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Título: RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE

PROPÓSITO
Levar cada membro a compreender que temos uma identidade especial, somos um
povo escolhido para uma missão. O dízimo resgata essa nossa identidade de mensageiros
de Deus neste mundo; pertencemos a uma igreja que tem um papel profético definido
para o tempo do fim. Temos que mostrar para o mundo que temos uma mensagem urgente
e diferente para ser proclamada.
TEXTO PRINCIPAL
“Porque eu, mediante a própria fé, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou
crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse
viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo
se entregou por mim” (Gl 2:19-20).
I - INTRODUÇÃO
Você carrega sempre consigo uma cédula de identidade. Nela, consta o seu nome,
o lugar onde nasceu, o nome de seus pais e sua data de nascimento. Essa carteira de
identidade aponta sua origem e todas as vezes que a apresenta a alguém, você mostra
quem é, de onde veio, a que família pertence. Essa é sua identidade, são características
que ninguém tira de você, são suas para sempre. Quando perde esse documento, você até
pode falar quem é e de onde veio, mas ficará sempre uma interrogação, porque não está
portando o documento que comprova sua palavra.
II - TODOS TEMOS UMA IDENTIDADE A SER APRESENTADA
A. Na realidade, a nossa identidade determina aquilo que fazemos
Deus nos fez à Sua imagem e semelhança (Gn 1:27), porém, somos diferentes uns
dos outros no que se refere à nossa identidade. O dicionário define identidade como:
“Circunstância de um indivíduo ser aquele que diz ser ou aquele que outrem presume que
ele seja”. Ou seja, nós mesmos dizemos quem somos ou o outro presume quem somos. A
melhor maneira de descobrir identidade do cristão é por meio da palavra dAquele que nos
criou. A Bíblia tem uma definição de quem genuinamente somos. A nossa fé nos torna
indivíduos diversos, escolhidos por Deus para cumprir um propósito aqui na Terra. É,
importante se fazer salientar que, quando percebemos quem somos e qual o propósito de
estarmos aqui, isso traz em nosso coração uma aceitação plena.
B. Aceitar a si mesmo é um modo que o Pai tem de trabalhar na nossa
identidade
Para que possamos entender que somos únicos, que Ele nos trouxe aqui com tais
características para realizar a proeza que nos deu como missão. Viemos ao mundo com
um propósito, existe um alvo, um lugar onde devemos chegar. Se a sua fé está firmada
em coisas materiais, na sua carreira profissional ou na fama, você estará limitado a chegar
somente onde tais objetivos podem levá-lo.
Se você é alguém por causa da sua roupa, quando não estiver bem vestido, não será
ninguém; ou quando a fama acabar, por ser algo transitório e instável, você também
deixará de ser quem acredita que é. Somente quando somos alguém em Deus, temos uma
verdadeira identidade, a identidade de Cristo, pois nos identificamos com Ele.
O apóstolo Paulo dizia: “Porque eu, mediante a própria fé, morri para a lei, a fim
de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas
Cristo vive em mim; e esse viver que agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus,
que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2:19-20).
Em Deus somos mais que vencedores. Tudo podemos nAquele que nos fortalece;
somos herdeiros das promessas do Rei dos Reis, somos filhos de Deus. Ele supre todas
as nossas necessidades. Somos iguais perante o Pai Celestial. Ele não faz acepção de
pessoas; na fraqueza, somos fortes. Somos instrumentos em Suas mãos, somos corpo bem
ajustado, totalmente ligado. E, juntos, formamos a Igreja do Senhor, somos a noiva tão
aguardada. Ele não nos ama porque fazemos grandes coisas, nos ama incondicionalmente.
Somos Amado não pelo dinheiro, pelo status de uma profissão bem-sucedida, mas por
sermos Seus filhos. Fomos justificados pelo sangue de Jesus, que morreu na Cruz por nós.
Somos dignos de vestir a capa, dignos do anel no dedo, de sentarmos à mesa do Rei,
porque um alto preço foi pago na Cruz do Calvário pela nossa vida.
Vivemos como um povo salvo em Cristo Jesus, com o propósito de viver os
princípios de vida ensinados por Ele em Seus mandamentos, vivendo em comunhão com
Ele e preparando a Sua vinda. Somos convidados a viver como João Batista, preparando
o caminho para a vinda do nosso Mestre. Somos restauradores de brechas na saúde, na
guarda dos mandamentos, na crença em Deus, na fidelidade, no vestuário, na alimentação,
etc. Temos uma identidade para ser apresentada para esse tempo. Somos, em essência,
filhos de Deus, vindos ao mundo com o propósito de fazer a vontade do Pai: essa é a
nossa verdadeira identidade em Cristo.

