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SUMÁRIO

Introdução 10
01. Anatomia 11
1.1 Corpo humano
1.2 Divisão do corpo humano
1.3 Planos anatômicos

02. ESTRUTURA 15
2.1 Cabeça
2.2Pescoço

03. TRONCO 18
3.1 Membros superiores
3.2Membros inferiores

04. Fisiologia 21
4.1 Células
4.1.1 Constituição das células
05. TECIDO 24
5.1 Tecido epitelial
5.2 Tecido conjuntivo
5.3 Tecido muscular
5.4 Tecido nervoso
5.3 Órgãos
06. SISTEMAS 29
6.1 Sistema nervoso
6.1.1 Sistema nervoso central
07. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 33
08. SISTEMA ESQUELÉTICO 37
7.1 Divisão do esqueleto
7.2 Articulações
09. SISTEMA MUSCULAR 40
10. SISTEMA DIGESTÓRIO 43
10.1 Estruturas do sistema digestório

11. SISTEMA CIRCULATÓRIO 47


11.1 Estruturas do sistema circulatório
11.2 Circulação sistêmica e pulmonar
12. SISTEMA RESPIRATÓRIO 50
12.1 Estruturas do Sistema Respiratório
12.2 Hematose

13. SISTEMA REPRODUTOR 54


13.1 Sistema reprodutor masculino
13.2 Sistema reprodutor feminino

14. SISTEMA TEGUMENTAR 58


14.1 Pele
14.2 Anexos
14.3 Conclusão

15. PATOLOGIAS HUMANAS 61


15.1 Hipertensão
15.2 Diabetes
16. GRIPE 65
17.1 Resfriado
17.2 Dislipidemias ou Hiperlipidemias
17. ASMA 68
17.1 Glaucoma
17.2 Osteoporose
17.3 Conclusão

INTRODUÇÃO 73

01. HISTÓRIA DA FARMÁCIA 74


1.1. FATOS HISTÓRICOS

02. CONCEITOS FARMACOLÓGICOS 77


2.1 CONCEITOS DA FARMACOLOGIA
2.2. TIPOS DE MEDICAMENTOS
2.3. BIOFARMÁCIA
2.4. FARMACOTERAPÊUTICA
2.5. BIODISPONIBILIDADE
03. FARMACOCINÉTICA 80
3.1. ABSORÇÃO
3.2. DISTRIBUIÇÃO
3.3. METABOLISMO
3.4. EXCREÇÃO

04. FARMACODINÂMICA 84
4.2. CONCEITOS DA FARMACOLOGIA
4.1 CONCEITOS DA FARMACOLOGIA
4.3. REAÇÕES FARMACOLÓGICAS ADVERSAS

05. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 87


5.1. AÇÃO
5.2. INTENSIDADE
5.3. ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO
5.4. ANTICONCEPCIONAIS ORAIS
5.5. ANTIÁCIDOS
5.6. ANTIINFLAMATÓRIOS
5.7. ANTICONVULSANTES
5.8. BENZODIAZEPÍNICOS
5.9. SIBUTRAMINA

06 MEDICAMENTOS 92
6. 1. CLASSIFICAÇÃO DE MEDICAMENTOS

07. FÁRMACOS QUE ATUAM NO SNC: PARTE 1 96


7. 1. ANESTÉSICOS GERAIS
7. 2. ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS
7. 3. ANTICONVULSIVANTES

0.8 FÁRMACOS QUE ATUAM NO SNC: PARTE 2 99


8. 1. ANALGÉSICOS
8. 2. ANTITUSSÍGENOS
8. 3. ANTIDEPRESSIVOS
8. 4. MIORRELAXANTES

09. FÁRMACOS QUE ATUAM NO SNP 103


9. 1. ANESTÉSICOS LOCAIS
9. 2. MIDRIÁTICOS
9. 3. MIÓTICOS
10. FÁRMACOS -SISTEMA CARDIOVASCULAR
HEMATOPOIÉTICO E RENAL – PT 1 106
10. 1. ANTI-HIPERTENSIVOS
10. 2. DIURÉTICOS
10. 3. BETA- BLOQUEADORES
10. 4. INIBIDORES DA ECA
10. 5. ANTAGONISTAS DE CANAIS DE CÁLCIO
10. 6. BLOQUEADOR DO RECEPTOR AT1
10. 7. VASODILATADORES DIRETO

11. FÁRMACOS - SISTEMA CARDIOVASCULAR


HEMATOPOIÉTICO E RENAL - PT 2 110
11. 1. DIGITÁLICOS
11. 2. ANTIANGINOSOS
11. 3. ANTI-LIPÊMICOS
11. 4. ANTI-HEMORRÁGICOS
11. 5. ANTICOAGULANTES

12. FÁRMACOS GASTROINTESTINAIS 113


12. 1. ANTIÁCIDOS
12. 2. ANTIESPASMÓDICOS
12. 3. ANTIDIARRÉICOS
12. 4. LAXANTES
12. 5. ANTIFLATULENTOS
12. 6. ANTIEMÉTICOS
12. 7. DIGESTIVOS

13. FÁRMACOS CONTRACEPTIVOS OU


ANTICONCEPCIONAIS 115
13. 1. CONTRACEPTIVOS ORAIS
13. 2. CONTRACEPTIVOS INJETÁVEIS

14. FÁRMACOS ATUANTES EM


OUTROS SISTEMAS 118
14. 1. HIPOGLICEMIANTES
14. 2. ANTIBIÓTICOS
14. 3. ANTI-INFLAMATÓRIO
14. 4. ANTIALÉRGICOS
15. POSOLOGIA 121
15. 1. POSOLOGIA
15. 2. CÁLCULOS FARMACÊUTICOS PARA DOSES

16. FARMACOTÉCNICA 124


16. 1. PARÂMETROS DAS FORMAS FARMACÊUTICAS
16. 2. FORMAS FARMACÊUTICAS

17. FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS – PARTE 1 127


17. 1. COMPRIMIDOS
17. 2. CÁPSULAS
17. 3. PÓS E GRÂNULOS
18. FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS – PARTE 2 130
18. 1. SUPOSITÓRIOS RETAIS
18. 2. ÓVULOS
18. 3. VELAS
18. 4. PASTILHAS E PIRULITOS
18. 5. GOMAS
18. 6. BALAS E BOMBONS

19. FORMA FARMACÊUTICAS SEMISSÓLIDAS 134


19. 1. DEFINIÇÃO
19. 2. POMADAS
19. 3. CREMES
19. 4. PASTAS
19. 4. GÉIS

20. FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS 136


20. 1. DEFINIÇÃO
20. 2. SOLUÇÕES
20. 3. XAROPES
20. 4. ELIXIRES
20. 5. SUSPENSÕES
20. 6. EMULSÕES
20. 7. LOÇÕES
21. OUTRAS FORMAS FARMACÊUTICAS 138
21. 1. EMPLASTROS
21. 2. SISTEMAS OU DISCOS TRANSDÉRMICOS
21. 3. AEROSSÓIS
21. 4. SPRAYS
22. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: ENTERAIS 142
22. 1. VIAS ENTERAIS

23. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARENTERAIS 145


23. 1. DEFINIÇÃO
23. 2. VIA INTRAVENOSA
23. 3. VIA INTRAMUSCULAR
23. 4. VIA SUBCUTÂNEA
23. 5. VIA RESPIRATÓRIA
23. 6. VIA TÓPICA

24. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: TÓPICAS 148


24. 1. INJETÁVEIS
24. 2. INJETÁVEIS

25. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARENTERAIS 151


25. 1. TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
25. 2. TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
25. 3. AGULHAS

26. APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS 154


26. 1. PREPARO DA INJEÇÃO
26. 2. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES QUANTO A APLICAÇÃO

27. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE INJETÁVEIS - PT 1 157


27. 1. DEFINIÇÃO
27. 2. SUBCUTÂNEA
27. 3. INTRADÉRMICA

28. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE INJETÁVEIS - PT 2 160


28. 1. INTRAMUSCULAR
28. 2. TÉCNICA EM Z
28. 3. CUIDADOS COM O PACIENTE

CONCLUSÃO 163
REFERÊNCIAS 164
M Ó D U L O I
10

INTRODUÇÃO

CORPO HUMANO

O corpo humano é composto por diferentes partes, cada uma delas com
suas funções específicas. Todas essas estruturas que o compõe serão vistas neste
módulo. Aprenderemos sobre a anatomia que diz respeito a localização e no-
menclatura de cada estrutura e a fisiologia, que é o estudo do funcionamento das
estruturas.

CÉLULAS > TECIDOS > ÓRGÃOS > SISTEMAS > ORGANISMOS

Figura 1: A organização do corpo humano

Ao final do módulo, seremos capazes de entender como são formadas


cada parte do nosso corpo desde as células até os sistemas e como se dá o
funcionamento do nosso organismo como um todo. Além disso, teremos um
breve estudo acerca de algumas doenças que o acometem o corpo humano
e atrapalham seu funcionamento. Saiba que seu conhecimento é a
ferramenta chave para que se torne um excelente profissional.

Bons estudos!
11

01
CAPÍTULO
ANATOMIA

A Anatomia Humana é a ciência que estuda as estruturas físicas do corpo


humano. É neste capítulo que aprenderemos onde está localizada cada parte
do nosso corpo e qual o nome correto de cada uma destas partes. A anatomia
é um mapa do corpo humano, e assim sendo, devemos estudá-lo afim de se
entender e conhecer melhor como nosso corpo é “montado”. E neste capitulo a
anatomia foi dividida de acordo com o nosso esqueleto, começando pela cabeça
e terminando nos pés.

1.1 CORPO HUMANO

O nosso corpo é uma máquina em constante funcionamento. Quando


você dorme, o seu corpo continua funcionando, o seu coração continua batendo
e você continua respirando. O corpo não tira férias, podendo apresentar
“defeitos” devido ao mau uso ou ao uso constante. Por isso, todas suas
estruturas devem ser bem conhecidas pelos profissionais de saúde. Assim, a
qualquer momento que apresentarem “defeitos” saberemos onde ele está.
Afinal, o defeito em qualquer “peça” garante que o corpo não tenha o
funcionamento pleno.

1.2 DIVISÃO DO CORPO HUMANO

1.2.1 PLANOS ANATÔMICOS

Antes de estudarmos de fato a divisão do corpo, é necessário que saibamos


como é a posição anatômica. Quando vamos estudar um mapa, sabemos qual
a posição correta para analisa-lo, não podemos olhá-lo de forma inversa, senão
nunca saberemos de verdade onde estamos indo. É essa a importância da posição
anatômica, ela funciona como um referencial que nos permite localizar as estrutu-
ras que serão estudadas.
12

A posição anatômica consiste em um corpo ereto. Os olhos voltados para o


horizonte. Os pés voltados para frente e perpendiculares ao restante do corpo com
os calcanhares unidos. Os braços estendidos e aplicados ao tronco com as palmas
das mãos voltadas pra frente e dedos estendidos e unidos.

Nesse momento, depois de aprender como é a posição anatômica, conse-


guimos identificar com mais facilidade a localização de cada estrutura que será
estudada. Dessa forma, tudo que será mencionado a partir de agora terá como
referência o corpo em posição anatômica.

Na anatomia, outro sinalizador de localização é o que chamamos de


planos anatômicos. Os planos anatômicos são linhas imaginárias que dividem o
corpo conforme a figura abaixo:

Figura 2: Planos anatômicos do corpo humano.

Plano Sagital ou Mediano:


Divide o corpo em duas partes, esquerda e direita;

Plano Coronal ou Frontal:


Permite dividir o corpo humano na parte posterior e anterior;

Plano Horizontal ou Transverso:


Permite dividir o corpo na parte superior e inferior.
13

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 O que é anatomia?

02 Explique, com suas palavras, qual a importância de se conhecer as es-


truturas do corpo humano?

03 Circule a letra que melhor representa a posição anatômica:

( A ) A posição anatômica consiste em um corpo curvo. Os olhos voltados para o


horizonte. Os pés voltados para frente e perpendiculares ao restante do corpo com
os calcanhares unidos. Os braços estendidos e aplicados ao tronco com as palmas
das mãos voltadas pra frente e dedos estendidos e unidos.

( B ) A posição anatômica consiste em um corpo ereto. Os olhos voltados para o


horizonte. Os pés voltados para frente e perpendiculares ao restante do corpo com
os calcanhares unidos. Os braços estendidos e aplicados ao tronco com as palmas
das mãos voltadas pra o corpo e dedos estendidos e unidos.

( C ) A posição anatômica consiste em um corpo ereto. Os olhos voltados para o


horizonte. Os pés voltados para frente e perpendiculares ao restante do corpo com
os calcanhares unidos. Os braços estendidos e aplicados ao tronco com as palmas
das mãos voltadas pra frente e dedos estendidos e unidos.
14

04 Dê nomes às estruturas indicadas pelas setas, referentes aos planos


anatômicos.
15

02
CAPÍTULO
ESTRUTURA

Uma outra forma de dividir o nosso corpo é em quatro partes, para que isso
facilite nossa compreensão da anatomia humana. São elas: a cabeça, o pescoço, o
tronco e os membros.

Figura 3: Divisão do corpo humano em 4 partes.

2.1 CABEÇA

A cabeça é a primeira parte que iremos estudar. O conjunto de ossos que


a constitui é chamado de crânio. O crânio tem a função de abrigar e de proteger
o nosso cérebro em sua cavidade. Além disso, possui cavidade para órgãos que
compões nossos sentidos como, por exemplo: a cavidade auricular que abriga os
ouvidos (audição), a cavidade oral que abriga a língua (paladar), as órbitas que
abrigam os olhos (visão) e as cavidades nasais que abrigam o nariz (olfato). É no
crânio também que está situado o conjunto de estruturas que usamos na masti-
gação que são as mandíbulas e os dentes.
16

Figura 4: Divisão da cabeça

2.2 PESCOÇO

O pescoço é outra parte da qual o corpo se divide. Esta estrutura se


estende da cabeça chegando até os ombros e o tórax. Isto é, o pescoço é a
estrutura que faz a conexão entre a cabeça e o tronco. Sua formação se dá por
4 compartimentos principais. São eles: compartimento vertebral onde está
localizada as vértebras. O compartimento visceral que contém as glândulas e
o osso hioide e dois compartimentos vasculares que contém os grandes vasos
e o nervo vago.

Figura 5: Compartimentos vertebral (esquerda), visceral (centro) e nervo vago e grandes vasos (direita)
17

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Quais são as 4 partes em que o nosso corpo é dividido?

02 Sabemos que o conjunto de ossos que constituem a cabeça é


chamado de crânio, é nele também que há as cavidades que
abrigam os órgãos do sentido. Nesse sentido, relacione as colunas.

( 1 ) Visão ( ) Cavidade auricular

( 2 ) Audição ( ) Cavidade oral

( 3 ) Paladar ( ) Órbitas

( 4 ) Olfato ( ) Cavidade nasal


18

03
CAPÍTULO
TRONCO

É a parte média da divisão do corpo. Está dividido em tórax, abdome e a


pelve. É do tronco que se projetam o pescoço, os membros superiores e os
membros inferiores. A estrutura óssea do tórax é composta pelo osso externo e
as costelas. Já o abdome é formado pelos ossos das vertebras lombares. E a
pelve que é a última estrutura do tronco, por sua vez, é formada pelo sacro e o
cóccix.

TÓRAX
OSSO EXTERNO

COSTELAS
ABDOME

VÉRTEBRAS
LOMBARES
PELVE

Figura 6: Tórax e suas subdivisões

3.1 MEMBROS SUPERIORES

Os membros superiores conforme a imagem


é um conjunto de partes que são subdivididos em:
parte raiz - ombro - e a parte livre - braço, antebra-
ço e mãos. A parte raiz está localizada na conexão
entre o tronco e a parte livre, e é constituída por
dois ossos chamados de escápula e clavícula.

Parte livre:

Abrange um ou mais ossos para cada estru-


tura que a constitui.

Braço: O osso do braço é chamado de úmero.


Figura 7: Ossos que formam os membros
superiores Antebraço: No antebraço temos dois ossos, a ulna
e o rádio.
19

Mãos: É nas mãos que temos um conjunto maior de osso, são eles os carpos, os
metacarpos e as falanges.

Além disso todas as conexões entre braço e antebraço e entre mãos e ante-
braço também possuem denominação. Sendo cotovelo e pulso respectiva-
mente.
3.2 MEMBROS INFERIORES

Os membros inferiores são compostos pelas


coxas, as pernas e os pés, tem sua inserção na pél-
vis através do fêmur que se encaixa em um con-
junto de ossos chamados de: ílio, púbis e ísquio.

Coxa: na coxa está localizado o fêmur que é


osso mais comprido e volumoso do corpo huma-
no.

Pernas: na perna está localizado os ossos fí-


bula e tíbia.

Pés: nos pés estão localizados os ossos de


nome társios, metatársicos e as falanges.

Bem como nos membros superiores, os


membros inferiores também apresentam suas
estruturas de conexões que são denomina-
das de joelho (ponto de conexão entre coxa e
Figura 8: Ossos que formam os membros
superiores
perna) e o tornozelo (ponto de conexão entre
a perna e o pé).

ANOTAÇÕES

___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
20

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

06 Quais são os ossos que sustentam cada uma das estruturas dos mem-
bros superiores e inferiores?

(A) Braço:

(B) Antebraço:

(C) Mãos:

(D) Coxa:

(E) Pernas:

(F) Pés:

07 Qual o nome da estrutura que conecta:

Braço com antebraço?

Antebraço com mãos?

Coxa com perna?

Perna com pé?


21

04
CAPÍTULO
FISIOLOGIA

A Fisiologia Humana é uma ciência biológica que busca compreender o


funcionamento do corpo, analisando cada estrutura e seus processos físico-
químicos. Ou seja, a fisiologia busca entender qual a função de cada parte do
nosso organismo.

4.1 CÉLULAS

É a unidade básica funcional do nosso corpo. Sua composição abrange uma


membrana, um citoplasma e um núcleo. No corpo humano há uma infinidade de
tipos celulares, que variam em tamanho, forma, e funções.

Figura 9: Tipos celulares presentes no corpo humano.

4.1.1 CONSTITUIÇÃO DAS CÉLULAS

As células são constituídas basicamente por uma membrana celular que


é a parede de proteção contra o meio externo, um citoplasma onde estão as
22

organelas e um núcleo que abriga o nosso DNA. As organelas são várias estru-
turas que estão inseridas no citoplasma como: o lisossomo, as mi-
tocôndrias, o complexo de Golgi, os vacúolos entre outros. Cada umas dessas
organelas tem uma função específica dentro da célula que são estudadas na
CITOLOGIA (nome que se dá ao estudo mais aprofundado das células) tem o

Figura 10: Células e suas organelas.

Dependendo do local onde a célula está


localizada, seu nome se modifica:

Fígado: hepatócitos
Cérebro: neurônios
Tecido adiposo: adipócitos
Músculo: miócitos
Osso: osteócitos
23

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 O que é fisiologia?

02 Relacione as colunas:

( 1 ) Célula ( ) Estudo mais aprofundado das células.

( 2 ) Organelas ( ) Local que abriga o DNA.

( 3 ) Citologia ( ) Unidade funcional do nosso corpo.

( 4 ) Núcleo ( ) Mitocôndrias, complexo de Golgi e lisossomos.


24

05
CAPÍTULO
TECIDO

Os tecidos são um conjunto de células, que estão agrupadas e exercem


a mesma função. O estudo mais aprofundado destes tecidos tem o nome de
HISTOLOGIA. No corpo humano existem quatro grandes grupos de tecidos: o
tecido epitelial, o tecido conjuntivo, o tecido muscular e o tecido nervoso.

Figura 11: Tecidos existentes no corpo humano.

5.1 TECIDO EPITELIAL

O tecido epitelial é um conjunto de células que tem a função de


revestimento e proteção. Ele reveste o corpo todo internamente e externamente.
Há também outra função atribuída aos tecidos epiteliais, que são a de produzir
substâncias específicas. São os chamados tecidos epiteliais secretores ou
glandulares.

5.2 TECIDO CONJUNTIVO


O tecido conjuntivo é dividido em dois grandes grupos, por isso ele é repre-
sentado por vários tipos de tecidos e desempenham diversificadas funções. Como:

Fazer a conexão entre tecidos e orgãos;


25

Dar sustentação mecânica;

Proteger contra infecções;

Armazenar e distribuir substâncias pelo organismo.

Os tecidos conjuntivos são classificados conforme a imagem abaixo:

Figura 12: Classificação do tecido conjuntivo.

5.3 TECIDO MUSCULAR

O tecido muscular que dá ao corpo a capacidade de se movimentar. O mo-


vimento é gerado pelas células musculares, pois essas possuem a capacidade
de se contrair.

