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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PORTUGUÊS.

ANCHA GRACIEL SILVA


CELERINO SAMUEL PEDRO MUTEREDA
CLEIDE DOMINGOS E. ISAAC
ELIAS FRANCISCO BANCO
FILOMENA ESTEVÃO
KELLY ALBERTO ZEFERINO
LIZEVE BÓVE MIGUEL
LURDES CLÁUDIO JOSÉ
MANURA HIBRAIMO ATUMANA JAMAL
MÉRITO BAPTISTA JORGE
QUITO ORLANDO AUGUSTO
ROSALINA EUSÉBIO JOÃO DA COSTA

TEORIA DO DESENVOLVIMENTO PSÍQUICO: (TEORIA DO


DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL).

Quelimane
2024
ANCHA GRACIEL SILVA
CELERINO SAMUEL PEDRO MUTEREDA
CLEIDE DOMINGOS E. ISAAC
ELIAS FRANCISCO BANCO
FILOMENA ESTEVÃO
KELLY ALBERTO ZEFERINO
LIZEVE BÓVE MIGUEL
LURDES CLÁUDIO JOSÉ
MANURA HIBRAIMO ATUMANA JAMAL
MÉRITO BAPTISTA JORGE
QUITO ORLANDO AUGUSTO
ROSALINA EUSÉBIO JOÃO DA COSTA

TEORIA DO DESENVOLVIMENTO PSÍQUICO: (TEORIA DO


DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL).

Relatório de carácter avaliativo a ser apresentada ao Curso de


Português, na Faculdade de Educação, no Departamento de
Linguagem, Comunicação e Artes, na Cadeira de Psicologia do
Geral, como requisito para a obtenção do título de Licenciatura
em Ensino de Português.
Dra. Iarissivaia D. R. Muassinle.

Quelimane
2024
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Índice

1.0. Introdução................................................................................................................................2
1.1. Objectivos................................................................................................................................3
1.2. Objectivo Geral........................................................................................................................3
1.3. Objectivos Específicos.............................................................................................................3
2.0. Metodologia.............................................................................................................................4
3.0. Contextualização......................................................................................................................5
4. Principais Teorias e Teóricos da Psicologia do Desenvolvimento..........................................6
4.1. Principais teorias da Psicologia do Desenvolvimento.............................................................6
4.1.1. Gestalt......................................................................................................................................6
4.1.2. Teoria psicanalítica de Freud...................................................................................................6
4.1.3. Behaviorismo...........................................................................................................................7
4.1.4. Lev Vygotsky...........................................................................................................................7
4.1.5. Jean Piaget e a Psicologia do Desenvolvimento Infantil.........................................................7
5. Teoria de Desenvolvimento Psicossexual de Freud.................................................................9
5.1. Estrutura da psique...................................................................................................................9
5.2. Níveis da Psique.....................................................................................................................10
5.3. Estádios do Desenvolvimento Psicossexual..........................................................................11
5.3.1. Estagio oral (0- 1 ano)...........................................................................................................11
5.3.2. Estagio Anal (1 – 3 anos de idade)........................................................................................12
5.3.3. Estágio fálico.........................................................................................................................12
5.3.4. Estagio Latente......................................................................................................................13
5.3.5. Estagio Genital (Adolescência).............................................................................................13
6. Mecanismos de defesa...........................................................................................................15
6.1. Repressão...............................................................................................................................15
6.2. Intelectualização....................................................................................................................15
6.3. Sublimação.............................................................................................................................15
6.4. Deslocamento.........................................................................................................................15
6.5. Regressão...............................................................................................................................16
6.6. Formação reactiva..................................................................................................................16
6.7. Projecção................................................................................................................................16
6.8. Identificação...........................................................................................................................16
7. Conclusão...............................................................................................................................17
8. Referencia Bibliográfica........................................................................................................18
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1.0. Introdução

De acordo com Mwamwenda (2004), desenvolvimento humano é conjunto de


transformações e mudanças qualitativas e quantitativas que ocorrem no individuo, da
concepção até a velhice.

