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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em ensino de Biologia

PSICOLOGIA COMO CAMPO TEÓRICO DA EDUCAÇÃO

Nome: Mariamo Amigo Faque, código: 96230454

Lichinga, Maio de 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em ensino de Biologia

PSICOLOGIA COMO CAMPO TEÓRICO DA EDUCAÇÃO

Nome: Mariamo Amigo Faque, código: 96230454

Trabalho de Campo a ser submetido na Coordenação


do Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia da
UnISCED.

Lichinga, Maio de 2023


Índice
1. Introdução ............................................................................................................................................ 4
1.1. Objectivos......................................................................................................................................4
1.1.1. Geral ......................................................................................................................................4
1.1.2. Específicos .............................................................................................................................4
1.2. Metodologia ..................................................................................................................................4
2. PSICOLOGIA COMO CAMPO TEÓRICO DA EDUCAÇÃO ..................................................... 5
2.1. História evolutiva da psicologia ..................................................................................................5
2.2. Características e Classificação da psicologia ............................................................................6
2.3. A relação da psicologia com a educação .....................................................................................7
2.4. Processo de desenvolvimento humano........................................................................................7
2.5. Teorias da psicologia e da educação. ..........................................................................................8
3. Conclusão ............................................................................................................................................. 9
4. Referências Bibliográficas ................................................................................................................ 10
1. Introdução

As raízes da Psicologia estendem-se à Grécia antiga. Bem mais tarde, reitera-se a influência de
Locke (século XVII), que considerava o homem como passivo (tabula rasa), e de Kant (século
XVIII), para quem o indivíduo pode dirigir o seu desenvolvimento. Marco importante foi a
autonomia da Psicologia como ciência, no século XIX, cuja paternidade é atribuída a James, a
Wundt (1879) ou a Pavlov, dependendo dos autores considerados (Alexander, 2004; Good &
Levin, 2001; Keane & Shaughnessy, 2002; Miller & Reynolds, 2003; Veiga, 2002; Zimmerman
& Schunk, 2003).

Apesar de notórios avanços, nesta primeira metade do século XX, da Psicologia da Educação e
do seu próprio contributo para o aumento do conhecimento na Psicologia científica, permanecem
indefinições acerca da natureza dos estudos que podem ou não ser generalizáveis à prática
educativa, para além da heterogeneidade de temáticas e ausência de limites no objecto de estudo.

1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
 Conhecer a contribuição da Psicologia como campo teórico da educação
1.1.2. Específicos
 Conhecer a história evolutiva da psicologia
 Caracterizar e classificar a psicologia;
 Apontar a relação da psicologia com a educação;
 Descrever o processo de desenvolvimento humano;
 Referir as teorias da psicologia e da educação.
1.2. Metodologia

Para a realização deste trabalho usou-se o método bibliográfico, que consistiu em consulta de
obras, artigos científicos de onde foram extraídos os conteúdos para adequação do estudo em
causa, versando por vários autores.

A pesquisa bibliográfica pode ser definida como aquela que “[...] possibilita um amplo alcance
de informações, além de permitir a utilização de dados dispersos em inúmeras publicações,
auxiliando também na construção, ou na melhor definição do quadro conceitual que envolve o
objecto de estudo proposto (GIL, 1994 apud LIMA; MIOTO, 2007, p.400)

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2. PSICOLOGIA COMO CAMPO TEÓRICO DA EDUCAÇÃO
2.1. História evolutiva da psicologia

As raízes da Psicologia estendem-se à Grécia antiga. Bem mais tarde, reitera-se a influência de
Locke (século XVII), que considerava o homem como passivo (tabula rasa), e de Kant (século
XVIII), para quem o indivíduo pode dirigir o seu desenvolvimento. Marco importante foi a
autonomia da Psicologia como ciência, no século XIX, cuja paternidade é atribuída a James, a
Wundt (1879) ou a Pavlov, dependendo dos autores considerados (Alexander, 2004;Good &
Levin, 2001; Keane & Shaughnessy, 2002; Miller & Reynolds, 2003; Veiga, 2002; Zimmerman
& Schunk, 2003).

Outros autores aparecem também referidos entre os percursores, como Hall (1844-1924), com as
suas pesquisas sobre a psicologia da criança (Miller &Reynolds, 2003; Zimmerman & Schunk,
2003). O nascimento da Psicologia da Educação aparece associado a horndike, considerado o pai
da Psicologia da Educação, com a publicação do livro Educational Psychology, em 1903
(Alexander, 2004; Keane & Shaughnessy, 2002; Miller& Reynolds, 2003; Veiga, 2002;
Zimmerman & Schunk, 2003).

O interesse dos principais autores centra-se no estudo dos processos de aprendizagem (Hilgard,
1996; Beatty, 1998; O’Donnell & Levin, 2001). Horndike realizou a primeira sistematização
consistente do estudo da aprendizagem, formulando uma série de leis de aprendizagem no seu
livro Elements of Psychology,em 1905.