5.4 TECIDO NERVOSO


O tecido nervoso é altamente especializado, pois possuem células que cha-
mamos de neurônios, e estas células dão ao tecido a capacidade de conduzir estí-
mulos controlando assim todo o nosso corpo.
26

Figura 13: Neurônio e suas estruturas.

5.5 ÓRGÃOS

Os órgãos do nosso corpo são formados por um conjunto de tecidos. Cada


órgão está presente dentro de um sistema e tem sua função bem definida. No
próximo capítulo, ao estudarmos os Sistemas presentes no corpo Humano, apren-
deremos melhor sobre alguns dos órgãos abaixo:

Baço Pele Esqueleto

Bexiga Esôfago Estômago

Pâncreas Sangue Faringe

Laringe Traqueia Dentes

Intestino Grosso Cérebro Rins

Intestino Delgado Coração Pulmão

Glândulas
Todos os órgãos recebem suprimento sanguíneo para se manterem nutridos
e funcionando.
27

A pele é um órgão. É o maior órgão do


corpo humano, correspondendo a um
peso de aproximadamente 4,5kg. Sem
ela, não sobreviveríamos. Pois é ela que
isola o meio interno do meio externo,
nos fornecendo proteção contra danos
do meio externo.

ANOTAÇÕES

___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
28

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 O que são os tecidos? Cite, pelo menos, dois grupos de tecidos presen-
tes no corpo humano.

02 Marque V para as alternativas que considerar VERDADEIRAS e F para


as alternativas que considerar FALSAS.

( V ) ( F ) É função do tecido epitelial fazer a conexão entre tecidos e órgão, pois é


ele que reveste todo o corpo.

( V ) ( F ) O tecido muscular é dividido em dois grandes grupos: os especializados


e o propriamente dito.

( V ) ( F ) O tecido nervoso é altamente especializado e composto por células que


chamamos de neurônios.

( V ) ( F ) O tecido conjuntivo tem função de armazenar e distribuir substâncias


pelo corpo.

PARA
ESTUDAR EM CASA
Faça uma pesquisa e descubra qual a função de cada organela
celular.
29

06
CAPÍTULO
SISTEMAS

Os sistemas são um conjunto de órgãos que se encontram interligados e


funcionando juntos. Há vários sistemas no nosso corpo, neste capítulo veremos
alguns desses que funcionam de forma harmônica para manter nosso
corpo saudável.

6.1 SISTEMA NERVOSO

O sistema nervoso funciona como uma grande central de informações


sobre todo nosso corpo. É ele que produz, recebe e coordena estímulos e
para regular as funções do corpo, assim como uma cabine de comando. Está
dividido anatomicamente em Sistema Nervoso Central - SNC e Sistema
Nervoso Periférico - SNP. E fisiologicamente em Sistema Nervoso voluntá-
rio e autônomo.

6.1.1 SISTEMA NERVOSO CENTRAL

A constituição do Sistema Nervoso Central (SNC) se dá pelas seguintes estru-


turas: Encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco cerebral) e Medula Espinal.

Figura 14: Sistema Nervoso Central e suas estruturas.


30

As estruturas do SNC, são vitais, especializadas e muito delicadas


e por isso são protegidas por superfícies ósseas. A superfície óssea que
protege encéfalo é o crânio e a medula é protegida pela coluna
vertebral. Existem também outras superfícies que não ósseas e também
tem função de proteger o SNC, que são as camadas internas
membranosa que chamamos de meninges conforme figura abaixo:

MENINGES
DURA MÁTER
ARACHNOID
PIA MÁTER

Figura 15: Membranas de revestimento do SNC.

As meninges são divididas em Dura-máter, Aracnoide e Pia-máter e pos-


suem a função de revestimento e proteção do SNC.

Dura-máter: é a que reveste a camada óssea, a mais externa das meninges.

Aracnoide: é a meninge mediana, que se separa da pia-máter pelo Líquido cefa-


lorraquidiano.

Pia-máter: é a membrana mais interna, está em contato direto com o sistema


nervoso central.

Além dessas estruturas, temos também o Líquido Cefalorraquidiano (LCR),


esse tem a finalidade de proteger o SNC contra traumas mecânicos. Está locali-
zado entre a meninge aracnoide e a pia-máter. É um líquido claro e estéril, ou seja
livre de qualquer microrganismo que possa causar dano como bactérias, fungos,
vírus ou protozoários.
31

Encéfalo

Como já conversamos a respeito o Encéfalo é uma das estruturas que compõe


o SNC. Ele é constituído pelo cérebro, cerebelo e o tronco cerebral conforme
Figura 16.

Cérebro: possui cerca de 1.450 g e é dividido em duas partes que chamamos


de hemisférios. Cada um desses são responsáveis por algumas funções do nosso
corpo, conforme a figura 19.

Figura 16: Hemisférios cerebrais.

Cerebelo: Fica localizado abaixo do cérebro e tem a função de coordenar os


movimentos voluntários.

Tronco cerebral: tem a função de condução de estímulos e integração de


vias nervosas do corpo.

Medula Espinal

A medula espinal ou espinhal está protegida por uma superfície óssea que
chamamos de coluna vertebral, assim como o encéfalo também recebe proteção
das membranas e do LCR. É na medula espinal estão inserido os chamados
nervos raquidianos.
32

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 O que são sistemas?

02 Quais as estruturas que compõem o Sistema Nervoso Central (SNC)?

03 Escolha duas estruturas que tem função de proteger o Sistema Nervo-


so Central (SNC) e fale sobre elas.
33

07
CAPÍTULO
SISTEMA NERVOSO
PERIFÉRICO

O Sistema Nervoso Periférico (SNP) é formado pelos nervos e pelos gânglios.

Nervos

No SNP existem dois grandes grupos de nervos, são eles os nervos espinhais e os
nervos cranianos.

Nervos cranianos, que podem ser:


- Sensoriais;
- Motores;
- Mistos;

Figura 17: Nervos cranianos.


34

Os nervos cranianos estão ligados ao encéfalo. Sua função é inervar os ór-


gãos dos sentidos, os músculos e as glândulas e também de alguns órgão internos.
E estão divididos em 12 pares.

Nervos espinhais: Os nervos espinhas ou nervos raquidianos estão ligados


à medula espinhal e são dispostos em pares ao longo da medula espinhal. São
responsáveis pela inervação de troco, dos membros e parte da cabeça. São dividi-
dos em 31 pares

Figura 18: Nervos espinhais.

Cada um desses nervos são formados pela união das raízes dorsais (sensitiva)
e raízes ventral (motoras). Por isso, os 31 pares são considerados nervos mistos.

Gânglios

Os gânglios são aglomerados de neurônios que estão fora do sistema nervo-


so central. Podem ser sensitivos ou autônomos.
35

Figura 19: Representação dos gânglios, raiz dorsal e ventral.

Além disso o SNP, pode ser dividido fisiologicamente em Voluntário ou Au-


tônomo. O primeiro diz respeito, a capacidade que temos de controlar a função
de reagir a estímulos externos. Ao contrário do autônomo que funciona indepen-
dente da nossa vontade.

ANOTAÇÕES

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36

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 O que é o sistema nervoso periférico?

02 Quais são as estruturas que compões o SNC?

03 Cite quais são os tipos de nervos cranianos.


37

08
CAPÍTULO
SISTEMA ESQUELÉTICO

O Sistema Esquelético é composto por um conjunto de ossos que chama-


mos de esqueleto e pelas suas articulações. O esqueleto tem como função:

Dar sustentação ao corpo;

Proteger os órgãos internos;

Permitir movimentos.

Ao todo, nosso esqueleto é constituído por


208 ossos e dividido em duas partes. O esqueleto
axial e o esqueleto apendicular.

8.1 DIVISÃO DO ESQUELETO

O esqueleto axial é formado pela


caixa craniana, coluna vertebral e cai-
xa torácica. Já o esqueleto apendicular,
compreende a cintura escapular e a cin-
tura pélvica e o esqueleto dos membros
superiores e inferiores.

Além da classificação do nosso


esqueleto como um todo, o sistema ós-
seo também classifica os nossos ossos
em:

Ossos curtos: são aqueles em que


as extremidades se equivale, isto é, tem
comprimento, largura e espessura se-
melhantes - Ex: ossos do carpo.

Ossos Compridos: são os ossos


em que o comprimento é maior que a
largura - Ex: fêmur

Figura 20: Divisão do esqueleto.


38

Figura 21: Ossos do carpo Figura 22: Ossos do fêmur Figura 23: Ossos planos ou chatos

8.2 ARTICULAÇÕES

As articulações também fazem parte do sistema esquelético. É o ponto de


encontro entre dois ou mais ossos. Auxiliando na diminuição do atrito entre estes
ossos e facilitando a movimentação.

Dentro dos ossos longos


existe o que chamamos de
Medula Óssea. Também
chamada de tutano, é
responsável pela produção
das células sanguíneas, como
os glóbulos brancos e os
glóbulos vermelhos

Figura 24: Esquema representativo das articulações.


39

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Cite duas funções do Sistema Esquelético

02 Faça uma legenda para a figura denominando as partes da divisão


do esqueleto.
40

09
CAPÍTULO
SISTEMA MUSCULAR

O sistema muscular é formado pelos músculos. Músculos são órgãos forma-


dos pelo tecido muscular, geram força através de energia e com isso permitem o
movimento. O movimento nada mais é, que um deslizamento de fibras muscula-
res. Para isso é essencial que os músculos estejam ligados aos osso por meio de um
tecido fibroso chamado tendão para que durante a contração não se rompam.

Tendão Calcâneo

O tendão de maior relevância e o Tendão de


Aquiles ou Calcâneo. Este é o que mais frequentemen-
te se rompe. O motivo para essa frequência de rom-
pimentos é que com a busca atual por um melhor
condicionamento ele é forçado sem nenhum tipo de
cautela, gerando graves lesões que vão desde a infla-
mação até um rompimento.

Figura 25: Tendão do calcâneo no pé esquer- A partir disso, podemos concluir que a função
do dos músculos são:

Manter e facilitar posições;

Permitir movimentos;

E gerar calor, pois as contrações liberam energia em forma de calor.


Apesar de todos os músculos terem funções semelhantes, eles não são iguais. No
corpo humano existem três tipos de músculos.

Figura 26: Três tipos de músculos existente no corpo humano.


41

Já sabemos que, os músculos tem capacidade de trazer movimento ao nosso


corpo. Mas, existem movimentos que você escolhe fazer, como por exemplo:
caminhar, o seu corpo não caminha sozinho, você precisa querer que isso
aconteça. Bem como, movimento de pegar algo, pular ou correr. Porém, existem
outros movimentos que independem da nossa escolha, como por exemplo as
batidas do coração.

Você não decide quando elas vão acontecer, até mesmo enquanto você dor-
me, seu coração continua a funcionar. Essas capacidades de se contrair contra ou
a favor da nossa vontade, são chamadas de movimentos involuntários (não temos
controle) e os movimentos voluntários (temos controle) e é isso que diferencia um
músculo do outro.

Músculo Esquelético: é o musculo voluntário, é sua contração que permitirá


o movimento dos nossos membros.

Músculo Cardíaco: apesar de ser involuntário como o musculo liso, o cardía-


co tem uma contração mais forte e rítmica.

Músculo Liso: é um musculo involuntário, localizado na pele, órgãos inter-


nos, aparelho reprodutor entre outros.

Em suma, o sistema muscular participa de todos os outros sistemas, no intu-


ito de permitir qualquer movimento necessário.

ANOTAÇÕES

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42

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Explique como o Sistema Muscular traz movimento para o corpo.

02 Qual a diferença entre movimentos voluntários e involuntários?


Dê exemplos.

03 Defina os três tipos de músculos existentes no corpo humano.


43

10
CAPÍTULO
SISTEMA
DIGESTÓRIO
Já sabemos que a alimentação é a
fonte de nutrientes necessária para a nos-
sa sobrevivência. Sem os alimentos não te-
remos energia suficiente para nos manter
vivos. Para que esses alimentos se tornem
energia é necessário que eles passem por
uma transformação, chamada Digestão.

O Sistema Digestório é responsável


pela digestão. Isto é, neste sistema que te-
remos a transformação de alimentos em
substâncias que poderão ser absorvidas
pelo corpo e se tornarem energia. Temos a
participação de nove es-
truturas neste sistema. Figura 27: Estruturas que compõe o sistema digestório.

10.1 ESTRUTURA DO SISTEMA DIGESTÓRIO

Boca

É a abertura por onde entra o alimento. É onde se inicia a digestão, pois na


boca temos a mastigação com a participação de língua, dentes, enzimas e saliva.
Além de auxiliar na mastigação, empurrando o bolo alimentar de um lado para o
outro, a língua também é responsável pela nossa percepção de gosto.

Faringe e esôfago

A faringe é por onde o bolo alimentar irá passar para chegar até o esôfago. O
esôfago é uma estrutura que liga a faringe até o estômago, tem a função de con-
duzir o bolo alimentar até o estômago no período de 5 a 10 segundos.

Estômago

O estômago é a estrutura de duas aberturas, uma superior onde se encon-


tra com o esôfago, e outra inferior onde se encontra com o intestino delgado. É no
estômago onde tem o suco gástrico que terminará de degradar o bolo alimentar.


44

Intestino Delgado: O intestino delgado tem aproximadamente 6 a 10 me-


tros de comprimento e é dividido em 3 partes:

Duodeno: é a primeira porção do intestino, a digestão do conteú-


do do estômago ocorre predominantemente nesta porção, que conta com o
auxílio das enzimas digestivas produzidas pelo pâncreas e do suco biliar que
emulsiona as gorduras.

Jejuno: é a segunda porção do intestino, auxilia também na absorção


de nutrientes;

Íleo: é a porção mais distal, onde já acontece pouca absorção.

Figura 28: Divisão do intestino delgado.

Intestino Grosso

Apresenta um calibre maior que o intestino delgado, mede aproxima-


damente 1,70m e é responsável pela formação do bolo fecal, armazenagem
temporária deste e a eliminação. Assim como o intestino delgado, tem suas
subdivisões. São elas:

Ceco: é a subdivisão de maior calibre. Para impedir que o conteúdo volte


para o Íleo, existe uma válvula localizada na junção íleo e ceco chamada válvula
ileocecal.

Colo: é o segmento que se prolonga do seco até o reto. Composto pelo co-
lo ascendente, colo transverso, colo descendente e colo sigmoide. Todos estes
tem como função a absorção de água e sais minerais, na intenção de se formar o
bolo fecal.
45

Reto: é o final do segmento do intestino grosso, perfura o diafragma da pelve e


forma o canal anal, responsável por eliminar o bolo fecal.

Figura 29: Divisão do intestino grosso.

Fígado

É o segundo maior órgão do corpo humano. Tem função de glândula ex-


cretora. O Fígado é um dos órgão de maior funcionalidade do corpo humano,
pois participa de inúmeros processos. Dentre suas funções digestivas estão a
de produzir a bile para agir no duodeno. Além disso, metabolizam carboidra-
tos, lipídeos e proteínas, excretam bilirrubinas e sais biliares e metabolizam
fármacos e hormônios.

Pâncreas

É uma glândula mista, envolvida com a digestão através da secreção de hor-


mônios. O principal hormônio liberado pelo pâncreas é a insulina que regula a
glicose presente no sangue.

O processo de mastigação
é um dos mais
O fígado está envolvido
importantes na digestão.
em mais de 5 mil funções,
Enquanto você mastiga,
tornando-se um dos mais
estímulos são enviados
complexos. Dentre as
para o seu cérebro e,
classes de mamíferos, é
assim, você se sente
o único órgão capaz de
saciado.
se regenerar (reconstituir
suas células mortas)
46

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Qual a função da boca no Sistema Digestório?

02 Explique, com suas palavras, como ocorre a circulação pulmonar e a


circulação sistêmica.
47

11
CAPÍTULO
SISTEMA
CIRCULATÓRIO

O Sistema Circulatório é constituído pelo coração, sangue, artérias, veias e


capilares. A função deste sistema é irrigar nossos tecidos com sangue para mantê-
-los nutridos. A irrigação acontece em dois grandes circuitos a circulação pulmo-
nar e sistêmica.

11.1 ESTRUTURA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO

Coração

O coração é uma espécie de bomba responsável por movimentar todo o


sangue que chega até ele. É constituído de músculo cardíaco e portanto sua con-
tração independe de nossa vontade.

Figura 30: Estruturas que compõem o coração

Toda estrutura localizada do lado direito do coração, átrio e ventrículo


direito, estão envolvidos com sague venoso - sangue pobre em oxigênio. Já
as estruturas localizadas do lado direito, ventrículo e átrio estão envolvidas
com sangue arterial - sangue rico em oxigênio. O coração é o responsável
por organizar a circulação tanto do sangue venoso quanto do sangue arterial.
48

Artérias: tem a função de conduzir o sangue arterial para os órgãos.

Veias: tem a função de conduzir o sangue venoso até o coração.

Capilares: são vasos de menor calibre que distribuem o sangue arterial


e recolhem o sangue venoso.

11.2 CIRCULAÇÃO SISTÊMICA E PULMONAR

No esquema abaixo temos em azul o sangue venoso ou seja, aquele


sangue pobre em oxigênio. E em vermelho o sangue arterial, rico em
oxigênio. O oxigênio é adquirido através da respiração que ocorre nos
pulmões. Por isso, temos a circulação sistêmica e a circulação pulmonar.

Circulação pulmo-
nar: é durante a circulação
pulmonar que o sangue re-
cebe seu oxigênio. Adquiri-
do pelos pulmões durante
a respiração. Logo após o
sangue distribuir todo o oxi-
gênio para os tecidos, ele
retorna ao coração pa-
ra ser novamente oxige-
nado. Chegando ao átrio
direito pela veia cava, é
bombeado para os pulmões
pelas artérias pulmonares.
No pulmão o sangue é oxi-
genado e retorna ao cora-
ção pelas veias pulmonares.

Circulação sistêmica:
após as veias pulmonares
carregarem o sangue oxi-
genado até o átrio esquer-
do este vai para o ventrícu-
lo esquerdo e é bombeado
para artéria aorta, que con-
duzirá o sangue arterial por
todos os órgãos.

Figura 31: Esquema de circulações do sistema circulatório.


49

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Explique, com suas palavras, como ocorre a circulação pulmonar e


a circulação sistêmica.

02 Qual a diferença entre sangue venoso e sangue arterial?

03 Qual a principal diferença entre as artérias e as veias?

04 Quais as estruturas envolvidas com o sangue venoso e quais as


estruturas envolvidas com o sangue arterial?
50

12
CAPÍTULO
SISTEMA
RESPIRATÓRIO

O Sistema Respiratório humano tem a função de captar oxigênio do ar at-


mosférico e liberar o gás carbônico resultante das oxidações celulares, um proces-
so chamado respiração. Para que esse processo ocorra é necessário um conjunto
de estruturas que são: as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traqueia, o
pulmão e o diafragma.

12.1 ESTRUTURA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Figura 32: Estruturas do sistema respiratório.

Fossas nasais:

É a parte interna do nariz, se iniciam nas narinas e finalizam na faringe. São


recobertas por células produtoras de muco e células ciliadas. Além disso, nas fos-
sas nasais também estão células sensoriais responsável por sentirmos os cheiros. A
função desta estrutura é de: umedecer, aquecer, filtrar e conduzir o ar até a farin-
ge.


51

Faringe:

Você se lembra desta estrutura lá no sistema digestório? Pois é,


ela é o canal de comunicação em comum entre sistema digestório e sis-
tema respiratório. No sistema respiratório sua função e conduzir o ar
até a laringe.

Laringe

Está situada na parte superior do pescoço e abriga duas estruturas a glote e


as cordas vocais.

Glote: é uma espécie de “portinha” na entrada da laringe, nela está situada


a epiglote, que é uma válvula responsável por não permitir a passagem de nada
sólido para a laringe, somente o ar. Impedindo assim que alimentos entrem no
sistema respiratório.

Cordas vocais: as cordas vocais não fazem parte do nosso sistema respi-
ratório. Porém, seu funcionamento é dependente do ar. As cordas vocais na-
da mais são que duas pregas localizadas na laringe, com a passagem do ar, há
uma vibração dessas pregas, resultando na produção de som. Assim, permitindo
nossa comunicação

Traqueia

É um tubo de cartilagem bem rígida, com a presença de células ciliadas pa-


ra fazer uma segunda filtração do ar. Esta estrutura se ramificam em brônquios.

No pulmão temos a participação de 3 estruturas principais os brônquios, os


bronquíolos e os alvéolos.

Brônquios: são as entradas dos pulmões, que se ramificam em bronquíolos.


Tem a função de conduzir o ar.

Bronquíolos: é a sub-ramificação dos brônquios, só que em menor calibre.


Tem a função de conduzir o ar até os alvéolos.