O presente trabalho com o tema Teoria do desenvolvimento psicossexual,


recentemente atribuído para efeitos de investigação e resolução de problemas, irá nos ajudar a
melhorar as nossas capacidades, habilidades e adquirir mais conhecimentos no que concerne
o tema. O mesmo centra-se em compreender a teoria de desenvolvimento psicossexual, bem
como em identificar os aspectos relevantes da teoria do desenvolvimento, mais
concretamente em descrever as fases do desenvolvimento psicossexual.

A teoria de desenvolvimento Psicossexual foi desenvolvida por Sigmund Freud,


criador do paradigma psicanalítico, que nasceu, em 1856, na cidade de Morávia, hoje, uma
região da República Tcheca. Ao desenvolver a sua teoria Freud defendia que a sexualidade,
uma das características mais importantes do ser humano, está presente desde os primórdios da
vida, e que o ser humano é movido por suas pulsões libidinais direccionadas a busca do
prazer (Levin, 1969; Dolto, 1977).

O trabalho esta organizado em 3 capítulos. No primeiro capitulo será abordado a


cerca dos elementos pré-textuais (capa, folha de rosto, índice, e introdução), no 2 capitulo
optou-se por abordar a o desenvolvimento (onde se conceitua detalhadamente os aspectos
referentes ao tema) e por fim o 3 capitulo, onde se fala dos e elemento pós-textuais
(conclusão e referencias bibliografia).
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1.1. Objectivos

Os objectivos expressão a finalidade de uma pesquisa. E para a seguinte pesquisa,


temos os seguintes objectivos.

1.2. Objectivo Geral

 Compreender a teoria de desenvolvimento psicossexual.

1.3. Objectivos Específicos.

 Identificar os aspectos relevantes da teoria de desenvolvimento psicossexual;


 Mencionar as fases do desenvolvimento psicossexual;
 Descrever as diversas teorias do desenvolvimento psicossexual, segundo autores.
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2.0. Metodologia.
Método pode se entender como um conjunto de processos ou operações mentais
empregados na pesquisa. (Marques, Mafroi, Castilho & Noel, 2006). Para a materialização do
trabalho, foi com base na consulta bibliografia.

De acordo com Marconi & Lakatos (2002; p.43),

A consulta bibliográfica trata-se de levantamento de toda bibliografia já


publicada em forma de livros, revistas, publicações avulsas em imprensa
escritas e documentos electrónicos. MARCONI & LAKATOS (2002, p.43).

A mesma baseou-se em pesquisa de literaturas e artigos científicos que norteiam a


temática em questão, identificadas nas citações e referências bibliográficas.

A obtenção do material, consistiu através da rede livre a literaturas que


abordam sobre o tema; A análise do tema, as informações foram criticamente
analisadas e sistematizadas, orientadas a cumprir objectivos propostos; e
Redacção do trabalho: constitui na sua informatização com base em um
computador de mesa (Hardware e Software) e operador.
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3.0. Contextualização

O desenvolvimento é um processo contínuo que principia com a própria vida, no ato