Em suma, na primeira metade do século XX, a Psicologia da Educação foi essencialmente


influenciada pela abordagem comportamental de horndike e, posteriormente, de Skinner (Beatty,
1998; Hilgard, 1996; O’Donnell & Levin, 2001; Pressley & Hilden, 2006). Apesar de notórios
avanços, nesta primeira metade do século XX, da Psicologia da Educação e do seu próprio
contributo para o aumento do conhecimento na Psicologia científica, permanecem indefinições
acerca da natureza dos estudos que podem ou não ser generalizáveis à prática educativa, para
além da heterogeneidade de temáticas e ausência de limites no objecto de estudo.

O que estava em causa não seria o carácter aplicado da Psicologia da Educação, mas saber em
que consistia essa aplicação e o modo de alcançar o seu propósito.

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2.2. Características e Classificação da psicologia

A característica mais marcante da Psicologia é a sua divisão em quatro grandes movimentos ou


forças que diferem por sua visão de mundo e homem e, consequentemente, por sua metodologia
de investigação.

A primeira força da Psicologia desse século é o Movimento Behaviorista, que tem como
premissa a determinação do meio ambiente sobre o comportamento. Esta Escola parte de uma
visão objectiva do homem, percebendo-o como um organismo passivo, manipulado pelos
estímulos do meio. Seu objecto de estudo é o comportamento que é sempre um produto do meio
ambiente. Entre os principais representantes deste movimento temos: John Watson; B. F.
Skinner; e Ivan Pavlov.

A segunda força da Psicologia é o Movimento Psicanalítico. Organizado a partir do pensamento


de Sigmund Freud, enfatiza o estudo no inconsciente, que influenciaria fortemente as acções
conscientes do indivíduo. Sua visão de homem é a de um organismo irracional, podendo ser
governado, manipulado por forças ocultas, instintivas, que ele desconhece. Entre os principais
representantes deste movimento temos: S. Freud; Melanie Klein; e J. Lacan.

A terceira força é o Movimento Fenomenológico Existencial/Humanista que tem como objecto


de estudo a consciência e nega qualquer determinismo, acreditando na liberdade de escolha. O
homem é a fonte de todos os seus actos, ele é essencialmente livre para fazer suas escolhas e o
ponto central é a sua consciência. Entre os principais representantes deste movimento temos:
Husserl; Maslow; e Rogers.

A quarta força da Psicologia é o Movimento Transpessoal, que representa a primeira corrente da


Psicologia contemporânea que dedica atenção privilegiada à dimensão espiritual da experiência
humana. Seu objecto de estudo é o estado alterado de consciência, obtidos através de uma
ampliação da consciência. O termo transpessoal significa ultrapassar ou transcender a
personalidade. Entre os principais representantes deste movimento temos: W. James; C.G. Jung;
e S. Grof.

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2.3. A relação da psicologia com a educação

Hoje em dia, dada à importância da formação do aluno e a necessidade de um professor bem


formado, a psicologia surge como um dos fundamentos essenciais para a prática pedagógica. A
psicologia educacional oferece ao professor o embasamento necessário - aliado aos demais
conhecimentos inerentes à formação profissional para a compreensão das relações que se
estabelecem no contexto escolar.

Coll (2004) entende-se que a psicologia da educação contribui para a compreensão dos processos
de mudança que atravessa o sujeito no percurso das actividades educacionais, englobando o
desenvolvimento e a aprendizagem. De acordo com o dicionário de Psicologia, a psicologia
educacional, é um ramo da psicologia que estuda: 1. as interacções que se estabelecem entre o
indivíduo e as situações de educação; 2. os estados psicológicos resultantes da acção educativa;
3. a influência das variáveis intervenientes no processo educativo” (MESQUITA, DUARTE,
1996).

O embasamento fornecido por este ramo da psicologia também permite ao professor, em todos
os níveis de ensino, reconhecer os factores psicológicos que influenciam no desenvolvimento e
na aprendizagem do aluno. Esse conhecimento possibilita ainda ao professor direccionar o seu
trabalho de forma a garantir as condições para o desenvolvimento social, cultural e cognitivo do
indivíduo.

Deste modo, reconhece-se que a psicologia educacional oferece suporte teórico para o processo
de ensino e aprendizagem.

2.4. Processo de desenvolvimento humano

O desenvolvimento humano é um processo de construção contínua que se estende ao longo da


vida dos indivíduos, sendo fruto de uma organização complexa e hierarquizada que envolve
desde os componentes intra-orgânicos até as relações sociais e a agência humana. Até meados do
século XX, embora diferentes áreas do saber estabelecessem parâmetros e critérios para estudar o
desenvolvimento humano, não havia articulação entre estes saberes, resultando em pesquisas
antagónicas e contraditórias (van Geert, 2003).

