Você está na página 1de 54

1

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 4

2 SISTEMA CARDIOVASCULAR ......................................................... 4

2.1 Coração ....................................................................................... 5

2.2 Tecido cardíaco ........................................................................... 7

2.3 Ciclo cardíaco .............................................................................. 8

2.4 Debito cardíaco ........................................................................... 9

2.5 Sistema e regulação .................................................................. 10

2.6 Câmaras cardíacas ................................................................... 11

2.7 Valvas cardíacas ....................................................................... 14

2.8 Coronárias ................................................................................. 17

2.9 CIRCULAÇÃO VENOSA CORONÁRIA .................................... 19

2.10 Vasos sanguíneos .................................................................. 20

3 FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR (SCV) ................. 21

3.1 A circulação do sangue ............................................................. 25

3.2 A dinâmica da pressão nas artérias .......................................... 30

3.3 Controle do sistema cardiovascular pelo SNA .......................... 31

4 SISTEMA RESPIRATORIO ............................................................. 35

4.1 Cavidade nasal .......................................................................... 37

4.2 Faringe ...................................................................................... 40

4.3 Laringe ...................................................................................... 40

4.4 Traqueia .................................................................................... 41

4.5 Brônquios .................................................................................. 43

4.6 Bronquíolos ............................................................................... 44


2
4.7 Ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos ........................ 45

4.8 FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATORIO ........................... 46

4.9 Equilíbrio ácido-básico e controlo do pH do sangue ................. 49

5 REFERENCIA BIBLIOGRAFICA ..................................................... 50

3
1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é
semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro –
quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao
professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida
sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta
para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma
coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao
protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

4
2 SISTEMA CARDIOVASCULAR

Fonte: tuasaude.com

O sistema cardiovascular é constituído pelos vasos sanguíneos, artérias,


veias, capilares e coração. É responsável por toda a circulação sanguínea, isso
é, transporta os nutrientes e oxigênio por todo o corpo, além de remover gás
carbônico e metabólitos (DUTRA, 2018).

2.1 Coração

O coração é um órgão muscular, oco, tem forma de cone e funciona de


modo similar a duas bombas, contrátil e propulsora. O órgão realiza dois
movimentos básicos: sístole (contração) e diástole (relaxamento), de acordo com
a despolarização e repolarização de suas cargas elétricas intra e extracelulares,
estimuladas por íons como: sódio, potássio, magnésio, cálcio. São conduzidas
por um sistema nervoso próprio, capaz de produzir automaticamente seus
estímulos elétricos, iniciados por células especializadas que formam o nódulo
sinoatrial, localizado na parede posterior do átrio direito (GUYTON, 2006).

5
Sua divisão é conhecida como ápice, base e mais três faces:
esternocostal, diafragmática e pulmonar. A base é formada pelos átrios
direito e esquerdo. As veias cavas superior e inferior e as veias
pulmonares penetram no coração pela base. É também a porção
posterior do coração em posição anatômica. O ápice é contralateral a
base e tem formato arredondado, formada pela parte inferolateral do
ventrículo esquerdo e onde ocorre o batimento apical (DANGELO,
1988 apud DUTRA, 2018).

Quanto às cavidades do coração, são subdivididas em quatro câmaras:


átrios e ventrículos localizados à direita e à esquerda. O átrio direito se comunica
com o ventrículo direito por meio do óstio atrioventricular direito, no qual existe
uma estrutura direcionadora do fluxo, a valva atrioventricular direita (tricúspide)
(MONTANARI, 2016).
O mesmo ocorre à esquerda, por meio do óstio atrioventricular esquerdo,
cuja comunicação de fluxo é por meio da valva atrioventricular esquerda (mitral).
As cavidades direitas são separadas das esquerdas pelos septos interatrial e
interventricular. A câmara esquerda (ventrículo) proporciona a força necessária
para o sangue circular por todos os tecidos do corpo. Sua função é vital porque,
para sobreviver, os tecidos necessitam receber continuamente oxigênio e
nutrientes (DUTRA, 2018).

O coração adulto normalmente bombeia em torno de 5 litros de sangue


por minuto durante toda vida, em média o órgão tem entre 13 e 15 cm
altura, 9 cm de largura e 6 cm de espessura. Nos homens, pesa entre
280 e 340 g e nas mulheres entre 230 e 280 g (POTTER, 2005 apud
DUTRA, 2018).

O coração permanece apoiado sobre o diafragma, perto da linha média


da cavidade torácica, região denominada mediastino e entre os revestimentos
dos pulmões (pleuras). Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam à esquerda da
linha média do corpo. Sendo que uma das extremidades do coração é o ápice,
dirigida para frente, para baixo e a esquerda e, no nível do quinto espaço
intercostal. A porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é a base, dirigida
para trás, para cima e para a direita. Fica próxima aos vasos mais largos e sua
parte superior ao nível da segunda costela e está voltada para o pulmão direito
e se estende da superfície inferior à base; a borda esquerda, também chamada
6
borda pulmonar, fica voltada para o pulmão esquerdo, estendendo-se da base
ao ápice. Como limite superior se encontra os grandes vasos do coração e
posteriormente a traqueia, o esôfago e a artéria aorta descendente (DUTRA,
2018).
A função do órgão se dá pelo sangue que entra pelo átrio direito sem
oxigênio, por meio da veia cava superior que recebe sangue da parte superior
do coração e a cava inferior dos órgãos inferiores. Logo, o sangue sai do átrio
direito e vai para o ventrículo direito que, imediatamente bombeia o sangue para
o tronco pulmonar, ramifica em artérias pulmonares (direita e esquerda), até
chegar aos vasos capilares que irrigam os pulmões. Após a oxigenação do
sangue, o retorno ao átrio esquerdo ocorre pelas veias pulmonares, segue para
o ventrículo esquerdo bombeando sangue rico em oxigênio para aorta
ascendente e, consequentemente, para todo o organismo (MONTANARI, 2016).
Em repouso, o coração bate de 60 a 100 bpm (batimentos por minuto),
em adultos e adolescentes sob condições fisiologicamente normais.

2.2 Tecido cardíaco

O pericárdio é uma membrana fibroserosa em forma de bolsa, que


recobre e protege o coração e raízes dos grandes vasos. Possui duas
membranas: uma composta por tecido fibroso, ou seja, pericárdio
fibroso e a membrana interna, chamada de pericárdio seroso e formada
por duas lâminas (parietal e visceral). Esta possui um líquido seroso
que preenche o espaço entre as duas lâminas, lubrificando o coração
e evitando o atrito em cada batimento. Assemelha-se a uma túnica, que
repousa sobre o diafragma e se prende a ele (WOODS, 2005 apud
DUTRA, 2018).

O miocárdio é a camada mais espessa do coração, sendo formado por


fibras musculares e tecido conjuntivo fibroso, responsável pela sustentação da
musculatura cardíaca. Esse tipo de músculo permite que o coração se contraia
e, portanto, impulsione sangue ou o force para o interior dos vasos sanguíneos
(DUTRA, 2018).

7
A camada interna do coração é chamada de endocárdio, composta por
tecido conjuntivo e epitelial, é responsável pela cobertura interna das paredes
atriais e ventriculares. A superfície lisa e brilhante permite que o sangue corra
facilmente sobre ela. O endocárdio também reveste as valvas e é contínuo com
o revestimento dos vasos sanguíneos que entram e saem do coração (DUTRA,
2018).

2.3 Ciclo cardíaco

Denominado ciclo cardíaco, os eventos que ocorrem desde o início de um


batimento cardíaco até o seguinte acontecem em duas fases: sístole e diástole,
ou seja, contração e relaxamento. O ciclo cardíaco é dividido em 5 etapas, sendo
elas: diástole atrial e ventricular, sístole atrial, contração ventricular isovolumé-
trica, ejeção ventricular e relaxamento ventricular (DUTRA, 2018).
De acordo com Dutra (2018) a diástole atrial e ventricular, o ciclo cardíaco
se inicia quando a bomba cardíaca (átrios e ventrículos) está relaxando. Na
sequência, os átrios se enchem com sangue proveniente das veias cavas (tanto
superior, quanto inferior), e, posteriormente, ocorre o enchimento dos
ventrículos, gerando a contração. Quando os ventrículos relaxam, as válvulas
atrioventriculares se abrem e o fluxo passa dos átrios para os ventrículos.
Segundo autor citado, cerca de 80% do enchimento ventricular ocorre de
forma passiva, durante o relaxamento ventricular. A sístole atrial, portanto, é
responsável por apenas 20% do enchimento dos ventrículos.
A contração ventricular isovolumétrica ocorre enquanto os átrios se
contraem, a onda de despolarização se move lentamente por meio do nó AV até
o ápice do coração. A sístole ventricular tem seu início no ápice e conduz o
sangue na direção da base do coração (DUTRA, 2018).

O fluxo sanguíneo propicia o fechamento das valvas atrioventriculares,


que impedem o refluxo para os átrios. Nessa fase, as valvas
atrioventriculares se encontram fechadas, o sangue fica represado;
mesmo assim, os ventrículos continuam a se contrair. Enquanto os
8
ventrículos iniciam a contração, os átrios repolarizam e relaxam
(WOODS, 2005 apud DUTRA, 2018).

Ainda de acordo com o autor, com relação à ejeção ventricular, quando


os ventrículos se contraem, eles geram pressão suficiente para abrir as valvas
semilunares e o sangue é conduzido para as artérias. Ao final da contração
ventricular, essas cavidades voltam a relaxar, a pressão ventricular diminui a
níveis inferiores aos das artérias, e o sangue começa a refluir para o coração.
Quando as valvas semilunares se fecham, os ventrículos tornam-se câmaras
isoladas. As valvas AV permanecem fechadas à pressão ventricular, que,
embora menor, ainda é superior à pressão dos átrios. Quando a pressão
ventricular é menor que a dos átrios, as valvas AV se abrem.
O volume sanguíneo varia entre 4 e 5 litros, cerca de 80% se encontra
nas veias, no coração direito e nos vasos da pequena circulação. Devido à sua
grande elasticidade e capacidade, o sistema de baixa pressão atua como
reservatório de sangue, que pode ser usado mediante constrição das veias. Com
funções cardíacas e pulmonares normais, a pressão venosa central (2 a 8 mmHg
ou 3 a 11 cmH20) é uma boa variável para medir o volume sanguíneo (DUTRA,

2018).

