ANÁLISE DO PERSONAGEM

Gregory House
Eduardo Chideroli, Ester Santandel, Maria Clara Mattos, Renan
Palácios e Samara Dantas
Nome: Gregory House
Data de nascimento: 15 de maio de 1959
Biotipo: Homem branco, possui olhos da cor azul e cabelos grisalhos.
Filiação: John House (piloto da marinha americana) e Blythe House (dona
de casa)
Nacionalidade: Americano
Idiomas: Inglês, Espanhol, Mandarim, Chines, entre outros.
Formação: Graduado em Medicina pela Universidade Johns Hopkins,
situada em Baltimore, Maryland, Estados Unidos; Residência Médica em
Patologia; Especialista em Nefrologia e Infectologia pela universidade de
Michigan, situada em Ann Arbor, Michigan.
Local de trabalho: Hospital Universitário de Princeton Plainsboro, Princeton,
Nova Jersey, EUA
Função: Diretor de Diagnósticos
Residência atual: Princeton, Nova Jersey, EUA (um dos estados mais industrializados dos
EUA, além de ser composto majoritariamente por pessoas brancas)
Rendimento anual: 300 mil dólares
Classe Socioeconômica: Média-Alta
Estado Civil: Divorciado

O rendimento anual foi baseado em uma média salarial de profissionais que atuavam no mesmo campo
que House do ano de 2012, informação mais antiga obtida nesse sentido. O método escolhido para a
contextualização socioeconômica do personagem foi esse, uma vez que essa informação não é citada na
série.
 DESCRIÇÃO

Desde a infância, Gregory fora uma criança brilhante, obediente e também

com vários hobbies, no entanto, John era um pai extremamente exigente
com padrões de perfeição e regras que, sem exceções, deviam ser
seguidas. Mesmo praticando inúmeras atividades, House não possuía
amigos pois não os cultivava e/ou mantinha.
 DESCRIÇÃO

Gregory não tem muitas pessoas próximas, além de Lisa Cuddy, uma paixão
do passado que não foi levada adiante devido a intercorrências da vida
acadêmica, ele possui apenas um amigo, Dr. James Wilson, divorciado, chefe
do departamento de Oncologia.

Gregory ficou um tempo desempregado e é Lisa quem o contrata em seu

emprego atual, pois era chefe e reitora de medicina do Hospital Universitário
princeton-plainsboro.
 DESCRIÇÃO

Após sofrer um ataque cardíaco quando tinha 40 anos, o patologista passou

por uma série de episódios em que sua vontade foi contrariada.

Passou por uma cirurgia que salvou a vida dele, mas que deixou inúmeras
sequelas, tanto físicas quanto emocionais. House passa então a sentir dores
crônicas e intensas, adquire, além de uma cicatriz, a necessidade de utilizar
uma bengala para locomoção e o vício em um analgésico narcótico chamado
“Vicodin”.

Ademais, Gregory realizou experiências, também vistas por seus colegas como
expressões autodestrutivas, com substâncias em si mesmo, utilizando-se como
cobaia médica e se colocando em perigo constantemente.
INDICAÇÃO E DEFINIÇÃO DOS
PRINCIPAIS CONCEITOS DA TEORIA

Para Sigmund Freud, o corpo é a fonte básica de toda experiência

mental, onde cada pensamento, ação ou desejo tem uma causa
precedente que pode ser consciente ou inconsciente (determinismo
psíquico), como uma força, e a preocupação principal é a força
dinâmica que modifica os comportamentos.
 1° TÓPICA

Inconsciente: É a maior parte da mente e é, em sua maior

porção, desconhecido. Acredita-se que nele estão presentes os
elos entre pensamentos e sentimentos, “coisas” que nunca foram
ou serão conscientes, como pensamentos censurados pelo
superego, que podem ser moralmente inaceitáveis e por isso foram
reprimidos.

Pré-consciente: Uma pequena parte do inconsciente que pode

ou não se tornar consciente. Estão presentes nele memórias
acessíveis (lembranças do ontem, seu nome do meio, série ou
comida preferida e etc).
Consciente: Uma pequena parte da mente onde se
encontram os acontecimentos que em algum
momento são percebidos tais como são, é tudo
aquilo que se conhece de si mesmo.