Alvéolos: é a unidade funcional dos pulmões, composta por uma pe-


quena camada de célula para permitir a troca gasosa, que chamamos de
hematose (Figura 33).

Diafragma: é o músculo essencial no processo respiratório. É ele que, jun-


tamente com caixa torácica e músculos intercostais, permite o movimento de
inspiração e expiração.
52

12.2 HERMATOSE

Figura 33: Alvéolos e o processo de Hematose.

Hematose é o que chamamos de troca gasosa, quando o sangue venoso


(pobre em oxigênio, se torna sangue arterial) rico em oxigênio e pronto para ser
utilizado pelas células do nosso corpo. A hematose ocorre nos alvéolos. Durante
a nossa respiração dois movimentos são realizados, o de Inspiração, que é a
captação do oxigênio e o de Expiração, liberação do gás carbônico.

Ao inspirarmos, inalamos o ar atmosféricos pelas fossas nasais e esse é conduzido,


com o auxílio das demais estruturas, até os alvéolos. Como já mencionado os
alvéolos são estruturas de camada celular fina, liberando oxigênio para o sangue
presente nos capilares e recolhendo o gás carbônico que passa para os alvéolos
por difusão e são eliminados do nosso corpo pela expiração.

ANOTAÇÕES

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___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
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53

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 O que é a hematose e onde ela ocorre?

02 Quais são as estruturas que compõe o sistema respiratório?


54

13
CAPÍTULO
SISTEMA
REPRODUTOR

13.1 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

O Sistema Reprodutor Masculino é composto por estruturas internas e a ge-


nitália externa.

Genitálias externas

As genitálias externas são com-


postas pelo pênis e o saco escrotal.

Pênis: O pênis possui em seu


interior os corpos cavernosos, que são
formados por capilares sanguíneos
modificados. São eles os responsáveis
pela ereção. A região anterior do pê-
nis é denominada de glande, essa por
sua vez, é caracterizada por uma pele
fina com terminações nervosas (confi-
guram a sensibilidade na estimulação
sexual), e pela presença do prepúcio.

Figura 34: Estrutura externa do Sistema Reprodutor Saco escrotal: O saco escrotal é
Masculino.
uma bolsa de pele situado abaixo do
pênis. Tem a função de alojar os tes-
tículos e mantê-los a uma tempera-
tura ideal para a produção de esper-
matozóides. Para que essa produção
ocorra normalmente a temperatu-
ra ideal é de 3-5ºC abaixo da
temperatura corporal.

Estruturas internas

As estruturas internas são: os testículos, os duc-


tos (canal deferente e o ducto ejaculador), a
uretra e as glândulas acessórias.

Testículos: É o órgão responsá- Figura 35: Estruturas internas do sistema reprodutor masculino.
vel pela formação de espermatozoi-
55
des (espermatogênese) e pela produção de testosterona.
Epidídimo: É um enovelado localizado acima do testículo. Recebem os es-
permatozoides recém-formados, esses por sua vez terminam sua maturação e fi-
cam ali armazenados até sua eliminação.

Uretra: A uretra é uma estrutura comum ao sistema urinário e reprodutor do


homem. Atravessam o pênis e tem como função a excreção da urina.

Glândulas Acessórias: As glândulas acessórias são: as vesículas seminais, a


próstata e a glândula Bulbouretral.
Vesículas Seminais: São duas glândulas, responsáveis por produzir o fluído semi-
nal, um líquido que contêm açúcar frutose com função de nutrir os espermatozoi-
des. Seu conteúdo é lançado no ducto ejaculador e corresponde a aproximada-
mente 65% de todo o volume eliminado durante o ato sexual.

Próstata: Tem uma secreção viscosa e alcalina; com função de neutralizar


toda a acidez residual da urina, e a acidez natural da vagina para que os esperma-
tozoides encontrem um ambiente favorável.

Glândulas Bulbouretrais: É a responsável pelo fluído pré-ejaculató-


rio. Acredita-se que sua função é de limpar o canal uretral, eliminando todo e
qualquer resíduo de urina.

13.2 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

Figura 36: Estruturas que compõe a vulva.


O sistema reprodutor feminino se compõe da genitália externa e estruturas
internas. São o conjunto de órgãos responsáveis pela reprodução feminina.

Genitais externos

Vulva (grandes e pequenos lábios e o clitóris).

Grandes lábios: os grandes lábios são delimitados por duas pregas intensa-
mente irrigadas e inervadas, recoberto por pelos pubianos.

Pequenos Lábios: são duas pregas mais internas que os grandes lábios, pro-
tegem a abertura da uretra e da vagina.
Clitóris: é um tecido semelhante ao do pênis, esponjoso e erétil. Com uma sensibi-
lidade, que quando estimulado, gera prazer na mulher.
56
Além de todas estas estruturas a vulva é composta pelo prepúcio do clitóris,
uma camada de pele que envolve o clitóris. Monte de Vênus, um acúmulo de gor-
dura acima do púbis com função de reduzir o impacto no ato sexual e o óstio ure-
tral externo (meato), por onde se elimina a urina. E por fim o Hímen, uma estrutura
que protege a entrada da vagina, e na maioria das vezes, é rompido nas primeiras
relações sexuais.

Estruturas internas

Ovários, trombas de Falópio, útero e vagina.

Figura 37: Estruturas internas do sistema reprodutor feminino.

Vagina: é um canal que varia de 8-10cm, onde ocorre a penetração e com


paredes elásticas que se liga ao colo do útero. Quando a mulher é excitada sexu-
almente, as glândulas de Bartholin situadas nessa região, liberam um muco lu-
brificante, na intenção de facilitar a penetração. Além disso, a vagina também é
responsável por expulsar a menstruarão.

Útero: é um órgão oco, com formato de pera invertida com a parede mus-
cular bem espessa. É revestido por um tecido vascular chamado endométrio, que
quando não há a gravidez é eliminado, e esta eliminação é o que chamamos de
menstruação.
Ovários: tem uma forma de pequena azeitona e são as glândulas sexuais
femininas. Responsáveis pela produção dos gametas femininos e de hormônios.

Trompas de Falópio: são dois canais responsáveis por captar os óvulos quan-
do saem do ovário e conduzi-los até o útero. É nas trompas que ocorre a fecunda-
ção e após isso o zigoto (óvulo fecundado) é conduzido ao útero.
57

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Relacione as colunas:

( 1 ) Pênis

( 2 ) Sistema reprodutor masculino

( 3 ) Estruturas externas do sistema reprodutor feminino

( 4 ) Ovário

( 5 ) Próstata
( ) Libera uma secreção viscosa e alcalina.

( ) É responsável pela produção dos gametas femininos e hormônios

( ) Possui em seu interior os corpos cavernosos

( ) Fazem parte de sua estrutura interna, os testículos, os ductos a uretra e as


glândulas acessórias.

( ) Grandes lábios, pequenos lábios e clitóris.


58

14
CAPÍTULO
SISTEMA
TEGUMENTAR

O Sistema Tegumentar tem a função de cobrir toda superfície do nosso cor-


po protegendo-a contra danos causados pelo meio externo, contra atritos, invasão
de microrganismos e raios solares. É formado pela pele e seus anexos.

14.1 PELE

A pele é o maior órgão do corpo humano, suas camadas são a Epiderme e


a Derme. Sendo a epiderme a primeira camada, resiste e com fina com espessura
entre 0,007 a 0,12mm. É a parte visível da pele. Já a derme é a segunda camada
da pele, mais espessa que a epiderme onde contém o colágeno e as fibras elásticas
(deixando a pele resistente e elástica).

14.2 ANEXOS

Os anexos são estruturas como pelos, unhas, glândulas sebáceas e sudorípa-


59

Pelos: São desenvolvidos nos folículos pilosos, e são abundantes na pele fina
e no coro cabeludo.

Glândulas Sebáceas: Estão em associação com os folículos pilosos, tem a


função de secretar o sebo que lubrifica a superfície da pele e do pelo.

Glândulas Sudoríparas: Estão localizadas na superfície corporal e


tem função de secretar o suor em mecanismo de controle da temperatura
corporal.

Unhas: é a compactação de células que possuem queratina dura.

14.3 CONCLUSÃO

Em suma é importante sabermos que todos os sistemas devem funcionar


em conjunto, afinal, como já dito o nosso corpo é uma máquina e os sistemas são
conjuntos de peças, para que esteja em pleno funcionamento as peças devem ser
bem cuidadas e trabalharem de forma harmoniosa.
60

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 O que é o sistema tegumentar?

02 Quais as camadas da pele? Explique cada uma delas.

03 Descreva detalhadamente sobre cada um dos anexos do


sistema tegumentar.
61

15
CAPÍTULO
PATOLOGIAS
HUMANAS

Patologia significa o estudo das doenças. Isto é, o estudo das causas e as


alterações que as doenças causam. É o que podemos compreender como algum
defeito na máquina que chamamos de corpo humano. Sempre que houver algum
mau funcionamento, isso pode gerar uma doença. Ocasionado, principalmente
por maus hábitos. Neste capítulo vamos entender melhor sobre algumas patolo-
gias de maior interesse clínico.

15.1 HIPERTENSÃO

A Hipertensão Arterial (HA) ou pressão alta é uma doença crônica, que


consiste no paciente apresentar a pressão arterial sistólica maior ou igual a
14mmHg (milímetros por mercúrio) e a pressão diastólica 9mmHg. A hipertensão
é uma doença causado por vários fatores, como: o consumo de álcool, o
tabagismo, a ingestão de sal, a genética, a obesidade e o sedentarismo. É
classificada em primária ou secundária. Sendo a primária responsável por 95%
dos casos e não tem uma causa única. E a secundária acontece em
consequência de outras doenças como: o hipotireoidismo, o hipertireoidismo e
etc. É uma doença de diagnóstico ocasional. Já que nos estágios iniciais é
assintomática, isto é, não apresenta sintomas que a identifique.

No Brasil, a HA atinge 32,5% de indivíduos adultos e mais de 60% de idosos.


O diagnóstico deve considerar medições feitas em ambulatório e feitas em casa.
Além de uma anamnese com a finalidade de identificar algum dos fatores de
risco. Abaixo segue uma tabela com a classificação da Hipertensão arterial.
62

O tratamento da hipertensão é a terapia farmacológica e terapia não far-


macológica. A primeira compreende o uso de medicamentos, já a outra con-
siste em mudança de hábitos como prática de exercício físico e a diminuição
da ingestão de sal.

Muitas pessoas alteram a pressão


arterial devido à sindrome do jaleco
branco. A figura do médico ou outro
profissional da saúde responsável por
aferir a pressão, pode causar medo ou
ansiedade no paciente, fazendo com que
sua pressão aumente.

15.2 DIABETES

A Diabetes é uma doença caracterizada por um quadro de hiperglicemia,


ou seja, um aumento da glicose no sangue. Esse quadro é causado pela falta de
insulina no organismo ou um mal funcionamento da mesma. A insulina é um hor-
mônio, responsável por levar a glicose presente no sangue para as células. Sem a
insulina a glicose permanece no sangue, sem ser absorvida, resultando em valores
altos de Glicemia. A diabetes pode ser dividida em duas. Diabetes Melitus tipo 1
(DM1) e Diabetes Melitus tipo 2 (DM2).

DM1: é uma doença autoimune em que as células beta do pâncreas são de-
struídas ocasionando uma deficiência de insulina. A maioria inicia-se na infância e
representa de 5-10% de todos os casos de diabetes.

DM2: a o tipo mais comum, corresponde a aproximadamente 90% dos ca-


sos. Ocorre com uma maior frequência em adultos. A maioria dos paciente porta-
dores de DM2 também apresentam um quadro de obesidade ou sobrepeso, que
63

podem ser a causa da doença. Em suma, ao contrário da DM1 a DM2 produz a in-
sulina, mas sua ação não é eficaz.

A DM2 apresenta uma série de sintomas. Porém, esses sintomas apresenta-


dos podem ser confundidos com outras doenças, dificultando seu diagnóstico.

Os principais sintomas da DM2 são:

Urinar muitas vezes e em grande quantidade - poliúria;

Sede exagerada;

Boca seca e fadiga;

Ganho de peso muito rápido ou perca de peso muito rápido.

A Diabetes quando não tratada pode ocasionar, cegueira, infartos, gan-


grena, impotência sexual entre outros. Por isso a importância de um diagnóstico
correto por meio da dosagem da glicose no sangue (Glicemia) ou na urina (Gli-
cosúria). E o tratamento adequado que pode ser farmacológico ou não farma-
cológico. Sendo o segundo uma reeducação alimentar evitando gordura e açúcar
e a prática de exercícios físicos. A quantidade de glicose observada no diagnóstico
de acordo com as Diretrizes são:

ANOTAÇÕES

___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
64

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Defina Hipertensão primária e Hipertensão secundária.

02 O que é a DM 1?

03 Qual o papel da insulina na Diabetes?

04 O que é a DM2 e quais suas principais causas?


65

16
CAPÍTULO
GRIPE

A gripe ou Influenza é uma infecção do trato respiratório causado pelo vírus


influenza. É a responsável por milhares de mortes anualmente. Pode ocorrer em
qualquer período do ano, com mais frequência no outono e inverno. Sua
transmissão se dá por saliva, secreções nasais, fezes de aves ou outros
mamíferos infectados. Os sintomas só apareceram de 1-4 dias após o contato
com vírus.
Sintomas:

Febre alta;

Calafrios;

Dor de garganta;

Cefaleia;

Coriza;

Dor muscular.

16.1 RESFRIADO

É uma infecção limitado ao trato respiratório superior (nariz e garganta) cau-


sada por vírus de nome rinovírus. É um dos problemas mais comuns nos ambu-
latórios em períodos de inverno. Com período de incubação de aproxima-
damente 1-9 dias. Ou seja, você entra em contato com vírus mas a doença só vai
aparecer de 1-9 dias após esse contato.

Sintomas:

Coriza e congestão nasal;

Espirros ou tosse;

Olhos lacrimejantes;

Febre usualmente baixa.

O tratamento é feito somente usando medicamentos ou preparações casei-


ras que amenizem os sintomas.
66

16.2 DISLIPIDEMIAS OU HIPERLIPIDEMIAS

É uma patologia que se refere ao aumento de gordura (lipídeos), principal-


mente do colesterol e dos triglicerídeos. Há dois tipos de colesterol no sangue: o
bom, que chamamos de HDL e o ruim, que chamamos de LDL.
LDL (Low Density Lipoprotein)

Lipoproteína de baixa densidade, tende a se depositar no vasos sanguíneos


causando uma doença chamada aterosclerose. Além disso, são responsáveis por
transportar o colesterol do fígado para o sangue.

HDL (Low Density Lipoprotein)

lipoproteína de alta densidade que devolve o colesterol para o fígado, de


onde este será eliminado. Dessa maneira, não se depositando nos vasos sanguíne-
os.

Aproximadamente 70% do nosso colesterol circulante é produzindo pelo fí-


gados os outros 30% são adquiridos com a nossa alimentação que utilizam destas
lipoproteínas para serem transportados.

Os valores de referências para as concentrações de colesterol em adultos


maiores de 20 anos são:

LDL -
Ótimo: menos que 100mg/dl (miligramas por decilitros)
Desejável: entre 100 e 129mg/dl
Alto: maior que 190mg/dl

HDL -
Desejável: maior que 60mg/dl
Baixo: menor que 40mg/dl

O aumento de colesterol pode ser oriundo de medicamentos (tiazídicos,


corticoides, estrógenos), bem como da dieta. Por isso seu tratamento consiste
em monitorização de pacientes que fazem uso de algum desses medicamentos
e uma dieta rica em fibras e pobre em gordura, além da prática de exercícios
físicos.

Caso essa primeira abordagem não funcione, atualmente no mercado há


uma classe de medicamentos usadas no tratamento das dislipidemias, que são as
estatinas, fibratos e resinas.
67

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Quais são os principais sintomas da gripe, e qual o tempo


necessário para que eles apareçam?

02 Quais os principais sintomas do resfriado?

03 Qual a principal diferença entre gripe e resfriado?

04 O que são Dislipidemias?


68

17
CAPÍTULO
ASMA

É uma patologia caracterizada pela inflamação das vias aéreas. O paciente


apresenta dificuldade para respirar, sensação de aperto no peito, peito pesado,
chiado no peito e tosse. A asma é uma doença que não tem cura, classificada
como doença crônica. Porém, existem tratamentos que visam melhorar a
qualidade de vida do paciente, já que propiciam um controle da doença. O
tratamento da asma, na maioria da vezes é feito com dois tipos de medicação:

Medicação controladora ou de manutenção

Reduzem a inflamação dos brônquios, dessa forma diminuem a frequência


das crises e evita a perda da capacidade de respirar. Para esta função são usados
corticoides inalados associados com broncodilatadores de ação prolongada.

Medicação de alívio ou resgate

Servem para aliviar os sintomas quando o paciente estiver em crise, porém,


não tratam a causa da doença em si. São usados medicamentos com a função de
dilatar os brônquios, permitindo que o ar chegue até os pulmões.

17.1 GLAUCOMA

É uma manifestação clínica caracterizada pelo aumento da pressão intrao-


cular. Quando esta pressão aumenta comprimem os vasos sanguíneos que levam
nutrição para as estruturas oculares do fundo do olho. Devido a essa falta de nu-
trição o campo visual é comprometido, por isso, quando não tratada o glaucoma
pode levar a cegueira do paciente.

O tratamento é feito com colírios, comprimidos e em casos mais graves com


intervenção cirúrgica.
69

17.2 OSTEOPOROSE

Esta manifestação clínica é uma condição metabólica em que há uma


diminuição progressiva da densidade óssea e o aumento da ocorrência de
fraturas. Os ossos são compostos de uma matriz na qual se depositam
complexos minerais e cálcio e estão em constante processo de renovação. São
formados por células chamadas de osteoclastos - responsáveis por reabsorver
as áreas envelhecidas e os osteoblastos - que tem a função de produzir ossos
novos. Estas células são responsáveis pela constituição dos ossos quando ocor-
rem desgastes ou fraturas. Porém, quando a idade aumenta a absorção de
células velhas aumentam e a produção de novas diminuem, dando ao osso uma
característica porosa e de pouca resistência, se fraturando por qualquer atrito. É
uma doença que atinge na maioria das vezes idosos, apesar de atingir ambos
os sexos, sua incidência maior é no sexo feminino após a menopausa.

Como a osteoporose pode ter diferentes causas, é indispensável determinar


o que provocou a doença, propondo um tratamento que evite as fraturas e dimi-
nua qualquer dor sentida pelo paciente. Existem várias classes de medicamentos
que podem ser usadas de acordo com a situação do paciente, são elas: hormônios
sexuais, bisfosfanatos, modeladores de receptores de estrogênio e calcitonina de
salmão. Além disso, existem medidas preventivas que podem retardar o apareci-
mento da doença como: ingerir cálcio, tomar sol para absorção de vitamina D e
praticar exercícios físicos.

17.3 CONCLUSÃO

Chegamos ao final do módulo. Aprendemos sobre a anatomia e a fisiolo-


gia do corpo humano. Desde a composição celular até o mecanismo dos siste-
mas. A partir de agora sugerimos que treine todos os nomes novos das estruturas
que você aprendeu. Afinal, muitas das vezes os clientes chegarão com uma queixa
muito específica. E apesar de não ser você o responsável por qualquer indicação
farmacológica é importante que saiba do assunto para que possa ter um primeiro
contato adequado à queixa do cliente.
70

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Porque o glaucoma pode levar a cegueira?

02 Quais as principais características da osteoporose?

03 O que é asma?

04 A asma é uma doença que apesar de não ter cura, possui


tratamento, como se dá o tratamento da asma?
M Ó D U L O I I
73

INTRODUÇÃO

O Módulo II tem um suporte teórico básico da área específica da


farmácia, Aprenderemos sobre os conceitos de Farmacologia, classe de
medicamentos, Farmacotécnica vias de administração e injetáveis. Ao final
deste módulo se espera que você tenha pleno domínio de informações básica
necessárias sobre medicamentos.
74

01
CAPÍTULO

HISTÓRIA DA FARMÁCIA

1.1. FATOS HISTÓRICOS

A história da farmácia existe desde quando há uma preocupação com a


saúde e a doença, com os primeiros tratamentos, e com os medicamentos e o
farmacêutico está inserido em todo este contexto.

A profissão farmacêutica é tão antiga quanto a própria humanidade, e a


história do medicamento se confunde com a história do profissional. A mais de
2600 a.c anos, os chineses já elaboravam medicamentos através de plantas.
Em 1500 a.C. os egípcios mostram um empenho na área farmacêutica
com o surgimento do Papiro Ebers. O papiro possui mais de 700 fórmulas com
ingredientes de origem mineral, vegetal e animal (banha de leão e de crocodilo).

