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AUTO-ESTIMA
Auto-estima é uma forma de pensar, sentir e agir que implica aceitação, respeito, e
confiança em si próprio. Quando se aceita, pode viver, confortavelmente, com as suas forças e
fraquezas, sem uma auto-crítica indevida. Quando se respeita a si próprio, reconhece o seu
valor como Ser Humano único. Trata-se a si próprio quase da mesma forma que trataria
alguém que respeitasse. Auto-confiança significa que os seus comportamentos e sentimentos
são consistentes o bastante para lhe dar um coerência, apesar dos desafios das circunstâncias
externas. Acreditar em si próprio significa que sente que merece ter as coisas boas da vida,
bem como satisfazer as suas mais profundas necessidades pessoais, aspirações, e metas
possíveis.
Para obter uma compreensão do seu próprio nível de auto-estima, pense em alguém (ou
imagine como seria se conhecesse alguém) que aceite, respeite e em quem confie e acredite
totalmente. Agora, pergunte-se em que medida mantém essas atitudes para si próprio. Onde é
que se situaria na seguinte escala:
Uma verdade fundamental sobre auto-estima é a de que tem que vir de dentro. Quando a
auto-estima é baixa, a deficiência cria um sentimento de vazio, que pode tentar preencher-
muitas vezes, compulsivamente - com algo externo que fornece, temporariamente, um
sentimento de satisfação e de realização.
Quando a busca para preencher o seu vazio interno, pela apropriação de algo do exterior,
se torna desesperada, repetitiva ou automática, tem aquilo que é chamado de adição. Definida
de um modo geral, adição é um apego a qualquer coisa exterior a si, que sente precisar para
para dar um sentido de satisfação interior ou alívio. Frequentemente, e para as relações
humanas saudáveis, esta ligação substitui a preocupação com uma substância ou actividade.
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Existem muitos caminhos para chegar à auto-estima. Não é algo que se desenvolva de
repente ou como o resultado de um único insight, decisão ou modificação no nosso
comportamento. A auto-estima constrói-se gradualmente, através da vontade em trabalhar
num certo número de áreas na nossa vida.
Este capítulo considera - em três partes - uma variedade de formas para constuir a auto-
estima:
Cuidar de Si Próprio
Desenvolver Apoio e Intimidade
Outros Caminhos para a Auto-Estima.
A Parte I deste capítulo foca este tema relativo ao tomar conta de si próprio. Começa por
enumerar uma variedade de situações familiares disfuncionais que podem causar baixa auto-
estima. A seguir a isto é a discussão das necessidades humanas básicas para o ajudar a
identificar aquelas necessidades a que se deve, desde já, dedicar na sua vida. Finalmente, são
apresentados uma variedade de métodos para cultivar a relação com a sua “criança interior”.
Aprender a ir ao encontro das suas necessidades - cuidar de e educar-se a si próprio - é a
coisa mais fundamental e importante que poderá fazer para construir a sua auto-estima.
A Parte II deste capítulo é uma extensão da Parte I. Encontrar apoio e intimidade na nossa
vida é, obviamente, uma parte essencial para tomar conta de si próprio. Os outros não lhe
podem dar auto-estima, mas a sua aceitação, apoio, validação e amor podem percorrer um
longo caminho em direcção ao reforço e fortalecimento da sua própria auto-afirmação. Esta
parte é dividida em quatro secções. A primeira refere-se à importância de desenvolver um
sistema de apoio. A segunda apresenta dez condições que considero serem críticas à genuína
intimidade. A terceira secção oferece uma discussão àcerca das fronteiras interpessoais. Ter
limites nas suas relações é essencial tanto para a intimidade como para a auto-estima. Uma
última secção sublinha a relevância da auto-afirmação na auto-estima.
A Parte III apresenta quatro aspectos adicionais à auto-estima:
Estar bem consigo próprio e auto-imagem
Auto-expressão emocional (expressar os próprios sentimentos)
Auto-verbalização e afirmações para a auto-estima
Metas pessoais e sentido de realização
Apesar destes princípios para a auto-estima serem diferentes entre si, todos podem ser
vistos como uma extensão da ideia básica de tomar conta de si próprio.
Tomar conta de si próprio é a base na qual todos os outros princípios para a auto-estima
repousam. Sem uma vontade básica e capacidade para cuidar de, amar, e educar-se a si
próprio, é difícil conseguir uma auto-valorização profunda e duradoura.
Se calhar teve a sorte receber o amor, aceitação e educação dos seus pais, que, uma vez
adulto, lhe puderam fornecer uma base sólida para a auto-estima. Presentemente, está livre de
quaisquer sentimentos de insegurança fortemente enraízados, e o seu caminho para a auto-
estima é provável que seja simples e curto, envolvendo certas mudanças na atitude, hábitos e
crenças. Para aqueles que têm transportado um prepétuo sentimento de insegurança, todavia, o
caminho para a auto-valorização implica desenvolver a capacidade para se dar a si próprio
aquilo que os seus pais não puderam. É possível ultrapassar os défices do seu passado,
tornando-se, apenas, um bom pai para si próprio.
Quais são algumas circunstâncias da infância que o podem levar a crescer com sentimentos
de insegurança ou inadequação?
Mesmo sem abuso físico, sexual ou verbal, alguns pais transmitem aos seus filhos o
sentimento de que não são desejados. Esta atitude, profundamente prejudicial, ensina a
criança a crescer duvidando do seu verdadeiro direito de existir. Tal indivíduo tem uma
tendência face à auto-rejeição ou auto-sabotagem. Mantém-se possível, para os adultos com
tal passado, superar o que os seus pais não lhes deram, aprendendo a amar e a cuidar de si
próprios.