Pulsões ou instintos: As pulsões ou instintos são

forças internas, uma representação psicológica
inata de uma fonte de excitação. A representação
psicológica é chamada de desejo, e a excitação
corporal da qual se origina é chamada de
necessidade. Os instintos são considerados os
fatores que motivam a personalidade.
 2° TÓPICA
O aparelho psíquico
Id: É a estrutura original da personalidade, localizado no
inconsciente, ele é a primeira coisa que existe, uma criança nasce
apenas com o id e a partir do mesmo se origina ego e superego.

Ego: Surge como consequência dos embates do id com a

realidade, ele distingue as coisas da mente com relação ao mundo
externo, ele obedece o princípio da realidade e funciona pelo
processo secundário (evitar a descarga de tensão até haver um
objetivo apropriado para satisfazer essa necessidade).

Superego: Tem sua formação advinda dos pais, e começa a se

constituir com a resolução dos conflitos edípicos da fase fálica, é a
parte moral da psique, ele representa os valores impostos pela
sociedade, através do superego temos os pensamentos de
autocontrole por exemplo.
Recalque: O processo de recalcamento consiste na repressão de uma experiência,
desejo ou percepção, de modo a evitar uma situação dolorosa para o sujeito, ou, de
maneira mais objetiva, torna-se inconsciente. Ocorre para que o consciente não
entre em contato com a dor/desconforto geradas anteriormente, evitando de que o
indivíduo viva no momento presente um incômodo anterior.

Catexia: O deslocamento de energia de um objeto para outro é o aspecto mais

importante da dinâmica da personalidade. Ele explica a aparente plasticidade da
natureza humana e a notável versatilidade do comportamento humano. Praticamente
todos os interesses, preferências, gostos, hábitos e atitudes adultas representam os
deslocamentos de energia das escolhas de objetos instintuais originais.
Energia Psíquica: Energia presente em um instinto usado para movimentar um “corpo”,
uma ação, um desejo ou pensamento. Ela é flexível, plástica e volátil, pode se deslocar
para onde há necessidade. Quando chega ao “local” que a demanda fica ali até que não
seja mais necessária. No fim de cada dia/acontecimento existe um acúmulo de tensão e
energia, e a mente/corpo/ego buscará sempre o equilíbrio para o não colapso do corpo.

Instintos Básicos: Um instinto tem quatro aspectos característicos: uma fonte

(necessidade corporal), uma meta (demanda do id), um objeto (objeto que diminui a
necessidade e tensão) e um ímpeto (necessidade e intensidade).

Libido e Energia Agressiva: Para Freud existem dois tipos de instintos: os de vida (eros),
que são necessidades, são aqueles que nos movem a viver e buscar prazer, tem como
principal fonte de energia a libido; e os instintos/pulsões de morte (thanatos), uma energia
autodestrutiva que quando destinada para dentro pode aumentar a tensão, causar
doenças e quando destinada para fora se manifesta através da agressividade e violência,
têm como principal fonte de energia as pulsões agressivas.
ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DO
PERSONAGEM A PARTIR DA TEORIA

House tem dificuldades em encontrar e manter relacionamentos

interpessoais duradouros com as pessoas, que por sua vez não
tentam se aproximar dele devido ao seu sarcasmo, que nada mais
é o que uma forma de defesa. Por trás da máscara de médico
insensível, Gregory esconde uma série de conflitos internos e
inseguranças no que diz respeito a sua validação.

Apesar de sua dificuldade em confiar nas pessoas House possui

uma amizade duradoura, dotada de grande admiração, com o
oncologista James. E por isso compete com a mulher de seu
amigo pela atenção do mesmo, evidenciando sentir medo de ser "Você tem inveja de uma criança de onze
anos porque você tem onze anos."
rejeitado e/ou deixado de lado.
Amizade com o
Wilson
House projeta sua ansiedade nas pessoas a sua volta, a causa de não
manter relações, ser ríspido e resguardado estão sempre no outro e
não em si mesmo. Segundo a concepção freudiana de ansiedade,
podemos entende-la como uma "crise do desejo", um excesso de
expectativas sobre algo. Nesse caso manifestada como "não quero
que isso aconteça".

