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Disciplina: Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Nervoso e Cardiorrespiratório

Unidade 3 : Sistema Cardiovascular e as Suas Relações

3.2 – Estrutura Anatômica,


Histológica e Fisiológica do Coração

Prof. Esp. Decio L. C. de Moraes Jr. 1


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1. ESTRUTURA ANATÔMICA, HISTOLÓGICA E FISIOLÓGICA DO
CORAÇÃO
O coração possui um tamanho de aproximadamente
12 cm de comprimento, 9 cm de largura e 6 cm de
espessura, com um peso médio 300 g nos homens e 250 g
nas mulheres. Está posicionado sobre o músculo
diafragma, próximo da linha mediana da cavidade torácica
no mediastino, com uma massa que se estende do esterno
até a coluna vertebral e entre as pleuras dos pulm.es e
cerca de 2/3 da massa do coração estão situados à
esquerda na linha mediana do corpo.
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2. PAREDE CARDÍACA (PERICÁRDIO, MIOCÁRDIO E ENDOCÁRDIO)

O pericárdio é a membrana que


envolve e protege o coração, limitando a
posição dele, mas, ao mesmo tempo,
possibilita uma liberdade ao coração
para movimentar-se suficientemente de
forma vigorosa e rápida. É dividido em
duas partes principais: pericárdio fibroso
e pericárdio seroso.

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O pericárdio fibroso é superficial, constituído de um tecido conjuntivo irregular,
resistente e inelástico, tendo como finalidade evitar o estiramento excessivo do
coração, além de fornecer a proteção e ancorar o coração no mediastino. Já o
pericárdio seroso é mais profundo e possui uma membrana mais delicada e fina, que
forma uma camada dupla em torno do coração, constituindo a lâmina parietal e a
lâmina visceral.
A parede do coração é formada por três camadas: epicárdio, miocárdio e
endocárdio.

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O pericárdio fibroso é superficial, constituído de um tecido conjuntivo irregular,
resistente e inelástico, tendo como finalidade evitar o estiramento excessivo do
coração, além de fornecer a proteção e ancorar o coração no mediastino. Já o
pericárdio seroso é mais profundo e possui uma membrana mais delicada e fina, que
forma uma camada dupla em torno do coração, constituindo a lâmina parietal e a
lâmina visceral.
A parede do coração é formada por três camadas: epicárdio, miocárdio e
endocárdio.
O epicárdio é uma camada mais externa, transparente e fina.

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O miocárdio é constituído de tecido muscular cardíaco, formando a massa principal do
coração, responsável pela função de bombeamento do coração, e a espessura do miocárdio
entre as quatro câmaras vai variar de acordo com a função.
Os átrios possuem paredes finas enquanto os ventrículos têm paredes mais espessas.
Apesar dos ventrículos direito e esquerdo atuarem como duas bombas separadas, que vão
simultaneamente ejetar volumes de sangue, o lado direito acaba apresentando uma menor
carga de trabalho comparado com o ventrículo esquerdo, que precisa bombear o sangue para
distâncias muito maiores, para outras partes do corpo e a resistência ao fluxo é maior ainda,
fazendo com que o ventrículo esquerdo trabalhe mais do que o direito para manter a mesma
intensidade de fluxo sanguíneo. A própria parede do ventrículo esquerdo é mais espessa do
que a do ventrículo direito.
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O endocárdio é composto por uma camada fina de endotélio sobreposta a uma
outra camada fina de tecido conjuntivo, constituído, então, por um revestimento liso
para as câmaras do coração e recobrindo as válvulas cardíacas.

3. CÂMARAS CARDÍACAS
O coração é constituído por quatro câmaras, sendo duas câmaras superiores,
chamadas de átrios, e duas câmaras inferiores, chamadas de ventrículos. Ele atua
como uma bomba, sendo dividido em duas partes distintas: o coração direito, que
bombeia o sangue para os pulmões, e o coração esquerdo, que bombeia o sangue
para os órgãos periféricos. Cada uma dessas partes é uma bomba pulsátil, dividida
por duas câmaras compostas por um átrio e um ventrículo. 9
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A principal função do ventrículo é a
de bomba, enquanto o átrio possui uma
função secundária de bomba, sendo a sua
principal função servir como um
reservatório de sangue.

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4. VALVAS E RUÍDOS CARDÍACOS

As valvas possuem a função de controlar o fluxo, permitindo que o sangue flua ou


não pare a circulação. Quando estão abertas, é devido a um gradiente de pressão ou
diferença de pressão que força o sangue para frente, e quando estão fechadas é
porque existe um gradiente de pressão ou diferença de pressão que força o sangue
para trás. Nesse momento, as valvas são fechadas para que não exista o refluxo de
sangue, uma condição que é considerada patológica, indicando uma insuficiência
cardíaca.

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As valvas atrioventriculares impedem o refluxo de sangue dos ventrículos para os
átrios, sendo duas (tricúspide e mitral). A valva mitral está situada entre o átrio
esquerdo e o ventrículo esquerdo e a valva tricúspede está situada entre o átrio
direito e ventrículo direito.
As valvas semilunares impedem o refluxo de sangue das artérias para os
ventrículos; também são duas (aórtica e pulmonar). A valva aórtica está situada entre
a artéria aorta e o ventrículo esquerdo. Já a valva pulmonar está situada entre a
artéria pulmonar e o ventrículo direito.