7.Sobreprotecção Parental
A criança que é sobreprotegida pode nunca aprender a confiar no mundo exterior à familia
imediata, arriscando a sua independência. Como adulto, tal pessoa pode sentir-se muito
insegura e com receio de se aventurar para longe de uma pessoa ou local seguro. Aprendendo
a reconhecer e a cuidar das suas próprias necessidades, os indivíduos sobreprotegidos podem
ganhar confiança para construir uma vida para si mesmos e descobrir que o Mundo não é,
assim, um lugar tão perigoso.
Algumas destas categorias parecem adaptar-se a si? Mais do que uma? Pode, inicialmente,
achar difícil reconhecer os problemas do seu passado. A nossa memória da infância é,
frequentemente, vaga e indistinta - especialmente quando não queremos relembrar o que, de
facto, aconteceu. O interesse de relembrar e compreender que lhe aconteceu a si, enquanto
criança, não é para que possa culpar os seus pais. Muito provavelmente, os seus pais fizeram o
melhor que podiam com os seus recursos pessoais disponíveis, que podem ter sido
severamente limitados, como resultado das privações que experimentaram com os seus pais.
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As necessidades básicas humanas evocam uma associação entre abrigo, roupa, comida,
comida, água, sono, oxigénio, e por aí adiante - por outras palavras, o que os Seres Humanos
exigem para a sua sobrevivência física. Foi não antes das últimas décadas que as necessidades
psicológicas de ordem-superior foram identificadas. Embora não necessário para a
sobrevivência, suprir estas necessidades é essencial ao seu bem-estar emocional e a um
ajustamento satisfatório à vida. O psicólogo Abraham Maslow propôs cinco níveis de
necessidades humanas, com três níveis para além das preocupações primárias de
sobrevevivência e segurança. Ele organizou estes níveis numa hierarquia, como segue:
Necessidades de Auto-Estima (auto-respeito, mestria e sentido de
realização)
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Necessidades de Segurança (abrigo, ambiente estável)
Necessidades Fisiológicas (comida, água, sono, oxigénio)
11.Educação
12.Tocar fisicamente e ser tocado
13.Intimidade
14.Expressão sexual
15.Lealdade e confiança
16.Sentimento de realização
17.Sentido de progressos em relação à
meta
18.Sentir-se competente ou poderoso em
alguma área
19.Fazer uma contribuição
20.Diversão e jogo
21.Sentimento de liberdade/
independência
22.Criatividade
23.Consciência espiritual - ligação com
um “Poder Superior”
24.Amor incondicional
religioso Emmet Fox lhe chamou “criança maravilha”. Mas o que é isto? Como reconheceria
a sua própria criança dentro de si? Algumas características da criança interior incluem
Aquela parte de si que se sente como uma menina ou um menino.
Aquela parte de si que sente e expressa as suas mais profundas necessidades emocionais
de segurança.
Aquela parte de si que é viva, enérgica, criativa e brincalhona (tal como as crianças são
quando são deixadas a brincar e a ser elas próprias).
Finalmente, aquela parte de si que ainda transporta a dor e o trauma emocional da sua
infância. Sentimentos fortes de insegurança, solidão, medo, raiva, vergonha ou culpa - mesmo
se provocados por circunstâncias presentes - pertencentes à criança interior. De facto, existem
muito poucos sentimentos novos. Especialmente quando eles são fortes, muitos dos nossos
sentimentos reflectem modos como reagimos ou falhámos a reagir, há muito tempo quando
éramos crianças.
O que sente àcerca da pequena criança que há em si? Se está disposto a permitir à menina
ou menino interior alguma liberdade de expressão, verificará ser mais fácil ser mais
brincalhão, amante da diversão, espontâneo e criativo. Achará natural dar e receber afeição,
ser vulnerável, e confiar. Estará em contacto com os seus sentimentos e livre para crescer. Por
outro lado, na medida em que suprima ou negue a sua criança interior, achará difícil ser
brincalhão ou divertir-se. Poderá tender a ser convencional, conformado e desempenhar,
repetidamente, padrões dolorosos. Pode sentir-se contraído e inibido, incapaz de se libertar e
expandir. Finalmente, desejará estar inacessível aos seus sentimentos, inclinado a ser
demasiado lógico ou com a necessidade de manter tudo sobre extremo controlo. Como pode
apresentar e cultivar uma relação saudável com a sua criança interior?
Uma verdade básica é a de que tende a tratar a sua criança interior quase da mesma forma
que os seus pais o trataram quando era criança. Para o bem ou para o mal, internalizou as
atitudes e comportamentos dos seus pais. Se eles eram demasiado críticos para si,
provavelmente tornou-se extremamente auto-crítico, especialmente do seu lado “infantil” ou
menos racional, impulsivo. Se eles o negligenciaram, provavelmente, cresceu com a tendência
a ignorar ou negligenciar as necessidades da própria criança interior. Se eles eram muito
ocupados para si, enquanto criança, provavelmente será demasiado ocupado para a sua
criança interna, quando adulto. Se eles abusaram de si, pode ter-se tornado auto-destrutivo,
uma vez adulto, ou, então, ser abusivo para os outros. Se os seus pais criaram um tabú para o
reconhecimento e expressão dos seus sentimentos e impulsos, pode ter crescido a rejeitar os
seus sentimentos. A lista prossegue. Para criar uma relação saudável com a sua própria
criança interna - para se tornar um bom pai de si próprio - necessita de ultrapassar quaisquer
atitudes parentais interiorizadas que o levem a criticar, abusar, negligenciar ou negar as
necessidades ou sentimentos da sua criança interior.