2.4 Debito cardíaco

O débito cardíaco (DC) pode ser obtido por meio do cálculo de


multiplicação da frequência cardíaca (bpm) pelo volume sistólico. Quando há o
aumento da frequência e/ou do volume sistólico, haverá também a elevação do
débito cardíaco (DUTRA, 2018).
Ainda de acordo com o autor, o débito cardíaco se distribui pelos órgãos
dispostos paralelamente na circulação sistêmica. A perfusão das artérias
coronárias do músculo cardíaco não deve cair, pois o distúrbio da função
cardíaca comprometerá toda a circulação sistêmica. Os rins recebem de 20 a
25% do DC. Todo DC flui por meio da circulação pulmonar, pois se encontra em
9
série com a circulação sistêmica. Por meio do tronco pulmonar e das duas
artérias pulmonares, o sangue pobre em oxigênio alcança os pulmões, onde é
oxigenado. A drenagem de todo o fluxo ocorre pelas veias pulmonares para
retorno ao átrio esquerdo.

A resistência na circulação pulmonar é apenas uma fração da


resistência periférica total na circulação sistêmica, de modo que o
coração direito precisa produzir uma pressão média bem menor do que
o esquerdo. A maior resistência na circulação sistêmica é oferecida
pelas pequenas artérias e arteríolas, por isso, são denominados vasos
de resistência (POTTER, 2005 apud DUTRA, 2018).

2.5 Sistema e regulação

O coração é um músculo estriado, de contração involuntária e seu funciona-


mento acontece por meio de dois sistemas: simpático/parassimpático e sistema
intrínseco. O simpático e parassimpático são inerentes ao sistema nervoso autô-
nomo e o intrínseco da lei de Starling (DUTRA, 2018).
O mecanismo Starling, é a capacidade intrínseca do coração de se
adaptar às variações do retorno venoso. Quanto maior for o estiramento do
músculo durante o enchimento cardíaco, maior será à força de contração e a
quantidade de sangue bombeado pelo corpo (GUYTON, 2006).
No sistema autônomo, o bombeamento cardíaco depende dos complexos
simpático e parassimpático. A liberação de noradrenalina e de catecolaminas no
coração modifica o DC e as resistências periféricas, por alterar a força de
contração das fibras do miocárdio e a frequência cardíaca (GUYTON, 2006).

No sistema autônomo simpático há predomínio da ação excitatória,


aumentando a frequência cardíaca, a força de contração e a
excitabilidade e, consequentemente, a quantidade de sangue
bombeado. Já o sistema parassimpático tem predomínio inibitório
sobre o sistema cardiovascular, diminuindo a frequência cardíaca, a
força de contração e a quantidade de sangue bombeado (PALOMO,
2007 apud DUTRA, 2018).

10
2.6 Câmaras cardíacas

Átrios e ventrículos direitos e esquerdos.

Fonte: Adaptação de DUTRA, 2018 do Atlas de Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro,
Elsevier, 2011

As câmaras cardíacas são divididas em: átrios (câmaras superiores)


recebem o sangue e os ventrículos (câmaras inferiores) bombeiam o sangue
para fora do coração. Os átrios possuem paredes finas e entre eles existe uma
parede divisória chamada de septo interatrial, onde se localiza uma depressão
denominada de fossa oval, isso é decorrente do forame oval que é
espontaneamente fechado após o nascimento. Já os ventrículos são separados
pelo septo interventricular (DUTRA, 2018).

O autor citado afirma que o átrio direito forma a borda direita do coração,
tem a parede posterior de tecido liso e a parede anterior de tecido rugoso devido
à presença de cristas musculares, chamados músculos pectinados. Recebe
11
sangue rico em dióxido de carbono (venoso) da veia cava superior, veia cava
inferior e seio coronário.

A veia cava superior recebe o sangue proveniente da cabeça e parte


superior do corpo, já a cava inferior recebe sangue das extremidades
(órgãos e estruturas abaixo do coração) do corpo e por último, seio
coronário que recebe o sangue que nutriu o miocárdio conduzindo-o
ao átrio direito. O ventrículo direito recebe sangue do átrio direito e o
bombeia para o pulmão (circulação pulmonar) (NETTER, 2011 apud
DUTRA, 2018).

O átrio esquerdo é uma cavidade de parede fina, com paredes posteriores


e anteriores lisas, que recebe o sangue já oxigenado por meio de quatro veias
pulmonares. O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo, por
meio da valva mitral, que tem apenas duas cúspides. O ventrículo esquerdo for-
ma o ápice do coração e recebe sangue oxigenado do átrio esquerdo e o
bombeia para o corpo (circulação sistêmica). A parede ventricular esquerda é
mais espessa que a do ventrículo direito. Essa diferença se deve à maior força
necessária para bombear sangue para a circulação sistêmica (DUTRA, 2018).

12
Fonte: Adaptação de DUTRA, 2018 do Atlas de Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro,
Elsevier, 2011

Átrio direito

Fonte: Adaptação de DUTRA, 2018 do Atlas de Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro,
Elsevier, 2011

Ventrículo direito

13
Fonte: Adaptação de DUTRA, 2018 do Atlas de Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro,
Elsevier, 2011

2.7 Valvas cardíacas

Válvula atrioventricular esquerda ou mitral

14
Fonte: Adaptação de DUTRA, 2018 do Atlas de Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro,
Elsevier, 2011

O aparelho valvar é constituído por quatro valvas: pulmonar, tricúspide,


aórtica e mitral. Trata-se de um conjunto de estruturas que torna possível a
abertura e o fechamento dos canais de comunicação entre as câmaras e as
grandes artérias do coração. Produzem o sentido do fluxo de sangue no coração,
ou seja, dos átrios para os ventrículos, ventrículos para a aorta e artérias
pulmonares. A abertura e o fechamento das valvas são determinados pela
pressão. São compostas por anel fibroso, cúspides, cordas tendíneas e
músculos papilares (GUYTON, 2006).

O anel fibroso é responsável pela sustentação das cúspides que são


membranas de tecido conjuntivo ligadas ao anel fibroso e às demais cúspides.

As cordas tendíneas são filamentos de tecido conjuntivo que prendem


as cúspides aos músculos papilares, responsáveis por evitar sua
inversão durante a sístole (NOBRE, 2005 apud DUTRA, 2018).

Valvas mitral e tricúspide (atrioventriculares): são valvas de entrada, que


se fecham quando os ventrículos se contraem, e o sangue empurra as cúspides
para cima em direção aos átrios. Com o fechamento dessas valvas há o

15
impedimento do fluxo retrogrado dos ventrículos para os átrios. À medida que as
cúspides se fecham, as cordas tendíneas são esticadas quando empurradas
completamente no sentido dos átrios (DUTRA, 2018).

Mitral: possui duas cúspides (anterior e posterior) e localiza-se entre o


átrio e o ventrículo esquerdo Tricúspide: localizada entre o átrio e o ventrículo
direito, impede que o sangue retorne do ventrículo para o átrio direito. Essa valva
é constituída por três lâminas membranáceas, esbranquiçadas e irregularmente
triangulares (válvula anterior, posterior e septal), de base implantada nas bordas
do óstio e o ápice dirigido para baixo e preso as paredes do ventrículo por
intermédio dos músculos papilares: anterior, posterior e septal (DUTRA, 2018).

Válvula atrioventricular direita ou tricúspide.

Fonte: Adaptação de DUTRA, 2018 do Atlas de Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro,
Elsevier, 2011

As valvas pulmonar e aórtica (semilunares): a valva pulmonar se localiza


entre o ventrículo direito e o tronco da artéria pulmonar. Já a valva aórtica está
entre o ventrículo esquerdo e a aorta. Ambas são consideradas valvas de saída,
por orientarem o fluxo do sangue dos ventrículos e por se fecharem quando a
16
pressão no tronco da artéria pulmonar e aorta se tornam maior do que a pressão
dos ventrículos (DUTRA, 2018).

Pulmonar: a valva do tronco pulmonar também é constituída por


pequenas lâminas, porém estão dispostas em concha, denominadas
válvulas semilunares (anterior, esquerda e direita) (HERLIHY, 2002
apud DUTRA, 2018).

Aórtica: do ventrículo esquerdo o sangue sai para a maior artéria do corpo,


a aorta e o sangue também flui para as artérias coronárias. A partir da aorta
ascendente, o sangue percorre pelo arco aórtico, aorta transversal e
descendente (aorta torácica e aorta abdominal). Seus ramos conduzem sangue
para todo o corpo (DUTRA, 2018).

2.8 Coronárias

As artérias coronárias são responsáveis pela irrigação e oxigenação do


coração, de acordo com autor citado, percorrem os sulcos da superfície cardíaca
e recebem o nome de artérias coronárias epicárdicas (GUYTON, 2006).
Para melhor compreensão do conteúdo, a anatomia coronária será
apresentada baseada em imagens de cineangiocoronariografia. Trata-se de um
método diagnóstico invasivo amplamente utilizado para avaliar a presença,
gravidade e extensão de doença aterosclerótica coronária e assim facilitar a
tomada de decisão terapêutica nos pacientes. Essas imagens são obtidas por
meio de um equipamento de fluoroscopia, feitas em diversas projeções
anatômicas e em pelo menos duas incidências ortogonais diferentes de uma
mesma artéria. Posteriormente, a cineangiocoronariografia será descrita em um
capítulo específico. Os óstios das coronárias, direita e esquerda, situam-se na
base (raiz) da aorta. Anatomicamente são definidas como: artéria coronária
direita (ACD), artéria coronária esquerda (ACE), artéria descendente anterior e
ramos (ADA), artéria circunflexa e ramos (ACX) (DUTRA, 2018).

