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FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
Tema:
Intervenção e avaliação
Disciplina:
Tema:
Intervenção e avaliação
Discentes: Docente:
1. Introdução............................................................................................................................4
1.1. Objectivos........................................................................................................................4
1.1.1. Geral.............................................................................................................................4
1.1.2. Específicos...................................................................................................................4
1.2. Metodologia.....................................................................................................................4
Capítulo III................................................................................................................................14
3. Conclusão..........................................................................................................................14
4. Referências bibliográficas.................................................................................................15
Capítulo I
1. Introdução
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Compreender a intervenção e avaliação na psicologia comunitária;
1.1.2. Específicos
Descrever o caracter político da psicologia comunitária;
Identificar os níveis de intervenção;
Descrever a investigação participativa em psicologia comunitária;
Conceituar prevenção e tratamento em psicologia comunitária;
1.2. Metodologia
Na realização deste trabalho, foi utilizada a pesquisa qualitativa de cunho científico onde se
buscou compreender, descrever e outras informações concernentes ao intervenção e avaliação.
Realizou-se uma pesquisa bibliográfica, através de pesquisa on-line, em sites de busca como
Google e Scielo, procurando por artigos científicos originais e revisados, como também a
pesquisa em livros didáticos.
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Capítulo II: revisão literária
2. Concepções da psicologia comunitária
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subjetividade como psiquismo ou como reflexo cognitivo do mundo objetivo, parte-se da
concepção de que a mesma se insere num campo de produção anterior à própria constituição
do sujeito e do objeto como formas fixas.
A atuação da psicologia para a modificação dessas relações de poder e, por conseguinte, para
a superação das condições de opressão, necessitaria de dois movimentos interligados para se
realizar. O primeiro diria respeito a uma mudança das possibilidades de leitura da realidade a
partir de um processo de conscientização, como designado por Paulo Freire: o avançar de uma
consciência mágica em direção a uma consciência crítica. A conscientização, portanto, é
entendida como uma superação da "esfera espontânea de apreensão da realidade, para
chegarmos a uma esfera crítica na qual a realidade se dá como objeto cognoscível e na qual o
homem assume uma postura epistemológica" (Freire, 1980, p. 26).
Feita esta apresentação mais geral da psicologia comunitária, cabe agora tentar discernir os
modos que ela engendra a produção de subjetividade e suas consequentes políticas cognitivas.
Observamos que, a partir da forma como a psicologia comunitária constrói seus problemas
dá-se lugar a políticas cognitivas ambíguas, que ora se aproximam de uma política da
invenção, ora de uma política da recognição.
Este nível destina-se a programas, cujo objectivo é evitar a ocorrência do problema-alvo, isto
é, diminuir a incidência prevenindo através de meios eficazes que alertem e possam antever
consequências. Logo, estuda a causa do problema e os factores de risco, para que estes não
surjam, está muito ligado a problemas interpessoais. Como exemplos deste nível, temos os
programas de prevenção ao tabaco, álcool, drogas, programas de treino e estratégias de estudo
e aprendizagens (Freitas, 2007).
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Jovens – enfatizando medidas como a consciencialização e sensibilização para os problemas
da infância e da adolescência em todos os seus aspectos, não direccionado apenas para jovens
de alto risco, mas para todos.
Adultos – fornecer conhecimentos básicos e fazer uma reflexão maior sobre os problemas
abordados, bem como uma participação mais activa em aspectos educacionais.
Este nível é o nível mais avançado no que diz respeito ao problema. A única forma de
prevenir é diminuir as consequências e aplicar estratégias que visem uma antevisão, caso o
problema regresse. Este nível é considerado uma intervenção remediativa, pela forma como o
problema já se encontra iniciado e é preciso encontrar soluções. Neste nível, existe uma
preocupação a nível individual que consiste na aplicação de soluções de reintegração social
plena, ou em grande parte parcial (Freitas, 2007).
A investigação participativa é definida por Arendt (1997), como uma abordagem colaborativa
que envolve de forma equitativa membros da comunidade, representantes de organizações ou
instituições governamentais e não governamentais e investigadores no processo de produção
de conhecimento. Cada parceiro contribui com recursos únicos e responsabilidades
partilhadas para a compreensão do fenômeno em estudo e da sua dinâmica sociocultural. Essa
abordagem combina investigação com estratégias de capacitação comunitária para reduzir a
lacuna entre o conhecimento produzido através da investigação e a tradução desse
conhecimento em intervenções e políticas que melhorem a saúde das comunidades.