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Devido à sua abrangência e complexidade, o desenvolvimento no curso de vida tem sido
abordado, actualmente, a partir de uma noção epigenética e probabilística (Gotlieb, 1996). Isto
significa que cada indivíduo tem seu desenvolvimento delineado por inúmeras possibilidades
vinculadas ao tempo, ao contexto e ao processo (Elder, 1996; Hinde, 1992), exercendo a função
primordial de agente de mudança e de transformação da sua própria história (Branco, 2003;
Elder, 1996; Magnusson & Cairns, 1996).

A participação do indivíduo na construção do mundo social possibilita a emergência de


diferentes significações (e de novidade), que podem transformar o curso de seu desenvolvimento,
assim como afectar a dinâmica da comunidade em que se encontra inserido. Por outro lado, as
práticas sociais afectam as significações e construções simbólicas da pessoa, em uma relação de
bidireccionalidade (Gotlieb, 1996; Valsiner, 2003).

Se, por um lado, as abordagens do desenvolvimento, protagonizadas pela filosofia, afirmavam


ser o desenvolvimento uma ilusão; por outro, os processos de mudança na linha do tempo eram
objecto de estudo das ciências naturais, que os viam como algo real e natural, decorrentes dos
processos evolutivos da espécie.

2.5. Teorias da psicologia e da educação.

A Psicologia assim como as demais ciências é composta por diversas correntes de pensamento,
as quais têm por base em seu processo investigativo práticas e princípios metodológicos de
específicos. Os fundamentos científicos que determinaram o objecto de estudo e o método de
pesquisa da Psicologia foram criados por Wilhen Wundt, em meados do século XIX.

As pesquisas de Wundt possibilitaram o surgimento de outras correntes: o Behaviorismo, teoria


que analisa o comportamento na perspectiva dos condicionamentos sociais, a qual tem como
principal expoente Skinner. O Gestaltismo, corrente que se opõe a visão comportamentalista,
pois defende que os fenómenos da percepção, da memória e da afectividade eram vivenciadas
sob a forma de estruturas. A Psicologia Cognitiva, em que os estudos de Jean Piaget, concluíram
que a aprendizagem se faz por etapas.

Sendo assim, essas principais correntes da psicologia, possibilitam a compreensão do


desenvolvimento de pressupostos necessários ao processo de aprendizagem.

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3. Conclusão

Terminado o presente estudo percebemos que hoje em dia, dada à importância da formação do
aluno e a necessidade de um professor bem formado, a psicologia surge como um dos
fundamentos essenciais para a prática pedagógica. A psicologia educacional oferece ao professor
o embasamento necessário - aliado aos demais conhecimentos inerentes à formação profissional
para a compreensão das relações que se estabelecem no contexto escolar.

O embasamento fornecido por este ramo da psicologia também permite ao professor, em todos
os níveis de ensino, reconhecer os factores psicológicos que influenciam no desenvolvimento e
na aprendizagem do aluno. Esse conhecimento possibilita ainda ao professor direccionar o seu
trabalho de forma a garantir as condições para o desenvolvimento social, cultural e cognitivo do
indivíduo. Deste modo, reconhece-se que a psicologia educacional oferece suporte teórico para o
processo de ensino e aprendizagem.

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4. Referências Bibliográficas

Alexandre, P. (2004). No ano de 2020: vislumbrando as possibilidades da psicologia


educacional. Psicóloga Educacional, 39 (4), 149-156.

Branco, A. U. (2003). Desenvolvimento social em contextos sociais: Padrões de interacção


cooperativos e competitivos em interacções entre pares. Em J. Valsiner & K. Connolly
(Orgs.), Manual de psicologia do desenvolvimento (pp.238-256). Londres: Sage.

Cole, M. & Cole, S. (2004). O desenvolvimento da criança e do adolescente. (M.F. Lopes,


Trad.) Porto Alegre: Artmed.

GIL, A. C. (1994). Como elaborar projectos de pesquisa. 5.ed. São Paulo: Atlas.

Keane, G. & Shaughnessy, M.F. (2002). Entrevista com Robert J. Sternberg sobre Psicologia
Educacional: o atual «Estado da Arte». Educational Psychology Review,14,313–330.

LIMA, T. C. S. de; MIOTO, R. C. T. (2007). Procedimentos metodológicos na construção do


conhecimento Científico: a pesquisa bibliográfica. Katál, Florianópolis,v.10,spe.

Magnusson, D. & Cairns, R. B (1996). Ciência do desenvolvimento: em direcção a uma


estrutura unificada. Em R. B. Cairns, G. H. Elder & E. J. Costello (Orgs.), Developmental
science (pp.7-30). Nova York: Cambridge University Press.

Miller, J. ,& Reynolds, A. (2003). O locus de efeitos de alvos redundantes e não alvos:
Evidências do paradigma do período refractário psicológico. Journal for Experimental
Psychology: Human Perception and Performance, 29, 1126-1142.

Veiga, F. H. (2007). Indisciplina e Violênciana Escola: Práticas comunicacionais para


professores e pais (3.ªedição).Coimbra:Almedina.

Zimmerman, B. J. & Schunk, D. (2003). Albert Bandura: o estudioso e suas contribuições para
a psicologia educacional

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