da concepção. Imediatamente após a concepção o óvulo fecundado, uma célula única, divide-
se e subdivide-se rapidamente até que milhões de células sejam informadas.
À medida que o desenvolvimento prossegue, as novas células assumem funções
altamente especializadas, convertendo-se em parcelas de vários sistemas do corpo-nervoso,
ósseo, muscular ou circulatório.
Desta forma, o desenvolvimento orgânico continua evoluindo, a fim de atingir um
nível relativamente estável – caracterizado pela conclusão do crescimento e pela maturidade
dos órgãos.
Assim como o desenvolvimento orgânico, o desenvolvimento psíquico também evolui
rumo ao equilíbrio, embora este equilíbrio seja mais móvel do que o equilíbrio orgânico, pois
se trata de uma construção contínua, onde acções são desequilibradas pelas transformações
que aparecem no mundo, exterior e interior, e novas condutas vão funcionar para restabelecer
o equilíbrio e tender a um estágio mais estável para o interior.
“O que herdamos de positivo é construtivo do ponto de vista biológico e o modo de
funcionamento intelectual, uma maneira de transacção com o ambiente. Este modo de
funcionamento permanece constante por toda a vida, e é através dele que as estruturas
cognitivas surgem.” (Piaget – 1992).
A Psicologia do Desenvolvimento juntamente com a Teoria de Jean Piaget,
representam uma abordagem para a compreensão da criança e do adolescente, através da
descrição e exploração das mudanças psicológicas que as crianças sofrem no decorrer do
tempo. Pretendendo explicar de que maneiras importantes as crianças mudam no decorrer do
tempo e como essas mudanças podem ser descritas e compreendidas.
Sendo esta sequência básica dos estágios do desenvolvimento propostos por Piaget,
contextualizadas em pesquisas empíricas, como arcabouço conceitual na descrição do
desenvolvimento do pensamento da criança.
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4. Principais Teorias e Teóricos da Psicologia do Desenvolvimento.

Desde os primórdios das civilizações, o ser humano manifestou curiosidade sobre seu
processo de desenvolvimento, comparando sua visão a respeito de um assunto em diferentes
etapas da vida.

Por isso, a abordagem contemporânea da Psicologia do Desenvolvimento combina


informações de diferentes escolas de pensamento, partindo de estudos sobre a construção do
conhecimento e a aprendizagem.

4.1. Principais teorias da Psicologia do Desenvolvimento.

4.1.1. Gestalt.

Conhecida como Psicologia da Forma, a Gestalt prega que o todo (por exemplo, uma
figura completa) não corresponde somente à soma de suas partes, tendo significados que vão
além delas. A Gestalt acredita que pequenos gestos ou respostas superficiais dão pistas sobre
sentimentos latentes, o que a torna um instrumento terapêutico que contribui para a saúde
mental.

Segundo essa teoria, as pessoas se desenvolvem conforme aprendem a usar estruturas


biológicas que já nascem com elas, ou seja, apenas descobrem sua capacidade cerebral, aos
poucos. Apesar de colaborar para o estudo do comportamento humano, essa ideia foi
superada mais tarde, quando cientistas descobriram que é possível ampliar a capacidade de
aprendizado.

4.1.2. Teoria psicanalítica de Freud.

Famosas, as ideias de Sigmund Freud evidenciam os aspectos emocionais do


desenvolvimento, destacando sua influência no comportamento natural a cada fase da vida. O
neurologista e pesquisador rompeu a concepção racionalista ao afirmar que a maior parte das
actividades da mente humana é de ordem inconsciente, profundamente impactada por
factores afectivos.

Em 1923, a obra “O ego e o id” formalizou sua teoria de divisão para a mente,
composta por id, ego e superego. O id ou inconsciente é definido como uma força
propulsora, não socializada e que busca pelo prazer incondicional da pessoa, sendo movido
pela libido ou energia da pulsão sexual. O ego seria a parte mais superficial, responsável
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pelas interacções entre indivíduo e meio, enquanto o superego atua como controlador dos
impulsos do id e intenções do ego.

Segundo a psicanálise, o desenvolvimento ocorre em resposta à procura por


satisfação, direccionada pela libido desde que o ser humano nasce. Assim, a cada etapa do
desenvolvimento, o indivíduo se concentra em uma parte do corpo e em acções que lhe dão
mais prazer. Um exemplo é a fase oral, na qual os bebés concentram a libido na região da
boca, já que a alimentação e o contacto com chupetas, mordedores, etc., os deixa satisfeitos.