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suscitavam a procura de novas teorias e práticas de investigação, com o desafio de usar o
conhecimento para promover uma sociedade mais equitativa. A abordagem participativa em
investigação derivou de duas principais tradições: a investigação-ação de Kurt Lewin (anos
1940-1950), que enfatizava o envolvimento das pessoas afetadas pela problemática na
resolução prática do problema através de um processo cíclico de procura de fatos, ação e
avaliação; e a investigação-ação participativa baseada nos trabalhos de Paulo Freire nos anos
1970 sobre educação popular com populações vulneráveis, em que, numa perspectiva
emancipatória, se desafiava o domínio político do conhecimento pelas elites, o papel das
comunidades enquanto mero objeto de pesquisa, os papéis dos investigadores na academia e a
sua responsabilidade na mudança sociopolítica na sociedade (Arendt, 1997).
Segundo Góis (1994), a literatura mais recente tem apontado várias necessidades na utilização
da investigação participativa em Psicologia Comunitária. Uma das principais é a integração
do conhecimento teórico-metodológico dos investigadores com o conhecimento e
experiências do contexto dos parceiros. Isso contribui para uma maior compreensão dos
múltiplos determinantes que produzem iniquidades em saúde e para a adoção de boas práticas
que respondam às necessidades das populações.
A colaboração com pessoas da comunidade permite estabelecer uma relação de confiança que
facilita a aceitação do projeto e credibiliza os investigadores, possibilitando a obtenção de um
elevado nível de participação e qualidade dos dados recolhidos (Arendt, 1997). Esses aspectos
assumiram particular relevância num estudo sobre saúde sexual e reprodutiva com populações
imigrantes, permitindo ultrapassar dificuldades linguísticas e culturais, obter o consentimento
de um elevado número de participantes e ter acesso às suas reais perspectivas e a informações
de foro pessoal e sensível.
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2.5. Avaliação dos programas de intervenção comunitária
Embora seja cada vez mais reconhecido o valor da investigação participativa e incentivada a
sua aplicação em saúde, os investigadores encontram alguns desafios na utilização dessa
abordagem. Um primeiro desafio refere-se à definição de comunidade adotada em cada
programa/projeto. Embora a “comunidade” seja tipicamente entendida como uma entidade
local geopolítica, vários autores sugerem uma definição de comunidade mais ampla, que
inclui todos os implicados na questão em estudo, que partilham características ou interesses
comuns (Freitas, 2007). Assim, para além dos seus residentes, a comunidade pode constituir-
se por profissionais de saúde, organizações, decisores políticos, entre outros. Adicionalmente,
uma vez que as comunidades são entidades heterogêneas, é pertinente identificar os membros
que verdadeiramente a representam e que estão qualificados para consentir a investigação em
nome da mesma. Não existindo uma única solução para todas as situações, o grupo inicial
envolvido no estabelecimento da parceira deve decidir sobre: quem é a comunidade? Quem
pode representá-la? Quem a influencia? Como podem ser envolvidos?
A resposta a essas questões tem impacto em todas as fases posteriores e, em última instância,
nos resultados do projeto. Ao longo da investigação colocam-se várias dificuldades quando se
procura assegurar o envolvimento equitativo dos diversos parceiros e a partilha do controle da
tomada de decisão. Apesar da morosidade do processo e da dificuldade em garantir a total
concordância entre os diferentes parceiros, esses processos de tomada de decisão constituem
uma importante oportunidade de diálogo, partilha de perspectivas e construção de relações de
confiança, aspectos que potencialmente favorecem o projeto. Outro desafio é escolher e
aplicar adequadamente diferentes metodologias, o que influencia os resultados da
investigação (Freitas, 2007).
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Analisar problemas sociais na perspectiva da Psicologia exige, por um lado, uma
compreensão deste entrelaçamento, por outro, a adoção de referências conceituais e
metodológicas que deem conta desta realidade - o ser humano e suas implicações com o
mundo e os problemas sociais. De uma forma geral, a Psicologia e as Ciências Humanas e
Sociais têm-se preocupado em entender como somos produzidos pela sociedade, mas têm
pouco ou nada a dizer a respeito de como poderíamos produzir esta sociedade, criando,
através de mudanças provocadas, novas condições de existência pela ação dos indivíduos.