17
Artéria coronária direita (ACD)

A ACD se origina do seio de Valsalva direito e percorre o sulco atrioventri-


cular direito em direção a parede posterior do ventrículo esquerdo, originando
habitualmente a artéria do nó sinusal e ramos marginais para o ventrículo direito.
Quando dominante (vide abaixo) seu trajeto ultrapassa a crux cordis, onde
origina o ramo descendente posterior (DP), e se continua como ramo ventricular
posterior (VP) (GUYTON, 2006).

Artéria coronária esquerda (ACE)

A coronária esquerda e seus ramos (artérias descendente anterior,


circunflexa e ramos marginais e diagonais) são fundamentais para o
bombeamento do coração, porque mantêm o átrio esquerdo e a maior parte do
ventrículo esquerdo oxigenados. O tronco coronário esquerdo (TCE) se origina
do seio aórtico esquerdo e passa atrás do tronco pulmonar (GUYTON, 2006).

Normalmente, tem trajeto horizontalizado ou assume leve trajeto


caudocranial e divide-se em artéria descendente anterior (ADA) e
artéria circunflexa (ACX). Ocasionalmente, o TCE termina em uma
trifurcação, originando o ramo diagonalis, que se direciona
lateralmente à ADA (CESAR, 2000 apud DUTRA, 2018).

Artéria descendente anterior e ramos (ADA)

A ADA se localiza posterior ao tronco pulmonar e com trajeto anterior a


aurícula atrial esquerda para alcançar o sulco interventricular até o ápice. A ADA
dá origem aos ramos septais e diagonais e irriga a parede anterolateral do VE
(ventrículo esquerdo) (GUYTON, 2006).

Artéria circunflexa e ramos (ACX)

18
Nasce na porção distal do tronco da coronária esquerda, percorre para a
face posterior do coração, para passar abaixo da aurícula atrial esquerda e
atingir o sulco atrioventricular esquerdo. A ACX pode dar origem ao ramo DP
(descendente posterior), e possui ramos atriais, posterolaterais e
posteroinferiores (GUYTON, 2006).

Padrão de Dominância

Existe grande variabilidade anatômica quanto a extensão e diâmetro das


principais artérias epicárdicas, sendo o sistema complementar; de modo que não
exista cruzamento de artérias. Assim, quando um paciente apresenta a ADA
muito desenvolvida, ultrapassando o ápex e irrigando parte da parede inferior, o
ramo DP será de menor expressão. O mesmo vale para a ACD e a ACX, quando
uma dessas é muito desenvolvida, a outra tende a ser de menor expressão
(DUTRA, 2018).
Ainda de acordo com autor citado, dentro desse contexto, chama-se artéria
dominante, àquela responsável por originar o ramo descendente posterior,
irrigando assim o septo inferior. Em 90% da população está artéria se origina da
ACD e neste caso se atribui o nome de dominância direita. No restante da
população o padrão de dominância é esquerdo, a ACX se estende a parede
posterior e origina o ramo DP – ou é balanceado, tanto a ACD quanto a ACX são
responsáveis por irrigar cada qual parte desse segmento.

2.9 CIRCULAÇÃO VENOSA CORONÁRIA

A circulação venosa coronária ocorre nas proximidades às artérias


coronárias. Coletam o sangue por meio de vasos que desembocam no
seio coronário e posteriormente no átrio direito. Parte desse conteúdo
chega às câmaras cardíacas por meio de pequenas veias (SILVA, 2000
apud DUTRA, 2018).

Sistema coronário venoso (principais vasos)

19
Fonte: Adaptação de DUTRA, 2018 do Atlas de Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro,
Elsevier, 2011

2.10 Vasos sanguíneos

Os vasos sanguíneos são compostos por três túnicas (exceto os


capilares), sendo túnica íntima, que é camada interna, composta por um
revestimento endotelial e formando uma superfície lisa. Camada do meio (túnica
média) é composta por tecido elástico e músculo liso, apresentando-se mais
espessa nas artérias do que nas veias. A camada externa, túnica adventícia é
composta por tecido conjuntivo e bastante resistente (GUYTON, 2006).
De acordo com Dutra (2018) as arteríolas, artérias e capilares são tubos
cilíndricos, elásticos, que transportam o sangue sob alta pressão. A aorta é a
principal artéria do corpo humano, se divide em ascendente, arco aórtico,
torácica e descendente e, se ramificam até formar as demais artérias de grande
importância na circulação sistêmica chegando as arteríolas. Essas se dividem

20
em redes densas de vasos microscópicos, intimamente em contato com os
tecidos e são denominados capilares. Os capilares são definidos por camadas
de endotélio, de paredes permeáveis responsáveis pela troca de líquidos,
nutrientes e eletrólitos. Já as veias são caracterizadas como vasos que
transportam o sangue dos tecidos para o coração, promovendo retorno de
volume ao sistema cardiovascular. Suas paredes são finas e elásticas, devido à
baixa pressão sanguínea. Já as vênulas possuem paredes mais finas, são
constituídas por músculo liso e tecido elástico geralmente menor em relação às
paredes das arteríolas.

3 FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR (SCV)

Fonte: hiperclinicaslz.com

O sistema cardiovascular (SCV) ou circulatório é uma ampla rede de tubos


complacentes de vários tipos e calibres, que atende a todas as partes do corpo.
Dentro desses tubos flui o sangue, impulsionado pelas contrações rítmicas do
coração (WANDERLEY, 2005).

21
O principal objetivo do SCV é o fornecimento de oxigênio (O2) e nutrientes
aos diferentes tecidos do organismo. De acordo com autor citado, para que isso
ocorra, os seguintes órgãos são essenciais:
• O sangue – meio de transporte de O2, nutrientes, resíduos metabólicos,
etc.;
• O leito vascular – sistema de tubos complacentes responsável pela
condução do sangue;
• O coração – bomba pulsátil responsável pela manutenção do fluxo
sanguíneo nos vasos.
Além de transporte de O2 e nutrientes entre as diversas partes do corpo,
o SCV é também responsável por: transporte de resíduos metabólicos,
transporte de hormônios, intercâmbio de materiais, distribuição de mecanismos
de defesa, coagulação sangüínea, transporte de calor.

Coração

O coração possui um sistema especializado para a geração e


transmissão de impulsos elétricos rítmicos que causam contrações do
miocárdio. O principal elemento desse sistema é o nódulo sinoatrial,
chamado também nó ou nódulo sinusal, que é o responsável pela
geração dos impulsos rítmicos; é um oscilador natural que gera um
sinal quasiperiódico com uma frequência média de 72 bpm (1,2 Hz). O
nó sinusal localiza-se perto da junção entre o átrio direito e a veia cava
superior e é constituído por um aglomerado de células musculares
especializadas (MALK, 1996 apud WANDERLEY, 2005).

Outros elementos desse sistema são o nó atrioventricular (nó AV) e o


sistema de Purkinje, que formam o sistema de condução propriamente dito, pois
embora o impulso possa percorrer perfeitamente todas as fibras musculares,
este sistema transmite os impulsos elétricos com uma velocidade
aproximadamente 6 vezes maior do que o músculo cardíaco normal Note-se que,
na ausência de impulsos do nó sinusal (oscilador principal), o nó atrioventricular
continua oscilando, contudo a uma frequência menor (40 – 60 bpm); e na
ausência dos dois osciladores anteriores, o sistema de Purkinje também
22
funciona como um oscilador gerando impulsos rítmicos a uma frequência de 20
btm. No funcionamento normal, acontece um encarrilhamento de frequência
onde a frequência do nó sinusal é imposta aos outros dois osciladores
(WANDERLEY, 2005).
Segundo o autor, após a geração do impulso no nódulo sinusal, este gera
uma contração dos átrios e é transmitido pelas paredes do átrio direito, por feixes
de fibras especializadas chamadas vias in- ternodais, a uma velocidade ≈ 0,5
m/s até atingir o nódulo atrioventricular. O impulso elétrico é então retransmitido
para todo o coração pelo feixe de His e fibras de Purkinje, resultando em uma
contração dos ventrículos. A velocidade de condução no sistema de Purkinje é
de 1 a 4 m/s. Este retardo na transmissão do impulso nos átrios permite que os
átrios esvaziem todo o seu conteúdo nos ventrículos.
À medida que o impulso cardíaco se propaga pelos tecidos do coração,
correntes elétricas disseminam-se pelos tecidos adjacentes e uma pequena
proporção dessas correntes atingem a superfície do corpo. Para registrar esses
sinais, eletrodos são colocados em lados opostos do coração de modo a registrar
a diferença de potencial. Este sinal é conhecido como Eletrocar- diograma
(ECG). Um eletrocardiograma de uma pessoa saudável é apresentado na Figura
abaixo, composto por uma onda P, um complexo QRS e uma onda T. O
complexo QRS é formado por três ondas, a onda Q, a onda R e onda S
(WANDERLEY, 2005).
A onda P é conseqüência de correntes geradas pela despolarização dos
átrios antes da sua contração, e o complexo QRS é causado por correntes
geradas na despolarização dos ventrículos antes da contração, i.e., quando a
onda de despolarização se propaga através dos ventrículos. A onda T é
conseqüência da repolarização dos ventrículos.

23
Figura- À direita uma ilustração de um eletrocardiograma mostrando as ondas P, Q, R, S e T; e,
à esquerda, dados reais de um eletrocardiograma de uma pessoa sadia.

