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Hoje no mundo, grande número de pessoas, diagnosticadas com transtornos

alimentares. Dentre eles, os principais e se ressalta são; Anorexia e Bulimia. Além


disso, esse trabalho tem como objetivo, leva os indivíduos a uma verdadeira
compreensão a respeito desses transtornos. Explicando os através dos conceitos
que as organizações competentes definiram. Como também, demonstrando quais as
maneiras para se poder identificar essas enfermidades, e, suas causas, as
incidências na população, a faixa de idade que geralmente elas se desenvolvem ou
se manifesta no indivíduo. Além do mais, os outros fatores a se ressaltarem nessa
pesquisa são a respeito do público que possui o maior índice de pessoas afetadas
entre homens e mulheres, e qual seria o sexo que teria o número mais elevado de
indivíduos com esses transtornos. Por fim, qual é a relação que ele teria com o
aspecto do desenvolvimento humano e suas principais formas de tratamentos.

I) Conceito de Anorexia e Bulimia

a) Anorexia

Quando falamos propriamente dito desse transtorno alimenta é necessário


classificá-lo primeiramente dando a sua devida definição a parti das informações
disponibilizadas pelas instituições responsáveis. Segundo a Classificação
Internacional de Doenças (C.I.D-10) ela se caracteriza da seguinte forma:
Anorexia nervosa é um transtorno caracterizado por perda de peso
intencional, induzida e mantida pelo paciente [....] A doença está associada
a uma psicopatologia específica, compreendendo um medo de engordar e
de ter uma silhueta arredondada, intrusão persistente de uma ideia
supervalorizada. Os pacientes se impõem a si mesmos um baixo peso.
Existe comumente desnutrição de grau variável que se acompanhada de
modificações endócrinas e metabólicas secundárias e de perturbações das
funções fisiológicas. (CID-10, F50.0, p 32)

O trecho afirma que essa doença pode ser provocada pelo próprio indivíduo,
que através de um medo excessivo de engorda vai se desenvolvendo esse
transtorno em sua mente, e ocasionando também problemas sérios na sua
dimensão física, ou seja, no índice de massa corporal tornando-o abaixo de 17,5
kg/m 2.
Prosseguindo, na descrição desse transtorno é indispensável enfatizamos não
apenas os sintomas como também as causas externas e internas que levam as
pessoas desenvolverem essa enfermidade. Entre alguns motivos pode-se sublinhar
situações de ruptura como por exemplo: uma separação de um matrimônio, a perda
de uma pessoa que tinha uma grande importância para o indivíduo, uma demissão
do emprego. Outros fatores favorecem o aparecimento da doença: Predisposição
genética; atual de moda que determina a magreza absoluta como padrão de beleza
e elegância; pressão da família e do grupo social. Ou seja, esses grandes impactos
nível emocional muitas vezes pode tornar a pessoa um terreno fértil para
desenvolvimento da Anorexia.

b) Bulimia

A bulimia refere-se à ingestão de uma quantidade exagerada de alimentos,


comportamento que pode ocorrer eventualmente em indivíduos normais. Ela não
visa apenas saciar uma fome exagerada, mas atende a uma série de estados
emocionais ou situações estressantes. Segundo a CID-10 (F50.1, p. 32) “A bulimia é
uma síndrome caracterizada por acessos repetidos de hiperfagia e uma
preocupação excessiva com relação ao controle do peso corporal conduzindo a uma
alternância de hiperfagia e vômitos ou uso de purgativos.’’. Com efeito por causa de
muitas publicidades as pessoas podem querer engordar para parecer ao seu ideal, o
que pode levar a comer demasiadamente e sem controle sobre a quantidade nem a
qualidade.

II) Características e sintomas da anorexia da bulimia

a) Anorexia

Os sintomas características da anorexia são:

 Perda exagerada e rápida de peso sem nenhuma justificativa (nos casos


mais graves, o índice de massa corpórea chega a ser inferior a 17);
 Recusa em participar das refeições familiares (anoréxicos alegam que já
comeram e que não estão mais com fome);
 Preocupação exagerada com o valor calórico dos alimentos (os pacientes
chegam a ingerir apenas 200 kcal por dia);
 Interrupção do ciclo menstrual (amenorreia) e regressão das características
femininas;
 Nos homens anoréxicos, é observada a perda do interesse sexual.
Os sintomas da anorexia geralmente são geralmente pela maior parte
resultado de uma preocupação física causada pelos fatores externos como foi visto
nas causas. Esses podem ser mais agressivo segundo a gravidade da doença.
Papalia e Feldman (2013, p.397) apresentam outras bem mais agressivas:

Usar laxantes, enemas ou diuréticos inadequadamente na tentativa de


perder peso; compulsão alimentar; Ir ao banheiro logo após as refeições;
exercitar-se compulsivamente; restringir a quantidade de alimento ingerido;
cortar o alimento em pedaços pequenos; cáries dentárias devido ao vômito
auto induzido; confusão ou pensamento lento; pele manchada ou
amarelada; depressão; boca seca; sensibilidade extrema ao frio; cabelo fino;
pressão sanguínea baixa; ausência de menstruação; memória ou
julgamento deficientes; perda de peso significativa e perda de ma.

b) Bulimia

O DSM IV (1995) distingue dois tipos de Bulimia, o subtipo purgativo e o não


purgativo. O subtipo purgativo caracteriza-se pelo fato de métodos como o vômito
induzido e o uso inadequado de laxantes e diuréticos serem usados para compensar
a ingestão de grandes quantidades de alimento. O uso inadequado de laxantes,
pode causar problemas estomacais e digestivos, além do perigo de causar a
desidratação, falta de potássio no organismo do indivíduo. O subtipo não purgativo é
aquele no qual os métodos compensatórios utilizados são: o jejum prolongado, ou
ainda a prática excessiva de exercícios físicos, porém sem fazer uso da purgação e
nem chegando a induzir o vômito após um episódio de binge-eating.