III - RESGATANDO NOSSA IDENTIDADE


A. Nossa identidade não é de fracasso, mas sim de vitória
Em nossa cédula de identidade está escrito o nosso nome, que usa o sangue de Cristo
como tinta. Quando a apresentamos, as pessoas não devem ver simplesmente a nossa foto,
mas a imagem de Cristo Jesus, pois é a esse Deus que adoramos e é a Ele que servimos.
B. A história de Abraão através do dízimo
Abrão ao saber que seu sobrinho havia sido preso, decidiu libertá-lo. Para isso, ele
reuniu 318 homens, criados em sua casa, e contou também com a ajuda de três aliados,
os irmãos Manre, Escol e Aner, governadores das planícies dos amorreus. Juntos,
perseguiram os invasores de Sodoma e recuperaram tudo o que havia sido levado, tanto
os habitantes de Sodoma como os seus bens (Gn 14:16).
Ao retornar vitorioso dessa batalha, vieram ao seu Encontro o sacerdote
Melquisedeque, rei de Salém, e o rei de Sodoma.
Nesse encontro, Melquisedeque ofereceu a Abrão pão e vinho, além de abençoá-lo
e dar graças ao Senhor por aquela grande vitória. Por sua vez, Abrão deu-lhe o dízimo de
tudo, ou seja, do despojo que vinha trazendo daquela peleja (Gn 14:18-20).
Abrão, “de tudo”, tirou 10% e entregou a Melquisedeque. Depois de separar o
dízimo, as despesas que teve com seus homens e a parte devida aos reis que o apoiaram
naquela batalha (Gn 14:24), Abrão devolveu ao rei de Sodoma o que lhe pertencia.
Apesar de o rei de Sodoma ter lhe pedido que devolvesse apenas os habitantes de
sua cidade, Abrão devolveu-lhe, inclusive, os bens materiais porque não quis nenhum
tipo de enriquecimento à custa da fraqueza ou desgraça dos outros.

C. Dízimo restaura nossa identidade


Porque ele estava apresentando a sua identidade. Se você perceber, nessa história
Abrão aparece de repente, como se surgisse do nada, para salvar seu sobrinho. Aqueles
reis não conheciam de forma profunda Abrão; até então, não tinham muito interesse em
sua história ou missão. Abrão teve nessa ocasião a oportunidade de se apresentar,
mostrando àqueles reis quem de fato era seu Pai, qual era a sua origem e quem realmente
ele era. A identidade, a gente a apresenta a quem não nos conhece. Com ela, poderão
relembrar ou conhecer nossa história. Abrão não queria ser reconhecido como um
corajoso guerreiro, mas sim como adorador do Deus Eterno. Foi assim que Abrão, então
melhor conhecido, poderia dizer a quem servia, quem era o Deus Criador dos Céus e da
Terra, o dono de toda a riqueza. Os reis ficaram atônitos ao perceber que Abrão não era
um aventureiro qualquer, pois ele recusou a riqueza deste mundo uma vez que era
possuidor das riquezas eternas.
Esta é a hora, na história do mundo, de apresentar a nossa identidade! Precisamos
tomar posição diante da realidade atual; temos que parar de “brincar” de ser cristãos,
temos que mostrar ao mundo a quem servimos. É hora de ser fiel na guarda dos princípios
bíblicos ensinados por Deus, resgatando a nossa identidade como Seus filhos. Quando
cumprimos os ensinamentos divinos, isso se cumpre em nossa vida.
IV - APELO
Um senhor entrou em um site que criticava as igrejas que pediam o dízimo. Ele, um
fiel adventista, parou de devolver o dízimo, especialmente porque passou a acreditar que
os dízimos que Deus pedia não eram em dinheiro, mas sim em cereais. Como seu salário
era pago em dinheiro e não era agricultor, passou a não devolver o dízimo.
Em um sábado em que eu estava pregando na igreja onde aquele irmão congregava,
no final do culto, ele e seu irmão me apresentaram essas inquietações, e disseram que
discordavam do sistema de dízimo de hoje. Mas, após ouvirem minha palestra, mudaram
de opinião, especialmente quando eu disse que desde os tempos antigos havia em muitas
nações o sistema de dízimo, que era muitas vezes uma forma de impostos, e que Deus
tinha o mesmo sistema para sustentar o seu reino. Por isso, Abrão e Jacó deram o dízimo.
Eles reconheciam de alguma forma o sistema do reino de Deus, e que deveriam dar o
dízimo de toda a renda, assim como Abrão fez com os despojos dando o dízimo de tudo
que inclui: ouro, prata, cereais e etc. E continuou dizendo: “Pastor, agora minha ‘ficha
caiu’, devolveremos o dízimo de TUDO para Deus, foi muito bom ouvir isso”.
Quando entregamos o dízimo, dizemos que não estamos presos ao sistema de
riquezas desse mundo. Assim, como fez Abrão recusando as riquezas da guerra, o que
possuímos devemos usar para adorar a Deus, o único digno disso. Estamos aqui neste
mundo com o mesmo propósito de Abrão: construir o reino de Deus, e que o mundo nos
conheça dessa forma.

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