Um batimento cardíaco corresponde a uma contração, e a sucessão de


eventos entre dois batimentos cardíacos é chamado de ciclo cardíaco.
Usualmente o ciclo cardíaco é dividido da seguinte maneira:
• Contração isovolumétrica;
• Ejeção;
• Relaxação isovolumétrica;
• Enchimento.
As fases 1 e 2 determinam a sístole, as fases 3 e 4 a diástole. ilustra os
diferentes eventos do ciclo cardíaco. Cada ciclo é iniciado pela geração de um
potencial de ação (pulso elétrico) no nódulo sinoatrial.

24
Ciclo cardíaco

3.1 A circulação do sangue

A circulação sangüínea se divide em circulação sistêmica, também


chamada de grande circulação ou circulação periférica, pois distribui e coleta o
sangue na maioria dos órgãos com exceção do pulmão; e em circulação
pulmonar, responsável em levar sangue do ventrículo direito (pobre em O2) para
os pulmões e de volta para o átrio esquerdo (rico em O2) (WANDERLEY, 2005).
O leito vascular é classificado da seguinte maneira de acordo com autor:
• Artérias – vasos com paredes resistentes que transportam o sangue em
alta pressão;

25
• Arteríolas – últimas ramificações do sistema arterial. Possuem uma
parede forte e mecanismos de regulação capazes de contrair alterando
assim a luz do vaso;
• Esfíncteres pré-capilares – estruturas musculares que contornam os
capilares, permitindo sua abertura ou fechamento, constituído de fibras
musculares lisas;
• Capilares – redes delgadas e permeáveis, estabelecem a conexão entre
sistema arterial e venoso. É nos capilares que acontece a troca de O 2 –
CO2 e nutrientes;
• Vênulas – coletam o sangue do vaso; coalescem gradualmente em veias
progressivamente maiores;
• Veias – condutos para o transporte do sangue dos tecidos para o coração.
Ao contrário das artérias, a pressão nas veias é muito baixa. Atuam como
reservatório de sangue.
Ainda segundo autor, a fisiologia da circulação sanguínea humana pode
ser dividida em dois processos distintos, mas notavelmente harmonizados:
• O bombeamento de sangue pelo coração, e o transporte de sangue para
todos os tecidos do corpo por intermédio do leito vascular (ou vasos
sanguíneos).
• O sangue supre todos os tecidos do corpo com as substâncias
necessárias para a sobrevivência. É vital, pois, que o fornecimento do
sangue seja amplo para as demandas dos tecidos.

A Mecânica da Circulação

Examine-se, para um primeiro entendimento de como o sangue é


transportado ao longo do corpo, três fatores que influenciam o modo como o
sangue circula pelo sistema cardiovascular (WANDERLEY, 2005).
• Fluxo sanguíneo;
• Pressão Arterial;
26
• Resistência periférica.
De acordo com autor, usa-se aqui a expressão pressão sanguínea para
incluir ambos os casos, a circulação arte- rial e a venosa. As veias não têm
músculos, mas são atuadas por outros músculos do corpo, que as “espremem”,
provocando um peristaltismo que ajuda a impelir o sangue venoso. A
preocupação maior, naturalmente, é com a circulação arterial sistêmica. Neste
caso, fala-se de pressão arterial.
O fluxo sanguíneo é a quantidade de sangue que se move, que se
desloca, por uma área do corpo, ou por todo o sistema cardiovascular, num dado
período de tempo. Embora o fluxo total de sangue seja determinado pelo débito
cardíaco (a quantidade de sangue que o coração é capaz de bombear por
minuto, o fluxo de sangue para áreas específicas do corpo pode variar num dado
período de tempo. Os órgãos diferem quanto às suas necessidades, de um
momento para o outro, e os vasos sanguíneos podem sofrer ou não constrição,
por parte dos seus diversos mecanismos de controle, no intuito de regular o fluxo
sanguíneo local para as diversas áreas, em resposta às necessidades imediatas
dos tecidos. O fluxo sanguíneo pode, consequentemente, aumentar em algumas
regiões e diminuir em outras regiões, simultaneamente (WANDERLEY, 2005).
A pressão sanguínea é a força que o sangue exerce contra a parede de
um vaso sanguíneo, dividida pela área deste. Segundo Wanderley (2005) devido
à atividade cardíaca, a pressão é maior no trecho, de qualquer artéria, que fica
do lado do coração. Por um curto espaço de tempo, no final da sístole, há uma
inversão. E, no período diastólico, o sangue arterial vai da artéria aorta para as
coronárias; portanto, se aproximando do coração. Por causa do efeito da
resistência periférica, que será discutida logo a seguir, a pressão dentro das
artérias, ou de qualquer vaso sanguíneo, à medida que cresce a distância (em
termos do comprimento do vaso; a integral de linha ao longo do vaso) do
coração. Este gradiente de pressão faz com que o sangue se mova a partir do
coração e então retorne a este, sempre se movendo de áreas de alta pressão
para áreas de baixa pressão. A resistência periférica é a oposição ao fluxo

27
sanguíneo resultante do atrito que se desenvolve à medida que o sangue passa,
numa corrente, pelos vasos sanguíneos. Três fatores afetam a resistência dos
vasos:
• A viscosidade do sangue;
• O raio do vaso;
• O comprimento do vaso.

A viscosidade do sangue é uma medida da sua “espessura” e é


causada pela presença de proteína e elementos do plasma (a parte
fluida do sangue). À medida que a viscosidade de um fluido cresce,
sua velocidade de fluxo na passagem por um tubo decresce. A
viscosidade do sangue em pessoas saudáveis, hígidas, normalmente
não se altera, mas certas condições, como, por exemplo, células
sanguíneas demais ou de menos, pode modificá-la (GUYTON, 1981
apud WANDERLEY, 2005).

O controle do raio do vaso sanguíneo é o método principal para o controle


do fluxo sanguíneo. Isto é realizado contraindo-se ou relaxando o músculo liso
dentro das paredes dos vasos. Para se perceber melhor porque o raio tem um
efeito tão pronunciado no fluxo sanguíneo, há que se explorar a relação física
entre o sangue e a parede do vaso. Em contato direto com a parede do vaso, o
sangue flui relativamente devagar por causa do atrito entre ele e o revestimento
interno do vaso. O fluido no centro do vaso (ao redor do eixo), em contraste, flui
mais livremente, pois não está “se esfregando” na parede. Quando se contrasta
vasos de raio grande com vasos de raio pequeno, vê-se que, proporcionalmente,
mais sangue está em contato com a parede nos vasos de raio menor, e portanto
o fluxo sanguíneo é notadamente “freiado” nos vasos de raio pequeno
(WANDERLEY, 2005).
Ainda segundo o autor citado, o fluxo de um fluido ao longo de um tubo
cilíndrico pode ser laminar ou turbulento. O primeiro é caracterizado por um perfil
longitudinal de velocidade que exibe uma frente de onda parabólica suave. O
fluxo no centro do tubo, ao longo do seu eixo, tem a maior velo- cidade e o fluido
em contato com as paredes, teoricamente, não se move. O fluxo turbulento é
caracterizado por um movimento desorganizado em muitas direções,

28
apresentando muitos redemoinhos. A frente de onda torna-se um plano (fica
“quadrada”). Um parâmetro adimensional, chamado número de Reynolds (Re),
prediz se o fluxo, por um tubo cilíndrico, será laminar ou turbulento. Ele é dado
por:

Onde:
• velocidade média do fluido (cm/s, por exemplo);
• d – diâmetro do tubo (cm);
• ρ – densidade do fluido (g/cm3);
• η – viscosidade do fluido (Poise).

Sabe-se que se Re exceder 200, o fluxo turbulento começa em pontos em


que ocorrem bifurcações nos tubos. Se Re exceder 2000, o fluxo será turbulento,
mesmo em tubos suaves e retos.
A viscosidade do sangue é geralmente cerca de 0,03 Poise e a sua
densidade é de cerca de 1,05. A velocidade média na aorta é cerca de 0, 3 m/s;
a velocidade média em um vaso capilar é cerca de 10−3 m/s (1 mm/s). No
sistema circulatório humano normal, os sítios primários em que ocorrem os fluxos
turbulentos são o arco da aorta e a artéria pulmonar (GUYTON, 2006).

Durante a rápida ejeção do sangue pelos ventrículos, a alta velocidade


dele e o aumento transitório no diâmetro desses vasos contribuem para
o aumento de Re em vários milhares de unidades, provocando assim
um fluxo turbulento. Nas grandes artérias, Re normalmente alcança
várias centenas de unidades em ramos principais, levando a algumas
turbulências nestes ramos também. Certas condições
cardiovasculares podem produzir fluxos turbulentos, os quais, por sua
vez, aumentam o trabalho exigido e os gastos energéticos do coração
(GUYTON, 1981 apud WANDERLEY, 2005).

Segundo o autor citado acima, a viscosidade representa a resistência ao


fluxo devida ao atrito interno do fluido. Fluidos ditos newtonianos permanecem
29
não afetados pela taxa de fluxo, enquanto os fluidos não newtonianos exibem
uma viscosidade que é uma função das condições de fluxo. Visto que o sangue
é, sob o ponto de vista mecânico, essencialmente uma suspensão de partículas
(células sanguíneas) em um líquido aquoso (plasma), a viscosidade dele
depende de vários fatores, a saber:
• À medida que o fluxo decresce, a viscosidade cresce (isto é, o sangue é
um fluido não newtoniano);
• À medida que os hematócritos (percentual do volume sanguíneo
composto de células vermelhas) crescem, a viscosidade aumenta;
• Quando o sangue atinge arteríolas de cerca de 1 mm de diâmetro, as
células sanguíneas, que têm a forma de lentilhas, parecem alinhar-se ao
longo da direção do fluxo laminar, reduzindo, por conseguinte, a
viscosidade;
• Nos capilares, as células sanguíneas se espremem numa fila única,
indiana, aumentando assim a viscosidade aparente.
Embora o comprimento do vaso não mude, em geral, numa pessoa
saudável, qualquer aumento no seu comprimento provoca um correspondente
decrescimento no fluxo. Este efeito é causado principalmente pelo atrito entre o
sangue e a parede do vaso. Dados, por conseguinte, dois vasos de mesmo
diâmetro, o vaso mais comprido terá uma resistência maior e, portanto, ceteris
paribus, um fluxo de sangue reduzido (GUYTON, 2006).

