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I) INTRODUÇÃO

Hoje no mundo, grande número de pessoas, diagnosticadas com


transtornos alimentares. Dentre eles, os principais e se ressalta são; Anorexia e
Bulimia. Além disso, esse trabalho tem como objetivo, leva os indivíduos a uma
verdadeira compreensão a respeito desses transtornos. Explicando os através
dos conceitos que as organizações competentes definiram. Como também,
demonstrando quais as maneiras para se poder identificar essas enfermidades,
e, suas causas, as incidências na população, a faixa de idade que geralmente
elas se desenvolvem ou se manifesta no indivíduo. Além do mais, os outros
fatores a se ressaltarem nessa pesquisa são a respeito do público que possui o
maior índice de pessoas afetadas entre homens e mulheres, e qual seria o
sexo que teria o número mais elevado de indivíduos com esses transtornos.
Por fim, qual é a relação que ele teria com o aspecto do desenvolvimento
humano e suas principais formas de tratamentos.

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II) CONCEITO DE ANOREXIA E BULIMIA
II.1) ANOREXIA

Quando falamos propriamente dito desse transtorno alimenta é


necessário classificá-lo primeiramente dando a sua devida definição a parti das
informações disponibilizadas pelas instituições responsáveis. Segundo a
Classificação Internacional de Doenças (C.I.D-10) ela se caracteriza da
seguinte forma:
Anorexia nervosa é um transtorno caracterizado por perda de peso
intencional, induzida e mantida pelo paciente [....] A doença está
associada a uma psicopatologia específica, compreendendo um
medo de engordar e de ter uma silhueta arredondada, intrusão
persistente de uma ideia supervalorizada. Os pacientes se impõem a
si mesmos um baixo peso. Existe comumente desnutrição de grau
variável que se acompanhada de modificações endócrinas e
metabólicas secundárias e de perturbações das funções fisiológicas.
(CID-10, F50.0, p 32)

O trecho afirma que essa doença pode ser provocada pelo próprio
indivíduo, que através de um medo excessivo de engorda vai se
desenvolvendo esse transtorno em sua mente, e ocasionando também
problemas sérios na sua dimensão física, ou seja, no índice de massa corporal
tornando-o abaixo de 17,5 kg/m 2.
Prosseguindo, na descrição desse transtorno é indispensável
enfatizamos não apenas os sintomas como também as causas externas e
internas que levam as pessoas desenvolverem essa enfermidade. Entre alguns
motivos pode-se sublinhar situações de ruptura como por exemplo: uma
separação de um matrimônio, a perda de uma pessoa que tinha uma grande
importância para o indivíduo, uma demissão do emprego. Outros fatores
favorecem o aparecimento da doença: Predisposição genética; atual de moda
que determina a magreza absoluta como padrão de beleza e elegância;
pressão da família e do grupo social. Ou seja, esses grandes impactos nível
emocional muitas vezes pode tornar a pessoa um terreno fértil para
desenvolvimento da Anorexia.

II.2) BULIMIA

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A bulimia refere-se à ingestão de uma quantidade exagerada de
alimentos, comportamento que pode ocorrer eventualmente em indivíduos
normais. Ela não visa apenas saciar uma fome exagerada, mas atende a uma
série de estados emocionais ou situações estressantes. Segundo a CID-10
(F50.1, p. 32) “A bulimia é uma síndrome caracterizada por acessos repetidos
de hiperfagia e uma preocupação excessiva com relação ao controle do peso
corporal conduzindo a uma alternância de hiperfagia e vômitos ou uso de
purgativos. ’’. Com efeito por causa de muitas publicidades as pessoas podem
querer engordar para parecer ao seu ideal, o que pode levar a comer
demasiadamente e sem controle sobre a quantidade nem a qualidade.

III) CARACTERÍSTICAS E SINTOMAS DA ANOREXIA DA BULIMIA

III.1) ANOREXIA

Os sintomas características da anorexia são:

 Perda exagerada e rápida de peso sem nenhuma justificativa (nos


casos mais graves, o índice de massa corpórea chega a ser inferior a
17);
 Recusa em participar das refeições familiares (anoréxicos alegam que
já comeram e que não estão mais com fome);
 Preocupação exagerada com o valor calórico dos alimentos (os
pacientes chegam a ingerir apenas 200 kcal por dia);
 Interrupção do ciclo menstrual (amenorreia) e regressão das
características femininas;
 Nos homens anoréxicos, é observada a perda do interesse sexual.

