e
da migração das células germinativas. Síntese de proteínas e esteroides estão envolvidas no
controle da passagem das secreções entre compartimentos tubulares e intersticiais; formam
a barreira hematotesticular.

6. Quais as partes de espermatozoide? Comente cada uma delas.

165
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Cabeça: com o pró-núcleo masculino haploide (n) e o acrossoma, possui um capuz


formado por vesículas do Complexo de Golgi, contendo enzimas digestivas que permitirão
perfurar a camada protetora do ovócito II (óvulo) no momento da fecundação.
Peça intermédia: os centríolos, dispostos no polo oposto ao acrossoma, originam os
microtúbulos que constituem o flagelo. Nessa parte da estrutura está localizada a concentra-
ção de mitocôndrias fornecedoras de energia (ATP) para os batimentos do flagelo.
Cauda: é formada pelo flagelo, cujos batimentos impulsionam o espermatozoide.

7. Onde é maturado o espermatozoide e o que podemos comentar sobre esse processo?


(formação, amadurecimento, estocagem, maturação etc.).

8. Quais as funções da testosterona?

a. Aumenta a matriz óssea;


b. Aumenta a espessura da pele;

166
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

c. Aumenta a formação da proteína e dos músculos;


d. Hipertrofia e alargamento da laringe;
e. Distribuição dos pelos corporais;
f. Desenvolvimento dos órgãos sexuais masculinos e descida dos testículos da cavi-
dade abdominal para a bolsa escrotal; e
g. Aumenta o metabolismo basal.

9. O que é vasectomia?

É um procedimento definitivo de anticoncepção. Nesse procedimento é realizado a


secção dos ductos deferentes, impedindo sua ligação com a uretra, sem comprometer
a virilidade.

Lembre-se dos critérios do art. 10 da Lei n. 9.263/1996, que aborda os critérios legais
para permitir a vasectomia no Brasil:

Art. 10. Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações: (Artigo vetado e
mantido pelo Congresso Nacional – Mensagem n. 928, de 19.8.1997)
I - em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos de idade ou,
pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a
manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada
acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidiscipli-
nar, visando desencorajar a esterilização precoce;
II – risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e
assinado por dois médicos.
§ 1º É condição para que se realize a esterilização o registro de expressa manifestação da vontade
em documento escrito e firmado, após a informação a respeito dos riscos da cirurgia, possíveis
efeitos colaterais, dificuldades de sua reversão e opções de contracepção reversíveis existentes.
§ 2º É vedada a esterilização cirúrgica em mulher durante os períodos de parto ou aborto, exceto
nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores.
§ 3º Não será considerada a manifestação de vontade, na forma do § 1º, expressa durante ocor-
rência de alterações na capacidade de discernimento por influência de álcool, drogas, estados
emocionais alterados ou incapacidade mental temporária ou permanente.
§ 4º A esterilização cirúrgica como método contraceptivo somente será executada através da la-
queadura tubária, vasectomia ou de outro método cientificamente aceito, sendo vedada através da
histerectomia e ooforectomia.
§ 5º Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de
ambos os cônjuges.
§ 6º A esterilização cirúrgica em pessoas absolutamente incapazes somente poderá ocorrer me-
diante autorização judicial, regulamentada na forma da Lei.

167
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

10. Quais os órgãos femininos?

Ovários, tuba uterina e útero.

11. Como funciona o ciclo menstrual?

O ciclo menstrual geralmente dura cerca de 28 dias e é dividido em 3 fases, de acordo


com as alterações hormonais que ocorrem no corpo da mulher durante o mês.