3.2 A dinâmica da pressão nas artérias

Como o coração é uma bomba pulsátil, o sangue entra nas artérias de


forma intermitente, a cada batimento cardíaco, produzindo pulsos de pressão no
sistema arterial.

A pressão máxima atingida durante um ciclo é chamada de pressão


sistólica (Ps); seu valor está em torno de 120 mm Hg; a pressão mínima
é chamada de pressão diastólica (Pd); cerca de 80 mm Hg. A diferença
entre estas duas pressões é chamada de pressão de pulso (Pp). A
30
Figura mostra três ciclos da pressão arterial de uma mulher de 27 anos
de idade e índice de massa corpórea (VADE MECUM, 2004 apud
WANDERLEY, 2005).

3.3 Controle do sistema cardiovascular pelo SNA

Sistema nervoso autônomo

O sistema nervoso autônomo, chamado também vegetativo, é a parte do


sistema nervoso responsável pela regulação das funções internas do organismo:
cardiovascular, pulmonar, renal, digestiva, entre outras, para garantir a
homeostase, um ritmo de base harmoniosa e para permitir uma adaptação do
organismo a toda mudança deste ritmo de base. Esta regulação ocorre
independente de toda vida consciente.

O sistema nervoso autônomo possui dois ramos: um ramo chamado


parassimpático ou vagal, cujo mediador químico terminal é a
acetilcolina e um outro ramo chamado simpático cujo mediador químico
terminal é a noradrenalina (VERMEIREN, 1996 apud WANDERLEY,
2005).

A transmissão do influxo nervoso no ramo simpático é mais lenta que no


ramo parassimpático. Estes dois ramos possuem efeitos antagonistas, em geral,
nos sistemas em que atuam; sobre o ritmo cardíaco, nitidamente, o
31
parassimpático possui um efeito moderador enquanto que o simpático possui um
efeito acelerador. No que concerne ao sistema cardiovascular, o objetivo do
sistema nervoso autônomo é manter em todas as partes do corpo uma pressão
adequada para a oxigenação dos tecidos (WANDERLEY, 2005).
O sistema nervoso autônomo age, fundamentalmente, em duas partes do
sistema cardiovascular para regular a pressão: no coração e nos vasos.

O controle nervoso do coração

O sistema nervoso autônomo controla o automatismo cardíaco pelo


intermédio do balanço simpático-parassimpático permitindo ao coração modular
o seu ritmo.
De acordo com autor citado, embora o coração possua seus próprios
sistemas intrínsecos de controle (e.g., Lei de Starling) a eficácia da ação
cardíaca só é alcançada mediante os impulsos reguladores do sistema nervoso
central, por intermédio do SNA simpático e vagal. A estimulação dos nervos
paras- simpáticos causa os seguintes efeitos sobre o coração:
• diminuição da frequência dos batimentos cardíacos (efeito cronotrópico
negativo);
• diminuição na velocidade de condução dos impulsos por intermédio do
nódulo AV (atrioventricular), aumentando o período de retardo entre a
contração atrial e a ventricular (efeito dromotrópico negativo);
• diminuição da força de contração do músculo atrial (efeito inotrópico
negativo).
A estimulação dos nervos simpáticos apresenta efeitos opostos sobre o
coração:
• aumento da frequência cardíaca (efeito cronotrópico positivo);
• aumento na velocidade de condução dos impulsos por intermédio do
nódulo AV (átrio- ventricular), aumentando o período de retardo entre a
contração atrial e a ventricular (efeito dromotrópico positivo);
32
• aumento da força de contração (efeito inotrópico positivo);
• aumento do fluxo sanguíneo através dos vasos coronários visando a
suprir o aumento da nutrição do músculo cardíaco.
Todos esses efeitos podem ser resumidos, dizendo-se que a estimulação
vagal diminui as atividades do coração, enquanto a simpática aumenta a
atividade cardíaca como bomba, algumas vezes aumentando a capacidade de
bombear sangue em até 100%. Note-se que uma estimulação simpática é
sempre acompanhada de uma inibição vagal, e vice-versa (WANDERLEY,
2005).

O controle nervoso do leito arterial

Nos vasos, o efeito mais importante do sistema nervoso autônomo é a


vasoconstrição (ativa) pelo ramo simpático. Alterando o diâmetro e a rigidez dos
vasos (principalmente nas arteríolas), o sistema nervoso autônomo aumenta a
pressão arterial; reciprocamente, uma inibição simpática provoca um
relaxamento (vasodilatação passiva) dos vasos (GUYTON, 1981).

A maior parte dos vasos está, no repouso, em um estado de tensão


média, este nível de tensão é chamado de tônus muscular. A
desenervação provoca uma dilatação parcial dos vasos (MONTI, 2002
apud WANDERLEY, 2005).

O barorreflexo

A malha do baroreceptor é um mecanismo de realimentação do SCV que


usa o SNA para ajustar a atividade cardíaca e a pressão venosa de maneira a
manter a pressão arterial em determinado nível.

O mecanismo neural mais importante para o controle do débito


cardíaco é o reflexo barorreceptor ou barorreflexo. Este reflexo é
iniciado por receptores de pressão, chamados pressorreceptores ou
barorreceptores; os principais estão localizados nas paredes dos seios
carotídeos e no arco da aorta. Uma elevação da pressão arterial é
33
detectada e provoca um aumento na frequência de pulsos gerados pelo
baroreceptor para o sistema nervoso central. Um sinal é então
realimentado através do SNA para o SCV, permitindo a regulação da
pressão arterial (KEENER, 1998 apud WANDERLEY, 2005).

Segundo autor citado, o barorreflexo, por exemplo, ocorre quando uma


pessoa se levanta após passar um tempo deitado. Imediatamente ao levantar-
se, a pressão arterial na parte superior do corpo diminui, devido ao efeito da
gravidade, podendo provocar tontura ou perda de consciência. A diminuição da
pressão arterial nos barorreceptores provoca um reflexo imediato, resultando
uma forte estimulação do SNA simpático, minimizando a queda de pressão.
A parte mais importante do SNA para o controle da circulação é o SNA
simpático, o qual possui enervação em quase todos os vasos sanguíneos, com
exceção dos capilares. Os efeitos principais de uma estimulação do simpático
são segundo Wanderley, 2005:
• a contração de pequenas artérias e arteríolas (pela estimulação dos
músculos que as circundam) para aumentar a resistência ao fluxo
sanguíneo e, portanto, diminuir o fluxo nos tecidos;
• constrição das veias, diminuindo a quantidade de sangue no sistema
venoso; e
• estimulação do músculo cardíaco, aumentado o ritmo cardíaco e a força
de contração (e, portanto, o volume de ejeção).
O efeito dos barorreceptores é aumentar a estimulação simpática e
diminuir a parassimpática quando face a uma diminuição da pressão arterial. Um
diagrama em blocos representando o barorreflexo é apresentado na figura de
acordo com Wanderley, 2005.

34
4 SISTEMA RESPIRATORIO

35
Fonte: drigornery.com

O sistema respiratório é constituído por todos os órgãos que participam


na ventilação e troca de O2 e CO2 entre o sangue e o ar. Estes órgãos são o
nariz e fossas nasais, faringe e laringe, traqueia, brônquios e pulmões.
Participam ainda o tórax ósseo, musculatura respiratória e pleura (CARDOSO,
2018).

As cavidades nasais e os seios nasais são forrados de epitélio colunar


ciliado com funções de filtrar, humedecer e aquecer o ar. A abertura
entre a cavidade nasal e a faringe dá-se o nome de coana
(MONTANARI, 2016 apud BATALHA, 2018).

Permite o transporte do O2 para o sangue, a fim de ser distribuído para as


células, e a retirada do CO2, dejeto do metabolismo celular, do sangue para o
exterior. Ele está envolvido na fala e nele ocorre ainda o olfato e, implicado com
este, a percepção de sabores mais apurados (LOWE, 2015).
Ainda o sistema pode ser dividido em uma porção condutora, que conduz
o ar para os locais onde se dão as trocas gasosas, e uma porção respiratória,
onde ocorre a troca de gases entre o ar e o sangue. A porção condutora é
formada por: cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos
e bronquíolos terminais. A porção respiratória consiste em: bronquíolos
respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolo (CARDOSO, 2018).

36
4.1 Cavidade nasal

Fonte: HASSAN, 2009

A cavidade nasal é dividida em metades simétricas pelo septo nasal. Ela


contém o vestíbulo, a área olfatória e a área respiratória. O vestíbulo
corresponde ao segmento inicial da cavidade nasal (1,5cm), situado na parte
externa do nariz e comunica-se com o exterior através das narinas. Seu epitélio
é estratificado pavimentoso, sendo queratinizado na porção anterior, contínua à
epiderme da face. A presença de pelos (vibrissas) e a secreção de glândulas
sebáceas protege contra a entrada de poeira. A cartilagem hialina dá
sustentação (GARTNER, 2007).
No teto da cavidade nasal e na parte superior das paredes laterais e do
septo nasal, há a área olfatória. O epitélio é pseudoestratificado colunar,
constituído pelas células olfatórias, células de sustentação, células em escova e
células basais. As células olfatórias são neurônios bipolares, com o dendrito

37
voltado para a superfície e o axônio penetrando o tecido conjuntivo e dirigindo-
se para o sistema nervoso central. Os axônios das células olfatórias formam o
nervo olfatório (nervo craniano I). As células de sustentação são colunares e com
microvilos. Além do suporte físico, secretam proteínas de ligação aos odorantes.
As células em escova são também colunares e com microvilos, mas a superfície
basal está em contato sináptico com fibras nervosas do nervo trigêmeo (nervo
craniano V). Elas parecem estar envolvidas na transdução da sensação geral da
mucosa. As células basais são pequenas e arredondadas. São células-tronco e
originam as células olfatórias e as células de sustentação (LOWE, 2015).
A secreção serosa das glândulas ofatórias (ou de Bowman) dissolve as
substâncias odoríferas para permitir sua percepção pelas células olfatórias;
contém IgA, lactoferrina, lisozima e proteínas de ligação a odorantes, e, pelo
fluxo contínuo, remove os compostos que estimularam o olfato, mantendo os
receptores aptos para novos estímulos (CARDOSO, 2018).

