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O universo emocional

feminino:
A construção da
autoestima.
“Há milênios, sob todas as suas formas – barro esmaltado ou não, faiança,
porcelana – a cerâmica está presente em todos os lares, humildes ou aristocráticos.
Tanto que os antigos egípcios diziam “meu pote” para dizer “meu bem”, e nós
mesmos, quando falamos em reparar danos de qualquer espécie, ainda dizemos
‘pagar os vasos quebrados’ [payer les pots cusses].”
Claude Lévi-Strauss
Pensar no universo feminino é mergulhar
em águas profundas e obscuras. A
mulher é um enigma, como já dizia Freud, e
a tarefa de decifrá-la é difícil de cumprir,
portanto.
“É difícil, entre nós, a elaboração de uma linguagem do feminino,
na visualidade contemporânea. A mulher busca os seus idiomas
próprios, nos espaços recém-abertos para ela.”
Lélia Coelho Frota, A fala feminina
Chega uma hora que você tem que mudar Portanto comecei a peneirar, comecei a tirar
o curso da sua vida e peneirar tudo que o que tem sido pequeno demais pra mim,
tira o brilho do seu olhar, tudo que anula o e ficando com o que realmente vale a pena,
seu sorriso, tudo que te decepciona tanto em coisas, como em pessoas ,
E isto inclui pessoas e também coisas. como em sentimentos.
Não que eu Mesmo que seja difícil, mas chega
seja egoista, mas as vezes o nosso coração uma hora que a alma da gente pede socorro,
necessita de cuidados, e se a gente não se lugar, espaço , só pra tentar florescer de
posicionar quanto a isto , ninguém o fará. novo, mesmo em meio a dor .
UNIVERSO FEMININO
O QUE QUEREM AS MULHERES?

A grande questão elaborada no início do século XX por Freud, pai da


psicanálise, sobre o que realmente queriam as mulheres, ainda ecoa. Porém,
agora, com respostas mais plausíveis. As mulheres querem ser donas de sua
própria vida, no sentido da necessidade de ter o poder de escolha para
exercerem sua vocação, seja como profissional, mãe, pesquisadora, dona-de-
casa ou mesmo no acúmulo de todas as funções simultaneamente. Elas
querem aquilo que lhes foi negado por séculos: ser uma pessoa no amplo
sentido, com todos os direitos e deveres, com todos os prazeres e dores, com
todas as certezas e angústias
O que é autoestima?
De um jeito bem simples, a autoestima é acreditar em si mesmo,
acreditar que é bom e pode fazer bem as coisas. Você tem
confiança em si mesmo e sabe que, aconteça o que acontecer,
ficará bem.

 AUTO ESTIMA NÃO É AUTO CONFIANÇA

Há uma diferença bem sutil, porém importante, entre autoestima e


autoconfiança. A autoconfiança é a maneira como você se sente
diante de suas habilidades.
AUTO ESTIMA NÃO É AUTO CONFIANÇA

Há uma diferença bem sutil, porém importante, entre autoestima e


autoconfiança. A autoconfiança é a maneira como você se sente diante de
suas habilidades.

Você pode ter uma boa autoconfiança em alguma atividade que pratique
(esportes, trabalho etc.), porém uma baixa autoestima.
Já a autoestima é um sentimento que vem de dentro. É a maneira como
você se enxerga e percebe o seu valor. A baixa autoestima faz com que
você se perceba incapaz, sem valor e como sendo “pior que os outros”.
Abaixa autoestima pode levar a problemas
significativos de saúde física e mental, incluindo
ansiedade, depressão, distúrbios alimentares e
dependência química.
Por outro lado, uma boa autoestima o ajudará a
ter mais saúde e bem-estar, melhores
relacionamentos e níveis mais altos de felicidade,
satisfação e sucesso.
IMPACTO DA AUTOESTIMA NA VIDA PESSOAL

Pessoas com baixa autoestima podem se considerar


inadequadas, incompetentes e até desagradáveis.
Embora muitas vezes saibam, no nível “consciente”, que
essas condições não são verdadeiras, ainda assim as
sentem profundamente por dentro. É isso que torna os
desafios da autoestima tão complicados. O problema
real não se trata da realidade do que é, mas a forma
como alguém se sente.
BAIXA AUTOESTIMA ALTA AUTOESTIMA

Parecer socialmente retraídos ou


quietos, negativos, inseguros, indecisos, Sentem um forte senso de
infelizes ou até irritados. valor próprio, confiança e
autoaceitação.
Geralmente se encontram em Tendem a encontrar-se em
relacionamentos prejudiciais, tem relacionamentos saudáveis, cuidam de si
medo do fracasso e se preocupam mesmos e são mais resistentes quando
demais com o que os outros pensam. confrontados com contratempos,
obstáculos e falhas.
Em geral, tendem a defender mais o que
acreditam e não têm medo de dizer o
que pensam.
SENDO ASSIM...
A autoestima é definida como a avaliação afetiva do valor, apreço ou
importância que cada um faz de si próprio. A autoestima está
relacionada de forma significativa com o bem-estar.
O bem-estar pode ser considerado como a capacidade de regulação
emocional.
Os avanços na neurociência têm permitido um conhecimento mais
preciso das conexões e circuitos neurobiológicos associados às
emoções15, além da sua implicação na tomada de decisões em
diferentes situações da vida cotidiana
A AUTOESTIMA PODE SER CLASSIFICADA EM:
EXPLÍCITA E IMPLÍCITA.