Ademais, House sente aversão a regras e é viciado em trabalho, o que

nos diz muito sobre como os conflitos mal resolvidos na infância
influenciaram a formação de sua personalidade.

Partindo pro lado da racionalização, ele busca encontrar motivos

racionais em relações ou pensar somente pelo racional, excluindo o
emocional. Assim consegue justificar suas ações e pensamentos que,
fora desse campo seriam considerados infundados ou irreais.
House fala sobre
sentimentos
Costuma afastar as pessoas que tentam se aproximar muito dele,
uma vez que, quando nessas relações, se sente vulnerável e em
perigo. Em decorrência disso, Gregory costuma se isolar antes que
algo assim ocorra, de maneira a evitar "prejuízos".

Sente a necessidade de se provar o melhor constantemente, mesmo

não sendo saudável, isso fez com que o mesmo salvasse muitas vidas
através de seus brilhantes diagnósticos, mas não parece representar
muito mais do que um sistema de manutenção egóico que tem por
objetivo a validação de si mesmo, seja pelo sucesso nos casos ou na
atenção que recebe por se comportar dessa maneira.
A utilização de vicodin de maneira descontrolada faz
parte da vida de house, ele utiliza a droga para fugir do
presente angustiante, ou seja viver mancando e com dor
após sofrer um infarto na perna direita, o que causou
uma necrose no músculo da coxa. Essa fuga do presente
é um mecanismo de defesa chamado de regressão, que
funciona como uma forma de retiro, voltando a um
período anterior na qual o sujeito se sentia mais seguro e
não eram conhecidos os conflitos em questão. House
consegue lidar de forma prudente com as questões
relacionadas ao seu trabalho, porém, em relação aos
sintomas e estragos que a droga tem causado em sua
vida pessoal reage com ignorância.
Considerações finais

Além dos conceitos citados no trabalho pode-se realizar diversas outras relações entre o
corpo da teoria psicanalítica freudiana com a personagem analisada. Apesar da dificuldade
em se compreender os mecanismos que regem a construção da personalidade, além das
diversas dúvidas que surgiram ao longo do caminho, exercer, mesmo que de maneira
ficcional a profissão a qual escolhemos atuar fez com que pudéssemos tirar o máximo de
proveito de cada conteúdo visto em sala.
REFERÊNCIAS
ASKOWISK, Welder. Anti-vacinas | Dr. House. YouTube, 07 de Set 2020. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=xM_7OiU5AR0>. Acesso em: 30 de set 2022.

BARONI, T.B. Dr. House. Psicologia em séries, Valinhos, 2019. Disponível em:
<https://www.psicologiaemseries.com.br/post/dr-house >. Acesso em: 04 de Ago. 2022.

CORSO, D.L. e CORSO, M. Ainda o Dr. House. Psicanálise na Vida Cotidiana. Porto Alegre, 2009.
Disponível em: <http://www.marioedianacorso.com/ainda-o-dr-house#comments>. Acesso em: 04
de ago. 2022.

FADIMAN, J. e FRAGER, R. Teorias da Personalidade. São Paulo: HARBRA, 1986. Disponível em:
<https://drive.google.com/drive/folders/1Ed2hhU6l_f0IaoyNNg9YgfVfPgWhT4uh >. Acesso em: 09
de Set. 2022.
REFERÊNCIAS

GREGORY House. Fandom Wiki, 2010. Disponível em:

<https://house.fandom.com/wiki/Gregory_House >. Acesso em: 04 de Ago. 2022.

HALL, C. S., LINDZEY, G. & CAMPBELL, J. B. Teorias da personalidade. Porto Alegre: Artmed, 2007.
Disponível em: <https://drive.google.com/drive/folders/1Ed2hhU6l_f0IaoyNNg9YgfVfPgWhT4uh >.
Acesso em: 09 de Set. 2022.

SILVA, R.A.P. A medicina de Dr. House. CEU Diagnósticos, Belo Horizonte, s.d. Disponível em:
<https://www.clinicaceu.com.br/blog/a-medicina-de-dr-house/ >. Acesso em: 04 de Ago. 2022.