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CRENÇAS CENTRAIS NEGATIVAS

Em nossa jornada de vida, carregamos conosco crenças que influenciam nossa visão de mundo e nossa visão
sobre nós. Quase que uma tatuagem psicoemocional.
Estas crenças podem ser fruto de nossas experiências passadas, do ambiente em que crescemos e das
mensagens que recebemos de nossa família, sociedade e cultura.
No entanto, algumas destas crenças, em vez de nos fortalecer e ajudar, podem nos prender em ciclos de
autodepreciação e medo.
Entre elas estão as chamadas crenças centrais negativas: DESAMOR, DESVALOR E DESAMPARO;
Elas podem ser profundamente enraizadas e limitantes, influenciando nossas emoções, comportamentos e
relações de maneiras as vezes bem negativas.

Mas, o que são crenças centrais?


As crenças centrais são convicções profundamente enraizadas que temos sobre nós mesmos, os outros e o
mundo ao nosso redor. São como grandes Lentes ou radares através dos quais interpretamos e
compreendemos a realidade.
São formadas ao longo de nossas vidas, desde a infância até a idade adulta, mas a fase de maior consolidação
é até os 12 a 14 anos. São influenciadas por experiências, ensinamentos, valores culturais e mensagens
recebidas de nossos pais, família, professores, líderes, amigos, mídia e sociedade em geral. E acredite
as crenças centrais têm um impacto significativo em nossos pensamentos, emoções e comportamentos.
Elas moldam nossa autoimagem, autoestima e a maneira como nos relacionamos com os outros.
As crenças centrais podem ser positivas e capacitadoras, como acreditar em sua própria capacidade de
alcançar metas e ter sucesso, ou podem ser negativas e limitantes, como a crença de que você não é bom
o suficiente.
Por exemplo, se alguém tem uma crença central de desamor, pode acreditar profundamente que não é
digno de amor e afeto, o que pode levar a padrões de relacionamento autos sabotadores ou a uma busca
constante pela aprovação externa.

Essas crenças negativas tendem a ser autocríticas e autodestrutivas, alimentando emoções negativas
como ansiedade, medo, tristeza e raiva.

Quais são as categorias principais de crenças centrais negativas?


As crenças centrais negativas mais comuns estão relacionadas a três temas principais: desamor, desvalor e
desamparo.

• Desamor: Essa crença central envolve a sensação de não ser amado ou amável. Pode se
manifestar como uma profunda sensação de solidão, rejeição e desconexão emocional. Pessoas
com essa crença podem ter dificuldade em se abrir para relacionamentos íntimos e se sentir
merecedoras de amor e afeto.
• Desvalor: Essa crença central está associada à falta de autoestima e autoconfiança. Pessoas com
essa crença podem se sentir inadequadas, incompetentes e sem valor. Isso pode levar a um
perfeccionismo excessivo, busca constante por validação externa e sentimentos de inferioridade.
• Desamparo: Essa crença central se refere a uma sensação de impotência e falta de controle sobre
a própria vida. Pessoas com essa crença podem se sentir impotentes para mudar sua situação,
enfrentar desafios ou tomar decisões importantes. Isso pode resultar em uma mentalidade de
vítima e uma sensação de estar à mercê das circunstâncias externas.

É importante reconhecer que as crenças centrais podem ser inconscientes e automáticas, agindo como
filtros em nossa percepção da realidade. Muitas vezes, essas crenças são tão profundas que nem
questionamos sua validade. No entanto, é possível desafiar e transformar essas crenças negativas e
limitantes. A conscientização é o primeiro passo, pois nos permite reconhecer as crenças centrais que temos
e como elas estão afetando nossa vida.
Agora vou te convidar a fazer um exercício:

Quando você está carente e necessitando de um colo, qual é o primeiro pensamento que passa em sua
cabeça? E depois o que sente?

Quando você sente que errou ou falhou qual é o primeiro pensamento que vem a sua cabeça? ? E depois o
que sente?

Quando você se vê numa situação onde algo ou alguém te obriga a seguir um caminho que você não deseja,
qual o pensamento passa por sua cabeça? ? E depois o que sente?

Escreva suas respostas sem se preocupar com certo ou errado. Não existe uma resposta correta, apenas uma
atividade de autoconhecimento.

E se houvesse outros pensamentos? E se houvessem outras emoções?

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