Alguns sintomas podem ser notados no indivíduo bulêmico, tais como: fadiga,
dor de cabeça, constipações, inchaços, dores abdominais, ciclos menstruais
irregulares, erosão do esmalte dentário, machucados nas mãos e nos dedos
causados pela indução do vômito.

III) INCIDENCIA NA POPULACAO

a) Anorexia

Algumas profissões são consideradas de risco para a anorexia. Bailarinas,


jóqueis, atletas olímpicos, especialmente, estão sujeitos a sofrer pressão para
reduzir o peso corporal como forma de conseguir melhor performance nas
competições e espetáculos. Outro grupo de risco é constituído pelas
adolescentes. Na verdade, a faixa etária está baixando nos casos de anorexia. A
família precisa observar especialmente as meninas que disfarçam o emagrecimento
usando roupas largas e soltas no corpo e sempre encontram uma desculpa para não
participar das refeições em casa. Os transtornos alimentares como a anorexia
nervosa, acometem, em sua maioria, adolescentes e adultas jovens do sexo
feminino, pois de acordo com o DSM-IV (1995) estas correspondem a 90% dos
casos desta psicopatologia. Apesar de os transtornos alimentares afetarem qualquer
pessoa, os jovens, especialmente as mulheres, se encontram mais vulneráveis a
desenvolve-los. Isso porque, por questões culturais e sociais, também estão mais
propensos a maior baixa autoestima e a perseguir padrões de beleza, muitas vezes
inalcançáveis. É quase impossível para as mulheres maduras escaparem dessa
atmosfera atualmente. Agora, esses fatores estão criando uma geração de mulheres
de 40, 50 anos, com anorexia. Trata-se de um fenômeno novo, que começa a
provocar preocupações em todo o mundo. Caracterizada por um distúrbio que leva o
portador a ter uma imagem distorcida do corpo – mesmo magro, acha-se gordo – e
pela recusa em se alimentar, a doença costumava ser associada apenas a
adolescentes e jovens adultos. Papalia e Feldman (2013, p. 397) reforçando ainda
mais afirmaram que “a anorexia nervosa, ou a autoinanição, é potencialmente fatal.
Sabe-se que uma porcentagem estimada de 0,3 a 0,5% de meninas e mulheres
jovens e uma porcentagem menor, mas crescente, de meninos e homens em países
ocidentais é afetada. ”.

A anorexia pode também conduzir até a morte si nada é feto. As taxas de


mortalidade entre pessoas afetadas com anorexia nervosa foram estimadas em
cerca de 10% dos casos. Entre os sobreviventes da anorexia, menos da metade tem
uma recuperação total e apenas um terço realmente melhora; 20% permanecem
cronicamente doentes nos informa Steinhausen (2002, apud PAPALIA e FELDMAN,
2013).

b) Bulimia

A Bulimia é um transtorno difícil de ser detectado, pois a maioria dos pacientes


não se consideram doentes, ou ocultam seus sintomas por vergonha. Contudo, as
estimativas de Bulimia Nervosa variam de 1 a 3% das mulheres adolescentes e no
início da vida adulta, conforme está descrito no Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais IV (DSM IV, 1995). A bulimia é um transtorno mais frequente na
etapa da juventude e afeita menos os homens que as mulheres. Nesse aspecto, a
ARAGUAIA num artigo sobre a bulimia nervosa no site brasil escola afirmava que
em crianças a ocorrência é baixa, sendo que foram detectados apenas 70 casos nos
últimos 5 anos. Em homens a Bulimia é rara, sendo que varia de 4 a 13% da
população total de pacientes que apresentaram o transtorno. A idade média de
aparecimento em homens é de 21 a 24 anos de idade. A especialista continua
dizendo que maior incidência é em mulheres (mais de 90%) das classes média e
alta, sendo mais frequente na raça branca. Pessoas com profissão ou atividades que
valorizam a forma física – por exemplo, modelos, bailarinas e atletas – são mais
suscetíveis. Ela percebe que esse transtorno e frequente nos pais mais
industrializados, onde há abundância de alimentos e onde a beleza está associada à
magreza (Estados Unidos da América, Canadá, Europa, etc.). A autora diz que em
uma pesquisa realizada nos E.U.A. com 2000 mulheres (estudantes do colegial) em
1986, foi percebido que um número próximo de 5% dessa população já teve algum
transtorno alimentar e aproximadamente 4% dessa população admitiram ter
sintomas de Bulimia.

IV) Possível formas de tratamento

a) Anorexia
O primeiro passo para que haja um tratamento eficaz é, quando identificados
os sintomas, procurar um médico para fazer o diagnóstico. É importante que a
pessoa com anorexia queira se tratar e entenda que o bom resultado do tratamento
dependerá principalmente dela: de sua força de vontade, compreensão e
colaboração com os profissionais que estiverem cuidando de sua melhora física e
psicológica. Geralmente são condições clínicas de longa duração.
Em alguns casos, é indicada a internação. Porém, depende do tipo de
transtorno. Na anorexia nervosa, a perda rápida de peso, mesmo com tratamento
adequado, é um critério sugestivo de necessidade de internação. McCallum e Bruton
(2003, apud PAPALIA e FELDMAN, 2013) dizem que os pacientes que apresentam
sinais de desnutrição grave resistem ao tratamento ou não fazem progresso como
pacientes ambulatoriais podem ser internados em um hospital, onde poderão
receber atendimento 24 horas por dia. Uma vez estabilizado o peso, poderão passar
a ter cuidados diários menos intensivos.
Aos parentes e amigos, é sempre indicado dar apoio e aprender a lidar com
as dificuldades que geralmente envolvem o tratamento continuado. É importante,
também, que se mantenham informados e se mostrem atentos ao tratamento.

b) Bulimia

Para evitar o desenvolvimento das complicações, é importante que a bulimia seja


identificada e tratada de acordo com a orientação de profissionais capacitados. O
tratamento para bulimia consiste em terapias de grupo, familiar e comportamental;
acompanhamento nutricional; suplementação alimentar com vitaminas e minerais.
Em alguns casos pode ser necessária a prescrição de medicamentos
antidepressivos. Nos casos mais graves, pode ser necessário o internamento
hospitalar ou em clínicas especializadas no tratamento de transtornos alimentares.
Nesse ponto as psicólogas afirmam:

A bulimia também é melhor tratada com terapia cognitivo-comportamental.