4.1.3. Behaviorismo.

Procurando no dicionário, esse campo de estudo é descrito como: “Teoria e método


de investigação psicológica que procura examinar de modo mais objectivo o comportamento
humano e dos animais, com ênfase nos fatos objectivos (estímulos e reacções), sem fazer
recurso à introspecção.”

O behaviorismo acredita, então, que os comportamentos mudam a partir de alterações


ambientais, sendo o estímulo uma mudança no ambiente, e a reacção, uma mudança realizada
pelo indivíduo. Sua contribuição para a Psicologia do Desenvolvimento se encontra na
descoberta de que é possível alterar padrões de comportamento.

4.1.4. Lev Vygotsky.

Um dos principais representantes da teoria cognitiva, Vygotsky tem uma visão


diferenciada do desenvolvimento humano, considerando as pessoas como construtoras de sua
realidade ou representação interna do mundo em que vivem. Um dos destaques de seus
estudos é a perspectiva de que, para construir seus conhecimentos, o indivíduo interage com o
meio e o momento histórico em que se insere.

4.1.5. Jean Piaget e a Psicologia do Desenvolvimento Infantil.

Como mencionamos nos tópicos anteriores, um dos teóricos mais lembrados quando
se fala em Psicologia do Desenvolvimento é Jean Piaget. Seu trabalho se concentrou em
como se dá a construção do conhecimento, ou seja, quais processos estão por trás da evolução
na estrutura do pensamento do ser humano.

Para responder a essa questão, o autor estudou a fundo o comportamento durante as


primeiras fases da vida humana, chegando a quatro estágios de desenvolvimento cognitivo,
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desde o nascimento até a adolescência. De acordo com sua tese, o conhecimento é construído
a partir de um sistema que busca se equilibrar, assimilando e acomodando novidades de
maneira cíclica.

Na assimilação, a pessoa entra em contacto com o mundo exterior e aprende


informações novas, que serão agregadas ao seu repertório. Em seguida, ocorre a acomodação,
na qual essas informações são confrontadas com o que a pessoa já sabia e, a partir desse
confronto, ocorre uma mudança na estrutura de seu pensamento – a construção de um novo
conhecimento e consequente avanço cognitivo.

 Período sensório-motor.

Começa com o nascimento e se estende até cerca de dois anos de idade. No início
da vida, os bebés se restringem a desempenhar movimentos reflexos, como a sucção, para
que consigam se alimentar. Mas, com o tempo, aprimoram seus movimentos e incorporam
outros objectos, além do seio materno, à sua rotina de sucção, indicando diferenciação entre
seu corpo e o mundo exterior.

 Período pré-operatório.

É compreendido entre 2 e 7 anos, começando quando a criança aprende a falar. Esse é


um marco muito importante, pois permite que meninos e meninas expressem seus
pensamentos e emoções, embora ainda vejam o mundo de modo egocêntrico. Seu
aprendizado é fundamentado por vivências e objectos que conhecem.

 Período operatório concreto

Definido entre 7 e 11 a 12 anos, é caracterizado pela construção de estruturas lógicas e


redução do egocentrismo, possibilitando o trabalho em grupo e colaboração.

 Período operatório formal

Época em que se inicia a adolescência, é nesse período que o indivíduo se torna capaz
de exercitar a reflexão, criar hipóteses e deduções. Também amplia sua capacidade de
raciocínio, solucionando equações com muitas variáveis ou analisando temas complexos com
sucesso.
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5. Teoria de Desenvolvimento Psicossexual de Freud.

Ao desenvolver a sua teoria Freud defendia que a sexualidade, uma das características
mais importantes do ser humano, está presente desde os primórdios da vida, e que o ser
humano é movido por suas pulsões libidinais direccionadas a busca do prazer (Levin, 1969;
Dolto, 1977).