Os sintomas da anorexia geralmente são geralmente pela maior parte


resultado de uma preocupação física causada pelos fatores externos como foi
visto nas causas. Esses podem ser mais agressivo segundo a gravidade da
doença. Papalia e Feldman (2013, p.397) apresentam outras bem mais
agressivas:

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Usar laxantes, enemas ou diuréticos inadequadamente na tentativa
de perder peso; compulsão alimentar; Ir ao banheiro logo após as
refeições; exercitar-se compulsivamente; restringir a quantidade de
alimento ingerido; cortar o alimento em pedaços pequenos; cáries
dentárias devido ao vômito auto induzido; confusão ou pensamento
lento; pele manchada ou amarelada; depressão; boca seca;
sensibilidade extrema ao frio; cabelo fino; pressão sanguínea baixa;
ausência de menstruação; memória ou julgamento deficientes; perda
de peso significativa e perda de ma.

III.2) BULIMIA

O DSM IV (1995) distingue dois tipos de Bulimia, o subtipo purgativo e o


não purgativo. O subtipo purgativo caracteriza-se pelo fato de métodos como o
vômito induzido e o uso inadequado de laxantes e diuréticos serem usados
para compensar a ingestão de grandes quantidades de alimento. O uso
inadequado de laxantes, pode causar problemas estomacais e digestivos, além
do perigo de causar a desidratação, falta de potássio no organismo do
indivíduo. O subtipo não purgativo é aquele no qual os métodos
compensatórios utilizados são: o jejum prolongado, ou ainda a prática
excessiva de exercícios físicos, porém sem fazer uso da purgação e nem
chegando a induzir o vômito após um episódio de binge-eating.

Alguns sintomas podem ser notados no indivíduo bulêmico, tais como:


fadiga, dor de cabeça, constipações, inchaços, dores abdominais, ciclos
menstruais irregulares, erosão do esmalte dentário, machucados nas mãos e
nos dedos causados pela indução do vômito.

IV) INCIDENCIA NA POPULACAO

IV.1) ANOREXIA

Algumas profissões são consideradas de risco para a anorexia.


Bailarinas, jóqueis, atletas olímpicos, especialmente, estão sujeitos a sofrer
pressão para reduzir o peso corporal como forma de conseguir melhor
performance nas competições e espetáculos. Outro grupo de risco é
constituído pelas adolescentes. Na verdade, a faixa etária está baixando nos
casos de anorexia. A família precisa observar especialmente as meninas que
disfarçam o emagrecimento usando roupas largas e soltas no corpo e sempre
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encontram uma desculpa para não participar das refeições em casa. Os
transtornos alimentares como a anorexia nervosa, acometem, em sua maioria,
adolescentes e adultas jovens do sexo feminino, pois de acordo com o DSM-IV
(1995) estas correspondem a 90% dos casos desta psicopatologia. Apesar de
os transtornos alimentares afetarem qualquer pessoa, os jovens,
especialmente as mulheres, se encontram mais vulneráveis a desenvolve-los.
Isso porque, por questões culturais e sociais, também estão mais propensos a
maior baixa autoestima e a perseguir padrões de beleza, muitas vezes
inalcançáveis. É quase impossível para as mulheres maduras escaparem
dessa atmosfera atualmente. Agora, esses fatores estão criando uma geração
de mulheres de 40, 50 anos, com anorexia. Trata-se de um fenômeno novo,
que começa a provocar preocupações em todo o mundo. Caracterizada por um
distúrbio que leva o portador a ter uma imagem distorcida do corpo – mesmo
magro, acha-se gordo – e pela recusa em se alimentar, a doença costumava
ser associada apenas a adolescentes e jovens adultos. Papalia e Feldman
(2013, p. 397) reforçando ainda mais afirmaram que “a anorexia nervosa, ou a
auto inanição, é potencialmente fatal. Sabe-se que uma porcentagem estimada
de 0,3 a 0,5% de meninas e mulheres jovens e uma porcentagem menor, mas
crescente, de meninos e homens em países ocidentais é afetada. ”.

A anorexia pode também conduzir até a morte si nada é feto. As taxas de


mortalidade entre pessoas afetadas com anorexia nervosa foram estimadas em
cerca de 10% dos casos. Entre os sobreviventes da anorexia, menos da
metade tem uma recuperação total e apenas um terço realmente melhora; 20%
permanecem cronicamente doentes nos informa Steinhausen (2002, apud
PAPALIA e FELDMAN, 2013).