Os pacientes mantêm registros diários de seus padrões alimentares e são
ensinados a evitar a tentação à compulsão. Psicoterapia individual, de grupo
ou familiar pode ajudar pacientes de anorexia e bulimia, geralmente após a
terapia comportamental inicial ter colocado os sintomas sob controle. Visto
que esses pacientes estão sob risco de depressão e suicídio, medicamentos
antidepressivos são frequentemente associados à psicoterapia, mas não há
evidência de sua eficácia a longo prazo na bulimia (PAPALIA e FELDMAN,
2013, p.398).

É muito comum haver recaídas, e a pessoa pensar em abandonar o tratamento,


pois
A Bulimia pode ocorrer, ainda, em pacientes com altas taxas do Transtorno de
Controle dos Impulsos. Pode coexistir com a dependência de álcool, Transtorno
Bipolar l, Transtornos Dissociativos, histórias de Abuso Sexual, Transtorno
Depressivo, e ainda alguma história de Obesidade na vida do indivíduo. Por isso é
extremamente importante que toda família e amigos estejam envolvidos nesse
processo e tornem-se a rede de apoio para essa pessoa durante o tratamento.

Um terço dos pacientes com Bulimia apresentam Sazonalidade, ou seja, a


Bulimia é mais forte no inverno e nos dias nublados, com pouco luminosidade. As
mulheres diabéticas evitam o ganho de peso após um episódio de binge-eating,
diminuindo a dose de insulina.
CONCLUSAO

1. Encaminhe para atendimento médico urgente a pessoa que, por acaso,


você surpreendeu com pouca roupa e que está esquelética, só pele e osso.
Às vezes, os familiares não percebem a extrema magreza, porque os
portadores de anorexia costumam usar roupas largas que disfarçam a
perda de peso;
2. Avalie com bom senso e espírito crítico a magreza absoluta como padrão
de beleza imposto pelos meios de comunicação modernos;
3. Não hesite. Portadores de anorexia associada a
distúrbios psiquiátricos precisam de acompanhamento de uma equipe
multidisciplinar constituída por profissionais especializados;

Lembre-se de que a caquexia pode representar risco de vida se não for


convenientemente tratada a tempo.

ANOREXIA E BULIMIA

https://www.endocrino.org.br/anorexia-nervosa-um-transtorno-psicologico/
#:~:text=A%20CID-10%20(Classifica%C3%A7%C3%A3o%20Internacional,
%2C5%20kg%2Fm%202.

1. A Anorexia Nervosa manifesta-se geralmente nas mulheres. Mesmo magra,


acredita estar gorda. Quem sofre desse transtorno passa a ter uma obsessão
por emagrecer e acaba se privando de determinados alimentos. A pessoa
deixa de se alimentar e passa a praticar exercícios físicos em excesso.
Assim, acaba emagrecendo muito e ficando abaixo do que é estabelecido
como normal nas taxas de IMC (Índice de Massa Corporal). A CID-10
(Classificação Internacional de Doenças) identifica como pessoa com
anorexia, aquela que apresenta um IMC igual ou inferior a 17,5 kg/m 2.

2. Sintomas e Possíveis Causas Muitas vezes, a anorexia – ou outros


distúrbios alimentares – surge quando se passa por momentos conturbados,
como separação, perda de emprego, perda de um parente, mudança de
cidade. Isso não quer dizer que sejam a causa da anorexia, mas, sim, que
são facilitadores do aparecimento do transtorno.
No início, os sintomas são pouco perceptíveis, pois o anoréxico finge estar se
alimentando e chega a usar roupas largas. Qualquer ganho de peso apavora
e gera angústia. Assim como a anorexia, a bulimia também é um transtorno
que leva à obsessão pela magreza. Porém, nesses casos, ela provoca
refluxos. O anoréxico se recusa a comer, mas não por falta de apetite. Já
quem é acometido pela bulimia come, mas procura "se livrar" da comida,
vomitando ou tomando laxantes e diuréticos como uma forma de punição por
não conseguir ficar sem comer.

Quando o distúrbio atinge um estágio mais avançado, a pessoa, mesmo


estando muito abaixo do peso normal, com os ossos à mostra, ainda se acha
gorda e quer emagrecer mais. Este tipo de transtorno costuma estar ligado à
depressão e provoca reações no organismo e nas funções fisiológicas, como
interrupção do ciclo menstrual.

