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1. FUNÇÕES
Os fenómenos que observamos estão relacionados uns com os outros. A temperatura ambiente
depende da hora do dia; o rendimento do capital depende da taxa de juros; o espaço percorrido
por um móvel depende de tempo; área de um quadrado depende da medida do seu lado; etc.
As diferentes variáveis que interferem num dado fenómeno estão intimamente relacionados aos
outros. As correspondências deste tipo estiveram na origem do conceito de função. Em
linguagem corrente usamos muitas vezes a palavra função no sentido de ‘depende’
A velocidade com que um objecto em queda livre atinge o solo é uma função da altura,
assim:
Uma correspondência entre duas variáveis chama-se função quando a cada valor
da variável independente corresponder um único valor da variável dependente.
Há correspondência que não são funções. Exemplo: na agenda do telefone da Neusa, o médico
tem três números de telefones, a amiga Mavis tem um e a colega Julieta não tem telefone. Se
considerarmos os conjuntos:
A correspondência de A para B não é função. Por um lado, ao médico corresponde três números
de telefone e, por outro lado, a Julieta não tem telefone.
Assim como em qualquer outro conteúdo matemático, também nas funções usamos termos
específicos e símbolos matemáticos.
A B
Ou f: A B
Considere a função f: A B B
A
Manica
Chimoio Sofala
Beira Gaza
Xai-Xai Maputo C
Exemplo: Seja uma função g: A B que a cada elemento de A faz corresponder o seu dobro,
sendo: A={1, 2, 3, 4} e B={2, 4, 6, 8, 10, 12}
1 2 3 4 A
2 4 6 8 10 12
Dg={1, 2, 3, 4} e D’g={2, 4, 6, 8}
Tabelas
Gráficos
Diagramas
3 30
4 40
5 50
12 120
Expresão Analítica
Onde:
C = Custo
P = Peso
Por convenção, vulgarmente se usa a letra x para representar a variável independente e a letra y
para a variável dependente. Assim, no exemplo citado, a função é definida por:
Exemplos:
Como se pode constatar a
Y = 3x a = 3; b=0 partir dos exemplos acima, a e
Y = -7x a = -7; b = 0 b são constantes ou
Y = 4x – 5 a = 4; b = -5 coeficientes, sendo a o
−9 −9 coeficiente de x e b o termo
Y= x + 12 a= ; b = 12
2 2 independente de x.
Consideremos a função x f 2x
Esta função traduz uma proporcionalidade directa entre x e y, fazendo corresponder a cada
elemento x o n0, assim,
Resultando os pares coordenados (-2; -4), (-1; -2), (0; 0), (1; 2), (2; 4), que verificam a função.
(caso b = 0)
1
Considere a função y = - x
2
1
Nesta função, cada elemento de x corresponde ao número - x, deste modo,
2
1
Para x = -2 Resulta y = - (-2) = 1
2
1 1
Para x = -1 Resulta y = - (-1) =
2 2
1 X Y
Para x = 0 Resulta y = - (0) = 0
2
-2 1
1 1 -1 1
Para x=1 Resulta y = - (1) = -
2 2 2
0 0
1
Para x=2 Resulta y = - (2) = - 1 1 1
2 -
2
2 -1
O gráfico de toda função do tipo y = ax, sendo a uma constante, é uma recta que
passa pela origem dos eixos
Considere a função x f 2x + 3
2 7 Porque 2 * 2 + 3 = 7 X Y
2 7
1 5 Porque 2 * 1 + 3 = 5
1 5
0 3 Porque 2 * 0 + 3 = 3 0 3
-1 1
-1 1 Porque 2 * 1 + 3 = 1
-2 -1
-2 -1 Porque 2 * (-2) + 3 = - 1
Ao unirmos os pontos verificamos que estes estão situados na mesma recta que intersecta o
eixo das ordenadas no ponto (0; 3).
Assim, esta recta tem declive 2
A ordenada na origem é 3
Nota: y = ax + b, sendo b ≠ 0
X Y
0 2
1 1
Observando o gráfico de y = -x + 2, verificamos que a recta intersecta o eixo das abcissas no ponto (2;
0). Ao valor de x neste ponto dá-se o nome de Zero da Função.
A partir do exemplo anterior, podemos concluir que para representarmos graficamente a
função y = ax + b necessitamos apenas da ordenada na origem e do zero da função.
Exemplo:
Considere a função y = 3
X Y
-2 3
0 3
2 3
A função y = 3 diz –se Função Constante, sendo o seu gráfico uma recta paralela ao eixo das
abcissas.
1.6.2 Gráfico
O gráfico de uma função polinomial do 2º grau, y = ax2 + bx + c, com a 0, é uma curva
chamada parábola.
Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função y = x2 + x:
Primeiro atribuímos a x alguns valores, depois calculamos o valor correspondente de y e, em
seguida, ligamos os pontos assim obtidos.
X Y
-3 6
-2 2
-1 0
0 0
1 2
2 6
Observação:
Ao construir o gráfico de uma função quadrática y = ax2 + bx + c, notaremos sempre que:
se a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima;
se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo;
Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto de mínimo V; quando a <
0, a parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de máximo V.
1.6.4 Imagem
a>0
2ª quando a < 0,
a<0
É possível construir o gráfico de uma função do 2º grau sem montar a tabela de pares (x, y), mas
seguindo apenas o roteiro de observação seguinte:
1.O valor do coeficiente a define a concavidade da parábola;
2.Os zeros definem os pontos em que a parábola intercepta o eixo dos x;
3.O vértice V indica o ponto de mínimo (se a > 0), ou máximo (se a< 0);
4.A reta que passa por V e é paralela ao eixo dos y é o eixo de simetria da parábola;
5.Para x = 0 , temos y = a · 02 + b · 0 + c = c; então (0, c) é o ponto em que a parábola corta o eixo
dos y.
1.6.6 Sinal
quando a > 0
y>0 (x < x1 ou x > x
y<0 x1 < x < x2
quando a < 0
y > 0 x1 < x < x
y<0 (x < x1 ou x > x2)
Bibliografia
http:\\www.somatematica.com.br