Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Pulsão
Pulsão se mostra como um representante mental do que acontece quando
estímulos físicos chegam na mente. À primeira vista, pode lembrar bastante a
natureza do instinto. Entretanto, esta não se guia por uma necessidade e se
mostra mais difícil de saciar ou parar.
Desejo
Na teoria da Psicanálise, o desejo se mostra como uma construção em querer
no modo consciente. Contudo, o inconsciente também possui desejos que
reprimimos ou queremos não olhar. Com isso, acabam se fixando em alguns
elementos e sendo trazidos á tona através dos:
• Sonhos - Os sonhos são respostas para tudo aquilo que vivenciamos
conscientemente ou não. Ou seja, nossos desejos reprimidos podem se
manifestar livremente aqui.
Teoria Psicanalítica
Defeitos
Essas repressões contínuas acabam por alimentar nossas falhas e perpetuar os
nossos defeitos.
Criações artísticas
Para alguns, a forma de extravasar esses desejos escondidos é através da arte.
Nesse caso, muitos se valem de pinturas, danças ou músicas com mensagem
nas entrelinhas.
Compromisso
O compromisso na teoria psicanalítica pode ser descrito como um querer de
nossa dualidade consciente e inconsciente. Enquanto uma parte quer uma
coisa, a outra quer algo totalmente diferente. Quando esquecemos de ir em um
compromisso, podemos observar que esse esquecimento não intencional foi
bem recebido porque não queríamos ir de fato.
Transferência
Transferência se trata de um processo onde emitimos associações livres sem
qualquer resistência. Acontece que tais associações acabam sendo direcionadas
para o analista durante a sessão. Isso acontece porque o analista acaba sendo
visto como uma figura importante na vida do paciente que condensa essas
ideias.
Teoria Psicanalítica
Complexo de Édipo
A partir dos 2 anos de idade as crianças passam a mostrar um amor pelo pai do
sexo oposto. Nesse caminho, direciona uma hostilidade ao genitor com sexo
semelhante. Tudo acontece porque, segundo a Psicanálise, começa a fase de
identificação amorosa com um dos pais como parte do desenvolvimento.
Estrutura da psique
Quando o Complexo de Édipo é finalizado, temos agora o composto de nossa
personalidade. Todavia, cada um de nós apresentará algum nível de neurose,
perversão ou psicopatia. A normalidade se encontra em apresentar sintomas
menores de um desses três e não em não ter esses sinais.
Sonhos
Sonhos
Na teoria psicanalítica, os sonhos são passagens complexas ao nosso
inconsciente, sendo formulados por desejos e experiências. Assim que os
interpretamos, podemos revelar percepções ocultas e desejos escondidos que a
consciência não tem acesso.
Pulsão de morte
A teoria crítica da Psicanálise acredita que buscamos incessantemente o prazer,
mas o contrário também. A pulsão por morte seria a busca inconsciente pelo
desprazer e a sua repetição. Por exemplo, quando sentimos falta de algo para
lembrar de sua essência, porém nos machucamos com a saudade.
Teoria Psicanalítica
Instintos
Os instintos se configuram como respostas automáticas a algum estímulo
externo em prol da sobrevivência. Trata-se de um mecanismo de sobrevivência
que é acionado quando fatores ambientais se inclinam sobre nós. A exemplo, o
medo, fazendo com que não se coloque em risco.
Id
Id é uma das instâncias da mente, responsável por nossos desejos inconscientes
e pulsões. Existe um conflito com as demais instâncias, já que o Id precisa lidar
com filtros e proibições dos outros campos. É o nosso lado mais selvagem, de
modo a nos impulsionar à satisfação imediata e inconsequentemente.
Ego
Na teoria psicanalítica, o Ego se mostra como a figura representativa da
organização. Ele é a ponte entre nosso conjunto psíquico e o ambiente físico e
social em que vivemos. Dessa forma, se torna um mediador da exigência do
Superego e dos impulsos do Id.
Superego
O Superego age como se fosse a nossa central da moralidade, proibições e
ordens. Nisso, se torna um vigilante de nossas ações, nos repreendendo de
forma contínua a qualquer entrega desenfreada. Todavia, o mesmo é bastante
severo, alimentando a culpa sempre que os prazeres tomam conta.
Teoria Psicanalítica
Alienação
A alienação faz parte do conjunto de ideias promovidas pelo psicanalista
Jacques Lacan. De acordo com ele, cada ser humano é construído com base no
discurso do outro. Desde que nascemos, somos embebidos em argumentos de
terceiros que moldam nossas fantasias e desejos.
Libido
A teoria da Psicanálise indica a existência de uma força energética sexual que
movimenta o ser humano. A libido é uma energia que vem diretamente do
desejo e das pulsões, afetando o nosso comportamento. De forma simplista, é
uma carga que pode nos mover para os prazeres da vida e do desenvolvimento
ou do sofrimento.
Sintoma
O sintoma, segundo Freud, é a expressão única de um conflito psíquico no
paciente. Nisso, se mostra como uma mensagem inconsciente direcionada para
a satisfação pulsional, invenção-criação ou mesmo gozo.