CARACTERÍSTICA DA ANEROXIA
LINK PESQUISADO: https://drauziovarella.uol.com.br/mulher/anorexia-nervosa/
 São sintomas característicos da anorexia:
 Perda exagerada e rápida de peso sem nenhuma justificativa (nos casos
mais graves, o índice de massa corpórea chega a ser inferior a 17);
 Recusa em participar das refeições familiares (anoréxicos alegam que já
comeram e que não estão mais com fome);
 Preocupação exagerada com o valor calórico dos alimentos (os pacientes
chegam a ingerir apenas 200 kcal por dia);
 Interrupção do ciclo menstrual (amenorreia) e regressão das características
femininal.Nos homens anoréxicos, é observada a perda do interesse sexual.
 Nas mulheres, há interrupção da menstruação e possível
comprometimento da fertilidade. Mas uma série de transtornos nos
rins, coração e outros órgãos são comuns tanto para eles quanto para
elas;, enfatiza Kaio.
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/
2009/07/09/interna_ciencia_saude,125004/a-anorexia-e-a-bulimia-ja-
atingem-1-e-5-das-mulheres-no-mundo.shtml

 Atividade física intensa e exagerada;
 Depressão, síndrome do pânico, comportamentos obsessivo-compulsivos;
 Visão distorcida do próprio corpo (apesar de extremamente magras, essas
pessoas julgam estar com excesso de peso);
 Pele muito seca e coberta por lanugo (pelos parecidos com a barba de
milho).
 Nos homens anoréxicos, é observada a perda do interesse sexual.
( https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/
2009/07/09/interna_ciencia_saude,125004/a-anorexia-e-a-bulimia-ja-
atingem-1-e-5-das-mulheres-no-mundo.shtml

 Nos casos de anorexia:


Realização de dietas que se tornam cada vez mais restritivas com o
passar do tempo, observação constante das embalagens de produtos
e contagem de valor calórico, isolamento para não se alimentar junto
da família, comportamento de se pesar e medir o corpo com
frequência.
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/setembro/mais-de-
70-milhoes-de-pessoas-no-mundo-possuem-algum-disturbio-alimentar

Causas

 Diversos fatores favorecem o aparecimento da doença:


 Predisposição genética;
 Conceito atual de moda que determina a magreza absoluta como padrão de
beleza e elegância;
 Pressão da família e do grupo social;
 Alterações neuroquímicas cerebrais, especialmente na concentração de
serotonina e noradrenalina.

INCIDÊNCIA NA POPULAÇÃO
Grupos de risco

Algumas profissões são consideradas de risco para a anorexia. Bailarinas, jóqueis,


atletas olímpicos, especialmente, estão sujeitos a sofrer pressão para reduzir o peso
corporal como forma de conseguir melhor performance nas competições e
espetáculos;
Outro grupo de risco é constituído pelas adolescentes. Na verdade, a faixa etária
está baixando nos casos de anorexia. A família precisa observar especialmente as
meninas que disfarçam o emagrecimento usando roupas largas e soltas no corpo e
sempre encontram uma desculpa para não participar das refeições em casa.

 Os transtornos alimentares como a anorexia nervosa, acometem, em sua


maioria, adolescentes e adultas jovens do sexo feminino, pois de acordo com
o DSM-IV (2002) estas correspondem a 90% dos casos desta psicopatologia.
Reforçando ainda mais esta incidência Hoek e Van Hoeken (2003 apud
CARVALHO, 2009) afirmaram haver uma estimativa de 0,5% deste transtorno
alimentar na população geral, e que destes 0,3% são mulheres.( pdf)

1. A anorexia nervosa e a bulimia apresentam grande incidência entre os


jovens. As mulheres são as mais acometidas por esses distúrbios, sendo a
anorexia a de maior incidência no público de 12 a 17 anos e a bulimia se
mostrando mais presente no início da vida adulta. Mara Maranhão,
psiquiatra especialista em transtornos alimentares da Universidade Federal
de São Paulo (UNIFESP), destaca que esses comportamentos "estão
relacionados a maiores taxas de mortalidade entre os transtornos mentais”.
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/setembro/mais-de-
70-milhoes-de-pessoas-no-mundo-possuem-algum-disturbio-alimentar

2. Apesar de os transtornos alimentares afetarem qualquer pessoa, os jovens,


especialmente as mulheres, se encontram mais vulneráveis a desenvolve-
los. Isso porque, por questões culturais e sociais, também estão mais
propensos a maior baixa autoestima e a perseguir padrões de beleza,
muitas vezes inalcançáveis. Para se ter uma ideia, transtornos como
compulsão alimentar, bulimia e anorexia afetam cerca de 4,7% da
população em geral, mas podem chegar a 10% entre a população mais
jovem, segundo o Ministério da Saúde.
https://www.medicina.ufmg.br/transtornos-alimentares-crescem-entre-os-
jovens/