IV.2) BULIMIA

A Bulimia é um transtorno difícil de ser detectado, pois a maioria dos


pacientes não se consideram doentes, ou ocultam seus sintomas por vergonha.
Contudo, as estimativas de Bulimia Nervosa variam de 1 a 3% das mulheres
adolescentes e no início da vida adulta, conforme está descrito no Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais IV (DSM IV, 1995). A bulimia

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é um transtorno mais frequente na etapa da juventude e afeita menos os
homens que as mulheres. Nesse aspecto, a Araguaia num artigo sobre a
bulimia nervosa no site brasil escola afirmava que em crianças a ocorrência é
baixa, sendo que foram detectados apenas 70 casos nos últimos 5 anos. Em
homens a Bulimia é rara, sendo que varia de 4 a 13% da população total de
pacientes que apresentaram o transtorno. A idade média de aparecimento em
homens é de 21 a 24 anos de idade.

V) RELAÇÃO COM O DESIVOLVIMENTO HUMANO

V.1) ANOREXIA

A especialista Araguaia continua dizendo que maior incidência é em


mulheres (mais de 90%) das classes média e alta, sendo mais frequente na
raça branca. Pessoas com profissão ou atividades que valorizam a forma física
– por exemplo, modelos, bailarinas e atletas – são mais suscetíveis. Ela
percebe que esse transtorno e frequente nos pais mais industrializados, onde
há abundância de alimentos e onde a beleza está associada à magreza
(Estados Unidos da América, Canadá, Europa, etc.). A autora diz que em uma
pesquisa realizada nos E.U.A. com 2000 mulheres (estudantes do colegial) em
1986, foi percebido que um número próximo de 5% dessa população já teve
algum transtorno alimentar e aproximadamente 4% dessa população admitiram
ter sintomas de Bulimia.

V.2) BULIMIA

Hoje sabe-se que os transtornos alimentares acometem diferentes


classes sociais e variadas regiões culturais, porém há algumas décadas a
literatura descrevia que os indivíduos acometidos por transtornos alimentares
eram, quase em sua totalidade, meninas ocidentais, de raça branca e
pertencentes a uma classe socioeconômica alta. Apesar de ser inquestionável
que os índices de anorexia nervosa e bulimia nervosa vêm crescendo de forma
alarmante entre estas adolescentes, hoje tais enfermidades parecem se
estender sobre os limites de raça, sexo ou cor. Um exemplo desta afirmação é

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o Japão, onde antes da ocidentalização tais transtornos praticamente
inexistiam e atualmente são muito frequentes (HERCOVICI e BABY, 1997)

VI) POSSÍVEL FORMAS DE TRATAMENTO

VI.1) ANOREXIA

O primeiro passo para que haja um tratamento eficaz é, quando


identificados os sintomas, procurar um médico para fazer o diagnóstico. É
importante que a pessoa com anorexia queira se tratar e entenda que o bom
resultado do tratamento dependerá principalmente dela: de sua força de
vontade, compreensão e colaboração com os profissionais que estiverem
cuidando de sua melhora física e psicológica. Geralmente são condições
clínicas de longa duração.
Em alguns casos, é indicada a internação. Porém, depende do tipo de
transtorno. Na anorexia nervosa, a perda rápida de peso, mesmo com
tratamento adequado, é um critério sugestivo de necessidade de internação.
McCallum e Bruton (2003, apud PAPALIA e FELDMAN, 2013) dizem que os
pacientes que apresentam sinais de desnutrição grave resistem ao tratamento
ou não fazem progresso como pacientes ambulatoriais podem ser internados
em um hospital, onde poderão receber atendimento 24 horas por dia. Uma vez
estabilizado o peso, poderão passar a ter cuidados diários menos intensivos.
Aos parentes e amigos, é sempre indicado dar apoio e aprender a lidar
com as dificuldades que geralmente envolvem o tratamento continuado. É
importante, também, que se mantenham informados e se mostrem atentos ao
tratamento.