Freud afirma que, sem nos apercebermos, somos controlados por forcas externas tais
como desejos, medos, emoções e conflitos e sua teoria pretende, ao tornar o processo
inconsciente conhecido, que o individuo possa estar em posição de compreender o seu
comportamento e efectuar mudanças quando a satisfação o justifica (Baldwin, 1980 apud
Mwamwenda, 2004).

Ainda segundo o autor acima citado, a teoria de desenvolvimento psicossexual de


Freud concentra-se nos seguintes aspectos a saber, níveis da psique, estrutura do aparelho
psíquico, os estádios de desenvolvimento psicossexual e os mecanismos de defesa.

5.1. Estrutura da psique

A estrutura do aparelho psíquico é composta por três elementos, o Id, o ego e o


superego, elementos que trabalham juntos interactivamente para manter e ajustar o
comportamento humano, sendo que o seu fracasso pode resultar em comportamentos
desajustados (Lefrancois, 1980).

 Id

O id é o primeiro elemento da estrutura da psique humana e tem como objectivo


primário a busca do prazer e o evitamento de experiencias dolorosas, representando o aspecto
mais insocial do Individuo (Mwamwenda, 2004). Adams (2000), defende que o Id é:

 Controlado pelo prazer;


 Não possui contacto com a realidade;
 Dominado pelos impulsos do sexo e da agressão, desejos, fantasias e tendências;
 Operado segundo o princípio da gratificação imediata.
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 Ego

O ego é a imagem que o individuo tem de si próprio enquanto ser auto-consciente,


a sua noção de si próprio enquanto separado do mundo que o rodeia (Thurschwell, 2000).

Em outras palavras o Ego é parte consciente e própria do individuo que é


determinado pelo princípio da realidade. Enquanto o id é dominado pelo prazer imediato o
ego busca a satisfação do prazer apenas quando for possível o fazer através de um modo
socialmente aceite.

O Ego procura através de um processo realístico procurar formas de responder as


exigências pressionastes do Id, ao mesmo tempo que desempenha a função mediadora e
reconciliadora entre o id e o superego, (Pervin, 1970; Mwamwenda, 2004).

 Superego

O superego é a terceira instância do aparelho psíquico é o representa as influências


e exigências sócias (pais, família, comunidade) no individuo. O superego contém os
princípios morais e valores sociais que bloqueiam e controlam as tendências sexuais e
agressivas do Id (Craim, 2000).

5.2. Níveis da Psique

De acordo com Freud, existem três níveis da psique humana, que se apoiam numa
ordem contínua, do consciente, pré-consciente e o inconsciente.

O consciente é tomado activa da realidade do que acontece, no exacto momento em


que ocorre, como por exemplo enquanto lemos, estamos activamente atentos ao processo de
leitura.

O Pré-consciente por sua vez, contem as experiências de vida que podem ser trazidas a
consciência se a atenção suficiente lhes for dirigida, como por exemplo enquanto lê uma
obra, não esta activamente atento ao facto de possuir uma conta no BCI, mas que se lhe for
requisitada essa informação que esta no subconsciente pode facilmente dá-la (Mwamwenda,
2004).
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O inconsciente por sua, é o conjunto de acontecimentos, experiencias, que foram


reprimidas e que não estão no rápido acesso da consciência do individuo, e que por vezes
podem se manifestar através de erros ou sonhos. Como por exemplo, estar apaixonado por
uma colega, mas ainda não possui consciência do desejo que possui pela colega.

5.3. Estágios do Desenvolvimento Psicossexual

A teoria de desenvolvimento psicossexual de Freud defende que o desenvolvimento


psicossexual do indivíduo inicia desde os primeiros anos de vida, em fases ou estágios
psicossexuais definidas por regiões do corpo, nos quais surgem necessidades que exigem ser
satisfeitas.

A maneira como essas necessidades são satisfeitas determina como a criança se


relaciona com outras pessoas e quais sentimentos ela tem para consigo mesma. As fases se
seguem umas às outras em uma ordem fixa e, apesar de uma fase se desenvolver a partir da
anterior, os processos desencadeados em uma fase nunca estão plenamente completos e
continuam agindo durante toda a vida da pessoa (Morais, 2011).