Figura 1 - Papiro Ebers

Na antiguidade, houve também a contribuição dos alquimistas que


durante a busca pelo elixir da vida eterna, acabaram por contribuir bastante
com a farmácia ao produzir óleos e resinas que foram considerados os
primeiros medicamentos da humanidade.

Outra contribuição significativa foi a de Hipócrates, que ao ver o número


crescente de fórmulas medicamentosas, decidiu por sistematizar os grupos de
medicamentos, dividindo-os em: narcóticos, febrífugos e purgantes.  E Galeno,
um médico e filósofo que  escreveu bastante sobre farmácia e medicamentos,
sendo considerado o “Pai da Farmácia”.
75
Quanto ao surgimento da farmácia como estabelecimento que concentra-
va medicamentos, antigamente eram chamadas de boticas. A primeira botica foi
aberta em 740a.C na cidade de Bagdá, localizada na atual Turquia. No Brasil, o
conhecimento dos boticários só chegou por volta de 1548, na comitiva do governa-
do Tomé de Souza, havia um boticário de nome Diogo Castro. Houve também, no
nosso país, uma grande contribuição dos jesuítas, que a partir dos conhecimentos
indígenas desenvolveram remédios com plantas nativas.

Figura 2 - Boticas
No ano de 1640 foi dada ao Brasil a instalação de boticas, houve uma
grande expansão destes estabelecimentos, afinal não era difícil ter autorização
para abri-las. Uma vez que o país não dispunha de universidade e por isso, não po-
diam exigir diplomas.

As boticas desempenharam um importante papel, pois os boticários eram


os profissionais que mais assistiam à população. Porém, com o passar dos anos a
segurança com a saúde exigiu uma formação universitária, sendo a primeira esco-
la de farmácia independente inaugurada em 1939 na cidade de Ouro Preto –MG.

Em meados do sec. XX, as atividade artesanais de preparo de medicamen-


tos ficaram em segundo plano e os medicamentos industrializados invadiram as
prateleiras e trouxeram com eles os almanaques (livreto de bolso que servia para
divulgar os medicamentos). E assim, temos as farmácias que conhecemos hoje em
dia. Um comércio ativo e de suma importância para a saúde.
76

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Faça um resumo em tópicos de como se deu a história da Farmácia?

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____________________________________________________________________
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77

02
CAPÍTULO

FARMACOLOGIA
A farmacologia é o estudo de como as funções do organismo são afetadas
pelas drogas, isto é, como os fármacos exercem seus efeitos. Começaremos apren-
dendo alguns conceitos necessários para esta área da farmácia.

2.1 CONCEITOS DA FARMACOLOGIA

Os conceitos de farmacologia são importantes para que você compreenda


uma parte mais técnica da farmácia.

• DROGA/FÁRMACO/PRINCÍPIO ATIVO: qualquer agente químico capaz de al-


terar as funções do organismo com ou sem intenção benéfica.

• MEDICAMENTO: preparação química que geralmente contém uma ou mais


drogas, sua administração tem intenção de produzir um efeito terapêutico.

• REMÉDIO: substância animal, vegetal, mineral ou sintética; procedimentos


como: ginástica, massagem, acupuntura, banhos e etc. usados na intenção de
gerar algum benefício.

2.2. TIPOS DE MEDICAMENTOS

Os medicamentos são divididos em três grandes grupos: os de referência, os


genéricos e os similares.

• Referência: O medicamento de referência é aquele inovador registrado no


órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no país.
Sua eficácia segurança e qualidade foram comprovados cientificamente jun-
to ao órgão federal competente, na ocasião do registro. O custo do medic-
amento de Referência costuma ser bem mais alto que os demais, pois para
comprovar sua eficácia e segurança precisa apresentar estudos clíni- cos.

• Similar: aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apre-


senta a mesma concentração, a mesma forma farmacêutica, a mesma via de
administração, posologia e indicação terapêutica. É equivalente ao medica-
mento de referência. Pode diferir em características relativas ao tamanho, a
forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e
veículo. Deve sempre ser identificado por nome comercial ou marca.

• Genérico: aquele que contém o mesmo fármaco, na mesma dose, a mes-


ma forma farmacêutica, a mesma segurança, administrado pela mesma
via e com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência
no país, apresenta a mesma segurança que o medicamento de referência
no país pode, com este, ser intercambiável. A intercambialidade, ou seja,
a segura substituição do medicamento de referência pelo seu genérico,
78
é assegurada por testes de bioequivalência apresentados à Agência Nacio-
nal de Vigilância Sanitária – ANVISA. O medicamento genérico é vendido
pelo nome do seu princípio ativo e possui um preço muito mais acessível que
o de referência. O genérico, em sua embalagem, deve apresentar uma tarja
de 5cm, amarela com o seguinte escrito em letras grandes “Medicamento
Genérico” e ainda uma letra G em tamanho grande e abaixo do nome da sub-
stância ativa a seguinte frase “Medicamento Genérico – Lei 9.787/99”.

Figura 3 - Características do medicamento genérico.

2.3. BIOFARMÁCIA

Estuda a relação entre as propriedades físico-químicas de um fármaco em


uma formulação e a resposta farmacológica, toxicológica ou clínica observada
após sua administração.

2.4. FARMACOTERAPÊUTICA

Compreende o emprego dos fármacos no tratamento de doenças.

2.5. BIODISPONIBILIDADE

É a quantidade do medicamento disponível para atuar no sítio de ação.

Existem ainda na Farmacologia dois conceitos que serão melhor trabalha-


dos no próximo capítulo, a Farmacodinâmica e a Farmacocinética.
79

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Relacione as colunas:
(1) Droga/ fármaco/ princípio ativo
(2) Medicamento
(3) Remédio

( ) preparação química que geralmente contém uma ou mais drogas, sua admi-
nistração tem intenção de produzir um efeito terapêutico.
( ) qualquer agente químico capaz de alterar as funções do organismo com ou
sem intenção benéfica.
( ) substância animal, vegetal, mineral ou sintética; procedimentos como: ginásti-
ca, massagem, acupuntura, banhos e etc. usados na intenção de gerar algum
benefício

02 Marque V para as alternativas verdadeiras e F para as alternativas


falsas:

( ) O medicamento genérico é aquele inovador, em que o fabricante teve que fazer


estudos clínicos para comprovar a eficácia. Por isso, são mais baratos.
( ) O medicamento similar difere do de Referência, única e exclusivamente, por
apresentarem um menor valor.
( ) Os medicamentos de referência tiveram sua eficácia e segurança comprovados
cientificamente.
( ) O medicamento genérico pode ser intercambiável com o medicamento de
referência.

1. Defina com suas palavras o que é farmacoterapêutica e biofarmácia


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_______________________________________________________________________
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80

03
CAPÍTULO

FARMACOCINÉTICA
A farmacocinética é um processo da farmacologia que descreve o
movimento do fármaco no organismo, compreendendo 4 etapas, são elas: a ab-
sorção, a distribuição, o metabolismo e a excreção.

3.1. ABSORÇÃO

É a passagem de uma substância de seu local de administração até a cor-


rente sanguínea. Esta passagem é influenciada por vários fatores como a dose do
medicamento, o peso molecular, a solubilidade, ionização, forma farmacêutica,
pH e a circulação local.

A quantidade de fármaco que atinge a circulação sanguínea está relaciona-


do ao que chamamos de biodisponibilidade. Biodisponibilidade é a proporção da
substância que alcança a circulação sistêmica após a administração de determi-
nada dose.

Todas as etapas da farmacocinética podem ser afetadas por fatores fisiológi-


cos e patológicos. A absorção, em especial, pode ser afetada pela via de adminis-
tração do medicamento e/ou pela forma farmacêutica.

Há também condições clínicas que alteram a etapa de absorção de um me-


dicamento, como por exemplo:

- Idosos e grávidas: possuem a taxa de absorção mais lenta.


- Quando há alguma doença intestinal, pode haver uma redução da absorção.

3.2. DISTRIBUIÇÃO

Após ser absorvido pelo o organismo o medicamento é distribuído. A dis-


tribuição é o transporte do fármaco pelo sangue e outros fluídos corporais até os
tecidos.

Os fatores que podem afetar a etapa de distribuição são:

- A capacidade do fármaco de se ligar com proteínas plasmáticas.


- A taxa de perfusão sanguínea de cada órgão.

Além disso, é importante sabermos que durante o processo de distribuição


existem medicamentos que se depositam na gordura corporal, podendo não
exercer seus efeitos da forma esperada.
81

3.3. METABOLISMO

Após ser distribuído, o medicamento passa pelo processo de metabolização.


São as reações químicas que o medicamento sofre no nosso organismo. A maioria
dessas reações ocorrem no fígado. Nesta etapa tanto as condições do paciente
quanto a estrutura química do medicamento são relevantes. Afinal de contas pa-
cientes com problemas hepáticos não conseguirem metabolizar o medicamento.
Além disso, alimentos e bebidas podem interferir nesta etapa como por exemplo:
o uso de álcool.

O metabolismo é uma etapa em que o medicamento pode ser ativado ou


inativado. Depende da reação que ele sofre, ou da sua composição química. Por
exemplo, os medicamentos chamados de pró-fármaco são aqueles que precisam
de passar pelo processo de metabolização para serem ativados e terem efeito.

Há uma particularidade no processo de metabolização quando o medica-


mento é administrado por via oral é: o metabolismo de primeira passagem. Este
metabolismo é a oportunidade que o fígado tem de metabolizar o fármaco antes
mesmo que este chegue a corrente sanguínea, podendo diminuir ou anular o efei-
to deste.

3.4. EXCREÇÃO

É a última etapa da farmacocinética, em que o fármaco é eliminado do nos-
so organismo. As principais vias de excreção são através da urina (renal) e das fezes
(fecal). É sabido que em lactente e idosos a função renal é reduzida com relação a
outras idades, por isso os medicamentos, que tem sua excreção via renal, tende a
se acumular no organismo destes pacientes.

ANOTAÇÕES

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_______________________________________________________________________
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_______________________________________________________________________
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82

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Quais são as 4 etapas da farmacocinética?

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02 O que é biodisponibilidade?

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03 Marque a alterativa correta:

( ) O metabolismo de primeira passagem é a oportunidade do fígado de meta-


bolizar a droga antes mesmo desta chegar a corrente sanguínea, ocorre em todas
as vias de administração, principalmente pela via oral.

( ) As quatro etapas da farmacocinética são: absorção, distribuição, metaboli-


zação e excreção, sendo a principal delas a etapa de metabolização.

( ) A distribuição, bem como a absorção são etapas que podem ser alteradas pela
capacidade que a droga tem de se ligar a proteínas plasmáticas.

( ) N.D. A
83

04 Quais são os principais fatores que interferem na etapa de absorção?

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05 Explique com suas palavras como ocorre a etapa de metabolização?


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84

04
CAPÍTULO

FARMACODINÂMICA

4.1 CONCEITOS DA FARMACOLOGIA

A farmacodinâmica é um processo da farmacologia que estuda o alvo dos


fármacos, o mecanismo de ação e os efeitos farmacológicos. A maioria dos fárma-
cos produz suas ações por interagir com componentes do organismo. Como por
exemplo os receptores.

4.2. CONCEITOS DA FARMACOLOGIA

Receptores: são proteínas que possuem um ou mais sítios de ação em que


podem se ligar substâncias endógenas. E quando ligados, este receptor gera uma
resposta fisiológica.

Sítios de Ação: é o local em que as substâncias endógenas ou exógenas


agem para promover uma resposta fisiológica ou farmacológica.

Os receptores são o que chamamos de “alvos” dos fármacos. Estes são os lo-
cais que esses devem se ligar para atingir efeito.

A interação fármaco-receptor é baseada em dois mecanismos: o de agonis-


tas parciais ou totais e de antagonistas.

Figura 4 - Esquema de interação fármaco receptor.


85

- Agonistas: fármacos que se ligam a receptores fisiológicos e simulam efeitos de


compostos reguladores endógenos, ou seja, imitam o efeito de alguma substância
que já existe no corpo.

- Agonistas totais: são aqueles que produzem a resposta máxima do organismo.

- Antagonistas: fármacos que se ligam ao receptor sem causar ativação. Dessa ma-
neira, estão inibindo a ação dos agonistas.

A interação fármaco-receptor depende da eficácia (capacidade de uma vez o fár-


maco ligado, ativar o receptor) e afinidade (tendência do fármaco de se ligar ao
receptor).

4.3. REAÇÕES FARMACOLÓGICAS ADVERSAS

Agora que já aprendemos sobre como um medicamento exerce o efeito ter-


apêutico no nosso organismo, será importante aprendermos também sobre os
demais efeitos causados por medicamentos. Todo medicamento possui seu efeito
terapêutico e seu efeito secundário que podemos classificar como:

• Efeitos primários: são os efeitos terapêuticos principais da droga adminis-


trada.

• Efeitos placebo: são manifestações que não têm relação alguma com o efei-
to biológico da substância.

• Efeito indesejado/ adverso: quando o medicamento produz outros efeitos


não esperados que podem ter resultados com as mesmas doses que se pro-
duz o efeito terapêutico.

• Efeitos tóxicos: no geral distingue-se dos anteriores por ser uma ação in-
desejada em consequência de doses em excesso.

• Efeito letal: ação biológica do medicamento que pode causar a morte.

As reações farmacológicas adversas acima descritas, constituem um pro-


blema de grande significância na prática profissional da área da saúde. São defi-
nidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como: “qualquer efeito preju-
dicial ou indesejável, não intencional, que aparece após a administração de um
medicamento em dose normalmente utilizadas no homem para a profilaxia, o di-
agnóstico e o tratamento de uma enfermidade”. Devem ser relatados, para que o
acompanhamento de desenvolvimento do medicamento, que chamamos de Far-
macovigilância. É um processo de suma importância para que se aprenda mais
sobre o medicamento e a segurança do paciente.
86

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 O que é farmacodinâmica?

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02 Quais são os tipos de interação fármaco-receptor? Explique.

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03 Quais outros efeitos, além do terapêutico, que o medicamento pode


causar?

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04 Qual a importância de se relatar uma reação adversa?

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87

05
CAPÍTULO
INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS
As interações medicamentos ocorrem quando os efeitos de um fármaco são
alterados pela presença de outra substância (fármaco, planta medicinal, bebida,
alimento ou algum agente químico ambiental). A interação medicamentosa pode
ser classificada quanto a sua ação e quanto a sua intensidade:

5.1. AÇÃO

- Qualitativa: quando a resposta do fármaco é diferente da habitual;

- Quantitativa: pode ser que o efeito do fármaco aumente (sinergia), diminua (an-
tagonismo parcial) ou se anule (antidotismo).

5.2. INTENSIDADE

- Leves: são alterações leves, que algumas vezes passam até desapercebidas.

-Moderadas: são interações que frequentemente requerem uma alteração na dose


ou na monitoração do paciente.

- Graves: devem ser evitadas sempre que possível, pois resultam em um efeito tóx-
ico muito forte.

A interação medicamentosa nem sempre é ruim. Existem interações


necessárias como no tratamento da Hipertensão Arterial ou Diabetes Melitus em
que associamos um ou mais medicamentos para ter o efeito mais pronunciado.
Porém, em alguns casos como o uso concomitante de antibiótico com o álcool,
temos uma interação negativa, pois o efeito do medicamento pode ser anulado.
Como exemplos de Interações medicamentosas podemos citar:

5.3. ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO COM:

• Antiácidos:
Efeito: Doses altas de antiácidos diminuem o efeito do ácido acetil salicílico.
Recomendação: Administrar com precaução, controlando a dose dos an-
tiácidos.

• Anticoagulantes orais:
Efeito: Risco de Hemorragia.
Recomendação: esta associação só deve ser feita caso o paciente esteja sob
monitorização clínica.
88

• Anti-inflamatórios não esteroidais


Efeito: Aumento do efeito tóxicos dos anti-inflamatórios.
Recomendação: evitar esta associação.

• Ácido ascórbico:
Efeito: Aumento da eliminação urinária de vitamina C e diminuição da eli-
minação do AAS.
Recomendação: Cautela com pacientes que recebem o AAS, pois como sua
excreção é diminuída, poderá atingir níveis tóxicos no sangue.

• Anti-Hipertensivos
Efeito: Diminuição do efeito anti-hipertensivo
Recomendação: Solicitar que o paciente faça monitoração da pressão com
mais frequência, caso haja uma associação em seu tratamento.

5.4. ANTICONCEPCIONAIS ORAIS COM:


• Anti-hipertensivos
Efeito: Os anticoncepcionais diminuem a absorção dos anti-hipertensivos,
podendo causar um quadro de hipertensão.
Recomendação: Neste caso, não associar o método anticoncepcional deve
ser físico (camisinha).

• Antibióticos
Efeito: O anticoncepcional terá seu efeito reduzido.
Recomendação: Durante o tratamento com antibióticos o paciente deve ser
orientado a utilizar outros métodos contraceptivos.

• Cafeína
Efeito: Aumenta os níveis sanguíneos da cafeína, podendo causar intoxi-
cação nervosa.
Recomendação: Evitar administração conjunta em pacientes com transtor-
nos mentais.

• Fumo
Efeito: aumenta a chance de acidentes cardiovasculares.
Recomendação: Informar ao paciente o risco da associação.

• Insulina
Efeito: aumento do açúcar circulante.
Recomendação: informar ao médico da associação para que ocorra um
ajuste de doses.

• Hormônios Tireoidianos
Efeitos: Redução da tiroxina livre.
Recomendação: O médico deverá reajustar a dose do hormônio.

• Paracetamol
Efeito: diminuição do efeito analgésico.
Recomendação: Evitar esta associação por períodos prolongados.
89
• Fenobarbital
Efeito: Diminuição do efeito contraceptivo.
Recomendação: usar um método contraceptivo alternativo.

5.5. ANTIÁCIDOS COM:


• Anti-hipertensivos
Efeito: Diminuição do efeito dos anti-hipertensivos
Recomendação: Obedecer um intervalo de 3 horas entre um e outro.

• Antibióticos
Efeito: Diminuição dos efeitos do antibiótico
Recomendação: Obedecer um intervalo de 2-3 horas de um para o outro.

• Ferro
Efeito: Quando o ferro for administrado por via oral, pode acontecer uma
redução do efeito terapêutico.
Recomendação: Obedecer intervalo de 2-3horas entre as administrações.

• Ácido Valpróico
Efeito: Aumenta os níveis sanguíneos do ácido valpróico.
Recomendação: Administrar com grande precaução. Requer acompanha-
mento médico.

5.6. ANTIINFLAMATÓRIOS COM:


Anticoagulantes orais e agentes trombolíticos
Efeito: O anti-inflamatório potencializa os efeitos dos anticoagulantes orais,
podendo levar a uma hemorragia gastrointestinal.
Recomendação: Administrar com precaução.

5.7. ANTICONVULSANTES COM:


• Ácido Fólico
Efeito: o ácido fólico diminui o efeito terapêutico dos anticonvulsivantes.
Recomendação: Evitar esta associação.

• Anticoncepcionais orais
Efeito: há diminuição da eficácia dos anticoncepcionais orais.
Recomendação: optar por outros métodos contraceptivos.

5.8. BENZODIAZEPÍNICOS COM:


• Álcool
Efeito: Aumento do efeito sedativo dos benzodiazepínicos.
Recomendação: Evitar a associação.

• Fumo
Efeito: Diminuição do efeito dos benzodiazepínicos.
Recomendação: Evitar esta associação.

• Anticoncepcionais orais
Efeito: Anticoncepcionais orais por longos períodos podem aumentar o risco
de intoxicação por benzodiazepínicos.
90

5.9. SIBUTRAMINA COM:


• Álcool
Efeito: pode potencializar o efeito depressor do Sistema Nervoso Central
Recomendação: Evitar esta associação

• SALBUTAMOL com

• Insulina
Efeito: Risco de hiperglicemia.
Recomendação: o médico deve suspender a medicação ou reajusta a dose
da insulina.

• Propranolol
Efeito: Os medicamentos tem seus efeitos anulados.
Recomendação: evitar esta associação.

ANOTAÇÕES

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91

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Cite, pelo menos, quatro interações medicamentos que devem ser


evitadas.

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02 O que são interações medicamentosa e como elas podem ser clas-


sificadas?

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03 Relacione as colunas.

a- Qualitativa
b- Quantitativa
c- Leves
d- Moderadas
e- Graves

( ) são interações que frequentemente requerem uma alteração na dose ou uma


monitorização do paciente.

( ) quando a resposta do fármaco é diferente da habitual.

( ) devem ser evitadas sempre que possível, pois resultam em um efeito tóxico
muito forte.

( ) pode ser que o efeito do fármaco aumente (sinergia), diminua (antagonismo


parcial) ou se anule (antidotismo).

( ) são alterações leves, que algumas vezes passam até desapercebidas.