1. Fase folicular: desenvolvimento do folículo. Dura entre 5 a 12 dias. Ocorre por estí-
mulo do FSH.
2. Fase ovulatória: o LH estimula a ovulação (o óvulo mais maduro sai do ovário). Ge-
ralmente no 14º dia do ciclo. O óvulo sobrevive por 24 horas fora do ovário e, se entrar
em contato com espermatozoides, pode ser fecundado. Os espermatozoides podem
durar até 5 dias dentro do corpo da mulher, é possível que, se a mulher tiver tido rela-
ções até 5 dias antes da ovulação, possa engravidar.
3. Fase lútea: últimos 12 dias do ciclo. O folículo, deixado pelo óvulo dentro do ovário,
começa a produzir progesterona em maior quantidade, para continuar preparando o re-
vestimento do útero para o caso de uma possível gravidez. Além disso, também existe
um aumento na produção de estrogênio e, por isso, algumas mulheres podem apresen-
tar sensibilidade nos seios, mudanças de humor e até edema. Quando a fecundação
não acontece, o folículo vai encolhendo dentro do ovário e, por isso, os níveis de es-
trogênio e progesterona vai diminuindo até que o revestimento do útero seja eliminado,
dando início à menstruação e ao próximo ciclo menstrual.

168
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

12. Como se desenvolvem os ovários?

• Infância: na infância os vários ficam adormecidos, sendo estimulados a partir dos 8


anos por hormônios gonadotróficos.
• Puberdade: Início da vida reprodutiva entre 11 a 16 anos (menarca); secreção de
GnRH que estimula os hormônios hipofisários: FSH e LH.
• Menopausa: bem variável em relação à idade, a menopausa costuma ocorrer entre
45 a 50 anos, momento em que há a exaustão dos ovários com a impossibilidade e
uma produção mínima de estrógeno.

13. O que é nidação?

Implantação do embrião na parede uterina, aproximadamente uma semana após a ovu-


lação. Em algumas mulheres, esse processo pode resultar em um leve sangramento vaginal.

169
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

14. Comente o desenvolvimento embrionário.

Ovulação: saída do óvulo do folículo, que vai para a trompa de falópio encontrar
o espermatozoide.
Fertilização: Se durante o período fértil houver contato sexual e os espermatozoides
encontrarem o óvulo, pode ser que um deles consiga fecundá-lo.
Formação do Zigoto: Após a fertilização do óvulo, há a união dos núcleos e do conteúdo
genético e a formação do zigoto, que acontece na tuba uterina.
Clivagem do Zigoto: Em seguida, o zigoto passa por muitas divisões (mitoses) e se
encaminha para o útero.

170
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Nidação: o blastocisto se fixa nas paredes do endométrio uterino (camada interna


do útero).
Formação dos Anexos Embrionários: O embrião continua o seu desenvolvimento
com a formação do cório, do âmnio, do alantoide e do saco vitelínico, cujas funções são pro-
teger, nutrir e realizar as trocas entre o embrião e meio externo, através do corpo materno. A
placenta será formada depois.
Organogênese: formam-se os folhetos embrionários, que são camadas de células que
originam os tecidos e órgãos do embrião. O processo de formação dos órgãos recebe o
nome de organogênese.

15. Conceitue:

Vulvovaginite: é uma inflamação da vulva e da vagina que pode ser causada por uma
infecção por vírus, fungos ou bactérias. Causada por desequilíbrio da flora vaginal, falta de
higiene vaginal, alergias ou alterações hormonais.

171
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Síndrome do ovário policístico: é um distúrbio hormonal em que a mulher pode desen-


