patologia. Traduzido em sentido literal significa patologia do espírito. Tratando do sofrimento (pathos) psíquico, não há um único saber e sim múltiplos discursos. A “patologia” o “doença mental” acontece quando a pessoa perde a capacidade de escolher e agir de acordo com a sua vontade. Modernidade
• A psicologia como instituição tem sua
prática associada a dispositivos de poder- saber que controlam os sentidos sobre saúde,doença, normalidade e patologia. • A prática psiquiátrica está regida por relações de poder,desqualifica ao “doente mental”. Este não fala, é falado. • As figuras ligadas à anormalidade, no discurso da modernidade:os loucos. Pós-modernidade
Lyon (1998) enfoca a pós-modernidade como um
conjunto de mudanças sociais no final do século XX e destaca:o abandono da ciência construída sobre bases firmes e o colapso das hierarquias do conhecimento. Os modelos presentes na psicopatogia da pós- modernidade: as neurociências, o cognitivismo e os modelos sistêmicos (pesquisa em comunicação patológica no ambiente familiar). Pós-estruturalismo
novos referenciais, a busca de um novo olhar
para o sujeito, longe de um determinismo causal do inconsciente e distante do sujeito cartesiano, considerado onipotente e sem alteridade. mudança na dicotomia observador e sistema observado e a idéia de uma co-construção do conhecimento numa ação colaborativa entre disciplinas (abordagem sistêmica). Abordagem sistêmica
Um novo referencial, herdado do colapso
estrutural e nascido das teorias do paradoxo, descobertas nos estudos acerca da comunicação esquizofrênica e herdeira da antipsiquiatria. A sua segunda versão, decorrente da chamada segunda cibernética, prega o status de novo paradigma. (Esteves de Vasconcelos, 2002). Abordagem sistêmica
a busca da complexidade através de uma
incessante contextualização da situação do doente; a exploração da instabilidade dos sistemas familiares; e a noção de um espaço de intersubjetividade, caracterizado pela impossibilidade de equivalência entre representação e verdade. Novo paradigma Se o que é pensado não pode ser, de forma alguma, uma representação da verdade, temos implicações: a divergência e a não concordância de opiniões vira uma "regra" em busca de um espaço solidário de consenso. o conhecimento passa a ser "co-construído" numa ação colaborativa entre clínicos- pesquisadores. Última e importante implicação:
Na clínica, a hipótese psicopatológica seria
“co-construída” ao longo do processo terapêutico,perdendo o clínico seu status de expertise, e sua onipotência como detentor da verdade. Concepção pós-estruturalista de psicopatologia
nela quando dizemos, que determinado
paciente "é" obsessivo podemos estar querendo dizer que ele : "está" obsessivo no sistema familiar, ou seja, sua dinâmica depende da família e nesta ele só sobrevive atuando obsessivamente. tem um grave conflito na fase anal, que o leva a agir assim devido a forças inconscientes ou; optou agir assim para suportar sua existência. Pós-modernidade
Ao analisar as relações secretas que
fundam a psicopatologia da pós- modernidade, Birman cita as depressões, as toxicomanias e a síndrome de pânico como as patologias da atualidade. Existe uma “cultura da exaltação desmesurada do eu” Os “doentes” da pós-modernidade
• O sujeito precisa ser um “cidadão da
sociedade do espetáculo” situação para a qual os deprimidos e aqueles que sofrem da síndrome do pânico não servem. • Nessa cultura, são valorizados aqueles “que sabem utilizar os meios de se exibir e capturar o olhar dos outros”. • Para aqueles que não se adaptam a essa sociedade, uma solução é a química. Terapia Comunitária Integrativa
Na TCI os sofrimentos provocados pelas
descobertas da impotência dos homens os levam a resgatar seus valores culturais,crenças, reaprender a resgatar o afeto, a humanidade do outro, do diferente, construir redes de solidariedade. Leva aos profissionais a ultrapassar as fronteiras conceituais de esquemas pré- fabricados, a abrir-se a outras teorias e culturas. Referências
• Birman, J. (1999). A psicopatologia na pós-modernidade: As
alquimias no mal-estar da atualidade. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 2 (1), 34-49. • Debord, G. (1997). A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto. (Originalmente publicado em 1969). • De Souza,B.(2002). A dependência de drogas no discurso do psicólogo:Efeitos de Sentido.Porto Alegre.UFRGS.Tese de Doutorado. • Esteves de Vasconcelos, M. J. (2002). O pensamento sistêmico: O novo paradigma da ciência. Campinas, SP: Papirus • Fedida, P. (1998). De uma psicopatologia geral a uma psicopatologia fundamental: Notas sobre a noção de paradigma. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 1 (3), 107-121. • Kaplan, E. (Org.). (1993). O mal-estar no pós- modernismo: Teorias e práticas. Rio de Janeiro: J. Zahar. • Lyon, D. (1998). Pós-modernidade. São Paulo: Paulus.