A maior parte da cavidade nasal é a área respiratória e é assim


denominada porque o seu epitélio é típico do sistema respiratório, ou
seja, pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes. O
muco secretado pelas células caliciformes aprisiona as partículas
inaladas e é deslocado pelo batimento dos cílios para a faringe, onde
é deglutido ou expectorado (JUNQUEIRA, 2013 apud MONTANARI,
2016).
A área superficial é aumentada pelas conchas nasais e pelos seios
paranasais. As conchas nasais (superior, média e inferior) são projeções ósseas
das paredes laterais da cavidade nasal, e os seios paranasais são cavidades
nos ossos da face que se comunicam com a cavidade nasal por uma série de
orifícios. Ambas estruturas são revestidas pelo epitélio do tipo respiratório, ou
seja, pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes (MONTANARI,
2016).

38
Fonte: co.pinterest.com

De acordo com autor citado, o muco dos seios paranasais é drenado para
a cavidade nasal pela atividade ciliar. O tecido conjuntivo da cavidade nasal e
dos seios paranasais é ricamente vascularizado, permitindo a umidificação e o
aquecimento do ar. Possui glândulas seromucosas, cuja secreção serosa
contribui para a umidificação e contém enzimas, como a amilase ou a lisozima,
e a secreção mucosa suplementa aquela das células caliciformes para capturar
o material inalado. Na lâmina própria da cavidade nasal, há muitas células de
defesa, sendo os eosinófilos abundantes nas pessoas com rinite alérgica.
A lâmina própria da cavidade nasal adere-se ao pericôndrio ou ao
periósteo subjacente. As paredes cartilaginosas e ósseas proporcionam rigidez
durante a inspiração (MONTANARI, 2016).

39
4.2 Faringe

A faringe é um canal comum ao sistema digestivo e respiratório que se


divide em três regiões anatómicas: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe.
Posterior à cavidade nasal, há a nasofaringe, cujo epitélio é
pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes. Sob este, há a
tonsila faríngea. As células do tecido linfoide examinam antígenos inalados e
desencadeiam a resposta imunológica. O ar também passa pela orofaringe, que,
pelo atrito do alimento, é revestida por epitélio estratificado pavimentoso
(MONTANARI, 2016).

4.3 Laringe

A laringe vai da 3ª até à 6ª vértebra cervical sendo sustentada pelas


cartilagens da tireóide e cricóide. A cartilagem tireóide (pomo de adão) são duas
lâminas que são fundidas na linha mediana e a cartilagem cricóide forma o único
anel completo de cartilagem (BATALHA, 2018).
O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais,
capazes de produzir sons durante a passagem de ar (MONTANARI, 2016).
É um tubo com cerca de 4cm de diâmetro e 4 a 5cm de comprimento, que
impede a entrada de alimentos e líquido para o sistema respiratório e permite a
produção de sons. Seu epitélio é pseudoestratificado colunar ciliado com células
caliciformes e, na superfície lingual e na metade superior da superfície laríngea
da epiglote, que fazem contato com o bolo alimentar na sua passagem para o
esôfago, e nas pregas vocais, que sofrem o atrito da corrente do ar durante a
fala, é estratificado pavimentoso. A lâmina própria da laringe, exceto nas pregas
vocais, contém glândulas seromucosas. Subjacente há peças de cartilagem
hialina (tireoide, cricoide e parte inferior das aritenoides) e de cartilagem elástica
(epiglote, parte superior das aritenoides e cartilagens corniculadas e
cuneiformes) (LOPES, 2010).

40
As cartilagens mantêm a laringe aberta, permitindo a passagem do ar
e, em virtude da ação dos músculos intrínsecos e extrínsecos da
laringe, de músculo estriado esquelético, podem se mover, impedindo
a entrada de alimento durante a deglutição. O músculo estriado
esquelético: o músculo vocal, que se liga aos músculos intrínsecos da
laringe. E há ainda, entre o epitélio e o músculo vocal, o ligamento
vocal, de tecido elástico, contribuindo para a sua ação MONTANARI,
2016 apud BATALHA, 2018).

4.4 Traqueia

Fonte: HASSAN, 2009

A traquéia estende-se da cartilagem cricóide (C6) até o ângulo esternal


(T5) onde os brônquios se bifurcam (carina) sendo formada por 16 a 20 peças
de cartilagem em forma de C, o círculo é completado por músculo liso
involuntário e as cartilagens unidas por tecido fibroelástico. A traquéia tem uma
localização medianamente e anterior ao esófago, e apenas na sua terminação,
se desvia para a direita. Internamente é forrada por mucosa, onde abundam
glândulas, e o epitélio é ciliado, facilitando a expulsão de mucosidades e corpos
estranhos (MONTANARI, 2016).
41
De acordo com autor citado a árvore brônquica é constituída por dois
pulmões (direito e esquerdo) envolvidos por uma membrana serosa denominada
pleura. A pleura é uma membrana serosa fina e transparente composta por duas
camadas que reveste os pulmões (pleura visceral) e o interior da parede torácica
(pleura parietal). Entre estas duas membranas (espaço pleural) existe uma
pequena quantidade de líquido que permite o deslizamento de uma sobre a outra
em cada movimento respiratório. A acumulação de ar ou líquido em excesso
neste espaço provoca um quadro clínico denominado pneumotórax (acumulação
de ar) ou derrame pleural (acumulação de liquido). A inflamação da pleura
denomina-se pleurite.
O pulmão direito tem um lobo superior, um lobo médio e um lobo inferior.
O pulmão esquerdo tem um lobo superior e um lobo inferior.
Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células
epiteliais achatadas recobertas por capilares sanguíneos, denominados
alvéolos, cuja função é a hematose. O ar pode entrar diretamente nos alvéolos
ou indiretamente através dos poros de Kohn e Lambert. Nesta última situação
diz-se que estamos perante uma ventilação colateral ou fluxo aéreo colateral.
O suprimento sanguíneo deriva da artéria aorta, através das artérias pulmonares
e o nervoso é feito pelo sistema nervoso autônomo - SNA (MONTANARI, 2016).

A base de cada pulmão apoia-se no diafragma que é um órgão


músculo-membranoso que separa o tórax do abdômen. Juntamente
com os músculos intercostais controla os movimentos respiratórios
(MONTANARI, 2016 apud BATALHA, 2018).

Constitui um tubo com 10 a 12cm de comprimento e 2 a 3cm de diâmetro.


É revestida por epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com células
caliciformes. O tecido conjuntivo subjacente é ricamente vascularizado, o que
umidifica e aquece o ar. Tem glândulas mucosas e seromucosas, e a secreção
das células caliciformes e das glândulas forma um tubo mucoso, que é deslocado
em direção à faringe pelo batimento ciliar, retirando as partículas inspiradas. Os

42
cílios não alcançam a camada de muco, porque interposto entre eles há o fluido
seroso (MONTANARI, 2016).
Segundo Montanari (2016) a traqueia apresenta 16 a 20 peças de
cartilagem hialina em C, com as extremidades unidas por músculo liso. Os anéis
cartilaginosos evitam o colapso da parede. A contração do músculo diminui a luz,
aumentando a velocidade do fluxo de ar, o que é importante para expulsar
partículas estranhas no reflexo da tosse.
A traqueia é envolvida pela adventícia: tecido conjuntivo frouxo, rico em
células adiposas, comum aos órgãos vizinhos, como o esôfago e a tireoide.

4.5 Brônquios

De acordo com autor citado, a traqueia bifurca-se nos brônquios primários


(ou principais), que, ao entrarem nos pulmões, ramificam-se em três brônquios
secundários (ou lobares) no pulmão direito e dois no esquerdo: um para cada
lobo pulmonar. Eles se ramificam nos brônquios terciários (ou segmentares): 10
deles no pulmão direito e oito no pulmão esquerdo.

O epitélio é pseudoestratificado colunar ciliado com células


caliciformes. No tecido conjuntivo subjacente, há glândulas
seromucosas, e as células de defesa podem se acumular em nódulos
linfáticos. Nos brônquios extrapulmonares, assim como na traqueia, a
cartilagem hialina é em forma de C, e o músculo liso está localizado
posteriormente, entre as extremidades da cartilagem. Nos brônquios
intrapulmonares, a cartilagem é irregular, o que faz com que, no corte
histológico, sejam visualizados pedaços de cartilagem, e o músculo liso
está disposto internamente à cartilagem (MONTANARI, 2016 apud
BATALHA, 2018).

Ainda de acordo com autor, além de transportar o ar, a árvore brônquica


aquece-o pela presença de vasos sanguíneos na sua proximidade, umidifica-o
pela secreção serosa das glândulas e limpa-no através do muco das células
caliciformes e das glândulas e o movimento dos cílios.

43
4.6 Bronquíolos

A ramificação dos brônquios terciários resulta nos bronquíolos (primários).