92

06
CAPÍTULO

MEDICAMENTOS

6. 1. CLASSIFICAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Antes de aprendermos de fato sobre as classes de medicamentos, pre-


ci- samos saber a sigla que os acompanham. Em alguns momentos a indústria
farmacêutica faz o uso de siglas, símbolos ou números como recurso para dife-
renciar seus medicamentos e produtos. Porém, estas siglas podem indicar o uso
terapêutico deste medicamento fornecendo informações importantes sobre a for-
ma de administração, a indicação entre outros. Estas informações serão de suma
importância para que o atendente possa reforçar a forma de tratamento do cli-
ente. Segue abaixo uma tabela com as siglas mais comuns:

SIGLA SIGNIFICADO
A Com vitamina A
AE Com vitamina A e E
AEROJET Em forma de Jato
AL Ação lenta
BD Bi-dose, ou seja, duas vezes ao dia
PED Uso pediátrico
C Com vitamina C

Figura 5 - medicamentos com siglas.


A classificação dos fármacos considera vários aspectos, sua origem, seu
modo de ação, estrutura química e o local de ação.
93

6. 1. 1. QUANTO A ORIGEM
O fármaco pode ser dividido em 3 vias:

• Naturais: são aqueles medicamentos que sua matéria-prima é de origem in-


orgânica (enxofre, iodo), animal (hormônios, óleos de peixes) e vegetal (con-
stituem a maioria dos fármacos).

• Sintéticos: são fármacos feitos pelos homens que podem ou não imitar as
estruturas naturais, tornando-as melhoradas ou simplificadas.

• Intermediários: são aqueles medicamentos originados de uma fermentação


(vitaminas e antibióticos) e resultantes de engenharia genética (insulina re-
combinante).

6. 1. 2. QUANTO AO MODO DE AÇÃO

• Etiológicos: os medicamentos etiológicos irão tratar a causa de uma doença


e combater aquilo que gera sintomas desagradáveis no paciente, como por
exemplo: os antibióticos

• Substituição: São os fármacos que irão compensar deficiência ou a pertur-


bação de alguma substância do corpo, como por exemplo: vitaminas e insu-
lina.

• Sintomáticos: São fármacos que agem aliviando os sintomas que a doença


traz, como por exemplo: dor, febre.

6. 1. 3. QUANTO A ESTRUTURA

Figura 6 - Estrutura química da nimesulida.


94
A estrutura química é o que vai atribuir efeito a um medicamento, isto é, a
estrutura do princípio ativo. Porém, a estrutura é de interesse dos profissionais que
criam os fármacos.

6. 1. 4. QUANTO AO LOCAL DE AÇÃO


É a classificação dos fármacos pelo sistema do organismo sobre o qual eles
atuam. A classificação mais usada é o sistema ATC – Anatômico, Terapêutico e
Químico, é também a classificação adotada pela Organização Mundial da Saúde
– OMS. Que divide os fármacos em GRUPOS, informado o sistema sobre o qual at-
uam.

CLASSIFICAÇÃO - ATC

A Aparelho Digestivo e Metabo- M Sistema músculo-esquelético


lismo
B Sangue e órgãos Hemato- N Sistema Nervoso
poiéticos
C Aparelho Cardiovascular P Produtos antiparasitários, in-
seticidas e repelentes
G Aparelho Génito-urinário e R Sistema Respiratório
Hormônios Sexuais
H Hormônios de uso sistêmicos, S Órgãos do sentido
menos os hormônios sexuais
J Anti-infecciosos gerais para V Vários
uso sistêmico
L Agentes antineoplásicos e - -
imunomoduladores

ANOTAÇÕES

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95

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Diga o significado de cada uma das siglas


A: ________________________________
AE: ________________________________
AEROJET: ________________________________
AL: ________________________________
BD: ________________________________
ped: ________________________________
C: ________________________________

02 Qual a classificação dos medicamentos:

Quanto a origem:
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Quanto ao modo de ação:


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Quanto ao local de ação:


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03 Explique como funciona o sistema ATC. Dê exemplos:


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96

07
CAPÍTULO
FÁRMACOS QUE ATUAM NO
SNC: PARTE 1
7. 1. ANESTÉSICOS GERAIS

A anestesia geral é indispensável em um procedimento cirúrgico. Utiliza-se


principalmente da via inalatório ou intravenosa. Tem a finalidade de não permitir
que o paciente sinta dor, ou seja, causa uma inconsciência, impedindo que o pa-
ciente responda aos estímulos dolorosos causados por um processo cirúrgico.

A medida que a concentração dos anestésicos são aumentadas todas as


funções cerebrais são afetadas, podendo causar amnésia (esquecimentos), in-
consciência (o paciente perde sua consciência, fica desacordado) e imobilidade
(não se movimentar). Os anestésicos gerais podem ser:

Intravenosos: os anestésicos intravenosos atuam de maneira muito rápida,


cerca de 20 segundos. São os preferidos pelos pacientes, pois muitas das vezes a
máscara de inalação faz com que o paciente fique apreensivo. Como exemplo de
anestésicos gerais intravenosos, temos: o Propofol, o Tiopental e o Etomidato.

Inalatórios: Somente após a descoberta de anestésicos inalatórios, que


a maioria das operações cirúrgicas se tornaram-se possíveis. Os anestésicos ina-
latórios são mais usados para manutenção de uma anestesia previamente induzi-
da por um agente intravenoso. Como exemplo temos: o isoflurano, o sevoflurano e
o deflurano.

7. 2. ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS
É um dos grupos de fármacos mais utilizados no mundo. São usados no
tratamento de ansiedade e distúrbios do sono.

A ansiedade é um medo natural que ocorre quando estamos diante de situ-


ações ameaçadoras, e compreende uma série de componentes, como: comporta-
mentos defensivos, estados intensos de alerta, aumento da excreção de hormônio
e emoções negativas. Já um quadro patológico é caracterizado por uma reação de
medo exagerada e antecipada, que independe de eventos externos. A distinção
entre um quadro “normal” e um quadro “patológico” não é nítida, mas é repre-
sentada pelo momento em que os sintomas atrapalham as atividades coti- dianas
do paciente.

Os distúrbios do sono são mudanças que podem minimizar a qualidade do
sono, são exemplificados pela insônia (falta de sono) e a narcolepsia (sono sú- bito
e incontrolável). Existem dois tipos de medicamentos que representam os ansi-
olíticos e hipinóticos: os benzodiazepínicos e os não-benzodiazepínicos. Como
exemplo de benzodiapínicos temos o: Clonazepam, e como exemplo de não-ben-
zodiazepínicos Zolpidem. Além destes, há também no tratamento da ansiedade,
o uso de antidepressivos.
97
- Clonazepam é uma substância da classe dos benzodiazepínicos, que po-
dem causar dependência no paciente. Doses mais baixas darão efeitos de reduzir
a ansiedade (ansiolíticos), doses intermediárias podem induzir sono (hipnóticos)
e doses mais altas causam a sedação. É importante que você saiba que estes me-
dicamentos só são vendidos com retenção de receita, pois seus efeitos adversos
são bem pronunciados– perca da coordenação motora, problemas de respiração,
perda de memória, visão embaçada, dependência, depressão respiratória, cabeça
pesada, tontura, náuseas entre outros.

- Zolpidem: é uma substância não benzodiazepínica, com propriedades


hipnóticas e que não induzem dependência química.

7. 3. ANTICONVULSIVANTES
É uma classe de medicamentos utilizada para tratamento da Epilepsia.

A epilepsia é uma alteração muito comum, caracterizada pela ocorrência


de convulsões periódicas e imprevisíveis em decorrência da alta excitação das cé-
lulas cerebrais. É uma patologia que afeta de 0,5 a 1% da população e, na maioria
das vezes, tem uma causa desconhecida. A principal classe usada no tratamento
desta patologia são os anticonvulsivantes, pois eles inibem esta excitação. Como
exemplo temos os barbitúricos e os benzodiazepínicos. Como exemplo de uma
barbitúrico, temos o Fenobarbital.

- Fenobarbital: é uma barbitúrico usado para reduzir as crises de con-


vulsões. Porém, bem como todos os medicamentos atuante no SNC causam
inúmeros efeitos adversos, como a sedação e depressão. Por isso, os pacientes em
uso destes medicamentos devem ser cuidadosamente acompanhados.

ANOTAÇÕES

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EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Escolha uma classe de medicamentos que atuam no SNC e fale so-


bre ela.
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02 Qual a importância dos anestésicos gerais?


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03 Qual anestésico geral é mais usado? O intravenoso ou o inalatório?


Justifique sua resposta.
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04 O que é a epilepsia?
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08
CAPÍTULO
FÁRMACOS QUE ATUAM NO
SNC: PARTE 2

8. 1. ANALGÉSICOS
Os analgésicos são aqueles utilizados no tratamento de dor em geral, com
ação sistêmica ou tópica. Os analgésicos interrompem a via de percepção da dor,
fazendo com que o cérebro não interprete este estímulo e consequentemente o
paciente não sinta dor. São divididos em dois grandes grupos: Analgésicos narcóti-
cos e Analgésicos não narcóticos.

8. 1. 1. ANALGÉSICOS NÃO NARCÓTICOS


São utilizados para dor leve ou moderada. Podem ser usados isola-
dos, em associação com outras substâncias ou para potencializar seu efeito em
associação com analgésicos narcóticos. O exemplo mais comum é a Dipirona e o
Paracetamol que também são classificados como antitérmicos.

Dipirona: é um medicamento que possui propriedade analgésica e an-


titérmica. São vendidos sem necessidade de prescrição médica. Porém, a dipiro-
na apresenta uma série de efeitos adversos como: a hipotensão, a sonolência e
reações mais graves como a síndrome de Stevens Johnson.

Paracetamol: assim como a dipirona também possui propriedades anal-


gésicas e antitérmicas. Apesar de não causarem efeitos adversos tão graves como
a síndrome de Stevens Johnson, tem uma hepatotoxicidade bem acentuada, isto
é, são tóxicos para o fígado. Além disso, uma superdosagem de Paracetamol pode
ser fatal para o paciente.
8. 1. 2. ANALGÉSICOS NARCÓTICOS
São aqueles derivados de uma planta chamada papoula do qual se extrai
um leite da cápsula, que chamamos de ópio. Dentre os derivados do ópio temos
a Morfina. São substâncias com um potencial muito maior que os não narcóticos
para diminuir a dor. Agem no SNC. A desvantagem dos analgésicos narcóticos é a
capacidade de causar dependência. Como exemplo, temos o sulfato de morfina.

Sulfato de Morfina: Indicação é para dor intensa, adjuvante em sedação.


A venda só é permitida mediante retenção de notificação de receita. Há risco de
dependência. O paciente em uso deste medicamento pode apresentar distúrbios
de visão, sedação, tontura, delírios, insônia, náuseas, vômitos, constipação entre
outras. Além disso, altas dosagens pode causar depressão respiratório, e parada
cardiorrespiratória levando o paciente a morte.
100
8. 2. ANTITUSSÍGENOS
Os antitussígenos são um grupo de fármacos que tem como função
o combate da tosse. Eles agem centralmente impedindo a chegada do reflexo e
do impulso da tosse. Nem todos os antitussígenos agem no SNC, mas como ex-
emplo, temos a Codeína. Que é um analgésico do grupo dos opióides, porém
tem uma função de antitussígeno bem pronunciada quando está em sua for-
ma farmacêutica líquida –xarope. Seus efeitos adversos são semelhantes aos dos
analgésicos opióides: náuseas, vômitos, constipação, depressão respiratória, secu-
ra na boca e tonturas.

8. 3. ANTIDEPRESSIVOS
A depressão, bem como a ansiedade, é uma doença que afeta grande parte
da população. Consiste em uma situação de tristeza, pessimismo, desequilíbrio de
neurotransmissores, apatia e baixa autoestima. É uma doença com causa multi-
fatorial, ou seja, vários são os motivos que fazem com que ela apareça.

Há várias classes de antidepressivos: tricíclico, inibidores seletivos da re-


captação de serotonina, inibidores seletivos da recaptação de noradrenalina,
inibidores da enzima monoamina oxidase (MAO) entre outros.

Como exemplo de um inibidor seletivo da recaptação de serotonina temos


a Fluoxetina, que é um dos antidepressivos mais usados. Além do tratamento de
depressão também podem ser usados para o tratamento de bulimia nervosa, tran-
storno obsessivo-compulsivo, transtorno pré menstrual e irritabilidade. Porém,
este medicamento pode ocasionar uma descompensação da glicose e, por esse
motivo, seu uso deve ser monitorado em pacientes com diabetes. Além disso po-
dem causar palpitações, vertigem, suor, inquietação das pernas, erupções na pele,
queda de cabelo, alteração de paladar e distúrbios do sono.

Como exemplo de inibidor seletivo da receptação de noradrenalina temos: a


bupropiona, que também inibe a receptação de dopamina. É usada no tratamen-
to da depressão e, apesar de inibir a receptação de dopamina, não induz a euforia
e não causa dependência.

Como exemplo de antidepressivos tricíclicos temos a amitriptilina. É uma


classe ainda amplamente usada, principalmente no serviço público. Porém, estão
longe de ser a terapia ideal, pois seus efeitos adversos são bem usados como: se-
dação, confusão mental, prejuízos na coordenação motora, boca seca, visão turva,
constipação, retenção urinária entre outros.

Os inibidores da monoamino oxidase (IMAOs), foram um dos primeiros fár-


macos usados no tratamento de depressão. Porém, já foram superados por outras
classes que possuem uma eficácia clínica melhor.

8. 4. MIORRELAXANTES
Podem ser de ação central ou periférica. Porém, nos atentaremos aos de
ação central. Miorrelaxantes são utilizados para aliviar os espasmos da musculatu-
ra esquelética e reduzir o tônus excessivo. Dessa forma, causando um relaxamento
para os músculos esqueléticos do paciente. Como exemplo temos a Ciclobenzap-
rina.
101

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Qual a diferença entre analgésicos narcóticos e não narcóticos?


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02 O que é o ópio?
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03 Quais as reações adversas da dipirona?


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04 Quais dos medicamentos apresentados neste capítulo podem oca-


sionar depressão respiratória?
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05 Cite quais são as classes de antidepressivos


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06 O que é codeína?
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09
CAPÍTULO
FÁRMACOS QUE ATUAM NO
SNP
9. 1. ANESTÉSICOS LOCAIS

A anestesia teve seu início quando os índios sul-americanos mastigavam fol-


has de coca, devido a sua propriedade entorpecente produzida na boca e na lín-
gua. Porém, só em 1860 a cocaína foi isolada e proposta como um anestésico local
em procedimentos cirúrgicos. Em 1905, um substituto sintético de nome procaína
foi descoberto e introduzido na prática clínica.

Os anestésicos locais, como o próprio nome diz, são usados para produzir
um bloqueio nervoso local. Ou seja, são medicamento utilizados no tratamento
da dor local. Seu mecanismo é causar uma perda temporária da sensibilidade no
local da aplicação.

Os efeitos adversos dos anestésicos locais acontecem, principalmente, pelo


escape deste para a circulação sistêmica. Como exemplo:

• Efeitos sobre o sistema nervoso central


- Agitação;
- Confusão Mental;
- Tremores;
- Convulsões;
- Depressão respiratória.

• Efeitos cardiovasculares
- Depressão do miocárdio;
- Vasodilatação;
- Queda da pressão arterial.

9. 2. MIDRIÁTICOS
São fármacos utilizados na realização do exame de fundo de olho, quando
aplicado topicamente nos olhos, sua ação local gera dilatação das pupilas. Como
exemplo temos os colírios com Atropina.

A atropina é uma substância presente na planta beladona (Atropa belladon-


na), quando administrada nos olhos torna a pupila dilatada (midríase) e não re-
sponsiva a efeitos luminosos. Além disso, causa uma paralisia na acomodação do
olho, ou seja, a visão para perto fica comprometida. Pacientes com glaucoma, são
orientados para que sejam monitorados, pois a atropina pode causar uma aumen-
to da pressão intraocular.
104

9. 3. MIÓTICOS

A pressão intraocular alta é uma característica de uma doença chamada


glaucoma. Quando esta pressão está anormalmente elevada lesa o olho e é uma
das causas mais frequentes de cegueira passível de prevenção. No glaucoma agu-
do, a dilatação da pupila gera uma sequência de eventos que terminam em au-
mento da pressão. Por isso, fármacos mióticos são utilizados no tratamento do
glaucoma. Quando aplicado topicamente nos olhos há uma constrição da pupi-
la, contração de músculos lisos oculares e redução da pressão intraocular. Como
exemplo temos a pilocarpina, que apesar de eficaz podem causar:

- irritação ocular;
- cefaleia;
- dor ocular;
- redução da acuidade visual;
- indução de miopia.

Outro fármaco miótico bastante utilizado é o Timolol. Sua ação é rápida,


ocorre em média 20 minutos após a administração tópica nos olhos. Seus efeitos
adversos são mais pronunciados que o da pilocarpina, como por exemplo:

- queimação e pontadas oculares;


- ressecamento dos olhos;
- vermelhidão ocular;
- visão dupla.

Porém, mesmo aplicado topicamente nos olhos, o timolol ainda tem efeito
sistêmico, como a bradicardia e bronconstricção.

Além disso, todo e qualquer medicamento que cause miose, gera uma difi-
culdade de adaptação a visão noturna, fazendo com que o paciente evite qualquer
atividade neste horário, como: dirigir e operar máquinas.

ANOTAÇÕES

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105

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Relacione as colunas de acordo com os fármacos que atuam no SNP.


( a ) Anestésicos locais
( b ) Midriáticos
( c ) Mióticos

( ) São medicamentos utilizados no tratamento da dor local. Seu mecanismo é


causar uma perda temporária da sensibilidade no local da aplicação.

( ) São fármacos utilizados na realização do exame de fundo de olho, quando apli-


cado topicamente nos olhos, sua ação local gera dilatação das pupilas.

( ) São fármacos utilizados no tratamento do glaucoma, pois quando aplicado


topicamente nos olhos há uma constrição da pupila, contração de músculos lisos
oculares e redução da pressão intraocular.

02 Cite um medicamento miótico e motivo pelo qual ele serve para


tratar o glaucoma.
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03 O que são midriáticos?.


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04 Quais são os principais efeitos adversos dos anestésicos locais?


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106

10
CAPÍTULO
FÁRMACOS -
SISTEMA CARDIOVASCULAR
HEMATOPOIÉTICO E RENAL – PT 1
10. 1. ANTI-HIPERTENSIVOS
Como já estudamos a Hipertensão Arterial no Módulo I, sabemos que o
melhor tratamento são medidas não farmacológicas, isto é, medidas que não en-
volvem o uso de medicamentos. Porém, em alguns casos, somente isso não é sufi-
ciente para abaixar os valores da pressão arterial e, por isso devemos usar também
medidas farmacológicas, isto é, uso de medicamentos.

Os Anti-hipertensivos são uma classe de medicamentos que atuarão na
hipertensão arterial, diminuindo– a, e reduzindo também a morbidade e morta-
lidade cardiovascular. Cada medicamento componente desta classe tem a sua
própria maneira de agir, que chamamos de mecanismo de ação.

10. 2. DIURÉTICOS
Os diuréticos tem seu mecanismo de ação caracterizado pela capacidade
de aumentar a taxa de excreção de urina através de alteração da função renal, ou
seja, aumenta o volume de urina a ser eliminada fazendo com que o paciente vá
ao banheiro mais vezes. Assim, diminuindo a resistência periférica presente na Hi-
pertensão Arterial. Os diuréticos são divididos em 3 grupos:

- Diuréticos de alça – são grupos de diuréticos mais potentes, o paciente tem


perda de todos os eletrólitos (cálcio, magnésio, potássio, sódio), principal-
mente sódio. Como exemplo temos: Furosemida – 20 a 80mg/dia

- Diuréticos poupador de potássio – os poupadores de potássio são os que


menos possuem efeito de excreção de urina. Porém, previnem a perca de
potássio. Como, por exemplo: Espironolactona - 50 a 200mg/dia

Efeitos adversos: ginecomastia (aumento do volume das mamas de um


homem) e hipercaleia. Os diuréticos poupadores de potássio, na maioria das ve-
zes são associados a outros diuréticos, pois, sua intenção é prevenir a perda de
potássio ocasionada por outros diuréticos.

- Diuréticos de tiazídicos – são grupos de diuréticos menos potentes que os


de alça. Hidroclorotiazida – 12,5 a 25mg/dia

Efeitos adversos: Tontura, fraqueza, peso nas pernas, impotência, hiperglice-
mia, hipocalemia e aumento de colesterol.

Os diuréticos são indicados em terapia conjunta com outras classes de an-


ti-hipertensivos, como os beta- bloqueadores e inibidores da ECA. Além disso tem
uma indicação especifica para pacientes obesos, idosos e da raça negra.