volver cistos no ovário. Comum nas mulheres em idade reprodutiva, quem tem essa sín-
drome costuma ter o ciclo menstrual irregular e dificuldade para engravidar. O SOP também
pode causar diabetes por conta da resistência à insulina.
Endometriose: é uma doença ginecológica causada quando a mucosa que reveste a
parte interna do útero cresce em outras regiões do corpo. A doença está ligada à infertilidade,
pois afeta diretamente as trompas uterinas e os ovários.
Mioma uterino: é um tumor benigno do músculo liso do útero. Geralmente, acomete
mulheres de 30 a 50 anos. Não costuma apresentar sintomas, mas pode apresentar cres-
cimento excessivo causando hemorragias com coágulos, períodos menstruais dolorosos e
cólicas intensas, dor na relação sexual e infertilidade.
Candidíase: é uma infecção causada pelo fungo cândida. Cerca de 75% das mulhe-
res têm a doença, pois normalmente os fungos estão presentes na flora da região íntima da
mulher. É mais frequente em grávidas e mulheres com o sistema imune enfraquecido.
Síndrome da tensão pré-menstrual TPM: é o período que precede a menstruação.
Durante esse período, podem aparecer sintomas psicológicos e físicos, que podem desapa-
recer no primeiro dia do fluxo menstrual e, em algumas mulheres, somente com o fim do fluxo.
Osteoporose: definida como a perda acelerada de massa óssea, que ocorre durante
o envelhecimento. Essa doença provoca a diminuição da absorção de minerais e de cálcio.
Afeta principalmente as mulheres que estão na fase pós-menopausa.
Uretrite: é uma inflamação ou infecção do canal da uretra.
Orquite: é a inflamação dos testículos. É causada, na maioria dos casos, por vírus,
principalmente o da caxumba, mas também pode ser causada por bactérias ou trauma
local. A doença pode ser aguda ou crônica e se estender ao epidídimo, quando é chamada
de orquiepididimite.
Prostatite aguda: é o termo utilizado para designar uma inflamação ou infecção da
próstata. O principal agente causador da prostatite bacteriana, a Escherichia coli, também
provoca diversas infecções urinárias.
Balanopostite: consiste em uma inflamação da mucosa que reveste a cabeça do pênis
(glande), associada, ou não, com uma infecção. A doença atinge principalmente homens com
fimose, bem como portadores da diabetes tipo 2.
HPV: está diretamente relacionado ao câncer de colo de útero nas mulheres, além de
atuar como um fator de risco para o câncer de pênis, principalmente os tipos 16 e 18, mas
não apenas esses.
Herpes: uma infecção viral. Essa é uma IST que pode provocar o aparecimento de feri-
das, lesões em forma de vesícula no órgão reprodutor masculino, no saco escrotal, na uretra
e também nas coxas.
Cancro mole: é uma IST causada por uma bactéria. Provoca feridas na região genital
do homem, associadas a outros sintomas, como febre, dor de cabeça e fraqueza.

172
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Sífilis: é mais uma das infecções causadas por bactéria (Treponema palidum). Inicia
com uma lesão chamada de cancro duro e depois com manchas na pele (secundária). Pode
evoluir para lesões em órgãos (pele, coração, cérebro, osso) se não tratada com a penicilina
benzatina, doxiciclina ou ceftriaxona.
Disfunção erétil: é caracterizada pela incapacidade de um homem chegar a uma
ereção e consequentemente, ter relações sexuais.
Varicocele: a principal característica da doença é a presença de veias dilatadas ou
varizes no saco escrotal.

Introdução às IST – infecções sexualmente transmissíveis!

Faça uma correlação com as Infecções Sexualmente Transmissíveis e seus agentes


etiológicos. Na próxima disciplina, que é Microbiologia, você verá os tipos de agentes etioló-
gicos por classes (bactérias, fungos, vírus) e suas características. Reforçar esses nomes dos
agentes etiológicos com o nome da doença e a classe do microrganismo é muito importante.

173
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

RESPOSTA DO EXERCÍCIO N. 15 –
SISTEMA NERVOSO

1. Quais as funções do sistema nervoso?

• Função Integradora: coordenação das funções dos vários órgãos.


• Função Sensorial: sensações gerais e especiais.
• Função Motora: contrações musculares voluntárias ou involuntárias.
• Função Adaptativa: adaptação ao meio ambiente (calafrio).

2. Qual o único sistema que ele não controla?

O sistema cardiovascular, pois o coração é autoexcitável, mas é importante lembrar que


o bulbo pode aumentar ou reduzir a frequência cardíaca por meio do nervo vago.