Notoriamente, estamos diante de uma grande crise social, em que a desumanização, o medo, a
desconfiança, a desigualdade social, o desrespeito à diversidade humana, as relações de
exclusão e a barbárie apontam para a evidente necessidade de serem revistos esses problemas
sociais e de intervir para reinventar e transformar o futuro (Freitas, 2007).
Um problema social existe quando coletividades sofrem por mutilações do cotidiano, por
desigualdade social e injustiça vivenciada. Isto é, quando as instituições que deveriam estar
em consonância com o desejo humano não cumprem seus objetivos ou não existem. Quando
isso acontece, as leis são transgredidas e não atendem as coletividades nas suas necessidades,
nas suas carências, no seu desejo de ser gente, e a relação entre fazer e ser humano não se
produz. A relevância do problema social está diretamente associada à extensão dos seus
efeitos, por exemplo, aumento dos índices de mortalidade, desnutrição, analfabetismo, fome,
exclusão pelas diferenças humanas e desigualdade social, sofrimento e padecimento psíquico
(Freitas, 2007).
A análise dos problemas sociais, na perspectiva da Psicologia, reflete, por um lado, uma
compreensão desse entrelaçamento. Por outro lado, exige referências conceituais e
metodológicas que deem conta dessa realidade, isto é, do ser humano e suas implicações com
o mundo e com os problemas sociais. Uma análise profunda que desperte os afetos e a
reflexão da realidade e seu compromisso como sujeito social. Desvelar a realidade de tal
forma que nos sintamos capazes de nos comover até as entranhas com a dor e o sofrimento da
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humanidade excluída, discriminada, vítima da violência e de nos solidarizarmos com suas
causas e lutas (Freitas, 2007).
A análise do problema social reside no enfoque do problema não como materialidade externa
ao indivíduo, na forma de uma crise do estado de bem-estar social, mas na consideração das
implicações psíquicas desse indivíduo, como apropriações, mediações, sofrimentos, reflexões
e potência de ação. Esta perspectiva aguça o olhar para captar as múltiplas e sutis nuanças do
problema social, tal como vividas pelo sujeito (Freitas, 2007). Fazer emergir na análise o
processo de configuração do problema social objetivado no ser humano significa,
fundamentalmente, descobrir sua natureza, seu real, uma vez que é somente em movimento
que um corpo mostra o que é.
i. Prevenção Primária
Obejtivo de reduzir a duração de casos de desordem mental que ocorrem apesar dos
programas de prevenção primária, preocupa-se em identificar os grupos vulneráveis, de forma
a reduzir a gravidade ou duração das dificuldades identificadas (ou potenciais dificuldades)
por forma a prevenir problemas futuros, entre outras (Arendt, 1997).
A Psicologia, busca a melhoria da qualidade de vida do ser humano e para conseguir isso foca
suas forças em diferentes áreas. Seu arcabouço teórico e prático embasa o trabalho deste
profissional onde quer que esteja, mesmo em áreas pouco reconhecidas pela sociedade como é
o caso da Psicologia Escolar e Educacional.
A Psicologia tem contribuído para a educação no sentido de melhorar sua qualidade. Dessa
forma, os espaços de trabalho do psicólogo escolar precisam ser ampliados e valorizados, para
além das instituições educativas formais. O psicólogo nesta área pode estudar, pesquisar ou
atuar com as seguintes temáticas: 1) processos de ensino e aprendizagem, 2) desenvolvimento
humano, 3) escolarização em todos os seus níveis, 4) inclusão de pessoas com deficiências, 5)
políticas públicas em educação, 6) gestão psicoeducacional em instituições, 7) formação
continuada de professores, dentre outros.
A Psicologia Institucional busca garantir a saúde mental e a qualidade de vida dos indivíduos
que fazem parte das instituições. Ela se preocupa em identificar fatores de risco psicossociais,
como estresse, assédio moral, sobrecarga de trabalho e insatisfação profissional, e em
implementar medidas de prevenção e promoção da saúde (Freitas, 2007).
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Capítulo III
3. Conclusão
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4. Referências bibliográficas
Deleuze, G. & Guatarri, F. (1995). Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Vol. 4, S. Rolnik,
Trad. São Paulo: 34.
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