Enquanto estiver a aprender a superar os padrões negativos interiorizados dos seus pais,
pode desejar começar a exteriorizar a sua criança interior. É útil começar isto, mesmo antes de
começar a trabalhar através de todas as limitações que impôs à sua criança interior. Existem
várias formas de fazer isto, incluindo (1)visualizações, (2)escrever uma carta à sua criança
interior, (3)usar fotografias como lembrança, e (4)actividades da vida real, para dar expressão
à sua criança interior. Pode ficar surpreso ao verificar que cuidar da sua criança interior
demora muito menos tempo e consome menos energia do que tratar de uma verdadeira!
Visualização
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Embaixo encontra-se uma visualização detalhada para o ajudar a criar uma relação mais
próxima com a sua própria criança interior. Grave esta visualização, fazendo uma pausa, por
alguns momentos, entre cada frase, e durante cerca de 10 - 20 segundos, quando as instruções
dizem “Pausa”. Pode fazer isto você mesmo, ou encontrar um amigo cuja voz prefira para
gravar para si este guião. Assegure-se de que dá a si próprio 10-15 minutos para relaxar
profundamente antes de iniciar a visualização, dado que a sua capacidade para se lembrar e
imaginar-se como uma criança será bastante aumentada com um relaxamento profundo.
(Poderá usar o relaxamento muscular, meditação, ou qualquer técnica de relaxamento
profundo que deseje).
que é que a sua criança sente relativamente ao pai, mãe ou quem quer que esteja à sua
frente neste momento? … Há alguma coisa que a sua criança gostaria de dizer a essa
pessoa, neste momento? Se sim, esteja à-vontade para prosseguir e dizer isso, neste
momento … pode avançar e dizer isso. (Pausa) Se a sua criança está a sentir-se
assustada ou confusa quanto ao que tem a dizer, imagine o seu self adulto, presente, a
entrar, neste momento, em cena, aumenta e coloca-se ao lado da sua criança, falando
alto, para quem quer que lá se encontre, em nome da sua criança. O seu self adulto pode
dizer o que quiser. Diga aos seus pais - ou a quem quer que lá se encontre - o que quer
que seja que queira dizer … o que nunca foi expresso. (Pausa de 30 segundos ou mais)
Se quiser, pode completar a frase “Como é que acha que (isto) me faz sentir (isto) …”
(Pausa de 20 segundos ou mais) Ou pode completar a frase “Eu desejava que tivesse …”
(Pausa de 20 segundos ou mais) Diga aos seus pais ou a quem quer que lá esteja,
qualquer coisa que desejasse que eles tivessem feito, mas que não fizeram. Quando falar,
fale alto e de forma clara (“alto e bom som”), por forma a assegurar-se que quem quer
que lá esteja realmente o ouve (Pausa de 20 segundos ou mais) A pessoa que está à sua
frente tem alguma resposta? (Pausa de 20 segundos ou mais) Se sim, pode responder ao
que ela diz. Se não, pode, apenas, terminar o que necessita de dizer. (Pausa) Quando
tiver terminado de falar, pode dizer a quem quer que lá se encontre, para ou se ir embora
e o deixar só … ou para se ir embora, por um momento, até que esteja pronto a falar
novamente … ou, então, ficar … e vai aceitá-los como eles são e dar-lhes um abraço.
(Pausa)
Agora recue e veja o seu self adulto, actual, próximo da sua criança. (Pausa) Se estiver
com vontade, segure-a, já, nos seus braços e acarinhe-a. Coloque os seus braços à sua
volta, e diga-lhe que está tudo bem. Diga-lhe que sabe como ela se está a sentir. Diga-lhe
que compreende. Está aqui e vai ajudá-la e vai amá-la muito. (Pausa) Se pudesse dar
uma cor ao amor que sente, que cor viria à sua mente? (Pausa) Envolva a sua criança
com uma luz dessa cor e deixe-a sentir a paz de estar nos seus braços. (Pausa) Diga-lhe
que é formidável … que adora a forma como ela anda, fala, ri … e faz tudo. Diga-lhe que
se importa e que ela é preciosa … (Pausa de 30 segundos ou mais)
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Opcional: Agora, sente a criança no seu colo e fale para ela. Ela é inteligente, e se
alguém lhe explicar as coisas, ela vai perceber. Diga-lhe que, por causa dos problemas
que a mãe e o pai tiveram na sua própria infância, não puderam cuidar dela e amá-la do
modo que merecia ser amada. Não era porque eles não quisessem amá-la … foi por
causa das suas próprias dificuldades que eles não puderam amá-la do modo que ela
queria. Esta criança pequenina apenas precisa de alguém que lhe explique … ninguém
nunca lhe explicou àcerca dos problemas que os seus pais tiveram quando estavam a
crescer. (Pausa) Será que a sua criança pequena pode entender que, por causa dos seus
problemas, a mãe e o pai foram incapazes de amar ou tomar conta conta dela da forma
que ela verdadeiramente merecia? Está a sua criança pronta a perdoar a mãe e o pai
pelo que aconteceu? (Pausa) Se ela ainda não está pronta, neste momento,
provavelmente estará pronta mas tarde. Se ela está pronta agora, avance e imagine a
mãe e o pai à sua frente. (Pausa) Agora, diga, da forma que desejar, que lhes perdoa.