Cada bronquíolo ramificase geralmente em cinco a sete bronquíolos terminais.
Cada um destes origina, por sua vez, dois bronquíolos respiratórios. Distalmente
há uma simplificação das estruturas constituintes, uma diminuição da altura do
epitélio e uma redução no tamanho da luz (MONTANARI, 2016).
Os bronquíolos têm menos do que 1mm de diâmetro. O epitélio é simples
colunar ou cúbico ciliado e com células caliciformes ocasionais. Não há
glândulas, nem cartilagem, mas o músculo liso é espesso. Os bronquíolos
terminais têm diâmetro menor de 0,5mm. São de epitélio simples cúbico ciliado,
com células de Clara. Essas células não são ciliadas; possuem retículo
endoplasmático rugoso, retículo endoplasmáticlo liso e mitocôndrias em
abundância, e exibem um ápice em forma de cúpula, com grânulos de secreção.
Produzem um agente tensoativo lipoproteico, que reduz a tensão superficial dos
bronquíolos, evitando o seu colabamento. Os bronquíolos terminais apresentam
uma delgada camada de tecido conjuntivo com fibras elásticas e uma a duas
camadas de células musculares lisas. Nos bronquíolos respiratórios, o epitélio é
simples cúbico ciliado, com células de clara, interrompido por células
pavimentosas, que correspondem aos alvéolos e permitem as trocas gasosas
(MONTANARI, 2016).

O epitélio é circundado por tecido conjuntivo e músculo liso. Nos


pulmões, o sangue oxigenado e com nutrientes entra com as artérias
brônquicas, ramos da aorta torácica, e o sangue a ser oxigenado,
trazido do ventrículo direito, entra com as artérias pulmonares. Elas se
ramificam, acompanhando a árvore brônquica e originam capilares
brônquicos fenestrados e capilares pulmonares contínuos no nível dos
bronquíolos respiratórios, onde se anastomosam (MONTANARI, 2016
apud BATALHA, 2018).

De acordo com autor citado, o sangue na rede capilar da porção


respiratória tornase oxigenado. Os capilares confluem em vênulas e veias
pulmonares, as quais levam o sangue oxigenado para o átrio esquerdo a fim de

44
ser distribuído para os tecidos. Da sua origem no anel da valva pulmonar até a
junção brônquica/bronquiolar, a artéria pulmonar é uma artéria elástica.
Acompanhando os bronquíolos, o bronquíolo terminal e o bronquíolo respiratório,
a artéria pulmonar é uma artéria muscular.

4.7 Ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos

Cada bronquíolo respiratório ramifica-se em dois a dez ductos


alveolares. Eles são condutos constituídos por alvéolos, portanto, de
epitélio simples pavimentoso, circundados por fibras reticulares e
elásticas e por células musculares lisas. O músculo liso termina nos
ductos alveolares. Cada ducto alveolar desemboca em dois ou três
sacos alveolares, também de alvéolos (GARTNER, 2007 apud
MONTARI, 2016).

O alvéolo é um espaço delimitado por epitélio simples pavimentoso,


formado pelos pneumócitos do tipo I e do tipo II. Os pneumócitos do tipo I são
células pavimentosas, cuja pequena espessura facilita a difusão do O2 para o
sangue. Estão unidas por junções de oclusão, o que evita a passagem de fluido
extracelular para a luz do alvéolo. Os pneumócitos do tipo II são células cúbicas,
com núcleo esférico e citoplasma vacuolizado ao microscópio de luz, devido à
presença de corpos lamelares com o surfactante pulmonar, um complexo
lipoproteico (fosfolipídios, glicosaminoglicanos e proteínas), que é exocitado da
célula e recobre a superfície dos alvéolos, diminuindo a tensão superficial, o que
facilita a expansão na inspiração e evita o seu colabamento na expiração
(MONTANARI, 2016).
Ainda de acordo com o autor, os pneumócitos do tipo II são capazes de
se dividir e de se diferenciar em pneumócitos do tipo I, o que é importante para
recuperar o parênquima pulmonar em caso de dano. A região formada pelos
pneumócitos de dois alvéolos adjacentes com o delgado tecido conjuntivo
interposto é o septo interalveolar. No tecido conjuntivo, são encontrados
fibroblastos, macrófagos, mastócitos, fibras reticulares e elásticas, substância
fundamental e capilares.

45
As fibras reticulares dão sustentação ao parênquima pulmonar, e as fibras
elásticas permitem a expansão dos pulmões durante a inspiração e, com a sua
retração, ajudam a expelir o ar dos alvéolos (GARTNER, 2007).

As trocas gasosas ocorrem nos locais onde o septo interalveolar é


bastante estreito (menos de 2µm de largura), restrito aos pneumócitos
do tipo I e o capilar, os quais estão tão próximos que as suas lâminas
basais se fundem. O O2 presente no alvéolo difunde-se para o sangue,
atravessando o pneumócito do tipo I e a sua lâmina basal e a lâmina
basal e o endotélio do capilar (barreira hematoaérea). No sangue, o O2
liga-se à hemoglobina do eritrócito. O CO2 presente no sangue pode
ser eliminado do organismo fazendo o caminho inverso, e do alvéolo
será levado ao exterior pelas vias respiratórias (GARTNER, 2007 apud
MONTARI, 2016).

Segundo o autor, frequentemente os alvéolos comunicam-se por meio de


orifícios na parede alveolar: os poros alveolares. Eles devem equilibrar as
diferenças de pressão. Os macrófagos alveolares migram entre os pneumócitos
tipo I e entram na luz do alvéolo, onde fagocitam material particulado, bactérias
e o surfactante em excesso e secretam enzimas, como lisozima, colagenase,
elastase e hidrolases ácidas. Depois da fagocitose, os macrófagos aderem ao
muco e são empurrados pelos cílios para a faringe e são eliminados pela
deglutição ou expectoração; entram nos bronquíolos respiratórios e terminais,
onde passam para os vasos linfáticos e então para os linfonodos, ou podem
ainda retornar ao tecido conjuntivo do septo interalveolar e permanecer por toda
a vida no indivíduo.

4.8 FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATORIO

O sistema respiratório desempenha funções de acordo com Batalha (2018):


• trocas de gases entre a atmosfera e o sangue (hematose) - consiste num
processo em que o O2 inspirado sofre difusão ao nível dos alvéolos
passando para a corrente sanguínea e daí para os tecidos onde sofrerá
outra difusão. O CO2 eliminado no metabolismo celular sofre difusão ao

46
nível dos capilares e é transportado até os alvéolos onde sofre nova
difusão para ser eliminado para a atmosfera na expiração;
• regulação homeostática do pH corporal - os pulmões alteram o pH do
corpo retendo ou excretando seletivamente o CO2;
• proteção contra substâncias irritantes e patogénicas inaladas -o epitélio
respiratório prende e destrói substâncias potencialmente perigosas antes
que elas entrem no organismo;
• vocalização o movimento do ar ao longo das pregas vocais cria vibrações
usadas para falar;
• produção de surfactante - produzido nas células epiteliais ou pneumócitos
tipo II tem uma função de: redução da tensão superficial; fluidificação do
muco brônquico; opsonização de partículas inaladas; atividade
bactericida; facilitação da atividade ciliar.

A inspiração e a expiração são processos passivos do pulmão uma vez


que não se movimenta. A ação do diafragma, dos músculos
intercostais e expansibilidade da caixa torácica, garante a expansão do
pulmão graças à coesão entre pleura parietal (fixa na caixa torácica) e
a pleura visceral (fixa ao pulmão) (BATALHA, 2018 apud SILVA, 2018).

A respiração é um processo semiautomático com intervenção do sistema


nervoso central (SNC), mais concretamente o bulbo, que é sensível às variações
de pH do sangue controlando a amplitude e frequência respiratória e do
diafragma que é controlado pelo nervo frénico. O sistema de controlo respiratório
é um sistema de feedback negativo. O ramo aferente envia informação ao centro
de controlo sobre parâmetros funcionais que capta dos quimiorreceptores
carotídeos, aórticos, laríngeos (O2, CO2, pH, temperatura e outros).
O ramo eferente envia a informação do centro de controlo (bulbo) que
integra as informações, gera e mantém a respiração determinando a execução
da decisão (aumento ou diminuição do débito dos músculos respiratórios)
(BATALHA, 2018).

Os mecanismos de defesa do aparelho respiratório envolvem uma


série de fatores que atuam na remoção de partículas inaladas e micro-
47
organismos. A barreira mecânica é o primeiro mecanismo de defesa e,
junto com o sistema imunológico, atua com o objetivo de proteger os
pulmões contra as infecções (LOPES, 2010 apud BATALHA, 2018).

Segundo Batalha (2018) o sistema respiratório apresenta diversos


mecanismos de defesa:
• Reflexo de tosse;
• Cílios e aparelho mucociliar (secura das mucosas reduz movimentos
ciliares);
• Fecho da glote, interrupção da respiração, espasmo;
• Defesas mecânicas (filtração partículas, aquecimento e humidificação do
ar inspirado, não absorção de vapores e gases nocivos);
• Sistema imunológico (imunidade celular e humoral);
• Granulomas (ex. tuberculose).
Ainda de acordo com o autor, os reflexos laríngeos são extremamente
potentes na inibição da respiração nos recém-nascidos (RN). Podem constituir
um risco acrescido a aspiração nasal (iniciar sempre uma aspiração pela boca),
a estimulação dos quimiorreceptores laríngeos, a ausência de reflexo de tosse,
anemia e hipoglicemia. Acresce que RN e crianças pequenas diferem do adulto
nas suas respostas a estímulos como a hipoxemia, ao não manterem uma
hiperventilação por muito tempo (ventilação diminui bruscamente para valores
críticos) (BATALHA, 2018).
Considera-se apneia um período de pausa respiratória > 20 segs. ou por
um período mais curto, se a criança desenvolver cianose e palidez. Nos lactentes
comparativamente ao adulto o consumo de O2 por unidade de peso é maior e
apresenta menores volumes pulmonares e reservas de O2, pelo que pausas
respiratórias curtas podem ter repercussões negativas maiores.
Cerca de 75% do aquecimento e humidificação do ar inspirado é feito até à carina
(bifurcação da traqueia) e o restante nos brônquios. Partículas > 5μm
(micrómetro que é a milésima parte do milímetro) são retidas no nariz e só as <
1 μm atingem bronquíolos (BATALHA, 2018).