Os estágios são denominados sexuais, por se orientarem para o prazer, o que significa
que o sujeito experimenta prazer similar ao sexual na medida em que atravessa cada estágio.
Freud divide o desenvolvimento psicossexual em cinco (5) estágios que são: oral, anal, fálico,
latente e fálico.

5.3.1. Estagio oral (0- 1 ano)

Nesta fase de desenvolvimento a boca é a principal fonte de prazer. A boca, a língua,


e os lábios estão envolvidos para gerar este prazer. Esta não se presta apenas à satisfação das
necessidades alimentares do bebé, como também se constitui como zona erógena, ou seja,
como fonte de prazer sensual. Por isso, nesta fase, trate-se ou não de alimento, tudo o que a
criança consegue agarrar é levado à boca.

O seio materno, é fonte de grande satisfação que lhe permite estabelecer uma relação
afectiva de proximidade com a mãe, cuja natureza marca o modo como futuramente se
relacionará com o mundo. No início deste estádio, a criança vive num estado de
indiferenciação eu - mundo com o qual contacta fundamentalmente através da boca. Por isso,
durante alguns meses limita-se passivamente mamar no seio, na chupeta ou no biberão.
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Posteriormente, ela própria procura agarrar qualquer objecto, chegando a morde-lo, de acordo
com o desenvolvimento de uma ora mais agressiva, para a qual contribui o aparecimento da
dentição.

5.3.2. Estagio Anal (1 – 3 anos de idade)

Nesta etapa o ânus constitui a zona central da busca pelo prazer. Após a digestão dos
alimentos, estes vão-se acumulando na área rectal, até que a pressão nos músculos do
esfíncter anal provoca a descarga reflexa. Esta descarga alivia a tensão, pelo que se torna
agradável.

É, normalmente durante o segundo ano de vida que as crianças começam a


desenvolver o controlo muscular ligado à defecação; é também por esta altura que os pais se
preocupam com a criação de hábitos de higiene. Se a exigência dos pais é demasiado rígida, a
criança tanto pode tender a reter as fezes como a libertá-las nos momentos mais inoportunos.
Quer reter, quer expulsar as fezes se torna fonte de prazer, pelo que a região anal é a zona
erógena desta fase (Mwamwenda, 2004).

O sucesso no treino da ida a casa de banho, quando a criança se apercebe quando e


onde aliviar, é uma conquista de domínio que contribui para o autodomínio anos mais tarde
(Adams, 2000).

5.3.3. Estágio fálico

Neste estágio os órgãos genitais constituem o foco principal da busca pelo prazer. O
objecto da libido é nesta fase, constituindo pelos órgãos genitais, pelo que a criança obtêm
prazer ao tocar-lhes. Se os pais ensinam os filhos que isso é vergonhoso, os rapazes podem
contrair o medo da castração e as raparigas a “inveja do pénis”.

Rapazes ou raparigas podem apresentar, futuramente, dificuldades de relacionamento


sexual. É nesta fase que as crianças vivem a primeira experiencia de amor heterossexual
(Mwamwenda, 2004). O rapaz alimenta um atracão especial pela mãe, ao mesmo tempo que
desenvolve uma agressão competitiva em relação ao pai. A rapariga sente-se atraída pelo pai,
vendo a mãe como um obstáculo à realização dos seus desejos. Estas vivências foram
designadas, no caso do rapaz, por “complexo de Édipo”, e, no da rapariga, por “complexo de
Electra”.
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5.3.4. Estagio Latente

Após a vivência da situação edipiana, a criança entra numa fase em que os desejos
sexuais estão praticamente ausentes. Segundo Freud, o apaziguamento das pulsões sexuais é
devido à amnésia infantil, processo pelo qual a criança esquece, reprime no inconsciente as
experiencias fortes do estádio fálico.