3. Embora não se saiba com precisão o número de anoréxicos e bulímicos no


Brasil e no mundo, é certo que as duas doenças são realidade em
praticamente todos os países. Segundo Adriano Segal, diretor de Psiquiatria
de Transtorno Alimentar da Associação Brasileira para o Estudo da
Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), a anorexia atinge 1% da
população feminina mundial, enquanto que a bulimia chega a 5%. ;São
doenças psiquiátricas crônicas causadas por uma complexa interação entre
aspectos genéticos, psicológicos e sociais, sempre desencadeadas por
dietas alimentares;, observa o médico (veja quadro). ;Profissionais
valorizados pela forma física, como modelos, bailarinas e jóqueis, têm maior
chance de desenvolverem os transtornos, mas com o ;tsunami; de regras
estéticas absurdas, as doenças atingiram pessoas de outras áreas;, relata
Segal. A prevalência entre os homens é de cinco a 10 vezes menor que a
incidência entre as mulheres, mas o impacto na vida do doente e dos
familiares é desastroso em todos os
casos. https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/
2009/07/09/interna_ciencia_saude,125004/a-anorexia-e-a-bulimia-ja-
atingem-1-e-5-das-mulheres-no-mundo.shtml
4. Anorexia aos 50 anos
5. Antes considerada uma doença de adolescentes, a enfermidade começa a
atingir mulheres maduras, vítimas também da pressão por um corpo
perfeito]
6. Estresse, preocupações com a família, com o trabalho e a pressão para
continuar linda e magra. É quase impossível para as mulheres maduras
escaparem dessa atmosfera atualmente. Agora, esses fatores estão criando
uma geração de mulheres de 40, 50 anos, com anorexia. Trata-se de um
fenômeno novo, que começa a provocar preocupações em todo o mundo.
Caracterizada por um distúrbio que leva o portador a ter uma imagem
distorcida do corpo – mesmo magro, acha-se gordo – e pela recusa em se
alimentar, a doença costumava ser associada apenas a adolescentes e
jovens adultos. “Mas ela começa a aparecer em idades que não tinham
registro, como mulheres com mais de 45 anos”, diz o psiquiatra Táki
Cordás, coordenador do Ambulatório de Transtornos Alimentares do
Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Nessa faixa,
elas estão começando a se cuidar mais, muitas vezes depois de uma
separação. O corpo volta a ser foco de atenção, e elas fazem mais
exercícios e dietas. Isso é maravilhoso, mas é preciso ter preparo
psicológico.” https://istoe.com.br/257956_ANOREXIA+AOS+50+ANOS+/
7. Possivel formas de tratamento
8. O primeiro passo para que haja um tratamento eficaz é, quando
identificados os sintomas, procurar um médico para fazer o diagnóstico. É
importante que a pessoa com anorexia queira se tratar e entenda que o
bom resultado do tratamento dependerá principalmente dela: de sua força
de vontade, compreensão e colaboração com os profissionais que
estiverem cuidando de sua melhora física e psicológica. Geralmente são
condições clínicas de longa duração.
9. De acordo com o endocrinologista José Carlos Appolinário, a anorexia
nervosa pode levar à morte e o diagnóstico precoce é a melhor forma de
tratar. “O reconhecimento precoce de comportamentos alimentares
inadequados, pressão exagerada para emagrecer, exercícios físicos
excessivos, episódios de compulsão alimentar e métodos purgativos
(vômitos auto-induzidos, abuso de laxativos e remédios para emagrecer)
pode sugerir um diagnóstico de transtorno alimentar”.
10. Em alguns casos, é indicada a internação. Porém, depende do tipo de
transtorno. Na anorexia nervosa, a perda rápida de peso, mesmo com
tratamento adequado, é um critério sugestivo de necessidade de
internação. No caso da bulimia nervosa, a necessidade de internação existe
quando os episódios são incontroláveis.
11. Aos parentes e amigos, é sempre indicado dar apoio e aprender a lidar com
as dificuldades que geralmente envolvem o tratamento continuado. É
importante, também, que se mantenham informados e se mostrem atentos
ao tratamento. https://www.endocrino.org.br/anorexia-nervosa-um-
transtorno-psicologico/#:~:text=A%20CID-10%20(Classifica
%C3%A7%C3%A3o%20Internacional,%2C5%20kg%2Fm%202.
12.

13. Uma vez diagnosticado um quadro de anorexia, a reintrodução dos


alimentos deve ser gradativa, a fim de evitar maior sobrecarga cardíaca. Há
casos em que se torna imprescindível a internação hospitalar para que a
oferta gradual de calorias seja controlada por nutricionistas.

14. Não há medicação específica para a anorexia nervosa. Medicamentos


antidepressivos podem ajudar a aliviar os sintomas depressivos,
compulsivos e de ansiedade. Em geral, o tratamento desses pacientes
exige o trabalho de equipe multidisciplinar.
https://drauziovarella.uol.com.br/mulher/anorexia-nervosa/
15. Recomendações
4. Encaminhe para atendimento médico urgente a pessoa que, por acaso,
você surpreendeu com pouca roupa e que está esquelética, só pele e osso.
Às vezes, os familiares não percebem a extrema magreza, porque os
portadores de anorexia costumam usar roupas largas que disfarçam a
perda de peso;
5. Avalie com bom senso e espírito crítico a magreza absoluta como padrão
de beleza imposto pelos meios de comunicação modernos;
6. Não hesite. Portadores de anorexia associada a
distúrbios psiquiátricos precisam de acompanhamento de uma equipe
multidisciplinar constituída por profissionais especializados;

7. Lembre-se de que a caquexia pode representar risco de vida se não for


convenientemente tratada a tempo.
https://drauziovarella.uol.com.br/mulher/anorexia-nervosa/
8. BULIMIA
 Bulimia nervosa
 O episódio bulímico refere-se à ingestão de uma quantidade exagerada de
alimentos, comportamento que pode ocorrer eventualmente em indivíduos
normais e está descrito na AN desde o séc. VII. Corresponde ao aspecto
central do diagnóstico da BN e do TCAP. Em pacientes com transtornos
alimentares, a bulimia não visa apenas saciar uma fome exagerada, mas
atende a uma série de estados emocionais ou situações estressantes. A
literatura inglesa utiliza o termo binge-eating para descrever este
comportamento, traduzido para o português como compulsão alimentar
periódica.
 Na bulimia nervosa, o paciente tem excessos de compulsão alimentar,
ingerindo muitos alimentos de uma só vez e geralmente optando por escolhas
com uma carga enorme de calorias. Em seguida, se sente culpado pelo
episódio de compulsão alimentar e esforça-se para tentar eliminar aquilo que
comeu, por meio de vômitos ou induzindo diarreias.
 Diferentemente da anorexia, na bulimia nervosa o paciente não fica
desnutrido ou excessivamente magro, o que pode tornar difícil para seus
amigos e familiares notarem a condição para incentivá-lo a buscar ajuda.
Nessa condição, o emagrecimento não é tão aparente e os episódios de
eliminação daquilo que foi consumido costumam ser encarados em segredo.
https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/bulimia-nervosa

 "O diagnóstico certamente será de Bulimia Nervosa.
 Esses distúrbios têm crescido muito nos últimos anos, fato que pode estar
relacionado com grandes interesses econômicos, como a indústria do
emagrecimento e os meios de comunicação, que vendem a imagem de que
para ter um corpo perfeito é necessário ser magro. As pessoas buscam esse
objetivo a qualquer custo e acabam pagando, no final das contas, um preço
muito alto .