VI.2) BULIMIA

Para evitar o desenvolvimento das complicações, é importante que a


bulimia seja identificada e tratada de acordo com a orientação de profissionais
capacitados. O tratamento para bulimia consiste em terapias de grupo, familiar
e comportamental; acompanhamento nutricional; suplementação alimentar com
vitaminas e minerais. Em alguns casos pode ser necessária a prescrição de

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medicamentos antidepressivos. Nos casos mais graves, pode ser necessário o
internamento hospitalar ou em clínicas especializadas no tratamento de
transtornos alimentares. Nesse ponto as psicólogas afirmam:

A bulimia também é melhor tratada com terapia cognitivo-


comportamental. Os pacientes mantêm registros diários de seus
padrões alimentares e são ensinados a evitar a tentação à
compulsão. Psicoterapia individual, de grupo ou familiar pode ajudar
pacientes de anorexia e bulimia, geralmente após a terapia
comportamental inicial ter colocado os sintomas sob controle. Visto
que esses pacientes estão sob risco de depressão e suicídio,
medicamentos antidepressivos são frequentemente associados à
psicoterapia, mas não há evidência de sua eficácia a longo prazo na
bulimia (PAPALIA e FELDMAN, 2013, p.398).

É muito comum haver recaídas, e a pessoa pensar em abandonar o


tratamento, pois
A Bulimia pode ocorrer, ainda, em pacientes com altas taxas do
Transtorno de Controle dos Impulsos. Pode coexistir com a dependência de
álcool, Transtorno Bipolar l, Transtornos Dissociativos, histórias de Abuso
Sexual, Transtorno Depressivo, e ainda alguma história de Obesidade na vida
do indivíduo. Por isso é extremamente importante que toda família e amigos
estejam envolvidos nesse processo e tornem-se a rede de apoio para essa
pessoa durante o tratamento.

Um terço dos pacientes com Bulimia apresentam Sazonalidade, ou seja,


a Bulimia é mais forte no inverno e nos dias nublados, com pouco
luminosidade. As mulheres diabéticas evitam o ganho de peso após um
episódio de binge-eating, diminuindo a dose de insulina.

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VII) CONCLUSÃO

Com tudo que foi dito, conclui-se que os transtornos alimentares da


bulimia e de anorexia são realidades comuns no mundo de hoje. Eles afetam
grande parte da população em ocorrência os adolescentes principalmente as
mulheres por vários motivos quem podem externos ligados a vários fatores
psicoemocionais, e externos ligados a influência da família ou das tendências
ideológicos contemporâneas que empem padrões a seguir para receber uma
categoria na sociedade. Vecchiatti e Negrão (2002) confirmam que o ideal de
beleza feminino centrado na magreza é parte integrante da psicopatologia dos
transtornos alimentares, além disso, as dietas restritivas e cirurgias plásticas
transmitem a ilusão de que o corpo é infinitamente maleável. Além disso foi
visto que as regiões mais desenvolvidas eram as mais afetadas por esses
transtornos. Por fim constatou-se que existe várias formas de tratamento tanto
no plano psicológico quanto no plano da reeducação alimentaria, onde vimos
que os pacientes para alcançar a cura precisarão da ajuda e da colaboração
das pessoas que o cercam como por exemplo a família, amigos e
conhecimentos.

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VIII) REFERÊNCIAS
ARAGUAIA, Mariana. Bulimia Nervosa. Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/bulimia-nervosa.htm. Acesso em 13
de novembro de 2023.
HERCOVICI, C.; BABY, L. Anorexia nervosa e bulimia nervosa: Ameaças à
autonomia. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
MANUAL DIAGNOSTICO E ESTATISTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS:
DSM-IV. Porto Alegre: Artmed, 1995.
MORGAN, Christina M; VECCHIATTI, Ilka Ramalho; NEGRAO, André
Brooking. Etiologia dos transtornos alimentares: aspectos biológicos,
psicológicos e socioculturais. Rev. Bras. Psiquiatr. São Paulo, v. 24, supl. 3, p.
18-23, Dec. 2002. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbp/a/4k6LHnmVLtm8Yr3LPMbp6vC/?lang=pt Acesso
em: 11 nov. 2021.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. CID-10. Mapping Tables. Genebra:
OMS, 2021. Disponível
em: http://clinicajorgejaber.com.br/novo/wp-content/uploads/2018/05/CID-
10.pdf. Acesso em 17 jun. 2021.
PAPALIA, Diane E.; FELDMAN, Ruth Duskin. Desenvolvimento físico e
cognitivo na adolescência. In: PAPALIA, Diane E.; FELDMAN, Ruth Duskin.
Desenvolvimento humano. 12ª. ed. Porto Alegre: AMGH, 2023, Cap. 11,
p.384-419. Disponível em:
https://www.obbiotec.com.br/wp-content/uploads/2022/04/OBJ-livro-
Desenvolvimento-Humano.pdf. Acesso em: 11 sets 2008.

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