48
De acordo com autor citado, vários fatores podem comprometer as
defesas do sistema respiratório. As glândulas mucosas ocupam quase 1/3 da
espessura da parede da via aérea pelo que processos inflamatórios podem
comprometer a oxigenação.

A capacidade fagocitária dos macrófagos alveolares e o mecanismo


mucociliar podem ser comprometidos por fumo, hipoxemia, corticóides,
hiperóxia, e alguns anestésicos. A capacidade antibacteriana pode ser
comprometida por acidose, infecções virais (sarampo e influenza). A
limpeza mucociliar é comprometida por alterações da temperatura,
hipotiroidismo, morfina e codeína (PETTA, 2010 apud BATALHA,
2018).

4.9 Equilíbrio ácido-básico e controlo do pH do sangue

A acidose metabólica é a acidez excessiva do sangue caracterizada por


uma concentração anormalmente baixa de bicarbonato no sangue. A acidose
respiratória é a acidez excessiva do sangue causada por um acúmulo de CO 2 no
sangue em decorrência de uma má função pulmonar ou de uma respiração lenta
(BATALHA, 2018).
De acordo com autor citado, a respiração desempenha um importante
papel na regulação do equilíbrio ácido-básico do organismo. O CO2 é
transportado nos eritrócitos e plasma dissolvido em água de que resulta ácido
carbónico (H2CO3), ou seja, CO2+H2O → H2CO3. O H2CO3 decompõe-se em H+,
se ↑ H+ existe acidose, se ↓ H+ existe alcalose. O pH normal situa-se entre 7,35
- 7,45.
Em caso de hipoventilação (pneumonia, asma, depressão centro
respiratório, etc) instala-se acidose respiratória (pCO2↑ e pH ↓). Em caso de
hiperventilação (stress, ansiedade, etc.) instala-se alcalose respiratória (pCO2↓
e pH ↑). A pCO2 indica a componente respiratória do equilíbrio ácido-base que
numa situação de alcalose ou acidose respiratória está alterada, ao contrário da
acidose ou alcalose metabólica (BATALHA, 2018).

49
5 REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

ANDRADE J.M. Anatomia coronária com angiografia por tomografia


computadorizada multicorte. Radiol Bras. 2006;39(3):233–236.

BARROS A.L.B.L. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de


enfermagem no adulto. Porto Alegre: Artmed, 2003.

BATALHA L. M. C. Anatomofisiologia pediátrica (Manual de estudo –versão


1). Coimbra: ESENFC; 2018.

BRITTO, R.R., BRANT, T.C.S. e PARREIRA V.F.; Recursos Manuais e


Instrumentais em Fisioterapia Respiratória. Editora Manole, São Paulo, 2009.

CARDOSO, F. Anatomia e fisiologia do aparelho respiratório Teoria e exercícios


comentados- Curso EBSERH, 2018.

CARVALHO, C.R.C; FERREIRA, J C; COSTA, E L V. Ventilação Mecânica:


Princípios e Aplicações. 1ª ed. São Paulo: Atheneu, 2015.

CESAR L.A.M, TIMERMAN A. Manual de cardiologia. São Paulo: Editora


Atheneu, 2000.

COSTANZO, L.S. Fisiologia. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

CRESPO X, CURELL N, CURELL J. Atlas de Anatomia e saúde. Paraná:


Editora Bolsa Nacional do Livro, 2012.

DANGELO J.G, FATTINI C.A. Anatomia Humana Básica. Livraria Atheneu São
Paulo, 1988.

DÂNGELO, J.G.; FATTINI, C.A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar.

DETURK, W.; CAHALIN, L. P. Fisioterapia Cardiorrespiratória Baseada em


Evidências. Ed Artmed, 2007.

50
DUTRA, A. F. NICOLA, A. L. P. SOUSA, L. A. YAMAGUTI, S. T. F. SILVA, A.
P. L. Anatomia e fisiologia Cardiovascular. Cap. 1. 2018.
ELIS, H., LOGAN, B., DIXON, A. Anatomia Seccional Humana. São Paulo,

Elsevier; 2006.

FLECKENSTEIN, P.; TRANUM-JENSEN, J. Anatomia em diagnóstico por

GARTNER, L. P.; HIATT, J. L. Tratado de Histologia em cores. 3.ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2007. pp. 351-353.

GENESER, F. Histologia: com bases moleculares. 3.ed. Buenos Aires:


Médica Panamericana/ Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. p. 423.

Gray, Tratado de Anatomia Humana. 36ª Edição, Guanabara Koogan, 2000.

Guanabara Koogan, 2004.

GUYTON, A. T. Tratado de fisiologia médica, 6ª ed. Rio de Janeiro: Editora


Guanabara,1981.
GUYTON, A. Tratado de Fisiologia Médica. 11ed. São Paulo: Elsevier, 2006.

GUYTON, A.C.; Tratado de Fisiologia Médica - Unidade III: O Coração;


Unidade IV: A Circulação; VII: Respiração. Editora Guanabara Koogan, 11ª
edição, Rio de Janeiro, 2006.

GYTON AC; HALL J.E. Fisiologia humana e mecanismo das doenças. 6.ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.

HAM, A. W.; CORMACK, D. H. Histologia. 8.ed. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 1983. p. 683.

HASSAN, M. E. Fisiologia cardiorrespiratória. Especialização em Fisiologia do


Exercício –UFPR- 2009.

HERLIHY B, MAEBIUS N.K. Anatomia e fisiologia do corpo humano


saudável e enfermo. Barueri: Manole, 2002.

51
HOPPENSTEAD F. C. PESKIN; C. S. Mathematics in medicine and the life
sciences. New York: Springer-Verlag, 1992.

imagens. 2.ed. São Paulo: Manole, 2004.

J. MACKAY & G. MENSAH, EDS., The Atlas of Heart Disease and Stroke. World
Health Organization, 2004.

JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto e atlas. 12.ed. Rio


de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 337.

L. HEGENBERG, Explicações científicas: introdução à filosofia da ciência. São


Paulo, SP: Editora da Universidade de São Paulo, 1973.

LOPES, A.J. NORONHA, A.J. MAFORT, T.T. Mecanismos de defesa do


aparelho respiratório. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ. Ano
9, julho a dezembro de 2010.

LOWE, J. S.; ANDERSON, P. G. Stevens & Lowe´s Human Histology. 4.ed.


Philadelphia: Elsevier, Mosby, 2015. p. 166.

M. MALIK, J. T. BIGGER, A. J. CAMM, R. E. KLEIGER, A. MALLIANI, A. J. MOSS,


& P. J. Schwartz, Heart rate variability: standards of measurement,
physiological interpretation and clinical use, Circulation, v. 93, n. 5, p. 1043 –
1065, 1996.

MONTANARI, T. Histologia Texto, atlas e roteiro de aulas práticas. 3ªedição.


Porto Alegre, 2016.

MONTI, A. Modélisation et analyse des rythmes dans les systèmes


respiratoire et cardio- vasculaire, Tese, Université Paris xi, Paris, 2002.

MOORE, K.L., DALLEY, A.F. Anatomia orientada para a clínica. 5ª. Edição.

NETTER F.H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011.

NETTER, F. Atlas de Anatomia Humana. Editora Artmed. 2004.


52
NOBRE F, SERRANO JUNIOR C.V (Eds.). Tratado de Cardiologia SOCESP.
Barueri: Manole, 2005.

OVALLE, W. K.; NAHIRNEY, P. C. Netter Bases da Histologia. Rio de Janeiro:


Elsevier, 2008. p. 334.

PETTA, A. D. Patogenia do enfisema pulmonar – eventos celulares e


moleculares. Einstein (São Paulo) vol.8 no.2 São Paulo Abr/June 2010.

POSSO M.B.S. Semiologia e semiotécnica de enfermagem. São Paulo:


Editora Atheneu, 1999.

POTTER P, PERRY A. Fundamentos de enfermagem. 5.ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2005.

ROHEN, J. W. Y., YOKOCHI, C. Atlas Fotográfico de Anatomía Humana.

ROSS, M. H.; PAWLINA, W. Histologia: texto e atlas, em correlação com


Biologia celular e molecular. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
pp. 676-677, 690.

São Paulo: Manole,2000.

SILBERNAGL S, DESPOPOULOS A. Fisiologia: Texto e Atlas. 7.ed. Porto


Alegre: Editora Artmed, 2009. Palomo, JSH. Enfermagem em Cardiologia:
Cuidados Avançados. 1.ed. São Paulo: Editora Manole, 2007.

SILVA M.R. Fisiologia cardiovascular. São Paulo: Editora Atheneu, 2000.

SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana. 5ed. Porto Alegre: ArteMed, 2010.

SOBOTTA. Atlas de anatomia humana. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan,

SOROKIN, S. P. O sistema respiratório. In: WEISS, L.; GREEP, R. O.


Histologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1981. p. 645.

SPENCE, A. P. Anatomia Humana Básica. 2ed. São Paulo: Manole, 199l.

53
__________O apoio ao diagnóstico médico: o que se pode fazer com um
tensiômetro e um relógio. Recife: Vade Mecum, 2004.

Van de Graaff KM. Anatomia humana. 6a. ed. São Paulo: Manole, 2003.

VERONEZ, D. A. L. Abordagem morfofuncional do sistema cardiovascular.


Universidade Federal do Paraná.
WEIR, J.; ABRAHAMS, P.H. Atlas de Anatomia Humana em imagens. 2.ed.

WEST, J. B. Fisiologia Pulmonar - Princípios Básicos - Ed. Artmed. 8ª ed.


2013.

WEST, J. B. Fisiologia Respiratória - Princípios Básicos - Ed. Artmed. 9ª ed.


2013.

WOLF-HEIDEGGER, G. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Rio de Janeiro:

WOODS S.L, FROELICHER S.E.S, MOTZER S.U. Enfermagem em


cardiologia. 4.ed. Barueri: Manole, 2005.

54

Você também pode gostar