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NUCAP Espiritualidade e missão do catequista

Núcleo de Catequese Paulinas

Leitura Orante

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Espiritualidade e missão do catequista

Oração espiritualidade

ESPIRITUALIDADE E MISSÃO DA(O) CATEQUISTA:

INTRODUÇÃO À LEITURA ORANTE

Autora
Ir. Romi Auth, fsp

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Espiritualidade e missão do catequista

Introdução

A espiritualidade perpassa todos os momentos de nossa vida. No entanto, há alguns


momentos mais intensos como os encontros de oração, os retiros espirituais, a celebração
eucarística, e também os tempos fortes de Leitura Orante, na qual você alimenta a sua re-
lação de forma mais intensa com Deus.

Esta espiritualidade também perpassa as relações pessoais consigo mesma, com os


outros, com a natureza e com Deus. Com isso quero dizer que as atitudes de vida, a prática
do dia a dia, também precisam corresponder à fé que você professa, como seguidora ou
seguidor de Jesus e de sua ação. Ele é o modelo, a fonte de inspiração para as ações de
toda / todo catequista.

O Pe. Zezinho em sua canção “Um dia uma criança me parou”, nos apresenta um
modo de ser, na qual necessitamos espelhar as palavras, o modo de falar, as atitudes, em
consonância com a vida e as atitudes de Jesus. Com isso, somos convidados a viver a
vida, na normalidade de todo o ser humano, enfrentando as situações, resolvendo as difi-
culdades, tentando resolvê-las com bom senso, o quanto possível na serenidade, de forma
cristã.

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A espiritualidade na vida da(o) catequista

A espiritualidade se alimenta da vida que cultivamos no dia a dia, da nossa relação


com os outros, com Deus e com a natureza. Desde crianças, ainda no colo de nossas
mães, aprendemos de forma muito embrionária a falar do Papai do céu, de Jesus, de Nossa
Senhora por meio de um cartaz, ou mesmo de uma estampa ou imagem. Aprendemos a
repetir e decorar pequenas orações que nos ajudaram a entrar em comunhão com Deus,
Nossa Senhora ou algum santo da devoção dos pais ou familiares.

Na medida em que crescemos aprendemos outras formas de oração, como as ce-


lebrações da Palavra, da Missa, em grupos de oração e outras. Com a Leitura Orante da
Bíblia, vamos aprender uma nova forma de oração com os textos da Bíblia. Propõem-se um
texto da Bíblia, dos Evangelhos, ou de uma carta. Segue-se um método que sugere passos
progressivos para realizar o que cada um dos enunciados pede.

Leitura Orante da Bíblia

No início de nossa oração, fazer silêncio, recolher-nos e colocar-nos na presença de


Deus, invocando a luz do Espírito Santo, para deixar-nos guiar por ele durante a nossa
oração. Pedir-lhe a graça de estar aberta para acolher às suas inspirações. Depois de um
canto de invocação das luzes do Espírito Santo inicia-se com a:

a. Leitura de um texto bíblico

Ler uma vez, duas vezes o mesmo texto bíblico, de tal maneira que eu consiga
lembrar a sequência do texto que eu li, sem olhar na Bíblia. Reler tantas vezes quantas
for necessário até que o texto conte dentro de mim. Depois repetir para mim mesma(o): o
que o texto diz? Literalmente faça a memória, a viva voz ou por escrito, do texto que você
leu. Depois dessa memória, canta-se o refrão de um canto, ou um mantra sobre o tema do
texto, e passa-se para o segundo passo.

b. Meditação sobre o texto lido

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A meditação tenta trazer o texto para a minha vida, ela responde a pergunta: O que
o texto diz para mim? Preste atenção nas palavras ou frases que chamaram a sua atenção
e se pergunte, porque esta frase chamou minha atenção? Ela tem a ver com a minha vida,
com um fato que me aconteceu? Tente aplicar para a sua vida o que você está meditando,
refletindo, sem ficar pensando “ah! Isso é bom para fulana, para os outros...” Não. Deus
está querendo falar com você, para você. Escute-o.

c. Contemplação sobre o texto meditado

O que é a contemplação? É o mergulho na Palavra meditada, percebendo que senti-


mentos animaram os personagens do texto? Quais são os sentimentos que este texto des-
pertou em mim: Alegria? Tristeza? Medo? Inquietação? À luz de Deus perceber o porquê,
qual desses sentimentos foi mais forte? Ou com qual dos personagens que aparecem no
texto, eu me identifico mais? Em que concretamente? O que Deus quer de mim? A contem-
plação responde a pergunta: o que esta Palavra me faz experimentar?

d. Oração que nasce da palavra

A oração é uma decorrência da leitura, meditação e contemplação. Se o que eu me-


ditei sobre o “Lava - pés de Jesus” e o que me chamou atenção, por exemplo, a atitude de
serviço de Jesus, a minha oração vai ser de admiração pelo seu serviço, perceber que ele
não fez distinção de pessoas, serve a todos igualmente. Será nesta linha a minha oração
em primeira pessoa do singular. Por exemplo: “Senhor eu agradeço o seu testemunho de
serviço a todos sem distinção. Peço-lhe a graça de servir com alegria as pessoas, sem
fazer distinção, como você”. A oração responde a pergunta: o que esta Palavra me leva a
falar com Deus?

e. Ação

Depois de ter lido, meditado, contemplado e rezado a Palavra, proponho-me a um


pequeno gesto de vivência pessoal, até a próxima Leitura Orante. A ação responde a per-
gunta: O que a Palavra me leva a viver?

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