3. Como é a divisão anatômica e funcional desse sistema?

Anatomicamente: Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico. Funcional-


mente: Sistema Nervoso Visceral e Sistema Nervoso Somático.

4. Quais os órgãos do sistema nervoso central?

Cérebro, Cerebelo, Tronco (ponte, mesencéfalo e bulbo) e Medula.

5. Como é dividido o cérebro e que estrutura encontramos?

O cérebro é dividido em duas partes: uma branca, por dentro, e a cinza, exterior. A parte
cinza é a que possui mais corpos celulares, e a parte branca, a que possui mais axônios.
Isso acontece, pois, os neurônios têm na composição do axônio a bainha de mielina, que dá
acoloração mais esbranquiçada.
Já na medula ocorre o contrário: a parte cinza é a interior e a branca é posterior.

174
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

6. O que é tálamo e quais suas funções?

Formado por substância cinzenta (núcleos de neurônios) do encéfalo. São duas massas
neuronais situadas na profundidade dos hemisférios cerebrais.
Funções do tálamo: transmissão de sinais motores e sensitivos para o córtex.
No tálamo também controlamos o sistema límbico das emoções.

7. Para que serve o hipotálamo?

Funções: grande ligação com o sistema endócrino. Estimula a hipófise, que, por meio da
liberação de hormônios produzidos graças ao estímulo, irá estimular outras glândulas endó-
crinas a produzirem outros hormônios, auxiliando no funcionamento do metabolismo corpo-
ral. Regula determinados processos metabólicos e outras atividades autônomas, secreção
de neuro-hormônios, sendo necessário no controle da secreção de hormônios da glândula
pituitária (hipófise) – entre eles, liberação da gonadotropina (GnRH), controla a temperatura
corporal, a fome, a sede, os ciclos circadianos, o apetite e o balanço de água no corpo, além
de ser o principal centro da expressão emocional e do comportamento sexual.

8. Fale sobre a hipófise.

A parte anterior da hipófise é denominada adenohipófise (produz hormônios: FSH e LH


– Estimulam produção de estrógeno progesterona, ACTH – estimula produção de corticoide,
TSH – estimula produção de hormônios tireoidianos), e a posterior, neurohipófise (armazena
apenas dois hormônios: ADH e ocitocina).

175
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

9. Como é formado o tronco encefálico e qual a função de cada uma dessas estruturas?

Formado pelo Mesencéfalo, Ponte e Bulbo.

Mesencéfalo: Protuberância que constitui o ponto de junção do cérebro, do cerebelo e


da medula espinhal.
Comunica-se com o cérebro através de fibras nervosas encarregadas de conduzir estí-
mulos oculares, visuais, acústicos e outros.
Do mesencéfalo emerge o nervo óculo motor, (III par craniano), o nervo troclear (IV
par craniano) e o nervo trigêmeo (V par craniano).
Ponte: Localizada na parte mediana do tronco encefálico, é formada por agrupamentos
de fibras e células nervosas. A ponte possui três pares de nervos responsáveis pela inerva-
ção dos músculos que movimentam os olhos para os lados, dos músculos mímicos da face,
das glândulas salivares e lacrimais, e conduz sensações de paladar captadas na língua.

176
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Da ponte emerge o núcleo motor do nervo trigêmeo (V par craniano), núcleos sen-
sitivos do nervo trigêmeo (V par craniano), núcleo do nervo abducente (VI par cra-
niano), núcleo do nervo facial (VII par craniano), núcleo do nervo vestíbulo coclear (VIII
par craniano).
Bulbo ou Medula Oblonga: É a porção inferior do tronco encefálico e estabelece comu-
nicação entre o cérebro e a medula espinhal.
A forma do bulbo lembra um cone cortado, no qual a substância branca é externa e a
cinzenta, interna. É um órgão condutor de impulsos nervosos.
Funções: vitais (respiração, batimentos cardíacos e pressão arterial – vasomotor); e
alguns reflexos (mastigação, movimentos peristálticos, fala, piscar de olhos, secreção lacri-
mal e vômito), ato reflexo.