A criança canaliza a energia psíquica para actividades de outro tipo. A curiosidade


sexual cede lugar à curiosidade intelectual que a entrada na escola ajuda a desenvolver. O
conhecimento do mundo físico e social amplia-se, afastando-se dos limites do mundo familiar
carregado de afectividade.

A convivência com professores, colegas, ou outras pessoas, e a participação no grupo


exigem a adopção de condutas reguladas por normas bem diferentes das que regiam o grupo
familiar. Durante este período de acalmia sexual, a criança assume atitudes, manifesta
sentimentos e desenvolve actuações de modo a cumprir o que se espera dela.

Deseja obter sucesso na escola ou noutras actividades, procurando tornar-se uma


espécie de “criança-modelo” bem comportada, e apreciada pelos pais, professores e amigos.

5.3.5. Estagio Genital (Adolescência)

Ao período de uma sexualidade latente sucede-se um estádio em que a sexualidade


desperta de novo e com grande intensidade. Isso deve-se ao fenómeno de maturação orgânica
e os impulsos desencadeados pela consequente produção de hormonas sexuais.

Para Freud, este estádio é uma repetição dos precedentes, pelo que se reactivam os
conflitos vividos na infância. O complexo de Édipo é revivido pelo adolescente de uma forma
muito especial. O amor vivido no período fálico em relação ao progenitor do sexo oposto é
agora canalizado para um atracão heterossexual por pessoas alheias ao universo familiar.

A satisfação dos impulsos da libido é agora procurada pela prática de actividades


sexuais de natureza genital (Hall & Lindzey, 1970). Nesta fase os adolescentes, ficam
interessados nos outros por razões recíprocas e altruísticas, e desenvolvem um interesse
especial por pessoas do sexo oposto. Entre as raparigas a vagina sobrepõe-se ao clitóris
enquanto centro de prazer.
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Nos rapazes, o interesse, sexual muda da sua mãe para alguém fora da família com
quem podem viver uma relação intima e socialmente legitimada e aceitável (Mwamwenda,
2004).

5.4. Quadro resumo 1: Fases do Desenvolvimento Psicossexual.

Fig.1: Fases do Desenvolvimento Psicossexual segundo Fraud.


Fonte:www.google.com/todamateria.com
15

6. Mecanismos de defesa

Os mecanismos de defesa são estratégias especiais usadas como protectoras contra


qualquer fenómeno ou coisa que represente uma ameaça ou perigo ao Ego.

A operação destes mecanismos de defesa acarreta escapar de uma situação


ameaçadora ou atenuar essa situação, sendo que o Ego usa desses mecanismos para dar uma
aparência normal a esta situação (Lefrancois, 1980, Mwamwenda, 2004), em que podemos
citar os seguintes mecanismos:

6.1. Repressão

Este mecanismo permite ao individuo impedir que certas experiências se tornem


partes da consciência, optando-se pela transferência dessas experiencia para um inconsciente.
Na repreensão além do bloqueio também pode se recorrer ao esquecimento como forma de
inibir a ocorrência de certos comportamentos. Como por exemplo: Um individuo ansioso
com a chegada dos Pais pode esquecer quanto tempo falta, para poder estar mais tranquilo.

6.2. Intelectualização

Envolve o uso de desculpas para justificar um comportamento não aceitável. Por


exemplo: Um aluno pode justificar o seu fraco rendimento, alegando que os testes eram
muito difíceis.

6.3. Sublimação

A sublimação é a substituição de comportamentos indesejáveis por


comportamentos que são aceitáveis. Um individuo que sabe que a sua religião proíbe o
consumo de álcool, e prefere substituir por refrigerantes e sumos.