 Veja mais sobre "Bulimia Nervosa" em:


https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/bulimia-nervosa.htm
 "Histórico
 A Bulimia começou a ser mais estudada a partir de 1940, quando foi descrita
junto com a anorexia. Russel teve uma participação marcante nessa época,
pois desenvolveu um trabalho que se tornou muito importante na
caracterização da Bulimia Nervosa, e nas histórias dos transtornos
alimentares em geral.
 A partir dos anos 60 começou a crescer o interesse pelos transtornos
alimentares no campo da pesquisa e no público de maneira geral; com o
aumento de divulgação da mídia, a ocorrência em pessoas famosas e a maior
valorização da forma física.
 A Bulimia não tinha sido reconhecida como um transtorno psiquiátrico até os
anos 70, sendo que apareceu no Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais III (DSM III) somente nos anos 80.
 A partir daí, houve uma maior conscientização deste transtorno e o
aprimoramento das técnicas do diagnóstico e dos métodos de tratamento.
https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/bulimia-nervosa.htm
 Veja mais sobre "Bulimia Nervosa" em:
https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/bulimia-nervosa.htm

 Característica e sintomas

 "O DSM IV acrescenta ainda dois tipos de Bulimia, o subtipo purgativo e o


não purgativo.
 O subtipo purgativo caracteriza-se pelo fato de métodos como o vômito
induzido e o uso inadequado de laxantes e diuréticos serem usados para
compensar a ingestão de grandes quantidades de alimento.
 O uso inadequado de laxantes, pode causar problemas estomacais e
digestivos, além do perigo de causar a desidratação, falta de potássio no
organismo do indivíduo.

 O subtipo não purgativo é aquele no qual os métodos compensatórios


utilizados são: o jejum prolongado, ou ainda a prática excessiva de exercícios
físicos, porém sem fazer uso da purgação e nem chegando a induzir o vômito
após um episódio de binge-eating .
 Alguns sintomas podem ser notados no indivíduo bulêmico, tais como: fadiga,
dor de cabeça, constipações, inchaços, dores abdominais, ciclos menstruais
irregulares, erosão do esmalte dentário, machucados nas mãos e nos dedos
causados pela indução do vômito.
 Pode ainda apresentar episódios de Tricotilomia (arrancar os próprios
cabelos) e Tricolofagia (comê-los), e episódios de Cleptomania e de
Depressão."
 Veja mais sobre "Bulimia Nervosa" em:
https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/bulimia-nervosa.htm

 "Segundo o DSM IV, a Bulimia Nervosa caracteriza-se pela ingestão


recorrente de grandes quantidades de alimentos, onde o binge-eating
(comer compulsivamente) tem que ocorrer pelo menos duas vezes por
semana nos últimos três meses. Sendo ainda, acompanhados por um
sentimento de culpa e de falta de controle. O indivíduo apresenta também
comportamentos compensatórios recorrentes, tais como: vômitos
autoinduzidos, uso de laxantes ou diuréticos, regimes rígidos, jejum ou
exercícios vigorosos para evitar ganho de peso. Existe normalmente
existe uma preocupação persistente e exagerada com a forma física."

 Veja mais sobre "Bulimia Nervosa" em:


https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/bulimia-nervosa.htm

1. impulso irresistível de comer excessivamente;


2. evitação dos efeitos "de engordar" da comida pela indução de vômitos e/ou abuso
de purgativos, e
3. medo mórbido de engordar.
O DSM-IV descreve a compulsão com base em dois aspectos:
1) ingestão, em um período limitado (por ex., dentro de um período de duas horas)
de uma quantidade de alimentos definitivamente maior do que a maioria das
pessoas consumiria durante um período similar e sob circunstâncias similares e;
2) um sentimento de falta de controle sobre o comportamento alimentar durante o
episódio (por ex., um sentimento de incapacidade de parar de comer ou de controlar
que ou o quanto está comendo).
https://www.scielo.br/j/rbp/a/XS563y7fMmQ85MCnprrFhfD/?lang=pt
O diagnóstico de BN exige o engajamento em métodos compensatórios
inadequados seguindo-se aos episódios bulímicos. O vômito autoinduzido é o
método mais frequente, de mais fácil identificação e que melhor delimita o final de
uma compulsão. O reconhecimento de que alguns pacientes buscam compensar a
compulsão por meio de métodos não purgativos apenas (jejuns e exercícios
excessivos), aliado a indícios de maior psicopatologia alimentar e geral em
purgadoras (depressão, ansiedade, abuso de substâncias e sexual) levou à
distinção de grupos de BN pelo DSM-IV (vide Tabela 1), aspecto apoiado por
estudos subseqüentes.24
https://www.scielo.br/j/rbp/a/XS563y7fMmQ85MCnprrFhfD/?lang=pt

Quais os sintomas de bulimia nervosa?


