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auto-estima é sempre uma questão de grau. Não conheço ninguém que seja
totalmente carente de auto-estima positiva, nem que seja incapaz de desenvolver
auto-estima.
Desenvolver a auto-estima é desenvolver a convicção de que somos capazes de
viver e somos merecedores da felicidade e, portanto, capazes de enfrentar a vida
com mais confiança, boa vontade e otimismo, que nos ajudam a atingir nossas
metas e a sentirmo-nos realizados. Desenvolver a auto-estima é expandir nossa
capacidade de ser feliz. Se entendermos isso, poderemos compreender o fato de
que para todos é vantajoso cultivar a autoestima. Não é necessário que nos
odiemos antes de aprender a nos amar mais; não é preciso nos sentir inferiores
para que queiramos nos sentir mais confiantes. Não temos de nos sentir
miseráveis para querer expandir nossa capacidade de alegria.
Quanto maior a nossa auto-estima, mais bem equipados estaremos para lidar com
as
adversidades da vida; quanto mais flexíveis formos, mais resistiremos à pressão
de sucumbir ao desespero ou à derrota. Quanto maior a nossa auto-estima, maior a
probabilidade de sermos criativos em nosso trabalho, ou seja, maior a
probabilidade de obtermos sucesso. Quanto maior a nossa auto-estima, mais
ambiciosos tenderemos a ser, não necessariamente na carreira ou em assuntos
financeiros, mas em termos das experiências que esperamos vivenciar de maneira
emocional, criativa ou espiritual. Quanto maior a nossa auto-estima, maiores
serão as nossas possibilidades de manter relações saudáveis, em vez de
destrutivas, pois, assim como o amor atrai o amor, a saúde atrai a saúde, e a
vitalidade e a comunicabilidade atraem mais do que o vazio e o oportunismo.
Quanto maior a nossa auto-estima, mais inclinados estaremos a tratar os outros
com respeito, benevolência e boa vontade, pois não os vemos como ameaça, não nos
sentimos como “estranhos e amedrontados num mundo que nós jamais criamos”
(citando um poema de A. E. Housman), uma vez que o auto-respeito é o fundamento
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A importância da auto-estima
do respeito pelos outros. Quanto maior a nossa auto-estima, mais alegria teremos
pelo simples fato de ser, de despertar pela manhã, de viver dentro dos nossos
próprios corpos. São essas as recompensas que a nossa autoconfiança e o nosso
auto-respeito nos oferecem.
Vamos nos aprofundar mais no significado do conceito de auto-estima.
Auto-estima, seja qual for o nível, é uma experiência íntima; reside no cerne do
nosso ser. É o que EU penso e sinto sobre mim mesmo, não o que o outro pensa e
sente sobre mim.
Quando crianças, nossa autoconfiança e nosso auto-respeito podem ser alimentados
ou destruídos pelos adultos – conforme tenhamos sido respeitados, amados,
valorizados e encorajados a confiar em nós mesmos. Mas, em nossos primeiros anos
de vida, nossas escolhas e decisões são muito importantes para o desenvolvimento
futuro de nossa auto-estima. Estamos longe de ser meros receptáculos da visão
que as outras pessoas têm sobre nós. E de qualquer forma, seja qual tenha sido
nossa educação, quando adultos o assunto está em nossas próprias mãos. Ninguém
pode respirar por nós, ninguém pode pensar por nós, ninguém pode nos dar
autoconfiança e amor-próprio. Posso ser amado por minha família, por meu
companheiro ou companheira e por meus amigos e, mesmo assim, não amar a mim
mesmo. Posso ser admirado por meus colegas de trabalho e mesmo assim ver-me
como
um inútil. Posso projetar uma imagem de segurança e uma postura que iludem
virtualmente a todos e ainda assim tremer secretamente ao sentir minha
inadequação. Posso preencher todas as expectativas dos outros e, no entanto,
falhar em relação às minhas; posso conquistar todas as honras e apesar disso
sentir que não cheguei a nada; posso ser adorado por milhões e despertar todas
as manhãs com uma nauseante sensação de fraude e vazio. Chegar ao “sucesso” sem
se pelo menos pudesse comprar um carro maior; se pelo menos pudesse escrever
mais um livro, comprar mais uma empresa, ter mais um amante, mais uma
recompensa, mais um reconhecimento de minha generosidade – então,
REALMENTE me
sentiria em paz comigo mesmo....”. Perceberíamos então que a busca é irracional,
que o anseio será sempre “por mais um”.
Se ter auto-estima é julgar que sou adequado à vida, à experiência da
competência e do valor, se auto-estima é a auto-afirmação da consciência, de uma
mente que confia em si, então ninguém pode gerar essa experiência a não ser eu
mesmo.
Quando avaliamos a verdadeira natureza da auto-estima, vemos que ela não é
competitiva ou comparativa.
A verdadeira auto-estima não se expressa pela autoglorificação à custa dos
outros, ou pelo ideal de se tornar superior aos outros, ou de diminuir os outros
para se elevar. A arrogância, a jactância e a superestima de nossas capacidades
são atitudes que refletem uma auto-estima inadequada, e não, como imaginam
alguns, excesso de auto-estima.
Uma das características mais significativas da auto-estima saudável é que ela é
o ESTADO DA PESSOA QUE NÃO ESTÁ EM GUERRA CONSIGO MESMA OU
COM OS OUTROS. A
importância da auto-estima saudável está no fato de que ela é o fundamento da
nossa capacidade de reagir ativa e positivamente às oportunidades da vida – no
trabalho, no amor e no lazer. A auto-estima saudável é também o fundamento da
serenidade de espírito que torna possível desfrutar a vida.
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