Está pronta a perdoar-lhes pelos seus defeitos, porque sabe que os seus próprios
problemas impediram de se tornar os melhores pais que poderiam ter sido. Avance e
perdoe-lhes agora … (Pausa de 30 segundos ou mais).
surpreendido em como isto ajuda a abertura da comunicação entre os seus “selfs” do adulto e
da criança interior. Aqui está um exemplo de tal carta, de um adulto à sua criança interna.
Querida Criancinha,
Há muito que eu pretendia recuar atrás no tempo para te dizer o quanto te amo, e o
quanto eu te quero proteger de toda a dor e sofrimento por que tens passado. És muito
pequenina e vulnerável para enfrentar, sózinha, tanta dor. Quero que saibas que,
daqui em diante, me tens ao teu lado, e sempre que estejas asustada podes vir ter comigo.
Estarei aqui para te abraçar e confortar-te e proteger-te.
Eu sei que ver o teu papá perder a calma é muito assustador. Ele faz todo o barulho que
consegue, e, às vezes, bate à tua mamã ou ao teu irmão. Ele não te bate, e, de certa
forma, isto faz-te sentir culpada. Isto faz parecer como se estivesses do lado dele, e de
cada vez que ele bate a cada um deles, também é tua culpa.
Eu gostaria que me contasses mais àcerca de como te sentes, àcerca de ti própria, do teu
papá, da tua mamã e do teu irmão. Eu acho que há uma série de coisas que te
aconteceram de que, simplesmente, não te lembras - ou porque, na altura, não faziam
sentido ou porque eram muito horríveis para lembrar. É difícil recordar coisas que não
têm quaisquer desenhos, palavras ou, mesmo, conceitos ligados a eles - é como tentar
relembrar sonhos.
À medida que te vais lembrando de mais, eu estarei apto a perceber melhor quem eu sou
e como eu me comporto e o que eu sinto. Eu sei que é doloroso tentar recordar, e eu
quero que saibas o quanto eu te estou grato por tentares. Lembra que, daqui para a
frente, estaremos lá sempre um para o outro.
Amor,
(assine o seu nome)
Fotografias
Traga, na carteira, uma fotografia de si próprio, quando criança, e olhe regularmente para
ela, como uma lembança da sua criança nterior. Reflicta sobre o que se estava a passar, e
como se sentia na sua vida, na altura em que a fotografia foi tirada. Depois de cerca de uma
semana com uma foto, escolha outra, de outra idade, e repita o processo.
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Tente envolver-se no espírito de ser criança, à medida que faz cada uma das actividades
supra. Os seus sentimentos ao fazer isto dizem-lhe muito àcerca da sua atitude face à sua
própria criança interna.
Acaba de chegar a casa cansada, após um dia de árduo trabalho. Vê-se ao espelho da casa-
de-banho e não gosta da sua imagem. A sua maqueagem parece demasiado pesada e, além
disto, está manchada. Começa a pensar, “Para que serve”. Em vez de entrar em depressão,
pergunte à sua criança interna o que é que ela quer naquele momento. Em vez de retocar a sua
maqueagem, decide encher a banheira de água quente borbulhante. Sente-se um pouco
palerma ao fazer isto, mas coloca alguns brinquedos na banheira - um pequeno pato de
borracha e um bule de criança. Tinha brinquedos idênticos quando era criança. Molha-se na
água quente e brinca com os brinquedos, bebendo pretensas chávenas de chá, tal como fazia
quando era pequena. Permanece na banheira até lhe apetecer, deixando que as pontas dos
dedos das mãos e os dedos dos pés fiquem enrugados como ameixas-secas. Quando olhar de
novo para o espelho, vai parecer rosa e quente. Sente-se mais indulgente com o seu aspecto -
afinal de conta, teve um dia muito cansativo!
Passou duas horas a preparar uma refeição especial para a sua irmã, que vinha passar
consigo o serão. Mas, à última da hora, telefona a dizer que não pode ir, porque não se está a
sentir bem. Suspeita que é por ter sido convidada para sair. Repentinamente, sente uma
mistura de tristeza e de raiva. Poderá entregar-se a estes sentimentos negativos, mas, ao invés,
pergunta o que é que a sua criança interior necessita. Em vez de ficar zangada e de atirar a
comida fora, decide fazer de conta que é a sua própria convidada de honra, e que acabou de
preparar esta óptima refeição para si própria. Faz, para si própria, uma tiara de papel e senta-
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se no topo da mesa, entre duas velas. Várias vezes durante o jantar, levanta o seu copo e faz
brindes a si própria. Come devagar, apreciando cada pedaço, e reparando na textura, na cor e
no sabor - afinal, está numa boa posição para apreciar isto. No final da refeição, agradece a si
própria por ter sido uma companhia tão boa.
Como tem cuidado e alimentado a sua criança interior? No início deste capítulo falei do
reconhecimento e satisfação das 25 necessidades básicas humanas. Ir ao encontro destas
necessidades será, certamente, um bom começo. Se pretendia satisfazer todas estas
necessidades, terá de percorrer um longo caminho no sentido do desenvolvimento de uma
relação saudável com a sua criança interior.
O exercício, descrito a seguir, para exteriorizar a sua criança interior, irá, também, criar
uma relação mais próxima e fonte de apoio com esta importante parte de si próprio. Para além
disto, existem centenas de pequenos actos de auto-alimentação que podem ajudar a cultivar
uma relação mais cuidadosa consigo próprio, e, finalmente, um melhor sntimento de auto-
valorização. Tal como ofereceria pequenos gestos de cuidado para aprofundar a sua relação
com o seu esposo, filho ou amigo de quem goste, pode fazer o mesmo consigo próprio. A lista
a seguir sugere 50 pequenas formas, pelas quais pode, diariamente, cuidar de si próprio.