1. longos períodos de jejum seguidos por episódios em que o paciente se
alimenta sem parar e mesmo sem fome;
2. pessoa que come muito, mas não engorda;
3. sentimento de culpa por se alimentar, seguido de eliminação daquilo que foi
consumido;
4. preocupação excessiva com o corpo e o peso.
5. Outros sintomas importantes de bulimia nervosa incluem:
6. ter vergonha de comer na frente de outras pessoas, preferindo comer sozinho
durante as refeições ou mesmo comer escondido, fora do horário de refeição
de outras pessoas da família;
7. esconder comida ou mentir sobre quanto dinheiro é gasto com comida;
8. mentir constantemente sobre os hábitos alimentares;
9. mudar constantemente de hábitos alimentares, deixando de gostar do que
antes se gostava demais;
10. acompanhar atentamente o peso e as medidas do paciente;
11. fazer atividade física mesmo quando não está se sentindo bem;
12. buscar constantemente esconder o corpo, usando roupas acima do seu
tamanho normal e tendo vergonha de se despir mesmo na frente de
parceiros;
13. ter rituais de alimentação muito específicos, que seguem uma ordem muito
delimitada ou que são restritos demais;
14. adotar dietas constantemente, sem acompanhamento nutricional.
15. Além disso, o paciente com bulimia também pode apresentar outros sintomas,
em decorrência dos episódios onde se esforçou para perder peso. É o caso
de sinais como:
16. dentes em mau estado;
17. dentes que perdem o esmalte;
18. boca seca;
19. mau hálito;
20. arritmia cardíaca;
21. inflamação na garganta;
22. desidratação.
23. Em pacientes que possuem a bulimia nervosa por um longo período, mesmo
sem induzir o vômito ou usar laxantes para ter diarreia, há ainda a dificuldade
em manter alimentos no organismo.

Como saber se tenho bulimia nervosa?


Por se tratar de uma doença mental muito relacionada com outras condições, como
a ansiedade, a depressão e a compulsão alimentar, a bulimia nervosa possui uma
lista de sintomas que não se esgota e que também não é a mesma para todos os
pacientes.
Diferentemente da anorexia, em que os sintomas são mais visíveis, o paciente com
bulimia nervosa pode não apresentar tantos sinais da doença.
Se você desconfia que pode ter a bulimia nervosa, recomenda-se buscar ajuda
médica.
Somente o médico, entendendo o quadro paciente, seu estado emocional e seus
hábitos alimentares poderá confirmar ou descartar o diagnóstico de bulimia nervosa,
indicando o tratamento correto.

"Fatores Biológicos:"
"Foram feitas entrevistas clínicas e testes de personalidade com 2.163 gêmeos
idênticos e fraternos. Dentre as gêmeos do sexo feminino foi percebido que a
hereditariedade do binge-eating ( comer compulsivamente) é muito alta.

De acordo com um estudo retirado da Internet, quando uma das gêmeas


monozigóticas, ou seja idênticas, desenvolve Bulimia, a chance da outra também vir
a desenvolver é de 23%, essa porcentagem é 8 vezes maior do que a da população
em geral.

Já para gêmeas dizigóticas, ou seja fraternas, a possibilidade da outra vir a


desenvolver é de 9%, sendo 3 vezes maior do que a taxa para a população em
geral.

Outras pesquisas apontaram que os níveis de endorfina plasmática estão


aumentados em alguns pacientes com Bulimia Nervosa, que vomitam, levando a
possibilidade de que os sentimentos de bem estar experimentados por alguns deles
após o vômito, possam ser mediados por aumento nos níveis de endorfinas."

Veja mais sobre "Bulimia Nervosa" em:


https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/bulimia-nervosa.htm
"Fatores Familiares:

Em uma pesquisa retirada da Internet, foi constatado que os indivíduos que


desenvolvem Bulimia pertencem a uma família que em geral dá extrema importância
à aparência. Ao menos um dos pais é muito exigente e crítico com relação aos
filhos, são aqueles pais que comparam seus filhos entre si, e o indivíduo que
posteriormente vem a desenvolver Bulimia é, normalmente, o mais desvalorizado.
Nessas famílias ocorre muita proteção por parte dos pais, pois estes não dão
autonomia aos filhos, sendo na maior parte do tempo rígidos a mudanças,
apresentando dificuldades em aceitar o crescimento do indivíduo. Há ainda uma
dificuldade na comunicação e expressão dos sentimentos, o que dificulta ainda mais
a solução do problema.
Veja mais sobre "Bulimia Nervosa" em:
https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/bulimia-nervosa.htm

"Fatores Psicológicos:"
"Os indivíduos com tendência a desenvolver Bulimia, são auto críticos,
perfeccionistas e sensíveis a críticas, o que os deixam vulneráveis às pressões
sociais. Usualmente esses indivíduos tem baixa auto estima e têm algum quadro de
ansiedade.
Pacientes com Bulimia apresentam dificuldades em controlar seus impulsos, o que
pode levar a dependência em substâncias, como por exemplo o álcool, além de
comer compulsivamente e induzir a purgação; sendo que as duas últimas são
características marcantes desse transtorno alimentar.
"

Veja mais sobre "Bulimia Nervosa" em:


https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/bulimia-nervosa.htm
Incidência na população
"A Bulimia é um transtorno difícil de ser detectado, pois a maioria dos pacientes não
se consideram doentes, ou ocultam seus sintomas por vergonha. Contudo, as
estimativas de Bulimia Nervosa variam de 1 a 3% das mulheres adolescentes e no
início da vida adulta, conforme está descrito no Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais IV (DSM IV).
Em crianças a ocorrência é baixa, sendo que foram detectados apenas 70 casos nos
últimos 5 anos.
Em homens a Bulimia é rara, sendo que varia de 4 a 13% da população total de
pacientes que apresentaram o transtorno. A idade média de aparecimento em
homens é de 21 a 24 anos de idade.
A maior incidência é em mulheres ( mais de 90%) das classes média e alta, sendo
mais freqüente na raça branca. Pessoas com profissão ou atividades que valorizam
a forma física – por exemplo, modelos, bailarinas e atletas – são mais suscetíveis. A
Bulimia parece ser bem mais prevalente em sociedades industrializadas, onde há
abundância de alimentos e onde a beleza está associada à magreza ( Estados
Unidos da América, Canadá, Europa, etc.)
Em uma pesquisa realizada nos E.U.A. com 2000 mulheres ( estudantes do colegial)
em 1986, foi percebido que um número próximo de 5% dessa população já teve
algum transtorno alimentar e aproximadamente 4% dessa população admitiram ter
sintomas de Bulimia."