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Existem diferenças entre as valvas atrioventriculares e as valvas semilunares,
devido às grandes press.es nas artérias, ao final da sístole, forçando as valvas
semilunares a se fecharem mais suavemente, em comparação com o fechamento das
valvas atrioventriculares, devido à sua menor abertura. A velocidade de ejeção do
sangue pelas valvas aórtica e pulmonar é bem maior do que pelas valvas
atrioventriculares, muito maiores.
Portanto, em função do fechamento súbito e da rápida ejeção, as bordas das
valvas semilunares estão sujeitas a um desgaste mecânico muito maior do que as
valvas atrioventriculares, que também são sustentadas por cordas tendíneas.

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A abertura das valvas não é audível, não produzindo nenhum ruído, ao contrário de seu
fechamento, quando as diferenças de pressão produzem um ruído que é propagado do tórax
em várias direções.
No início da contração ventricular, o som auscultado está relacionado com o fechamento
das valvas atrioventriculares, mantendo-se por período relativamente longo, correspondendo
à primeira bulha cardíaca. Quando as valvas semilunares fecham-se, produzem um ruído
relativamente rápido, correspondendo à segunda bulha cardíaca.
Existe ainda um ruído que pode estar presente durante a contração atrial, devido ao
grande volume de sangue que está fluindo para os ventrículos que já estão quase cheios,
correspondendo, então, à terceira bulha cardíaca.

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5. CIRCULAÇÃO SISTÊMICA

A circulação sistêmica ou grande


circulação é constituída pelo sangue que
entra pelo coração através da veia
pulmonar – átrio esquerdo – valva mitral
– ventrículo esquerdo – valva aórtica –
artéria aorta. Esse sangue é ricamente
oxigenado e será ejetado sob alta pressão
pela artéria aorta para toda a circulação.

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6. CIRCULAÇÃO PULMONAR

A circulação pulmonar ou pequena circulação é


formada pelo sangue que entra no coração através
da veia cava superior e veia cava inferior – átrio
direito – valva tricúspede – ventrículo direito – valva
pulmonar – artéria pulmonar. Esse sangue possui
uma grande concentração de dióxido de carbono,
sendo recolhido por toda a circulação contendo os
produtos finais do metabolismo e, através da artéria
pulmonar, será ejetado para o pulmão para sofrer a
hematose.
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A velocidade do fluxo sanguíneo é muito baixa nos capilares, fazendo dessa
região o local ideal para a troca de substâncias difusíveis entre o sangue e os tecidos.
Portanto, o sistema cardiovascular é formado por uma bomba, e por uma série
de tubos de distribuição (artérias) e de colheita (veias) e ainda por extenso sistema
de vasos com paredes muito finas que permitem trocas rápidas entre os tecidos e os
canais vasculares.

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6. CIRCULAÇÃO CORONARIANA

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A circulação coronariana está relacionada com o fluxo sanguíneo para todos os
tecidos do coração. São as primeiras ramificações da aorta que vão contornar o
coração; é semelhante a uma coroa, o que explica seu nome (coronárias, semelhante à
coroa), dividindo-se em vasos cada vez menores que vão penetrando mais
profundamente dentro do coração.
Todos os vasos estão interligados de forma que se ocorrer algum problema que
dificulte o suprimento através de uma rota, existe a chance do sangue seguir por outro
caminho.

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7. SÍNDROME DE MARFAN

Patologia que apresenta uma alteraç.o genética, a qual


é resultado de uma mutação que afeta o cromossomo 15,
um cromossomo não sexual, que é dominante, o que
significa que ocorre mesmo quando o defeito genético
aparece em apenas um dos representantes do par de
cromossomos. É caracterizada pela associação de diversos
sintomas e características causados por essas alterações
genéticas.

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A síndrome de Marfan afeta em torno de 1 em cada 5 mil habitantes e não existe
nenhuma relação quanto à raça ou condição geográfica, sendo que em torno de 1/4 dos
indivíduos não tem histórico familiar. O diagnóstico não é fácil de ser feito devido à
grande variabilidade de sinais entre os portadores, além de existirem várias
características que podem ser confundidas com outras anomalias.
Os pacientes apresentam uma estatura avantajada, com membros e dedos bastante
alongados pelo fato de não existir controle do crescimento devido à ação das fibras
elásticas. Os tecidos e os órgãos desses pacientes perdem a capacidade de ajustarem as
press.es em que são submetidos, consequentemente apresentam alteraç.es ósseas,
ruptura da retina e dos órgãos, como fígado, baço, pulmões e coração.
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No coração dos pacientes com síndrome de Marfan existem alteraç.es nas valvas
cardíacas, dissecações ou aneurismas na aorta, que fica sujeita a maiores press.es
hidrostáticas cardíacas. Atualmente, com o avanço da ciência, existe a possibilidade da
colocação de próteses aórticas e também o uso de β bloqueadores com a finalidade
de controlar o fluxo sanguíneo, aumentando a expectativa de vida.

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OBRIGADO
E UM BOM
DESCANSO
PARA TODOS!

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