6.4. Deslocamento

O deslocamento envolve a focagem de desejos ou hostilidades próprias nos


objectos errados. Um polícia briga com sua esposa e descarrega sua raiva com os reclusos da
instituição em que trabalha.
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6.5. Regressão

Envolve a reversão a um estado anterior de desenvolvimento porque a pessoa é


incapaz de lidar com a nova situação. Por exemplo um aluno que não consegue lidar com a
classe actual e é rebaixado a classe anterior.

6.6. Formação reactiva

Consiste na actuação oposta a maneira como o individuo sente em relação a uma


certa situação ou individuo. Os alunos odeiam o professor, mas em sua presença tende a agir
como se o adorassem.

6.7. Projecção

A projecção envolve a atribuição de características indesejáveis aos outros. Por


exemplo um estudante que copia o teste dos outros, mas que frequentemente acusa os outros
de o fazerem.

6.8. Identificação

O individuo identifica-se ou associa-se a alguém (geralmente popular, ou influente)


e passa a gozar de suas características de forma indirecta.
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7. Conclusão

Neste trabalho abordou-se sobre a teoria do desenvolvimento psicossexual. E concluísse


que desenvolvimento humano é conjunto de transformações e mudanças qualitativas e
quantitativas que ocorrem no individuo, da concepção até a velhice. A teoria de
desenvolvimento Psicossexual foi desenvolvida por Sigmund Freud. Ao desenvolver a sua
teoria Freud defendia que a sexualidade, uma das características mais importantes do ser
humano, está presente desde os primórdios da vida, e que o ser humano é movido por suas
pulsões libidinais direccionadas a busca do prazer

Também conclui-se que na Psicologia do Desenvolvimento Jean Piaget no seu trabalho, se


concentrou em como se dá a construção do conhecimento, ou seja, quais processos estão por
trás da evolução na estrutura do pensamento do ser humano. De acordo com sua tese, o
conhecimento é construído a partir de um sistema que busca se equilibrar, assimilando e
acomodando novidades de maneira cíclica.

Contudo Vygotsky tem uma visão diferenciada do desenvolvimento humano,


considerando as pessoas como construtoras de sua realidade ou representação interna do
mundo em que vivem. Um dos destaques de seus estudos é a perspectiva de que, para
construir seus conhecimentos, o indivíduo interage com o meio e o momento histórico em
que se insere.

Os objectivos propostos foram todos alcançados, uma vez que durante a abordagem do
tema, foi notórios estes aspectos mercados nos objectivos, e acreditasse que o tema foi de
fácil compreensão.
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8. Referencia Bibliográfica.
 DOLTO, F. Psicanálise e pediatria. Rio de Janeiro: Zahar. 1977
 LEVIN, M. Healthy sexual behavior. Pediatr. 1969
 MORAES, Jossana. Teoria Desenvolvimento Psicossexual. FADEUP. 2011. Porto
 FLAVELL, H. J. Psicologia do Desenvolvimento de Jean Piaget. São Paulo:
 Pioneira, 2001.
 FURTH, G. H. Piaget na sala de aula. 4º edição. Rio de Janeiro: Forense-
 Universitária, 1982. 232 p.
 MATOS, M. A.; DANNA, M. F. Ensinando Observação. 4º edição. São Paulo:
 EDICOM, 1999. 143p.
 RAPPAPORT, R. C. Psicologia do Desenvolvimento. Vol. 1 São Paulo:
 E.P.U., 1981. 74p.
 ARENDT, H. A condição humana. 8. ed. ver. Rio de Janeiro: Forense Universitária,
1997.
 BASSOLS. O ciclo da vida humana: uma perspectiva psicodinâmica. Porto Alegre:
Artmed, 2001, p. 127-140.
 BEE, H. O ciclo vital. Porto Alegre: Artmed, 1997.
 BOHOSLAVSKY, R. (1982). Orientação vocacional: A estratégia clínica. (J.M. V.
Bojart, Trad.) São Paulo, SP: Martins Fontes.

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