10. Explique o que é arco-reflexo.

Movimento gerado rapidamente sem a informação passar pelo córtex cerebral. Sendo
portanto um reflexo imediato, o qual o corpo atua de forma protetora para evitar que a infor-
mação ocorra de forma mais rápida.

177
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

11. Cite alguns nervos cranianos e suas funções.

178
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

12. Qual a função do cerebelo?

Determina o equilíbrio do corpo e sua orientação no espaço, bem como a regulação dos
tônus musculares e a coordenação das atividades motoras do organismo.

13. Quais são e qual a função de cada uma das meninges? Descreva com detalhes cada
uma delas.

Proteção do cérebro: crânio, meninges e líquor. Membranas que protegem o SNC de


choques mecânicos.

Dura-máter é intimamente ligada ao crânio, por isso o espaço epidural no crânio é ine-
xistente. Já na parte vertebral, ela tem um espaço mínimo entre a coluna. É onde a anestesia
peridural é aplicada.

179
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Aracnoide é uma membrana intermediária. é uma membrana muito delgada, justa-


posta à dura-máter, da qual se separa por um espaço virtual, o espaço subdural, contendo
líquor. A aracnoide separa-se da pia-máter pelo espaço subaracnóideo que contém líquor,
havendo grande comunicação entre os espaços subaracnóideos do encéfalo e da medula.
Pia-máter envolve tanto a medula quanto o tecido encefálico. É a mais interna das
meninges, aderindo intimamente à superfície do encéfalo e da medula.

14. Diferencie substância branca de substância cinza.

A cinzenta está localizada nos corpos celulares dos neurônios.

A substância branca encontra-se nos prolongamentos axonais que estabelece a ligação


entre diferentes áreas encefálicas e medulares.
A coloração branca deve-se à presença de lipídios nas bainhas de mielina (produzidas
pelas células da Glia).

15. O que é líquor? E qual sua função?

Fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventricu-


lares. Quando se acumula nos giros cerebrais, esses espaços são chamados de cisternas.
Função: proteção mecânica do sistema nervoso central, nutrição e eliminação de toxina.

16. O que são as granulações aracnoideas?

São pequenos tufos que penetram os seios venosos da dura-máter. Nessas granula-
ções, o líquido cefalorraquidiano proveniente do espaço subaracnóideo fica separado do
sangue por camadas muito delgadas, o que permite sua absorção pelos seios da dura-máter.

17. O que são intumescências medulares?

Correspondem às áreas em que fazem conexão com as grossas raízes nervosas que
formam o plexo braquial (intumescência cervical – membros superiores) e lombossacral (intu-
mescência lombar – membros inferiores), destinados à inervação dos membros superiores
e inferiores.

180
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

18. Como é dividida a coluna?

Sete vértebras cervicais, doze torácicas, cinco lombares, sacro e cóccix.

O sacro é formado pela fusão de cinco vértebras, enquanto o cóccix é formado pela
fusão de quatro vértebras.

19. Quais são os tipos de nervos?

• Nervos cranianos.
• Nervos espinhais.
• Nervos sensoriais (aferentes): contém apenas fibras sensoriais. Impulso do órgão
receptor para o SNC.
• Nervos motores (eferentes): contém apenas fibras motoras. Impulso do SNC para o
órgão efetuador.

181
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

• Nervos mistos: contêm fibras motoras e sensoriais. Impulso do SNC para o órgão e
do órgão para o SNC.

20. Quais os tipos de sinapses?

Interneuronais: neurônio – neurônio


Neuromusculares: neurônio – músculo
Neuroglandulares: neurônio – célula glandular

21. O que são neurônios e como é sua estrutura?

São células nervosas, compostas por três partes básicas: os dendritos, o axônio e o
corpo celular.