Actividades de Auto-Alimentação
A lista que se segue tem sido muito útil para muitos dos meus clientes que sofrem de
distúrbios de ansiedade ou depressão. Executando, todos os dias, pelo menos um ou dois itens
da lista, ou qualquer outra coisa que considere agradável, irá converter-se na importante
aptidão de se tornar um bom pai de si próprio. Não tem nada a perder, a não ser o seu
sentimento de insegurança e de inadequação - nada a ganhar a não ser aumentar a sua auto-
estima.
1.Tomar um banho quente
2.Tomar o pequeno-almoço na cama
3.Ir a uma sauna
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Enquanto que a auto-estima é algo que desenvolvemos no interior de nós mesmos, muito
do nosso sentimento de auto-valorização é determinado pelas nossas relações pessoais mais
significantes. Os outros não lhe podem dar um sentimento de adequação ou de confiança, mas
a sua aceitação, respeito, e validação de si podem reafirmar e fortalecer a sua própria atitude
positiva e sentimentos àcerca de si próprio. Auto-amor torna-se narcissístico no isolamento
dos outros.
Vamos considerar quatro caminhos para a auto-estima que implicam relacionamentos com
os outros:
1.Amigos íntimos
2.Intimidade
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3.Limites
4.Afirmação
Quando os estudos dos valores humanos tiverem sido feitos, muitas pessoas alinharão os
amigos íntimos próximo do topo, juntamente com a carreira, uma vida familiar feliz, e saúde.
Cada um de nós precisa de um sistema de apoio de, pelo menos, dois ou três amigos
próximos, para além da família imediata. Um amigo íntimo é alguém em quem pode confiar
plenamente. É alguém que o aceita, confortavelmente, em todos os seus estados de espírito,
comportamentos e papéis. E é alguém que ficará do seu lado, aconteça o que acontecer na sua
vida. Um amigo íntimo dá-lhe a oportunidade de partilhar os seus sentimentos e percepções
àcerca da sua vida fora da sua família imediata. Tal pessoa pode ajudar a exteriorizar aspectos
da sua personalidade que podem não ser expressos ao seu esposo, filhos ou parentes. Pelo
menos, dois ou três amigos deste tipo, em quem pode confiar, regularmente, são uma parte
essencial de um sistema de apoio adequado. Tais amigos podem ajudar a conferir
continuidade na sua vida, através dos momentos de grande transição, tais como mudar de
casa, divórcio, morte de um membro de família, e por aí adiante.
Quantos amigos íntimos, do tipo acabado de descrever, tem? Se não tem pelo menos dois,
o que pode fazer para cultivar tais amizades?
Intimidade
Enquanto que algumas pessoas parecem contentes em viver com poucos amigos íntimos, a
maior parte de nós procura uma relação especial com uma pessoa em particular. É nas
relações íntimas que nos expômos mais profundamente e temos a oportunidade de descobrir
mais àcerca de nós próprios. Tais relações ajudam a ultrapassar uma certa solidão que a maior
parte de nós poderia, eventualmente, sentir - não interessando o quanto auto-suficiente e forte
possa ser - sem intimidade. Eu pretendo re-enfatizar, no entanto, que a auto-valorização não
pode derivar, inteiramente, de qualquer outra pessoa. Uma relação íntima saudável
simplesmente reforça a sua própria auto-aceitação, e confiança em si próprio.
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Muito tem sido escrito àcerca do tópico da intimidade e àcerca dos ingredientes que
contribuem para relacionamentos íntimos duradoiros. Alguns dos mais importantes são
ordenados a seguir (não em qualquer categorização):
2.Um sentimento de romance ou “magia” entre você e o seu parceiro. Esta é uma
qualidade de atracção imaterial, que ultrapassa, bastante, o nível físico. É, usualmente, muito
forte e estável durante os primeiros três a seis meses de uma relação. A relação requer, depois,
a capacidade de renovar, refrescar, ou redescobrir esta magia, enquanto vai amadurecendo.
5.Mútua aceitação dos defeitos e fraquezas de cada um. Após os meses iniciais de
romance de uma relação terem terminado, cada parceiro deve encontrar suficientes aspectos
positivos no outro para tolerar e aceitar as suas fraquezas e defeitos.
6.Expressões regulares de afecto e carinho. Uma relação íntima não pode ser saudável
sem ambos os parceiros estarem dispostos a, abertamente, expressar afecto. Expressões não-
sexuais, tais como abraçar e amimar são quase tão importantes quanto uma relação sexual
saudável.
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9.Um forte sentido de mútua confiança. Cada pessoa necessita sentir que pode confiar no
outro. Confiar no outro com os seus mais profundos sentimentos. Um sentido de confiança
não surge automaticamente; necessita ser construído ao longo do tempo e mantido.
Limites
Os limites significam simplesmente que sabe onde você acaba e a outra pessoa começa.
Não define a sua identidade em termos da outra pessoa. E, principalmente, não obtém o seu
sentido de dignidade própria e autoridade tentando tomar conta de, salvar, mudar, ou controlar
a outra pessoa. Há alguns anos atrás, termos como “ mulher que ama demasiado” e “co-
dependência” foram usados para definir aquelas pessoas que, por carecerem de uma base
sólida e interna de dignidade própria, tentam validar-se a si próprias tomando conta de,
socorrendo, ou, simplesmente, agradando outra pessoa. O exemplo clássico deste tipo de
situação, é a pessoa que tenta organizar a sua vida, em torno de “libertar” um alcoólico ou um
esposo ou parente próximo com outro tipo de dependência. Mas a perda dos limites pode
ocorrer em qualquer relacionamento onde tenta ganhar auto-dignidade e segurança
oferecendo-se a si próprio para tomar conta de, controlar, salvar ou mudar alguém. As suas
próprias necessidades e sentimentos são postos de lado e menosprezados no processo. Uma
boa indicação da perda dos limites é a de passar mais tempo conversando ou pensando nas
necessidades ou problemas do outro do que nas próprias.