Veja mais sobre "Bulimia Nervosa" em:


https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/bulimia-nervosa.htm

"O diagnóstico da Bulimia Nervosa não deve ser feito se os comportamentos de


compulsão e purgação não forem exibidos com freqüência, e ocorrerem
exclusivamente durante episódios de Anorexia Nervosa. Neste caso o diagnóstico
seria sem dúvida de Anorexia.
Aproximadamente 40% dos pacientes que desenvolveram Bulimia, já tiveram um
episódio de Anorexia, embora a ocorrência de Bulimia seja, pelo menos, duas ou
três vezes mais comum que a Anorexia.
Outra característica que diferencia de forma marcante a Anorexia da Bulimia, é que
os anoréticos apresentam grande perda de peso, além do desejo de estar sempre
reduzindo ainda mais o seu peso, enquanto que os bulímicos transformam o ato de
comer numa forma de adquirir uma satisfação psicológica e biológica, pois comer
reduz a ansiedade do indivíduo, o que também é uma forma de obtenção de prazer
– satisfação psicológica- e biologicamente satisfaz suas necessidades físicas.

O médico deve ter certeza de que o paciente não possui nenhuma doença
neurológica como, por exemplo, epilepsia, tumores no Sistema Nervoso Central,
Síndrome de Kleine-Levin, ou ainda Síndrome de Kluver-Bucyr. As características
dessa última são: agnosia visual, lamber e morder complusivos, o indivíduo leva os
objetos à boca, incapacidade de ignorar qualquer estímulo, placidez,
hipersexualidade, hábitos alimentares alterados, principalmente a hiperfagia - esta
Síndrome é rara - e dificilmente seu diagnóstico é confundido com o de Bulimia. A
síndrome de Kleine-Levin caracteriza-se por hipersonia periódica, que dura de duas
a três semanas, e ainda hiperfagia. Esta síndrome ocorre mais com homens.

Os pacientes com Transtornos de Borderline, às vezes tem episódios de compulsão


alimentar, porém este ato está associado com outras características do transtorno.
Outro transtorno que pode ser diferenciado de Bulimia, é o Transtorno de Humor, o
qual é difícil definir se aparece antes ou após os episódios que caracterizam o
quadro bulêmico, uma vez que eles podem se desenvolver ao mesmo tempo. Muitas
vezes a diferenciação só pode ser feita após a recuperação parcial do indivíduo.
O Transtorno Disfórmico Corporal só deve ser considerado se a distorção de
percepção do paciente não está ligada somente ao forma e tamanho do corpo, por
exemplo, a preocupação de que um dos olhos não esteja simétrico ao outro.

Alguns distúrbios gastro intestinais, que podem ser sérios ou até mesmo fatais,
ocorrem associados à Bulimia, como dilatação gástrica aguda inclusive com a
possibilidade de ruptura, hipertrofia de parótidas, desgaste do esmalte dentário,
esofagite, ruptura esofagiana, esvaziamento gástrico intestinal, Síndrome do Cólon
irritável, hipopotassemia, que ocorre com alguma freqüência, por estar associada
aos vômitos crônicos e ao uso de diuréticos e laxantes.
A Bulimia pode ocorrer, ainda, em pacientes com altas taxas do Transtorno de
Controle dos Impulsos. Pode co-existir com a dependência de álcool, Transtorno
Bipolar l, Transtornos Dissociativos , histórias de Abuso Sexual, Transtorno
Depressivo, e ainda alguma história de Obesidade na vida do indivíduo.
Um terço dos pacientes com Bulimia apresentam Sazonalidade, ou seja, a Bulimia é
mais forte no inverno e nos dias nublados, com pouco luminosidade.
Mulheres diabéticas evitam o ganho de peso após um episódio de binge-eating,
diminuindo a dose de insulina."

Veja mais sobre "Bulimia Nervosa" em:


https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/bulimia-nervosa.htm
F50.0 Anorexia nervosa

Anorexia nervosa é um transtorno caracterizado por perda de peso


intencional, induzida e mantida pelo paciente. O transtorno ocorre
comumente numa mulher adolescente ou jovem, mas pode igualmente
ocorrer num homem adolescente ou jovem, como numa criança próxima à
puberdade ou numa mulher de mais idade até na menopausa. A doença
está associada a uma psicopatologia específica, compreendendo um medo
de engordar e de ter uma silhueta arredondada, intrusão persistente de uma
ideia supervalorizada. Os pacientes se impõem a si mesmos um baixo peso.
Existe comumente desnutrição de grau variável que se acompanhada de
modificações endócrinas e metabólicas secundárias e de perturbações das
funções fisiológicas. Os sintomas compreendem uma restrição das escolhas
alimentares, a prática excessiva de exercícios físicos, vômitos provocados e
a utilização de laxantes, anorexígenos e de diuréticos.

REFERÊNCIA
ARAGUAIA, Mariana. Bulimia Nervosa. Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/bulimia-nervosa.htm. Acesso em 13 de
novembro de 2023.
MANUAL DIAGNOSTICO E ESTATISTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS: DSM-
IV. Porto Alegre: Artmed, 1995.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. CID-10. Mapping Tables. Genebra: OMS,
2021. Disponível
em: http://clinicajorgejaber.com.br/novo/wp-content/uploads/2018/05/CID-10.pdf.
Acesso em 17 jun. 2021.
PAPALIA, Diane E.; FELDMAN, Ruth Duskin. Desenvolvimento físico e cognitivo na
adolescência. In: PAPALIA, Diane E.; FELDMAN, Ruth Duskin. Desenvolvimento
humano. 12ª. ed. Porto Alegre: AMGH, 2023, Cap. 11, p.384-419. Disponível em:
https://www.obbiotec.com.br/wp-content/uploads/2022/04/OBJ-livro-
Desenvolvimento-Humano.pdf. Acesso em: 11 sets 2008.

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