Entre os principais efeitos desfavoráveis desta classe estão o surgimento de


Diabetes I e II e Dislipidemias. E como vantagens estão o custo baixo e fácil manu-
seio.
107

10. 3. BETA- BLOQUEADORES


Os beta-bloqueadores tem sua ação ampla no sistema cardiovascular, com
ação de bloquear o que chamamos de receptores beta. Produzindo uma redução
da pressão arterial que não está bem elucidada. Temos como exemplo:

Metoprolol: 50-200mg/dia
Atenolol: 25-100mg/dia

São contra indicado em pacientes asmáticos ou diabéticos.

Como desvantagens apresentam uma redução do colesterol HDL, insônia,


fadiga, depressão e disfunção sexual. Em contrapartida, como vantagens, temos a
prevenção de infartos agudos do miocárdio, preço acessível e boa tolerabilidade.

10. 4. INIBIDORES DA ECA


A ECA é a Enzima de conversão da Angiotensina, transformando Angioten-
sina I em II. A Angiotensina II é uma substância presente no nosso corpo que sua
ação resulta em um aumento da pressão arterial. Os inibidores da ECA, não deixam
que a Angiotensina II seja produzida. Dessa forma temos uma redução da pressão
arterial. Como exemplo:

Captopril: 25-150mg/dia
Enalapril: 2,5 – 40mg/dia

Esta classe, apesar de muito usada apresenta um efeito adverso muito co-
mum, que é a tosse seca e contra indicação absoluta em grávidas. Além disso
podem apresentar urticária (vergões vermelhos na pele) e hipercalemia. Porém,
como vantagem, apresentam proteção renal e boa tolerabilidade.

10. 5. ANTAGONISTAS DE CANAIS DE CÁLCIO


O efeito anti-hipertensivo dos fármacos antagonistas de canais de cálcio se
dá por modulação deste eletrólito. E como consequência desta ação, tem-se a re-
dução da resistência periférica e a queda da pressão arterial. São divididas em três
subgrupos. São eles: fenilalquilaminas, benzotiazepinas e diidropiridinas. Como
exemplo temos:

Diidropiridinas:
Alodipino: 2,5-10mg/dia
Benzotiazepinas:
Diltiazen 180-480mg/dia
Fenilalquilaminas:
Verapamil Retard 120 – 480mg/dia

A vantagem mais explicíta do uso deste medicamento é que não causa


aumento de lipídeos, não alteram glicemia nem o ácido úrico. Além disso, não
interferem na função renal. Como desvantagem temos os efeitos de rubor facial
(vermelhidão no rosto), hipotensão (queda da pressão arteiral) e cefaleia (dor de
cabeça).
108

10. 6. BLOQUEADOR DO RECEPTOR AT1


O AT1 é um receptor onde a Angiotesina II se liga para ter efeito. Como já
aprendemos sobre a Angiotensina II, sabemos que ao bloquear a ligação dela, te-
mos uma redução da pressão arterial. Como exemplo podemos citar:
Losartana: 25-100mg/dia

Este grupo de medicamento são os mais prescritos para pessoas com pro-
blemas cardíacos. Tendo como vantagem a redução do aparecimento de Diabetes
melitus 2. Porém, como reação adversa, podem conferir hipotensão. Como van-
tagem, apresentam proteção renal e boa tolerabilidade.

10. 7. VASODILATADORES DIRETO


São anti-hipertensivos porque tem ação sobre a musculatura do vaso san-
guíneo, causando vasodilatação, ou seja um aumento do diâmetro desse. Através
deste mecanismo há uma redução da resistência vascular periférica. Como por
exemplo:

Hidralazina: 25-100mg/dia
Minoxidil: 2,5-80mg/dia

O uso de vasodilatadores direto, na maioria das vezes, é para HA grave e re-


fratária, isto é, HA resistente. Porém, como efeito adverso pontual, temos a cefaleia
(dor de cabeça), hipotensão (queda da pressão arterial) e taquicardia (acele- ração
dos batimentos cardíacos).

ANOTAÇÕES

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_
109

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Correlacione as colunas:
( 1 ) Diuréticos
( 2 ) Beta- Bloqueadores
( 3 ) Inibidores da ECA
( 4 ) Antagonistas de canais de cálcio
( 5 ) Bloqueador do receptor AT1
( 6 ) Vasodilatadores direto

( ) Não permitem que uma substância chamada Angiotensina II seja produzida.


( ) Bloqueiam os receptores beta.
( ) Podem ser subdivididos em alça, poupadores de potássio e tiazídicos.
( ) Modulam o eletrólito cálcio.
( ) Causam vasodilatação.
( ) Não permitem que a Angiotensina exerça seu papel.
110

11
CAPÍTULO

FÁRMACOS CARDIOVASCULAR
HEMATOPOIÉTICO E RENAL

11. 1. DIGITÁLICOS
Os medicamentos digitálicos ou glicosídeos cardíacos são provenientes de
uma planta chamada Digitallis spp. (dedaleiras). São aqueles indicados no Trata-
mento da Insuficiência Cardíaca, pois aumentam a força de contração e diminui o
débito cardíaco. Os representantes desta classe é a digoxina.

A digoxina é o representante de maior significância terapêutica. Porém, ain-


da assim possuem efeitos adversos comuns e que podem ser graves. Como:

- Náuseas;
- Vômitos;
- Diarreias;
- Confusão.

Além disso, tem uma margem muito estreita entra a toxicidade e a eficácia.
Por isso, o paciente deve ser monitorado.

11. 2. ANTIANGINOSOS
A angina é uma dor ou desconforto localizado no peito – angina pectoris.
Acontece quando o fluxo de sangue está em desordem, dificultado o fornecimen-
to de oxigênio de forma eficiente para o coração. Os medicamentos antianginosos
podem melhorar essa perfusão sanguínea. Entre os exemplos temos o Verapamil
e o mononitrato de isossorbida.

- Verapamil: apesar de ser um antiarrítimico, seu uso também reduz a an-


gina de peito e por isso é indicado. Sua contraindicação se dá em pacientes com
a síndrome de Wolff-Parkinson – White e é ineficaz e perigosa em pacientes com
arritmias ventriculares. Além disso, o verapamil pode causar constipação.

- mononitrato de isossorbida: é um nitrato orgânico relaxam a musculatu-


ra lisa, causando relaxamento de veias e, consequentemente, redução da pressão
venosa. Devido ao seu mecanismo de ação podem causar hipotensão postural e
cefaleia.

11. 3. ANTILIPÊMICOS
Já estudamos, no módulo I, que as dislipidemias é um aumento da quanti-
dade de lipídeos presente no sangue. Os antilipêmicos são fármacos que reduzem
esta quantidade de lipídeos. São várias classes de fármacos que podem exercer
esta função como:

- Estatinas;
- Fibratos;
- Inibidores da absorção de colesterol;
- Derivados de óleos de peixe.
111
Como exemplo de estatinas, temos a Sinvastatina: diminui a produção de
colesterol que ocorre no fígado e aumenta a remoção do colesterol presente na
corrente sanguínea. Porém, podem causar cefaleia, flatulência e dores musculares.
As estatinas também podem ser usadas em outras patologias, como prevenção
secundária de AVC ou infarto do miocárdio, prevenção primária de doença arterial.
Mas, são contra indicadas durante a gravidez.

Os fibratos além de reduzirem LDL e VLDL também aumentam o colesterol


bom – HDL. Como exemplo temos o bezafibrato. Porém, os fibratos em geral são
contraindicados em pacientes com comprometimento renal, pois podem causar
insuficiência renal.

Os inibidores da absorção de colesterol, são os únicos agentes disponíveis


para reduzir a absorção do colesterol, não alteram a concentração de HDL e au-
mentam os triglicerídeos. Como exemplo temos: o colestipol.

Os derivados de óleos de peixes, como o ômega-3 reduzem as concentrações


plasmáticas de triglicerídeos. Porém, aumentam o colesterol.

11. 4. ANTI-HEMORRÁGICOS
Tem função de evitar hemorragias, ou seja, prologam o tempo de coagu-
lação do sangue. Como exemplo temos a Vitamina K.

11. 5. ANTICOAGULANTES
Os anticoagulantes tem como função, reduzir a formação de trombos. Os
trombos são aglomerados de proteínas sanguíneas, é uma espécie de “coagulo”.
Os anticoagulantes como a Heparina, interferem na via de coagulação, impedindo
a formação do coágulo. Porém, são fármacos que devem ter seu uso monitorado,
pois qualquer alteração de dose pode gerar uma hemorragia.

ANOTAÇÕES

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112

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 O que são Digitálicos? Dê exemplo.


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02 O que é angina?
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03 Marque V para as alternativas verdadeiras e F para as alternativas


falsas.
( ) O uso mononitrato de isossorbida é contraindicado em em pacientes com a
síndrome de Wolff-Parkinson

( ) O verapamil também pode ser usado em caso de arritmias cardíacas.

( ) Mononitrato de isossorbida podem causar cefaleia e hipotensão postural.

( ) As estatinas podem aumentar o colesterol.

04 Quais são as classes de fármacos antilipêmicos? Fale um pouco so-


bre cada uma.
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113

12
CAPÍTULO
FÁRMACOS GASTROINTESTI-
NAIS
12. 1. ANTIÁCIDOS
Sabemos que o pH estomacal é ácido, o que pode causar desconforto ao
paciente. O uso dos antiácidos é bem pronunciado naquilo que chamamos de
automedicação, que é a utilização de medicamentos por conta própria ou por in-
dicação de pessoas que não são habilitadas para tratar sintomas percebidos pelo
paciente. Podem se apresentar em forma de emulsão, comprimidos ou pó efer-
vescente. Servem para reduzir a acidez estomacal.

12. 2. ANTIESPASMÓDICOS
Os medicamentos antiespasmódicos tem como finalidade diminuir a ocor-
rência de espasmos. Os espasmos são contrações involuntárias da musculatura
lisa (estômago, intestino, útero e bexiga), que causam dor.

12. 3. ANTIDIARRÉICOS
A diarréia é uma condição clínica em que o paciente elimina fezes numa
consistência mais líquida e com uma alta frequência. Os antidiarreicos tem a
função de recuperar o aspecto normal do bolo fecal. Nestes casos é importante
aumentar a ingestão de água e Rehidratantes orais, pois essas substâncias repõem
rapidamente a água e sais minerais perdidos nas fezes.

12. 4. LAXANTES
Os laxantes tem função contrária aos antidiarreicos. São medicamentos que
facilitam a eliminação das fezes aumentando o peristaltismo intestinal, lubrifican-
do e estimulando a contração do reto e aumentando o volume do bolo fecal.

12. 5. ANTIFLATULENTOS
Os gases são formados durante o processo digestório. Porém, em casos es-
pecíficos como a má digestão, alergias ou intolerâncias a algum alimento e o mal
funcionamento do trato gastrointestinal podem provocar excesso de gases, re-
sultando em fortes dores abdominais. Os antiflatulentos são usados para auxiliar
na eliminação desses gases.

12. 6. ANTIEMÉTICOS
São medicamentos que impedem a ocorrência de vômitos, evitam náuseas
e aliviam sintomas relacionados a estas duas condições clínicas.

12. 7. DIGESTIVOS
São medicamentos utilizados para auxiliar o processo de digestão dos ali-
mentos.
114

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Explique com suas palavras para que serve cada uma das classes
abaixo:

Antiácidos
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_____________________________________________________________________
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Antiespasmódicos
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_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Antidiarréicos
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_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Laxantes
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_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Antiflatulentos
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Antieméticos
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_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Digestivos
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_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
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115

13
CAPÍTULO
FÁRMACOS CONTRACETIVOS
OU ANTICONCEPCIONAIS
Antes de aprendermos efetivamente sobre os anticoncepcionais é necessário
que você conheça conceitos básicos sobre hormônios.

As mulheres, quando entram na puberdade, aumentam a produção de es-


trógeno e progesterona, que são dois hormônios femininos envolvidos com o ciclo
menstrual e com a gravidez. Por isso, a manipulação destes hormônios é um méto-
do contraceptivo eficaz. Os contraceptivos ou anticoncepcionais, são fármacos que
tem como função prevenir a gravidez. Também apresentam como vantagem a
regularização do ciclo menstrual, redução da tensão pré-menstrual e a redução da
incidência de cistos ovarianos.

13. 1. CONTRACEPTIVOS ORAIS


São feitos de hormônios estrógenos e progesterona ou de seus derivados.
Existem dois tipos principais de contraceptivos orais: a pílula combinada e a pílula
apenas de progesterona.

A pílula combinada, é a combinação de um estrógeno e uma progesterona.


É uma pílula extremamente eficaz. No Brasil, é a pílula mais usada. São tomadas
por 21 dias consecutivos, seguidos de sete dias de pausa, durante esta pausa pode
ocorrer o sangramento. Os ciclos normais de menstruação começam logo após a
descontinuação do tratamento. Seus efeitos adversos graves são raros. Porém, há
alguns efeitos de menor importância que acabam por se tornam desvantagens
para o usuário como:

- Ganho de peso;
- Retenção de líquido;
- Pouca náusea;
- Rubor;
- Tontura;
- Depressão;
- Irritabilidade;
- Alterações de pele (acne e/ ou manchas)

Há também um risco de doenças cardiovasculares. Porém, o risco é bem


maior em subgrupos com fatores adicionais, tais como fumantes e uso continuado
da pílula, principalmente em mulheres acima de 35 anos.

A pílula combinada também apresenta efeitos benéficos, pois diminuem


acentuadamente os sintomas menstruais, como períodos irregulares e sangra-
mentos intermenstrual. A anemia por deficiência de ferro e a tensão pré menstru-
al são reduzidas, bem como, as doenças benignas de mama e os cistos funcionais
dos ovários.
116
A pílula só com progesterona é uma pílula tomada sem interrupções. Sua
vantagem se apresenta principalmente por permitir o uso em mulheres nas quais
o estrógeno é contraindicado. São viáveis também para mulheres cuja a pressão
sanguínea aumenta de forma exagerada durante o tratamento com estrógeno.
Porém, seus efeitos contraceptivos, são menos confiáveis que aqueles da pílula
combinada, quando se perde uma dose, pode ocorrer a concepção. Além disso, é
comum que haja alterações menstruais como o sangramento irregular.

Há também o que chamamos de contraceptivos de emergência ou pílula


do dia seguinte. São métodos utilizados como forma de contracepção pós-coito.
A administração oral de progesterona (levonogestrel), sozinha ou combinada com
o estrógeno, é efetiva somente quando realizada até 72h após a relação de risco e
repetida novamente 12 horas mais tarde. Lembrando que, também há a opção de
dose única que não necessita que haja a repetição. Nesse tipo de contracepção a
náusea e o vômito são efeitos adversos comuns, fazendo com que as pílulas toma-
das sejam perdidas. Neste caso, deve se tomar as pílulas novamente junto com um
medicamento antiemético.

13. 2. CONTRACEPTIVOS INJETÁVEIS


Os contraceptivos injetáveis tem o mesmo objetivo dos orais, porém sua ad-
ministração é mensal ou trimestral. O contraceptivo trimestral é somente com a
progesterona. Apesar da facilidade de administração os contraceptivos injetáveis
podem causar dor de cabeça, acne, alteração de humor, vertigens, ganho de peso
e alteração do ciclo menstrual. Os anticoncepcionais podem ser também intraute-
rinos, intravaginais e transdérmicos.

Como exemplo temos a medroxiprogesterona, pode ser administradas in-


tramuscularmente como contraceptivo. Isso é efetivo e seguro. Entretanto, as ir-
regularidades menstruais são comuns, e a infertilidade pode persistir por muitos
meses após cessar o tratamento.

ANOTAÇÕES

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117

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 O que é estrógeno e progesterona?


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02 Quais os dois tipos principais de contraceptivos orais?


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03 Quais os principais efeitos adversos dos contraceptivos orais?


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04 Em caso de náuseas e vômitos, como deve ser feita administração


do contraceptivo de emergência?
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05 Existe alguma vantagem do anticoncepcional injetável quando


comparado ao oral? Se sim, justifique sua resposta.
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118

14
CAPÍTULO

FÁRMACOS ATUANTES EM
OUTROS SISTEMAS

14. 1. HIPOGLICEMIANTES
Para o tratamento da diabetes melitus 1 e 2 usa-se os hipoglicemiantes orais.
São substâncias que tem a finalidade de abaixar a glicemia mantendo-a normal.

São subdividos em:

- Sulfolinuréias: são fármacos que aumentam a secreção de um hormônio


chamado insulina. A insulina tem a função de distribuir a glicose sanguínea para
os tecidos. Representado pela Glibenclamida.

- Biguanidas: reduz a produção de glicose feita no fígado. Bem como au-


mentam a sensibilização para ação da insulina. Representado pela Metformina.

14. 2. ANTIBIÓTICOS
Os antibióticos são fármacos utilizados para tratamento de infecções. Serão
melhor trabalhados no módulo seguinte.

14. 3. ANTI-INFLAMATÓRIO
Os anti-inflamatórios são medicamentos que tratam a inflamação. A in-
flamação é um processo que ocorre quando há um trauma no local e o nosso or-
ganismo nos defende. Esse trauma pode vir de diferentes agentes, como:

- Físicos: cortes, contusões, queimaduras.


- Químicos: agentes químicos que causam irritação ou corrosão.
- Biológicos: bactérias, fungos, vírus, protozoários.

Na inflamação há presença de cinco sinais que a caracterizam, são eles:



Calor, vermelhidão, inchaço, dor e a perda de função no local.

Porém, existem traumas que ocasionam um processo inflamatório muito


exagerado e aí que usamos os anti-inflamatórios.

14. 3. 1. ANTI-INFLAMATÓRIOS
NÃO-ESTEROIDAIS (AINES)
Este grupo possui três ações principais: anti-inflamatórios, analgésicos
e antitérmicos. São eficazes em dores como artrite, pós-operatórios, cólicas men-
struais entre outros. Porém, podem causar complicações renais, náuseas, vômitos
e até mesmo úlceras. Como exemplo temos o Ibuprofeno.
119
14. 3. 2. ANTI-INFLAMATÓRIOS
ESTEROIDAIS (GLICOCORTICÓIDES)
São hormônios sintéticos que imitam as ações do cortisol endógeno, são
os mais eficazes que existem. Porém, há risco de potenciais efeitos adversos que
dependem da dose e da duração do tratamento com esses medicamentos. Seu
uso só deve ser indicados quando tentativas com medicamentos de menor risco
tenham fracassado. Como exemplo temos a Dexametasona.

14. 4. ANTIALÉRGICOS

Os antialérgicos são substâncias capazes de diminuir os efeitos causados por


uma alergia. A alergia é uma reação exagerada do organismo a algo desco- nheci-
do. A caracterização da alergia se dá por espirros, nariz obstruído, coriza, prurido,
lacrimação, urticárias, edemas, falta de ar entre outros sintomas. O tratamento é
feito com antialérgicos que podem pertencer a classe de anti-histamínicos, des-
congestionantes e glicocorticóides.

ANOTAÇÕES

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120

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Quais são os cinco sinais da inflamação?


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02 Existem dois grupos de anti-inflamatórios quais são eles? Explique


cada um.
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03 Qual a finalidade dos hipoglicemiantes? Escolha um e fale sobre ele.

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121

15
CAPÍTULO

POSOLOGIA

15. 1. POSOLOGIA
Posologia é a maneira como o medicamento será administrado, visan-
do a eficácia do medicamentos, a segurança do paciente e o tempo de tratamen-
to. A posologia que vai nos informar a quantidade e o números de tomadas e a
cada dia. Variando de acordo com a queixa do paciente, o diagnóstico, a idade
está relacionada com o tempo de ação e a dose terapêutica de um medicamento,
ou seja é a descrição completa de um tratamento.

15. 2. CÁLCULOS FARMACÊUTICOS PARA DOSES


É obrigatório que se siga a posologia prescrita pelo médico. Em caso de
qualquer dúvida esta deve ser reportada ao farmacêutico. Existem medicamentos
que necessitam de atenção especial, são os controlados, que obedecem le- gis-
lação de dispensação. Bem como, em alguns casos serão necessários cálculos para
determinar a quantidade exata de medicamento que pode ser vendida.
Exemplos:

1. Tomar 1 comprimido de 6 em 6 horas durante 5 dias



Seis em seis horas serão quatro administrações, ou seja, 4 comprimidos por
dia. Durante cinco dias a quantidade de comprimidos necessária para o tratamen-
to deste paciente é de 20 comprimidos.

2. 500mg por dia durante 7 dias. Esta é a prescrição de um antibiótico de


dosagem 125mg/ml.

Neste caso faremos o que chamamos de regra de três.