AUTOESTIMA EXPLÍCITA A AUTOESTIMA IMPLÍCITA

O sentimento consciente de Pode estar relacionada com a


valor próprio e aceitação de internalização de problemas
um indivíduo categoriza a psicológicos, sendo definida
autoestima. como uma avaliação
relativamente automática e não
consciente do self, que orienta
reações espontâneas e estímulos
auto relevantes
A baixa autoestima pode ter origem em diversos
fatores.
É influenciada pela maneira como outras pessoas nos
veem e nos tratam, e por nossos relacionamentos. E é
por isso que a influência de nossos pais tem o
impacto mais significativo em nossa autoestima. Mas
também existem muitos outros fatores que podem ser
responsáveis pela baixa autoestima.
INDICADORES PARA A BAIXO AUTOESTIMA

• Uma infância infeliz: Aqueles que cresceram com pais severos, muito críticos,
abusivos ou negligentes têm maior probabilidade de enfrentar desafios com
sua própria autoestima. Já quem experimentou aceitação, aprovação e afeto
têm maior probabilidade de ter uma maior autoestima.
• Experiências de fracasso: para algumas pessoas a autoestima está ligada ao
seu sucesso e realizações ou à falta dele. Isso inclui situações de fracasso ou o
não atingimento de metas ou expectativas.
• Experiências traumáticas: Abaixa autoestima também pode resultar de
experiências ruins ou eventos traumáticos, como algo que alguém lhe disse ou
algo que alguém fez. Essencialmente, pode resultar de qualquer coisa que
tenha suscitado sentimentos de vergonha, culpa ou falta de valor.
INDICADORES PARA A BAIXO AUTOESTIMA

* A redução ou ausência de apoio social parece contribuir com o desenvolvimento de


percepções distorcidas, ideias negativas a respeito de si, dos outros e das relações, além
de promover uma maior sensibilidade à rejeição e reprovação social.
* A insatisfação com a aparência corporal favorece à exclusão de contatos pessoais,
podendo gerar uma fobia social, assim, como alterações na imagem corporal.
A renúncia ou desistência, considerada como ato de abdicação de algo que almeja.
* O perfeccionismo disfuncional, mal adaptativo ou neurótico consiste de uma autocrítica
extrema e uma sensação crônica de inadequação em atender às expectativas e padrões
de desempenho.
* O estigma dos transtornos mentais, ou seja, a interiorizado da doença mental, esta
vinculado ao aumento da depressão, redução da orientação para recuperação,
capacitação reduzida e aumento percebido de desvalorização e discriminação.
INDICADORES PARA A BAIXO AUTOESTIMA

A AUTOESTIMA É, MUITAS VEZES, CONCEITUADA COMO UM


RECURSO PSICOLÓGICO DE PROTEÇÃO QUE PERMITE QUE
AS PESSOAS SE ADAPTEM E SE RECUPEREM DE EVENTOS
ESTRESSANTES. O ESTRESSE É DEFINIDO COMO UM
DESEQUILÍBRIO ENTRE OS DESCONTENTAMENTOS DIÁRIOS,
AS EXIGÊNCIAS EMOCIONAIS E AS ESTRATÉGIAS DE
ENFRENTAMENTO. AS PESSOAS EXPOSTAS A NÍVEIS
ELEVADOS DE ESTRESSE PODEM SER MAIS PROPENSAS A
PERCEBER SITUAÇÕES DE FORMA NEGATIVA, AUMENTANDO
O RISCO DE ADQUIRIR DEPRESSÃO.
INDICADORES PARA A BAIXO AUTOESTIMA

* A coesão familiar insatisfatória impossibilita o indivíduo de


constatar o afeto dos seus familiares, gerando uma ideia
distorcida e negativa do seu autoconceito.
* O sintoma da fadiga, muitas vezes associado ao sintoma da
dor, proporciona uma sensação de cansaço extremo,
tornando o indivíduo incapaz de realizar suas atividades
cotidianas e como consequência indícios de sentimentos de
desesperança e sintomatologia depressiva.
Os indivíduos com baixa autoestima geralmente têm menos confiança na abordagem inicial
dos problemas e, portanto, procuram mais informação antes de oferecer soluções e tomar
decisões. A incapacidade de adaptação ao estresse da vida pode favorecer mudanças nas
estratégias de enfrentamento, aumentando a suscetibilidade a resultados psicológicos
negativos. Portanto, os altos níveis de enfrentamento ineficaz representam um fator de risco
particular para sintomatologia depressiva, diminuindo a vantagem de autoestima elevada.

Outro possível indicador clínico para Baixa autoestima, encontrado durante a busca literária, foi
o fator de ruminação. Este é conceituado como um pensamento perseverante sobre
sentimentos e problemas. Indivíduos com baixa autoestima experimentam provavelmente mais
efeito negativo quando se pensa em si e, consequentemente, podem ser motivados para
suprimir pensamentos relacionados com o self, que tem o efeito irônico de aumentar tendências
ruminativas. Além disso, os indivíduos com baixa autoestima tendem a esconder suas más
qualidades subjetivamente percebidas pelos outros

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