Para melhor informação àcerca dos limites nas suas relações pessoais, são recomendados
dois livros excelentes. No seu livro mais vendido, A Mulher que Ama Demais, Robin
Norwood defende os seguintes princípios para ultrapassar a co-dependência numa relação
íntima:
Outro livro excelente que define, cuidadosamente, co-dependência e fornece uma série de
passos para superar o problema é Co-Dependente Nunca Mais, por Melody Beattie. Algumas
das suas recomendações incluem
Afirmação:
Cultivar a afirmação é crítico para a auto-estima. Se não se é capaz de, com facilidade,
fazer chegar aos outros o que quer ou não quer, acabará por se sentir frustrado, desamparado,
e sem poder. Se não faz mais nada, a prática do comportamento afirmativo pode aumentar o
seu sentimento de auto-respeito. Honrando as suas próprias necessidades com as outras
pessoas, de uma forma afirmativa, também aumenta o seu respeito por si, e, rapidamente,
domina qualquer tendência no seu passado para se aproveitarem de si.
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As duas primeiras partes deste capítulo centraram-se na forma de cuidar das suas
necessidades, respeitando a sua criança interna e desenvolvendo apoio e intimidade nas suas
relações pessoais. Nesta parte final, quero enfatizar quatro outros caminhos para a auto-
estima, os quais envolvem diferentes níveis do seu ser total:
Corpo: bem-estar físico e imagem corporal
Sentimentos: auto-expressão emocional
Mente: diálogos internos positivos e afirmações para auto-estima
Eu Total: metas pessoais e sentido de realização.
Apesar destas áreas terem sido consideradas noutros pontos deste livro, elas são discutidas
aqui, resumidamente, pela sua relevância para a auto-estima.
um longo caminho no sentido de uma melhoria do seu bem-estar pessoal. O questionário que
se segue tem como objectivo dar uma panorâmica sobre a forma como se encontra nesta área.
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4. Dou a mim próprio, pelo menos, uma hora de “pausa”, ou tempo de lazer, no dia-a-
dia?
6. Lido com o stress, ou sinto que ele tem controlo sobre mim?
10. Como três refeições sólidas por dia, incluindo um pequeno-almoço equilibrado?
11. Minimizo o consumo de comidas que sejam indutoras de stress (o caso daquelas
que contêm cafeína, açucar, sal, ou comidas pré-confeccionadas)?
12. Tomo suplementos vitamínicos de forma regular para melhorar a minha dieta -
por exemplo, grupo de vitaminas múltiplas e complexo de vitamina B extra e vitamina
C, quando estou sob stress físico, ou emocional?
13. Gosto do meu meio ambiente? O lugar onde vivo é confortável e relaxante?
16. Sinto-me confortável com o meu peso actual? Se não, o que posso fazer àcerca
disso?
2.Auto-Expressão Emocional
Quando não controla os seus sentimentos, é dificil saber quem é. Tende a sentir-se
internamente dividido de si próprio e, muitas vezes, receoso. Ao identificar e exprimir o total
dos seus sentimentos, poder-se-á tornar mais familiarizado com as suas necessidades únicas,
desejos, e ânsias. Começa literalmente a sentir-se a si próprio - o seu eu total - ao invés de
caminhar sobre uma nuvem de preocupações, fantasias, e antecipações. Aprender a possuir e
expressar os seus sentimentos necessita de tempo, coragem, e boa-vontade para ser vulnerável
na presença daqueles em quem confia.
monólogo interno da Vítima pode adicionar insulto ao dano ao dizer-lhe que é desesperado e
incapaz.
Pode-se recorrer-se Registo Diário dos Pensamentos Disfuncionais para identificar as auto-
verbalizações negativas do seu Crítico e Vítima, à medida que ocorrem, espontaneamente,
durante um período de duas semanas.
Quando se encontrar envolvido em diálogos interiores auto-críticos ou auto-destrutivos,
siga os três passos seguintes:
1.Rompa a cadeia de pensamentos negativos com algum método que desvie a sua atenção
para longe da sua mente e o ajude a ficar mais em contacto com os seus sentimentos e corpo.
Qualquer um dos seguintes pode ajudar:
Actividade física - por exemplo, tarefas domésticas ou exercício
Passear lá fora
Respiração abdominal
Cinco minutos de relaxamento muscular progressivo
Gritar “Stop!” alto ou a silenciosamente
Atar uma fita de borracha no pulso.
O importante é fazer alguma coisa que o acalme e o distancie dos seus pensamentos
negativos. É difícil contrariar as auto-verbalizações negativas quando está tenso ou com a
mente acelerada.
Afirmações de Auto-Estima
O que eu sou?
Sou encantador e capaz.
Sou aceite inteiramente e acredito em mim próprio, exactamente como sou.
Sou uma pessoa única e especial. Não há mais ninguém exatamente como eu no mundo
inteiro.
Aceito todas as diferentes partes de mim próprio.
Já sou digno como pessoa. Não tenho que o provar a mim mesmo.
Os meus sentimentos e necessidades são importantes.
É bom pensar àcerca do que preciso.
É bom para mim tirar algum tempo para mim mesmo.
Tenho numerosas boas qualidades.
Acredito nas minhas capacidades e valorizo os talentos únicos que posso oferecer ao
mundo.