125mg ----------- 1ml
500mg ------------ x
Multiplica-se em forma de X, 125mg por X = 125mgX
e 500mg por 1ml: 500mg
Ou seja, 500mg/125mg =x

O resultado final para o tratamento deste paciente é tomar 4ml do antibióti-


cos, por dia, durante 7 dias, ou seja, o frasco deve conter pelo menos, 28mL.
122
3. Na receita do paciente a posologia é de 500mg de dipirona, para tomar
1comprimido de 8/8horas por 3 dias. O paciente alegar que está com difi-
culdade em deglutir e prefere o xarope. A dosagem do xarope é 50mg/ml
contendo 100ml, como fazer?

Neste caso, devemos calcular quanto do xarope equivale ao 500mg do com-


primido.

50mg-------1ml
500mg------x
50mg x X = 50mgX
500mg x 1ml = 500mg/ml
50x=500ml
X= 500ml/50 = 10 ml

O valor exato de ml por dose nessa terapia são de 10 ml. Num período de 8
em 8horas (três vezes ao dia) por 3 dias, daria um total de 90ml, ou seja 1 frasco de
xarope de dipirona.

4. Outro caso comum é quando o medicamento é prescrito em gotas, 3


gotas 3 vezes ao dia por 7 dias.

Neste exemplo, tomamos por base a convenção de que 20 gotas é igual a


1ml. 3 gotas 3 vezes por dia, daria um total de 9 gotas dias. Durante 7 dias o pa-
ciente irá consumir um total de 63 gotas.

20 gotas ------ 1ml


63 gotas ------- x
3,15 ml

ANOTAÇÕES

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123

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 O que é posologia?
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02
Uma prescrição tem posologia de uma antibiótico:
Tomar 700mg por dia durante sete dias. O xarope tem a concen-
tração de 250mm/5ml. Quantas mL deve ser dispensada para o pa-
ciente?
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03
A prescrição solicita que o paciente tome 3 comprimidos de 12 em
12 horas por sete dias. Quantos comprimidos deve ser dispensado
para este paciente?
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04
O médico prescreveu para um paciente um medicamento em gotas.
A po- sologia é de 2gotas 5x ao dia por 1 mês. Quantas ml deve ser
vendido para este paciente?.
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_____________________________________________________________________
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124

16
CAPÍTULO

FARMACOTÉCNICA

É o ramo da farmácia que manipula os princípios ativos de acordo com a


forma farmacêutica ideal para sua administração.

16. 1. PARÂMETROS DAS FORMAS FARMACÊUTICAS


A forma farmacêutica ideal é baseada em alguns parâmetros como:

- A via de administração que será utilizada;


- Qual a velocidade da ação deste medicamento: rápida, lenta, prolongada,
controlada;
- Qual o tipo de paciente: se é adulto ou criança e quais suas limitações.

Além desses parâmetros outra característica deve ser avaliada nos produtos
farmacêuticos: a sua fórmula.

16. 1. 1. PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS


Fórmula é a relação de todos os componentes do medicamento, é uma es-
pécie de receita com quais os ingrediente que compõe este medicamento. A fór-
mula farmacêutica é dividida em dois grandes grupos.

• Princípio ativo: O princípio ativo é a substância mais importante da fórmula,


responsável por produzir o efeito que o paciente está buscando.

• Excipientes: Tem a função incorporar a fórmula, servirem de veículo.

Por exemplo, fazendo uma analogia rápida, podemos comparar uma fór-
mula de um medicamento com uma receita de bolo de chocolate. Nesta receita
o chocolate seria o princípio ativo, aquela substância que não pode faltar, os ex-
cipientes seriam a farinha de trigo, ovos, leite e demais ingredientes. É importante
destacar que em uma fórmula farmacêutica é possível a junção de dois ou mais
princípios ativos.

As fórmulas farmacêuticas são classificadas de acordo com sua origem em:
Magistrais

• Fórmula Magistral: esta formulação visa atender a uma prescrição. Esta


prescrição deve contar a composição, a forma farmacêutica e a posologia.

• Fórmula Oficinal: esta fórmula, ao contrário da magistral, não obedece a


uma prescrição. Sua fórmula está inscrita em Farmacopeias ou Formulários.

• Especiais: são os produtos vindos da indústria farmacêutica, são devida-


mente registrados pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
125

16. 2. FORMAS FARMACÊUTICAS

As formas farmacêuticas é a apresentação final do medicamento que contém


o princípio ativo ideal para o paciente. Foram feitas para:

• Facilitar a administração do medicamento;


• Garantir um tratamento correto;
• Proteger a substância durante seu percurso no nosso organismo;
• Facilitar a ingestão do fármaco.

Neste contexto as formas farmacêuticas são classificadas quanto a forma


física em: sólidas, semissólidas, líquidas e outros.

ANOTAÇÕES

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126

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Explique porque há várias formas farmacêuticas?


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02 Como são classificadas as formas farmacêuticas?


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_____________________________________________________________________
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03 Relacione

( 1 ) Fórmula Magistral
( 2 ) Fórmula Oficinal
( 3 ) Especiais

( ) esta fórmula não obedece a uma prescrição. Sua fórmula está inscrita em Far-
macopeias ou Formulários.

( ) São os produtos vindos da indústria farmacêutica, são devidamente registrados


pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

( ) esta formulação visa atender a uma prescrição. Esta prescrição deve contar a
composição, a forma farmacêutica e a posologia.

04 Quais são os componentes de uma preparação farmacêutica?


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
127

17
CAPÍTULO
FORMAS FARMACÊUTICAS
SÓLIDAS – PARTE 1
Como já explicado as formas farmacêuticas sólidas podem ser cápsulas,
comprimidos, drágeas, implantes, óvulos, pílulas, supositórios entre outros.

17. 1. COMPRIMIDOS

É a compressão de um conjunto de substâncias que são pós ou grânu-


los. Os comprimidos podem varial de tamanho, dureza, espessura, forma e suas
características de uso. Seus tipos são:

- Comprimidos não revestidos: camadas únicas ou múltiplas sem o reves-


timento;

- Comprimidos de revestimento entérico: possuem um revestimento que


só permite que o medicamento seja degradado no intestino.

- Comprimidos sublinguais: são comprimidos que devem ser colocado em-


baixo da língua. Caso contrário não terão efeito. A saliva auxilia na degra-
dação e logo o princípio ativo é absorvido.

- Comprimidos efervescentes: estes comprimidos serão dissolvidos antes de


serem administrados. Tem como característica principal a liberação de gases
quando em contato com a água e este mecanismo facilita sua absorção.

- Comprimidos de liberação controlada: é um comprimido que possui um


revestimento que controla a liberação do princípio ativo. Isso permite que, o
efeito do comprimido tenha sua liberação controlada, para ação mais rápida
ou mais lenta.

- Drágeas: são comprimidos revestidos com açucares, tem a função de


facilitar a administração, pois mascara o sabor e a aparência física.

- Comprimido vaginal: sua aplicação deve ser feita na vagina. Seu excipiente
é feito de forma que a mucosa vaginal consiga absorver o princípio ativo.
128

17. 2. CÁPSULAS
As cápsulas são uma espécie de capa, que chamamos de invólucro para o
excipiente e o princípio ativo, podem ser moles ou duras. Assim como os comprim-
idos, podem ser administradas por outras vias, que não somente a oral. Na maioria
das vezes, são de gelatina formadas por duas partes (um corpo e uma tampa) que
se encaixam. Além disso, possuem tamanhos diferentes de acordo com o volume
que comportam.

• CÁPSULAS DURAS:

As cápsulas duras são constituídas de duas partes de diâmetros diferentes, para
permitir que se encaixem. E possuem tamanhos diferentes.

Figura 7 - Tamanhos diferenciados de capsulas duras


• CÁPSULAS MOLES:

Diferentemente das cápsulas duras, as moles possuem só uma parte que


podem ter várias formas. Seu conteúdo, é um material líquido ou semissólido e o
invólucro é constituído durante o enchimento.

Figura 8 - Cápsulas moles Cápsulas moles

17. 3. PÓS E GRÂNULOS


Os pós são misturas de principios ativos e outras substâncias secas e fina-
mente divididas. Seu uso pode ser interno ou externo. Apesar de servirem como
matéria prima para outras formas, os pós ainda apresentam como vantagem uma
alternativa para pacientes com dificuldades de deglutição.

Os grânulos, por sua vez, são preparados umedecendo-se o pó. Posterior-


mente, passando a massa umedecida por uma tela que padronize o tamanho dos
grânulos, uma técnica que chamamos de tamização. Podem ser revestidos ou
efervescentes.
129

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Marque V para as alternativas verdadeiras e F para as alternativas


falsas.
( ) Os pós não apresentam nenhuma vantagem quando comparados aos com-
primidos
( ) Comprimidos sublinguais são formas sólidas, e devem ser mastigados.
( ) As cápsulas moles possuem duas partes que se encaixam.
( ) As cápsulas duras possuem tamanhos diferentes de acordo com o volume que
comportam.
( ) Grânulos são pós umedecidos.

02 Quais são os tipos de comprimidos disponíveis?


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03 Qual a vantagem apresentada pelos pós e grânulos?


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04 Quais são as diferenças entre as capsulas moles e as capsulas du-


ras?
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130

18
CAPÍTULO
FORMAS FARMACÊUTICAS
SÓLIDAS – PARTE 2
18. 1. SUPOSITÓRIOS RETAIS
São formas farmacêuticas de consistência firme, que serão introduzidas no
reto, onde devem se fundir, dissolver, emulsionar ou degradar. Sua forma pode ser
ovóide, projétil (torpedo) ou cilindrica. Seu peso varia de acordo com a idade do
paciente.

Figura 9- Supositórios

18. 2. ÓVULOS
Os óvulos são supositórios administrados na vagina. São globulares, ovóides
ou cônicos. São utilizados principalmente para fins tópicos.

Figura 10 - Inserção de óvulos


131

18. 3. VELAS
As velas são supositórios destinados a administração via uretra, tem um
formato bem fino com diametros de aproximadamente 3-6mm e o comprimento
em torno de 140mm. É importante destacar que as velas femininas têm metade
do comprimento e peso das velas masculinas.

É de suma importancia que a superfície do supositório retal, do óvolu e da


vela seja lisa, sem cristalização, ser sólido em temperatura ambiete e fundir facil-
mente no interior do corpo.

18. 4. PASTILHAS, PIRULITOS


São preparações farmacêuticas sólidas com formatos variados. Sua consti-
tuição, tem como base uma grande quantidade de açúcar associados a principios
ativos. São as formas sólidas que possuem a maior aceitação do paciente.
As pastilhas podem ser classificadas em duras, macias ou mastigáveis.

Os pirulitos tem a vantagem de dissolverem lentamente na boca, sendo a
escolha certa para fármacos que precisam ficar mais tempo na mucosa da boca.
O primeiro medicamento industrializado, lançado como pirulito, foi o Dimetapp
(antigripal), surgido nos Estados Unidos.

Figura 11 - Dimetapp, primeiro pirulito com princí-


pio ativo industrializado

18. 5. GOMAS
As gomas e jujubas são a base de gelatina e glicerina. Devido a aparência e
sabor agradável aumentam a adesão ao tratamento. Apesar de conter açucar, há
também versões que chamamos de sugar free – que traduzido significa, livre de
açucar.
132

18. 6. BALAS E BOMBONS


Balas e bombons são as melhores alternativas, escolhidas por médicos e nu-
tricionistas para suplementação com vitaminas e minerais. Esta forma farmacêuti-
ca, tem como objetivo, tornar o tratamento mais agradável para pacientes com di-
ficuldade de deglutição. O chocolate é elaborado sem lactose, tem 54% de cacau,
pesando cerca de 5g e podendo incorporar até 2g de princípio ativo. Já a goma de
mascar são doses únicas, podem conter um ou mais princípios ativos. Como exem-
plo de gomas de mascar, temos: o Nicorette, que auxiliam no tratamento contra o
tabagismo.

Figura 12 - Pastilhas

ANOTAÇÕES

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133

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Qual a diferença entre supositório retal, óvulos e velas?


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2. Quais são as vantagens de se ter formas farmacêuticas como:

a) Pastilhas
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b) Pirulitos
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c) Gomas
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d) Balas
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e) Bombons
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134

19
CAPÍTULO
FORMA FARMACÊUTICAS
SEMISSÓLIDAS
19. 1. DEFINIÇÃO
São as formas farmacêuticas de consistência mole. Porém, não líquidas des-
tinada a serem usadas externamente. A ação é tópica ou geral e também com
fins de proteção ou lubrificação. Podem ser pomadas, pastas, cremes ou géis. As
formas semissólidas, são sensíveis a ação mecânica, isto é, quando aplicadas sua
forma se modifica. A maioria das aplicações dessa forma farmacêutica são realiza-
das na pele.

19. 2. POMADAS
São gordurosas, provocam um estado congestivo, impedido a respiração do
local em que foi aplicada. As pomadas podem ser classificadas em Epidérmicas,
Endodermicas e Diadérmicas.

-Epidérmicas: possuem fraco ou nenhum poder de penetração na pele.


-Endodérmicas: Apresentam a prorpriedade de penetrar na epiderme.
Porém, não atigem a corrente circulatória.
-Diadérmicas: pomadas de penetração tão profudas que o fármaco pode
ingressar na corrente sanguínea.

19. 3. CREMES
São emulsões com propriedades lubrificantes, que também agem mais pro-
fundamente que as pomadas. Por essas propriedades, quando possível são prefer-
enciais.

19. 4. PASTAS

Quando aplicada na pele, a camada de pó permanece atuando no local apli-


cado. São menos gordurosas, mais firmes e espessas que as pomadas. Por serem
mais firmes, não possuem tendência de amolecer e escorrer.

19. 4. GÉIS
São formas farmacêuticas obtidas a partir da hidratação de alguns compos-
tos gelificantes. São livres de gorduras com um alto teor de água. Por isso, são mais
facilmente laváveis que pomadas, pastas ou cremes. Os géis são as principais base
para produtos antioleosidades.
135

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Defina farmaceuticas semissólidas.

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2. Quais as classificações das pomadas?


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3. Como são obtidos os géis? Por que eles são a principal base para produtos
antioleosidades?
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4. Marque a alternativa correta

São emulsões com propriedades lubrificantes, que também agem mais profunda-
mente que as pomadas. Por essas propriedades, quando possível são preferenciais:

( ) Creme
( ) Géis
( ) Pomadas
( ) Pastas
136

20
CAPÍTULO
FORMAS FARMACÊUTICAS
LÍQUIDAS

20. 1. DEFINIÇÃO
As formas farmacêuticas líquidas, como o próprio nome sugere, são aque-
las que assumem uma conscistência líquida, como: as soluções, os xaropes, os eli-
xires e as suspensões

20. 2. SOLUÇÕES

São preparações líquidas que contêm uma ou mais substâncias, um soluto


dissolvidas em um solvente, deixando essa mistura homogênea e com aspecto
límpido.

As soluções podem ser classificadas em quatro tipos, conforme o uso. São


elas:

- Soluções orais: contém favorizantes (substâncias que mascaram o sabor)


e corantes (substâncias que mascaram a cor) para tornar o medicamento mais
atraente para o paladar. É de fácil deglutição, condição muito importante para
crianças e idosos. Porém, existem duas desvantagens muito comuns nas soluções
orais quando comparadas às sólidas. As orais são mais difíceis de transportar e de
dosificar (colher de chá, colher de sopa).

- Soluções auriculares: são desenvolvidas para administração no canal au-
ditivo. Nesta parte do corpo humano é inviável o uso de formas farmacêuticas sól-
idas.

- Soluções oftálmicas: são aplicadas nos olhos, estéreis. Devido a dificul-
dade de aplicação a quantidade de fármaco absorvida é uma pequena fração da
quantidade que foi aplicada.

20. 3. XAROPES
São preparações aquosas, concentradas de açúcares ou de outra substân-
cia com poder de substituí-lo , com ou sem o acréscimo de flavorizantes e princí
pios ativos. São características sua viscosidade, onde a quantidade de açucar está
perto da saturação. Porém, em casos específicos, como a diabetes, o paciente pode
optar por um xarope dietético, que é quando ocorre a substituição do açucar nat-
ural por um sintético.
137

20. 4. ELIXIRES
São soluções hidro-alcoólicas, isto é, caracterizadas pela presença do álcool.
Além disso, são transparentes, com presença de substância capazes de mascarar
o cheiro, o gosto e a cor, na tentativa de melhorar a aceitação do paladar. Porém, a
presença do álcool se torna um impecilho para crianças ou adultos com restrições.

20. 5. SUSPENSÕES
Enquanto na solução o soluto está dissolvido no solvente, na suspensão há
presença de substâncias sólidas não dissolvidas em meio a parte líquida. É o que
chamamos de fase dispersa e fase dispersante, por isso o sistema é heterogêneo,
com duas fases. As fases só se misturam quando agitadas, sempre se deve agitar
antes de administrar. A suspensão pode ser classificado quanto a sua via de ad-
ministração em Suspensões oral, tópica e parenteral.

20. 6. EMULSÕES
São constituídas por uma fase oleosa, uma fase aquosa e um agente emulsi-
ficante (substância que permite a mistura das duas fases). Seu aspecto é cremoso,
podendo ser administrado por via oral, tópica e até mesmo parenteral.

20. 7. LOÇÕES
Esta forma farmacêutica é destinada exclusivamente a uso externo, na pele.
Geralmente são aquosas, mas podem apresentar características de emulsões. Sua
atividade pode ser protetora ou terapêutica.

ANOTAÇÕES

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EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Explique a principal diferença ente soluções e suspensões.

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02 Quais são os tipos de soluções?

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03 Qual a principal contraindicação do xarope?

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04 Qual a cautela que se deve ter com o Elixir e por quê?

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138

21
CAPÍTULO
OUTRAS FORMAS
FARMACÊUTICAS
21. 1. EMPLASTROS
São adesivos, destinados à aplicação externa em uma parte do corpo, pro-
porcionando contato prolongado. Geralmente, apresentam atividade terapêutica.

Podem ser divididos em :
- Emplastros epidérmicos: tem ação protetora ou anti-séptica.
- Emplastros endodérmicos: tem ação sedativa, estimulante, adstringente.
- Emplastros diadérmicos: tem ação sistêmica.

Figura 13 - exemplos de emplastro

21. 2. SISTEMAS OU DISCOS TRANSDÉRMICOS


São adesivos que liberam o(s) princípio(s) ativo(s) na superfície da pele, em
velocidade constante e por um período de tempo prolongado, o qual atravessa as
várias camadas, até atingir a circulação.
140

21. 3. AEROSSÓIS
São formas farmacêuticas pressurizadas, contendo uma ou mais substân-
cias ativas, liberadas de seu recipiente através de uma válvula, como uma névoa.
Isto é, os aerossóis são uma suspensão de partículas líquidas ou sólidas de tama-
nho tão pequeno que são capazes de flutuar temporariamente no ar ou em
outros gases. Podem ser usadas por diferentes vias de administração: oral, tópica
e respiratória.

21. 4. SPRAYS
São substâncias aquosas ou oleosas, contendo princípio(s) ativo(s), acondi-
cionados em tubos plásticos que quando apertados produzem um jato líquido.
São semelhantes aos aerossóis, mas o diâmetro da partícula é maior. Podem ser
considerados os “nevoeiros molhantes”. Geralmente esta forma farmacêutica é uti-
lizada para administração nasofaríngea (nariz/garganta) ou na pele.

ANOTAÇÕES

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141

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 O que são emplastos e como eles se classificam?

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02 Qual a diferença entre aerossóis e sprays?

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03 O que são sistemas trandérmicos ?

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142

22
CAPÍTULO
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO:
ENTERAIS

22. 1. VIAS ENTERAIS

Vias de administração é o caminho pelo qual o medicamento é levado ao


organismo para exercer o efeito desejado. A escolha da via de administração deve
considerar: o tipo de ação que se deseja, podendo ser ação local ou sistêmica

• Ação local: quando o medicamento age no local onde é aplicado. Como por
exemplo: pomadas.

• Ação sistêmica: quando o princípio ativo precisa alcançar a corrente sanguínea


para chegar ao local de ação. Ex: efeito de um analgésico (dipirona) para o alívio
de dor de cabeça.

Além destes aspectos, a via de administração também considera a rapidez


da ação e a forma farmacêutica do medicamento. E são divididas em três grandes
grupos: as enterais, as parenterais e as tópicas.

Existem mais de 30 vias de administração, sendo algumas mais comuns que


outras.
Nesse contexto, aprenderemos as vias de administração mais utilizadas.
143

22. 1. 1. VIA ORAL


A via oral é a via que conduz o medicamento até o organismo através da
boca. Tem um efeito um pouco mais demorado que as outras vias de adminis-
tração, por conta de todos os processos que o medicamento irá passar antes de ir
de fato pra corrente sanguínea e exercer sua função. Porém, a facilidade no acesso,
a segurança, a economia e o conforto, fazem com esta via seja a mais comum. As
formas farmacêuticas, que são administradas na via oral, são comprimidos, cápsu-
las pós ou líquidos. É uma via contra indicada para pacientes com dificuldades de
engolir ou desacordados.

