Erik Erikson aprimorou a teoria freudiana desenvolvendo a teoria das
fases de desenvolvimento, enfatizando o ego em detrimento do id e reconhecendo o impacto da personalidade na cultura, na sociedade e na história. O crescimento da personalidade é dividido em oito fases. Um conflito em cada fase depende de forças genéticas, mas o ambiente ajuda a determinar se elas são ou não realizadas.
A fase oral-sensorial (do nascimento até 1 ano) pode resultar em
confiança e desconfiança. A fase muscular-anal (de 1 a 3 anos) leva à vontade autônoma ou à dúvida. A fase locomotora-genital (dos 3 aos 5 anos) desenvolve iniciativa ou culpa. A fase de latência (dos 6 aos 11 anos) resulta em diligência ou inferioridade. A adolescência (dos 12 aos 18 anos) é a fase na qual se forma a identidade do ego (a época da crise de identidade), levando à coesão da identidade ou à confusão de papéis. O início da fase adulta (dos 18 aos 35 anos) resulta na intimidade ou isolamento. A idade adulta (dos 35 aos 55 anos) leva à preocupação com as próximas gerações ou à estagnação. A maturidade (acima dos 55 anos) é expressa na integridade do ego ou no desespero.
Cada fase permite o desenvolvimento de forças básicas que surgem das
maneiras bem adaptadas de lidar com os conflitos. As forças básicas são: a esperança, a vontade, o objetivo, a competência, a fidelidade, o amor, o cuidado e a sabedoria. Pode haver má adaptação se o ego for composto só de tendências bem ou mal adaptadas.
Erikson apresentou uma imagem lisonjeira e otimista da natureza
humana. Nós temos a capacidade de atingir forças básicas, solucionar cada conflito de maneira positiva e dirigir conscientemente o nosso crescimento. Não somos vítimas de forças biológicas ou experiências da infância e somos mais influenciados pela aprendizagem e pelas interações sociais do que pela hereditariedade. Os métodos de avaliação de Erikson eram a ludoterapia, estudos antropológicos e análise psico-histórica. Suas pesquisas baseavam-se em estudos de caso. As seis primeiras fases e o conceito de identidade de ego têm um suporte considerável de pesquisas. Todavia, a crise de identidade pode ocorrer depois da época imaginada por Erikson e cursar uma faculdade pode adiar a resolução da crise. Outras pesquisas confirmam a importância do desenvolvimento de um senso de confiança no início da vida e os benefícios da preocupação com as próximas gerações na meia-idade. Entre os membros de grupos de minorias, a formação da identidade étnica na adolescência pode afetar o desenvolvimento da identidade do ego e influenciar o comportamento subsequente. A identidade de preferência sexual também pode afetar as características da identidade do ego.
As críticas à teoria de Erikson concentram-se na terminologia ambígua,
descrições incompletas das fases psicossociais e afirmações mal corroboradas de diferenças de personalidade entre homens e mulheres baseadas em fatores biológicos.