Sou uma pessoa de elevada integridade e com sinceros propósitos.
Confio na minha capacidade para suceder nos meus objectivos.
Sou uma pessoa estimada e importante, digna do respeito dos outros.
Os outros consideram-me uma pessoa amável e boa.
Quando as outras pessoas, realmente, me conhecem, gostam de mim.
As outras pessoas gostam de estar à minha volta. Gostam de ouvir o que tenho para dizer e
saber o que penso.
Os outros reconhecem que tenho muito para oferecer.
Mereço ser apoiado pelas pessoas que se preocupam comigo.
Mereço o respeito dos outros.
Confio e respeito-me a mim mesmo e sou digno do respeito dos outros.
Neste momento recebo assistência e cooperação dos outros.
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Existem várias formas que pode escolher para trabalhar a lista acima referida.
Os seguintes dois métodos têm sido especialmente populares com os meus clientes:
4.Sentido de Realização
O poder das fobias e reacções de pânico é um tema preponderante neste livro, pelo que a
maior parte daqueles que recuperaram completamente de agorafobias, fobias sociais ou
distúrbios de pânico, através do enfrentamento consciente das várias situações que mais medo
lhe causaram, sabe quanta auto-confiança e força interior necessita ser ganha. Enfrentando as
suas fobias (incluindo a fobia e pânico propriamente ditos) através de um processo de
exposição gradual irá, por si só, elevar consideravelmente a sua auto-estima.
Além do importante objectivo de vencer as fobias ou pânico, existem todos os outros
objectivos que possa ter na sua vida. O seu sentimento de auto-estima depende do sentimento
de que está a fazer progressos face a todos os seus objectivos. Se se sentir “preso” e incapaz
de alcançar qualquer coisa importante que queira, pode começar a duvidar de si próprio e a
sentir-se, de alguma forma, diminuído.
Além da questão de recuperar das fobias e pânico, pode, então, perguntar a si próprio duas
questões:
1.Quais são as coisas mais importantes que eu quero na vida - agora e no futuro?
2.O que é que estou a fazer, neste momento, para alcançar estes objectivos?
Vamos considerar cada uma destas. Para responder à primeira pergunta precisa de definir
quais são os seus objectivos. Se isto é, presentemente, dúbio, pensar naquilo que pretende em
cada uma das áreas abaixo referidas pode ajudá-lo a ser mais específico:
Saúde Física
Bem-Estar Psicológico
Finanças e Dinheiro
Relações Pessoais Íntimas
Família
Meio Ambiente onde Vive
Amigos
Carreira
Educação
Crescimento Pessoal
Recreação e Lazer
36
Vida Espiritual
Dê-se a si próprio algum tempo - mesmo vários dias se necessário - para clarificar quais
são os seus objectivos mais importantes em cada uma destas áreas, ao longo dos seguintes
intervalos de tempo: o próximo mês; os próximos 6 meses; o próximo ano, e os próximos 3
anos.
Escreva os seus objectivos mais importantes para cada período de tempo, usando a tabela
abaixo apresentada. Pode desejar, por exemplo, conversar com um amigo íntimo ou talvez um
conselheiro que o assista no processo de clarificação dos seus objectivos específicos pessoais.
A segunda questão implica avaliar honestamente os passos que actualmente está a dar - ou
não - no sentido de alcançar os seus objectivos imediatos e a longo prazo. Está a trabalhar
verdadeiramente no sentido daquilo que pretende? Ou apresenta desculpas e levanta
obstáculos para alcançar o que quer? A frase popular “tomar a responsabilidade pela sua vida”
significa, simplesmente, que toma a inteira responsabilidade por trabalhar com vista aos seus
próprios objectivos. Evitar a auto-responsabilidade é não fazer absolutamente nada àcerca
daquilo que pretende e/ou esperar que alguém o faça por si. Evitar a auto-responsabilidade irá
garantir que terá sentimentos de fraqueza, inadequação, e mesmo desespero. Um sentimento
de dignidade pessoal está dependente da tomada de responsabilidade por si próprio.
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Que obstáculos pode estar a colocar para alcançar o que quer? O Medo é o maior
impedimento para concluir alguns dos seus objectivos, exactamente tal como no caso de
vencer as fobias. Se não se vê a si próprio a mover-se no sentido daquilo que quer, pergunte
se está a permitir que qualquer um dos seguintes medos se coloque no seu caminho:
A solução para qualquer um destes medos, relativos à tomada de decisões quanto aos seus
objectivos de vida, é exactamente a mesma que a solução para lidar com uma fobia: encarar o
medo e prosseguir em pequenos passos. Não há forma de eliminar qualquer risco ou
desconforto, mas dividindo um objectivo em passos suficientemente pequenos (exactamente
como uma hierarquia de exposição), permitir-lhe-á seguir em frente.
Enquanto que o medo constitui o maior obstáculo ao alcançar dos objectivos, a culpa pode
também ser um impedimento. Pode desejar considerar se qualquer uma das seguintes crenças
o está a impedir de procurar o que quer:
As duas últimas crenças poderiam, realmente, ter sido registadas como medos, mas elas
também envolvem culpa. Para vencer o sentimento de não merecer alcançar o seu objectivo,
eu sugiro que trabalhe intensamente, com a simples afirmação “Eu
mereço____________________________________________________________________”
ou “Eu mereço ter___________________________________________________________”.
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Não seja poupado no uso da repetição desta afirmação particular. Continue a trabalhar com
ela, até desenvolver uma convicção emocional que seja verdadeira. Desenvolver a crença de
que merece o que realmente quer, elevará consideravelmente a sua auto-estima.