Níveis de consciência
Dada à complexidade, Freud achou conveniente dividir a nossa mente para que
pudesse observá-la melhor. Nesse caminho surgiram os níveis da consciência,
planos paralelos que identificam estados inerentes ao campo mental.
O primeiro é a:
Consciência
Consciência é o estágio onde temos quase plena percepção sobre nós mesmos.
Somos responsáveis diretos por nossas ações, falas e pensamentos, sem contar
uma maior ciência da parte emocional.
Teoria Psicanalítica
Pré-consciência
Inconsciente
PRATICA PSICANALÍTICA
Podemos elencar como primeiro item dia fundamentos o abandono da
abordagem hipnótica, abandono da sugestão. Na psicanálise o terapeuta não
exerce comando, não diz o que o analisando deve fazer.
Freud percebeu que a sugestão podia fazer com que o sintoma desaparece,
porém sempre retornava após algum tempo. A hipnose não dava conta de
eliminar sintomas, pois mesmo em estado hipnótico, a mente criava respostas
para não enfrentar verdadeiramente a origem do sintoma. É a partir do
abandono da sugestão que surge a livre associação, regra fundamental da
psicanálise. Ao entender que mesmo sob hipnose havia resistência, parte-se
então para a análise do discurso livre do indivíduo. O analista agora estava
ouvindo a resistência que surgia nas palavras desfiladas livremente durante
uma sessão.
Teoria Psicanalítica
Quanto mais a pessoa fala livremente, mais ela consegue ir se percebendo
nesse discurso é justamente por isso, não deve haver interferência do
terapeuta.
A resposta vem do próprio paciente e não do “curador”!
O terapeuta que não sugestiona, não diz o que deve ser feito. Ele ouve e ajuda
o indivíduo a perceber-se.
Essa sim é a terapêutica: perceber-se através do próprio discurso. Discurso esse
que falado livremente, anuncia o que até então estava oculto, defendido no
silêncio de si. O indivíduo não fala sobre o assunto, justamente para manter o
comportamento. Quando não falamos sobre algo, isso nos possibilita não
termos que lidar com o que não é verbalizado.
Falar modifica a realidade. Ninguém resiste à falar, mas resiste a lidar com a
mudança que surgirá a partir da conscientização surgida pela fala de si mesmo
e de seus afetos. Aquilo que não é falado fica reprimido e as resistências são
camadas que “protegem” esse núcleo. A análise é o “descascar” essas camadas,
tal qual uma cebola. O analista ajuda o analisando a descascar sua “cebola” até
conseguir chegar ao núcleo patogênico de seu sofrimento e trauma.
A teoria tem por função estruturar uma prática que visa reduzir as resistências
do analisando. O analista é aquele que irá deixar o analisando a vontade para
falar de tudo aquilo que o afeta, inclusive aquilo que ele se sente compelido a
esconder até de si mesmo. Podemos entender que a resistência é alicerçada no
complexo paterno e cabe ao processo analítico ajudar o indivíduo à superar a
lei do outro.
Teoria Psicanalítica
O complexo paterno é uma série de entendimentos de regra que a criança
“colheu” do ambiente, entendendo como as regras da casa, do ambiente. E a
partir daí passa a conduzir sua vida, obedecendo essa lei e sempre sentindo
medo de ser punido por tudo aquilo que vá contra tais regras.
O indivíduo vive temendo o que deseja, teme o que sente, pois entende que
aquilo é marginal à regra e a partir daí estrutura a repressão. Ao sentir medo de
ser punido pelo pai, pela regra, o indivíduo reprime e então surgem sintomas.
O indivíduo não faz análise porque teme. Teme a lei e a punição que será
executada ao surgir a verdade no discurso. Ele se vê tendo que escolher entre o
campo da verdade (campo do desejo) e o campo da autoridade. A verdade
humana é a verdade do desejo humano.
O método de livre associação já deve ser aplicado com o paciente deitado sob o
divã, e o analista fora do seu campo de visão.Essa espécie de “ritual de
passagem”, quando o paciente sai do atendimento frente a frente para o divã, é
uma espécie de marca simbólica do início do trabalho proposto, implicando,
por sua vez, seu comprometimento com a regra fundamental.
2. Atenção flutuante
Essa regra técnica tem como objetivo conhecer e dominar o contador, pois
somente assim o analista terá um ambiente favorável à análise ao longo do
tempo. Basicamente, a regra guia os analistas a não privilegiarem objetos ou
elementos particulares apresentados no discurso analisado.
Teoria Psicanalítica
Em seu texto, Freud pontua sobre a necessidade de prestar a mesma atenção
fluente a tudo o que se escuta durante o método da livre associação, sem
aplicação dos pré-julgamentos conscientes e das defesas inconscientes do
próprio analista.
Com a atenção flutuante, o analista atua com a sua compreensão, mas somente
até onde lhe permitem seus próprios complexos e resistências. Por isso, Freud
pontua a importância da contratransferência, ou seja, a análise prévia do
psicanalista, para o sucesso do tratamento.