22. 1. 2. VIA SUBLINGUAL


Nesta via de administração, o medicamento que pode ser comprimido ou
gotas, é colocado embaixo da língua e ali deve permanecer até ser totalmente
absorvido. A via sublingual apresenta efeito sistêmico muito mais rápido, quan-
do comparada a via oral. Porém, apresenta algumas desvantagens como o sabor
desagradável de algumas drogas já que durante o processo de administração da
droga não se pode ingerir líquidos nem alimentos.

22. 1. 3. VIA RETAL


O uso da via retal se justifica quando o paciente é criança, em casos de náu-
seas, vômitos ou qualquer outro motivo que impeça o paciente de fazer uso da
via oral e sublingual. A forma farmacêutica administrada é o supositório. Porém,
a via retal não é bem aceita pelos pacientes, pois relatam incômodo, preconceito,
restrições religiosas entre outros.
144

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Quais são as vias enterais?

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02 Liste uma vantagem e uma desvantagem de cada uma das vias


abaixo:

a) Via oral
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b) Via sublingual
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c) Via retal
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03 Como são classificadas as vias de administração de acordo com o


tipo de ação?

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145

23
CAPÍTULO
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
PARENTERAIS

23. 1. DEFINIÇÃO
Na utilização das vias parenterais sempre há o auxílio de dispositivos como
seringas e agulhas específicos para cada via.

Figura 14 - Vias de administração parenteral

23. 2. VIA INTRAVENOSA


A administração dessa via é pela veia, administrando o medicamento dire-
tamente na corrente sanguínea. Nesta via, o medicamento poderá ser dose única,
como uma dipirona para alívio rápido da dor ou infusão contínua, como medi-
camentos que se dissolvem no soro e o paciente fica recebendo lentamente por
algumas horas. Esta via permite um início de ação muito rápido, por isso é usada
em casos de emergência. Exige do profissional uma habilidade técnica e cuidado
na higienização, mantendo a segurança do paciente.
146

23. 3. VIA INTRAMUSCULAR


O medicamento é administrado diretamente no músculo. A indicação é
para medicamentos de aplicação única, sendo inviável a administração prolonga-
da. Quando comparada a via intravenosa, possuem um efeito menos imediato. A
vantagem desta via é que exige menos habilidade técnica. Porém, a dor é maior e
o profissional deve estar bem atento, pois qualquer erro poderá causar danos irre-
versíveis ao músculo.

23. 4. VIA SUBCUTÂNEA


A administração é feita no tecido subcutâneo, localizado abaixo da pele. A
absorção é mais lenta e constante que as demais vias parenterais. Além disso, não
exige muita habilidade para se aplicar. Porém, só se aceita volumes pequenos e os
locais de aplicação devem ser alternados (regiões superiores externas dos braços,
região do abdome, região anterior das coxas e a região superior do dorso). É uma
via muito utilizada para administração de insulina, que na maioria das ve-
zes é feita pelo próprio paciente.

23. 5. VIA RESPIRATÓRIA


É a via utilizada para agentes voláteis e gasoso. A via se inicia na mucosa na-
sal e vai até os pulmões. Podendo ter efeito local ou sistêmico. Pode se admi- nis-
trar pequenas doses com uma rápida absorção. É uma via bastante utilizada para
problemas respiratórios.

23. 6. VIA TÓPICA


A via tópica é utilizada, principalmente, para tratamentos em afecções de
peles e das mucosas. Os medicamentos administrados tem forma semissólidas –
(géis), pomadas, cremes e devem ser aplicados somente no local da lesão.

Após estudarmos as vias de administração e as formas farmacêuticas pode-



mos observar a relação entre elas:

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO FORMAS FARMACÊUTICAS


Comprimido, capsulas, suspensões,
Oral soluções, xaropes.
Sublingual Comprimido, pastilha
Parenteral Solução, suspensão
Pomada, creme, gel, geléia, pasta, pó,
Epidermica/Transdermica aerossol, loção, adesivo, emulsão.
Conjuntival Pomada
Intraocular/ intra-auricular Solução, suspensão
Intranasal Solução, spray
Intra-respiratória Aerossol
Retal Solução, pomada, supositório
Solução, pomada, comprimido, óvulo,
Vaginal
gel, creme.
147

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 O que são as vias parenterais?

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

02 Relacione

( 1 ) Intravenosa
( 2 ) Intramuscular
( 3 ) Subcutânea
( 4 ) Respiratória
( 5 ) Tópica

( ) Aplicadas somente no local da lesão.


( ) Administração direto na veia.
( ) Utilizada para agentes voláteis e gasosos.
( ) Administrado diretamente no músculo.
( ) Administração no tecido subcutâneo.

03 Escolhas três vias de administração e correlacione com as formas


farmacêuticas já aprendidas. Justifique sua resposta

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
148

24
CAPÍTULO
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO:
TÓPICAS
24. 1. INJETÁVEIS
Submeter-se a uma aplicação de injetáveis não é uma situação simples para
a maioria das pessoas, por ser uma experiência associada ao desconforto e dor.
Geralmente, o paciente, além de enfermo, pode estar fragilizado emocionalmente
e fisicamente e, assim, no momento da injeção ele possa sentir muito medo.

O profissional de saúde deve manter uma preocupação com a qualidade


deste serviço em especial, pois um bom serviço de aplicação de injetáveis é uma
das formas da farmácia demonstrar que seus interesses vão além de lucro, mas
que tem compromisso de contribuir para a recuperação do paciente.

A aplicação de injetáveis envolve Habilidades Técnicas e Habilidades Inte-


rativas.

• Habilidades técnicas

Destreza manual;

Planejamento do material;

Princípios científicos;

Medidas de biossegurança;

Lavagem correta das mãos;

Saber lidar com material estéril e contaminado.

• Habilidade Interativas

Boa aparência;

Uniforme limpo;

Empatia;

Unhas limpas e curtas;

Sem adereços;

Responsabilidade;

Princípios éticos;

Cuidado com a segurança do paciente.


149

24. 2. INJETÁVEIS
Deve possuir no mínimo 3mm, ou ESTAR de acordo com a Vigilância San-
itária Local e/ou Legislação Municipal em vigor. A sala dever ser:

- Bem iluminada;

- Bem ventilada: um local mal ventilado pode contaminar o aplicador ou


pode haver contaminação de um cliente para o outro, pois as aplicações
serão feitas em pacientes com doenças diferentes;

- Limpa: a limpeza deve ser absoluta. Incluindo o chão, as bancadas, os


utensílios, as janelas e as paredes. É desagradável e anti-higiênico perceber a
presença de pó e respingos de líquidos nestes locais. A limpeza deve ser feita
diariamente e nos intervalos de um cliente para outro, utilizando produtos
neutros e panos exclusivos. Posteriormente fazer a desinfecção com álcool
70%;

- Os móveis e utensílios: a sala deve possuir pia, torneira, bancada com gave-
tas, cadeira, lixeira com tampa acionada por pedal e saco de lixo branco
(para materiais infectantes não perfurantes e cortantes), suporte para papel
toalha, sabonete líquido neutro, além de um antisséptico (álcool 70%), recip-
iente para algodão com tampa e caixa própria para o descarte dos materiais
perfuro cortantes como o Descarpack;

- Livro de registros de aplicação: A aplicação de injetáveis não é isenta de


riscos, uma injeção mal aplicada, pode causar desde dor e formação de ab-
cessos no local da aplicação, até lesão de nervos, com o comprometimento
dos movimentos. E a aplicação em dosagem ou quantidade acima daquela
prescrita pelo médico coloca em risco a vida do cliente. Por isso, antes de
tudo, devemos estar seguros com relação à prescrição médica e ao medi-
camento. Ter plena certeza da dosagem e quantidade a ser aplicada, via de
administração e da técnica utilizada. Fazer as devidas anotações na ficha de
Serviços Farmacêuticos. Uma via fica com o paciente e outra com a drogaria.

- Organização: Tenha sempre disponível no momento da aplicação, todo o


material necessário: seringas, agulhas, algodão, blood-stop, tudo de forma
organizada na bancada. Não se pode deixar o paciente sozinho na sala de
aplicação.

Figura 15 - Caixa usada pra descarte de materias perfuro cortantes.


150

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Cite, pelo menos, 3 habilidades técnicas e 3 habilidades interativas


na aplicação de injetáveis

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02 Como deve ser a sala de aplicação de injetáveis?

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151

25
CAPÍTULO
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
PARENTERAIS
25. 1. TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
Antes de qualquer administração de medicamento injetável é necessário
uma lavagem de mãos corretamente, pois esta lavagem reduzirá a quantidade
de microrganismos existentes nas mãos, diminuindo a possibilidade de uma con-
taminação. As mãos devem ser lavadas a vista do paciente, ensaboando bem entre
os dedos e os pulsos, e após enxugar, fechar a torneira com a toalha de papel. Após
cada aplicação o procedimento deverá ser repetido. Além disso a administração
deve obedecer a regra dos cinco corretos.

Também devemos conhecer os tipos de medicamentos injetáveis. Esses po-


dem ser veículo aquoso, veículo oleosos, veículos com pó em suspensão e pó para
ressuspender/reconstituir e todos eles embalados em frasco ampola ou ampolas.

25. 2. TÉCNICAS DE APLICAÇÃO


As seringas possuem apresentações conforme o volume que comporta:

Figura 16 - Seringa
152

25. 3. AGULHAS
As agulhas se diferem uma da outra pelo seu calibre, e o indicador é a cor do
canhão. Por exemplo:

Figura 17 - Agulhas
• CANHÃO MARROM

Calibre: 13 mm x 45 mm
Via de administração: Subcutânea

• CANHÃO ROXA

Calibre: 20 mm x 0, 55 mm
Via de administração: Subcutânea e Intramuscular

• CANHÃO AZUL

Calibre: 25 mm x 0,60 mm
Via de administração: Intramuscular

• CANHÃO PRETO

Calibre: 25 mm x 0,7 mm e 30 mm x 0,7 mm
Via de administração: Intramuscular e endovenosa

• CANHÃO VERDE

Calibre: 25 mm x 0,8 mm e 30 mm x 0, 8 mm
Via de adminitração: Intramuscular e endovenosa

• CANHÃO ROSA

Calibre: 40 mm x 1,2mm
Via de administração: Endovenosa
153

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

01 Quais as partes de uma seringa?

02 Quais são as partes de uma agulha?

03 Quais são as seis cores na aplicação de um injetável?

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154

26
CAPÍTULO j

APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS

26. 1. PREPARO DA INJEÇÃO


1. Identifique o material a ser utilizado durante a aplicação, seguindo a pres-
crição;
2. Lave bem as mãos e o antebraço antes de preparar a injeção;
3. Seque com papel toalha;
4. Aplique o antisséptico nas mãos;
5. Abra a embalagem da seringa pela extremidade próxima à marca do lote,
separando as duas partes até que se veja o êmbolo da seringa;
6. Conecte a agulha no bico da seringa rotacionando-a até travar. Se houver
alguma demora na preparação, mantenha a seringa embalada;
7. Fazer a desinfecção da ampola com algodão embebido em solução antis-
séptica (álcool 70%), abrindo-a em seguida (com o auxílio de um algodão
seco);
8. Retire a proteção da agulha e aspire o medicamento;
9. Retirar o excesso de ar da seringa e, se houver bolhas, bater levemente sobre
elas com a ponta dos dedos, para deslocá-las;
10. Em caso de frasco ampolas devemos retirar o lacre-médio e desinfetar a tam-
pa de borracha. Homogeneizar o medicamento (pó + líquido) girando o frasco
suavemente entre as mãos (NÃO agitar, pois ocorre a formação de bolhas) e
introduzir a agulha na rolha do frasco, fazendo a aspiração do medicamento.
Usar duas agulhas, uma para aspirar e outra para aplicar – esse cuidado deve
evitar o entupimento da agulha ou qualquer desconforto ao paciente). Se
encontrar dificuldade para aspirar o medicamento do frasco-ampola, injete
um pouco de ar;
11. Uma vez terminado a injeção, jogar imediatamente fora, em local apropria-
do, todas as agulhas e recipientes de vidro vazios;
12. Cauleta em retirar o proteror de agulha. Antes de utilizar a agulha acople o
protetor no canhão, realize a injeção e após isto pressione o protetor de en-
contro à agulha reencapando-a
.

Figura 18 - Ampoulas
155

Figura 19 - Seringa com protetor de agulha

26. 2. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES QUANTO A APLICAÇÃO


1. Quando o medicamento a ser aplicado estiver gelado, esperar alguns minutos
até elevar a temperatura;

2. Se, ao retirar a agulha do paciente, ocorrer sangramento, fazer suave com-


pressão no local e colocar um blood-stop. Quando se tem a lesão de um vaso
sanguíneo, ocorre extravasamento de sangue no local da aplicação, podendo
haver formação de hematomas;

3. Ao refluir sangue na seringa, exceto na aplicação endovenosa, retirar a agul-


ha e fazer leve compressão no local. Desprezar a seringa com o medicamento.
Preparar uma nova injeção e aplicar em outro local;

4. Não fazer massagem após aplicação de qualquer tipo de substância. Ela au-
menta o traumatismo causado pela penetração da agulha; pode também des-
truir microrganismos administrados através de vacinas ou causar micro sangra-
mentos pelos medicamentos à base de micro cristais;

5. Compressas de água quente são contraindicadas imediatamente após a apli-


cação, pois algumas substâncias são inativadas na presença de excesso de cal-
or ou podem acelerar a absorção de substâncias de ação lenta. O ideal é após 2
horas ou mais.


156

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Seguindo o passo a passo aprendido, como é o preparo de uma in-


jeção?

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02 Qual a diferença da desinfecção da ampola para o frasco-ampola?

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03 Cite 2 considerações importantes para a aplicação de injetáveis.

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27
CAPÍTULO
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
DE INJETÁVEIS - PARTE 1
27. 1. DEFINIÇÃO
Os produtos injetáveis só podem ser administrados por 4 vias:

- Subcutânea(SC)
- Intradérmica (ID)
- Intramuscular (IM)
- Endovenosa (EV) – restrita ao âmbito hospitalar

27. 2. SUBCUTÂNEA
É a aplicação de medicamentos na hipoderme (tecido adiposo e gorduroso).
Esta via é escolhida para aplicação e hormônios como a insulina, vacinas e antico-
agulantes. O volume máximo é de 3ml. É uma via de absorção mais lenta. Nesta via
utilizada a seringa de insulina (1ml). Os locais mais indicados são aqueles em que
temos os maiores acúmulos de gordura.

Figura 20 - Regiões de aplicação subcutânea Figura 21 - prega par aplicação subcutânea

Face externa e posterior dos braços, face lateral externa e frontal das coxas,
abdome e nádegas. Neste caso deve ser feito uma pequena prega na pele man-
tendo-a durante toda a aplicação, para não haver o risco de ultrapassar o tecido
adiposo. Além disso, em administrações crônicas, como a insulina ou tratamentos
mais demorados, deve-se fazer o rodízio nos locais de aplicação.

A técnica utilizada nesta via é segurar a seringa com uma mão, com a outra
fazer a prega e introduzir a agulha, em ângulo de 90º. Quando hipodérmica, ou 45º
quando agulhas comuns, profundamente com rapidez e firmeza na prega.
158

27. 3. INTRADÉRMICA

É a aplicação dentro da pele, geralmente no lado interno do antebraço. Usa-


se esta via para aplicação de vacinas e testes de sensibilidade. O volume má-
ximo é de 0,5ml , pois a absorção neste local é lenta. Não fazer antissepsia, pois
pode interferir nas vacinas. Neste caso lavar o local com água e sabão, ou passar
algodão seco.

A Técnica utilizada nesta via é de esticar a pele com o dedo polegar e indicador e
introduzir a agulha em um ângulo de 15º com o bisel voltado para cima.

Figura 22 - Local de aplicação intradérmica

ANOTAÇÕES

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159

EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

01 Qual o volume máximo de aplicação para as vias subcutâneas, in-


tradérmica?

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02 Explique a técnica de aplicação prega e em qual via de adminis-


tração ela ocorre?

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03 Qual a técnica utilizada para aplicação por via intradérmica?

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160

28
CAPÍTULO j
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
DE INJETÁVEIS - PARTE 2
28. 1. INTRAMUSCULAR

É a forma de administração mais comum, com a aplicação do medicamento


dentro do músculo. Esta é a via de escolha para medicamentos oleosos (hormôni-
os), irritantes (antiinflamatórios) e suspensões (medicamentos a base de ferro). As
regiões mais utilizadas para a aplicação são: deltoidiana (braço), glútea (nádegas),
vasto-lateral (coxa) e ventro-glútea (quadris). Deve-se fazer antissepsia no sentido
de cima para baixo, com algodão embebido em solução antisséptica (álcool 70).

Figura 23 - local de aplicação intramuscular deltoideana

28. 1. 1. DELTOIDEANA
A aplicação é realizada no músculo deltoide (3 a 4 dedos abaixo do ombro),
não apresenta massa muscular, mas apresenta nervos e vasos sanguíneos, poden-
do ser dolorida e sujeita a complicações. É contra indicado para crianças menores
de 10 anos, pessoas com pouco desenvolvimento muscular, mastectomia, paralisia
de braço e idosos. O volume máximo é de 1ml.

Nesta técnica deve-se orientar o paciente a manter o braço relaxado ao lon-
go do corpo ou dobrado na altura da cintura. Introduzir a agulha em ângulo reto
(90º) ou ligeiramente inclinada, com um único movimento firme e suave. E após
aplicação lenta retirar a agulha com movimento firme e rápido, colocando um al-
godão seco.

28. 1. 2. GLÚTEA
A aplicação é realizada nas nádegas. É o local de aplicação mais recomen-
dado para adultos e crianças acima de 2 anos. A aplicação deve ser feita no quad-
rante superior, longe do nervo ciático e rico em músculos. O paciente deve estar
deitado de bruços ou de lado com os joelhos levemente flexionados. Bem como na
deltoideana, seringa deve estar em 90º.
161
28. 1. 3. VENTRO-GLUTEA
Situa-se na parte lateral do quadril. É considerado o local mais seguro e in-
dolor para aplicações IM. É indicado para qualquer idade, principalmente crianças
menores de 28 dias. Volume máximo é de 5ml.

Figura 24 - região de aplicação intramuscular ventro-glutea

28. 1. 4. VASTO LATERAL


Embora não seja uma região de fácil absorção é considerado um local se-
guro para aplicação em adultos e crianças menores de 2 anos. Porém, não deve
ser utilizado para injeções frequentes. Com volume máximo de 4ml em adultos e
volume máximo de 2ml em crianças.

28. 2. TÉCNICA EM Z

Está técnica é muito utilizada em aplicações IM de medicamentos oleosos


ou base de ferro, pois esta evita o refluxo ou nódulos. A técnica consiste em:

- Colocar o paciente em uma posição que facilite o relaxamento da muscu-


latura que ira receber a aplicação;

- Usando a mão dominante puxe firmemente a pele para baixo ou para o


lado com a parte lateral da mão;

- Mantendo todo o deslocamento da pele, introduza a agulha em 90º com


firmeza e suavidade em um só movimento;

- Sspire, verificando se há refluxo de sangue;

- Injete o medicamento lentamente;

-Retire a agulha somente depois de soltar a pele. Desta forma, a pele fechará
a saída impedindo que haja o refluxo de medicamento.
162

28. 3. CUIDADOS COM O PACIENTE

Procure sempre acalmá-lo sendo gentil, proporcionando o máximo de con-


forto. Ofereça a cadeira para ele se sentar enquanto prepara a injeção. Mostre se-
gurança em suas ações e se necessário, explique ao paciente o que será feito, Ori-
ente-o quanto a posição mais favorável para relaxar.

Crianças: é praticamente impossível argumentar com crianças. É fundamen-


tal manter a calma e nunca ser ríspido.

• Tente acalmá-las, mas sem mentir;


• Evite que a criança veja o preparo da injeção;
• Peça auxílio ao acompanhante para segurá-la;
• Faça o procedimento o mais rápido possível. Porém, sem o comprometi-
mento da técnica.

ANOTAÇÕES

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163
j

CONCLUSÃO

Chegamos ao final do módulo mais importante do seu curso. Agora já pos-


suímos grande parte dos conhecimentos básicos na área de farmácia. Você já
pode orientar um parente ou familiar. É importante sempre exercitar este módulo,
afinal de contas, aprendemos inúmeros conceitos e técnicas relacionadas com a
drogaria, seu futuro local de trabalho.
164

REFERÊNCIAS
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