Após ter trabalhado, através dos seus obstáculos específicos, para concretizar os seus
objectivos, é altura de desenvolver um plano de acção.
Tal como faria com uma hierarquia de dessensibilização, divida o seu objectivo em séries
de pequenos passos.
Lembre-se de que é um longo plano em cadeia. Como uma opção, pode desejar específicar
uma estrutura temporal para aperfeiçoar cada passo, tal como faria com a hierarquia de uma
fobia. Assegure-se de que se recompensa a si próprio, após a realização de cada passo, tal
como faria na hierarquia de uma fobia. Poderia pedir à familia ou amigos o seu apoio, na sua
acção, tal como confiaria numa pessoa que lhe desse apoio, ao lidar com uma fobia.
Por exemplo, pode estar a sentir-se cada vez mais insatisfeito com a sua actual linha de
trabalho e gostaria de fazer mais alguma coisa. Porém, ainda não tem a certeza absoluta
àcerca do que quer fazer, já para não falar da forma como deverá treinar para isso. O principal
objectivo para “conseguir outra linha de trabalho” pode parecer um pouco opressivo, tomado
como um todo. Mas se o dividir em partes componentes, tornar-se-á mais viável:
1-Procure um conselheiro vocacional que respeite (ou tire um curso, numa escola local,
para exploração de opções de carreira).
5-Complete a sua formação ou treino (se possível, enquanto mantém o seu trabalho actual).
Contando que seja fisicamente possível, pode conseguir objectivos maiores, dividindo-os
em pequenos passos. Use a folha de trabalho, a seguir, para listar os passos específicos que
pode tomar para progredir em direcção a um objectivo importante. Faça fotocópias da folha se
pretende alcançar mais do que um objectivo. Pode verificar que é capaz de clarificar, mais
facilmente, passos específicos, falando àcerca deles com um amigo ou conselheiro.
A vantagem de desenvolver um plano de acção é a de que fica, então, com um “mapa” a
seguir, para alcançar o que pretende; pode, sempre, referir-se a isso enquanto regista o seu
progresso ou atraso, em algum momento do percurso. Se tiver problemas com algum passo
em particular, pode necessitar investigar, mais uma vez, quaisquer medos ou sentimento de
culpa que está a colocar no seu caminho.
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Tomar responsabilidade pessoal no sentido de alcançar as coisas que mais pretende na vida
- e fazer progressos tangenciais no sentido de as obter - irá aumentar substancialmente o seu
sentido de auto-estima.
2.Que pequeno passo posso dar agora para fazer algum progresso em direcção a este
objectivo?
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3.Que outros passos precisarei dar para atingir este objectivo? (Estime o tempo necessário
para completar cada passo.)
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Na identificação de objectivos para o futuro, é importante não perder de vista tudo o que já
conseguiu na sua vida. É comum esquecer conhecimentos passados nessas alturas em que se
sentia insatisfeito consigo próprio. Pode elevar a sua auto-estima, em alguns minutos,
pensando na sua vida e oferecendo a si próprio confiança por aqueles objectivos que já
conseguiu realizar.
O seguinte exercício é destinado a ajudá-lo a fazer este tipo de coisas. Pense na sua vida
inteira, enquanto revê cada área e faz uma lista das suas realizações. Lembre-se de que,
enquanto é gratificante ter realizações externas “socialmente reconhecidas”, as mais
importantes conquistas são intocáveis e internas. O que deu aos outros (por exemplo, amor,
assistência, ou orientação) e as lições de vida que ganhou no percurso para a maturidade e
sabedoria são, em última instância, as suas mais importantes realizações.
Para cada uma das seguintes áreas, liste quaisquer conquistas conseguidas até à presente
data.
Use uma folha de papel separada se precisar.
Escola
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Trabalho e Carreira
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Desporto
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Artes e Hobbies
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Liderança
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Prémios ou Recompensas
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Actividades Caritativas
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Outros
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Foram apresentadas, neste capítulo, tantas estratégias para aumentar a sua auto-estima que
seria impraticável sumarizar aqui cada uma delas. A seguinte folha de trabalho foi elaborada
com o intuito de o ajudar a organizar o que aprendeu e decidir qual das estratégias para a
construção da auto-estima poderá experimentar no futuro próximo.
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Volte atrás no capítulo e decida qual das estratégias quer implementar para aumentar a sua
auto-estima, ao longo do próximo mês. Recomendo que não escolha mais do que três ou
quatro estratégias e dedique pelo menos uma semana a cada uma. Nos espaços abaixo
apresentados, ou numa folha separada, escreva, especificamente, que acções tomará a respeito
de cada intervenção.Quando acabar, elabore o seu próprio “programa quadri-semanal de auto-
estima”, apontando a estratégia de trabalho que irá usar, ao longo das quatro semanas
seguintes.
1.Identifique não mais do que três ou quatro necessidades da lista de necessidades, atrás
mencionada, a que gostaria de dar especial atenção. Depois faça algo para conseguir satisfazer
as necessidades que assinalou. Que fará especificamente?
4.Faça uma ou mais coisas da lista de actividades de auto-alimentação. O que fará em cada
dia de uma dada semana?
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13.Defina os seus objectivos pessoais mais importantes, para o próximo mês, seis meses,
ano, e três anos, usando a folha de objectivos apresentada neste capítulo. Depois, dê início à
concretização de um ou mais objectivos. O que fará especificamente?
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14.Liste as realizações pessoais que obteve até à data, usando a folha de trabalho anterior.
Semana 1:
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Semana 2:
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Semana 3:
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Semana 4:
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