182
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

18. Com relação às células da glia: o que são, quais são, qual sua função?

São células que dão sustentação, nutrição e defesa ao sistema nervoso: astrócitos,
oligodendrócitos e micróglias.
Astrócitos → dão suporte mecânico e fornecem alimento (liga o neurônio ao
vaso sanguíneo).

183
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Oligodendrócitos → formam bainhas protetoras sobre os neurônios (mielina) que


estão no encéfalo e na medula e promovem isolamento elétrico. Impulsos ocorrem de
forma saltatória.
Micróglias → são um tipo especializado de macrófago, cuja função é fagocitar detritos
e restos celulares presentes no tecido nervoso.
Células de Schwann → produz a mielina que envolve os axônios, promove isolamento
dos nervos e aumenta a velocidade do impulso elétrico.
Funções da Neuroglia: Sustentação do tecido; Produção de mielina; Remoção de excre-
tas; Fornecimento de substâncias nutritivas aos neurônios; Fagocitose de restos celulares e
Isolamento dos neurônios.

19. O que é a barreira hematoencefálica?

É uma estrutura de permeabilidade altamente seletiva que protege o Sistema Nervoso


Central (SNC) de substâncias potencialmente neurotóxicas presentes no sangue, sendo
essencial para a função metabólica normal do cérebro.

Conceitue:
AVC: interrupção da perfusão sanguínea no tecido cerebral, chamado de acidente
vascular cerebral ou encefálico. Causas: obstrução ao fluxo (isquêmico) e ruptura do
vaso (hemorrágico).
Sintomas: dormência ou paralisia da face, do braço ou da perna em apenas um lado do
corpo, dor de cabeça intensa e dificuldades motoras, cognitivas, na visão e na fala.
Epilepsia: crises epilépticas (convulsões) recorrentes.
Esclerose múltipla: é uma doença neurológica, crônica, progressiva e autoimune.
Dentre os sintomas mais comuns da esclerose múltipla, estão: formigamentos e dormências
no corpo, visão dupla ou embaçada, falta de equilíbrio, contrações musculares, fadiga, can-
saço, perda de força e problemas cognitivos.
Mal de Alzheimer: tipo de demência. Sintomas mais comuns: perda de memória, confu-
são mental, falta de noção do tempo, mudanças de comportamento e falta de discernimento.
Mal de Parkinson: doença degenerativa e progressiva, causada pela diminuição da
produção de um neurotransmissor (dopamina).
Sintomas: rigidez muscular e nas articulações, tremores, falta de equilíbrio e lentidão
para se mover.
Paralisia de Bell: a neuropatia facial idiopática (paralisia de Bell) é a mais comum das
neuropatias cranianas. O principal sintoma é o enfraquecimento facial unilateral, que surge
de forma abrupta e muitas vezes é precedido ou acompanhado de uma dor atrás da orelha.
Alguns pacientes podem ter sofrido uma infecção leve no trato respiratório superior dentro
de um período de 2 semanas, antes do aparecimento da condição. O enfraquecimento facial

184
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

geralmente chega ao pico em 24 horas após a manifestação inicial e é do tipo neuronal motor
inferior, afetando as regiões superior e inferior da face. Alguns pacientes apresentam altera-
ção do paladar em metade da língua e hiperacusia. Em muitos casos, os pacientes queixam-
-se de um entorpecimento facial, porém nenhuma perda sensorial é encontrada.
Neuralgia do trigêmeo (tic douloureux): consiste em uma síndrome de dor facial
que acomete pacientes de meia-idade e idosos. Nesta condição, o paciente apresenta uma
dor intensa e paroxísmica que se manifesta várias, até dúzias de vezes por dia. A dor fre-
quentemente se assemelha a um choque elétrico intenso. Essa dor tem duração de alguns
segundos e é localizada junto à distribuição do trigêmeo, geralmente nos territórios maxilar
ou mandibular.
Síndrome do túnel do carpo (STC): é causada pela compressão do nervo mediano
quando este atravessa o túnel localizado no punho, que é formado pelos ossos do carpo ao
nível inferior e pelo ligamento do carpo ao nível superior. Pode ser relacionada ao trabalho,
como ocupações que exigem a flexão/extensão do punho repetidas vezes (ex.: marceneiro,
dentista, professor).
Síndrome de Guillain-Barré (SGB): ou polirradiculoneuropatia desmielinizante infla-
matória (PRDI) aguda – o sistema imunológico ataca os nervos periféricos e causa fraqueza
muscular, com redução ou ausência de reflexos. Várias infecções têm sido associadas à Sín-
drome de Guillain Barré, como a Zika e após reações vacinais.
Doença de Lyme: causada por uma bactéria (espiroqueta Borrelia burgdorferi), é trans-
mitida por carrapatos. A neuropatia periférica pode ocorrer no início ou na fase tardia da
doença de Lyme.

Tabela 1. Neuropatias cranianas comuns.

NERVO
EFEITOS DA LESÃO CAUSAS
CRANIANO
Perda da percepção do cheiro Traumatismo, meningioma da fenda
Olfatório (I)
(anosmia) olfatória
Neurite óptica, tumor da hipófise,
Óptico (II) Perda da visão (monocular) neuropatia óptica isquêmica, glioma
do nervo óptico, doença de Leber
Traumatismo, isquemia microvascu-
Enfraquecimento da adução, ele-
lar, compressão por aneurisma ou
vação e depressão do olho Ptose
Oculomotor (III) massa, tumor ou AVC afetando o
Pupila dilatada e não reativa
tronco encefálico, tumor orbital

Enfraquecimento da Traumatismo, isquemia micro-


Troclear (IV) depressão e torção do vascular, tumor ou AVC afetando
olho o tronco encefálico, tumor orbital

185
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM EXERCÍCIOS

Enfraquecimento do movi-
mento de mastigação e Neuralgia do trigêmeo (tic dou-
outros movimentos man- loureux), esclerodermia e outras
Trigêmeo (V)
dibulares doenças do tecido conectivo,
Perda da sensibilidade tumor do osso Petroso.
facial e do reflexo corneal.
Traumatismo, pressão intracra-
Enfraquecimento da abdu- niana elevada, isquemia micro-
Abdutor (VI) ção do olho vascular, tumor ou AVC afetando
o tronco encefálico, tumor orbital
Paralisia de Bell, doença de
Enfraquecimento de
Lyme, sarcoidose, herpes zóster,
metade da face
Facial (VII) tumor no ângulo cerebelopon-
Perda do paladar
tino, tumor ou AVC afetando o
Hiperacusia
tronco encefálico
Surdez unilateral
Neuronite vestibular, schwanoma
Vestibulococlear (VIII) Vertigem
acústico
Nistagmo
Doença neuronal motora, tumor
Disfagia
no forame jugular, carcinoma
Enfraquecimento da ele-
Glossofaríngeo (IX) nasofaríngeo, metástases para
vação do palato
a base do crânio, neuralgia do
Perda do reflexo ânsia
glossofaríngeo
Disfagia
Disartria Doença neuronal motora, tumor
Enfraquecimento da ele- no forame jugular, metástases
Vago (X)
vação do palato para a base do crânio, carcinoma
Perda do reflexo nasofaríngeo
ânsia
Enfraquecimento dos
Traumatismo (cirúrgico e outros),
Acessório (XI) músculos esternocleido-
tumor no forame jugular
mastoideo e trapézio
Doença neuronal motora, tumor
Hipoglosso (XII) Enfraquecimento língua na base no crânio, traumatismo
ou dissecção da artéria carótida

186

Você também pode gostar